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GUIA DO

INTERNO

Serviço de Nefrologia e
Transplantação Renal

Centro Hospitalar
Universitário Lisboa Norte
Setembro de 2023
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MENSAGEM DE BOAS-VINDAS
O Serviço de Nefrologia e Transplantação Renal do Centro Hospitalar
Universitário Lisboa Norte possui uma longa e vasta tradição de formação de
internos. A sua extensa casuística, aliada à idoneidade formativa total de um
Serviço inserido num centro hospitalar terciário, com inúmeras
especialidades médicas e cirúrgicas, possibilita uma experiência clínica
ímpar. A sua forte ligação com a Faculdade de Medicina da Universidade de
Lisboa e com o Instituto de Medicina Molecular abre portas à possibilidade de
docência e de investigação. A sua equipa médica, que combina experiência
com juventude, apresenta um reconhecido dinamismo, com provas dadas na
área clínica, na investigação e na docência. O internato de formação
especializada em Nefrologia não é fácil. Serão necessárias muitas horas de
estudo, muito trabalho assistencial, inúmeras apresentações em sessões
clínicas e comunicações em cursos e congressos. Mas ganharão, além do
conhecimento e da experiência clínica, amigos para a vida nesta equipa.
E a partir de hoje, vocês serão parte desta equipa.
Sejam bem-vindos.

Prof. Doutor José António Lopes Dr. José Agapito Fonseca


Diretor do Serviço Responsável pela formação dos internos
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ÍNDICE
A NEFROLOGIA ENQUANTO ESPECIALIDADE ...................................................................................... 4
PROGRAMA DO INTERNATO DE FORMAÇÃO ESPECIALIZADA EM NEFROLOGIA .......................... 5

SERVIÇO DE NEFROLOGIA E TRANSPLANTAÇÃO RENAL ............................................................... 11

ORGANIGRAMA DO SERVIÇO ............................................................................................................... 12


RECURSOS HUMANOS .......................................................................................................................... 13

SECTOR DE INTERNAMENTO ............................................................................................................... 14

SECTOR DE CONSULTORIA INTERNA ................................................................................................. 15

SECTOR DE HEMODIÁLISE ................................................................................................................... 16

SECTOR DE DIÁLISE PERITONEAL ...................................................................................................... 17


HOSPITAL DE DIA DE NEFROLOGIA .................................................................................................... 18

UNIDADE DE TRANSPLANTAÇÃO RENAL ............................................................................................ 19


CONSULTA EXTERNA ............................................................................................................................ 22
SERVIÇO DE URGÊNCIA ........................................................................................................................ 24

ESTÁGIOS OPCIONAIS ........................................................................................................................... 25

FORMAÇÃO PRÉ-GRADUADA ............................................................................................................... 26

FORMAÇÃO PÓS-GRADUADA ............................................................................................................... 27

ACTIVIDADE CIENTÍFICA E DE INVESTIGAÇÃO .................................................................................. 28


REUNIÕES CLÍNICAS E CIENTÍFICAS ................................................................................................... 29

SESSÕES DE FORMAÇÃO DE INTERNOS ........................................................................................... 31

UNIDADES DE DIÁLISE PERIFÉRICAS ................................................................................................. 32

LIVROS DE TEXTO .................................................................................................................................. 33


GUIDELINES ............................................................................................................................................ 34

REVISTAS CIENTÍFICAS ......................................................................................................................... 36

SITES ÚTEIS PARA ESTUDO ................................................................................................................. 37

SOCIEDADES CIENTÍFICAS ................................................................................................................... 38

CURSOS, SIMPÓSIOS E CONGRESSOS .............................................................................................. 39


FÉRIAS E COMISSÕES GRATUITAS DE SERVIÇO .............................................................................. 40

AVALIAÇÃO DOS ESTÁGIOS ................................................................................................................. 41


AVALIAÇÃO FINAL DO INTERNATO ...................................................................................................... 42

CONTACTOS ÚTEIS ................................................................................................................................ 43


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A NEFROLOGIA ENQUANTO ESPECIALIDADE

A Nefrologia é uma especialidade médica que deriva da Medicina Interna e que se debruça sobre a prevenção,
diagnóstico e tratamento das doenças renais. É uma especialidade eclética do ponto de vista do conhecimento,
tratando de patologia específica do rim, mas também de patologia sistémica com envolvimento renal. Tem uma
atividade clínica extremamente diversificada, que engloba tanto o doente com patologia aguda como crónica,
em regime de internamento, de consulta e também de urgência. Apesar de ser uma especialidade com um
forte pendor para a área da Nefrologia Clínica, distribui todo o seu conhecimento e atividade por outras áreas
como a Hemodiálise, a Diálise Peritoneal e a Transplantação Renal. Permite ainda ao nefrologista, cada vez
mais, explanar o seu interesse por outras áreas diretamente relacionadas com a especialidade, como a vertente
intervencionista através da Nefrologia de Intervenção, relacionada sobretudo com os acessos para diálise, a
área da Morfologia Renal através da observação de biópsias renais, e, mais recentemente, tem permitido criar
pontes com outras áreas do conhecimento médico através de subespecializações como a Cardio-Nefrologia,
a Onco-Nefrologia, a Nefro-Genética ou a Imuno-Nefrologia, ou ainda expansão de conhecimento para utilizar
ferramentas outrora exclusivas de outras especialidades, como a ultrassonografia à cabeceira do doente.

Tudo isto faz com que a Nefrologia seja uma especialidade única, pela exigência e abrangência de
conhecimento clínico, pelas vertentes e subespecialidades que permite e pelas relações humanas que se
estabelecem com os doentes.
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PROGRAMA DO INTERNATO DE FORMAÇÃO


ESPECIALIZADA EM NEFROLOGIA

A formação especializada no Internato Médico de Nefrologia tem a duração de 60 meses (5 anos, a que
correspondem 55 meses efetivos de formação) e é antecedida por uma formação genérica, partilhada por todas
as especialidades, designada por Ano Comum.

Duração do internato: 60 meses (5 anos).

Estrutura e duração dos estágios:


1. Medicina Interna – 12 meses (primeiro ano).
2. Intensivismo – 3 a 6 meses.
3. Nefrologia – 36 a 39 meses, repartidos do seguinte modo:
3.1. Estágio em Nefrologia Clínica – 21 meses, seguidos ou intercalados, devendo um dos períodos
ter, pelo menos, uma duração mínima de 6 meses.
3.2. Estágio em Hemodiálise (e outras técnicas depurativas com circuito extracorporal) – 6 meses.
3.3. Estágio em Diálise Peritoneal – 6 meses.
3.4. Estágio em Transplantação Renal – 6 meses.
4. Estágios opcionais - 6 meses, sendo que cada um dos estágios opcionais parcelares não poderá ter duração
inferior a 3 meses. Os estágios opcionais poderão decorrer em:
4.1. Áreas de Nefrologia: Nefrologia Clínica, Transplantação Renal, Hemodiálise, Diálise Peritoneal
Crónica e Nefrologia Pediátrica;
4.2. Áreas de exames complementares de diagnóstico: Imagiologia, Radiologia de Intervenção
Vascular, Medicina Nuclear, Patologia Clínica e Anatomia Patológica;
4.3. Áreas clínicas não nefrológicas: Medicina Interna, Intensivismo, Infecciologia, Endocrinologia,
Cardiologia, Reumatologia e Urologia;
4.4. Áreas de investigação laboratorial: laboratório de investigação básica.

Constituem objetivos gerais do internato em Nefrologia:


1. Julgamento clínico adequado
a) Capacidade de integração dos factos médicos e dados clínicos;
b) Ponderação dos riscos e benefícios para o doente de qualquer ato médico;
c) Capacidade de estabelecer um plano lógico para avaliação e tratamento imediato e a longo prazo
do doente;
d) Autonomia na avaliação e resolução de situações de urgência do foro nefrológico.
2. Qualidades humanas e ético-deontológicas
a) Integridade, respeito e compreensão no contacto com o doente e sua família;
b) Capacidade de envolvimento e empatia, de ganhar a confiança do doente e respeitar os seus
desejos e necessidades de informação;
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c) Capacidade de compreensão e decisão face aos problemas psicológicos, sociais, económicos,


éticos e deontológicos suscitados pela clínica e pela prática nefrológica.
3. Capacidade técnica
Resultará da integração das habilitações discriminadas nos objetivos de desempenho dos estágios e
compreende o desenvolvimento de capacidade consistente para prestar cuidados médicos
qualificados, para utilizar, apropriada e eficazmente, testes laboratoriais e técnicas diagnósticas e
terapêuticas, tendo sempre em consideração o melhor interesse do doente e o seu bem-estar.

São objectivos específicos dos estágios parcelares do internato em Nefrologia:

1. Estágio de Medicina Interna:


a) Treino na avaliação e tratamento de doentes com patologia médica diversificada. Treino na
execução das diferentes técnicas semiológicas e terapêuticas;
b) Avaliação e tratamento de doentes em situações de emergência médica, pressupondo atuação em
serviços de urgência hospitalar.

2. Estágio de Intensivismo:
a) Reanimação Cardiorrespiratória (RCR);
b) Técnicas de suporte avançado de vida;
c) Contacto com doentes com falência múltipla de órgãos, sua avaliação e seu tratamento;
d) Avaliação, prevenção e tratamento das situações de insuficiência renal aguda em doentes com
instabilidade hemodinâmica. Seleção, prescrição e execução das técnicas de substituição da função
renal nesses doentes;
e) Treino nas técnicas invasivas habitualmente realizadas em unidades de cuidados intensivos,
designadamente na entubação oro-naso-traqueal e no cateterismo vascular, com realce para o
cateterismo das veias subclávias.

3. Estágio de Nefrologia Clínica:

3.1. Objetivos de desempenho


O treino progressivo será adquirido através da atuação tutelada no internamento, consulta externa e interna e
serviço de urgência específico da especialidade (Urgência interna do serviço de nefrologia):

3.1.1. O interno deve adquirir treino na prevenção, avaliação e tratamento das seguintes situações:
a) Perturbações dos balanços hidroeletrolítico, ácido-básico e mineral;
b) Insuficiência renal aguda;
c) Insuficiência renal crónica e patologia associada. Tratamento conservador;
d) Hipertensão arterial;
e) Doenças glomerulares e vasculares do rim;
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f) Infeções das vias urinárias;


g) Doenças túbulo-intersticiais;
h) Doenças sistémicas com repercussão renal;
i) Patologia renal da gravidez;
j) Nefropatias induzidas por tóxicos;
k) Situações urológicas com repercussão sobre a função renal (uropatia obstrutiva, litíase, tumores
do aparelho
urinário).

3.1.2. Treino com aquisição de autonomia progressiva na realização das seguintes técnicas:
a) Biopsia renal percutânea (mínimo de biopsias a realizar até ao final do internato – 20 biopsias de
rim próprio,
e 5 de enxerto renal);
b) Observação e interpretação do sedimento urinário;
c) Colocação de cateteres centrais para hemodiálise em veias jugulares e femorais (número mínimo
de cateteres colocados no final do internato: 80, dos quais pelo menos 50 jugulares com tunelização);

3.1.3. No final do estágio, o interno deverá conhecer as indicações, contra indicações e complicações dos
seguintes atos:
a) Análises laboratoriais relevantes para a clínica nefrológica;
b) Biopsia renal; treino na observação e interpretação de biopsias renais;
c) Ecografia renal;
d) Urografia de eliminação;
e) Angiografia renal; angioplastia; bypass arterial;
f) Plasmaferese;
g) Estudos isotópicos (de imagem e de avaliação da função renal);
h) Tomografia computorizada e ressonância magnética do rim;
i) Nefrostomia percutânea;
j) Litotrícia extracorporal;
k) Cistoscopia.

3.2. Objetivos de conhecimento


a) Anatomia, fisiologia, fisiopatologia renal;
b) Alterações do metabolismo hidroeletrolítico, ácido-básico e mineral;
c) Conhecimento preciso da história natural, patogénese e terapêutica das doenças do rim e do
aparelho urinário, quer congénitas quer adquiridas, assim como das doenças sistémicas
potencialmente causadoras de lesão renal;
d) Conhecimento dos princípios básicos da imunologia e dos mecanismos imunológicos de lesão renal;
e) Regulação normal da tensão arterial; patogenia, diagnóstico e tratamento da hipertensão;
f) Etiopatogenia, prevenção e tratamento das insuficiências renais aguda e crónica;
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g) Farmacologia clínica: alterações farmacocinéticas relacionadas com as modificações da função


renal e efeito dos fármacos sobre a estrutura e função renal;
h) Princípios dietéticos e nutricionais em Nefrologia;
i) Aspetos éticos, deontológicos, psicológicos, económicos e sociais da prática nefrológica;
j) Noções de organização e gestão de um serviço de nefrologia hospitalar.

4. Estágio de Hemodiálise (e outras técnicas depurativas com circuito extracorporal):

4.1. Objetivos de desempenho:


O interno deverá saber avaliar corretamente as várias opções terapêuticas no tratamento do doente com
insuficiência renal, aguda ou crónica, ou com intoxicação, e tornar-se progressivamente autónomo na
prescrição de cada tipo de tratamento. Durante o período de estágio de contacto com este meio terapêutico, o
interno deve adquirir experiência e autonomia progressiva em:

a) Prescrever e acompanhar cada tipo de técnica depurativa em todas as situações de insuficiência


renal aguda ou crónica e intoxicações;
b) Avaliar a eficácia de cada tipo de tratamento;
c) Acompanhar uma sessão de hemodiálise, pressupondo uma atuação direta na sala de hemodiálise
durante o período do estágio ou ao longo do internato;
d) Prevenir e tratar as complicações de cada tipo de diálise, incluindo as associadas ao tratamento de
água;
e) Prevenir, avaliar e tratar complicações médicas do doente em tratamento de substituição da função
renal, quer em situações de insuficiência renal aguda quer em doentes em programa de hemodiálise
a longo prazo. O interno deve ter a seu cargo o seguimento de pelo menos 10 doentes crónicos em
hemodiálise durante um período mínimo de seis meses;
f) Prescrever dietas e alimentação parentérica no doente em hemodiálise;
g) Efetuar adaptações posológicas no doente em hemodiálise;
h) Colocação de cateteres venosos centrais para hemodiálise e técnicas afins; reconhecimento e
domínio das complicações;
i) Métodos e técnicas de vigilância e avaliação do funcionamento dos acessos vasculares e de
profilaxia e tratamento das suas complicações ou disfunções.

4.2. Objetivos de conhecimento:


a) Princípios físicos da hemodiálise e técnicas afins;
b) Conhecimento e familiarização com o modo de funcionamento dos monitores de hemodiálise e dos
requisitos de purificação da água, assim como das características das várias membranas artificiais
utilizadas;
c) Fisiopatologia das várias complicações médicas relacionadas com os vários tipos de diálise;
d) Influência dos vários tipos de diálise na farmacocinética;
e) Aspetos éticos, deontológicos, psicossociais e económicos relacionados com a diálise crónica;
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f) Familiarização com a organização e gestão de um programa de tratamento insuficientes renais em


ambulatório.

5. Estágio em Diálise Peritoneal:

5.1. Objetivos de desempenho:


a) Compreensão do processo prático da diálise peritoneal, designadamente da diálise peritoneal nas
suas diversas modalidades;
b) Familiarização com a colocação de acessos peritoneais;
c) Capacidade de prescrição de diálise peritoneal e avaliação da sua eficácia;
d) Capacidade para diagnosticar e tratar as complicações da diálise peritoneal, incluindo a peritonite e
as complicações relacionadas com o acesso;
e) Controlo nutricional do doente em diálise peritoneal crónica e adaptações posológicas;
f) Acompanhamento direto de um número mínimo de 5 doentes em diálise peritoneal crónica durante
um período
não inferior a seis meses.
5.2. Objetivos de conhecimento:
a) Princípios físicos e biológicos da diálise peritoneal;
b) Influência da diálise peritoneal na farmacocinética;
c) Familiarização com a organização e gestão de um programa de diálise peritoneal crónica.

6. Estágio de Transplantação Renal:

6.1. Objetivos de desempenho:


Deve contemplar a atuação no âmbito dos cuidados pré e pós-transplantação com aquisição de treino
específico
nas seguintes áreas:

a) Avaliação e seleção de candidatos a transplantação renal;


b) Avaliação pré-operatória do recetor;
c) Abordagem clínica e terapêutica do doente transplantado no pós-operatório imediato (seguimento
de pelo menos 10 doentes no pós-operatório imediato);
d) Diagnóstico clínico das formas agudas de rejeição, da rejeição crónica e da disfunção crónica do
aloenxerto, incluindo treino na interpretação dos exames complementares respetivos (laboratoriais,
imagiológicos e histológicos);
e) Tratamento médico da rejeição; treino na utilização de terapêutica imunossupressora;
f) Diagnóstico e tratamento médico das complicações cirúrgicas, infecciosas e outras;
g) Seguimento a longo prazo do doente transplantado (o interno deve seguir pelo menos 10 doentes
transplantados durante um período mínimo de seis meses);
h) Realização e interpretação de biopsia percutânea do enxerto renal;
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i) Interpretação dos estudos ecográficos, isótopos e angiográfico do enxerto renal.

6.2. Objetivos de conhecimento:


a) Biologia da rejeição e da disfunção crónica do aloenxerto;
b) Indicações e contraindicações para a transplantação renal;
c) Princípios da seleção de recetores e sua avaliação;
d) Princípios dos exames de histocompatibilidade;
e) Princípios da colheita de órgãos e sua preservação;
f) Complicações a curto e longo prazo da transplantação;
g) Modo de ação e utilização dos fármacos imunossupressores;
h) Histopatologia da rejeição e da disfunção crónica do aloenxerto;
i) Avaliação, seleção e manutenção de dadores, incluindo dador vivo;
j) Aspetos éticos, deontológicos, legais, psicossociais e económicos da doação de órgãos e da
transplantação;

7. Estágios opcionais:
Os objetivos de desempenho e de conhecimento dos estágios opcionais são definidos em função da área
clínica sobre a qual incide o estágio:

7.1. Áreas de Nefrologia


a) aprofundamento dos conhecimentos e aperfeiçoamento na abordagem e na avaliação de doentes e
nas técnicas diagnósticas e terapêuticas da especialidade.

7.2. Áreas de exames complementares de diagnóstico


a) aprendizagem ou aprofundamento do conhecimento e das técnicas complementares de diagnóstico
com relevância em doentes do foro nefrológico.

7.3. Áreas clínicas não nefrológicas


a) aprofundamento dos conhecimentos das especialidades, em particular os referentes a patologia
comummente observada em doentes com afeção renal, e aperfeiçoamento das técnicas nas
especialidades referidas.

7.4. Áreas de Investigação


a) contactar com a metodologia e com as técnicas de investigação aplicadas à nefrologia como
complemento da
compreensão da fisiologia e da patologia renais e como desenvolvimento do espírito crítico na
avaliação dos resultados obtidos.
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SERVIÇO DE NEFROLOGIA E TRANSPLANTAÇÃO


RENAL

O Serviço de Nefrologia e Transplantação Renal do CHULN, sito no Hospital de Santa Maria, iniciou a sua
atividade enquanto Unidade de Nefrologia em 1975, na altura integrada no Serviço de Propedêutica Médica.
Em 1976 iniciou-se a consulta de Nefrologia e em 1982 a terapêutica crónica de substituição renal com a Diálise
Peritoneal. No ano de 1989 iniciou-se a Hemodiálise a doentes crónicos e foi realizado o primeiro transplante
renal de dador falecido. No mesmo ano, a Unidade de Nefrologia foi reconhecida como um Serviço autónomo,
o Serviço de Nefrologia, integrado no Departamento de Medicina. Posteriormente, o seu nome foi alterado para
Serviço de Nefrologia e Transplantação Renal e, em 2002, foi iniciado o programa de transplantação renal de
dador vivo. Em 2005 foi criada a Unidade de Nefrologia de Intervenção e mais tarde, em 2019, concluiu-se o
processo de certificação da Unidade de Transplantação Renal pela Direção-Geral da Saúde (DGS). O Serviço
encontra-se certificado pela DGS (modelo ACSA) desde Março de 2023.

O Serviço de Nefrologia e Transplantação Renal assegura cuidados médicos à população residente na área
do CHULN, mas também aos doentes da área geográfica do Centro Hospitalar do Oeste (constituído pelos
Hospitais de Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche). Relativamente aos Cuidados de Saúde Primários,
é o Hospital de referência para o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Lisboa Norte, ACES Oeste Norte
e ACES Oeste Sul, correspondendo a uma população superior a 400.000 habitantes. O Serviço segue também
em consulta externa de Nefrologia doentes fora da área geográfica de referenciação, cujos pedidos de consulta
provêm de centros de saúde ou de outros hospitais.

Providencia também cuidados a cerca de 1.500 doentes em programa regular de hemodiálise (PRHD) de onze
unidades periféricas de hemodiálise: BBraun Mafra, DaVita Mafra, DaVita Óbidos, Diaverum ‒ Unidade de
Loures, Diaverum – Unidade do Lumiar, Diaverum – Unidade de Odivelas, Diaverum ‒ Unidade de Torres
Vedras, Nefrovida Cruz Vermelha Portuguesa, NephroCare Lumiar, NephroCare Torres Vedras e NephroCare
Santarém.

O Serviço de Nefrologia e Transplantação Renal é constituído por sete unidades funcionais: o Sector de
Internamento, o Sector de Consultoria Interna, o Sector de Hemodiálise, o Sector de Diálise Peritoneal, a
Unidade de Nefrologia de Intervenção, a Unidade de Transplantação Renal e a Consulta Externa.
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ORGANIGRAMA DO SERVIÇO

Diretor do
Serviço

Unidade de Unidade de Unidade de


Unidade de
Nefrologia de Nefrologia Transplantação
Diálise
Intervenção Clínica Renal

Sector Sector
Pequena Cirurgia
Hemodiálise Internamento

Eco-Doppler dos
Sector Diálise Sector de
Acessos
Peritoneal Consultoria
Vasculares

Eco-Doppler do
Rim Hospital de Dia
Transplantado

Angiografia dos
Acessos
Vasculares
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RECURSOS HUMANOS

Diretor do Serviço Internos de Formação Especializada de


Professor Doutor José António Lopes Nefrologia
Dr.ª Onassis Silva
Assistentes Hospitalares Graduados Séniores Dr. João Varanda Bernardo
Dr. Fernando Neves Dr. João M. F. Oliveira
Dr.ª Alice Santana Dr.ª Carolina Branco
Dr.ª Cláudia Costa
Assistentes Hospitalares Graduados Dr.ª Nadiesda Peres
Dr.ª Alice Fortes Dr. Bernardo Marques da Silva
Dr. Fernando Abreu Dr.ª Telma Pais
Dr.ª Cristina Resina Dr. José António Costa
Dr.ª Cristina Pinto de Abreu Dr.ª Natália Marchão
Dr.ª Sofia Jorge
Dr. Paulo Fernandes Enfermeiras-chefe
Dr.ª Estela Nogueira Enf.ª Dilar Costa (Sector de Internamento)
Dr. Tiago Amaral Equipa formada por 12 enfermeiros e 11
Dr. João Albuquerque Gonçalves assistentes operacionais
Dr.ª Marta Neves
Dr.ª Cristina Outerelo Enf.ª Ester Marques (Unidade de Diálise)
Equipa formada por 23 enfermeiros e 10
Assistentes Hospitalares assistentes operacionais
Prof.ª Doutora Sara Gonçalves
Dr. Hugo Silva Dietista
Dr.ª Maria João Melo Dr.ª Rita Dias
Dr.ª Marta Pereira
Dr.ª Natacha Jardim Rodrigues Assistente Social
Dr.ª Iolanda Godinho Dr.ª Marisa Olímpio Silva
Dr.ª Alice Lança
Dr. Ricardo Macau Secretariado
Prof.ª Doutora Joana Gameiro Carla Pereira (Direção do Serviço e Internamento)
Dr. José Agapito Fonseca Sara Lopo (Unidade de Transplantação Renal)
Dr. Filipe Marques Luís Cangalhas (Unidade de Diálise)
Dr. Rui Nogueira Sandra Pinheiro (Unidade de Diálise)
Eliana David (Internamento)
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SECTOR DE INTERNAMENTO

O Sector de Internamento recebe doentes de todas as áreas da Nefrologia, inclusivamente da transplantação


renal, prestando cuidados médicos a cerca de 550 doentes por ano. Dispõe de 25 camas dispersas por duas
enfermarias diferentes.

Localização e espaços físicos:


- enfermaria Nefrologia (piso 9): 17 camas + 2 camas suplementares para admissão de doentes chamados
para transplante renal
- enfermaria Medicina II A (piso 3): 8 camas

Na enfermaria de Nefrologia, as 17 camas encontram-se distribuídas por seis quartos (entre duas e três camas
por quarto). Possui um gabinete médico e uma sala de enfermagem na enfermaria.
Na enfermaria da Medicina II A, as 8 camas encontram-se distribuídas por dois quartos (quatro camas por
quarto). Possui um gabinete médico, partilhado com o Serviço de Medicina II.

Equipa médica:
Dr.ª Sofia Jorge (responsável)
Dr.ª Estela Nogueira
Dr.ª Iolanda Godinho
Prof.ª Doutora Joana Gameiro
Dr. Rui Nogueira

Reunião semanal do Sector de Internamento: 4ªf às 12:00 na Sala dos Médicos da enfermaria (piso 9)

Durante o estágio no Sector de Internamento, com periodicidade quinzenal, o interno dispõe de um dia de
atividade na Sala de Pequena Cirurgia da Unidade de Diálise.
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SECTOR DE CONSULTORIA INTERNA

O Sector de Consultoria Interna presta apoio clínico, entre as 9 e as 14 horas dos dias úteis, aos doentes com
patologia da área da Nefrologia através da observação direta e/ou discussão de casos clínicos de doentes dos
52 serviços e oito unidades de cuidados intensivos que compõem o CHULN, do Serviço de Urgência Central e
ainda de outros centros hospitalares que se articulem com o CHULN.

Localização e espaços físicos: Unidade de Diálise (piso 1)


Um gabinete médico (partilhado com o Sector de Hemodiálise e com a Unidade de Nefrologia de Intervenção)

Equipa médica:
Dr. Paulo Fernandes (responsável)
Dr. José Agapito Fonseca

Reunião semanal da Unidade de Diálise: 2ªf às 12:00 no Gabinete Médico da Unidade de Diálise (piso 1)

Durante o estágio no Sector de Consultoria Interna, com periodicidade semanal, o interno dispõe de um dia de
atividade na Sala de Pequena Cirurgia da Unidade de Diálise.

Deve ainda assistir, semanalmente, à Consulta de Esclarecimento.


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SECTOR DE HEMODIÁLISE

O Sector de Hemodiálise presta, por ano, cuidados médicos a cerca de 2.000 doentes em regime de
internamento, correspondendo a aproximadamente 11.000 sessões de hemodiálise de baixo, de alto fluxo e
hemodiafiltração, bem como de outras técnicas depurativas com utilização de circuito extracorporal, técnicas
contínuas, plasmaferese e hemoperfusão. Assegura ainda assistência médica a aproximadamente 60 doentes
em regime de ambulatório, que realizam programa regular de hemodiálise na Unidade de Diálise do CHULN.

A atividade clínica consiste no seguimento, na sala de hemodiálise, dos doentes internados com intercorrências
agudas, bem como no seguimento clínico de um conjunto de doentes que realizam o seu programa regular de
hemodiálise na Unidade de Diálise do CHULN.

Localização e espaços físicos: Unidade de Diálise (piso 1)


Uma sala de hemodiálise com 13 postos (dos quais um em isolamento), uma sala de hemodiálise com cinco
postos, uma sala de tratamento de águas, dois gabinetes de consulta, um gabinete médico (partilhado com o
Sector de Consultoria Interna e com a Unidade de Nefrologia de Intervenção).

Equipa médica:
Dr.ª Cristina Resina (responsável)
Dr.ª Cristina Outerelo
Dr.ª Alice Lança

Reunião semanal da Unidade de Diálise: 2ªf às 12:00 no Gabinete Médico da Unidade de Diálise (piso 1)

Aquando do início do estágio, o interno dispõe de uma semana intensiva de atividade na Sala de Pequena
Cirurgia, para treino de colocação de cateteres venosos centrais para hemodiálise. Ainda durante o estágio no
Sector de Hemodiálise, com periodicidade semanal, o interno dispõe de um dia de atividade na Sala de
Pequena Cirurgia.

Sugere-se ainda a frequência semanal da consulta de ecografia do acesso vascular, para aquisição de
competências na avaliação do exame físico do acesso vascular e na sua avaliação ecográfica.
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SECTOR DE DIÁLISE PERITONEAL

O Sector de Diálise Peritoneal presta anualmente cuidados médicos a cerca de 60 doentes em programa de
diálise peritoneal crónica e a doentes com doença renal crónica estadio 5 que ainda não começaram
terapêutica de substituição renal mas que optaram por diálise peritoneal, realizando cerca de 1.000 consultas
anuais.

A atividade clínica consiste no acompanhamento e seguimento clínico em consulta externa e em regime de


internamento dos doentes em programa crónico de diálise peritoneal. Consiste também no seguimento em
consulta dos doentes em fase pré-dialítica que optaram por diálise peritoneal aquando da consulta de
Esclarecimento.

Localização e espaços físicos: Unidade de Diálise (piso 1)


Dois gabinetes de consulta, um gabinete de enfermagem e uma sala de recobro (partilhada com o Hospital de
Dia e com a Unidade de Nefrologia de Intervenção)

Equipa médica:
Dr.ª Cristina Pinto de Abreu (responsável)
Dr.ª Marta Pereira

Reunião semanal da Unidade de Diálise: 2ªf às 12:00 no Gabinete Médico da Unidade de Diálise (piso 1)

Durante o estágio no Sector de Diálise Peritoneal, com periodicidade semanal, o interno dispõe de um dia de
atividade na Sala de Pequena Cirurgia da Unidade de Diálise.
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HOSPITAL DE DIA DE NEFROLOGIA

O Hospital de Dia de Nefrologia assegura o seguimento médico e de enfermagem de doentes no primeiro ano
pós-transplante renal, a administração de fármacos por via endovenosa (ex.: ciclofosfamida, rituximab,
hemoderivados e terapêutica marcial), a articulação com as Unidades de Diálise Periférica para colocação e
remoção de cateteres venosos centrais para hemodiálise e a colheita de análises clínicas específicas ou
urgentes para doentes sem possibilidade de as executar junto do laboratório central.

No Hospital de Dia realiza-se ainda:


- consulta de reavaliação pós-lesão renal aguda para doentes com internamento recente no Serviço de
Nefrologia ou noutros serviços que necessitaram de avaliação pelo sector de Consultoria Interna;
- atendimento médico não programado a doentes já seguidos em consulta de Nefrologia.

Localização e espaços físicos: Unidade de Diálise (piso 1)


Um gabinete de consulta (partilhado com o Sector de Hemodiálise e com a Unidade de Intervenção
Endovascular), um gabinete de enfermagem e uma sala de recobro (partilhada com o Sector de Diálise
Peritoneal e com a Unidade de Nefrologia de Intervenção)

Equipa médica:
Dr. Paulo Fernandes (responsável)
Dr. José Agapito Fonseca
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UNIDADE DE TRANSPLANTAÇÃO RENAL

A Unidade de Transplantação Renal é constituída por uma equipa multidisciplinar da qual fazem parte a
Nefrologia, Cirurgia Geral, Cirurgia Vascular, Urologia, Doenças Infeciosas e Imagiologia. Na Unidade de
Transplantação Renal realizam-se anualmente cerca de 70 transplantes renais (de dador falecido em morte
cerebral, em paragem circulatória e de dador vivo), presta-se assistência a cerca de 200 doentes em regime
de internamento e realizam-se em média 900 consultas de pré-transplante e mais de 4.000 consultas de pós-
transplante por ano.

A atividade clínica consiste no acompanhamento e seguimento clínico dos doentes internados na enfermaria
de Nefrologia, na consultoria interna aos doentes recém-transplantados no período pós-operatório no Serviço
de Medicina Intensiva, na avaliação do candidato a recetor na consulta de pré-transplante, na avaliação das
intercorrências do recetor na consulta de pós-transplante e ainda a realização de ecografia com Doppler do
enxerto renal e de biópsias de rim transplantado.

Localização e espaços físicos: (partilhada com o sector de Internamento)


- enfermaria Nefrologia (piso 9): 17 camas + 2 camas para admissão de doentes chamados para transplante
renal
- enfermaria Medicina II A (piso 3): 8 camas
- sala de reuniões (piso 9)

Equipa médica:
Dr.ª Alice Santana (responsável)
Dr. Fernando Abreu
Prof.ª Doutora Sara Gonçalves
Dr. João Albuquerque Gonçalves
Dr.ª Marta Neves
Dr.ª Maria João Melo
Dr.ª Natacha Jardim Rodrigues
Dr. Ricardo Macau
Dr. Filipe Marques

Reuniões semanais:
2ªf às 12:30 na Sala de Reuniões da Unidade de Transplantação Renal (piso 9)
4ªf às 12:00, reunião conjunta com o Sector de Internamento, no gabinete médico da enfermaria (piso 9)

Durante o estágio de Transplantação Renal, o interno deverá estar alocado à consulta de pré-transplante um
dia por semana, à consulta de pós-transplante um dia por semana, estando nos restantes adstrito ao
internamento. Deve ainda realizar as biópsias de rim transplantado que decorram durante o período de estágio.
20

Durante o estágio de Transplantação Renal, o interno deverá realizar um curto estágio de duas semanas no
Instituto Português do Sangue e Transplantação para tomar conhecimento dos princípios da imunobiologia da
transplantação e da histocompatibilidade.
21

UNIDADE DE NEFROLOGIA DE INTERVENÇÃO

A Unidade de Nefrologia de Intervenção divide a sua atividade entre a Sala de Pequena Cirurgia e a Sala de
Angiografia. Anualmente, na Unidade, realizam-se em média a colocação de 600 cateteres para hemodiálise,
200 procedimentos em sala de angiografia e 100 biópsias de rim nativo e de rim transplantado.

Localização e espaços físicos:


- Sala de Pequena Cirurgia (Unidade de Diálise, piso 1)
- Sala de Angiografia (Serviço de Imagiologia, piso 2)
Um gabinete médico (partilhado com o Sector de Consultoria Interna e com o Sector de Hemodiálise) e uma
sala de recobro (partilhada com o Sector de Diálise Peritoneal e com o Hospital de Dia).

Equipa médica:
Dr.ª Alice Fortes (responsável pela Unidade)
Dr. Paulo Fernandes (responsável pelas biópsias de rim nativo)
Dr. Tiago Amaral (responsável pela Sala de Pequena Cirurgia e pela Angiografia)
Dr. Hugo Silva (responsável pelas biópsias de rim transplantado e pelas técnicas relacionadas com o
transplante)

Sala de Pequena Cirurgia: (dias úteis, das 9h00 às 15h00)


- colocação de cateteres venosos centrais de hemodiálise (tunelizados e não tunelizados)
- remoção de cateteres venosos centrais tunelizados de hemodiálise
- biópsias de rim nativo
- biópsias de rim transplantado
- biópsia de tecido celular subcutâneo
- ecografia com Doppler de rim transplantado
- shaving do cuff externo do cateter de diálise peritoneal
- exteriorização dos cateteres de diálise peritoneal em posição subcutânea

Sala de Angiografia: (4ªf, das 9h00 às 15h00)


- substituição de cateteres venosos centrais em topografia complexa
- substituição de cateteres venosos centrais em doentes com falência múltipla de acessos vasculares
- mapeamento venoso angiográfico
- angiografia diagnóstica
- angioplastia de fístulas e próteses arteriovenosas para hemodiálise
- trombectomia de próteses arteriovenosas para hemodiálise
- angioplastia da artéria renal de rim transplantado

O interno dispõe de um dia de atividade por semana na Sala de Pequena Cirurgia durante os estágios de
Hemodiálise, Diálise Peritoneal e Nefrologia Clínica no Sector de Consultoria Interna. Dispõe ainda de um dia
de atividade quinzenalmente durante o estágio de Nefrologia Clínica no Sector de Internamento.
Em regime de rotação com os restantes internos do Serviço, será escalado à vez para atividade na Sala de
Angiografia.
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CONSULTA EXTERNA

A consulta externa decorre maioritariamente no Centro de Ambulatório do Hospital de Santa Maria, mas
também na Unidade de Diálise e em espaços afetos aos Serviços de Ginecologia e Obstetrícia, Ortopedia e
Pediatria. Semanalmente, decorrem cerca de 33 períodos de consulta de Nefrologia. O Serviço dispõe de
várias consultas especializadas, sendo realizadas anualmente cerca de 12.000 consultas.

Consulta Externa
Responsável: Dr.ª Cristina Outerelo
Consulta Multidisciplinar de Acessos Vasculares
Consulta de Cuidados Paliativos e Tratamento para Hemodiálise
Conservador Dr.ª Alice Fortes (responsável)
Dr.ª Cristina Outerelo (responsável)
Consulta de Síndrome Cardiorrenal
Consulta de Doença Renal e Imunodeficiência Dr.ª Marta Neves (responsável)
Dr. Paulo Fernandes (responsável)
Consulta de Nefro-obstetrícia
Consulta de Doenças Auto-imunes com Dr.ª Estela Nogueira (responsável)
Envolvimento Renal
Dr.ª Estela Nogueira (responsável) Consulta de Nefro-oncologia
Dr.ª Cristina Resina Dr.ª Natacha Jardim Rodrigues (responsável)
Dr.ª Marta Pereira
Dr.ª Iolanda Godinho Consulta de Síndrome Anti-fosfolipídico
Dr.ª Iolanda Godinho (responsável)
Consulta de Patologia Glomerular
Prof.ª Doutora Joana Gameiro (responsável) Consulta de Nefrologia de Transição idade
Dr.ª Marta Pereira pediátrica-idade adulta
Dr.ª Iolanda Godinho Dr.ª Marta Pereira (responsável)

Consulta de Ecografia do Acesso Vascular Consulta de Nefropatias Hereditárias


Prof.ª Doutora Joana Gameiro (responsável) Dr.ª Sofia Jorge (responsável)
Dr.ª Alice Fortes Prof.ª Doutora Sara Gonçalves
Dr. Hugo Silva Dr. José Agapito Fonseca

Consulta de Esclarecimento Consulta de Polineuropatia Amiloidótica Familiar


Dr.ª Marta Pereira (responsável) Dr.ª Marta Pereira (responsável)
Dr.ª Cristina Outerelo
Dr. José Agapito Fonseca Consulta de Pré-Transplante Renal
Dr. Filipe Marques Dr.ª Marta Neves (responsável)

Consulta de Litíase Renal Consulta de Pré-Transplante Renal de Dador Vivo


Dr. Paulo Fernandes (responsável) Dr.ª Maria João Melo (responsável)

Consulta de Pós-Transplante Renal


Dr. João Gonçalves (responsável)
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Consulta de Pós-Transplante Renal Imediato Consulta de Pós-Transplante Renal Baixo


Dr. Fernando Abreu (responsável) Clearance
Dr. Ricardo Macau (responsável)
Consulta de Pós-Transplante Renal de Transição
idade pediátrica-idade adulta
Dr. João Gonçalves (responsável)

Aconselha-se o interno a:

• assistir a um período semanal de consulta de Nefrologia Geral de um assistente hospitalar durante o


primeiro semestre do 2º ano, para depois poder iniciar de forma autónoma a sua consulta a partir do
segundo semestre do 2º ano;

• assistir às seguintes consultas de subespecialidade:


o 3º ano
▪ Esclarecimento (semanalmente, durante o estágio de Consultoria Interna)
▪ Ecografia do Acesso Vascular (semanalmente, durante o estágio de Hemodiálise)
▪ Consulta de Patologia Glomerular (3 períodos)
▪ Doenças Auto-imunes com Envolvimento Renal (3 períodos)
o 4º ano
▪ Síndrome Cardiorrenal (2 períodos)
▪ Nefro-oncologia (2 períodos)
▪ Doença Renal e Imunodeficiência (2 períodos)
▪ Litíase Renal (2 períodos)
o 5º ano
▪ Cuidados Paliativos e Tratamento Conservador (2 períodos)
▪ Nefro-obstetrícia (3 períodos)
▪ Nefropatias Hereditárias (3 períodos)

Nota: as consultas de pré e de pós-transplante renal, conforme anteriormente explicitado, devem ser de
frequência semanal durante o estágio de Transplantação.
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SERVIÇO DE URGÊNCIA

A atividade realizada em contexto de Serviço de Urgência difere consoante a altura do internato e os estágios
clínicos. No caso da Urgência Interna de Nefrologia, esta decorre em regime de presença física durante 24
horas por dia. É assegurada por dois elementos nos dias úteis entre as 14 e as 20 horas e aos sábados entre
as 8 e as 20 horas; nos períodos noturnos entre as 20 e as 8 horas e ao domingo é assegurada por apenas
um elemento. A Prevenção de Nefrologia é assegurada nos períodos de Urgência Interna de Nefrologia nos
quais existe apenas um elemento em presença física de Urgência, sendo realizada em regime de chamada.

Urgência de Medicina Interna


Periodicidade: semanal (12h)
Realizada no Serviço de Urgência Central durante os dois primeiros anos de internato
Realizada no Serviço de Medicina Interna durante o período de estágio de Medicina Interna

Urgência de Medicina Intensiva


Periodicidade: semanal (24h)
Realizada durante o período de estágio de Medicina Intensiva

Nefrologia
Periodicidade: semanal (12h)
Realizada no Serviço de Nefrologia e Transplantação Renal desde o 3º ano do internato

Durante os estágios opcionais, a atividade de Urgência de Nefrologia deverá ser assegurada se o estágio em
questão não decorrer num local que diste mais de 50 km do CHULN.

De acordo com o Regulamento do Internato Médico, o interno realizará a atividade de urgência de Nefrologia
sempre enquanto segundo elemento. Apenas poderá realizar urgência no período noturno ou ao domingo a
partir do 5º ano, mediante vontade própria expressa por escrito, na condição de existência de um assistente
hospitalar de prevenção e com anuência do Diretor do Serviço.
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ESTÁGIOS OPCIONAIS

Os estágios opcionais devem incidir sobre áreas relevantes do conhecimento nefrológico e que vão ao encontro
não só dos interesses formativos do interno, mas também dos seus gostos pessoais. Devem ser realizados em
Serviços nacionais ou internacionais de instituições idóneas e com experiência formativa reconhecida.

Sem prejuízo de outros Serviços e Unidades, são exemplos de estágios escolhidos pelos internos nos últimos
anos:

Estágio de Morfologia Renal


Serviço de Nefrologia do Hospital Curry Cabral
Serviço de Nefrologia do Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca
Serviço de Patologia Renal do Vanderbilt Medical Center (Pittsburgh, EUA)

Estágio de Acessos Vasculares


Centro de Acessos Vasculares da Diaverum (CUF Tejo)
Centro de Acessos Vasculares da Nephrocare (Unidade do Lumiar)
Corporació Sanitária Parc Taulí (Sabadell, Espanha)

Estágio de Transplantação Renal


Serviço de Nefrologia do Hospital do Rim (São Paulo, Brasil)
Serviço de Nefrologia do Brigham and Women’s Hospital (Boston, EUA)

Estágio de Doenças Glomerulares


Departamento de Nefrologia do Glomerular Diseases Center Columbia University Medical Center (Nova
Iorque, EUA)
Serviço de Nefrologia do Queen Elizabeth Hospital Birmingham (Birmingham, Reino Unido)

Estágio de Nefrologia Pediátrica


Unidade de Nefrologia Pediátrica do Serviço de Pediatria do CHULN

Estágio de Investigação Básica em Nefrologia


Laboratório de Nefrologia Experimental da Fundación Jiménez Díaz (Madrid, Espanha)
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FORMAÇÃO PRÉ-GRADUADA

O Serviço, através da Clínica Universitária de Nefrologia, participa na formação pré-graduada dos alunos do
Mestrado Integrado em Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), através da
preleção de aulas teóricas, teórico-práticas e práticas em diferentes Unidades Curriculares:

3º ano
Disciplina de Doenças do Sistema Urinário, da Unidade Curricular Medicina Clínica: O Médico, a Pessoa e o
Doente, Módulo III.V

5º ano
Disciplina de Nefrologia, do Núcleo Curricular Optativo
Disciplina de Nefrologia, da Unidade Curricular de Medicina Interna, Módulo V.II

6º ano
Disciplina de Nefrologia, opcional inserida no Estágio Clínico Profissionalizante

Ainda no âmbito dos alunos do Mestrado Integrado em Medicina, o Serviço tem sido responsável pela
orientação do trabalho final do Mestrado de um número significativo de alunos da FMUL e participa também
no programa de Curtos Estágios de Medicina em Férias (CEMEFs), promovido pela Associação Nacional de
Estudantes de Medicina.

O Serviço colabora ainda com a Licenciatura em Ciências da Nutrição da FMUL na Unidade Curricular de
Patologia e com o Mestrado em Nutrição Clínica da FMUL no Módulo de Nutrição e Patologia Renal.
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FORMAÇÃO PÓS-GRADUADA

O Serviço possui idoneidade formativa total, reconhecida pelo Colégio de Nefrologia da Ordem dos Médicos,
podendo assim formar internos em todas as áreas da Nefrologia. Na última década, formou anualmente vários
internos de excelência. Simultaneamente, tem colaborado na formação de internos de Nefrologia de outros
Serviços de Nefrologia nacionais sem idoneidade formativa total. Adicionalmente, colabora na formação de
internos de outras especialidades, muito particularmente de Medicina Interna, Patologia Clínica, Reumatologia
e Medicina Geral e Familiar, sendo escolha frequente de local de estágio tanto de internos do CHULN como
de outros hospitais.

Nos últimos três anos, estagiaram no Serviço:


• 5 internos de Nefrologia de outros hospitais
• 32 internos de Medicina Interna (dos quais 26 do CHULN e 6 de outros hospitais)
• 8 internos de Patologia Clínica
• 2 internos de Medicina Geral e Familiar
• 2 internos de Reumatologia
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ACTIVIDADE CIENTÍFICA E DE INVESTIGAÇÃO

O Serviço tem-se destacado nos últimos anos por um elevado número de publicações em revistas científicas,
bem como por comunicações orais e sob a forma de poster em diferentes reuniões científicas nacionais e
internacionais, algumas inclusivamente agraciadas com prémios.

A atividade de investigação encontra-se naturalmente inserida na atividade da prática clínica diária, mas
também é efetuada através da participação em ensaios clínicos nacionais e internacionais em articulação com
o Centro de Investigação Clínica. O Serviço projeta ainda a candidatura a redes de referenciação europeia, o
desenvolvimento da investigação de translação e da articulação com o Instituto de Medicina Molecular e
estimula ainda a realização de projetos doutorais.
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REUNIÕES CLÍNICAS E CIENTÍFICAS

Reunião de Serviço
Data e hora: 5ª feira, 12:30-14:00
Localização: Instituto de Semiótica Clínica (piso 2)
Âmbito: apresentação de sessão clínica seguida de discussão de assuntos subjacentes à organização do
Serviço

Reunião do Sector de Internamento


Data e hora: 4ª feira, 12:00-13:00
Localização: Sala dos Médicos da enfermaria (piso 9)
Âmbito: discussão clínica dos doentes internados no Serviço de Nefrologia

Reunião da Unidade de Diálise


Data e hora: 2ª feira, 12:00-12:30
Localização: Gabinete Médico da Unidade de Diálise (piso 1)
Âmbito: discussão clínica de doentes seguidos pelos Sectores da Unidade de Diálise e discussão de assuntos
subjacentes à organização da Unidade de Diálise

Reunião da Unidade de Transplantação Renal


Data e hora: 2ª feira, 12:30-13:30
Localização: Sala de Reuniões da Unidade de Transplantação (piso 9)
Âmbito: discussão clínica de doentes seguidos na Unidade de Transplantação Renal e discussão de assuntos
subjacentes à organização da Unidade de Transplantação Renal, em conjunto com a equipa multidisciplinar

Reunião de Doenças Glomerulares


Data e hora: quinzenal, 6ª feira, 9:00-9:30
Localização: Instituto de Semiótica Clínica (piso 2)
Âmbito: discussão de casos clínicos de doenças glomerulares e dos resultados histológicos das biópsias renais
realizadas

Sessão de Formação de Internos


Data e hora: 3ª feira, 9:00-9:30
Localização: Instituto de Semiótica Clínica (piso 2)
Âmbito: apresentação de artigos em formato de Journal Club, leitura e discussão de notas de alta e de casos
clínicos

Reunião conjunta com o Serviço de Reumatologia


Data e hora: última 4ª feira do mês, 13:00-14:00
Localização: Sala de Reuniões do Serviço de Reumatologia (piso 7)
Âmbito: discussão de casos clínicos de doentes com patologia auto-imune com envolvimento renal
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Reunião conjunta com o Serviço de Anatomia Patológica


Data e hora: última 5ª feira do mês, 12:30-13:00
Localização: Biblioteca do Serviço de Anatomia Patológica (piso 2)
Âmbito: observação e discussão clínica das biópsias renais realizadas no Serviço de Nefrologia
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SESSÕES DE FORMAÇÃO DE INTERNOS

As sessões de formação de internos são reuniões de cariz clínico e científico com periodicidade semanal e que
contam com a presença dos internos do Serviço, de outros internos que se encontrem em estágio no Serviço
e abertas a todo o Serviço.

Sessão de Formação de Internos


Data e hora: 3ª feira, 9:00-9:30
Localização: Instituto de Semiótica Clínica (piso 2)

As sessões de formação de internos assentam em três tipologias distintas:

1. Journal Club: apresentação de artigo científico seguida de discussão do mesmo

2. Leitura e discussão de notas de alta

3. Discussão de casos clínicos: discussão de casos clínicos que suscitem dúvidas de diagnóstico ou
abordagem terapêutica trazidos pelos internos ou de casos clínicos de relevância do ponto de vista da
aprendizagem trazidos pelos assistentes hospitalares
32

UNIDADES DE DIÁLISE PERIFÉRICAS

As Unidades de Diálise Periféricas possuem protocolos de articulação com os hospitais e centros hospitalares
relativamente à referenciação hospitalar urgente e necessidade de internamento. Os protocolos vigentes com
os Hospitais da ARS Lisboa e Vale do Tejo são os seguintes:

Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte Centro Hospitalar Lisboa Ocidental (SU:
BBraun Mafra Hospital São Francisco Xavier; Nefrologia:
DaVita Mafra Hospital de Santa Cruz)
DaVita Óbidos / Gaeiras DaVita Cascais
Diaverum Lumiar DaVita Sintra
Diaverum Loures Diaverum Amadora (SPD Amadora)
Diaverum Odivelas Diaverum Estoril
Diaverum Torres Vedras Diaverum Linda-a-Velha
Nefrovida Cruz Vermelha Portuguesa Nephrocare Restelo
Nephrocare Lumiar
Nephrocare Santarém
Nephrocare Torres Vedras Hospital Garcia de Orta
Diaverum Almada (Hospital Particular de Almada)
Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central Nephrocare Almada
(SU: Hospital São José; Nefrologia: Hospital Nephrocare Seixal (Suldiálise)
Curry Cabral)
DaVita Benfica Centro Hospitalar de Setúbal (SU e Nefrologia:
DaVita Sacavém Hospital de São Bernardo)
Diaverum Mem Martins / Sintra Nephrocare Barreiro
Diaverum Saldanha / Entrecampos Nephrocare Montijo
Nephrocare Alverca / Forte da Casa Nephrocare Setúbal
Nephrocare Amadora / Venda Nova
Nephrocare APDP Centro Hospitalar Médio Tejo (SU: Hospital de
Nephrocare CUF Tejo / CUF Infante Santo Abrantes; Nefrologia: Hospital de Torres Novas)
Nephrocare SAMS Centro de Diálise da Benedita
Nephrocare Vila Franca de Xira DaVita Rio Maior
Nephrocare Abrantes
Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca Nephrocare Entroncamento
(Amadora-Sintra) Nephrocare Tomar
Diaverum Queluz
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LIVROS DE TEXTO

Os principais livros de texto recomendados para estudo são os seguintes:

• Johnson, Richard J., Floege, Jurgen, Tonelli, Marcello. (2023). Comprehensive Clinical Nephrology
(7th edition). Elsevier

• Daugirdas, John T., Blake, Peter G., Ing, Todd S. (2017). Handbook of Dialysis (5th edition). Lippincott
Williams & Wilkins

• Danovitch, Gabriel M. (2015). Handbook of Kidney Transplantation (6th edition). Lippincott Williams &
Wilkins

• Caeiro, F, Almeida T. (2022). Transplantação Renal (1ª edição). LIDEL

• Fogo, Agnes B., Cohen, Arthur H., Jennette, J. Charles, Bruijn, Jan A., Colvin, Rober B. (2006).
Fundamentals Of Renal Pathology (1st edition). Springer

• Steddon, S., Ashman, N., Chesser, A., Cunningham, J. (2014). Oxford Handbook of Nephrology and
Hypertension (2nd edition). Oxford University Press

Acrescem ainda, naturalmente, as principais guidelines internacionais, artigos de revistas científicas e outras
fontes bibliográficas como o Uptodate.
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GUIDELINES

As normas de orientação clínica nacionais e guidelines internacionais pelas quais a prática em Nefrologia se
rege são as seguintes:

Direção-Geral da Saúde (DGS)


Norma 017/2011 (atualizada a 14/06/2012) - Tratamento Conservador Médico da Insuficiência Renal Crónica
Estádio 5

Colégio da Especialidade de Nefrologia da Ordem dos Médicos


Manual de Boas Práticas de Diálise Crónica da Ordem dos Médicos (2017)

Kidney Disease Improving Global Outcomes (KDIGO)


Anemia na DRC (2012)
Candidato a transplante renal – avaliação e tratamento (2020)
Dador vivo de rim – avaliação e tratamento (2017)
Diabetes na DRC (2022)
Dislipidémia na DRC (2013)
Doença mineral e óssea na DRC (2009, com update em 2017)
Doença renal crónica – avaliação e tratamento (2012)
Doenças Glomerulares (2021)
Hepatite C na DRC (2022)
Lesão renal aguda (2012)
Pressão arterial na DRC (2021)
Recetor de transplante renal – tratamento (2009)

National Kidney Foundation Kidney Disease Outcomes Quality Initiative (NFK KDOQI)
Acesso Vascular (2019)
Diálise Peritoneal (2006)
Hemodiálise (2015)
Nutrição na DRC (2020)

International Society of Peritoneal Dialysis (ISPD)


Acesso para diálise peritoneal (2019)
Avaliação de disfunção da membrana peritoneal (2021)
Complicações cardiovasculares na diálise peritoneal – tratamento (2015)
Diálise Peritoneal na lesão renal aguda (2020)
Esclerose peritoneal encapsulante (2017)
Exercício físico em diálise peritoneal (2021)
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Fatores de risco de doença cardiovascular na diálise peritoneal – avaliação e tratamento (2015)


Infeções relacionadas com o cateter de diálise peritoneal (2017)
Objetivos de remoção de solutos e fluidos em diálise peritoneal (2019)
Peritonite – prevenção e tratamento (2022)
Prescrição de diálise peritoneal (2020)

Outras sociedades com guidelines


Acute Disease Qualitive Initiative (ADQI)
American Society of Transplantation (AST)
European Renal Association (ERA) / European Renal Best Practice (ERBP)
European Society of Vascular Access (ESVS)
Grupo Español Multidisciplinar del Acceso Vascular (GEMAV)
Kidney Health Australia - Caring for Australians with Renal Impairment (KHA-CARI)
National Institute for Health and Care Excellence (NICE)
UK Kidney Association / Renal Association (RA)
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REVISTAS CIENTÍFICAS

São várias as revistas, generalistas ou específicas da área da Nefrologia, que publicam regularmente artigos
científicos de grande valia para a comunidade nefrológica. A atualização de conhecimento não se deve cingir
à leitura dos principais livros de texto recomendados, sendo fortemente incentivada a leitura dos artigos mais
relevantes das seguintes revistas científicas:

• The New England Journal of Medicine (NEJM)


• The Journal of the American Medical Association (JAMA)
• The Lancet
• American Journal of Kidney Diseases (AJKD)
• Clinical Kidney Journal (CKJ)
• Nephrology Dialysis and Transplantation (NDT)
• Journal of the American Society of Nephrology (JASN)
• Clinical Journal of the American Society of Nephrology C(JASN)
• Kindey 360
• Kidney International (KI)
• Kidney International Reports (KI Reports)
• Kidney Medicine
• Nefrología
• Nature Reviews Nephrology
• American Journal of Nephrology
• Seminars in Nephrology
• British Medical Council Nephrology (BMC Nephrology)
• European Medical Journal Nephrology (EMJ Nephrology)
• Glomerular Diseases
• Nephron
• Case Reports in Nephrology
• Brazilian Journal of Nephrology
• Portuguese Journal of Nephrology and Hypertension (PJNH)
• Acta Médica Portuguesa
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SITES ÚTEIS PARA ESTUDO

Como nem toda a literatura científica se encontra facilmente acessível seja por se encontrar dispersa ou por
não ser de acesso livre, e atendendo à evolução dos modos de estudo e de aquisição de conhecimento
científico, são vários os sites que têm surgido nos últimos anos que auxiliam essa mesma aquisição de
conhecimento:

• Landmark Nephrology
• Renal Fellow Network
• GlomCon
• NephJC
• NephSim
• KDIGO Controversies Conferences
• AJKD Core Curriculum
• Nephrology Self-Assessment Program (nephSAP)
• Kidney Self-Assessment Program (KSAP)
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SOCIEDADES CIENTÍFICAS

As principais sociedades científicas nacionais e internacionais da área da Nefrologia, e respetivos benefícios,


são as seguintes:

Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN)


• inscrição gratuita ou descontos em inscrições em congressos patrocinados pela SPN
• obrigatória para submeter artigos como primeiro autor para o Encontro Renal
• permite co-inscrição com a European Renal Association com preço reduzido
• anuidade: 60€ (ou 70€ se co-inscrição com a European Renal Association)

European Renal Association (ERA)


• desconto na inscrição para o ERA Congress
• acesso gratuito a duas das melhores revistas europeias de Nefrologia (NDT e CKJ)
• acesso a gratuito a webinars promovidos pela ERA
• anuidade: 50€

American Society Nephrology (ASN)


• desconto na inscrição para a Kidney Week (gratuita na modalidade online)
• acesso gratuito a três das melhores revistas americanas de Nefrologia (JASN, CJASN e Kidney 360)
• acesso a gratuito a grandes artigos de atualização científica (nephSAP) e de avaliação clínica (KSAP)
• anuidade: gratuito para internos (Nephrology fellow or trainee)

Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT)


• desconto na inscrição para cursos e congressos da área da Transplantação
• anuidade: 25€
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CURSOS, SIMPÓSIOS E CONGRESSOS

São vários os cursos, simpósios e congressos nacionais e internacionais de interesse que o interno deve
frequentar durante a sua formação. Apresentam-se abaixo, por ordem cronológica, os principais eventos
científicos da área da Nefrologia e uma sugestão relativa a partir de que ano de formação os eventos devem
ser frequentados, para melhor proveito dos mesmos.

Fevereiro
Update in Glomerular Diseases (Nova Iorque e online; a partir do 2º ano)
Simpósio de Atualização em Nefrologia (Lisboa; a partir 2º ano)
World Congress Nephrology (a designar; a partir 3º ano)

Maio
European Renal Association Congress (Europa, a designar; a partir 3º ano)

Junho
Curso Transplantação Renal (Portugal; final estágio Transplantação)
Clinical Nephrology Update (Lisboa / Porto; 3º ano)

Julho
Board Review Course and Update (Chicago e online; a partir do 5º ano)
The Columbia Renal Biopsy Course (Nova Iorque e online; a partir do 3º ano)

Setembro
Nephro Update Europe (Europa, a designar; a partir do 4º ano)

Outubro
Encontro Renal – Congresso Português de Nefrologia (Vilamoura, a partir do 1º ano)
Curso Ácido-Base e Hidroelectrolítico (Lisboa, a partir do 3º ano)

Novembro
Simpósio Anual de Doenças Renais (Almada / Setúbal; 2º ano)
Update Course on Peritoneal Dialysis (Porto; final estágio Diálise Peritoneal)
Kidney Week – American Society of Nephrology Congress (EUA, a designar; a partir do 3º ano)

Dezembro
Congresso Luso-Brasileiro de Transplantação (Portugal / Brasil; final estágio Transplantação)

Além dos cursos acima mencionados, de periodicidade anual, existem outros cursos que serão devidamente
anunciados através do site da Sociedade Portuguesa de Nefrologia
40

FÉRIAS E COMISSÕES GRATUITAS DE SERVIÇO

O interno dispõe de 22 dias úteis de férias por ano. As férias devem ser agendadas até final do mês de março,
devendo as mesmas ser marcadas em articulação com os sectores nos quais o interno se encontra ou
encontrará a realizar estágio, de modo a assegurar o normal funcionamento dos mesmos. Um dos períodos de
férias deverá ter um mínimo de onze dias úteis consecutivos e os períodos de férias devem ser proporcionais
à duração dos estágios, não devendo ser marcados mais de cinco dias de férias por estágio trimestral ou dez
dias por estágio semestral.

O interno dispõe de 15 dias de comissão gratuita de serviço para assistir a cursos, congressos, simpósios e
outras reuniões científicas. Os pedidos de comissão gratuita de serviço encontram-se na intranet e devem ser
preenchidos com um mínimo de quatro semanas de antecedência. Devem ainda ser assinados pelo diretor de
serviço, diretor de departamento, chefe de equipa de urgência e diretor do serviço de urgência central (se
aplicável).
41

AVALIAÇÃO DOS ESTÁGIOS

A avaliação dos internos é efetuada de modo contínuo, no decorrer de cada estágio, e através de uma prova
de avaliação de conhecimentos anual a realizar no início de cada ano civil.

A avaliação contínua consiste na avaliação do desempenho do interno durante o estágio e é efetuada numa
escala de 0 a 20 valores levando em conta os seguintes parâmetros e respetivas ponderações:
a) Capacidade de execução técnica – ponderação de 4 pontos;
b) Interesse pela valorização profissional – ponderação de 3 pontos;
c) Responsabilidade profissional – ponderação de 2 pontos;
d) Relações humanas no trabalho – ponderação de 1 ponto.

A avaliação de conhecimentos é efetuada anualmente, na escala de 0 a 20 valores, através de:


a) apreciação de relatório anual de atividades;
b) prova prática com colheita e redação de história clínica a um doente:
c) avaliação teórica, incidindo preferencialmente sobre os estágios realizados
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AVALIAÇÃO FINAL DO INTERNATO


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CONTACTOS ÚTEIS

Direção do Serviço
Secretariado - 55515

Urgência Interna
Médico - 99358

Internamento
Secretariado - 55317
Sala dos Médicos - 52976
Sala de Enfermagem - 52975
Enfermeira-chefe - 52977 / 99948
Assistente Social - 52954 / 99317
Nutricionista - 99252

Unidade de Diálise
Secretariado - 55345
Gabinete Médico da Unidade - 52198
Sala de Hemodiálise – 52935 / 52943
Gabinete Médico 1 Diálise Peritoneal - 52908
Gabinete Médico 2 Diálise Peritoneal - 52182
Enfermeira-chefe - 52197 / 91860
Enfermeiro Hemodiálise - 95319
Sala de Enfermagem Diálise Peritoneal - 55354 / 95376
Sala de Enfermagem Hospital de Dia - 52192 / 95390
Enfermeiro Pequena Cirurgia - 95354

Unidade de Transplantação Renal


Secretariado - 55079
Sala de Reuniões - 52941

Secretariado
Carla Pereira - 95356
Sara Lopo - 92193
Sandra Pinheiro - 93894
Luís Cangalhas - 92148
Eliana David - 99858

Email
Geral do Serviço - nefrohsm@chln.min-saude.pt
Unidade de Diálise - unidade.dialise@chln.min-saude.pt
Diálise Peritoneal - dialise.peritoneal@chln.min-saude.pt
Pequena Cirurgia - peqcirurgia.dialise@chln.min-saude.pt
Transplantação Renal - utrhsm@chln.min-saude.pt
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