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Departamento de Engenharia Elétrica
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Materiais Magnéticos
Teresina - 2011
ì 1. Introdução
ì 2. Conceitos Básicos de Magnetismo
ì 3. Momento de Dipolo Magnético
ì 4. Magnetização
ì 5. Interpretação Atômica das Propriedades
Magnéticas dos Materiais
ì 6. Diamagnetismo
ì 7. Paramagnetismo, Ferromagnetismo,
Ferrimagnetismo e Antiferromagnetismo
ì 8. Histerese Magnética
ì 9. Magnetostrição
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ì
Magnetismo: propriedade de alguns materiais de
adquirir um momento magnético permanente e elevado.
ì
Materiais notavelmente magnéticos:
Ferro (Fe);
Cobalto (Co);
Níquel (Ni);
Ligas e compostos desses elementos.
S
N
N
N
S
N
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ì
Algumas aplicações na engenharia:
Motores e Dínamos;
Transformadores e Indutores;
Relés e Solenóides;
Galvanômetros;
Alto-falantes e Microfones;
Sensores (tipo Hall, reed, etc).
Meios de armazenamento de dados (HD’s, disquetes,
fitas, cartões de banco, etc);
Memórias (FeRAM ou FRAM);
Aparelhos de ressonância magnética;
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Lei de Biot-Savart
ì Descreve o campo magnético gerado
por um fio percorrido por corrente.
ì Considere um segmento condutor per-
corrido por corrente:
ì
Se a cada elemento diferencial dx associarmos um
elemento de diferencial de corrente Idx, o campo magnético
criado no ponto P por esse elemento diferencial será
expresso por:
& µ 0 Idx& &
dB = × ar (Eq. 4.1)
4πr 2
ì
É importante notar que a relação entre o sentido da
corrente e a direção do campo magnético é dada pela
“Regra da Mão Direita”.
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Comparação Entre o Campo Elétrico e o Magnético
Campo Elétrico vs Campo Magnético
Ư0 Id ƌx µ0 I
dƌ
B 2
* aƅr B= (Eqs. 4.4 e 4.5)
4Ƴ r 2πa
I (Eqs. 4.6 e 4.7)
B = µ0 H H=
2πa
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Lei de Circuital de Ampère
ì
A integral de linha do campo H ao longo de qualquer percurso
fechado é igual a corrente líquida que passa através da
superfície envolvida pelo percurso.
I
H=
2πa
ƌ dl
H. ƌ H.dl H dl 2Ƴ a H I (Eq. 4.8)
l l l
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I, imersa em um campo y α
N S
magnético uniforme de
x
B
z
fluxo B.
b
Q
y
ì O plano que contém a espira x a
forma um ângulo α com o P
z B
vetor fluxo magnético B. I
R
α
S
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x B
ì Força exercida em SP e QR:
P
z I
Fƌ 2 Fƌ4a ƌI * ƌ
B (Eq. 4.10) I
B
S
F3
ì O torque exercido por uma força F2
F a uma distância d do eixo de R
rotação é dado por: . A
θ
α θ B
ƶd *F d.Fsen ƫ (Eq. 4.11)
S
b/2
F4
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ì Aplicando a Eq. 4.10 na Eq 4.11, temos:
b b
ƶIaB sen ƫŸIaB sen ƫIAB sen ƫ (Eq. 4.12)
2 2
onde A é um vetor de magnitude igual a área da espira e
de orientação normal ao plano que a contém.
ì Exprimindo a Eq. 12 de forma vetorial temos:
ƶ I ƌA* B
ƌ ƌ (Eq. 4.13)
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dB x dBcos ƫ
logo:
Ư I R2
B x 2 Ǝ x 2Ÿ R2Ə32
(Eq. 4.14)
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Magnetização
ì A magnetização é a densidade
volumétrica dos momentos de
dipolo magnético associados à
I
estrutura eletrônica do material.
ì Para um material submetido a um
campo magnético, o fluxo mag-
nético total será:
ƌ
B Bƌ0 Ÿ Bƌm (Eq. 4.15)
Onde:
ì B0 é a indução magnética gerada pela corrente I.
ì Bm é a indução magnética gerada pelo material magnético.
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ì Nos materiais magnéticos lineares, a magnetização (M) é
proporcional à intensidade do campo magnético, podendo
ser expressa em função da susceptibilidade magnética do
meio (χ):
ƌ ƹ H
M ƌ (Eq. 4.17)
ì
A susceptibilidade magnética χ expressa a capacidade
que um material tem de se magnetizar quando submetido
a um campo magnético.
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ì
A susceptibilidade magnética χ também pode ser escrita
em função da permeabilidade magnética:
ƹƯr 1 (Eq. 4.18)
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Interpretação Atômica da Magnetização
ì Em escala atômica, a magnetização (M) é gerada:
ì pelo movimento orbital dos elétrons (translação);
ì pelo spin dos elétrons;
ì pelo spin do núcleo dos átomos (mais fracamente).
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ì Distribuição eletrônica do Ferro:
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6
ì Distribuição no subnível 3d:
ì Os 4 elétrons desemparelha-
dos do último subnível do
átomo de ferro dão a ele um
momento de dipolo magnético
de 4mB.
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ì
e- desemparelhados 21 Sc 1
contribuem para a 22 Ti 2
natureza magnética 23 V 3
dos metais de 24 Cr 5
transição.
25 Mn 5
26 Fe 4
27 Co 3
28 Ni 2
29 Cu 0
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ì O alinhamento dos momentos magnéticos para átomos
adjacentes leva ao grande momento magnético líquido
para o sólido.
ì A tendência dos átomos
adjacentes de ter momentos
magnéticos alinhados deve
-se a interação de troca
entre spins de elétrons adja-
centes de átomos adjacentes.
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Momentos de ì Diamagnéticos
Dipolo Induzidos
Materiais ìParamagnéticos
Magnéticos ìFerromagnéticos
Momentos de ìFerrimagnéticos
Dipolo Permanentes ìAntiferromagnéticos
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ì Permeabilidade típica dos
B
diferentes tipos de materiais
magnéticos em comparação
com a do vácuo. Ferromagnético
Paramagnético
Vácuo
Diamagnético
0 H
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Materiais Diamagnéticos
ì Ao se submeter um material diamagnético a um campo
H, ele reage produzindo um campo que se opõe a H.
Esse comportamento é denominado diamagnetismo.
ì O diamagnetismo está presente em todos materiais.
ì Alguns materiais têm diamagnetismo dominante
(ex.: Ag, Cu, Au, Si, Ni, Pb, Bi, gases nobres, etc).
ì Nos diamagnéticos, M < 0, logo, ȝr < 1 e Ȥ < 0.
ì O diamagnetismo perfeito (ȝr = 0) é observado nos
supercondutores, quando em estado de supercondução.
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Momento de Dipolo Permanente
ì Momentos de dipolo permanentes existem em materiais
magnéticos principalmente devido a contribuição do spin
do elétron.
ì Eles proporcionam a existência do:
ì Paramagnetismo;
ì Ferromagnetismo, e;
ì Ferrimagnetismo.
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Materiais Paramagnéticos
ì Sem campo magnético aplicado, seus momentos de
dipolo magnéticos apontam para direções diferentes;
ì Um campo aplicado produz um pequeno grau de
alinhamento que desaparece quando o campo é
removido;
ì
Possuem baixa susceptibilidade magnética (χ > 0);
ì
Sua permeabilidade relativa geralmente é de 1 a 10-3;
ì Ex.: Al, Cr, Li, Pt, plásticos, madeira, óleo, etc.
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Materiais Ferromagnéticos
ì Possuem momentos magnéticos em escala atômica que
se alinham quando um campo magnético externo é
aplicado.
ì Quando o campo é removido, material ainda apresenta
magnetismo remanescente (Mr).
ì
Possuem elevada susceptibilidade magnética (χ >> 1).
ì São usados na fabricação de aço para transformadores,
máquinas, ímãs permanentes, etc.
ì Ex.: Fe, Co, Ni;
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Materiais Ferrimagnéticos
ì Seus íons têm dipolos magnéticos de intensidades
diferentes, há sempre um momento resultante.
ì Apresentam resistividade muito alta, o que implica em
baixas perdas por correntes parasitas;
ì São indicados para aplicações em frequências da ordem
de MHz, nas quais dominam o mercado;
ì Ex.: ferrites, magnetites, e alguns óxidos metálicos;
Íon de Mn2+
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Temperatura de Curie
ì O aumento da temperatura desfaz o alinhamento dos
dipolos magnéticos do material.
ì Acima da Temperatura Curie (Tc) o material sofre uma
transição do seu ordenamento (ferromagnético ou
ferrimagnético) para o ordenamento paramagnético,
assumindo então esse comportamento.
ì Para o ferro Tc = 770 °C. Para o ferrite, Tc = 570 °C.
ì Nos materiais antiferromagnéticos, essa temperatura é
chamada Temperatura de Néel.
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ì Magnetização de Saturação (Ms) do ferro puro e do
ferrite (Fe3O4) em função da temperatura.
ì Para T > Tc, Ms = 0.
2.0
Magnetização de Saturação, Ms (106 A/m)
1.0
0.5 Fe3O4
0
-200 0 200 400 600 800 1000
Temperatura (°C)
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Domínio Magnético
ì é a região do material formada por
grãos cujos momentos de dipolo
magnético apresentam a mesma
orientação.
ì Domínios magnéticos são formados
para minimizar a energia magnetos-
tática dos dipolos atômicos.
ì A interface que separa dois domínios magnéticos
adjacentes é uma região estreita denominada de parede
do domínio magnético.
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Parede de Bloch
ì É a parede que separa dois domínios magnéticos cujos
momentos atômicos mudam a orientação em 180°.
ì No processo de magnetização a parede do domínio se
desloca para favorecer o
domínio mais proxima-
mente orientado no sen-
tido do campo aplicado.
ì Na parede dos domínios
a energia magnética é
maior.
Parede de Bloch
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Magnetização
ì Materiais ferrimagnéticos e B
ferromagnéticos apresentam Bs
permeabilidade magnética
H
mesmo aumentando-se H.
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B B a B a B a
1 2 Bs
3 b
4
Br
b
c
0 H H H -Hc
H
B a B B B a
5 6 a
7 a
8
b b b b
c c c Hc c
H f f H
H H
-Br e e
e
d d d d
-Bs
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ì Uma vez magnetizado o
material retém parte do
magnetismo (Br ou Mr), B (Bs, Hs)
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Magnetostrição
ì Variação nas dimensões físicas dos
cristais do material devido a aplicação
de um campo magnético. H
ì A variação depende do eixo cristalino
sobre o qual incide o campo H.
ǻL
ì O efeito físico oposto também existe,
isto é, a variação das propriedades
magnéticas do material em função das
deformações aplicadas.
ì Princípio utilizado por transdutores
ultrassônicos e sensores de pressão. H ǻL
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