A matriz energética da região Sudeste do Brasil é dominada por combustíveis fósseis, em particular gás natural. Isso reflete a grande produção de petróleo na região, responsável por cerca de 90% da produção nacional. Embora outras fontes como hidrelétrica, nuclear e biomassa também contribuam, os combustíveis fósseis causam impactos ambientais, de saúde e nas mudanças climáticas. Uma transição para fontes renováveis é necessária para promover o desenvolvimento sustentável da região.
A matriz energética da região Sudeste do Brasil é dominada por combustíveis fósseis, em particular gás natural. Isso reflete a grande produção de petróleo na região, responsável por cerca de 90% da produção nacional. Embora outras fontes como hidrelétrica, nuclear e biomassa também contribuam, os combustíveis fósseis causam impactos ambientais, de saúde e nas mudanças climáticas. Uma transição para fontes renováveis é necessária para promover o desenvolvimento sustentável da região.
A matriz energética da região Sudeste do Brasil é dominada por combustíveis fósseis, em particular gás natural. Isso reflete a grande produção de petróleo na região, responsável por cerca de 90% da produção nacional. Embora outras fontes como hidrelétrica, nuclear e biomassa também contribuam, os combustíveis fósseis causam impactos ambientais, de saúde e nas mudanças climáticas. Uma transição para fontes renováveis é necessária para promover o desenvolvimento sustentável da região.
Matriz energética do Sudeste e o desenvolvimento da região
A energia é crucial, tendo em vista que seu aproveitamento permitiu alavancar o
desenvolvimento humano desde otimizar a preparação de alimentos através do fogo até a possibilidade de construir ferramentas. Isso permite o desenvolvimento económico, os avanços tecnológicos e a melhoria dos padrões de vida. No entanto, diferentes matrizes energéticas têm impactos ambientais econômicos e sociais variados e os combustíveis fósseis tradicionais contribuem para a poluição do ar e da água, agravam as alterações climáticas e representam riscos para a saúde, fazendo com que uma transição energética seja necessária. O presente trabalho busca discutir as implicações da matriz energética da região Sudeste do Brasil no território e promover uma reflexão acerca de seus impactos. A perspectiva de uma transição energética iminente demanda tal análise, fazendo com que o exercício de refletir sobre a matriz energética possuam não apenas um viés de atender as necessidades atuais, mas também de não prejudicar no atendimento de necessidades futuras, que é o ponto central do concento de sustentabilidade. No que se refere a matriz energética da região Sudeste, podemos observar um predomínio da matriz fóssil, com o gás sendo predominante com 37% da fatia na matriz. Esses dados refletem a predominância que a região possui na produção de petróleo, com cerca de 90% da produção nacional. Ainda existe uma boa fatia para demais fontes de produção, dentre as quais se destacam a hídrica (21%), a nuclear (14%) e a de biomassa (14%). Todas essas fontes geram impacto na região, mas se destaca a matriz fóssil por gerar impacto sendo a principal fonte, mas também por possuir toda uma cadeia de produção de combustíveis fósseis, com todo o complexo petroquímico se estendendo na região e, desta forma, a região participa do início ao fim dessa cadeia produtiva. Toda essa atividade e sua consequente transformação do território tem implicações em diversos âmbitosa. Destacamos inicialmente o econômico, tendo em vista que algumas áreas do Sudeste que possuem grande quantidade da geração de emprego e renda oriundas direta ou indiretamente da economia do petróleo. Além disso, governos estaduais e municipais aproveitam os royalties e demais recursos provenientes dessa atividade para o investimento em seus territórios, chegando até a possuir uma grande dependência desses recursos financeiros. A área ambiental foi impactada por toda essa transformação que causou uma intensificação no processo de urbanização. Outro impacto sentido se dá em razão das emissões que, no caso dos gases de efeito estufa, geram o aquecimento global e as mudanças climáticas que impactam todo o planeta e que, por sua vez, geram eventos climáticos de calor extremo, tempestades e secas cada vez mais intensos e frequentes que atingem essa região. No caso das emissões poluentes através, por exemplo, do transporte e atividades industriais, podemos diferenciar esse impacto tendo em vista que essas atividades se localizam próximas da população e acabam por impactar na saúde dessas pessoas de forma mais intensa. Por fim, temos o impacto gerado por derramamentos de petróleo, como o que ocorreu em 2000 na Baia de Guanabara e gerou um grande impacto nesse ecossistema. A área social também acaba sendo impactada por essa atividade, devido a geração de emprego e renda que promoveu um fluxo migratório de pessoas para atuar profissionalmente na indústria petroquímica ou em empresas que dão suporte a essa atividade, causando uma mudança demográfica na região. Governos também puderam realizar programas promovem a melhoria da oferta de serviços como saúde e educação, pela transformação do território. Mas o impacto ambiental também promoveu e promove danos a saúde da população e até mesmo a realização de suas atividades, como foi no caso dos pescadores e marisqueiros da Baia de Guanabara. A partir desses dados, podemos observar o papel fundamental da atividade petrolífera que se destaca na matriz energética da região Sudeste, pela fatia de participação na matriz mas principalmente por toda a cadeia produtiva existente na região e seu consequente impacto na região, seja de forma positiva ou negativa. A transição energpetica é um grande desafio não apenas em razão da transformação exigida e das particularidades existentes das fontes renováveis de energia, mas também porque gera a transformação de outros aspectos sociais, ambientais e econômicos que devem ser considerados. Isso é especialmente importante quando vemos uma relação forte de dependência da região no setor energético, que pose sofrer ao não se preparar para o declínio da indústria petrolífera sem ter uma alternativa já preparada. Essa configuração demanda que os setores publicos e privados, além da sociedade civil, estejam atentos para que a preparação para essa transição esteja sendo adiantada, tendo em vista que a energia será necessária no futuro e que a região, principalmente nas áreas mais dependentes, precisa fomentar alternativas que promovam uma realidade da matriz energética que viabilize o desenvolvimento da região nas diferentes dimensões da sustentabilidade.