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Belo Horizonte
2022
Isabella Fernandes Souza Lana
Joyce Fabíola da Cunha
Luiza Carvalho de Miranda
Mariana Torres Luiz
Belo Horizonte
2022
HABILIDADES SOCIAIS NO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
RESUMO
1 Graduandas em Psicologia pelo Centro Universitário UNA. Belo Horizonte/ Minas Gerais/ Brasil.
ABSTRACT
Social skills are connected to a good social adjustment, in different contexts and stages
of life, especially during childhood. These skills are deficient in individuals diagnosed
with Autism Spectrum Disorder (ASD). This article aims to analyze, in the academic
literature, ways to develop social skills in children diagnosed with ASD. A bibliographic
survey was carried out based on the research, selection and analysis of scientific
articles published in scientific journals and journals, such as Scientific Electronic
Library Online (Scielo) and Periódicos Eletrônicos em Psicologia (Pepsic). The
bibliographic review pointed out that interventions and strategies (therapeutic
accompaniment, games and the inclusion policy) to develop social skills in people with
ASD cannot be generalized due to the heterogeneous characteristics of the spectrum.
INTRODUÇÃO
MÉTODO
DISCUSSÃO
Segundo o Center for Disease Control and Prevention (2014 apud Almeida e
Neves, 2020), uma a cada 68 crianças recebe o diagnóstico de autismo, um número
crescente de diagnósticos se comparado aos dados da década de 2000, quando
existia a prevalência de um autista a cada 150 crianças examinadas pelo Autism and
Developmental Disabilities Monitoring (ADDM).
Não existem dados concretos que explicam o aumento do diagnóstico de TEA,
sendo que as explicações mais aceitas são as de que os instrumentos para
diagnóstico estão mais precisos, além do aumento de profissionais especializados e
do aumento do conhecimento sobre o TEA pela população em geral (Lord & Bishop,
2014, Presmanes, Hill, Zuckerman & Frombonne, 2015 apud Schmidt, 2017).
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partir destes vídeos com atividades de yoga instruídas pelos pais e cuidador que
assumiram a atividade. Os autores também relataram certa resistência das crianças
ao iniciarem o treinamento, o que foi superado com reforço positivo dos pais e
cuidadores. Ficou evidenciado que estas atividades relaxantes podem fortalecer a
regulação emocional das crianças, e também abriram espaço para atividades
instigantes e criativas. Outro ponto observado pelas autoras é a importância do
envolvimento familiar nas atividades, no qual a criança treinada pelos pais, obtiveram
resultados quantitativamente mais significativos que a criança treinada pelo cuidador.
Ramalho e Sarmento (2019) observaram em seu estudo de LEGO® Terapia
em indivíduos com TEA, um fenômeno comum nos grupos estudados: houve imitação
de comportamentos entre os membros durante a intervenção do estudo, o que
favoreceu o envolvimento dos participantes que não manifestaram comunicação
verbal. Corroborando com o achado dos autores, Toscano e Becker (2019) e
Nascimento, Bitencourt e Fleig (2021), citam a eficácia dos métodos de imitação,
como, por exemplo, o método de treinamento de imitação recíproca (RIT). Entende-
se que esses métodos geram meios de comunicação e afetividade, com impactos
positivos na aquisição de linguagem e desenvolvimento social.
Chiote (2012 apud Martins e Monteiro, 2017) destaca que crianças
diagnosticadas com TEA não possuem seu potencial de desenvolvimento pré-
estabelecido, emergindo, assim, a necessidade de estimulá-los e treiná-los. Gutstein
e Whitney (2002 apud Ramalho e Sarmento, 2019) ressaltam que os estímulos para
desenvolver as habilidades sociais devem ser lúdicos e acompanhados de reforços
positivos, a fim de que haja uma padronização destes comportamentos.
Os estudos de Guedes e Tada (2015), Schmidt (2017), Mascotti e
colaboradores (2019), Ramalho e Sarmento (2019) e Toscano e Becker (2019) citam
a importância de escolher intervenções para crianças diagnosticadas com TEA que
considerem a fase de desenvolvimento, o contexto familiar e cultural, os sintomas e
comorbidades de cada criança, a idade, os comportamentos desadaptativos e outros
fatores que relatam a singularidade de cada caso e a característica heterogênea do
TEA. Por tratar-se de um quadro clínico marcado por um espectro com diferentes
graus de gravidade, observar as diferenças sintomatológicas e de desenvolvimento,
como evidenciam Towgood e colaboradores (2009 apud Czermainski e Salles, 2014),
é fundamental.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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