Você está na página 1de 6

Texto de Apoio, COT-2015

Os PMOT (Planos Municipais de Ordenamento do Território) referem que o Plano de


Pormenor define, com minúcia, a tipologia de ocupação de qualquer área específica do
município.

Plano de pormenor

O plano de pormenor é um documento que desenvolve e concretiza propostas de


ocupação de qualquer área do território municipal, estabelecendo regras sobre a
implantação das infra-estruturas e o desenho dos espaços de utilização colectiva, a
forma de edificação e a disciplina da sua integração na paisagem, a localização e
inserção urbanística dos equipamentos de utilização colectiva e a organização espacial
das demais actividades de interesse geral. Estes planos podem ainda desenvolver e
concretizar programas de acção territorial.

Os Planos de Pormenor têm por objectivo:

1. Definir o desenho urbano, exprimindo a definição dos espaços públicos, de circulação


viária e pedonal, de estacionamento bem como o respectivo tratamento, alinhamentos,
implantações, modelação de terreno, distribuição volumétrica, bem como a localização
dos equipamentos e das zonas verdes;

2. Definir as operações de transformação fundiária necessárias;

3. Definir as regras relativas às obras de urbanização;

4. Definir a distribuição de funções e a definição de parâmetros urbanísticos;

5. Estabelecer os indicadores relativos às cores e materiais a utilizar;

6. Identificar as operações de demolição, conservação e reabilitação das construções


existentes;

7. Estabelecer as regras para a ocupação e gestão dos espaços públicos;

8. Definir a implantação das redes de infra-estruturas, com delimitação objectiva das áreas
a elas afectas;

1
9. Estabelecer os critérios de inserção urbanística e o dimensionamento dos equipamentos
de utilização colectiva e respectiva localização no caso dos equipamentos públicos;

10. Identificar os sistemas de execução do plano bem como a programação dos


investimentos públicos associados, articulando-os com os investimentos privados.

Instrução básica de um PP

Proposta preliminar ou conteúdo mínimo

1. Planta de localização;

2. Planta de enquadramento;

3. Planta da situaçãoexistente;

4. Peças escritas e desenhadas caracterizadoras da situação fundiária da área de


intervenção;

5. Extractos do regulamento, das plantas de zonamento e de condicionantes do plano de


urbanização ou, na sua ausência, do regulamento, das plantas de ordenamento e de
condicionantes do plano director municipal;

6. Planta de implantação com o pré-modelo de ocupação;

7. Planta de condicionantes (à escala da planta de implantação);

8. Projecto de Regulamento;

9. Relatório preliminar com caracterização da área de intervenção, fundamentação dos


princípios e objectivos subjacentes ao pré-modelo de ocupação e explicitação do
sistema de execução a desenvolver.

O plano de pormenor é constituído por:

1. Regulamento;

2. Planta de implantação (escala 1: 500, 1: 1 000, 1:10 000 ou 1: 20 000);

3. Planta de condicionantes (escala 1: 500, 1: 1 000, 1:10 000 ou 1: 20 000).

2
O plano de pormenor é acompanhado por:

1. Relatório fundamentando as soluções adoptadas;

2. Programa de execução e plano de financiamento;

3. Planta da divisão cadastral existente;

4. Planta de justaposição entre a divisão cadastral existente e o parcelamento proposto


pelo plano (explicitação da transformação fundiária);

5. Planta de localização (escala 1: 25 000);

6. Planta de enquadramento (escala 1: 5 000 ou 1:10 000);

7. Planta da situação existente (escala 1: 500, 1: 1 000 ou 1: 2 000 e levantamento


topográfico);

8. Extractos do regulamento, das plantas de zonamento e de condicionantes do plano de


urbanização ou, na sua ausência, do regulamento, das plantas de ordenamento e de
condicionantes do plano director municipal;

9. Extracto actualizado das plantas de zonamento e de condicionantes do plano de


urbanização ou, na sua ausência, das plantas de ordenamento e de condicionantes do
plano director municipal, no caso em que o modelo de ordenamento proposto pelo plano
de pormenor implique a alteração dos PMOT mais abrangentes e/ou das condicionantes
legais;

10. No caso acima descrito, para efeitos de registo na DGOTDU, são ainda exigíveis as
plantas actualizadas dos PMOT mais abrangentes;

11. Planta de caracterização acústica (mapa de ruído);

Dependendo das características do plano, pode ainda justificar-se que se faça


acompanhar dos seguintes elementos de trabalho:

1. Planta de modelação do terreno;

2. Planta com o traçado das infra-estruturas rodoviárias;

3
3. Perfis longitudinais dos arruamentos;

4. Perfis transversais dos arruamentos (escala 1: 100 ou 1: 50);

5. Planta e perfis com o traçado da rede de distribuição de água;

6. Planta e perfis com o traçado da rede de drenagem de águas residuais;

7. Planta e perfis com o traçado da rede de drenagem de águas pluviais;

8. Planta com o traçado da rede de distribuição de energia eléctrica;

9. Planta com o traçado da rede de telecomunicações;

10. Planta com o traçado da rede de iluminação pública;

11. Planta de circulações – pedonal/ rodovia/ ciclo via;

12. Planta de espaços verdes exteriores;

13. Planta de gestão com faseamento da intervenção;

PLANTA DE LOCALIZAÇÃO - DESENHO ARQUITETÔNICO

As cotas sempre posicionadas na parte externa do desenho


A planta de localização tem sua importância para o entendimento da locação de nossa
edificação e demais elementos no terreno.

Nela determinamos os limites do terreno com o passeio e a via de rolamento – rua com
denominação oficial. Delimitamos o contorno externo da edificação no terreno, ou ainda,
inserimos a vista da planta de cobertura, pois nossa visual sempre é da vista superior
como um todo. Nessa planta aparecem todos os elementos que compõem a
implantação do terreno, como por exemplo, áreas de lazer, passeios, acessos, muros,
equipamentos, etc. Nunca esquecer da indicação da posição do Norte.

O que representar

4
Relacionamos a seguir elementos que sempre deverão parecer na representação
gráfica de uma planta de localização:

• Linhas da delimitação do terreno;

• Linhas da delimitação do passeio e da rua;

• Contorno do perímetro da edificação. Quando utilizado a planta de cobertura: linhas do


perímetro da cobertura com a delimitação do perímetro da edificação em linha
tracejada;
• Desenho de muros, acessos, elementos construtivos, calçadas, etc

Em relação às informações que farão parte do desenho, sempre evidenciar:

• Cotas gerais do terreno;

• Cotas angulares quando necessárias;


• Cotas de passeios e ruas;
• Cotas gerais e parciais da edificação, bem como suas distâncias básicas em relação
ao terreno;
• Indicação geográfica do Norte;
• Indicação do alinhamento predial;
• Indicação do passeio e da rua;
• Indicação de acessos de veículos e pedestres;
• Número do lote e da quadra;
• Nome da planta e escala utilizada;
• Outros dados que se fizerem necessários.

A escala de representação da planta de localização a ser utilizada é a 1/200, 1/250,


1/500 ou 1/1000, conforme as dimensões do terreno em questão.

Dicas:

• Igualmente a que foi estudado nos outros capítulos, a hierarquia dos traços obedece à
posição de cada elemento, e a sua distância em relação ao campo de visão do
observador.

• Cotas sempre posicionadas na parte externa do desenho.

5
• Os elementos projetados no terreno podem receber hachuras para diferenciar cada
tratamento ou material que o constituem.

Você também pode gostar