Polifonia

Musica Enchiriadis- tratado de música que descreve a polifonia.

-ORGANUM

Organum paralelo:
- Distância de 4ª, 5ª ou 8ª;
- Início e término sempre uníssono;
- Vox principalis é uma melodia gregoriana já existente;
- Vox organalis é uma nova melodia.

Organum livre:
- Vox organalis usava movimentos contrários, oblíquos e diretos;
- Movimento contrário (a vox organalis sobe e a principalis desce e vice-versa);
- Movimento oblíquo (a vox principalis move-se enquanto a organalis mantém);
- Movimento direto (segue a mesma direção que a vox principalis mas não pelos
mesmos intervalos;
- Vox organalis escrita acima da principalis.

Organum melismático:
- Vox principalis chama-se tenor;
- Vox organalis chama-se duplum, triplum, quadruplum.

-ESCOLA DE NOTRE DAME

A Escola de Notre Dame, situada em Paris, foi muito importante para o
desenvolvimento da música ocidental. Léonin e Pérotin foram os principais
compositores, surgiu assim o moteto e o conductus e apareceu o Organum triplum e
quadruplum.

Léonin- Léonin foi um dos grandes compositores da Escola de Notre Dame. Léonin
foi um excelente compositor de organa, a sua composição tem duas forma: organum
puro (nota suspensa no tenor e melismas ritmados no duplum) e discante ( o tenor
excuta-se em modos ritmicos).

Pérotin- Pérotin foi aluno de Léonin e também um grande compositor da Escola de

Notre Dame. Inseria nos seus organa cláusulas em forma discante a 2, 3 e 4 vozes. Um
dos seus grandes Quadruplum foi ‘’Viderunt Omnes’’.
 Conductus- É uma forma polifónica que surgiu na Escola de Notre Dame. é uma
composição inteiramente original a 2, 3 ou 4 vozes, com o mesmo texto e ritmo. Os
textos eram em latim e os assuntos ligados à religião, cívica e política.

Moteto- É uma forma polifónica que surgiu na Escola de Notre Dame. O tenor
gregoriano tem notas longas ou células rítmicas repetidas. Há uma sobreposição de
textos religiosos e profanos, em regime vernáculo.
Moteto simples (tenor e duplum); Moteto duplo (tenor, duplum e triplum); Moteto
triplo (tenor, duplum, triplum e quadruplum). Muitos dos motetos antigos são em
forma de canon.

Música Trovadoresca
Em finais do séc. XI, em Provença, apareceram os trovadores, e no norte de França os
troveiros. Eles eram cantores-poetas que tinham como temática o Amor Cortês e o Ideal
de Cavalaria. Os troveiros são na sua maioria senhores feudais e burgueses como Adam
de la Halle.

As suas melodias eram tiradas de trechos litúrgicos, a sua forma é semelhante à da

música litúrgica, a estrutura modal do canto gregoriano serve de base à produção de
música trovadoresca; o culto mariano também esteve presente na temática do amor
cortês.

As Cruzadas contribuíram a nível do instrumentário, por exemplo o Rebec e o alaúde.

Os Jograis andavam de corte em corte, eram intérpretes mas também havia autores.
Podiam ser saltimbancos, atores, artistas de circo… Os menestréis eram músicos
profissionais e eram residentes numa corte só.

A música trovadoresca pode ser vocal, instrumental ou tipo dramático. Do tipo vocal
com acompanhamento instrumental temos as formas balade, o rondeu, o lai e o virelai.
Forma instrumental só se conhece a estampida e do tipo dramático os Jeux ou Parties.
Quanto à estrutura das formas temos a tipo ladainha (descritiva, cada verso é cantado
com a mesma melodia com terminações conclusivas ou semi-conclusivas); sequência
(versos duplum com a mesma rima e melodia); hino (forma bar utilizado pelos
Minnesaenger); rondel (canções com estribilho derivadas da sequência).

Quanto aos temas temos A Cantiga de Amor, Alba, Pastorela, a Cantiga de Cruzada, a
Cantiga de Gesta, romance, Canção de Pano, Elegia, Sirventés.
 Jeu Parti é uma canção estrófica executada por 2 cantores do tipo canção ao desafio
portuguesa.

Mais tarde, o movimento trovadoresco surgiu na península ibérica, cantado em

galaico-português na maior parte das vezes. Em homenagem às peregrinações de
Santiago e em louvor à virgem Maria surgiram ''As Cantigas de Maria", em Espanha. Já
em Portugal apareceram as "cantigas de amigo" em que a donzela se declarava ao amigo.

Os trovadores portugueses mais conhecidos foram D. Dinis e o rei Afonso X "O

Sábio".