Você está na página 1de 8

.

, -
O-:r~5J ~g

b..:.~~ ":'C9­ m b~(t}.---ylC


,
1-1
é)~ocJ~
1. j,qa6 \? l2'=t· 1
I

REA~O Jl.LCALI-AGREGADO: ASPECTOS MINERALOGICOS

Geol. Yushiro Kihara


Associação Brasileira de Cimento Port
land - ABCP.

1 INTRODoçAO
O interesse e a preocupação pela reação álcali-agregado na durabil!
dade do concreto sempre esteve presente na mente dos tecnologistas
e projetistas brasileiros, motivados pelos inúmeros casos document!
dos na literatura internacional e pelos estudos de agregados poten-
cialmente reativos desenvolvidos sistematicamente na construçao das
grandes ·ob r a s..
As primai~as evidencias da .reação álcali-agregado em estruturas de
concreto deterioradas foram descobertas na Califórnia, durante os
anos de 1938 a 1940. Verificou-se que esta deterioração era devida
ã formação de géis alcalinos hidratados resultantes do ataque do
agregado reativo pelos álcalis liberados da hidratação do cimento .
Embora atualmente seja expressiva a literatura técnica internacio -
nal que aborda o estudo da reação álcali-agregado em eftruturas de
concreto, o registro pioneiro coube a STANTON (1940) (l ,na Califór-
nia, que caracterizou a opala como o mineral reativo responsável
pela reação de deterioração do concreto. Simpósios internacionais
vêm sendo organizados sobre o assunto, salientando-se os de Reykja-
vik - Islándia (1975), Londres (1976), Indiana (1978), Cape Town -
Africa do Sul (1981) e Copenhaguen - Dinamarca (1983). O próximo
simpósio da reação álcali-agregado será realizado em Otava - Canad~
em agosto de 1986.
No Brasil, são poucos os trabalhos publicados na literatura tecnic~
relacionados ao estudo da reação álcali- agregado. Os trabalhos exis
tentes na literatura nacional ( 2 a l~ referem-se, em geral, a estu=
dos das características e do comportamento de pozolanas e cimentos
pozolánicos brasileiros, agregados potencialmente reativos, discus-
são de métodos de ensaios e controles de concreto ..Coube a Heraldo
de Souza Gitahy (1963) o mérito' de ter publicado os primeiros estu-
dos referentes à agregados passiveis de reagirem com os álcalis, est.u
dos esses desenvolvidos durante a construção da barragem de Jupiá(~.

-127-
w _ j
f'
E; inportante salientar q ue iJ q uas e ausenciiJ oe r"9istcc.o; de OC<Jrrêncl" de ceaçào
álcali-agcegado nos concretos brasileiros. até O momento, é decorrente do concreto das barragens de i a r-k e r CCal ifórn1 a)\ 'U /, ... ~ ,. :'I .: l·l· .•: . · U I& 4. ....... . .

pouco estudo que se tem realizado sobre a durabil idade de concreto (Ar i zcn ,,) 'IOl , I.:-:o t ; : ', 1 (Ca li fó rn i a) (lO) e ; ',, ~ d.· Lu :':';",: (Jersey)~').
e dos cuidados que têm sido tomados na execução de nossas prinCi DOS mi ~cr , ~s re ú~~v c z ,_ a opala ? c mais comum e ocorre cO~ .freqcên­
pais obras. Recent~te. tem sido not iciado no meio t écn ico que ã c ia associada á calcedonia em alg ~~as areias e rochas sedimentares
Usina lIidrelétrica de Moxotó, de 44 0 mil kW, no rio (a r eni t os , cherts , fl ints, calcários. diatomitos, etcl. Em certas
~..Eranc.isco, concl.uIàa .em_1975, apresenta problemas ..de in fi ltra roch~s ígneas (dioritos , b as altos, etc) tem sido constatada a sua
ção de água devido a fissur ações na estrutura do concreto, decorren presenç~ como produto secundário de alteraçã~ decorrente da dissolu
tes da reação álcali-agregado. Segundo i n f o r ma ç õ es obtidas, MIELENZ ção de silicatos e materiais vitreos originalmente presentes naS
estudou as amostras de concreto e caracterizou o a gr e ga do graní- rochas. O conteúdo de á9ua de cristalização (3 a 10\l e a natureza
tico contendo quartzo "tensionado" como o responsáve l pe l a reação. amorfa de sua estrutuca são os fato res responsáveis pela facilidade
Como contribuição a um maior conhecimento da reação á l c a l i -agr e ga do, da reação álcali-agregado .
discute-se no presente trabalho os aspectos mineralógicos r espons á- A calcedónia é uma variedade de quartzo fibroso ou criptocristalino
veis pelos diferentes tipos de rea2ão álcali-agregado e os f at o res que pode ser potencialmente reativo. Ocorre em depósitos sedimenta
que i nt e r a ge m na cinética das reaçoes.
res ou como produto de alteração de rochas silicosas. A cristobalI
2 REAÇÃO ALCALI-AGREGADO ta e a tridimita são formas cristalizadas de sílica, metaestáveis ~
também consideradas potencialmente reativas( 2'l, mas sem expressão
nos agregados para concreto usualmente empregados.
A reação ál c a l i - a g r e ga do é uma reação lent a e compl e xa qu e ocorre
!~ " entre os álcalis a t i vo s (disponíveis) do ci mento e a l gumas es pé cies Os vidros naturais são encontrados em depósitos piroclásticos (vbl- .
cãnicosl ou em certos tipos de rochas vulcânicas como r iólitos, da
'H! de minerais p resent es e m alguns t ipos de ag regados, que em condi
ções especiais provocam a deteri~ ração ~o conc~eto . A re aç ão ~an i= citos, andesitos e basaltos. Os vidros vulcánicos mais silicosos
festa-se no concreto por um padra o de f~ 5s u raçoes . d esloca ment os (Si0 2 > 52\) são considerados mais reativos q~e aqueles menos sili-
( F i praa 1 J 2 1 e uma =sudação de gel (nem sernp~ presente ). cosos (SiO , < 52 \l encontrados nos basaltos(·· • No Brasil, as ocor
"
I,
rencias de depósitos piroclásticos ou de rochas vulcânicas mais sI
A f issuraç ão do concreto é devida, geralmente, à fo rmação de um gel licosas (ácidas e intermediárias) são pouco freqüentes e restritas~

.
I
{'

I:
'
interno expansivo que depende da i n ter aç ã o entre a s q ua n ti dades de
álcalis solúveis, na turez a, dimensão e teo r de ag r e gad os r ea ti vos ,
condiçõ es de umidade e va r iaç ões na temperatura do con creto .
encontrando-se geralmente devitrificadas. ,O grande interesse na pes
. quisa destes tipos de rochas é para a fabr icação de pozolana natural.
Os vidros artificiais , pJ::ind.palJrente aqueles com c:onteiiébs maiores de álca
j, As cond irões de reaç ão s ã o a ind a po uco co nhecidas de 'l i do à i nt e r a lis, como o pl/ru:, são considerados altamente reativos('·). O uso dã
ç ão de va ri o s f atore s que po dem acelera r ou ~ n ibir a r e ação , Ocor escória siderúrgica coroo agregado, embor a de c aráter menos silicoso
r em em praz os va ri ados, de alguns mes e s até mais de 30 a nos '''' , mas deve ser cuidadosamente estudado para a prevenção da reação álcal i-
ger a l me nte ~~se evidê ncias da de t erior aç ão do co n cret o de po i s a gr e gado .
de q uatro a sete anos ( H). Tem-s e constatado cas os P") e m q ue um me s
mo agre gad o util i zado em diferent es obras comport a-s e de mane i ra dG O carãte r reativo dos vidros natur~is e arti fi c iai s deve-se funda
tinta quan to à reação álcali-agregado: em a l g umas obras são i nó cuos mentalmente à .e s t rut ur a cristalina desordenada (amorfa), qu ando f i =
e e~ Outras deletérios em toda a es t rutura ou em par tes localiz ad as namente moídos, as escórias siderúrgicas e os vidros naturais po d"m
ao concreto. • ser utiliz ados como as pozolanas na ~cevenção da re aç ão álcal i- a g r~
gado .
F nc~rncn~ ad o na c ompos i ção mi ne raló g ica do s a g r e g a â o s , po de-s e c l as -
s fÁc a r a r eaçã o e m 3 tipo s : reação ál c al i-s ílica . r e aç ão álcali -s i 2.2 REAÇÃO ÂLCALI-cARBONATO
1 ca to e r e aç âo á l c ali - ca r bo na t o . _
2 .] HEAÇ;'O ! .LCAL I - SI L I CA
A reação á lcali-carbonato compreende a reaç ão entre os á lcalis dis
poníveis do cimento e a l g uns a gr e ga dos rochosos carbonáticos, ecoo
calcários dolomiticos argilosos. Caracteriz a-se po r não apresentar
h reaç 50 á lcali - s íl ica é o tipc de re ação expar.si va mai s r á pida e a formação de um gel expansivo ' e fo i descrita pela prime ira ve z por
cC:lhecica (1 ' : . Foi d et e.::t ad a p e l a pri mei ra Vez em 1940 ( :) e co mpreen SWENSON (l957) (U) em Ki.n gston (Canadá).
d~ a r e aç ãc en c r e o s ál c a l i s di s po níve i s (a t i vos) do c ime nt o e aT
gu ns mlne ra is do gr upo da s íl ica (o pala, c a l c e dó ni a. cristob alita e SWENSON( 2S) verif icou que o calcário dolomítico utilizado como agre-
gado do concreto, embora com baixa poros idade e bo as propriedades
tc iria is
dim. i ta ) e ce rto s tipos de vidr os natur ais (vul c ân i cos ) e a rti fi_
fís icas , e ra o res pons áve l pe l a acentua da de t e rio ração do , concreto
a pó s 6 meses de sua execução. Petro grafi camen t e , o a gregado uti l iza
A det eri oração do concreto pela re aç ão á lcali-sílica é decorrente do fo i um calcário doloJllÍ.t ico de gran ul ação fina. constituído de dolõ
do ataqu e do ag regado r e a t;i vo pelas so 1 uçôes a l ca Línes presente s nos rx:> mita e calcita em proporções equivalentes, caracterizado por umã
ros <l0 a "'cret.o . Q; ál ca lis at uam na-basi c l da&' das sóluções dos poros-;' textura de cristais romboédricos de dolomita em uma matri z mic ríti-
a ument an dc siqni f ica tivament e a al c~linidade (pH = 13), cabendo aos ca de calci t a com a r gi l omJ: ne r a i s (i11 t a e clori til) disseminados (2').
íons (I r o pape I ati v o n as re ações oom os a gr e ga dos reatoi vos. Na OOC-
G;, d)~ i1ql,"~iri)$ ( r .: ' :'.: ..~. oocr'rr- LL1U r !:.i..'Ç.=-t: 1 t"X)f:i flJn raçàD c:l? géi:=; de si li c"..)~ A de~erioração do concreto pel a reação álcali-carbonato é devida à
a lc " j i:l~;" ; ' l u (' e rro co ntato corro a á gua, podem exerce r pressões h i reaçao da dolomita com a solução alcalina, com conseqüente desdolo-
dr?ul j cas i mportant e s. ~uperi ()res ii :"s is t ênc i a à t.raç ão _ do concr~ mit1za do calcário e en fraquecimento da li gaç ã o pasta-agregado.
Tão
to :!O) .E sae . ipo de r eaç ao foi re pons ave j pel a det e ri o raç ao do HADLE Y 27) propóe a seguinte r .. ação:

-] 28-
-129-
I~ CaMg(CO » , + 2MOIl
Mg(OIl) , + CaCO, + M,CO,
I
calcári.o para caracterizar a potencialidade do agregado quanto à reação com
hidróxi bruci ta calcita carbonato os ãlcalis do cimento .
dolomítico do alcã
Uno - alcalino , 'GQGTE (1973) ('0), estudando a reati vic1ade, pelo ensaio de expansão
(11 = Na, ~' d e barras, de diferentes a gregados (granitos, granodioritos, gnais-
K ou Li) ses, charnoquitos, quart~itos e xistos) contendo quartzo "tensiona-
. do", verificou que rochas com ma is de 40\ de quartzo " t e ns i o nado "
O carbonato alcalino formado pode reagir com o hidróxido de cálcio :' eram altamente reat1vas e aquela~ com 30 a 35\ eram moderadamente
segundo hidratação do cimento, recuperando o hidróxido alcalin~
produto ada reação: : reativas. Nas amostras com quartzo não "tensionado" ou recristaliza
.:do constatou expansões negli~;cnciáveis. -
M,CO, + Ca(OIl), = 2MDIl + Caco) Minerai.s da classe dos filossilicatos como a ilita (hidromica) ,mont
Neste ti>x> de reação não se fama o gel expansivo =
mi re:aç;i;, álcali-silicato
morilonita e vermicu1 1ta podem experimentar expansões
liacões
ou
quando em contato com soluções alcalinas ou por incorpo-
esfo=
e, admite-se que a ilita largilOl1Únerall, senpre presente neste ti>x> ex. reaç;i;, ,
contribua para o desenvolvilrento de fenãrenas de expansão, O necanisno de e><pan- ração de água na sua estrutura cristalina. Na Mecânica de Solos são
sêo é urm ação CDlIbinada entre as reações, de ~dolom1tizaç;i;" que pIOI.OCaJn a conhecidos vários casos de problemas geotécnicos decorrentes da pre
desestruturação da textura do calcário, e a Presença de argilominerais que faci- .ença de minerais expansivos na constituição de solos. Recentemente
lita a desagreg~ do agregado. ~aios laboratoriais tem nostrado <;ue quanto tem-se verificado que alguns agregados rochosos contendo essa classe
maior a dinalsão do agregado calcário, em oondições de umidade e alta terlperatu- de mineral podem reagir com os álcalis do cimento,provocando ~
), II ra, maiores s;i;, as expansões devioo a este ti>x> de reaçãO( 20). expansivas no concreto. As evidências mais clarr,s) desse tipo de rea "
ção foram obtidas FOr Gillott e colaloradores 119Z3) 21 ,no estuà:> de grauvf
~ I,. Dada a corrplex1dade da reaçâo e a inex:isténcia de ensaios seguros para a avalia- cas, argilitos, filitos e xistos da Nova Escocia. Nessas rochas ve
ção da reatividade deste tifO de agregado, telrM;e CXll1StaUldo que os ensaios mine rificou-se que o filossilicato responsável era a vermiculita, -
ralágicos e petrográficos soo de grande valia, po í.s verificou-se que os calcãrili;
mais reati\OS s;i;, aqueles que apresentam te>."tura fina caraeteristica, com rela;à:l Este tiFO de reação foi responsável pela deterioração do concreto
I •. calcita-dolomita próxima a 1 e presença de argilani..neral na sua CXlIlp:)si~. na regiao de Cape To~n (Africa do Sul), onde mais de 50\ das estru-
turas de conerr:;to, construídas desde 1950, vem exibindo sinais de
2.3 REAÇÃQ ÁLCALI-SILICATO dete~ioração I ' • Concretos das barragens de St eenbras (Africa 40
I i.. '
sulll%ll, Mala y Fal~ 8 (Canadá) (20) e Drum Afterbay !Estados lhiclos)( II')
/' I., A reação álcali-silicato é de n atureza mais lenta e mais complexa também foram afetadas pela reação álcali.-silicato.
que a reação ãlcali-sílica (10). Compreende a reação entre os álcalis
IL. disponíveis do cimento e alguns tipos de silicatos eventualmentepre 3 AGREGADOS NATURAIS PASSIVl;IS IE ~R CD'! OS A1.cALIs DO c:aK:Rf:l'O
sentes em certas rochas sedimentares (argilitos, siltitos e grauva=
" . cas) , rochas metamórficas (ardósias, filitos, xistos, gnaisses, gra Agregados potencialmente reati.vos são aqueles que contém, em dife-
nulitos, quartzitos e hornfels) e ígneas (granitos). _
!: rentes proporções, componentes nineralógicos qu e reagem com os álc a
A lista de agregados rochosos susceptíveis de serem reati- lis do cimento, provocando a deterioração do concreto por reação de
'us à reação é longa e envolve fundamentalmente a presença de expansão . O Quadro 1 apres enta as c ar acterí sticas reativas de a l guns
l"
quartzo "tensionado" por processos tectónicos (met amór f i cos) ou de agregados naturais passiveis de serem encontrados no Brasil .
minerais expans ivos da classe dos filossilicatos .( ve rmi c ul i t as , ili
tas e montroorilonitas expansivas) • _
4 FATORES QUE INFLUENCIAM A REAÇAQ J!.LCALI-AGREGADO .
O quartzo, constituinte principal das areias, é um dos minera is ter
modinamicamente mais estáveis nas condições de intemperismo (altera= O estudo d a reação álcali-agregado no concreto é conpl.e><o sendo ãificil
çâo ) e vem s endo considerado i nóc uo à r eação álcali-agregado. Entre '
t anto, tem- se verificado que algumas amostras de rochas que e~ a sua p ~. Diferentes são os fatore s que interagem no mecanis mo
t ür.: processos de metamorfismo sêo sensí""'is ã reação com os álcalis do ci- de atuação e expansão da reação. A reação ocorre quando há uma i nte
mcr;t o ( F ::,, :, :.~ '1) . O quartzo, cOllp:mente dessas rochas, apresenta-se ccrn a ração entre o agregado reativo, os álcalis disponíveis no concretõ
e o meio a mbi en t e a que é submetido o concreto.
CS trutura cristalina tensicnada, sendo a ele atribuído o p.3I:el do corrconente res
ponsável cela reaç ;i;,. O quartzo "tensicrJacb~ termodinamicamente com maior Uma característica peculiar q ue regula a intensidade da reação é o
entropi a', é caracterizacb por microscopia de luz pol ar i zada , por neio de uma e x conceito de "proporção péssima" desenvolvido por VIVIAN. Segundo o
ti n~ão ondulante (Figure ~J , di ferent e da extinç;i;, re t a característica do quai! re ferido a ut or , para cada a gr e ga do re ativo existe um conteúdo def i-
zo nao "tensionacb". Quanto mais intensa f o r a deformação maior será a nido de álcalis que produzirá uma exp ansão máxima (Figura 6). For a
ma n i f e s t a ç ão dessa extinção . DO~~I (~) de s en VO lveu um mét odo desse li mite, a s e xpansões serão progress ivamente menore:;. O mesmo
mi c r o s c ópi co para determin ar CJ int ensidade .da deformação através da conceito ~de s e r apli ca do aos a gregados r e ativos: aquel es qu e a p r~
mecição do ângulo de extinção ondulant e, Sugerindo que valores men~ sentam expansões máximas dentro de certos intervalos de freqüéncia
r es de . 15· . c:...raeterizam ·r.oc h a s .M O. reati ·vas . 'Med i nas e-fetuada s em podem ser pouco expansivos fora desses intervalos, Esse fato torna
a gregados r eativos quart zosos larer.ico, grauvacas, qua rt zitos) de- difícil a avaliação do comportamento do concreto à reação álcali-
l c r mi n a r am ângulos varia ndu de 20, ~ a 3l,~·. O val~r l imite de ref! agregado, a partir dos ensaios de previsão de rea~ividade do agre-
d inc i il P. discutível e muitas pes'luisas ainda deverao ser"des e nvolv i gado.
dü ,; para uma def i ni-:-'iir., 01"1" c l ar a do lim i te angula r e do próp rio ~
Os agregados reativos são .aq ue l e s que possuem na sua o:rrp::lSição fases
todo . Nc· as pec t ·,,, pr-5 t..l çc.l , .J prE!senç a dl"" ', Un rt 7.n "tC!nsion ado ", nao
mineralógicas que reagem com os álcalis d1sponlve1 s (ativos) do ci-
:"C' cOTl,,", : rl~ rnndn C' c: ; ,.. : ~ ~I-' ''' T nc- ~ arC' C'Jil dn . não é suficiente mento provocando reações deletérias no concreto, A intensidade e

l -130-
-131-
ll

l iII
velocidade das reações de expansão depenâem da natureza e concentra
ção da fase reativa no agregado. A reação álcali-sílica é a mais cõ
nhecida e tende a ser mais rápida que a reação ãlcali-silicato. A
AS condições ambientais a que é submetido o concreto, representa-
das por variações de temperatura e umidade, têm influência signifi-
cativa 00 COlIpOrtanento do concreto can relação à reação álcali-agregado. A ex
reação álcal i-carbonato é menos comum e a velocidade da reação pode ~sição cont~nua OU,cíclica à .umidade (> 8~%) favorece a solubiliz~
ser variada. çao e migraçao dos 10ns a!ca11nos na soluçao dos poros, aumentando
Os álcalis do cimento, representadqs por Na,O e .K,O, podem estar a agressividade das soluçoes nos agregados. Estruturas de concreto
presentes sob a forma de sulfatos ou de soluções sólidas nas fases em contato com a água ou com sistemas deficientes de circulação de
(C,S, C,S, C,A e C.AF) do clínquer. Os álcalis em solução aumentam água (drenagem) são mais vulneráveis ã reação álcali-agregado. A
consideravelmente a alcalinidade (pH) das soluções dos poros de con exposição cíclica â umidade pode condicionar a concentração de álca
creto aumentando a concentra~o dos íons OH-, agentes responsáveis - lis em regiões localizadas do concreto, propiciando teores próximos
pela reação álcali-agregado( ) . à "proporção péssima", permitindo a intensificação das reaçoes de
expansao. Este fenômeno pode ocorrer mesmo em concreto com baixo
A liberação e conseqüente concentração de álcalis na solução dos po teor de álcalis, desde que este permita a migração dos íons. Condi
ros dependem da hidraulicidade das diferentes fases do cimento que ções de temperatura alta aceleram a hidratação do cimento e intensi
cont~m os álcalis. As fases mais solúveis nas primeiras idades são ficam a agressividade das soluções alcalinas.
os sulfatos e o C,A, seguido de parte do C,S. O C,S e o C.AF são as fa
ses de hidraulicidade mais lenta, sendo pàrcialmente solúveis a ida- A deterioração do concreto pela reação álcali-agregado pode ser aro
des mais tardias. Usualmente o teor de álcalis total apresentado - pIamente facilitada quando o concreto com agregado reativo não e
nas análises químicas refere-se ao conteúdo de álcalis expresso em produzido dentro dos padrões técnicos exigidos. Permeabilidade alta,
equivalente em sódio (0,68 K,O + Na,O) , não representando o conteú- baixa compacidade e alto consumo de cimento são características in '
I II" 'do de álcalis disponíveis (ativos) nas soluções dos poros. Urna pri- desejãveis que comprometem a durabilidade do concreto. -
! I ,"
. meira aproximação dos ·á l c a l i s disponíveis do cimento pode ser obti-
da pela determinação dos álcalis solúvei.s em água (ASTM C-ll4)., que 5 CONCLUSÃO
varia de 10 a 60% de álcalis totais("). O conteúdo de álcalis dis-
poníveis na solução dos poros pode aumentar significativamente em A deterioração do concreto pela reação álcali-agregado é manifesta-
condições alta~ de umidade (>85%) e temperatura, influindo na inte~ da por fenómenos expansivos, acompanhados de fissurações, desloca
i.:. mentos e quedas de resistência mecânica do concreto, provocados por
sidade ·de reaçao.
reações complexas entre os álcalis disponíveis (ativos) no concreto
Em concretos com agregados potencialmente .·r e a t i vo s , a norma ASTM e alguns tipos de agregados contendo fases mineralógicas reativas •
"
jI (C-150} recomenda o uso de cimentos com baixo teor de álcalis, limi A reação ocorre somente quando há urna interação entre o agregado~
I tado em 0 ;6% em equivalente de ·sódio. Atualmente :e s t e valor limite tivo, os álcalis disponíveis do cimento e o meio ambiente. A sua ma
" é criticado, pois foi definido a partir de correlações empíricas nifestação pode ser rápida (alguns meses), mas na maioria das vezes
com ensaios de laboratório e observações de estruturas de concreto é lenta e demorada, podendo ocorrer depois de mais de 30 anos.
deterioradas pela reação álcali-sílica. A limitação do teor de álca
Numerosos são os agregados que podem ter componentes minera lógicos
i: 1is nc cimento , sere considerar o teor de álcalis disponíveis ( ati=
vos) nas soluções dos poros e a quantidade de álcalis que_ê incor~ reativos e,segundoa sua natureza, as reações podem ser classifica -
rada ao concreto, tem mostrado pouco significado, em funçao ·da ob- das em 3 tipos: álcali-sílica, ãlcali-carbonato e álcali-silicato.
r~
servação de estruturas de concreto deterioradas mesmo com o uso de As reações diferenciam-se no mecanismo e na velocidade. As princi-
cimentos com baixo teor de álcalis . A tendência atual é limitar o pais fases mineralógicas responsáveis por estas reações são: opal~
,. calcedônia, vidro vulcânico, quartzo "tensionado", dolomita e filos
ccnLeúdo de álcalis totais ou solúveis por m' de concreto. Na Alema
nna Iecomenda-se que o conteúdo de cimento no concreto não exceda ã silicatos (vermiculita e argilominerais). Alguns agregados artifi
ciais, coroo as escórias siderúrgicas , devem ser previamente estud a
=
500I-:g/ l:l' para um cimento coro limite superior de 0,6 % em eq uivalente
de sódic, o que co rresponde a um conteúdo limite de equivaléncia em dos quanto ao seu comportamento no t oca n t e ã reaç ão á lcali-a g reg a d~
s õd i o de 3kg /rn ' de concreto (l ' ). Na Africa do Sul propÕe-se o mesmo em função do conteúdo e natureza do vidro de sua composição.
l i mi t e d~ teor de ál calis no cimento para um concreto que não exce- Alto conteúdo de álcalis disponíveis no concreto, condições de umi-
a" um consumo de c.í.merrco de 350kg/m', o que corresponde a um conteú dade e temperatura altas são fa tores que conjuntamente com os agreg~
d:: de cq.ri valcnte et' sódio de 2, lkg/m' de concreto. OBERHOLSTER e cola dos reativos influem na velocidade e na intensidade da cinética de
bo ra d o r e s ( l ' ) , fundamentados no estudo dos agregados sensíveis ã - reações expansivas.
r ea ção álcali-silicato d a Africa d o Sul, estabeleceu os seguintes
Lz mí ces ( F i g u l".2 7) : Uma outra característica que torna a reação complexa é o conceito
de "proporção péssima" de álcalis e agregados reativos que regula a
a i acima de 3,8 kg de equivalente em sódio disponível por m' de con intensidade da reação álcali-agregado .
creto~ ocorrem reação expansivas;
Os métodos de previsão da reatividade potencial dos agregados sao
bl abaixo.de 1,8 ka de ecuí.vaã ent;e cm sódio . disponível por Ir.' d.e limitados e pouco precisos, em função dos diferentes parâmetros que
concreto: não ocorrem-reações expansivas; e, . interagem no desenvolvimento da reação álcali-agregado no local da
ci entre 1,8 c 3,8 kg de equivalente em sódio disponível por m' de obra. Os est~ mineralógico e petrográfico, utilizando técnicas de
concreto: poõ.. ocorrer reações e>epansivilS (potencialmente reat.i-..:>l. difratometria de raios X e microscopia, apresentam importáncia fun-
damenLal na caracterização e seleção dos agregados, bem como na
r 1 " .; , . . rtant .. sal ient:ar que, al êm de cimento, outras fontes de álca- orientação àos métodos de ensaios mais recomendados.
lis i pozo l anas , adit ivos e agre·gacos ricos -e nl álcalis i podem contr!
huil' par" . , <:'ont.c!údr: de áicalis disponívei.s n~' concreto,
_133-
-132-
... ..m · . . . . __ • • _ _ • J
Na suspeita da pres ença de ag r~9ados potenc ialrn~ntc r~ativos , reco- QUl\DRl 1* - Agregados naturais potencialmente reatiVOG à reação álcali-agregado
menda-se para a minimização das reações d e e xpansão o controle do
conteúdo de álcalis por m' de concreto, O uso de pozolanas (argilas
calcinadas, cinzas vol antes, microssí lica, etc .) ou escóri as s ide _ Na t ur e z a da reação
rúrgicas granulad as de alto-forno, práticas de diluição dos a grega- Tipo de ag r eg ado Fase mineralógica reativa álcal i-aqreqado
dos reativos, limitação da circulaíao de água no concreto e execu _
çáo de um concreto denso e i mpe r meave l. opala (>0 ,25 %), calcedónialálcali-sílica
( >3%)
AREI A
eventualmente quartzo "t e n- Iá l c a l i - si l i c a t o
sionado"

granito
granodiori to } quartzo " tensionado " ( 30%) I álcali-silicato

o<
:.l
Z
minerais de alteração: pal~
~ Ibasalto gonita, opala, calcedónia. lálcali -sílica

n: o< vidro vulcãnico básico álcali-sílica


I !" Ü
~ Iriólito
dacito vidro vu lcânico ácido a in- I- ' l - "l-
andes ito termed iário e tridimita l a _ca 1-S1 1ca
I ",: traquito
f onô li t o
t~ : 1
li,_

)
granulito
I", o< gnaiss e qua rt zo "tensionaào" ( >30%) lálcali-s ilicato
u quartzito
...
r.. xisto
a:
i '" s;! vermiculi ta (fi l os sili ca t o ) ,Iá l cali- s i l i ca t o
~ fili to quartzo " t e nsiona do"
.'
! ".,

, '-
t.
r
~
I:;:; ardós ia
ü hornfels
I'
quartzo " t e nsi ona do" e fi - álcali-silicato
lossilicatos
vermiculita (f ilossilica - á l c a li- s i lica t o
>10" . to), quartzo "tens ionado"


O
a:
qua r tzo "te nsio na do" álcali-s ilicato
mil on i t o
rochas me t as s e à i- . qu a r t zo "tensi onado" e fi- álcali - sili ca to
mentares lossilicatos

c al c i t a/ dolornita oróxi ma a
a:
o< c a l c á rio ~ , • •"ooi"o • • ' ,i' o",oo-I"o," - o, <>oo"o
...z ra i s (f ilossi li c ato)
w · o p a l a. cal ce dó nia á lcal i - sílica
;;:
>-1
o
W · qua rtzo "tens ionado á lcali -si licato
li! are nito
· opal a, c alcedónia álcal i-sílica
o<
:I:
u
1i! grauvaca
I{quartzo " tens ionado "
• argilominerais (filossilicato)
álcali-s ilicato
á lcali-silicato

chert I. calcedóni a, op ala á lcali -sílica

0, ,,
• eo d i Li c ado da no rma 5u l -a fri cana SABS 1083 (10) B iD i 1 O t e c a
- l H-
-135- Dapto. de Geoteonia
EESC- USP
Figura 3 : Borda .º e reação ~sc~
r a no agregado reativo (rioli-
,~:... to) do concreto da barragem de
..- ~ Figura 1: Deslocamentos
e fissurações no concre
I
S t e l.lcu. t Mour.taiPl (Ari zona)(in uI.
;

-
. ,' to deteriorado pela reã
" -,• ..:,-0 .,..,. ~ . "'-. " -yão··álcali-sIUca dã
i. :' .~: ~ , ~ . ..'I. barragem de Ste u a r r
Mo un t ai n (Ar izona) (:ln 3J •
',~ : ~,' .. : .... l"~· .
'
• / •• • : . : :~ . " \" :" ; I ~,.
. ,":' 1." ' , ... -' ..

.,
-,~ " .
r
r" • Figura 4: Borda de reação escu


ra em agregado re ativo quartzI
. ... o·~ • • ~
Uco(in " I. -

."

.,
~;

,
>..

,.

Figura 5: Fotomi c r ografia de


quartzito constitu ído de grãos
de qu artzo (Q) fraturados . com
extinção ondul ante e mica mUS -
co vi t a (M) . A extinção on dulan
te é caracterizada por zo nas -
de exti n~ão (E) irregula res no
mesmo grao .

Figura 2: Conc reto deteriorado da barra


gem de Str.e nb r as (Africa do Sul) com pã
drão de fis suraçôes decorrente da rea=
ç ão álcali-silicato(in 2. I

- 137_
-136-
l'
REFE~NCIAS BIBLIOGRÂFICAS

NR ",õa. 1 STANTON, T.E. Infl ue nc e o f c ement and agg r ega t e on concret e ex-
pans i on , Engine ering Neus-Record, Chicago. 124(5): 171-73
Feb. 1940.
I
2. GITAHY, H.S . O prob l ema dos a gr eaado s para o s concre t os da b ar -
r ag em de Jupiá . s ão Paulo . IPT. 1963 .
o
3 CASTRO SOBRINHO, J .F. Poz ol ana como ma t eria l de con s t r ução; sua
i j abri cação ar t i fi c i a l e m Urubupungá . são Paulo. CESP, 1970.

.:
'O
4 SANTOS, P.S. Tecnolo gia de ar g i l as apl icadas às argila s bra si -
Zei r as. são Paulo, Edgar Blucher. 1975. v.2, p.423-37 .
~ PAULON. V.A. Ensa ios para de t erminação álcal i-agreg ad o . ln: ~
5
SOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS T~CNlCAS (ABNT) . Ana i s do s i m-
pósio s obre normali zação de cimen to, concre t o e agr e ga do s,
são Paulo. 1980.
II~; °/0 de ÁfCOHI

I ~":
SCANDIUZZI, L. & ANDRIOLO, F.R. Ma te r i ai s po z a lãn ico s; ut i li za -
.- FIGURA 6- Curvo teó rica da conc:entro~
6
ção e be nefi c ias , ln: INSTITUTO BRASILEIRO DO CONCRETO
P ",sima (IBRACON). Co lóqu io sob r e co ncreto m as s~ , s ão Paulo . 1981.
Contrib ui çã o aO e s t udo de po z o Za -
i:: ' 7 KIHARA. Y. & SHUKUZAWA, J.K.
n~s no ãrasi Z. Cerâmica, são Paulo, 28(145) : 15-2 4, jan.1982.
( :~:.
8 VAI DE RGORIN, E.Y.L. Agre ga dos ; ve rifi c aç ão da r ea t i vi dad e po t e n
I ~­ c i al pelo méto do qui mi co . ln: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NOR =
MAS T~CNlCAS (ABNT) . Ana i s do 2P s im pós i o sobre norma l i z aç ão
1·- de c i me nt o, con c r e t o e agr eg ados , s ão Pau l o , 19 82 . '

l~
. 9 SAAD, M.N . A. & AN DRADE , W. P , de & PAULON, V.A. Prop r i edades
c onc re to mas s a c on ~endc po zo l ana de argila . ln: I NSTITUTO
do

o r ,
iR
BRASILEIRO DO CONCRETO ( IBRACON) . Colóq uio so bre co nc r e t o
mas s a, são Paulo , 1983.
I' ~ I r
.' ~ Dole14no
>J,e'9~O'.""I"·
10 & OLIVEIRA, P.J.R. de & SALLES, F. M. Aval ia ç ão das
l n:
o F po z olãni c as de ar gi las e ci nz as voz. a ntes .
pro pr ~e da d e s
400 I NSTITUTO BRASILEIRO 00 CONCRETO ( I BRACON). Co Lóqui o s ob re
" o
~o nc reto massa, s ão Paulo. 1983 .
l
.
ü

"
11 GITAHY . H.S . Reação ál ca li -agregado ; meca ni s mo, diagn ó s t i co
medida s preventivas . ln: I NSTITUTO BRASILEIRO DO CONCRETO
e

(IBRACOlll , S eminário so b r e dur ab il idad e do co nc reto , são


! Paulo . 1984.
I
o o.~ Ip ~5 2,0
12 PAúi:.o~i. V.A . A du r abil idade do co nc r e t o fac e às reações á l ca li -
_..agre gado . ln : INSTI TUTO BRAS I LEI RO DO CONCRETO (IBRACON).
" !c o IlJ DttTe9 no c iMen to "',' Seminá ri o sobre du ra b ilidade do con c r e to, s ão Pa ul o , 198 4.
I". No. O - ..... 1

··' FlGURA'7,· -Jl. IOCÕO ~t.-. O a:><lhÚdQ cs. olcolio-atiwoo4Q. C"'-">, t.o. eI. 13 CI NCOTTO, H, A. Cons i de ra ç õe s so b re o teo r de à ' c alis no co ncre -
cimento 00 COftcrtto,
Ólco li - a~VOdo pOtMcial re ..
"0.
cIt cilcoli 00 Concre to t r~çõo
lO, tton,.,..
.0 , l n: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA OE NORMAS TECN ICAS (ABNT ) .
An"is do 39 s i mpó si o s obre nor ma l ização de cim e nto , concreto
., agregad os , são Paulo. 1984 .
14 KIHARA . Y. O estu do das c in za s volant ea brasil eiras. Cerâmica,
são Pau lo. 32(193): 31-38 , abro 1986.
15 & ESPER, M.W. Pe r f i l do p ci men t os por tl and po z olâni-
ca p b r an i Le i.ro a , s ão Paulo, ABCP. 1985. Ú:T-8 2).
-138-
L, - 139_
!I ~
16 DIAMOND, S. Chf:m i. ::al. I'f:.:,!ti" 'I :; : ,, !.I1:Cr t hnn ~·c.: rl'" n a LC rc:a :: tl:t.H~ .
ln : AMERICAN SOCIETY FOR TESTI NG ANO MATBRIAL5 (ASTM). 5 ip ~ i
fi ca 'l1 c c of t e c t:« a n o' prtJpe rtics li! c o n c r-e zc a n d C:Cl n crc t.c - - 29 DOLAR-MANTUANI. L.M.M. Undulatory B%t i nc t i o n in quartz us ed
lill ' making ~at eria! s . Ph i1adc l ph ia, 196 6. p.70B-2I (STP-1 69B) . for i de n t i f y i n g po t e n tially al kal i-reactilJ e rocke . ln:
li:' 1 I NTERNATI ONAL Conference on alk a1 i-aggregate reaetion in
17 DAVIS. D.E. nea c c io n aZ c a Zi -a ;regado . Rev ist a IMCYC, Me xieo. concrete, 5th, Cape Town, South Afr1ca, 1981.
I' '"lll T117 ) : 31-40. ene , 1981.
(, 30 GOGTE , B.S. An e lJa lu ati o n of some co mmon Ind ian ro ck s uith
18 TUTHILL, L. M. A lk a l i -s i l i ca r eac~ion; 40 y ears la t er. Concre~e spec ial r efere nce to a lkali-aggregat e reaction s. Engin e e rin g
J Internat,ional. Detroit. 4 (2): 32-36 '. A?r. 1982. ' Ge ology, Amsterdam, 7: 135-53, 1973 .
19 OBERHOLSTER, R.E. & VAN AARDT, J.M.P. & BRANDT. M.P. Dur ab il ity 31 GILLOTC J.E. & DUNCAN, M.A.G. & 5WENSON, E.G . Al k a l i - aggre ga t e
, of 'c êment it iOUB s y s t ems . ln: BARNES, P .• ed.. Pel"formanc e, o f reaction in Nova Sco~ia; character of th e reao tion . Cemen t
eemenee , - London, App11ed Seienee. 1983 . p.380-97 . and Concret e Res e arch, E1msford, 3(4): 521-35, Septo 1973 .
20 POITEVIN, P. , & REGOURD, M. Dura bilité de e b ét one ; caB de s g r a- 32 DIAMaND, S. A re lJi eu o f alkali-s ilioa r eaction and e%pansion
n u Za ts r éac t ifB. Ann al e s d e l 'Insti t u t Te chn i que du Ba time n t mechan isms; al k alies i n cemen t s and co ncret e po r e s e l e e t i on ,
e t âes TralJau% Pub l i as , Paris. (413) : 110-43. ~Iars/Avr. 1983 . Cement and Co n c re te Research, E1smord, 5(4): 329-46. Ju1y
1975.
21 MEISSNER. H.S . Crack i ng in c o ncre t e du e ~o e%pans i lJe r eac t ion s
/1:::: b etueen agg r ega te and h i g h- al k a l i c eme n t as e v i d é nce d in 33 MIELENZ, R.C. & WITTE, L.P. Te s t s use d by th e Bureau of Recla -
1;·111
1r-, Pal"ker Dam. American Co ncret e ] nst it ut e , Pr oc . , Detroit. ma ti o n for i d e n ti fyi ng reactive co ncret e aggregat es. American
,,," , . 37 : 549-68, Apr. 1940 . Society for Test ing Ma t e r i a I s , Proe., 48: 1071-1096, 194B.
... ", 22 COO~IBES, L.H. Val de la Marc Dc "" J e r sey , Chann el Ls l an ds , ln: 34 BLIGHT. G.E. & Me lVER, J .R. & SCHUTTE, W.K. & RIMMER, R. The
f~~; CEMENT AND CONCRETE ASSOCIATION- (CCA). The c ffe c ~ o f a lkalies e ffe ct s o f al ka l i-a g gregate r eact ion in r e in for c ed concr e t e
, .' o n the proper t ies o f c o nc r e t e ; pro ceeài" g ~ j f a sy mpo si um h e Zà s tru c tur es ma d e u i t h Wi tuate 1"8 ran d Quart zi te aggr ega te . ln:
~::.~ :~. in Lo n d o n , September 1976 . p. 357- 70. ' I NTERNATIO NAL Con fe renee on alk al i-aggregate re action in
,l.. 2J MIELENZ. R.C. Petrog r a ph ic e%cmi nc t i o n o f c on c r e te a ggr eg a t e s.
eoncrete. 5th, Cap e Town. South Afriea, 1981.

I:.. .
• ~4 .
Ame ri c an S o c i ety fo r T e s:i np Jr.a Mat eria Zs , Pr oc . , 5 4 : 1 188-
12 18 , 1954 .
,.,~ . 24 DIMlOND . S. A r e u i eu of a / k a l i s i l i c a r e a c t i or. and e x p a ns i o n

.I:::,'.'...
r

n: e ch an i sm s ; r e ac t i ve ag Fr ega t a s . Ccme n t: and Co n c r e t e Ree e arch;


E1msford, 6( 4): 549-60. Jul y 19 76 .
..
. .f O "

,-
2,5 SWENSON. E.G . A r eac t i v e a gg r e gat e u nde ~ e c ~ed by 'AS TM r e s zs .
A~ c r ic ar. Sv ciet ; fo r Test in g ar.d Ma t e r ial s Bu l Ze t i r.,
t-

... .
~

~, .
,
1a de l phi a , 57 ( 226): 48-5 1, Dee. 1957 .
Phi -

26 & GI LLOIT, J .E . Ch a r'a c t c r i ::t ic ar J< i ngston c:arb c n.a t l r o ck


rr.ac t i on , ln: ESTADOS UNI DOS. Highw ay Resea r eh Bbard.
Co nc r-e t i - qu alic y c o n :ro Z.I a gy rcg a t e c h a rao t e r i s t i ae , a nd ch i.'
~e mc nl -a ?g r ' g C1ec r ea c t io n , Wash ington. D. C. , ' 1960 . ' (HRB 275 )
p . 16-3 1.

27 HADLEY, D.W. Aika li - re a ~ t ~ uh c o rOa na '. ro c k ~ i r. I nd ibnc; a p il ot


' r eg i o na l i nv Gs cigati nr. . ln : ESTADOS UNIDOS . Hi ghway Rese a r eh
Re cord. ' S y mp o ~ i u ~ a n al ~ a ;i - ~a rb , n atc r o ck rcact i on s .
Washin gt on, D. C. • 196 4 . p . 1 96- 221. (HRR 4 5) .

28 WA1~K E R , H. N . ".. /oc !.íica l r cc c t-i c ne ""/ carbo na z; :J9 g T'c yat e s -i n c e mc n t:
? as t . ln : AME RI CAN SOCIETY FOP TE~TIN G AN O MATERI ALS (ASTM).
~": ;: g 'l7· f'í ,"' r.:. n (" f'· ~' f tl?str. ~: ·J d ~,..r o t-a r tic s ~ f c o n o r e t:c a n d c onc r c t e-:
"'aH~ ;: mn t.rr r in l n , Phi1 ,1de l ph1 1l, 1966 . p .72 2-43. (STP-169B)

-14,~ ~_ .•_ ._. ~ __ J!.... .


... . .:. ~~_...:.
_}41- __

Você também pode gostar