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N.

o 98 — 26 de Abril de 2004 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 2571

MINISTÉRIOS DAS FINANÇAS E DA SAÚDE n.o 1028/93, de 14 de Outubro, e posteriormente alterado


pelas Portarias n.os 503/95, de 26 de Maio, 265/96, de
19 de Julho, 695/98, de 4 de Setembro, e 918/2000, de
Portaria n.o 428/2004 2 de Outubro, é alterado de acordo com o mapa anexo
de 26 de Abril à presente portaria, da qual faz parte integrante.
O quadro de pessoal do Instituto Nacional de Saúde 2.o É extinto, no grupo de pessoal operário, o lugar
Dr. Ricardo Jorge (sede) carece de reajustamentos, a da carreira de jardineiro.
fim de permitir o recrutamento de pessoal indispensável
para se proceder à reorganização do serviço de arquivo.
Assim: Em 25 de Novembro de 2003.
Ao abrigo do disposto no n.o 2 do artigo 1.o do Decre-
to-Lei n.o 59/76, de 23 de Janeiro: O Secretário de Estado do Orçamento, Norberto Emí-
Manda o Governo, pelos Secretários de Estado do
Orçamento, da Administração Pública e Adjunto do lio Sequeira da Rosa. — A Secretária de Estado da Admi-
Ministro da Saúde, o seguinte: nistração Pública, Suzana Maria de Moura Alves da Silva
1.o O quadro de pessoal do Instituto Nacional de Toscano. — O Secretário de Estado Adjunto do Minis-
Saúde Dr. Ricardo Jorge (sede), aprovado pela Portaria tro da Saúde, Adão José Fonseca Silva.

MAPA ANEXO

Grupo Número
de Área funcional Carreira Categoria de
pessoal lugares

.................... ................... ................... ................................................. ...

Técnico-profissional . . . Arquivo . . . . . . . . . . . . Técnico-profissional Técnico profissional especialista principal . . . . . . . . . . . . .


de arquivo. Técnico profissional especialista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Técnico profissional principal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
Técnico profissional de 1.a classe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Técnico profissional de 2.a classe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Biblioteca e documen- Técnico-profissional de Técnico profissional especialista principal . . . . . . . . . . . . .


tação. biblioteca e docu- Técnico profissional especialista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
mentação. Técnico profissional principal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
Técnico profissional de 1.a classe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Técnico profissional de 2.a classe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Secretariado e rela- Técnico-profissional . . . Técnico profissional especialista principal . . . . . . . . . . . . .


ções públicas. Técnico profissional especialista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Técnico profissional principal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
Técnico profissional de 1.a classe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Técnico profissional de 2.a classe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

................... ................... ................................................. ...

.................... ................... ................... ................................................. ...

Auxiliar . . . . . . . . . . . . . ................... ................... ................................................. ...

Aprovisionamento e Auxiliar de apoio e Auxiliar de apoio e vigilância . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7


vigilância. vigilância.

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA de entrada, permanência, saída e afastamento de estran-


geiros do território português.
Importa agora regulamentar o regime jurídico con-
Decreto Regulamentar n.o 6/2004 sagrado, nomeadamente no que se refere à entrada e
saída de estrangeiros do território nacional, à concessão
de 26 de Abril
de vistos no estrangeiro e nos postos de fronteira, à
o prorrogação da permanência, ao direito ao reagrupa-
O Decreto-Lei n. 244/98, de 8 de Agosto, com a
redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.o 34/2003, mento familiar, à concessão e renovação de autorizações
de 25 de Fevereiro, veio definir o novo regime jurídico de residência e ao boletim de alojamento.
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Com efeito, nestas matérias, o presente diploma intro- minadas condições. A previsão supra-referida corres-
duz algumas inovações relativamente à anterior regu- ponde ao conteúdo das negociações entre a União
lamentação, embora mantenha no essencial a sua Europeia e a Organização Mundial de Comércio, que
filosofia. receberam o nome «Modo 4», e pretende honrar os
Desde logo, prevê-se uma importante inovação ao compromissos assumidos ao nível multilateral na faci-
referir-se que na apreciação de alguns tipos de vistos litação da mobilidade dos cidadãos envolvidos numa
o conhecimento da língua portuguesa deve ser tido em prestação de serviços.
conta, podendo, nos casos de contingentação do número Consagra-se também que os menores estrangeiros
de vistos, constituir factor preferencial. Esta introdução nascidos em território português até à entrada em vigor
do conhecimento do português como factor de prefe- do Decreto-Lei n.o 34/2003, de 25 de Fevereiro, e que
rência na concessão de vistos pretende reforçar as rela-
não se tenham ausentado do território nacional ficam
ções com os nacionais dos Estados culturalmente mais
dispensados de visto para obtenção de autorização de
próximos de Portugal, como é o caso manifesto daqueles
que fazem parte da Comunidade de Países de Língua residência. Idêntico regime é aplicado aos progenitores
Oficial Portuguesa, e também dos imigrantes de outros que relativamente ao menor efectivamente exerçam o
países que já tenham tido contacto com a língua e a poder paternal. Esta solução que apenas abrange os
cultura portuguesas. menores nascidos até à entrada em vigor do supra-re-
Por outro lado, o processo de concessão do visto de ferido diploma legal pretende resolver as questões levan-
residência para o exercício de trabalho subordinado e tadas pela legalização de algumas destas crianças no
de visto de trabalho tipo IV foi substancialmente alterado âmbito do Decreto-Lei n.o 4/2001, de 10 de Janeiro,
no sentido de conferir maior celeridade a todo o pro- até à entrada em vigor da respectiva regulamentação
cesso. Os pedidos de vistos de trabalho nos consulados (Decreto Regulamentar n.o 9/2001, de 30 de Maio) e
passam a ser instruídos apenas com a promessa de con- pela restrição a essa legalização feita por esta.
trato de trabalho assinada por ambas as partes, com À semelhança do que já se encontrava previsto no
o comprovativo da oferta de emprego no Instituto do artigo 7.o do Decreto Regulamentar n.o 5-A/2000, de
Emprego e Formação Profissional (IEFP) e com o com- 26 de Abril, com a redacção dada pelo Decreto Regu-
provativo da apresentação na Inspecção Geral do Tra- lamentar n.o 9/2001, de 31 de Maio, para os pedidos
balho (IGT) do requerimento a que se refere o n.o 1 de concessão de visto apresentados nas missões diplo-
do artigo 43.o do Decreto-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto, máticas e postos consulares de carreira, foi introduzida
com a redacção dada pelo Decreto-Lei n.o 34/2003, de a obrigatoriedade dos pedidos formulados em território
25 de Fevereiro, ou seja, a exigência de parecer favo- nacional para efeitos de prorrogação de permanência
rável. Para apreciação da concessão de visto, a Direc- serem apresentados presencialmente, salvo motivos
ção-Geral dos Serviços Consulares solicita pareceres ao
excepcionais.
Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e ao IEFP,
a fim de apreciar sobre o risco migratório, a segurança Finalmente, tem-se em conta a existência de cidadãos
interna e a conformidade com o relatório sobre as opor- estrangeiros que, não tendo legalizado a sua situação
tunidades de trabalho, respectivamente, e solicita ainda em face do regime jurídico de entrada, permanência,
informação à IGT sobre a concessão ou não de parecer saída e afastamento de estrangeiros do território nacio-
favorável. nal, foram inscritos e efectuaram descontos para os regi-
Relativamente ao processo anteriormente previsto, mes contributivos da segurança social e da administração
este sistema tem a vantagem de evitar a sucessão obri- fiscal, permitindo-se que os mesmos fiquem abrangidos
gatória e encadeada de pedidos às diversas entidades pelo regime consagrado no n.o 3 do artigo 52.o do Decre-
e respectivas respostas. Com este novo processo, o to-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto.
pedido de parecer à IGT não exige resposta para reque- De igual modo, e para o mesmo efeito, previnem-se
rimento dos restantes pareceres, podendo o interessado as situações de eventual incumprimento de obrigações
dirigir-se de imediato ao consulado com o comprovativo legais por parte das entidades empregadoras quanto à
da apresentação do pedido de parecer à IGT, com o entrega das importâncias retidas sobre a retribuição dos
comprovativo da oferta de emprego no IEFP e com trabalhadores.
a promessa de trabalho e solicitar o visto. Será depois Prevê-se ainda a possibilidade de os mesmos serem
o consulado a pedir os pareceres ao SEF e ao IEFP abrangidos pelo regime consagrado no n.o 3 do
e a confirmar a existência de parecer favorável da IGT. artigo 52.o do Decreto-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto,
Foram também fixadas as condições que permitem mediante requerimento fundamentado dos interessados
o trabalho subordinado de titulares de visto de estada e despacho favorável do Ministro da Segurança Social
temporária e os respectivos requisitos. Perspectiva-se
e do Trabalho.
a oportunidade de preencher as reais necessidades de
trabalho com aqueles cidadãos estrangeiros que, por Procura-se assim dar seguimento à política de imi-
via do reagrupamento e da reunião familiares, têm já gração do XV Governo Constitucional que assenta em
um elo social e afectivo no território nacional, ocupando, três eixos fundamentais. O rigor na entrada como con-
preferencialmente, as necessidades previstas no relató- dição essencial para uma real e efectiva integração da
rio bianual de oportunidades de trabalho. comunidade imigrante no nosso país, enquanto factor
Prevê-se ainda que o mesmo relatório bianual de de desenvolvimento social, cultural e económico, com-
oportunidades de trabalho não é aplicável à transfe- batendo, ao mesmo tempo, as redes criminosas de tráfico
rência de cidadãos nacionais de países outorgantes de seres humanos.
da Organização Mundial de Comércio, no contexto da Foi ouvida a Comissão Nacional de Protecção de
prestação de serviços em território português, em deter- Dados, nos termos da Lei n.o 67/98, de 26 de Outubro.
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Assim: pedidos respeitantes à sua concessão ou emissão, facul-


Nos termos da alínea c) do artigo 199.o da Cons- tando a consulta do respectivo processo sempre que
tituição, o Governo decreta o seguinte: tal se justifique.
Artigo 6.o
CAPÍTULO I Responsabilidade dos transportadores

Entrada e saída do território nacional 1 — Compete ao transportador, logo que notificado


nos termos do n.o 3 do artigo 22.o do Decreto-Lei
Artigo 1.o n.o 244/98, de 8 de Agosto, suportar todos os encargos
inerentes à permanência do cidadão estrangeiro na res-
Dever de informação pectiva zona internacional até ao momento do seu
Para efeitos de aplicação do regime previsto no n.o 2 reembarque.
do artigo 10.o do Decreto-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto, 2 — As despesas mencionadas no n.o 4 do artigo 21.o
compete às empresas transportadoras informar os pas- do Decreto-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto, incluem,
sageiros que utilizem um troço interno de um voo com além da taxa prevista, as correspondentes ajudas de
origem ou destino em países não signatários da Con- custo, seguro pessoal adequado, transporte, alojamento,
venção de Aplicação do Acordo de Schengen de que bem como outras directamente decorrentes da execução
estão sujeitos a controlo fronteiriço, devendo ser por- da escolta.
tadores de documento de viagem. 3 — O regime mencionado no número anterior apli-
ca-se às situações relativamente às quais o transportador
solicite escolta, desde que o SEF conclua pela sua
Artigo 2.o necessidade.
Validade do documento de viagem
CAPÍTULO II
Para efeitos de entrada e saída do território portu-
guês, a validade do documento de viagem apresentado Vistos
deve ser superior em, pelo menos, três meses à duração SECÇÃO I
da estada prevista, salvo quando se trate da reentrada
de um estrangeiro residente no País ou nos casos excep- Vistos concedidos no estrangeiro
cionais previstos no n.o 3 do artigo 18.o do presente
diploma. Artigo 7.o
Artigo 3.o Pedido de visto
Termo de responsabilidade 1 — O pedido de visto que, por força da legislação
1 — Os meios de subsistência exigidos para a entrada aplicável, deva ser apresentado numa missão diplomá-
e permanência de cidadãos estrangeiros no País podem tica ou posto consular de carreira é formulado em
ser dispensados, caso seja apresentado termo de res- impresso próprio, assinado pelo requerente e instruído
ponsabilidade emitido por cidadão português ou por com toda a documentação necessária.
estrangeiro habilitado com título de residência, auto- 2 — Salvo por razões atendíveis, o pedido deve ser
rização de permanência, visto de trabalho, estudo e apresentado pelo requerente no país da sua residência
estada temporária, válidos, que garanta a alimentação habitual ou no país da área da jurisdição consular do
e o alojamento do interessado durante a sua estada, Estado da sua residência.
sem prejuízo da possibilidade de recurso a outros meios 3 — Quando o requerente for menor ou incapaz, o
de prova. pedido de visto deve ser assinado pelo respectivo repre-
2 — No caso previsto no número anterior, a auto- sentante legal.
ridade de fronteira pode fazer depender a aceitação 4 — Em casos excepcionais, devidamente justificados,
do termo de responsabilidade de prova da capacidade o responsável da missão diplomática ou posto consular
financeira do seu subscritor. de carreira pode dispensar a presença do requerente,
3 — O impresso do termo de responsabilidade é de devendo os motivos da dispensa constar no formulário
modelo aprovado pelo director-geral do Serviço de do pedido.
Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Artigo 8.o
Elementos do pedido
Artigo 4.o
Do pedido de visto devem constar os seguintes
Autorização de saída de menores elementos:
A assinatura da autorização de saída de menor não a) Fotografias iguais, tipo passe, a cores e fundo
acompanhado, elaborada por quem exerce o poder liso, actualizadas e com boas condições de iden-
paternal, pode ser reconhecida por qualquer autoridade tificação do requerente;
administrativa de acordo com o disposto no Decreto-Lei b) A identificação completa do requerente e, caso
n.o 135/99, de 22 de Abril, sem prejuízo das disposições seja titular de passaporte familiar ou de pas-
do Código do Notariado. saporte colectivo, do cônjuge, dos dependentes
ou dos elementos do grupo que neles se encon-
Artigo 5.o tram mencionados que pretendam beneficiar do
Verificação da autenticidade dos documentos
visto;
c) O tipo, número, data e local de emissão e vali-
As autoridades competentes para a emissão de docu- dade do documento de viagem e a identificação
mentos devem disponibilizar ao SEF duplicados dos da autoridade que o emitiu;
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d) O objectivo da estada; 3 — O requerente deve fazer prova de que dispõe


e) O período de permanência. de meios de subsistência suficientes para o período da
estada, os quais devem ser aferidos em função dos valo-
Artigo 9.o res fixados na portaria prevista no n.o 2 do artigo 14.o
do Decreto-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto.
Instrução do pedido de visto

1 — Sem prejuízo dos documentos específicos exigí- Artigo 12.o


veis para cada tipo de visto, os pedidos são instruídos
Visto de residência
com os seguintes documentos:
a) Certificado do registo criminal emitido pela 1 — O pedido de visto de residência é acompanhado
autoridade competente do país de nacionali- de declaração do requerente quanto à finalidade pre-
dade do requerente ou do país em que este tendida com a estada.
resida há mais de um ano, sempre que a estada 2 — A prova dos meios de subsistência pode ser feita
requerida seja superior a 90 dias; nos seguintes termos:
b) Atestado médico e seguro de saúde, sempre que a) No caso de cidadão estrangeiro reformado, atra-
a estada requerida seja superior a 90 dias; vés de documento comprovativo da pensão e
c) Comprovativo das condições de alojamento, do respectivo montante, bem como da garantia
atenta a natureza do tipo de visto solicitado; do seu pagamento em território nacional;
d) Comprovativo da existência de meios de sub- b) No caso de cidadão estrangeiro que viva de ren-
sistência, atenta a natureza do tipo de visto dimentos de bens móveis ou imóveis ou da pro-
solicitado. priedade intelectual, através de documento
comprovativo da existência e montante de tais
2 — Os documentos previstos nas alíneas c) e d) do rendimentos, assim como da possibilidade da
n.o 1 podem ser dispensados aos titulares de passaporte sua disponibilidade em Portugal;
diplomático e de serviço especial ou oficial. c) No caso de cidadão estrangeiro que viva de ren-
3 — Tratando-se de pedido de visto respeitante a dimentos de aplicações financeiras, através de
menor de 18 anos sujeito ao exercício do poder paternal documento comprovativo da existência dos res-
ou incapaz, deve ser apresentada a respectiva auto- pectivos rendimentos;
rização. d) No caso de cidadão estrangeiro que pretenda
4 — Podem ser isentos da apresentação de seguro estabelecer-se a fim de exercer uma actividade
de saúde os requerentes de visto que apresentem prova profissional independente, através de docu-
da impossibilidade da sua obtenção, devendo subscre- mento comprovativo de registo de operação de
vê-lo no prazo de 90 dias após a sua entrada em território investimento estrangeiro e de documento com-
nacional. provativo de que se encontra habilitado a exer-
cê-la em Portugal e, quando exigível, declaração
Artigo 10.o da respectiva ordem profissional de que preen-
Visto de escala e de trânsito che os respectivos requisitos de inscrição,
quando tal for exigível pelo ordenamento jurí-
1 — O pedido de visto de escala ou de trânsito deve dico português.
ser acompanhado da cópia do título de transporte para
o país de destino final, bem como da prova de que 3 — Aos requerentes de vistos cujos pedidos sejam
o passageiro se encontra habilitado com o correspon- apresentados na sequência de decisão favorável ao rea-
dente visto de entrada nesse país, sempre que exigível. grupamento familiar não são exigíveis comprovativos de
2 — O requerente de visto de trânsito deve fazer meios de subsistência e de condições de alojamento.
prova de que dispõe de meios de subsistência suficientes, 4 — A apresentação do pedido de visto de residência
quer para o período da estada quer para a viagem para para o exercício de uma actividade profissional subor-
o país no qual a sua admissão esteja garantida, os quais dinada fica sujeita ao disposto no artigo 14.o do presente
devem ser aferidos em função dos valores a fixar através diploma.
da portaria prevista no n.o 2 do artigo 14.o do Decre-
to-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto. Artigo 13.o
Visto de estudo
o
Artigo 11. 1 — O pedido de visto de estudo previsto na alínea a)
Visto de curta duração
do n.o 1 do artigo 35.o do Decreto-Lei n.o 244/98, de
8 de Agosto, é acompanhado do comprovativo da matrí-
1 — O pedido de visto de curta duração deve ser cula num estabelecimento de ensino oficialmente reco-
acompanhado da reserva de viagem de ida e volta, de nhecido ou da garantia da frequência do referido
prova do objectivo e das condições da estada prevista estabelecimento.
e, quando se trate de viagem para visita familiar, do 2 — O pedido de visto de estudo previsto na alínea b)
comprovativo do vínculo invocado e da qualidade de do n.o 1 do artigo 35.o do Decreto-Lei n.o 244/98, de
cidadão nacional, de residente legal, de titular de visto 8 de Agosto, é acompanhado do comprovativo emitido
de longa duração ou de autorização de permanência pela instituição competente para a atribuição do grau
em território nacional. académico ou para o reconhecimento do interesse cien-
2 — Para efeitos do disposto no número anterior, con- tífico do trabalho de investigação.
sideram-se de longa duração os vistos previstos nas alí- 3 — O pedido de visto de estudo previsto na alínea c)
neas d), e), f) e g) do artigo 27.o do Decreto-Lei do n.o 1 do artigo 35.o do Decreto-Lei n.o 244/98, de
n.o 244/98, de 8 de Agosto. 8 de Agosto, é acompanhado do comprovativo emitido
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pela entidade encarregue de ministrar os respectivos de oferta de emprego no Instituto do Emprego e For-
estágios. mação Profissional (IEFP) e de comprovativo da apre-
4 — O pedido de visto de estudo previsto na alínea d) sentação na IGT do requerimento a que se refere o
do n.o 1 do artigo 35.o do Decreto-Lei n.o 244/98, de n.o 1 do artigo 43.o do Decreto-Lei n.o 244/98, de
8 de Agosto, é acompanhado do programa de estágio 8 de Agosto.
e, quando for julgado necessário, do contrato de for- 6 — O requerimento referido no número anterior
mação, da calendarização do curso, do certificado que deve ser acompanhado dos documentos necessários à
o aproveitamento do curso confere e da certificação comprovação da não verificação das situações descritas
dos formadores encarregues de ministrar o respectivo no n.o 3 do artigo 43.o do Decreto-Lei n.o 244/98, de
estágio. 8 de Agosto, sob pena de inadmissibilidade do mesmo.
5 — Os requerentes de visto de estudo devem apre- 7 — Para apreciação da concessão de vistos de tra-
sentar documento comprovativo da disponibilidade de balho tipo IV, a DGACCP solicita, simultaneamente,
rendimentos em território nacional ou, no caso de estu- pareceres ao SEF e ao IEFP a fim de apreciar, res-
dantes bolseiros, comprovativo da existência da respec- pectivamente, o risco migratório, a segurança interna
tiva bolsa. e a conformidade com o relatório sobre as oportunidades
6 — A apresentação do documento comprovativo de de trabalho, e também à IGT, para efeitos do disposto
que o requerente é beneficiário da bolsa de estudo dis- no n.o 3 do artigo 43.o do Decreto-Lei n.o 244/98, de
pensa a entrega da prova referente à posse de meios 8 de Agosto.
de subsistência. 8 — O prazo para emissão dos pareceres previstos
7 — O titular de visto de estudo que pretenda exercer no número anterior é de 30 dias, podendo ser solicitada
actividade profissional a título complementar deve for- à DGACCP a sua prorrogação ou suspensão.
mular o seu pedido ao SEF, acompanhado do contrato 9 — A falta de emissão de parecer ou de pedido
de trabalho previamente depositado na Inspecção-Geral expresso de prorrogação ou suspensão corresponde a
de Trabalho (IGT). parecer favorável.
10 — Após a emissão do visto, a DGACCP comunica
Artigo 14.o mensalmente ao IEFP a relação de vistos a que se refere
Vistos para efeitos de trabalho o n.o 5 do presente artigo para efeitos do disposto no
n.o 2 do artigo 41.o do Decreto-Lei n.o 244/98, de
1 — O pedido de visto de trabalho tipos I e II é acom- 8 de Agosto.
panhado de promessa de contrato de trabalho ou de Artigo 15.o
prestação de serviços, assinada por ambas as partes, e,
quando aplicável, de comprovativo de que o requerente Dispensa de visto de trabalho
se encontra habilitado a exercer a respectiva profissão. 1 — Não carecem do visto de trabalho os nacionais
2 — O pedido de visto de trabalho tipo II é ainda de países terceiros regular e habitualmente empregados
acompanhado de documento emitido por organismo sob numa empresa estabelecida num Estado membro da
tutela do Ministério da Ciência e do Ensino Superior, União Europeia que, mantendo o respectivo vínculo
o qual pode ser dispensado nos seguintes casos: laboral, se desloquem a território português para prestar
a) Quando, com o contrato, for apresentada prova serviços.
de que o mesmo é celebrado e financiado no 2 — Os cidadãos a que se refere o número anterior
âmbito de um programa aprovado por uma devem, no prazo de três dias após a entrada em território
organização internacional reconhecida por Por- nacional, efectuar junto do SEF a declaração de entrada,
tugal; nos termos do artigo 26.o do Decreto-Lei n.o 244/98,
b) Quando o contrato for celebrado com entidade de 8 de Agosto.
constante da lista de entidades públicas e pri- 3 — Mediante a apresentação de comprovativos das
vadas relativamente às quais o Ministério da circunstâncias mencionadas no n.o 1 do presente artigo,
Ciência e do Ensino Superior reconhece capa- é validada a permanência nos termos do n.o 1 do
cidade para a realização da actividade de inves- artigo 52.o do Decreto-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto,
tigação e que é remetida à Direcção-Geral dos pelo tempo de duração correspondente ao do des-
Assuntos Consulares e das Comunidades Por- tacamento.
tuguesas (DGACCP). Artigo 16.o
Visto de estada temporária
3 — O pedido de visto de trabalho tipo II para o exer-
cício de actividade altamente qualificada deve ser acom- 1 — O pedido de visto de estada temporária previsto
panhado de documento que ateste este facto, emitido na alínea a) do n.o 1 do artigo 38.o do Decreto-Lei
por organismo sob tutela do ministério competente na n.o 244/98, de 8 de Agosto, é acompanhado de relatório
área em que a mesma se enquadra. médico confirmado por autoridade pública de saúde do
4 — O pedido de visto de trabalho tipo III é acom- país de origem, comprovativo de que o requerente tem
panhado de promessa de contrato de prestação de ser- assegurado o internamento ou o tratamento ambulatório
viços assinada por ambas as partes e do comprovativo em estabelecimento público ou privado devidamente
de que o requerente se encontra habilitado a exercer certificado.
a actividade a que se refere a prestação de serviços 2 — O pedido de visto de estada temporária previsto
e declaração da respectiva ordem profissional de que na alínea b) do n.o 1 do artigo 38.o do Decreto-Lei
preenche os respectivos requisitos de inscrição, quando n.o 244/98, de 8 de Agosto, é acompanhado da prova
tal for exigível pelo ordenamento jurídico português. da relação de parentesco invocada, entendida de acordo
5 — O pedido de visto de trabalho tipo IV é acom- com a enumeração constante do artigo 57.o do mesmo
panhado de promessa de contrato de trabalho assinada diploma legal, bem como do comprovativo da finalidade
por ambas as partes, de comprovativo de apresentação da estada da pessoa a acompanhar.
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3 — O pedido de visto de estada temporária previsto razões que o requerente invoca para apresentar
na alínea c) do n.o 1 do artigo 38.o do Decreto-Lei o pedido em país diferente daquele onde tem
n.o 244/98, de 8 de Agosto, só pode ser concedido decor- residência habitual e se aí se encontra regular-
rido um ano sobre a data de concessão de autorização mente, efectuando, sempre que necessário, con-
de permanência ao membro da família, dependendo a sulta prévia à respectiva autoridade central;
sua emissão da prova da relação de parentesco invocada, i) Exigir a apresentação dos elementos que sejam
entendida de acordo com a enumeração constante do necessários ao esclarecimento de quaisquer
artigo 57.o do mesmo diploma legal, bem como do com- dúvidas acerca dos elementos constantes do
provativo da finalidade da estada da pessoa a acom- pedido, designadamente perícias médico-legais
panhar. comprovativas dos laços de parentesco invo-
4 — O pedido de visto de estada temporária previsto cados;
na alínea d) do n.o 1 do artigo 38.o do Decreto-Lei j) Verificar se o requerente se deslocou a Portugal
n.o 244/98, de 8 de Agosto, é acompanhado do com- em ocasiões anteriores e se nestas não ultra-
provativo da situação de excepcionalidade. passou o período de permanência autorizado;
5 — Os requerentes devem apresentar documento l) Emitir o respectivo parecer devidamente fun-
comprovativo de que se encontra assegurada a cobertura damentado.
das respectivas despesas.
2 — A autoridade consular competente pode, em
Artigo 17.o qualquer fase do processo, exigir a presença do reque-
Apresentação do pedido rente na missão diplomática ou posto consular de car-
reira, tendo em vista a recolha de elementos cujo conhe-
A apresentação do pedido de visto pode dar lugar cimento seja conveniente para a instrução e decisão do
à aposição, no passaporte do requerente, de um carimbo pedido.
contendo os elementos respeitantes à data ou posto con- 3 — Em derrogação do disposto na alínea c) do n.o 1,
sular de carreira onde foi solicitado, salvo nos casos excepcionalmente, por razões urgentes de carácter
de passaportes diplomáticos ou de serviço. humanitário ou de interesse nacional, podem ser apostos
vistos em documentos de viagem cujo período de vali-
Artigo 18.o dade seja inferior a três meses, desde que a validade
do documento seja, em todo o caso, superior à do visto
Instrução do pedido
e a garantia de regresso não fique comprometida.
1 — A autoridade consular, na instrução do pedido, 4 — Na apreciação dos vistos de trabalho tipo IV e
deve: dos vistos de residência para o exercício de uma acti-
vidade profissional subordinada, o conhecimento da lín-
a) Comprovar a identidade do requerente; gua portuguesa deve ser tido em conta, podendo, nos
b) Verificar se o requerente está indicado, para casos de contigentação do número de vistos, constituir
efeitos da não admissão, no Sistema de Infor- factor preferencial.
mação Schengen;
c) Verificar a regularidade, autenticidade e vali-
dade do documento de viagem apresentado pelo Artigo 19.o
requerente, tendo em conta, neste último caso,
Indeferimento liminar do pedido
que a mesma deve ultrapassar em pelo menos
três meses a data limite da permanência indi-
cada no visto, atento o prazo da sua utilização; A autoridade consular deve indeferir liminarmente
d) Comprovar se o documento de viagem permite os pedidos que não sejam instruídos com os documentos
o regresso do requerente ao país de origem ou exigidos ou se encontrem insuficientemente fundamen-
a sua entrada num país terceiro; tados.
e) Apurar da existência e validade da autorização Artigo 20.o
de saída ou do visto de regresso ao país de pro-
veniência, sempre que esta formalidade for Consulta prévia
requerida pelas autoridades competentes,
devendo observar-se o mesmo procedimento 1 — Sempre que a concessão de visto dependa de
relativamente à autorização de entrada num país consulta ao SEF, o responsável pela missão diplomática
terceiro; ou posto consular de carreira remete o processo devi-
f) Confirmar se o documento de viagem é reco- damente instruído, acompanhado do respectivo parecer
nhecido e válido para todos os países signatários sobre a sua admissibilidade, através do Ministério dos
da Convenção de Aplicação do Acordo de Negócios Estrangeiros.
Schengen, salvo quando o visto solicitado seja 2 — Para cumprimento do disposto nas alíneas a) e
exclusivamente válido para uma ou várias partes b) do n.o 1 do artigo 40.o do Decreto-Lei n.o 244/98,
contratantes, sendo neste caso suficiente o seu de 8 de Agosto, é competente o director-geral do SEF,
reconhecimento pelas autoridades competentes; com possibilidade de delegação.
g) Confirmar se a situação sócio-económica do 3 — A consulta prévia prevista no n.o 5 do artigo 40.o
requerente e a duração da estada são adequadas do Decreto-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto, é efectuada
ao custo e objectivos da viagem, salvo no caso pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, directa-
de ser aceite o termo de responsabilidade pre- mente ao Serviço de Informações e Segurança, devendo
visto no artigo 3.o do presente diploma; o SEF ser informado sempre que o parecer seja des-
h) Nas situações excepcionais previstas no n.o 2 favorável à admissão do cidadão estrangeiro no terri-
do artigo 7.o do presente diploma, verificar as tório nacional.
N.o 98 — 26 de Abril de 2004 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 2577

Artigo 21.o SECÇÃO II

Competência Vistos concedidos em postos de fronteira

A concessão de vistos é da competência do respon- Artigo 26.o


sável pela embaixada, secção consular ou posto consular Vistos de trânsito e de curta duração
de carreira e, nas suas ausências e impedimentos, do
respectivo substituto legal. 1 — A concessão de vistos de trânsito e de curta dura-
ção nos termos do n.o 1 do artigo 48.o do Decreto-Lei
n.o 244/98, de 8 de Agosto, fica sujeita à verificação,
Artigo 22.o se possível atestada por documento comprovativo, das
razões imprevistas que impediram o requerente de se
Concessão dos vistos
apresentar habilitado com o necessário visto.
2 — A emissão dos vistos referidos no número ante-
1 — Os vistos são concedidos em documentos de via-
rior consiste na aposição de uma vinheta modelo tipo
gem válidos, emitidos pelas competentes autoridades de
de visto no documento de viagem do requerente.
Estados ou entidades reconhecidas por Portugal ou por
organizações internacionais de que Portugal faça parte.
2 — O período de permanência autorizado pelo visto Artigo 27.o
fica condicionado à observância do disposto na alínea c) Visto especial
do n.o 1 do artigo 18.o do presente diploma, sem prejuízo
da derrogação estabelecida no n.o 3 do mesmo artigo. 1 — O visto especial previsto no artigo 49.o do Decre-
3 — A validade do visto concedido a familiares acom- to-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto, é emitido em vinheta
panhantes de titulares de visto de estudo, trabalho, modelo tipo de visto, sendo esta aposta no respectivo
estada temporária ou de autorização de permanência documento de viagem.
não pode ultrapassar a validade do visto ou da auto- 2 — Caso o passageiro se apresente sem documento
rização de permanência do familiar acompanhado. de viagem válido, a vinheta referida no número anterior
4 — O Ministério dos Negócios Estrangeiros pode, é aposta em impresso próprio.
a título excepcional, autorizar a aposição de visto, em 3 — O visto especial é válido para uma entrada em
folha autónoma, a qual deverá sempre acompanhar o território nacional, habilitando o seu titular a uma per-
documento de viagem. manência até 15 dias.

Artigo 23.o CAPÍTULO III


Período de emissão dos vistos consulares Permanência

Sob pena de caducidade, os vistos consulares devem Artigo 28.o


ser emitidos dentro de 90 dias após a sua concessão. Documentos necessários

Sem prejuízo dos documentos específicos exigíveis


Artigo 24.o para cada tipo de prorrogação, os pedidos são instruídos
com os seguintes meios probatórios:
Relação de vistos concedidos
a) Documento de viagem válido reconhecido;
1 — Os postos consulares enviam aos serviços com- b) Comprovativo do objectivo da estada, atenta a
petentes do Ministério dos Negócios Estrangeiros a rela- natureza do tipo de prorrogação solicitada;
ção mensal dos vistos concedidos. c) Comprovativo dos meios de subsistência, atenta
2 — Da relação referida no número anterior constam a natureza do tipo de prorrogação solicitada;
o nome, a nacionalidade, o tipo de visto, o número e d) Comprovativo das condições de alojamento,
o tipo de passaporte, a validade do visto, o período atenta a natureza do tipo de prorrogação
de permanência e a consulta prévia. solicitada;
3 — Na relação devem ser colocados os comprova- e) Certificado de registo criminal, sempre que a
tivos da utilização das vinhetas na concessão de vistos. estada requerida seja superior a 90 dias;
4 — As vinhetas inutilizadas devem acompanhar a f) Seguro de saúde ou comprovativo de que se
relação a que se referem os números anteriores. encontra abrangido em território nacional por
5 — Os processos de vistos de estudo, trabalho e um sistema de segurança social.
estada temporária autorizados sem consulta prévia
devem ser enviados mensalmente ao SEF, mencionando Artigo 29.o
expressamente o domicílio indicado em território nacio-
nal. Prorrogação de permanência

Artigo 25.o 1 — A prorrogação da permanência, nos termos do


n.o 1 do artigo 52.o do Decreto-Lei n.o 244/98, de 8
Conservação arquivística de Agosto, poderá ter lugar se se mantiverem os motivos
que fundamentaram a admissão do cidadão estrangeiro
O prazo de conservação dos formulários e documen- em território nacional.
tos instrutórios é, no mínimo, de dois anos, no caso 2 — Em caso de ocorrência de facto novo posterior
de emissão do visto solicitado, e de cinco anos, no caso à entrada regular em território nacional, pode ter lugar,
de recusa da emissão de visto. a título excepcional, a prorrogação da permanência, nos
2578 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 98 — 26 de Abril de 2004

termos do n.o 3 do artigo 52.o do Decreto-Lei n.o 244/98, impresso próprio e é acompanhado dos seguintes meios
de 8 de Agosto, devendo o pedido ser acompanhado probatórios:
dos documentos previstos no artigo anterior, bem como
a) Reserva de viagem de regresso;
dos comprovativos exigíveis para a finalidade a que o
b) Quando em visita familiar, comprovativo do res-
pedido de prorrogação se reporta e comprovativo da
pectivo vínculo, bem como da qualidade de cida-
situação de permanência regular.
dão nacional, residente legal, titular de auto-
3 — O pedido referido no número anterior é apre-
rização de permanência ou de visto de longa
ciado tendo em conta:
duração do membro da família.
a) Razões humanitárias;
b) Motivos de força maior; 3 — O visto de trânsito apenas admite uma prorro-
c) Razões pessoais ou profissionais atendíveis. gação, nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 53.o
do Decreto-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto.
4 — A prorrogação de permanência com validade
para os Estados Partes na Convenção de Aplicação do
Acordo de Schengen depende da verificação dos requi- Artigo 32.o
sitos referidos no n.o 2 do presente artigo e do facto Prorrogação de vistos especiais
de o visto se encontrar válido, não podendo ser alterado
o motivo do mesmo. 1 — O pedido de prorrogação de permanência de titu-
lar de visto especial é apreciado tendo em consideração
Artigo 30.o a manutenção das razões humanitárias ou de interesse
Prorrogação de permanência em casos especiais nacional que justificaram a sua concessão, confirmadas
pela entidade que determinou a emissão do mesmo.
1 — A prorrogação da permanência nos termos do 2 — A prorrogação do visto é concedida no docu-
n.o 2 do artigo 53.o do Decreto-Lei n.o 244/98, de 8 mento de viagem ou no impresso previsto no n.o 2 do
de Agosto, pode ter lugar a título excepcional, devendo artigo 27.o do presente diploma.
o pedido ser acompanhado dos documentos previstos
no artigo 28.o do presente diploma, bem como dos com-
provativos exigíveis para a finalidade a que o pedido Artigo 33.o
de prorrogação se reporta e do comprovativo da situação Prorrogação de vistos de estudo
de permanência regular, e é apreciada tendo em conta
a existência de: 1 — O pedido de prorrogação de permanência do titu-
lar de visto de estudo é acompanhado dos seguintes
a) Razões humanitárias; meios probatórios:
b) Motivos de força maior;
c) Razões pessoais ou profissionais atendíveis. a) Comprovativo da matrícula no estabelecimento
de ensino oficialmente reconhecido e declara-
2 — O pedido é acompanhado dos seguintes ele- ção referente ao aproveitamento escolar nos
mentos: casos previstos no n.o 2 do artigo 35.o do Decre-
to-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto;
a) Documento comprovativo da relação de paren- b) Comprovativo emitido pela instituição compe-
tesco; tente para a atribuição do grau académico ou
b) Documento comprovativo do título de perma- para o reconhecimento do interesse científico
nência do familiar; do trabalho de investigação;
c) Comprovativo da justificação invocada. c) Comprovativo emitido pela entidade encarre-
gue de ministrar os respectivos estágios e, se
3 — A prorrogação de permanência nos termos do necessário, da certificação dos respectivos for-
n.o 6 do artigo 53.o do Decreto-Lei n.o 244/98, de 8 madores;
de Agosto, pode ter lugar a título excepcional, devendo d) Comprovativo da situação perante a segurança
o pedido ser apreciado tendo em conta: social quando o titular do visto exerça uma acti-
a) Razões humanitárias; vidade laboral a título complementar.
b) Motivos de força maior;
c) Razões pessoais ou profissionais atendíveis. 2 — A prorrogação dos vistos de estudo previstos no
n.o 1 do artigo 35.o do Decreto-Lei n.o 244/98, de
8 de Agosto, fica limitada ao tempo necessário para
Artigo 31.o conclusão do programa de estudos, trabalho de inves-
Prorrogação de estadas de curta duração tigação, estágio ou para aquisição da qualificação
profissional.
1 — O pedido de prorrogação de permanência do titu-
lar de visto de trânsito é acompanhado dos seguintes
meios probatórios: Artigo 34.o
a) Original e cópia do bilhete de transporte para Prorrogação de vistos de trabalho
o país de destino final;
1 — O pedido de prorrogação de permanência do titu-
b) Visto, quando exigível, para o país de destino
lar de visto de trabalho é acompanhado dos seguintes
final.
meios probatórios:
2 — O pedido de prorrogação de permanência do titu- a) Cópia do contrato de trabalho, no caso de tra-
lar de visto de curta duração e de cidadãos isentos de balho subordinado ou do contrato de prestação
visto para estadas de curta duração é formulado em de serviços;
N.o 98 — 26 de Abril de 2004 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 2579

b) Declaração comprovativa da existência da rela- 2 — Para efeitos do disposto no número anterior, o


ção laboral; exercício da actividade profissional fica condicionado
c) Cópia do duplicado da declaração de IRS res- à verificação cumulativa dos seguintes requisitos:
peitante ao ano fiscal anterior;
a) Entrada regular em território nacional há pelo
d) Mapa de descontos para a segurança social ou
menos seis meses;
prova documental que o substitua;
b) Ocorrência de facto novo posterior à entrada
e) Contrato de trabalho, em caso de alteração da
regular em território nacional que justifique a
entidade patronal, depositado ou comunicado
necessidade de reforço dos meios de subsistên-
à IGT.
cia da economia familiar.
2 — A prorrogação de permanência só é concedida
3 — Por razões humanitárias devidamente compro-
se à data do pedido o seu titular se encontrar a desen-
vadas pode ser dispensado o requisito previsto na alí-
volver uma actividade profissional.
nea a) do número anterior.
3 — Nos casos em que o titular do visto de trabalho,
4 — O pedido de reconhecimento da excepcionali-
à data do pedido, se encontre numa situação de desem-
dade é apresentado nos serviços regionais do SEF da
prego involuntário, poderá proceder à sua prorrogação
área de residência.
até ao fim do prazo de 60 dias, caso comprove ter cons-
5 — O deferimento do pedido referido no número
tituído, entretanto, uma relação de trabalho.
anterior não habilita o requerente ao exercício de acti-
vidade profissional subordinada, o qual fica dependente
Artigo 35.o da posterior apresentação no SEF da proposta de con-
Prorrogação de visto de estada temporária trato de trabalho com parecer favorável da IGT.
6 — Estão dispensados dos requisitos referidos nos
1 — O pedido de prorrogação de permanência do titu- n.os 1, 2, 4 e 5 do presente artigo os cidadãos nacionais
lar de visto de estada temporária é acompanhado dos de países com os quais Portugal tenha celebrado acordos
seguintes meios probatórios: relativos a férias-trabalho cuja entrada tinha sido auto-
a) Comprovativo de que o requerente continua em rizada ao abrigo e nas condições definidas nos referidos
tratamento médico e tem assegurado o inter- acordos.
namento ou o tratamento ambulatório, quando 7 — Pela concessão de autorização para o exercício
o pedido se refira a visto concedido nos termos de uma actividade profissional subordinada nos termos
da alínea a) do n.o 1 do artigo 38.o do Decre- do presente artigo é devido o pagamento de taxa fixada
to-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto; por portaria nos termos do artigo 138.o do Decreto-Lei
b) Comprovativo da relação de parentesco invo- n.o 244/98, de 8 de Agosto.
cada, entendida de acordo com a enumeração
constante do artigo 57.o do Decreto-Lei Artigo 37.o
n.o 244/98, de 8 de Agosto, e da finalidade da Alteração de actividade profissional
estada da pessoa a acompanhar, quando o
pedido se refira a visto concedido nos termos 1 — Os titulares de visto de trabalho e os titulares
da alínea b) do n.o 1 do artigo 38.o do mesmo de visto de estudo e de estada temporária autorizados
diploma legal; a exercer uma actividade profissional nos termos do pre-
c) Comprovativo da relação de parentesco invo- sente diploma devem informar previamente o IEFP da
cada, entendida de acordo com a enumeração intenção de alteração do exercício da actividade, tendo
constante do artigo 57.o do Decreto-Lei em vista verificar a sua conformidade com o relatório
n.o 244/98, de 8 de Agosto, e da finalidade da previsto no artigo 36.o do Decreto-Lei n.o 244/98, de
estada da pessoa a reagrupar, quando o pedido 8 de Agosto.
se refira a visto concedido nos termos da alí- 2 — Fora dos casos previstos no n.o 3 do artigo 41.o
nea c) do n.o 1 do artigo 38.o do mesmo diploma do Decreto-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto, quando o
legal; titular do visto pretenda exercer uma actividade pro-
d) Comprovativo da manutenção da situação de fissional que não conste do relatório ou que exceda o
excepcionalidade que fundamentou a conces- número de vagas aí previstas, o IEFP informa o inte-
são, quando se trate de prorrogação de visto ressado da impossibilidade da alteração referida no
concedido nos termos da alínea d) do n.o 1 do número anterior.
artigo 38.o do mesmo diploma legal. 3 — Todas as comunicações de alteração de activi-
dade profissional devem ser comunicadas pelo IEFP ao
2 — Os pedidos de prorrogação de permanência apre- SEF para efeitos de avaliação da subsistência dos moti-
sentados por titulares de visto de estada temporária vos que determinaram a concessão do visto.
autorizados a exercer uma actividade profissional subor-
dinada devem, também, ser acompanhados dos meios Artigo 38.o
probatórios referidos no artigo anterior.
Formulação e forma de concessão dos pedidos
de prorrogação
Artigo 36.o
1 — Todos os pedidos de prorrogação previstos no
Exercício de actividade profissional por titular
de visto de estada temporária
presente capítulo são formulados em impresso próprio,
acompanhados de duas fotografias iguais, tipo passe,
1 — O exercício de actividade profissional subordi- a cores e fundo liso, actualizadas e com boas condições
nada por titular de visto de estada temporária depende de identificação, e implicam o pagamento de uma taxa,
da prova da ocorrência de circunstâncias supervenientes nos termos previstos no artigo 138.o do Decreto-Lei
à sua entrada em território nacional que o justifique. n.o 244/98, de 8 de Agosto.
2580 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 98 — 26 de Abril de 2004

2 — A prorrogação de permanência é concedida sob ano, no estabelecimento situado noutro Estado


a forma de vinheta autocolante de modelo aprovado membro da Organização Mundial do Comércio,
pela Portaria n.o 1025/99, de 22 de Novembro. que se incluam numa das seguintes categorias:
i) Os que, possuindo poderes de direcção,
Artigo 39.o trabalhem como quadros superiores da
Limite de validade empresa e façam, essencialmente, a ges-
tão de um estabelecimento ou departa-
A prorrogação de permanência concedida aos mem- mento, recebendo orientações gerais do
bros da família é limitada à validade do título de per- conselho de administração;
manência do familiar. ii) Os que possuam conhecimentos técnicos
específicos essenciais à actividade, ao
equipamento de investigação, às técnicas
CAPÍTULO IV ou à gestão da mesma.
Relatório de oportunidades de trabalho
2 — Às situações previstas no número anterior não
Artigo 40.o é aplicável o disposto no n.o 4 do artigo 18.o do presente
Relatório de oportunidades de trabalho
diploma.

1 — No relatório referido no artigo 36.o do Decre- CAPÍTULO V


to-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto, a previsão de opor- Reagrupamento e reunião familiar
tunidades de trabalho em cada sector de actividade é
discriminada por actividade profissional e destina-se a Artigo 42.o
estabelecer um limite máximo anual imperativo de vistos
Instrução
de trabalho tipo IV a conceder a cidadãos oriundos de
Estados terceiros, para o exercício de uma actividade 1 — O cidadão residente em território nacional há
profissional subordinada. pelo menos um ano que pretenda beneficiar do direito
2 — O relatório é aprovado por resolução do Con- ao reagrupamento familiar apresenta o respectivo
selho de Ministros e vigora pelo prazo de dois anos pedido junto dos serviços regionais do SEF da área da
a contar da data da sua publicação ou até à entrada sua residência, o qual deve conter a identificação do
em vigor de novo relatório, se as quotas nele previstas requerente e dos membros da família a que o pedido
não estiverem integralmente preenchidas. respeita.
3 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, 2 — O pedido é instruído com os seguintes docu-
a execução do relatório pode ser total ou parcialmente mentos:
suspensa, por resolução do Conselho de Ministros, sem-
pre que as condições do mercado de trabalho, que esti- a) Comprovativos devidamente autenticados dos
veram na base da sua elaboração, se alterem signi- vínculos familiares invocados e, quando neces-
ficativamente. sário, dos demais requisitos previstos no
4 — A prioridade concedida aos trabalhadores comu- artigo 56.o do Decreto-Lei n.o 244/98, de 8 de
nitários, bem como aos trabalhadores não comunitários Agosto;
com residência legal no País, através do disposto no b) Cópias autenticadas dos documentos de iden-
n.o 1 do artigo 41.o do Decreto-Lei n.o 244/98, de tificação dos familiares do requerente;
8 de Agosto, considera-se verificada sempre que esteja c) Comprovativos de que dispõe de alojamento
em vigor o relatório de oportunidades de trabalho. adequado e de meios de subsistência suficientes
5 — Para efeitos do disposto no n.o 2 do artigo 41.o para suprir as necessidades da sua família.
do Decreto-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto, considera-se
que os postos de trabalho são efectivamente preenchidos 3 — Em caso de dúvida, podem ser exigidos, a título
com a concessão do respectivo visto de trabalho tipo IV complementar, comprovativos de parentesco, nomeada-
aos destinatários das propostas de trabalho sobre as mente perícias médico-legais.
quais foram emitidos pareceres. 4 — Sempre que tal se revele necessário, o SEF deve
solicitar e obter os pareceres, informações e demais ele-
mentos previstos no n.o 3 do artigo 40.o do Decreto-Lei
Artigo 41.o n.o 244/98, de 8 de Agosto.
Regime de excepção 5 — No caso previsto no n.o 1 do artigo 56.o do Decre-
to-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto, a instrução do pedido
1 — O relatório referido no artigo anterior não é apli- pelo SEF vale, para todos os efeitos legais, como con-
cável à transferência de cidadãos nacionais de países sulta prévia nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 40.o
outorgantes da Organização Mundial de Comércio, no do mesmo diploma.
contexto da prestação de serviços em território portu- 6 — O requisito temporal previsto no n.o 1 pode ser
guês, nas seguintes condições: dispensado aos residentes cujo direito de residência
a) A transferência tem de efectuar-se entre esta- tenha sido adquirido ao abrigo do disposto nas alíneas l),
belecimentos de uma mesma empresa, devendo m) e n) do n.o 1 do artigo 87.o do Decreto-Lei n.o 244/98,
o estabelecimento situado em território portu- de 8 de Agosto.
guês prestar serviços equivalentes aos prestados Artigo 43.o
pelo estabelecimento de onde é transferido o Competência
cidadão estrangeiro;
b) A transferência tem de referir-se a sócios ou 1 — A decisão do pedido formulado nos termos do
trabalhadores subordinados, há pelo menos um artigo 56.o do Decreto-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto,
N.o 98 — 26 de Abril de 2004 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 2581

é da competência dos directores regionais do SEF, com 2 — O pedido de concessão de autorização de resi-
possibilidade de delegação. dência é acompanhado dos seguintes documentos:
2 — Logo que possível e em todo o caso no prazo
a) Passaporte ou outro documento de identificação
de nove meses a contar da data da apresentação do
válido;
pedido, o director regional do SEF deve notificar o
b) Visto de residência válido, salvo se estiver
requerente, por escrito, da decisão tomada.
dispensado;
c) Comprovativo dos meios de subsistência;
Artigo 44.o d) Comprovativo das condições de alojamento;
e) Documento comprovativo dos vínculos de paren-
Comunicação do deferimento tesco, quando se justifique;
1 — O deferimento do pedido formulado nos termos f) Certificado de inscrição consular.
do n.o 1 do artigo 56.o do Decreto-Lei n.o 244/98, de
8 de Agosto, é comunicado ao Ministério dos Negócios 3 — Em caso de dúvida, podem ser exigidos, a título
Estrangeiros e determina a concessão, com urgência, complementar, comprovativos de parentesco, nomeada-
do visto de residência sem a consulta prévia prevista mente perícias médico-legais.
na alínea a) do n.o 1 do artigo 40.o do mesmo diploma, 4 — Aos pedidos de concessão de autorização de resi-
salvo no caso de verificação de factos que, se fossem dência permanente é aplicável o disposto no n.o 1 e
do conhecimento da autoridade competente, teriam nas alíneas c) e d) do n.o 2, devendo ainda os pedidos
obstado ao reconhecimento do direito ao reagrupa- ser acompanhados de certificado de registo criminal e
mento familiar. de cópia do duplicado da declaração de IRS respeitante
2 — A comunicação prevista no número anterior é ao ano fiscal anterior.
acompanhada das cópias certificadas dos documentos
apresentados, da informação e do despacho final cons- Artigo 47.o
tante no processo instruído pelo SEF, bem como das
cópias dos documentos de identificação dos familiares Renovação de autorização de residência
do requerente. 1 — Os pedidos de renovação de autorização de resi-
3 — O titular do direito ao reagrupamento familiar dência são assinados pelo requerente ou, quando se trate
é notificado do despacho de deferimento no prazo de de menores de 10 anos de idade ou de incapazes, pelo
oito dias, sendo informado de que os seus familiares seu representante legal, devendo ser apresentados junto
se deverão dirigir à missão diplomática ou posto consular da direcção regional do SEF da área de residência do
de carreira da respectiva área de residência, no prazo interessado.
de 60 dias, a fim de formalizarem o pedido de visto 2 — O pedido de renovação de autorização de resi-
de residência, o qual deve ser objecto de tratamento dência, nos termos do artigo 91.o do Decreto-Lei
prioritário. n.o 244/98, de 8 de Agosto, é acompanhado dos seguintes
4 — A notificação efectuada nos termos do número documentos:
anterior é acompanhada da cópia da comunicação efec-
tuada ao Ministério dos Negócios Estrangeiros. a) Comprovativo dos meios de subsistência;
5 — A não apresentação do pedido de visto de resi- b) Certificado de registo criminal;
dência nos termos do n.o 3 do presente artigo implica c) Comprovativo das condições de alojamento.
a aplicação do regime previsto nos artigos 39.o e 40.o
do Decreto-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto. 3 — Para efeitos de aplicação da alínea c) do n.o 2
do artigo 91.o do Decreto-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto,
releva o disposto na alínea b) do n.o 1 do artigo 85.o
Artigo 45.o do mesmo diploma, com as necessárias adaptações.
Reagrupamento de cidadãos familiares de titulares 4 — O título de residência emitido ao membro da
de autorização de permanência família de titular de autorização de residência tempo-
rária, ao abrigo do disposto no n.o 2 do artigo 58.o do
As regras previstas nos artigos anteriores são apli- Decreto-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto, é renovado
cáveis, com as necessárias adaptações, à reunião dos com validade idêntica à do residente, sendo aferida, no
membros da família com os cidadãos familiares de titu- termo deste período, a manutenção dos laços familiares
lares de autorização de permanência prevista na alí- durante o prazo de dois anos, através, nomeadamente,
nea c) do n.o 1 do artigo 38.o do Decreto-Lei n.o 244/98, da apresentação de certidão de casamento ou nasci-
de 8 de Agosto. mento actualizada.
5 — Os pedidos mencionados no n.o 1 são objecto
CAPÍTULO VI de registo, sendo entregue ao interessado talão com-
Autorização de residência provativo da apresentação do pedido válido por 60 dias.

Artigo 46.o Artigo 48.o


Concessão da autorização de residência Alteração dos elementos de identificação

1 — Os pedidos de concessão de autorização de resi- 1 — A renovação do título de residência por alteração


dência são assinados pelo requerente ou, quando se trate dos elementos de identificação não determina a alte-
de menores de 10 anos de idade ou de incapazes, pelo ração do prazo de validade do mesmo.
seu representante legal, devendo ser apresentados junto 2 — Para os efeitos previstos no número anterior, o
da direcção regional do SEF da área de residência do cidadão estrangeiro residente deve fazer prova da alte-
interessado. ração dos elementos de identificação.
2582 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 98 — 26 de Abril de 2004

Artigo 49.o do Decreto-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto, é acom-


Segunda via do título de residência
panhado dos seguintes documentos:
a) Passaporte ou outro documento de identificação
1 — Pode ser solicitada segunda via do título de resi-
válido;
dência em caso de mau estado de conservação, perda, b) Certificado do registo criminal, quando se trate
destruição, furto ou roubo, salvo se houver lugar à sua de pessoas maiores de 16 anos;
renovação, nos termos do n.o 2 do artigo 83.o ou do c) Comprovativo dos meios de subsistência;
n.o 2 do artigo 84.o do Decreto-Lei n.o 244/98, de 8 d) Comprovativo das condições de alojamento.
de Agosto.
2 — O pedido obedece ao disposto no n.o 1 do 2 — O pedido de autorização de residência, nos ter-
artigo 46.o e é instruído com a declaração dos motivos mos da alínea a) do n.o 1 do artigo 87.o e do artigo 89.o
que o fundamentam e, no caso de furto ou roubo, com do Decreto-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto, é ainda acom-
cópia da respectiva participação à autoridade policial. panhado dos seguintes documentos:
3 — O pedido é acompanhado de duas fotografias
do requerente, iguais, tipo passe, a cores e fundo liso, a) Registo de nascimento do menor;
actualizadas e com boas condições de identificação. b) Prova da situação de residente de ambos ou
4 — Em caso de dúvida sobre a identidade do reque- de um dos progenitores.
rente ou sobre a legitimidade do pedido, a passagem
da segunda via pode ser deferida ou recusada após pres- 3 — O pedido de autorização de residência, nos ter-
tação de prova complementar. mos da alínea b) do n.o 1 do artigo 87.o do Decreto-Lei
n.o 244/98, de 8 de Agosto, é ainda acompanhado dos
seguintes documentos:
Artigo 50.o
a) Documento comprovativo da relação de paren-
Competência
tesco;
É da competência dos directores regionais do SEF b) Prova da qualidade de residente dos nacionais
a concessão e renovação de autorizações de residência, dos Estados Partes no Acordo sobre o Espaço
com possibilidade de delegação. Económico Europeu ou da Confederação Suíça.

4 — O pedido de autorização de residência, nos ter-


Artigo 51.o mos da alínea d) do n.o 1 do artigo 87.o do Decreto-Lei
Cancelamento de autorização de residência n.o 244/98, de 8 de Agosto, é ainda acompanhado de
atestado médico passado ou confirmado por autoridade
O cancelamento de autorização de residência nos ter- de saúde de âmbito concelhio (delegado de saúde con-
mos da alínea a) do n.o 2 do artigo 93.o do Decreto-Lei celhio) comprovativo de doença prolongada que obste
n.o 244/98, de 8 de Agosto, opera, desde que, no res- ao retorno ao país, a fim de evitar risco para a saúde
pectivo procedimento, seja produzida prova que o casa- do requerente.
mento foi celebrado com o fim único de permitir ao 5 — O pedido de autorização de residência, nos ter-
beneficiário do reagrupamento familiar a entrada e a mos da alínea e) do n.o 1 do artigo 87.o do Decreto-Lei
residência legal no País. n.o 244/98, de 8 de Agosto, deve ser decidido tendo
em consideração os princípios e normas previstos no
Artigo 52.o Decreto-Lei n.o 147/99, de 1 de Setembro.
6 — O pedido de autorização de residência, nos ter-
Instrução mos da alínea f) do n.o 1 do artigo 87.o do Decreto-Lei
No decurso da instrução dos processos previstos no n.o 244/98, de 8 de Agosto, é ainda acompanhado de
presente capítulo, o SEF procede a todas as diligências documento comprovativo do cumprimento de serviço
julgadas convenientes. militar efectivo nas Forças Armadas portuguesas.
7 — O pedido de autorização de residência, nos ter-
mos da alínea g) do n.o 1 do artigo 87.o do Decreto-Lei
Artigo 53.o n.o 244/98, de 8 de Agosto, é ainda acompanhado de
Decisão e notificação para a concessão e renovação
documento comprovativo da actividade do requerente.
8 — O pedido de autorização de residência, nos ter-
1 — O SEF decide a concessão da autorização de mos da alínea h) do n.o 1 do artigo 87.o do Decreto-Lei
residência e a sua renovação nos prazos de 60 dias e n.o 244/98, de 8 de Agosto, é ainda acompanhado dos
de 30 dias, respectivamente. seguintes documentos:
2 — A eficácia da decisão prevista no número ante- a) Comprovativo da inexistência de casamento
rior, quando de indeferimento, depende de notificação anterior não dissolvido ou de separação judicial
ao requerente. de pessoas e bens;
3 — A decisão final de não renovação de autorização b) Outros documentos comprovativos da existência
de residência é comunicada ao alto-comissário para a da união de facto nos termos da lei, designa-
Imigração e Minorias Étnicas e notificada ao inte- damente contas bancárias conjuntas, declaração
ressado. comum de IRS e outros meios de prova rele-
Artigo 54.o vantes.
Concessão de autorização de residência com dispensa de visto
de residência 9 — A declaração de interesse fundamental para o
País, para efeitos da alínea g) do n.o 1 do artigo 87.o
1 — O pedido de concessão de autorização de resi- do Decreto-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto, compete
dência com dispensa de visto, nos termos do artigo 87.o ao Ministro da Administração Interna.
N.o 98 — 26 de Abril de 2004 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 2583

10 — A concessão de autorização de residência, nos Artigo 59.o


termos do presente artigo, é da competência do direc- Remessa e serviço externo
tor-geral do SEF, com possibilidade de delegação.
1 — O título de residência pode ser remetido ao seu
titular sob registo de correio, mediante prévio paga-
Artigo 55.o mento da franquia postal e das despesas de remessa.
2 — A recolha dos elementos necessários para a emis-
Regime excepcional são do título de residência pode realizar-se no local
onde se encontre o requerente, se este produzir prova
O procedimento oficioso de concessão de autorização devidamente justificada da doença que o incapacite de
de residência, desencadeado ao abrigo do artigo 88.o se poder deslocar, pelos seus próprios meios, aos serviços
do Decreto-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto, é regulado emitentes.
nos termos dos artigos 54.o e seguintes do Código do 3 — Pela realização do serviço externo é devido o
Procedimento Administrativo e é instruído com os pagamento de uma taxa acrescida, sendo o pagamento
seguintes meios probatórios: do custo do transporte necessário à deslocação asse-
gurado pelo requerente.
a) Comprovativo da identidade do cidadão estran-
geiro; Artigo 60.o
b) Comprovativo do registo criminal, quando se
trate de pessoas maiores de 16 anos de idade. Reclamações

1 — O deferimento da reclamação do interessado,


com fundamento em erro dos serviços emitentes, implica
Artigo 56.o a emissão de novo título de residência.
Competência para a instrução
2 — A emissão prevista no número anterior é gratuita,
desde que a reclamação tenha sido apresentada no prazo
1 — É da competência do SEF a instrução dos pro- de 30 dias a contar da data da entrega do título.
cessos respeitantes aos pedidos referidos no artigo
anterior. CAPÍTULO VII
2 — Concluída a instrução, é elaborado relatório com
proposta de decisão, devidamente fundamentada, o qual Condições de apresentação de pedidos
é remetido para decisão do Ministro da Administração
Interna. Artigo 61.o
Obrigatoriedade de apresentação presencial dos pedidos

Artigo 57.o 1 — Os pedidos de prorrogação de permanência são


apresentados presencialmente, em impresso próprio,
Formulação e forma de concessão e renovação de autorizações assinado pelo requerente e instruído com toda a docu-
de residência mentação necessária.
2 — Quando o requerente for menor ou incapaz, o
1 — Todos os pedidos previstos no presente capítulo pedido é assinado pelo respectivo representante legal.
são formulados em impresso próprio, acompanhados de 3 — Em casos excepcionais, devidamente justificados,
duas fotografias iguais, tipo passe, a cores e fundo liso, pode ser dispensada a presença do requerente, devendo
actualizadas e com boas condições de identificação, e os motivos da dispensa constar no formulário do pedido.
implicam o pagamento de uma taxa, nos termos previstos 4 — A competência para dispensar a presença do
no artigo 138.o do Decreto-Lei n.o 244/98, de 8 de requerente é do director regional da área onde o pedido
Agosto. é apresentado, com possibilidade de delegação e sub-
2 — O título de residência é individual, constitui docu- delegação.
mento bastante para provar a identidade civil do seu Artigo 62.o
titular e é o único documento de identificação apto a
Prova complementar
comprovar a qualidade de residente legal em território
português, sem prejuízo do disposto no Tratado de Ami- 1 — Aos pedidos referidos no n.o 1 do artigo anterior
zade, Cooperação e Consulta entre a República Fede- aplica-se o disposto no artigo 157.o do Decreto-Lei
rativa do Brasil e a República Portuguesa, assinado em n.o 244/98, de 8 de Agosto.
Porto Seguro, em 22 de Abril de 2000. 2 — O órgão competente para proferir a decisão de
3 — Os impressos referidos no n.o 1 são de modelo prorrogação de permanência, concessão ou renovação
aprovado por portaria do Ministério da Administração de autorização de residência pode solicitar prova adi-
Interna. cional da relação de parentesco, mediante perícias
4 — Ao título de residência são aplicáveis, com as médico-legais.
devidas adaptações, as normas relativas à identificação
civil. CAPÍTULO VIII
Artigo 58.o Boletim de alojamento

Condições de validade Artigo 63.o


Obtenção e remessa
O título de residência só é válido se nele constar
a assinatura do seu titular, salvo se no local indicado 1 — Os boletins de alojamento podem ser adquiridos
a entidade emitente fizer menção de que o mesmo não junto das entidades mencionadas no n.o 1 do artigo 98.o
sabe ou não pode assinar. do Decreto-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto.
2584 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 98 — 26 de Abril de 2004

2 — Os boletins de alojamento e as listagens recebidas 3 — A prorrogação de autorização de permanência


pela Polícia de Segurança Pública ou pela Guarda Nacio- só é concedida se à data do pedido o seu titular se
nal Republicana são remetidos às delegações ou direc- encontrar a desenvolver uma actividade profissional
ções regionais do SEF da respectiva área geográfica, subordinada.
no prazo de oito dias. 4 — Nos casos em que o titular da autorização de
3 — Para efeitos do disposto no n.o 3 do artigo 98.o permanência, à data do pedido, se encontre numa situa-
do Decreto-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto, a respectiva ção de desemprego involuntário, poderá proceder à sua
aplicação informática pode ser adquirida nas direcções prorrogação até ao fim do prazo de 60 dias, caso com-
regionais do SEF. prove ter constituído entretanto uma relação de tra-
balho.
CAPÍTULO IX 5 — A competência para a prorrogação de autori-
zação de permanência é do director-geral do SEF, com
Afastamento de território nacional faculdade de delegação.

Artigo 64.o Artigo 66.o


Identificação de cidadãos estrangeiros Instrução do pedido de prorrogação de autorização
de permanência
As autoridades policiais referidas no n.o 7 do
artigo 117.o do Decreto-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto, O pedido de prorrogação da autorização de perma-
quando procedam à identificação de estrangeiros, nos nência previsto no artigo 19.o do Decreto-Lei n.o 34/2003,
termos do artigo 250.o do Código de Processo Penal, de 25 de Fevereiro, é formulado em impresso próprio
devem consultar o SEF a fim de: e é acompanhado dos seguintes documentos:
a) Confirmar a irregularidade da situação docu- a) Passaporte válido;
mental do cidadão; b) Certificado de registo criminal;
b) Averiguar a possibilidade de aplicação do dis- c) Cópia do duplicado da declaração de IRS res-
posto no artigo 100.o do Decreto-Lei n.o 244/98, peitante ao ano fiscal anterior;
de 8 de Agosto; d) Declaração da entidade patronal declarando a
subsistência da relação laboral;
c) Confirmar a impossibilidade de o SEF receber
e) Cópia das declarações de remunerações apre-
o cidadão estrangeiro, a fim de o apresentar
sentadas na segurança social;
a tribunal. f) Contrato de trabalho, em caso de alteração da
entidade patronal, depositado ou comunicado
à IGT.
CAPÍTULO X
Artigo 67.o
Autorização de permanência Cancelamento de autorização de permanência

Artigo 65.o 1 — A autorização de permanência emitida e a sua


prorrogação é cancelada nas seguintes condições:
Prorrogação de autorização de permanência
a) Quando o seu titular tenha sido objecto de uma
1 — As autorizações de permanência podem ser pror- decisão de expulsão de território nacional ou
rogadas por períodos anuais desde que subsista, por quando tenha sido emitida ou renovada com
parte do titular, o exercício de uma actividade profis- base em falsas declarações ou através da uti-
sional subordinada, não podendo o período total de per- lização de meios fraudulentos;
manência exceder cinco anos a contar da data de con- b) Quando o seu titular se ausente do País sem
cessão da primeira autorização. razões atendíveis por período igual ou superior
2 — A prorrogação de autorizações de permanência a dois meses, durante a validade da mesma;
só pode ser concedida desde que o interessado: c) Quando o seu titular não satisfaça ou tenha dei-
xado de satisfazer as condições fixadas no capí-
a) Não tenha sido condenado por sentença tran- tulo II do Decreto-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto;
sitada em julgado com pena privativa de liber- d) Quando tenham cessado os motivos que deter-
dade de duração superior a seis meses, ainda minaram a sua concessão.
que esta não tenha sido cumprida ou aquele
tenha sofrido mais de uma condenação em idên- 2 — A ausência para além dos limites previstos no
tica pena, ainda que a sua execução tenha sido número anterior deve ser justificada mediante pedido
suspensa; apresentado no SEF antes da saída do cidadão do ter-
b) Não tenha sido sujeito a uma medida de afas- ritório nacional ou, em casos excepcionais, após a sua
tamento do País e se encontre no período sub- saída.
sequente de interdição de entrada em território 3 — A competência para o cancelamento pertence
nacional; ao director-geral do SEF, com faculdade de delegação.
c) Não esteja indicado para efeitos de não admis- 4 — É dispensada a comunicação do início do pro-
são no âmbito do Sistema de Informações cedimento aos interessados nos termos do n.o 2 do
Schengen por qualquer das partes contratantes; artigo 55.o do Código do Procedimento Administrativo.
d) Não esteja indicado para efeitos de não admis- 5 — O cancelamento da autorização de permanência
são no Sistema Integrado de Informações do SEF; deve ser notificado ao interessado e ao alto-comissário
e) Não se tenha ausentado do País, sem motivos para Imigração e Minorias Étnicas com indicação dos
atendíveis, por período superior a dois meses, fundamentos da decisão e implica a anulação da cor-
durante o período de permanência autorizado. respondente vinheta.
N.o 98 — 26 de Abril de 2004 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 2585

CAPÍTULO XI Artigo 71.o


Normas transitórias Outros casos de prorrogação de permanência

1 — Para além das situações previstas no artigo 29.o,


Artigo 68.o os cidadãos estrangeiros que, não dispondo de título
Pedidos pendentes habilitante para trabalho dependente, se integraram no
mercado de emprego e se tenham inscrito e efectuado
1 — A concessão de autorização de permanência, nos descontos para a segurança social e para a administração
termos do artigo 18.o do Decreto-Lei n.o 34/2003, de fiscal por um período mínimo de 90 dias, até à data
25 de Fevereiro, não prejudica os pedidos de concessão da entrada em vigor do Decreto-Lei n.o 34/2003, de
de autorização de residência pendentes, salvo quando 25 de Fevereiro, podem beneficiar do disposto no n.o 3
formulados ao abrigo do regime excepcional previsto do artigo 52.o do Decreto-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto,
no artigo 88.o do Decreto-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto. mediante requerimento dirigido ao director-geral do
2 — A competência para emissão de autorizações de SEF, acompanhado dos seguintes documentos:
permanência é do director-geral do SEF, com faculdade a) Comprovativo dos descontos efectuados para a
de delegação. segurança social e para a administração fiscal,
3 — A concessão de autorização de permanência nos a partir de retribuições do trabalho dependente,
processos pendentes pode ser concedida a cidadãos em data anterior à entrada em vigor do Decre-
estrangeiros que reúnam as seguintes condições: to-Lei n.o 34/2003, de 25 de Fevereiro;
a) Sejam titulares de proposta de contrato de tra- b) Documento de viagem válido e reconhecido;
balho com informação da IGT; c) Comprovativo das condições de alojamento;
b) Não tenham sido condenados por sentença tran- d) Certificados de registo criminal emitidos em
sitada em julgado com pena privativa de liber- Portugal e no país de origem.
dade de duração superior a seis meses;
c) Não tenham sido sujeitos a uma medida de afas- 2 — As contribuições a que se refere o número ante-
tamento do País e se encontrem no período sub- rior são apenas as efectuadas em data anterior à entrada
em vigor do Decreto-Lei n.o 34/2003, de 25 de Fevereiro.
sequente de interdição de entrada em território
3 — A apresentação do requerimento referido no
nacional; n.o 1 depende da realização de um registo prévio do
d) Não estejam indicados para efeitos de não cidadão estrangeiro junto do Alto-Comissariado para
admissão no âmbito do Sistema de Informação a Imigração e Minorias Étnicas.
Schengen; 4 — O prazo para a realização do registo prévio a
e) Não estejam indicados para efeitos de não que se refere o número anterior é de 45 dias após a
admissão no Sistema Integrado de Informações entrada em vigor do presente diploma.
do SEF. 5 — A comprovação dos elementos constantes nos
Artigo 69.o n.os 1 e 3 deve ser efectuada pelos Ministérios das Finan-
ças, da Administração Interna e da Segurança Social
Período transitório e do Trabalho, em função da respectiva competência,
Até à aprovação do relatório a que se refere o no prazo máximo de 180 dias a contar do termo do
artigo 36.o do Decreto-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto, prazo previsto no número anterior.
a concessão de vistos de trabalho tipo IV fica subordinada 6 — Podem ainda beneficiar do regime previsto no
ao seguinte regime: n.o 1 do presente artigo os cidadãos estrangeiros que
se tenham inscrito e apresentado comprovativo da reten-
a) A entidade empregadora apresenta junto da ção de descontos para a segurança social e para a admi-
IGT o requerimento a que se refere o artigo 43.o nistração fiscal, independentemente do cumprimento
do Decreto-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto, das obrigações de entrega desses descontos que impen-
acompanhado de parecer favorável do IEFP dem sobre a entidade empregadora, que fica sujeita ao
sobre a respectiva oferta de emprego; respectivo regime sancionatório.
b) O requerente apresenta o pedido de concessão 7 — Para efeitos do disposto no n.o 3 do artigo 52.o
de visto de trabalho junto da missão diplomática do Decreto-Lei n.o 244/98, de 8 de Agosto, o cidadão
ou posto consular de carreira competente, estrangeiro que apresente documentos comprovativos
acompanhado da proposta de contrato de tra- da prestação de trabalho, bem como os previstos nas
balho com parecer favorável e do parecer emi- alíneas b), c) e d) do n.o 1 do presente artigo e rela-
tido pelo IEFP; tivamente ao qual se verifique incumprimento da enti-
c) São aplicáveis as normas constantes do presente dade empregadora nas obrigações perante a segurança
decreto, com as necessárias adaptações. social e a administração fiscal, pode apresentar reque-
rimento devidamente fundamentado, que será objecto
de despacho do Ministro da Segurança Social e do Tra-
Artigo 70.o balho, com faculdade de delegação.
Menores estrangeiros nascidos em território português até à entrada
em vigor do Decreto-Lei n.o 34/2003, de 25 de Fevereiro
CAPÍTULO XII
1 — Os menores estrangeiros nascidos em território
Disposições finais
português até à entrada em vigor do Decreto-Lei
n.o 34/2003, de 25 de Fevereiro, e que não se tenham Artigo 72.o
ausentado de território nacional ficam dispensados de
visto para obtenção de autorização de residência. Regimes idênticos
2 — Idêntico regime é aplicado aos progenitores que A aprovação futura de regimes idênticos ou mais favo-
relativamente ao menor efectivamente exerçam o poder ráveis ao previsto no artigo anterior só poderá ser pro-
paternal. movida junto de outros Estados e mediante a celebração
2586 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 98 — 26 de Abril de 2004

das necessárias convenções internacionais que regulem parecer favorável condicionado à aprovação do projecto
a situação dos cidadãos dos respectivos Estados sig- de pavilhão de caça existente, apresentado em 12 de
natários. Dezembro de 2003, à conclusão da obra no prazo de
Artigo 73.o 12 meses a contar da data de notificação da aprovação
do projecto e à verificação da conformidade da obra com
Tratamento de dados pessoais o projecto aprovado.
O tratamento de dados pessoais que decorra do dis- 3.o É revogada a Portaria n.o 582/2003, de 17 de Julho.
posto no presente diploma deve respeitar o estabelecido 4.o A presente portaria produz efeitos a partir do
na Lei n.o 67/98, de 26 de Outubro. dia 26 de Junho de 2003.
Pelo Ministro da Economia, Luís Manuel Miguel Cor-
Artigo 74.o reia da Silva, Secretário de Estado do Turismo, em 2
Revogação de Abril de 2004. — Pelo Ministro da Agricultura,
Desenvolvimento Rural e Pescas, João Manuel Alves
É revogado o Decreto Regulamentar n.o 5-A/2000, Soares, Secretário de Estado das Florestas, em 25 de
de 26 de Abril, alterado pelo Decreto Regulamentar Março de 2004.
n.o 9/2001, de 31 de Maio.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 17 de
Janeiro de 2004. — José Manuel Durão Barroso — Maria
Manuela Dias Ferreira Leite — Paulo Sacadura Cabral MINISTÉRIO DA AGRICULTURA,
Portas — Maria Teresa Pinto Basto Gouveia — António DESENVOLVIMENTO RURAL E PESCAS
Jorge de Figueiredo Lopes — Maria Celeste Ferreira Lopes
Cardona — Nuno Albuquerque Morais Sarmento —
António José de Castro Bagão Félix. Portaria n.o 430/2004
de 26 de Abril
Promulgado em 12 de Março de 2004.
Com fundamento no disposto no artigo 25.o do Decre-
Publique-se. to-Lei n.o 227-B/2000, de 15 de Setembro, com as alte-
O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. raçoes introduzidas pelo Decreto-Lei n.o 338/2001, de
26 de Dezembro, e de acordo com o disposto na alínea c)
Referendado em 15 de Março de 2004. do n.o 1 do n.o 5.o da Portaria n.o 1391/2002, de 25
de Outubro, alterada pela Portaria n.o 45/2004, de 14
O Primeiro-Ministro, José Manuel Durão Barroso. de Janeiro;
Ouvido o Conselho Cinegético Municipal de Vinhais:
Manda o Governo, pelo Ministro da Agricultura,
Desenvolvimento Rural e Pescas, o seguinte:
MINISTÉRIOS DA ECONOMIA E DA AGRICULTURA, 1.o Pela presente portaria é criada a zona de caça
DESENVOLVIMENTO RURAL E PESCAS municipal de Vale de Janeiro (processo n.o 3606-DGF),
pelo período de seis anos, e transferida a sua gestão
para a Associação de Caça e Pesca de Vale de Janeiro,
Portaria n.o 429/2004 com o número de pessoa colectiva 502660228 e sede
de 26 de Abril
em Vale de Janeiro, 5335-136 Vale de Janeiro.
2.o Passam a integrar esta zona de caça os terrenos
Pela Portaria n.o 562/91, de 25 de Junho, foi con- cinegéticos cujos limites constam da planta anexa à pre-
cessionada a Jorge Manuel Rosado Soares Mendes a sente portaria e que dela faz parte integrante, sitos na
zona de caça turística de Cadouços (processo freguesia de Vale de Janeiro, município de Vinhais, com
n.o 629-DGF), situada no município de Abrantes, válida a área de 1491 ha.
até 25 de Junho de 2003. 3.o De acordo com o estabelecido no artigo 16.o do
Entretanto, a entidade concessionária veio requerer Decreto-Lei n.o 227-B/2000, de 15 de Setembro, com as
a sua renovação. alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.o 338/2001, de
Cumpridos os preceitos legais, com fundamento no 26 de Dezembro, os critérios de proporcionalidade de acesso
disposto no n.o 8 do artigo 44.o, em articulação com dos caçadores a esta zona de caça compreendem as seguin-
o disposto na alínea a) do n.o 2 do artigo 36.o, do Decre- tes percentagens:
to-Lei n.o 227-B/2000, de 15 de Setembro, com a redac- a) 60 %, relativamente aos caçadores referidos na
ção que lhe foi conferida pelo Decreto-Lei n.o 338/2001, alínea a) do citado artigo 16.o;
de 26 de Dezembro, e ouvido o Conselho Cinegético b) 10 %, relativamente aos caçadores referidos na
Municipal: alínea b) do citado artigo 16.o;
Manda o Governo, pelos Ministros da Economia e c) 10 %, relativamente aos caçadores referidos na
da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, o alínea c) do citado artigo 16.o;
seguinte: d) 20 %, aos demais caçadores, conforme é refe-
1.o Pela presente portaria é renovada, por um período rido na alínea d) do citado artigo 16.o
de 12 anos, a concessão da zona de caça turística de
Cadouços (processo n.o 629-DGF), abrangendo o prédio 4.o As regras de funcionamento da zona de caça muni-
rústico denominado «Herdade de Cadouços», sito na cipal não constantes desta portaria serão divulgadas pela
freguesia de Bemposta, município de Abrantes, com a entidade gestora nos locais do costume e, pelo menos,
área de 488 ha. num jornal de expansão nacional.
2.o A Direcção-Geral do Turismo emitiu, ao abrigo 5.o As restantes condições de transferência de gestão
do disposto no n.o 3 do artigo 34.o do citado diploma, encontram-se definidas no plano de gestão aprovado

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