Neoliberalismo:Neoliberalism em Shaw, T.M.Mahrenbach, L.C.; Modi, R.; Yi Chong, X.
(eds.) The Pelgrave Handbook of Contemporary International Political Economy, pp.119- 131. É uma ideologia política e econômica Se há um tema de conexão que une os usuários do termo, diz respeito a como pensar sobre os padrões do capitalismo desde a década de 1980, com referência especial às tendências de mercantilização, ao papel especial das finanças e às desigualdades socioeconômicas mais amplas. Quatro pontos de partida para a análise do neoliberalismo: como uma história de ideias intelectuais; como um sistema de poder capitalista aprimorado no qual a comercialização é enfatizada; como um exame cultural da conduta cotidiana; como uma expressão póx-marxista mais genérica para denotar a atual zeitgeist (significa espírito da época, espírito do tempo ou sinal dos tempos.) a origem do neoliberalismo, que se desenvolveu como uma reação às políticas intervencionistas do Estado de Bem-Estar Social predominantes no pós-Segunda Guerra Mundial. Uma das características centrais do neoliberalismo é a crença no livre mercado como um mecanismo eficiente de alocação de recursos. Os defensores do neoliberalismo argumentam que a intervenção estatal na economia, como regulações e protecionismo, prejudica a eficiência e o crescimento econômico. Assim, eles defendem a redução da intervenção estatal e a promoção da livre concorrência como forma de impulsionar o desenvolvimento econômico. são abordados os impactos sociais e políticos do neoliberalismo, como a desigualdade de renda e a concentração de poder nas mãos de grandes empresas e elites econômicas. Em suma, o texto "Neoliberalism" do livro "The Pelgrave Handbook of Contemporary International Political Economy" fornece uma visão geral sobre o neoliberalismo, suas origens, características e debates em torno desse fenômeno. Ele destaca a influência do neoliberalismo na economia global e seus efeitos nas sociedades contemporâneas.
Desenvolvimento reconsiderado: Development and the Outer Periphery: The Logic of
Exclusion, em Cafruny, Allan; Talani, Leila, S; Martin, Gonzalo, P. (Org.) The Pelgrave Handbook of Critical International Political Economy. Pp.29-48 O capítulo em questão aborda o tema do desenvolvimento e a lógica de exclusão presente nas relações internacionais. O texto examina a dinâmica entre o centro e a periferia na economia global e como essa dinâmica afeta o processo de desenvolvimento. Ele destaca que o sistema econômico internacional é caracterizado por uma divisão desigual do poder e dos recursos, onde um centro de países dominantes exerce controle sobre a periferia, formada por países em desenvolvimento. O autor argumenta que essa divisão cria uma lógica de exclusão, na qual a periferia é marginalizada e explorada em benefício do centro. Essa exclusão se manifesta de várias maneiras, como a imposição de políticas econômicas desfavoráveis, a exploração de recursos naturais e a perpetuação da dependência econômica. Em resumo, o capítulo "Development and the Outer Periphery: The Logic of Exclusion" discute a dinâmica entre o centro e a periferia na economia global, destacando a lógica de exclusão presente nas relações internacionais. Ele examina as implicações dessa exclusão para o processo de desenvolvimento e explora abordagens críticas que buscam superar essa lógica e promover um desenvolvimento mais inclusivo e equitativo. Uma conceitualização crítica da noção de emergência internacional O autor explora o termo "potências emergentes" e discute como essas nações têm ganhado destaque no sistema internacional. Ele destaca que, nas últimas décadas, países como China, Índia, Brasil e Rússia têm experimentado um crescimento econômico significativo e um aumento na sua influência global. O capítulo examina os critérios utilizados para identificar e definir as potências emergentes. Além do crescimento econômico, são considerados fatores como o tamanho populacional, o potencial militar, a diplomacia ativa e a capacidade de influenciar questões globais. O autor destaca que, embora esses critérios sejam importantes, a definição de uma potência emergente é um processo complexo e contestado. O texto também aborda as implicações das potências emergentes para a ordem global. Ele discute como esses países desafiam as estruturas de poder estabelecidas e buscam um papel mais proeminente nas instituições internacionais. Além disso, o autor explora as estratégias utilizadas pelas potências emergentes para promover seus interesses e aumentar sua influência, tanto regional quanto globalmente. No entanto, o capítulo também enfatiza que as potências emergentes enfrentam desafios e limitações em sua ascensão. Questões como desigualdade socioeconômica, instabilidade política e obstáculos estruturais podem afetar seu progresso. O autor também destaca que a ascensão das potências emergentes não implica necessariamente em uma mudança radical na ordem global, mas sim em um processo gradual e complexo de reconfiguração do sistema internacional.
Contribuições neogramscianas para a EPI: Talani, Leila S. (2016) Neo-Gramscians
and IPE: A Socio-Economic Understanding of Transnationalism, Hegemony and Civil Society em Cafruny, Allan; Talani, Leila, S; Martin, Gonzalo, P. (Org.) The Pelgrave Handbook of Critical International Political Economy. Pp.67-84. London: Pelgrave. O capítulo explora a abordagem neo-gramsciana na disciplina de Economia Política Internacional (IPE) e sua compreensão socioeconômica do transnacionalismo, hegemonia e sociedade civil. A autora discute as contribuições teóricas dos neo-gramscianos para a IPE, baseadas nas ideias do teórico italiano Antonio Gramsci. Ela explora como os neo-gramscianos entendem a economia política internacional como um processo complexo de luta entre diferentes grupos sociais e classes dominantes pelo poder e pela hegemonia. O capítulo analisa o conceito de transnacionalismo sob a perspectiva neo- gramsciana. Ele destaca que o transnacionalismo é mais do que apenas a interação entre atores estatais e não estatais em nível global, mas também envolve relações sociais e econômicas que transcendem as fronteiras nacionais. A autora explora como os neo-gramscianos analisam as relações de poder e exploração que ocorrem no âmbito transnacional. eles argumentam que a hegemonia não é apenas baseada no poder militar e econômico, mas também na capacidade de uma classe dominante de estabelecer sua visão de mundo e valores como dominantes na sociedade global. A autora argumenta que a sociedade civil desempenha um papel crucial na transformação social e na construção de contrapoderes à dominação hegemônica. Ela explora como os neo-gramscianos entendem a relação entre o Estado, a sociedade civil e a economia política internacional. Concepção de poder Gramsciana: dominação x hegemonia moral Poder exercido em três níveis: estrutural (a base econômica); os super-estruturais (sociedade civil e política) Para Gramsci, para obter hegemonia em sociedades capitalistas é necessário: - Desenvolvendo a autoconsciência dos interesses e aspirações ideais;- Construir alianças por meio de meios ideológicos adequados; e,- Dar estabilidade à hegemonia e estendê-la a um público mais amplo
A EPI e os desafios ecológicos do século 21: Gale, Fred. (2019) Sustainability, em
Shaw, T.M.Mahrenbach, L.C.; Modi, R.; YiChong, X. The Pelgrave Handbook of Contemporary International Political, Economy, pp.518-534. London: Pelgrave. Ele discute como a crescente consciência sobre os desafios ambientais, como mudanças climá ticas, degradaçã o ambiental e escassez de recursos naturais, levou a uma maior atençã o para a necessidade de abordar essas questõ es de forma sustentá vel O capítulo examina a sustentabilidade na perspectiva da Economia Política Internacional, analisando as dinâmicas políticas e econô micas relacionadas à busca de soluçõ es sustentá veis. Ele destaca como a sustentabilidade nã o é apenas uma questã o ambiental, mas também está intrinsecamente ligada a fatores sociais, econô micos e políticos.