Universidade Estadual do Maranhão

Núcleo de Tecnologias para Educação

Curso de Licenciatura em Música

EDSON MENDES DE OLIVEIRA

Atividade:

Resenha crítica sobre a “Identidade e diversidade na educação musical” –

Um olhar musical sem barreiras.

Presidente Dutra

2021
Resenha crítica sobre a “Identidade e diversidade na educação musical” –
Um olhar musical sem barreiras.

SANDRONI, Carlos. Identidade e Diversidade

na Educação Musical. In: A Música na Escola. pp. 132-133.

O autor do texto Carlos Sandroni é compositor, musico, violonista e

escritor, sendo ele mestre em ciência política pela IUPERJ, publicou vários
artigos em diferentes revistas. Na frança no ano de 1997 defendeu a tese de
doutorado em musicologia na universidade François Rebelais de Tour e em
2001 lançou o livro “Feitiço Decente: Transformações do samba no Rio de
janeiro 1917-1933” sendo ele uma tese resumida de seu doutorado. Em
Pernambuco passou a atuar como professor de Etnomusicologia no
departamento de musica e Antropologia da universidade federal de
Pernambuco. Carlos Sandroni atuou como violonista em shows, onde
acompanhava sua irmã, a cantora Clara Sandroni,alem de firmar varias
parcerias com outros artistas ao longo de sua carreira, e compor varias
canções entre elas “Pão doce” e “Rude Franqueza”.
O Texto em questão levanta um questionamento a respeita da educação
musical e a sua identidade que outrora eram metodologia europeia, uma
metodologia musical que era ensinada nos conservatórios e que no passar do
tempo foram dividindo espaço com outros estilos e linguagens, não sendo mais
possível assegurar apenas um estilo musical artístico. Embora a música
europeia exija do musico uma técnica e domínio maior para uma boa
interpretação, o mesmo ocorre nas novas tendências musicais, só que de uma
maneira mais sucinta. Abrir um legue maior de conhecimentos sobre outros
estilos musicais, não caracteriza o abandono da identidade musical de
determinado lugar, e sim uma busca por concepções diferentes sobre o ser
musico e apreciação da musica.
Por muito tempo imperou um estilo de musica técnica ensinada em
instituições e conservatórios de musica, onde hoje em dia não mais se mantém
única, em um contexto mais amplo, o conceito de musica popular tem ganhado
espaço e difundido um campo de conhecimento maior para estudar novos
estilos musicais. Essa nova linguagem não implica no abandono de uma
identidade musical do musico, mas um agregador de conhecimento. Mas fica
um questionamento a respeito da nossa musica tradicionais, sendo elas de
formação informal e tendo uma grande diversidade, com isso o entrave de
institucionalizar esse estilo de musica. Mas pode-se notar que a troca de
conhecimento pode ocorrer em ambas às partes, os ditos “letrados” e
“analfabetos” podem andar de mãos dadas na busca de transmitir
conhecimentos.
A importante contribuição contida no texto revela o quanto a musica e
seu ensinamento em diversidade, pode alavancar um entendimento maior em
relação à metodologia empregada em musica popular e oral. Embora tudo isso
venha a contribuir para o desenvolvimento do ensino musical, é importante
atenta-se para uma apreciação mais valorosa das ditas musicas tradicionais,
onde ainda estão distante de muitas instituições, e que poderia contribuir para
romper algumas linhas de ensino que imperam com seus planos didáticos.
Uma educação musical onde emprega a busca do saber por novas
técnicas e estilos é um olhar musical sem barreira, uma identidade contida no
musico, o define acerca da sua musicalização, algo formado a partir de suas
raízes culturais e regionais. Segundo Anthony Giddens (2005), a identidade de
cada um, passa por “processo de autodesenvolvimento”, que possibilita a “(...)
formulação de um sentido único de nós mesmos e de nossa relação com o
mundo à nossa volta (...)”.
A diversidade na educação musical é pra se tornar uma experiência de
conhecimento em um contexto abrangente de diversos estilos musicais e
culturais, não sendo assim subjulgadas e nem subestimadas, não havendo
separação e sim o respeito entre si.
(...) a educação não pode ser separa-se nos debates (...)
ao mesmo tempo a compreensão e o respeito pelo
diferente e pela diversidade são dimensões fundamentais
do processo educativo. (BRAGA; SILVEIRA, 2007, grifos
meus).

 REFERÊNCIAS
https://dicionariompb.com.br/carlos-sandroni/biografia

GIDDENS, ANTHONY. Sociologia. Porto Alegre: Ed. Artmed, 2005, pp.38-45, 207.

BRAGA, Maria Lúcia de Santana; SILVEIRA,

Maria Helena Vargas da (orgs.). O Programa

Diversidade na Universidade e a construção de

uma política educacional anti-racista. Brasí-

lia: Secretaria de Educação Continuada, Al-

fabetização e Diversidade (Secad); Organiza-

ção das Nações Unidas para a Educação, a

Ciência e a Cultura (UNESCO), 2007.