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Declaração Universal

dos Direitos Humanos


Ana Clara Branquinho, Ana Rubia Donizeti, Caio Henrique, Julia Alves,
Leandro Tavares, Luís Felipe, Pedro Becati, Thais de Souza e Thaís Lopes
Carlos Guilherme Rocha
❖ Graduação em História - Universidade Federal de São João
Del-Rei (UFSJ)
❖ Mestrado - Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
❖ Doutorado - Universidade Federal Fluminense (UFF)
❖ Professor - Centro Federal de Educação Tecnológica de
Minas Gerais (CEFET)

Possui interesses nas áreas de história moderna, sociologia


histórica, sociologia dos riscos, educação e relações
étnico-raciais.
1. Por que houve a necessidade de declarar os direitos humanos?
Acho que a ideia foi tentar criar uma consciência sobre esses direitos, como um
"limite" aos poderes políticos sobre as pessoas, independente de quem seja.
Até então, penso que havia uma ideia amplamente aceita que os interesses
estatais estavam acima das liberdades e direitos individuais e de minorias.

2. Houve realmente uma mudança social depois da Declaração?


Acho que sim, mas não imediatamente. A Declaração passou a ser referência
para muitos movimentos, que já existiam e passaram a existir, para legitimar
suas demandas. Até hoje ela atua nesse sentido.
Além disso, muitos países passaram a adequar suas políticas aos parâmetros
da Declaração.
3. Tem algum país que não segue a Declaração atualmente?
Boa pergunta. Não sei como isso funciona formalmente hoje. Pois muitos
países entraram na ONU depois da oficialização da declaração. Mesmo na
época, alguns países não apoiaram a declaração, se abstendo na
votação. Acho que o principal problema não é tanto não assinar, mas não
aplicar de fato os princípios da declaração, e são vários casos.
4. A Declaração cumpre com o seu papel de garantir os
direitos declarados a todos os cidadãos?
Eu costumo brincar que a Declaração funciona mais como uma "carta de
sugestões" do que uma lei, propriamente. É até possível acionar seus
princípios tanto em tribunais nacionais quanto internacionais. Mas no geral só
se tornam ações efetivas em casos gravíssimos e quando envolvem agentes
(países ou organizações) fracas. Por isso, acabamos vendo muitos dos
direitos afirmados não sendo garantidos de fato.

5. Quais sãos os direitos mais violados?


Isso varia de acordo com os países. Em alguns locais destacam-se
limitações a direitos políticos, em outros sociais ou de liberdade de
expressão. Também identificamos grupos que são limitados em quase todos
os seus direitos, dependendo de como o país lida com os Direitos Humanos.
Acho que é difícil mensurar quais direitos são mais desrespeitados
6. Por que, em sua concepção, tem essa relutância por parte
das pessoas em respeitar os direitos humanos?
Geralmente quem questiona amplamente esses direitos são pessoas que
têm acesso a eles. Então trata-se, pensando nosso país, de falta de
empatia e exercício de alteridade (pensar no outro e a partir do ponto de
vista do outro).

7. Pode se dizer que as constituições atuais são moldadas


com base nos direitos humanos?
Da maior parte dos países, quando a constituição foi feita após 1948,
acredito que sim. Temos casos de países sem constituição ou com leis
fundamentais frágeis (pensando democraticamente). Mas dos países
ocidentais ou mais conhecidos de nós, creio que a grande maioria esteja
ajustada à Declaração
“A desigualdade dos direitos é a
primeira condição para que haja
direitos.”
FRIEDRICH WILHELM NIETZSCHE
“Todas as pessoas nascem livres e iguais em
dignidade e direitos. São dotadas de razão e
consciência e devem agir em relação umas às
outras com espírito de fraternidade.”
Art. 1 Declaração Universal dos Direitos Humanos

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