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Forma mais antiga de polifonia, em que o canto gregoriano começa a ser “enfeitado” com uma
voz paralela, duplicando o canto numa distância de quarta ou quinta justa, acima ou abaixo. O
canto gregoriano é chamado VOZ PRINCIPAL e a voz adicionada é chamada de VOZ ORGANAL.
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A voz organal (o “enfeite”), deixa de ser uma cópia da voz principal, realizando, além do
movimento paralelo, o MOVIMENTO CONTRÁRIO, o movimento oblíquo e o movimento direto.
A partir de agora a voz organal estará sempre acima da voz principal. Como o organum
anterior, é um estilo NOTA CONTRA NOTA.
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Os ORGANA anteriores são abandonados (saem de moda), e são substituídos pelo ORGANUM
MELISMÁTICO, onde a voz principal se estica, se alonga, passando a se chamar TENOR. Acima
das notas do tenor a voz organal realiza várias notas, num estilo UMA NOTA CONTRA VÁRIAS
NOTAS. Acredita-se que a voz organal (os melismas) eram improvisada.
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A voz organal, (que no organum anterior era improvisada), agora é submetida a células
rítmicas de subdivisão ternária (padrões rítmicos mensurados chamados MODOS RÍTMICOS).
Ela passa a se chamar DUPLUM (no caso de Leonin), TRIPLUM ou QUADRUPLUM (no caso de
Perotin). Nas partes onde o canto gregoriano original (o Tenor) tem melismas, a voz organal
também é submetida à mensuração. É a primeira vez na História da Música Ocidental em que
duas vozes caminham juntas seguindo regras rítmicas. Esse momento é chamado de
CLÁUSULA, e esse novo estilo se chama DESCANTE. Aí está a origem do MOTETE.
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MOTETE : surge no final do ARS ANTIQUA, sendo o PRIMEIRO GÊNERO POLIFÔNICO PROFANO.
Ele é originário das CLÁUSULAS, tendo o mesmo estilo (DESCANTE). As camadas superiores
recebem palavras (MOT=palavra) profanas tratando de temas não religiosos. O CODEX de
MONTPELIER é um belo exemplo de motetes de temática amorosa.
OBS : O universo harmônico de toda essa polifonia é formado exclusivamente por intervalos justos.