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Ey Guiafiscal2023 3jul
Ey Guiafiscal2023 3jul
2023
Guia Fiscal 2023
Índice
5 Informação fiscal 90 Benefícios fiscais ao investimento 102 Normas internacionais
13 Domicílio fiscal de natureza contratual de contabilidade (NIC)
14 Imposto sobre o rendimento 91 Dedução por lucros retidos 105 Conta bancária e meios de pagamento
das pessoas singulares (IRS) e reinvestidos 105 Comunicação de contas no estrangeiro
47 Taxas de tributação autónoma (IRS) 92 Região Autónoma dos Açores 106 Benefícios fiscais
48 Pagamentos por conta (IRS) 92 Região Autónoma da Madeira 126 Incentivos à reabilitação urbana
49 Imposto sobre o rendimento 92 Desvalorizações excecionais 128 Fundos de investimento imobiliário
das pessoas colectivas (IRC) de elementos do ativo imobilizado para arrendamento habitacional
77 Taxas de tributação autónoma (IRC) 93 Medidas de apoio ao transporte (FIIAH) e sociedades de investimento
rodoviário de passageiros imobiliário para arrendamento
79 Pagamentos por conta (IRC) e de mercadorias habitacional (SIIAH)
80 Pagamentos adicionais por conta 94 Incentivo fiscal temporário às ações 130 Benefícios fiscais à utilização das
(Derrama Estadual e Derrama de eficiência coletiva na promoção terras agrícolas, florestais
Regional) externa e silvopastoris e à dinamização
80 Pagamento especial por conta 96 Apoio extraordinário à implementação da «Bolsa de Terras»
81 Dupla tributação internacional do ficheiro SAF-T (PT) e código QR 132 Programa Semente
82 Amortização/depreciação 97 Regime extraordinário de apoio a 134 Programa de arrendamento acessível
de intangíveis, propriedades encargos suportados com eletricidade e programas municipais de oferta para
de investimento e ativos biológicos e gás arrandamentohabitacional a custos
não consumíveis 98 Regime extraordinário de apoio a acessíveis
82 Regime de propriedade industrial encargos suportados na produção 134 Despesas com Certificação Biológica
83 Donativos fiscalmente dedutíveis agrícola de Explorações
86 Sistema de Incentivos Fiscais em 99 Remuneração convencional do capital 134 Vales sociais
Investigação e Desenvolvimento social (“RCCS”) 135 Imposto sobre produção de petróleo
Empresarial II (SIFIDE II) 100 Regime fiscal de incentivo (IPP), renda de superfície (RS) e taxas
87 Incentivo Fiscal à recuperação (IFR) à capitalização das empresas 136 ENMC — Entidade Nacional
88 Regime Fiscal de Apoio 101 Entidades sujeitas a regime fiscal para o Mercado de Combustíveis,
ao Investimento (RFAI) privilegiado E.P.E.
137 Regime especial de determinação da 206 Operações de reestruturação 232 Contribuição extraordinária
matéria coletável com bases e acordos de cooperação sobre o sector energético
na tonelagem de navios 206 Empresas em situação 233 Contribuição sobre a indústria
e embarcações, bem como regime económica difícil farmacêutica
fiscal e contributivo aplicável aos
tripulantes 207 Benefícios emolumentares e fiscais 234 Contribuição extraordinária sobre
nos termos do Código da Insolvência os fornecedores da indústria de
141 Imposto especial de jogo (IEJ) e da Recuperação de Empresas dispositivos médicos do serviço
142 Imposto especial sobre jogo online 208 Juros decorrentes de contratos nacional de saúde (SNS)
(IEJO) de empréstimos sob a forma 235 Contribuição sobre os sacos
143 Imposto sobre o valor acrescentado de obrigações denominadas em de plástico leves
(IVA) renminbi 236 Contribuição especial para
156 Impostos especiais de consumo (IEC) 209 Declarações fiscais a conservação
166 Imposto sobre veículos (ISV) 213 Obrigações contabilísticas dos recursos florestais
174 Imposto único de circulação (IUC) — entidades residentes em Portugal 238 Contribuições de solidariedade
216 Certificação de programas temporárias sobre os setores da
176 Taxa devida ao INFARMED energia (cst energia) e da distribuição
de faturação
176 Contribuição para o audiovisual alimentar (cst distribuição alimentar)
217 Comunicação dos elementos – períodos de tributação
177 Taxas da Segurança Social das faturas de 2022 e 2023
184 Remuneração mínima mensal 218 Comunicação de inventários
garantida (RMMG) 240 Caixa postal electrónica
e indexante dos apoios sociais (IAS) 219 Imposto do selo 241 Regime de comunicação de
185 Juros compensatórios e juros de mora 224 Coimas por contra-ordenações informações financeiras/Troca
tributárias automática de informações obrigatória
185 Taxa devida ao INEM no domínio da fiscalidade
228 Prazos de caducidade e de prescrição
186 Taxas de retenção na fonte 242 Mecanismos de assistência mútua
229 Informações vinculativas
195 Imposto municipal sobre as e cooperação administrativa
transmissões onerosas de imóveis 230 Contribuição extraordinária intracomunitária − Procedimento
(IMT) sobre o sector bancário de Inspeção Tributária
199 Imposto municipal sobre imóveis (IMI) 231 Adicional de solidariedade sobre 242 Mandatory Reporting Regime (MDR)
o setor bancário Contribuição
204 Adicional ao IMI extraordinária sobre o sector energético
O Guia Fiscal 2023 da EY resume as principais normas
do regime fiscal Português tal como ele deverá estar
em vigor a partir de 1 de janeiro de 2023. O conteúdo
baseia-se na legislação publicada até 31 de novembro
de 2022, e foi elaborado pelos profissionais de
fiscalidade da EY em Portugal.
(a) Ainda não foram cumpridas todas as formalidades exigidas para entrar em vigor.
social, qualificadas como pensões, • As importâncias despendidas pelos • Esta dedução é aplicável também no
sempre que o respetivo montante de sujeitos passivos que desenvolvam âmbito do regime simplificado e do
capital não possa ser discriminado, profissões de desgaste rápido – regime de contabilidade organizada da
considera-se que apenas 15% do valor praticantes desportivos, mineiros Categoria B.
é sujeito a tributação. e pescadores – na constituição de
seguros de doença, de acidentes
pessoais e de seguros de vida, bem
como as contribuições pagas a
associações mutualistas, que garantam
exclusivamente os riscos de morte,
invalidez ou reforma por velhice, neste
último caso desde que o benefício seja
garantido após os 55 anos de idade, são
integralmente dedutíveis ao respetivo
rendimento, desde que não garantam
o pagamento, e este se não verifique,
de qualquer capital em vida durante os
primeiros 5 anos, com o limite de 5 vezes
o IAS (€ 2.202,15, em 2023).
• O resultado líquido negativo apurado Categoria F em pelo menos 36 meses autónomos, determinado tipo de
em cada uma das Categorias é apenas durante um período de 5 anos após o ano certificados e criptoativos, bem como
dedutível ao resultado líquido positivo em que tais gastos foram incorridos. à cessão onerosa de créditos, prestações
da mesma Categoria e relativamente ao suplementares e prestações acessórias,
mesmo titular de rendimentos. • A percentagem do saldo negativo pode ser reportado para os 5 anos seguintes
apurada com a transmissão de bens aos rendimentos da mesma natureza,
• O resultado líquido negativo apurado na imóveis, com a afetação de bens da quando se opte pelo englobamento
Categoria B pode ser reportado para os esfera pessoal à esfera empresarial ou haja englobamento obrigatório.
12 anos seguintes àquele a que respeita, ou profissional, com a transmissão de
sendo este período reduzido para 5 direitos da propriedade intelectual ou • Verificando-se a determinação de
anos a partir de 2017. Ao rendimento industrial ou de know-how, por titular não acréscimos patrimoniais não justificados,
tributável determinado no âmbito do originário, bem como da cessão onerosa mediante aplicação de mecanismos de
regime simplificado podem ser deduzidos de posições contratuais ou outros direitos avaliação indireta, incluindo em resultado
os prejuízos fiscais apurados em períodos inerentes a contratos relativos a bens de manifestações de fortuna, não há
anteriores àquele em que se iniciar a sua imóveis, só pode ser reportada para os 5 lugar à dedução de perdas apuradas
aplicação. anos seguintes àquele a que respeita. em qualquer Categoria de rendimentos,
embora essas perdas possam ser
• O resultado líquido negativo apurado na • O saldo negativo apurado num reportadas para anos seguintes.
Categoria F pode ser reportado para os determinado ano, relativo a partes
6 anos seguintes àquele a que respeita, sociais, valores mobiliários, operações • Relativamente às perdas verificadas até
exceto quando os prédios a que os gastos relativas a instrumentos financeiros 2014, inclusive, continuam a aplicar-se as
respeitam não gerem rendimentos da derivados, operações relativas a warrants regras que se encontravam em vigor até
31 de dezembro de 2014.
• € 600 por cada dependente ou • Nas situações de divórcio, separação ou não seja possível apurar a sua
afilhado civil que não seja sujeito judicial de pessoas e bens, declaração residência habitual.
passivo, acrescido de € 126 no caso de de nulidade ou anulação do casamento
dependentes com idade igual ou inferior a em que se verifique o exercício em
3 anos com referência a 31 de dezembro. comum por ambos os progenitores
Quando exista mais de um dependente, das responsabilidades parentais
acresce € 300 e € 150, respetivamente, relativas aos filhos, os dependentes
para o segundo dependente e seguintes são considerados como integrando:
(com idade igual ou inferior a 6 anos até (i) o agregado do progenitor a que
31 de dezembro), independentemente da corresponder a residência determinada
idade do primeiro dependente. De notar no âmbito da regulação do exercício
que as deduções mencionadas não são das responsabilidades paternais ou
cumulativas. (ii) o agregado do progenitor com o
qual o dependente tenha identidade
• € 525 por cada ascendente que não de domicílio fiscal no último dia do
aufira rendimento superior à pensão ano a que respeita o imposto, quando,
mínima do regime geral e viva em no âmbito da regulação do exercício
economia comum (acrescido de € 110 no das responsabilidades paternais, não
caso de existir apenas um ascendente). tiver sido determinada a sua residência
• 35% do valor suportado, com o limite de € 250 por cada sujeito riscos de saúde, relativas a qualquer elemento do agregado
passivo, que conste de faturas comunicadas à Autoridade familiar, na parte que não seja comparticipada.
Tributária e Aduaneira ou emitidas no Portal das Finanças,
• A dedução referente a despesas de saúde e seguros de saúde
exceto quando respeitantes a atividades que permitam
está limitada a € 1.000, encontrando-se ainda dependente da
deduções à coleta referentes a despesas de saúde, despesas de
comunicação à Autoridade Tributária e Aduaneira ou emissão no
educação e formação e encargos com imóveis.
Portal das Finanças (ou comunicação pelo sujeito passivo através
• No caso de famílias monoparentais, a dedução é de 45% e com do Portal das Finanças quando realizadas fora do território
o limite de € 335. nacional).
• As pessoas singulares que sejam sujeitos passivos de IVA • As pessoas singulares que sejam sujeitos passivos de IVA apenas
apenas podem beneficiar do incentivo quanto às faturas que podem beneficiar do incentivo quanto às faturas que titulem
titulem operações efetuadas fora do âmbito da sua atividade operações efetuadas fora do âmbito da sua atividade empresarial
empresarial ou profissional. ou profissional.
• 15% das importâncias despendidas a título de despesas de saúde • 30% das importâncias elegíveis despendidas, referentes
isentas de IVA ou sujeitas à taxa reduzida (incluindo a aquisição a qualquer elemento do agregado familiar, com o limite de
de máscaras de proteção respiratória e de gel desinfetante € 800, comunicadas à Autoridade Tributária e Aduaneira ou
cutâneo, enquanto a sua transmissão estiver sujeita à taxa emitidas no Portal das Finanças (ou comunicadas pelo sujeito
reduzida do IVA), incluindo prémios de seguros ou contribuições passivo através do Portal das Finanças quando realizadas fora
pagas a associações mutualistas que cubram exclusivamente do território nacional). O limite aumenta para € 1.000 quando a
diferença resulte de despesas – com um valor máximo de
€ 300 – decorrentes do arrendamento de imóvel ou parte de • 20% das importâncias comprovadamente suportadas e não
imóvel no caso de estudantes até 25 anos que (i) frequentem reembolsadas respeitantes a encargos devidos em resultado de
estabelecimentos de ensino integrados no sistema nacional sentença judicial ou acordo homologado nos termos da lei civil,
de educação ou reconhecidos como tendo fins análogos pelos salvo nos casos em que o beneficiário faça parte do mesmo
ministérios competentes, ou por entidades reconhecidas pelos agregado familiar ou relativamente ao qual estejam previstas
ministérios que tutelam a área da formação profissional e (ii) deduções à coleta.
se encontrem deslocados a uma distância superior a 50 Km da
residência permanente do agregado familiar.
Encargos com lares
•N ão são dedutíveis as despesas de educação até ao montante
• 25% dos encargos com apoio domiciliário, lares e instituições de
do reembolso efetuado no âmbito de um PPE.
apoio à 3ª idade relativos aos sujeitos passivos, bem como dos
• As pessoas singulares que sejam sujeitos passivos de IVA apenas encargos com lares e residências autónomas para pessoas com
podem beneficiar do incentivo quanto às faturas que titulem deficiência, seus dependentes, ascendentes e colaterais até ao
operações efetuadas fora do âmbito da sua atividade empresarial 3º grau que não aufiram rendimentos superiores à retribuição
ou profissional. mínima mensal, com o limite de € 403,75.
• No caso de estudantes que frequentem estabelecimentos
• As pessoas singulares que sejam sujeitos passivos de IVA
de ensino situados em território do interior identificado em
apenas podem beneficiar do incentivo quanto às faturas que
portaria, ou em estabelecimentos de ensino situados nas Regiões
titulem operações efetuadas fora do âmbito da sua atividade
Autónomas, é aplicável uma majoração de 10 pontos percentuais
empresarial ou profissional.
ao valor suportado a título de despesas de educação e formação,
sendo o limite global elevado para € 1.000 quando a diferença
seja relativa a estas despesas
• 15% dos encargos com juros de dívidas contraídas no âmbito real de habitação duradoura no ano em que tais importâncias sejam
de contratos de empréstimo, prestações devidas em resultado tributáveis como rendimento do proprietário, com limite de € 502.
de contratos celebrados com cooperativas de habitação ou no O limite é elevado nos seguintes termos:
âmbito do regime de compras de grupo e rendas pagas no âmbito
de contratos de locação financeira imobiliária, em todos os casos Escalão de rendimento colectável Limite
para contratos celebrados até 31.12.2011, para aquisição de Até €7.479 €800
habitação própria permanente, ou arrendamento para habitação €502 + [€298 x
permanente do arrendatário (exceto no caso de locação Entre €7.479 e €30.000 (€30.000 – rendimento coletável)
financeira imobiliária), com exceção das amortizações para ÷ €22.521]
movimentação dos saldos das contas poupança habitação, com
limite de € 296. O limite é elevado nos seguintes termos: • O limite da dedução é elevado para € 1.000 durante três anos, sendo
o primeiro o da celebração do contrato, no caso de os encargos com
Escalão de rendimento colectável Limite rendas resultarem da transferência da residência permanente para
um território do interior identificado em portaria.
Até €7.479 €450
€296 + [€154 x
Entre €7.479 e €30.000 (€30.000 – rendimento coletável) • Os imóveis poderão estar localizados em Portugal, noutro
÷ €22.521] estado-membro da U.E. ou no Espaço Económico Europeu, desde
que, neste último caso, exista intercâmbio de informações.
• 15% dos encargos com rendas pagas por habitação permanente
referentes a contratos de arrendamento celebrados ao abrigo do • As pessoas singulares que sejam sujeitos passivos de IVA apenas
R.A.U. (Decreto-Lei n.º 321-B/90, de 15 de outubro) ou do N.R.A.U. podem beneficiar do incentivo quanto às faturas que titulem operações
(Lei n.º 6/2006, de 27 de fevereiro), bem como a contratos de direito efetuadas fora do âmbito da sua atividade empresarial ou profissional
• 15% do IVA (35% no caso de medicamentos e atividades de ginásio – fitness. • É dedutível à coleta do IRS o menor valor
de uso veterinário) suportado por qualquer • Medicamentos de uso veterinário. entre o imposto pago no estrangeiro, tendo
elemento do agregado familiar que conste em conta a CDT aplicável, e a fração da coleta
• É ainda dedutível, concorrendo para o
de faturas com o número de identificação do IRS correspondente aos rendimentos
limite acima mencionado, 100% do IVA
fiscal do sujeito passivo que titulem líquidos (de deduções específicas) obtidos e
suportado com a aquisição de passes
prestações de serviços comunicadas à tributados no estrangeiro.
mensais ou bilhetes para utilização de
Autoridade Tributária e Aduaneira, com o
transportes públicos coletivos, bem como • O crédito de imposto por dupla tributação
limite global de € 250. A declaração anual de
com a aquisição de assinaturas de internacional poderá ser reportado por um
IRS deverá ser entregue nos prazos legais.
publicações periódicas (jornais e revistas), período de 5 anos, sempre que o crédito não
• Para o efeito, são relevantes as faturas incluindo digitais, sujeitas à taxa reduzida seja utilizado devido a insuficiência de coleta no
relativas às seguintes prestações de serviços: de IVA. ano em que o rendimento de fonte estrangeira
• Manutenção e reparação de veículos é obtido e incluído na base tributável.
• As pessoas singulares que sejam
automóveis;
sujeitos passivos de IVA apenas podem • Os rendimentos obtidos no estrangeiro e isentos
• Manutenção e reparação de motociclos,
beneficiar do incentivo quanto às faturas por força de uma CDT são obrigatoriamente
de suas peças e acessórios;
que titulem operações efetuadas fora do englobados para efeitos de determinar a taxa
• Alojamento, restauração e similares;
âmbito da sua atividade empresarial ou aplicável aos restantes rendimentos.
• Atividades de salões de cabeleireiro
profissional.
e institutos de beleza;
• Não haverá direito a crédito de imposto por
• Atividades veterinárias, incluindo a • O benefício pode ser atribuído à mesma
dupla tributação internacional relativamente
aquisição de medicamentos veterinários, entidade religiosa, pessoa coletiva
aos rendimentos obtidos no estrangeiro quando,
concorrendo para o limite um montante de utilidade pública, instituição de
por força de uma CDT celebrada por Portugal,
correspondente a 22,5% do IVA suportado; solidariedade social ou organização não-
seja aplicado o método do crédito de imposto
• Ensinos desportivo e recreativo, -governamental de ambiente escolhida para
no Estado da fonte.
atividades dos clubes desportivos efeitos de consignação da quota do IRS.
Guia Fiscal 2023 33
Adicional ao IMI Deduções à coleta relativas a benefícios fiscais
• É dedutível à coleta do IRS, até à Planos Poupança-Reforma (PPR)
concorrência da respetiva fração
correspondente aos rendimentos • 20% dos valores aplicados em PPR, fundos de pensões e outros regimes
imputáveis a prédios urbanos sobre os complementares de segurança social, incluindo os disponibilizados por associações
quais incida o adicional ao IMI. Para o mutualistas, que garantam exclusivamente o benefício de reforma, complemento de
efeito, são considerados os rendimentos reforma, invalidez ou sobrevivência, com o limite: (i) de € 400 por sujeito passivo com
da Categoria F e rendimentos da idade inferior a 35 anos, (ii) de € 350 por sujeito passivo com idade entre 35 e 50
Categoria B decorrentes da atividade anos ou (iii) de € 300 por sujeito passivo com idade superior a 50 anos.
de arrendamento ou hospedagem.
• Não são dedutíveis à coleta os valores aplicados pelos sujeitos passivos após a data
• Esta dedução não se encontra de passagem à reforma ou que constituam encargos da Categoria B.
abrangida pelo limite global
às deduções à coleta.
Regime público de capitalização
• 20% dos valores aplicados em contas individuais geridas em regime público
de capitalização, com o limite de € 350 por sujeito passivo com idade superior
a 35 anos e de € 400 por sujeito passivo com idade inferior a 35 anos.
(1) Aplica-se uma redução de 30% para os rendimentos coletáveis correspondentes ao 1.º escalão, de 25% para o 2.º e 3.º
escalões e de 20% para os restantes, bem como de 20% nas taxas de retenção e nas taxas de tributação autónoma.
•R
estantes mais-valias e outros rendimentos não imputáveis a estabelecimento estável
e não sujeitos a retenção na fonte a taxas liberatórias 28% (2) (3)
(1) Os sujeitos passivos residentes noutro estado-membro da U.E. ou do Espaço Económico Europeu, desde que, neste último caso, exista intercâmbio de informação
em matéria fiscal, podem solicitar o reembolso, total ou parcial, do IRS retido e pago relativamente a rendimentos do trabalho, royalties e rendimentos decorrentes da
prestação de serviços (incluindo relativamente a artistas e desportistas) na parte que exceda o IRS que resultaria da aplicação das taxas previstas para os sujeitos passivos
residentes em Portugal, sendo ainda de considerar os encargos direta e exclusivamente relacionados com a obtenção desses rendimentos, incluindo a dedução prevista
para os rendimentos do trabalho. Para efeitos de determinação da taxa aplicável serão considerados todos os rendimentos, incluindo os obtidos no estrangeiro.
A apresentação de requerimento de reembolso implicará a comunicação ao país de residência sobre o teor do pedido e montante.
(2) A taxa é de 35% quando os rendimentos sejam pagos ou colocados à disposição em contas abertas em nome de um ou mais titulares mas por conta de terceiros não
identificados, exceto quando seja identificado o beneficiário efetivo. A taxa é também de 35% quando os rendimentos de capitais são devidos por entidades não residentes
sujeitas a um regime fiscal privilegiado ou são pagos a essas entidades.
(3) A partir de 1 de janeiro de 2023, o saldo entre as mais-valias e menos-valias resultantes de partes sociais, estruturas fiduciárias, títulos de dívida e unidades de
participação, é obrigatoriamente englobado quando resulte de ativos detidos por um período inferior a 365 dias e o sujeito passivo tenha um rendimento coletável,
incluindo este saldo, igual ou superior a € 75.009.
• O limite de idade pode ser estendido até aos 30 anos, inclusive, no caso de o ciclo
de estudos corresponder ao nível 8, conforme estrutura fixada pelo Quadro Nacional
de Qualificações.
• A referida isenção só pode ser utilizada uma vez pelo mesmo contribuinte.
• Região Autónoma dos Açores (R.A.A.) (2) (5) (8) (9) 14,7% (70% da taxa normal)
• Existência de um conjunto de restrições • As perdas resultantes da dissolução/ • Regra geral, o valor determinado para
à dedução de perdas e menos-valias liquidação de entidades participadas, efeitos de IMT será considerado para
resultantes da transmissão onerosa de ainda que decorrentes de partes sociais apuramento de mais-valias ou ganhos
partes sociais, incluindo a sua remissão detidas há mais de 4 anos, não são decorrentes da alienação de imóveis,
e amortização com redução de capital, dedutíveis fiscalmente: (i) em montante caso seja superior ao valor declarado
nomeadamente quando a entidade seja equivalente ao dos prejuízos fiscais da transação.
residente em país, território ou região transmitidos no âmbito do RETGS ou
com regime fiscal claramente mais (ii) caso a entidade participada seja • O contribuinte pode apresentar um
favorável. residente em país, território ou região pedido a contestar o valor patrimonial
com regime fiscal claramente mais tributário determinado, mediante prova
• Não são dedutíveis fiscalmente as favorável. Por outro lado, caso o sócio de que o preço efetivamente praticado
menos-valias e as perdas relativas a ou outra entidade relacionada passe nas transmissões de direitos reais sobre
partes sociais, na parte que corresponda a exercer a atividade da sociedade bens imóveis foi inferior a esse valor,
a lucros distribuídos e a mais-valias liquidada nos 4 anos seguintes, a perda caso em que a Autoridade Tributária e
realizadas, no período de tributação ou antes deduzida será tributada com uma Aduaneira poderá aceder à informação
nos últimos 4 períodos de tributação, majoração de 15%. bancária do requerente e dos respetivos
que tenham beneficiado de uma administradores ou gerentes referente ao
exclusão de tributação ou do crédito exercício em que ocorreu a transmissão
indireto de imposto por dupla tributação e ao exercício anterior, devendo ser
internacional. anexados ao pedido os correspondentes
documentos de autorização.
• Aplicável aos sujeitos passivos – que, entre outras condições, • Para beneficiar da dedução de prejuízos fiscais, o sujeito passivo
sejam micro, pequenas ou médias empresas ou empresas adquirente deve indicar o início de aplicação do regime e o
de pequena-média capitalização – que adquiram até 31 de montante anual dos prejuízos vigentes da sociedade adquirida na
dezembro de 2020 participações sociais representativas, direta primeira declaração modelo 22 submetida após a data de aquisição
ou indiretamente, da maioria do capital com direito de voto em da participação social, bem como a percentagem de participação
micro, pequenas ou médias empresas que sejam consideradas a considerar na declaração modelo 22 relativa a cada período
empresas em dificuldade. As condições de elegibilidade devem de tributação. A sociedade adquirida deve indicar, na primeira
ser integradas no processo de documentação fiscal. declaração modelo 22 submetida após a data de aquisição,
o respetivo consentimento da transmissão de prejuízos.
• Os prejuízos fiscais da sociedade adquirida à data da aquisição da
• Entre outras condições, este benefício apenas pode ser utilizado se:
participação social podem ser transmitidos e deduzidos ao lucro
• Não forem distribuídos lucros pela sociedade adquirida durante
tributável do sujeito passivo adquirente (até 50% do respetivo
3 anos contados da data de produção de efeitos do presente
montante em cada exercício), na proporção da sua participação
benefício;
no capital social, sujeito ao período de reporte de prejuízos
• A participação social seja mantida na sociedade adquirida
fiscais contado a partir do período a que os mesmos se reportam
ininterruptamente por um período não inferior a 3 anos; e
na sociedade adquirente.
• A sociedade adquirida não cesse contratos de trabalho durante
3 anos, contados da data de produção de efeitos do presente
benefício, ao abrigo das modalidades de despedimento coletivo
ou despedimento por extinção do posto de trabalho.
os factos e circunstâncias relevantes verificados nesses períodos • As entidades residentes encontram-se obrigadas a apresentar
sejam idênticos ou similares e, à data da celebração do acordo, uma declaração de informação financeira e fiscal, numa base
não tenham decorrido mais de 2 anos após o prazo previsto para anual, por país ou por jurisdição, sempre que verifiquem
a respetiva entrega. cumulativamente as seguintes condições:
• Estejam abrangidas pela obrigação de elaboração
• Sempre que as operações com entidades relacionadas incluam de demonstrações financeiras consolidadas;
entidades residentes num país com CDT e se pretenda que o • Detenham ou controlem, direta ou indiretamente, uma ou mais
acordo tenha um carácter bilateral ou multilateral, o pedido de entidades cuja residência fiscal ou estabelecimento estável
acordo prévio sobre preços de transferência deverá solicitar que esteja localizado em países distintos, ou nestes possuem um
o mesmo seja submetido às respetivas autoridades competentes ou mais estabelecimentos estáveis;
no quadro de procedimento amigável a instaurar para o efeito. • O montante dos rendimentos apresentado nas demonstrações
No caso de se verificarem correções em sede de preços de financeiras consolidadas relativas ao último período
transferência, e por forma a evitar a dupla tributação, há a contabilístico de base anual anterior ao período de reporte
possibilidade de ajustamentos correlativos nos termos do Código seja igual ou superior a € 750.000.000;
do IRC ou da Convenção relativa à eliminação da dupla tributação • Não sejam detidas por uma ou mais entidades residentes
em caso de correção de lucros entre empresas associadas. obrigadas à apresentação desta declaração, ou por uma ou
mais entidades não residentes que apresentem, diretamente
ou através de entidade por si designada, idêntica declaração
num país com o qual esteja em vigor um acordo de troca
automática de informações dessa natureza.
• Os gastos financeiros, líquidos de rendimentos financeiros • Os montantes a reportar de períodos de tributação anteriores
de idêntica natureza, são dedutíveis até à concorrência poderão caducar no caso de se verificar a alteração de
do maior dos seguintes limites: titularidade de mais de 50% do capital social ou da maioria
• €1.000.000; ou dos direitos de votação, exceto quando a operação tenha sido
• 30% (25% no caso de sociedades que beneficiem da realizada por razões económicas válidas.
remuneração convencional do capital próprio) do resultado
antes de depreciações, gastos financeiros líquidos e impostos. • Para efeitos de determinação do resultado antes de
depreciações, gastos financeiros líquidos e impostos,
• Os gastos financeiros líquidos não dedutíveis num determinado considera-se o lucro tributável ou prejuízo fiscal sujeito e não
período de tributação podem ser reportados para efeitos de isento, adicionado dos gastos de financiamento líquidos e das
dedução durante os 5 períodos de tributação seguintes. depreciações e amortizações que sejam fiscalmente dedutíveis.
• Se os gastos financeiros líquidos forem inferiores a 30% do • No caso de entidades abrangidas pelo RETGS, é possível
resultado antes de depreciações, gastos financeiros líquidos e optar pela aplicação desta norma tendo em conta os gastos
impostos, a diferença acresce ao montante máximo dedutível de financiamento líquidos do grupo, sujeito a determinadas
em cada um dos 5 períodos de tributação seguintes, até ser condições e requisitos.
integralmente utilizada.
• Não são dedutíveis os montantes devidos a entidades não residentes sujeitas a um • Reconhecimento como proveito
regime fiscal claramente mais favorável, em função da localização ou da taxa nominal tributável, independentemente da
de tributação, ou cujo pagamento seja efetuado em contas abertas em instituições distribuição, dos lucros ou rendimentos
financeiras aí residentes ou domiciliadas, salvo se o sujeito passivo puder provar obtidos por entidades não residentes
que tais encargos correspondem a operações efetivamente realizadas e não têm sujeitas a um regime fiscal claramente
um carácter anormal ou um montante exagerado. mais favorável (localizadas em território
de tributação privilegiada constante de
• A não dedução é também aplicável às importâncias pagas ou devidas indiretamente Portaria ou o imposto efetivamente pago
às referidas entidades, quando o sujeito passivo tenha ou devesse ter conhecimento seja inferior a 50% do imposto que seria
do destino de tais importâncias, o que se presume verificado quando existam relações devido em Portugal), desde que o nível de
especiais entre o sujeito passivo e (i) a entidade não residente sujeita a um regime participação, direta ou indiretamente, no
fiscal claramente mais favorável ou (ii) o mandatário, fiduciário ou interposta pessoa capital, direitos de voto ou direitos sobre
que procede ao pagamento à referida entidade. rendimentos / elementos patrimoniais,
atinja pelo menos 25%, salvo se
verificadas determinadas condições.
• O sujeito passivo pode optar por um regime de isenção para a repartição dos gastos e perdas relacionados, quer com
relativamente a lucros provenientes de um estabelecimento a atividade dos estabelecimentos estáveis do sujeito passivo,
estável localizado no estrangeiro, sendo que, neste caso, quer com a atividade do próprio sujeito passivo.
as perdas apuradas pelo estabelecimento estável localizado
no estrangeiro também não serão dedutíveis, desde que o •E
ncontram-se também previstas as seguintes regras:
estabelecimento estável esteja sujeito a um dos impostos • Os lucros do estabelecimento estável localizado
listados na Diretiva Mães-Filhas ou a uma taxa legal mínima não no estrangeiro não serão isentos até ao montante
inferior a 60% da taxa normal de IRC, o imposto efetivamente correspondente aos prejuízos fiscais do estabelecimento
pago pelo estabelecimento estável não seja inferior a 50% do estável deduzidos pela sede nos 12 períodos de tributação
imposto que seria devido em Portugal (embora este requisito anteriores;
possa ser dispensado nalguns casos) e o estabelecimento • Caso o estabelecimento estável localizado no estrangeiro seja
estável não esteja localizado num território sujeito a um regime incorporado (e.g., convertido em sociedade), os dividendos
fiscal privilegiado. e mais-valias subsequentes resultantes das partes de capital
não serão isentos até ao montante correspondente aos
• As transações efetuadas entre a sede e o estabelecimento prejuízos do estabelecimento estável deduzidos pela sede nos
estável localizado no estrangeiro deverão respeitar o 12 períodos de tributação anteriores;
princípio de plena concorrência e os custos imputáveis ao • Sempre que o regime de isenção deixe de ser aplicável,
estabelecimento estável não serão dedutíveis ao nível da os prejuízos do estabelecimento estável localizado no
sede. O sujeito passivo deve adotar critérios de imputação estrangeiro, bem como os dividendos e as mais-valias das
proporcional que sejam adequados e devidamente justificados partes de capital (caso o estabelecimento estável seja
previamente incorporado), não serão dedutíveis / isentas até • Os grupos de sociedades que verifiquem determinados
ao montante dos lucros do estabelecimento estável isentos de requisitos, designadamente, uma participação não inferior a
tributação nos 12 períodos de tributação anteriores. 75% e mais de 50% dos direitos de voto, poderão optar pela
tributação conjunta das várias sociedades elegíveis, nos termos
do RETGS. O RETGS permite, assim, a consolidação fiscal,
mediante a soma dos lucros tributáveis e prejuízos fiscais das
várias sociedades. O nível de participação poderá ser atingido
através de sociedades residentes noutro estado-membro da
U.E. / do Espaço Económico Europeu vinculado a cooperação
administrativa no domínio da fiscalidade equivalente à
estabelecida no âmbito da U.E. desde que tais sociedades
sejam detidas, direta ou indiretamente, em, pelo menos, 75%.
• Possibilidade de aplicar o RETGS a sociedades residentes
em Portugal dominadas por uma sociedade residente noutro
estado-membro da U.E. / do Espaço Económico Europeu
vinculado a cooperação administrativa no domínio da
fiscalidade equivalente à estabelecida no âmbito da U.E.,
bem como às situações em que a entidade dominante seja um
estabelecimento estável sito em território português de uma
• O montante da coleta do IRC, líquida do • Na determinação do lucro tributável do exercício da cessação de atividade, em
crédito de imposto por dupla tributação resultado da transferência de residência de uma sociedade para o estrangeiro, será
internacional e dos benefícios fiscais considerada a diferença entre o valor de mercado dos elementos patrimoniais e o
de dedução à coleta, não poderá respetivo valor fiscalmente relevante. Esta tributação também se aplica à cessação
ser inferior a 90% daquele que seria de atividade de um estabelecimento estável de uma entidade não residente ou
apurado se não existisse um conjunto quando se verifique a transferência para o estrangeiro de elementos patrimoniais
específico de incentivos fiscais. afetos ao estabelecimento estável.
• Os incentivos em causa incluem, entre • Esta regra de tributação não se aplica, salvo se a operação tiver como principal
outros: (i) alguns benefícios fiscais e (ii) objetivo ou como um dos principais objetivos a evasão fiscal, se esses elementos
algumas contribuições para fundos de permanecerem afetos a um estabelecimento estável situado em território português
pensões. e desde que: (i) seja mantido o valor contabilístico, (ii) esse valor resulte da aplicação
das disposições do Código do IRC ou de reavaliações feitas ao abrigo de legislação
de carácter fiscal, (iii) o apuramento de resultados seja feito como se não tivesse
havido transferência de residência, (iv) as reintegrações ou amortizações sejam
efetuadas de acordo com o regime que vinha sendo seguido pela sociedade antes da
transferência de residência e (v) as provisões tenham, para efeitos fiscais, o regime
que lhes era aplicável na sociedade antes da transferência de residência.
• O crédito de imposto por dupla tributação internacional poderá ser reportado por 5
períodos de tributação, sempre que o crédito não seja utilizado devido a insuficiência
de coleta no período de tributação em que o rendimento de fonte estrangeira é
obtido e incluído na base tributável. Para este efeito, a dedução à coleta determina-se
por país – e não rendimento a rendimento –, exceto no que concerne aos lucros de
estabelecimento estável sito no estrangeiro.
• Encontra-se prevista a possibilidade de os contribuintes terem o direito de optar
pela aplicação de um regime de crédito indireto de imposto por dupla tributação
internacional, no que concerne a dividendos provenientes do estrangeiro que não
sejam abrangidos pelo regime de eliminação da dupla tributação económica. Existe
um conjunto de requisitos que deverão ser cumpridos, os quais incluem (i) uma
percentagem mínima de detenção de 10% por um período de pelo menos um ano e (ii)
que a sociedade distribuidora dos dividendos, ou as sociedades através das quais a
primeira é detida, não esteja localizada num paraíso fiscal.
• Os sujeitos passivos de IRC que processos de produção, modelos ou • A dedução pode ser utilizada no ano do
desenvolvam atividades elegíveis podem outros direitos assimilados, adquiridos a investimento ou, por insuficiência de
deduzir à coleta, e até à concorrência de título oneroso e cuja utilização exclusiva coleta, nos 5 exercícios seguintes.
70% da mesma, o valor das importâncias seja reconhecida por um período limitado
despendidas com investimentos afetos à de tempo). • Os bens objeto do investimento devem,
exploração realizados entre 1 de julho e regra geral, ser mantidos na empresa
• A dedução à coleta do IRC será efetuada
31 de dezembro de 2022. Para efeitos do durante um período mínimo de 5 anos.
mediante a aplicação:
presente regime consideram-se despesas
• De uma taxa base de 10% às despesas
de investimento elegíveis as seguintes: • Este incentivo não é cumulável,
elegíveis realizadas até ao valor
(i) ativos afetos à exploração, relativos a relativamente ao mesmo investimento,
correspondente à média aritmética simples
ativos fixos tangíveis e ativos biológicos com quaisquer outros benefícios fiscais
das despesas de investimento elegíveis dos
que não sejam consumíveis, adquiridos da mesma natureza.
três períodos de tributação anteriores;
em estado de novo e que entrem em
• De uma taxa incremental de 25% sobre
funcionamento ou utilização até ao final • Este benefício está excluído dos benefícios
as despesas elegíveis realizadas no
do período de tributação que se inicie em fiscais considerados para efeitos da
período de tributação na parte que
ou após 1 de janeiro de 2022, e (ii) ativos limitação do resultado da liquidação
exceda o limite mencionado acima.
intangíveis sujeitos a deperecimento, constante do artigo 92º do Código do IRC.
designadamente as despesas com
• O investimento relevante encontra-se
projetos de desenvolvimento, despesas • Os sujeitos passivos não poderão (i)
limitado ao máximo de € 5.000.000
com elementos da propriedade industrial cessar contratos de trabalho durante
de despesa elegível.
(tais como patentes, marcas, alvarás,
considerados relevantes. da Madeira este respeito. Para tal, e desde que o
abate, desmantelamento, abandono ou
• Este benefício está excluído dos benefícios • Os projetos integrados no Brava Valley inutilização se verifique em exercício
fiscais considerados para efeitos da podem beneficiar de uma majoração posterior, será necessário obter a
limitação do resultado da liquidação de 10% relativamente aos benefícios aceitação da Autoridade Tributária
constante do artigo 92º do Código do IRC. previstos no Código Fiscal do Investimento e Aduaneira, mediante exposição a
na R.A.M., desde que integrados em apresentar até ao fim do primeiro mês do
• Este incentivo foi eliminado a partir de determinados setores de atividade. período de tributação seguinte. Será, ainda,
1 de janeiro de 2023. necessário cumprir com o referido infra.
• Os rendimentos de certificados de depósito e de depósitos • São isentas de IRS e de IRC as mais-valias mobiliárias, warrants
bancários a prazo, emitidos ou constituídos por prazos autónomos emitidos por entidades residentes em território
superiores a 5 anos, que não sejam negociáveis, contam para português e negociados em mercados regulamentados
efeitos de IRS pelos seguintes valores: de bolsa, bem como instrumentos financeiros derivados
• 80% do seu valor se a data de vencimento dos rendimentos celebrados em mercados regulamentados de bolsa, desde
ocorrer após 5 anos e antes de 8 anos a contar da data da que realizadas por não residentes que aqui não possuam
emissão ou da constituição; estabelecimento estável ao qual tais rendimentos sejam
• 40% do seu valor se a data de vencimento dos rendimentos imputáveis.
ocorrer após 8 anos a contar da emissão ou da constituição. • A isenção não é aplicável se:
• Este regime somente é aplicável às importâncias aplicadas • A entidade não residente for detida, direta ou indiretamente,
até 31.12.2011, desde que não sejam prorrogados os prazos em mais de 25%, por residentes, exceto quando se verifiquem
inicialmente estabelecidos para essas aplicações. cumulativamente os seguintes requisitos e condições
relativamente à sociedade alienante;
• Seja residente noutro estado-membro da U. E. ou
Espaço Económico Europeu que esteja vinculado a
cooperação administrativa no domínio da fiscalidade
equivalente à estabelecida no âmbito da U. E. ou num país
com o qual Portugal tenha sido celebrada e se encontre
em vigor uma CDT que preveja a troca de informações;
• São isentos de IRC os juros de empréstimos concedidos e os • A isenção não é aplicável se:
ganhos decorrentes de operações de swap, efetuadas por • A entidade não residente seja domiciliada num território sujeito
instituições financeiras não residentes a instituições de crédito a um regime fiscal privilegiado;
residentes, desde que os rendimentos não sejam imputáveis • A entidade não residente for detida, direta ou indiretamente,
a estabelecimento estável daquelas instituições situado em em mais de 25%, por residentes, exceto tratando-se de
Portugal. Ficam igualmente isentos de IRC os ganhos e os juros entidades residentes num estado-membro da U.E. ou do
obtidos por instituições financeiras não residentes, decorrentes Espaço Económico Europeu que esteja vinculado a cooperação
de operações de swap e forwards e das operações com estas administrativa no domínio da fiscalidade equivalente à
conexas, efetuadas com o Estado, atuando através da Agência estabelecida no âmbito da U. E. ou num país com o qual
de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP, E.P.E., Portugal tenha celebrado uma CDT que preveja a troca de
bem como efetuadas com o Instituto de Gestão de Fundos de informações.
Capitalização da Segurança Social, I.P., em nome próprio ou em
representação dos fundos sob sua gestão, também desde que • Este benefício foi prorrogado até 31 de dezembro de 2025.
os rendimentos não sejam imputáveis a estabelecimento estável
daquelas instituições situado em Portugal.
• Ficam isentos de IRC os ganhos obtidos por instituições
financeiras não residentes na realização de operações de
reporte de valores mobiliários efetuadas com instituições de
crédito residentes, desde que os ganhos não sejam imputáveis
a estabelecimento estável daquelas instituições situado em
Portugal.
• São isentos de IRC os juros de depósitos a prazo efetuados por • As SCR podem beneficiar de um crédito
instituições de crédito não residentes em estabelecimentos de imposto, a deduzir à coleta do IRC,
legalmente autorizados a recebê-los. correspondente ao limite do somatório
das coletas de IRC dos 5 exercícios
• A isenção não é aplicável se: anteriores, desde que o montante seja
• A entidade não residente seja domiciliada num território utilizado na realização de investimentos
sujeito a um regime fiscal privilegiado; em sociedades com potencial de
• A entidade não residente for detida, direta ou indiretamente, crescimento e valorização.
em mais de 25%, por residentes, exceto tratando-se de
entidades residentes num estado-membro da U.E. ou do
Espaço Económico Europeu que esteja vinculado a cooperação
administrativa no domínio da fiscalidade equivalente à
estabelecida no âmbito da U. E. ou num país com o qual
Portugal tenha celebrado uma CDT que preveja a troca de
informações.
• Às entidades licenciadas a partir de 2007 e até 31 de associados ao valor acrescentado bruto, aos custos anuais
dezembro de 2014, são de aplicar taxas reduzidas de de mão-de-obra ou ao volume de negócios. Este regime
tributação – 3% nos anos de 2007 a 2009, 4% nos anos de é também aplicável a partir de 2015 para as entidades
2010 a 2012 e 5% nos anos de 2013 a 2020 – para tal sendo licenciadas anteriormente desde que preencham os requisitos
necessário verificar um conjunto de requisitos em termos aplicáveis.
de investimento, criação de postos de trabalho, tipo de
atividade, entre outros, e ficando o benefício da redução de • Nos termos do regime aplicável às entidades licenciadas
taxa dependente do montante da matéria coletável, o qual a partir de 2015, aplica-se uma isenção de IRS ou IRC
se encontra dependente do número de postos de trabalho relativamente a dividendos distribuídos a entidades não
existentes em cada exercício. Este regime é também aplicável residentes, na parte que correspondam a rendimentos sujeitos
a partir de 2012 para as entidades licenciadas antes de 2007 à taxa reduzida de tributação ou obtidos fora do território
que tenham efetuado a opção até 30.12.2011. português. A isenção não será aplicável se os rendimentos
resultarem de operações com entidades sujeitas a regime
• Às entidades licenciadas a partir de 1 de janeiro de 2015 fiscal privilegiado ou se os sócios não residentes forem
e até 31 de dezembro de 2023 é aplicável a taxa reduzida entidades sujeitas a regime fiscal privilegiado.
de tributação de 5% até 31 de dezembro de 2027, para tal
sendo necessário verificar um conjunto de requisitos em • Isenção de IRC para os juros de empréstimos efetuados
termos de investimento, criação de postos de trabalho, tipo por entidades não residentes a entidades instaladas nas
de atividade, entre outros, e ficando o benefício da redução Zonas Francas. Nos termos do regime aplicável às entidades
de taxa dependente do montante da matéria coletável, o qual licenciadas a partir de 2015, a isenção aplica-se também a
se encontra dependente do número de postos de trabalho juros de suprimentos.
existentes em cada exercício, e sujeito a limites anuais
• Isenção de IRS relativamente aos lucros obtidos, desde • Isenção de IRS, até ao limite de € 40.000, sobre os ganhos
que verificados os requisitos exigidos, sem prejuízo do derivados de planos de opção, de subscrição ou de atribuição,
englobamento para efeitos de determinação da taxa aplicável ou outros de efeito equivalente, auferidos por trabalhadores de
aos restantes rendimentos. entidades empregadoras relativamente às quais se verifiquem
cumulativamente, as seguintes condições:
Incentivos à recapitalização das empresas • Sejam qualificadas como micro ou pequena empresa;
• Tenham sido constituídas há menos de seis anos;
• Aplicável aos sujeitos passivos de IRS que realizem entradas de • Desenvolvam a sua atividade no âmbito do setor
capital em dinheiro a favor de uma sociedade na qual detenha da tecnologia.
uma participação social e que se encontre na condição prevista
no artigo 35.º do Código das Sociedades Comerciais (perda de • A isenção depende da manutenção, na esfera do trabalhador,
metade do capital social). dos direitos subjacentes aos títulos geradores dos ganhos
isentos por um período mínimo de dois anos, não sendo
• O benefício corresponde à possibilidade de deduzir – no aplicável a membros dos órgãos sociais e a titulares de
próprio ano e nos 5 anos seguintes – até 20% dessas entradas participações sociais superiores a 5%.
ao montante bruto dos dividendos recebidos ou, no caso de
alienação da participação, ao saldo apurado entre as mais-
valias e menos-valias realizadas.
Entidades gestoras de sistemas integrados • Este benefício foi prorrogado até 31 de dezembro de 2025.
de gestão de fluxos específicos de resíduos
•O
IPP incide sobre os valores de produção anual de petróleo líquido de cada campo petrolífero, às seguintes taxas:
• Nas apostas hípicas à cota, o IEJO incide sobre as receitas resultantes do montante
das apostas efetuadas à taxa de 8%.
Exclusão da tributação
• As isenções nas operações internas (isenções incompletas) • A transmissão do direito de autor ou de direitos conexos e a
respeitam, designadamente, a: autorização para a utilização da obra intelectual ou prestação,
• Prestações de serviços de médicos, psicólogos, enfermeiros, definidas no Código dos Direitos de Autor e dos Direitos
e outras profissões paramédicas; Conexos, quando efetuadas pelos próprios titulares, seus
• Prestações de serviços médicos e sanitários efetuadas por herdeiros ou legatários, ou ainda por terceiros, por conta
estabelecimentos hospitalares, clínicas e similares; deles, ainda que o titular do direito seja pessoa coletiva;
• Prestações de serviços relacionadas com o ensino, efetuadas • Operações de natureza bancária e financeiras, incluindo
por estabelecimentos integrados no Sistema Nacional de as de seguro e resseguro;
Educação ou reconhecidos como tendo fins idênticos pelos • Operações imobiliárias, nomeadamente o arrendamento
ministérios competentes; e a transmissão de imóveis;
• As prestações de serviços e as transmissões de bens • Prestações de serviços efetuadas por intérprete de língua
estreitamente conexas, efetuadas no exercício da sua gestual portuguesa.
atividade habitual por creches, jardins-de-infância, centros de
atividade de tempos livres, estabelecimentos para crianças • Isenções nas importações.
e jovens desprovidos de meio familiar normal e outros
semelhantes, ainda que os serviços sejam prestados fora das • Isenções nas exportações, operações assimiladas a exportações
suas instalações; e transportes internacionais, as quais constituem isenções
• As prestações de serviços e transmissões de bens conexas à “taxa zero” que conferem direito à dedução de imposto
que consistam em proporcionar a visita, guiada ou não, a incorrido. Estão isentas do imposto sobre o valor acrescentado,
bibliotecas, arquivos, museus, galerias de arte, castelos, com direito à dedução do imposto suportado a montante, as
palácios, monumentos, entre outros, pertencentes ao Estado, vendas de mercadorias de valor superior a € 1.000, por fatura,
outras pessoas coletivas de direito público ou organismos sem efetuadas por um fornecedor a um exportador que possua no
finalidade lucrativa; território nacional sede, estabelecimento estável, domicílio ou
• Para efeitos de liquidação de IVA, deverá ser considerado o • Para este efeito, consideram-se entidades relacionadas
valor normal do bem ou serviço, nos termos das regras gerais as definidas no Código do IRC para efeitos de preços de
previstas no Código do IVA, quando se verifique que: transferência, bem como os empregados, a família destes ou
• A contraprestação é inferior ao valor normal e o adquirente qualquer outra pessoa com eles estritamente relacionada.
ou destinatário não tenha direito a deduzir integralmente
o imposto; • Estas regras são também aplicáveis às operações relativas
• A contraprestação é inferior ao valor normal e o transmitente a bens imóveis, quando se verifique a renúncia à isenção
ou prestador não tenha direito a deduzir integralmente o relativamente à sua locação ou transmissão.
imposto e a operação esteja isenta ao abrigo do artigo 9º
do Código do IVA;
Pagamento do imposto devido
• A contraprestação é superior ao valor normal e o transmitente
ou prestador não tenha direito a deduzir integralmente
pelas importações de bens
o imposto.
• Possibilidade de os sujeitos passivos poderem optar pelo
pagamento do IVA devido nas importações, tal como se
• A correção do valor tributável não será aplicável se for feita
verifica nas aquisições intracomunitárias de bens, por via da
prova de que a diferença entre a contraprestação e o valor
autoliquidação na respetiva declaração periódica, desde que:
normal não se deve à existência de uma relação especial entre
• Se encontrem abrangidos pelo regime de periodicidade
as partes.
mensal;
• Tenham a situação fiscal regularizada;
• Pratiquem exclusivamente operações sujeitas e não
isentas ou isentas com direito à dedução, sem prejuízo da
realização de operações imobiliárias • Apenas confere direito à dedução do imposto mencionado em faturas, emitidas na
ou financeiras que tenham caráter forma legal, bem como o recibo de pagamento do IVA que faz parte das declarações de
meramente acessório. importação e os documentos emitidos por via eletrónica pela Autoridade Tributária e
Aduaneira nos quais conste o número e data do movimento de caixa. Adicionalmente,
• Este regime entra em vigor no dia 1 o imposto objeto de dedução deverá ter incidido sobre:
de março de 2018, sendo aplicável a • Bens e serviços adquiridos para utilização efetiva na atividade tributável do sujeito passivo;
partir do dia 1 de setembro de 2017 • Bens para exportação ou adquiridos no âmbito das operações assimiladas
às importações de bens constantes do a exportações e dos transportes internacionais;
anexo C do Código do IVA, tais como • Bens e serviços adquiridos para a realização de operações financeiras isentas,
estanho, cobre, zinco, níquel, alumínio, quando o adquirente esteja estabelecido fora da União Europeia;
chumbo, azeitonas, chás, lãs, entre • Outros bens e serviços adquiridos para a realização de determinadas operações
outros, com exceção dos óleos minerais. isentas;
• Nos casos em que é aplicável o mecanismo de autoliquidação do IVA, apenas
é dedutível o montante liquidado por força dessa obrigação.
• Despesas que, ainda que destinadas a uma atividade tributável, não conferem direito
à dedução do IVA nelas contido, entre outras:
• Aquisição, locação, reparação e outras despesas relativas a viaturas de turismo,
barcos de recreio, aviões, motos e motociclos, exceto se relativas à aquisição, fabrico
ou importação, locação e transformação em viaturas elétricas ou híbridas plug-in, de
viaturas ligeiras de passageiros ou mistas elétricas ou híbridas plug-in, desde que o
custo de aquisição não exceda o limite fiscal previsto para efeitos de IRC. salvo quando
• As declarações de alterações e cessação de atividade produzem • A Autoridade Tributária e Aduaneira pode declarar a cessação
efeitos a partir da data da respetiva submissão no que se refere de atividade após comunicação do tribunal da deliberação de
às transações intracomunitárias, nomeadamente nos casos encerramento do estabelecimento, em processo de insolvência,
em que se dá a aplicação do mecanismo de autoliquidação do sem prejuízo do cumprimento de obrigações fiscais nos
IVA, e ainda nas transmissões de bens isentas e incluídas na períodos de imposto em que se verifique a ocorrência de
declaração recapitulativa. operações tributáveis.
• A Autoridade Tributária e Aduaneira pode notificar o sujeito • As alterações oficiosas produzem efeitos imediatos devendo as
passivo solicitando a alteração oficiosa dos elementos da mesmas ser notificadas ao sujeito passivo no prazo de 10 dias.
atividade quando se verifique uma das seguintes situações:
• Quando há inexistência de atividade;
• No caso de falsidade dos elementos declarados;
• Quando se verifica a existência de indícios de fraude
nas operações;
• Nos casos de não existir submissão de declarações periódicas
e recapitulativas durante o período de um ano, ou as mesmas
sejam submetidas sem operações, por igual período.
• Os sujeitos passivos que disponham • Desde que se verifique um conjunto de condições, subjetivas quanto às entidades
de sede, estabelecimento estável ou e objetivas quanto aos imóveis, será possível renunciar à isenção de IVA prevista
domicílio em território nacional e que para as transmissões e locações de bens imóveis (incluindo a sublocação de imóveis
pratiquem operações que confiram destinados a fins industriais). Para as locações de bens imóveis, a renda anual terá
o direito à dedução total ou parcial que ser igual ou superior a 1/25 do valor de aquisição ou construção do imóvel.
do imposto, deverão autoliquidar o Deverá ser obtido um certificado de renúncia via Internet, junto das Autoridades
IVA quando sejam adquirentes de Fiscais, o qual terá uma validade de 6 meses.
serviços de construção civil, incluindo a
remodelação, reparação, manutenção, • A renúncia à isenção implica o cumprimento de várias obrigações de natureza
conservação e demolição de bens contabilística, declarativa, liquidação e entrega de imposto. No caso de transmissão,
imóveis, em regime de empreitada ou o IVA não é liquidado pelo vendedor, pelo que a fatura ou documento equivalente
subempreitada. Assim, o prestador (designadamente a escritura pública) deverá conter a expressão “IVA devido pelo
dos serviços deverá incluir na fatura adquirente”.
a menção “IVA autoliquidação”.
• A renúncia à isenção apenas é eficaz no momento em que for celebrado o contrato
de compra e venda ou de locação do imóvel. No caso de locação financeira relativa
a imóvel a construir, a renúncia à isenção somente opera no momento em que o
locador tome posse do imóvel. Nesses momentos, o sujeito passivo deverá estar na
posse de um certificado de renúncia válido.
• Sempre que os valores sejam expressos • Afetação real – para bens e serviços parcialmente afetos a operações não decorrentes da
em moeda estrangeira, as taxas de atividade económica do sujeito passivo.
câmbio a utilizar são as constantes
das tabelas indicativas divulgadas pelo • Percentagem de dedução (pro rata) – para bens e serviços totalmente afetos a operações
Sistema Europeu dos Bancos Centrais decorrentes da atividade económica do sujeito passivo, parte das quais não confira direito
(SEBC) ou as de venda praticadas à dedução, sem prejuízo da opção pelo método de afetação real. A percentagem de
por qualquer banco estabelecido em dedução resulta da divisão entre (i) o montante anual das operações que conferem direito
Portugal, sendo que os sujeitos passivos à dedução e (ii) o montante anual de todas as operações decorrentes do exercício de uma
podem optar por considerar a taxa do atividade económica adicionado das subvenções não tributadas que não sejam subsídios
dia em que se verificou a exigibilidade ao equipamento. Não serão incluídas no cálculo da percentagem as transmissões de
do imposto ou a do primeiro dia útil do bens do ativo imobilizado que tenham sido utilizadas na atividade da empresa nem as
respetivo mês. operações imobiliárias ou financeiras que tenham um carácter acessório em relação à
atividade exercida pelo sujeito passivo.
• A emissão de fatura é obrigatória para todas as transmissões de • O prazo de regularização do imposto a favor do sujeito passivo
bens e prestações de serviços, independentemente da qualidade do é de 2 anos, sem qualquer penalidade, sempre que se trate de
adquirente dos bens ou destinatário dos serviços e ainda que estes faturas inexatas.
não o solicitem, qualquer que seja o sector de atividade em causa.
Transmissões de combustíveis gasosos
• Os retalhistas e vendedores ambulantes podem proceder à emissão
de faturas simplificadas caso o adquirente dos bens não seja um • A transmissão de combustíveis gasosos é sujeita ao regime
sujeito passivo do imposto e o valor da fatura não seja superior a normal de tributação em IVA.
€ 1.000. A fatura simplificada pode também ser utilizada em outras
transmissões de bens e prestações de serviços em que o montante
da fatura não seja superior a € 100, independentemente da Regime especial forfetário dos produtores agrícolas
qualidade do adquirente.
• Regime de cariz optativo aplicável aos produtores agrícolas
• A partir de 18 de abril de 2019 ou 18 de abril de 2020, consoante que, reunindo as condições de inclusão do regime de isenção
a situação, é obrigatória a faturação eletrónica nos contratos previsto no artigo 53º do Código do IVA, efetuem transmissões de
públicos. Até 17 de abril de 2020 os cocontratantes podem utilizar produtos agrícolas e prestações de serviços agrícolas resultantes
mecanismos de faturação diferentes, sendo este prazo alargado das atividades identificadas nos Anexos F e G ao Código do IVA.
até 31 de dezembro de 2020 para as micro, pequenas e médias
empresas. • Caso optem por este regime, os produtores agrícolas que reúnam
as condições previstas naquele normativo podem beneficiar da
isenção de IVA nas suas operações ativas, para além de poderem
solicitar à Autoridade Tributária e Aduaneira uma compensação
• Incremento de taxas na R.A.A. e na R.A.M. relativamente a certos produtos, pese embora se mantenham valores mais reduzidos
face aos do Continente.
• Isenções aplicáveis nos termos e condições do Código dos IEC.
• Na R.A.A. os operadores económicos estão obrigados ao pagamento de uma taxa designada ECOL-EMB pelas embalagens não
reutilizáveis que contenham cerveja e outras bebidas alcoólicas, com a exceção dos vinhos tranquilos, a qual pode variar entre
€ 0,10 e € 1,00 dependendo da capacidade da embalagem.
• Foram mantidas as regras de constituição e funcionamento dos entrepostos fiscais de produção, pequenas destilarias e pequenas
cervejeiras, com o valor máximo de produção por ano destas entidades na R.A.A. e R.A.M. a ser equiparado ao valor do Continente
(200.000hl/l).
Natureza Valor
Bebidas com um teor alcoólico superior a 0,5% vol. e inferior ou igual a 1,2% vol.
• Com teor de açúcar inferior a 25g por litro €1,05/hl
• Com teor de açúcar inferior a 50g por litro e igual ou superior a 25g por litro €6,32/hl
• Com teor de açúcar inferior a 80g por litro e igual ou superior a 50g por litro €8,42/hl
• Com teor de açúcar igual ou superior a 80g por litro €21,07/hl
Sem prejuízo das isenções aplicáveis, os produtos petrolíferos e energéticos sujeitos a imposto que não constam dos números anteriores, quando
Guia Fiscal 2023 159
utilizados em uso carburante ou em uso combustível, são tributados com as seguintes taxas:
classificado pelos códigos NC 2710 19 63 a 2710 19 69 sendo fixada em €29,92/1000 kg
Fuelóleo com teor de enxofre inferior ou igual a 1%, de €15,00 a €39,93/1000 kg,
classificado pelo código NC 2710 19 61 sendo fixada em €15,65/1000 kg
Metano e gases de petróleo usados como carburante €133,56/1000 kg
Metano e gases de petróleo usados como combustível, de €7,92 a €9,13/1000 kg,
classificado pelo código NC 2711 sendo fixada em €7,99/1000 kg
Gás natural usado como carburante €1,15/gigajoule
Gás natural usado como combustível €0,307/gigajoule
Produtos petrolíferos e energéticos obtidos a partir de óleos usados taxa aplicável aos óleos usados e resíduos
ou de resíduos, que sejam usados como carburante ou combustível
Natureza Valor
Produtoscom
Gasolina petrolíferos
chumbo,eclassificada
energéticospelos
classificados
códigos NC 2710 11 51 a 2710 11 59 de €4,16 a €35,00/1000
€650,00/1000 kg,l
pelas posições NC 2701, 2702, 2704 e 2713 sendo fixada em €4,26/1000 kg
Gasolina sem chumbo, classificada pelos códigos NC 2710 11 41 a 2710 11 49 de €359,00 a €650,00/1000 l,
sendo fixada em €459,83/1000 l
Sem prejuízo das isenções aplicáveis, os produtos petrolíferos e energéticos sujeitos a imposto que não constam dos números anteriores, quando
Petróleo,
utilizadosclassificado pelos códigos
em uso carburante ou emNC 2710
uso 19 21 a 2710
combustível, 19 25
são tributados com as seguintes taxas: de €302,00 a €400,00/1000 l,
sendo fixada em €337,59/1000 l
• Produtos
Petróleo petrolíferos
colorido e energéticos
e marcado, classificados
classificado pelo códigopelos códigos
NC 2710 NC 2707 10 10, 2707 20 10,
19 25 taxa aplicável à gasolina
de €0,00 sem chumbo
a €149,64/1000 l,
2707 30 10, 2707 50 10, 2710 11 21 a 2710 11 31, 2901 10 00 a 2901 24 90, ex 2901 29 00, sendo fixada em €113,18/1000 l
2902 11 00, ex 2902 19 80, 2902 20 00 a 2902 44 00, 3811 11 10 e 3811 11 90
Gasóleo, classificado pelos códigos NC 2710 19 41 a 2710 19 49 de €278,00 a €400,00/1000 l
• Produtos petrolíferos e energéticos classificados pelo código NC 2709 00 10, taxa aplicável
sendo fixada ao petróleol
em €311,47/1000
consumidos em uso carburante
Gasóleo colorido e marcado, classificado pelos códigos NC 2710 19 41 a 2710 19 49 de €21,00 a €199,52/1000 l
• Produtos petrolíferos e energéticos classificados pelo código NC 2709 00 10, taxa aplicável ao petróleo
sendo fixada emcolorido e marcadol
€107,51/1000
consumidos
Fuelóleo com teornos
deusos previstos
enxofre nosan.ºs
superior 1%,2 e 3 do artigo 93º de €15,00 a €44,92/1000 kg,
classificado
• Produtospelos códigoseNC
petrolíferos 2710 19 63
energéticos a 2710 19 69
classificados pelos códigos NC 2706 00 00, sendo
taxa aplicável fixada em
ao fuelóleo com€29,92/1000 kg
teor de enxofre
2707 91
Fuelóleo 00,teor
com 2707
de 99 11, 2707
enxofre 99 ou
inferior 19,igual
2709 00 90, 2712 10 10 a 2712 20 90,
a 1%, inferior ou igual a 1%,
desalvo quando
€15,00 consumidoskg,
a €39,93/1000 na
2712 90 39
classificado a 2712
pelo 90NC
código 99, 2715
2710 19006100, 3403 11 00 a 3403 19 99, 3817 00 50 e 3817 00 80 produção de eletricidade,
sendo fixada incluindo a co-geração
em €15,65/1000 kg
Metano e gases
• Produtos de petróleo
petrolíferos usados como
e energéticos carburante
classificados de €0,00 €133,56/1000
a €5,99/1000 kg,
kg
pelos códigos NC 2710 19 83 a 2710 19 93 sendo fixada em €4,89/1000 kg
Metano e gases de petróleo usados como combustível, de €7,92 a €9,13/1000 kg,
classificado
• Produtospelo código NC
petrolíferos 2711
e energéticos classificados pelos códigos NC 2710 19 81, de fixada
sendo €0,00 em
a €30,00/1000
€7,99/1000kg,kg
sendo fixada em €21,77/1000 kg
Gás 2710 19usado
natural 99, 3811
como21 00 e 3811 29 00
carburante €1,15/gigajoule
• Gasóleo de aquecimento classificado pelo código NC 2710 19 45 de €100,00 a €400,00/1000 l,
Gás natural usado como combustível €0,307/gigajoule
sendo fixada em €292,46/1000 l
Produtos petrolíferos e energéticos obtidos a partir de óleos usados taxa aplicável aos óleos usados e resíduos
de €1,00 a €1,10/MWh,
ou de resíduos,
Eletricidade que sejam
classificada usados
pelo como
código carburante ou combustível
2716
sendo fixada em €1,00/MWh
Produtos petrolíferos e energéticos classificados de €4,16 a €35,00/1000 kg,
pelas posições NC 2701, 2702, 2704 e 2713 sendo fixada em €4,26/1000 kg
160SemGuia
prejuízo
Fiscaldas isenções aplicáveis, os produtos petrolíferos e energéticos sujeitos a imposto que não constam dos números anteriores, quando
2023
utilizados em uso carburante ou em uso combustível, são tributados com as seguintes taxas:
• Para além das taxas anteriores, os seguintes produtos petrolíferos e energéticos • Os aditivos classificados pelo código NC
encontram-se ainda sujeitos ao seguinte adicionamento sobre as emissões de CO²: 3811 90 00 estão sujeitos à taxa aplicável
aos produtos petrolíferos e energéticos
nos quais se destinam a ser incorporados.
Natureza Fator de adicionamento Valor do adicionamento
Gasolina 2,271654 €28,94/1000 l • São tributados com taxas reduzidas o
Petróleo e petróleo colorido e marcado 2,453658 €31,26/1000 l gasóleo, o gasóleo de aquecimento e o
Gasóleo rodoviário, colorido petróleo coloridos e marcados com os
2,474862 €31,53/1000 l
e marcado e de aquecimento aditivos definidos por portaria do Ministro
GPL (metano e gases de petróleo) 2,902600 €36,98/1000 kg
das Finanças.
usado como combustível e como carburante
• Taxas diferentes podem ser fixadas
Gás natural usado como combustível
e como carburante 0,056100 €0,71/GJ para a R.A.A. e para a R.A.M., sendo
Fuelóleo 3,096000 €39,44/1000 kg que as taxas do imposto aplicáveis nas
Coque de petróleo 2,696100 €34,35/1000 kg ilhas dos Açores são inferiores às taxas
Carvão e coque 2,265670 €28,86/1000 kg aplicáveis na ilha de São Miguel, a fim de
compensar os sobrecustos de transporte
• Qualquer produto utilizado como carburante está sujeito ao nível de tributação aplicável e armazenagem entre São Miguel ou o
ao produto petrolífero e energético carburante substituído. continente e as respetivas ilhas.
• Os produtos petrolíferos e energéticos e os outros hidrocarbonetos, com exceção da • O valor da contribuição de serviço
turfa e do gás natural, destinados a serem utilizados, colocados à venda ou a serem rodoviário é de € 87/1000 l para a gasolina,
consumidos em uso como combustível, usados como combustível, para os quais não de € 111/1000 l para o gasóleo rodoviário
esteja prevista qualquer taxa, estão sujeitos à taxa aplicável ao produto petrolífero e e de € 123/1000 kg para o GPL auto.
energético combustível substituído.
• Isenções aplicáveis nos termos e condições
do Código dos IEC.
• Isenções aplicáveis nos termos e condições • De 176 a 195 g/km €148,54 por g/km €22.502,16
do Código dos IEC. • Mais de 195 g/km €195,86 por g/km €31.800,11
Componente ambiental (CO2)
− testes ao abrigo do NEDC – gasóleo:
• Até 79 g/km €5,50 por g/km €418,13
• De 80 a 95 g/km €22,33 por g/km €1.760,55
• De 96 a 120 g/km €75,45 por g/km €6.652,98
• De 121 a 140 g/km €167,36 por g/km €18.023,73
• De 141 a 160 g/km €186,12 por g/km €20.686,59
• Mais de 160 g/km €255,64 por g/km €31.855,14
Componente ambiental (CO2)
166 Guia Fiscal 2023 − testes ao abrigo do WLTP – gasolina:
• Até 110 g/km €0,42 por g/km €40,97
− testes ao abrigo do NEDC – gasóleo:
• Até 79 g/km €5,50 por g/km €418,13
• De 80 a 95 g/km €22,33 por g/km €1.760,55
• De 96 a 120 g/km €75,45 por g/km €6.652,98
• De 121 a 140 g/km €167,36 por g/km €18.023,73
• De 141 a 160 g/km €186,12 por g/km €20.686,59
• Mais de 160 g/km Valor
€255,64 por g/km Parcela a abater
€31.855,14
Componente
Componente ambiental (CO32):
cilindrada (cm ) • Os veículos ligeiros equipados com
− testes ao abrigo do WLTP – gasolina:
• Até 1000 cm 3
€1,04 por cm3 €808,60 sistema de propulsão a gasóleo, que
• Até 110 g/km €0,42 por g/km €40,97
• De 1001 e 1.250 cm3 €1,12 por cm3 €810,18 apresentem níveis de emissões de
• De 111 a 115 g/km €1,05 por g/km €110,29
• Mais de 1250 cm3 €5,34 por cm3 €5.899,89 partículas superiores a 0,001 g/km,
• De 116 a 120 g/km €1,31 por g/km €140,75
Componente ambiental (CO2) constantes dos respetivos certificados
− •testes
De 121
aoaabrigo
130 g/km
do NEDC – gasolina: €5,02 por g/km €589,69 de conformidade, ou na sua inexistência,
•• Até
De 131 a 145 g/km
99 g/km €6,08 por g/km
€4,40 por g/km €726,41
€406,67 nas respetivas homologações técnicas,
• De 100
146 a 115
175 g/km
g/km €39,56
€7,70 por g/km €5.542,44
€715,23 ficam sujeitos a um agravamento de
• De 116
176 a 145
195 g/km €48,93
€50,06 por g/km €6.902,40
€5.622,80 € 500 no total do montante de imposto
196 a 235
• De 146 175 g/km €183,82
€58,32 por g/km €32.562,40
€6.800,16 a pagar, depois de aplicadas as reduções
Mais
• De dea235
176 195g/km
g/km €222,68
€148,54 por g/km €39.915,20
€22.502,16 a que houver lugar. O agravamento é
Componente
• Mais de 195ambiental
g/km (CO2) €195,86 por g/km €31.800,11 reduzido para € 250 quando se trate de
− testes ao abrigo do WLTP – gasóleo:
Componente ambiental (CO2) automóveis ligeiros de mercadorias, de
− •testes ao g/km
Até 110 abrigo do NEDC – gasóleo: €1,64 por g/km €10,95 caixa aberta, fechada ou sem caixa, com
• De
Até111
79 g/km
a 120 g/km €5,50 por g/km
€18,06 €418,13
€1.815,42 lotação superior a três lugares, incluindo
80 a a95
• De 121 g/km
140 g/km €22,33
€61,94 por g/km €1.760,55
€7.010,33 o do condutor.
96 a a120
• De 141 150g/km
g/km €75,45 por g/km
€121,33 €6.652,98
€15.314,83
•• De
De 151
121 a
a 160
140 g/km
g/km €167,36 por
€153,15 por g/km
g/km €18.023,73
€20.167,68
• Os veículos que se apresentem
•• De 141 a 160 g/km €186,12 equipados com motores preparados
De 161 a 170 g/km €211,13 por g/km
por g/km €20.686,59
€27.835,60
•• Mais de a160
para o consumo, no seu sistema de
De 171 190g/km
g/km €255,64 por
€261,03 por g/km
g/km €31.855,14
€35.226,65
Componente ambiental propulsão, exclusivamente de gás
• Mais de 190 g/km (CO2) €268,90 por g/km €36.448,88
− testes ao abrigo do WLTP – gasolina: de petróleo liquefeito (GPL) ou gás
• Até 110 g/km €0,42 por g/km €40,97 natural ou bioetanol, são tributados,
• De 111 a 115 g/km €1,05 por g/km €110,29
• De 116 a 120 g/km €1,31 por g/km €140,75
• De 121 a 130 g/km €5,02 por g/km €589,69
Guia Fiscal 2023 167
• De 131 a 145 g/km €6,08 por g/km €726,41
na componente ambiental, pelas taxas lugares, incluindo o do condutor, que apresentem tração às quatro rodas, permanente
correspondentes aos veículos ou adaptável, (iv) automóveis ligeiros de utilização mista que, cumulativamente,
a gasolina. apresentem peso bruto superior a 2300 kg, comprimento mínimo da caixa de carga
de 145 cm, altura interior mínima da caixa de carga de 130 cm medida a partir do
• Os veículos que se apresentem respetivo estrado, que deve ser contínuo, antepara inamovível, paralela à última fiada
equipados com motores preparados de bancos, que separe completamente o espaço destinado ao condutor e passageiros
para o consumo, no seu sistema de do destinado às mercadorias, e que não apresentem tração às quatro rodas,
propulsão, de biodiesel são tributados, permanente ou adaptável, (v) automóveis ligeiros de mercadorias, de caixa aberta ou
na componente ambiental, pelas taxas sem caixa, com lotação superior a três lugares, incluindo o do condutor e sem tração
correspondentes aos veículos a gasóleo. às quatro rodas, permanente ou adaptável e (vi) auto caravanas – Tabela B:
• Taxas normais aplicáveis a (i) Valor Parcela a abater
automóveis ligeiros de mercadorias, de
Componente cilindrada (cm ):
3
Natureza Valor
Automóveis ligeiros de passageiros que se apresentem equipados com motores híbridos,
preparados para o consumo, no seu sistema de propulsão, quer de energia elétrica ou solar, 60% do imposto resultante
quer de gasolina ou gasóleo, desde que apresentem uma autonomia em modo elétrico superior da aplicação da Tabela A
a 50 km e emissões oficiais inferiores a 50g CO2//km
Automóveis ligeiros de utilização mista, com peso bruto superior a 2500 kg, lotação
40% do imposto resultante
mínima de sete lugares, incluindo o do condutor e que não apresentem tração às
da aplicação da Tabela A
quatro rodas, permanente ou adaptável
Veículos fabricados antes de 1970 (embora estes beneficiem de reduções em função 95% do imposto resultante
dos anos de uso) da aplicação da Tabela B
Automóveis ligeiros de mercadorias, de caixa aberta, ou sem caixa, com lotação superior a três lugares, 50% do imposto resultante
incluindo o do condutor, que apresentem tração às quatro rodas, permanente ou adaptável da aplicação da Tabela B
Categoria B – Automóveis de passageiros referidos nas alíneas a) e d) de €30,87 a €423,55 dependendo da cilindrada
do nº 1 do artigo 2º do Código do ISV e automóveis ligeiros de utilização mista ou da emissão de CO 2 sendo ainda de aplicar uma taxa
com peso bruto não superior a 2500 kg, matriculados em Portugal adicional entre €30,87 e €61,94 para veículos
ou noutro estado-membro da U.E. (com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2020) matriculados após 1.1.2017
em data posterior a 1.7.2007
Categoria C – Automóveis de mercadorias e automóveis de utilização mista com de €34,16 a €219,86 (peso bruto inferior a 12 t)
peso bruto superior a 2500 kg, afectos ao transporte particular de mercadorias, ou de €199,00 a €1.239,00 (peso bruto igual ou
ao transporte por conta própria, ou ao aluguer sem condutor que possua essas superior a 12 t), dependendo de vários outros fatores
finalidades
Categoria D – Automóveis de mercadorias e automóveis de utilização mista com de €8,99 a €58,12 (peso bruto inferior a 12 t)
peso bruto superior a 2500 kg, afetos ao transporte público de mercadorias, ou de €57,00 a €484,00 (peso bruto igual ou
ao transporte por conta de outrem, ou ao aluguer sem condutor
superior a 12 t), dependendo de vários outros fatores
que possua essas finalidades
Categoria E – Motociclos, ciclomotores, triciclos e quadriciclos, tal como estes veículos de €0,00 a €134,26, dependendo do
são definidos pelo Código da Estrada, matriculados desde 1992 ano de matrícula e cilindrada
Categoria F – Embarcações de recreio de uso particular com potência motriz €2,87/kW
igual ou superior a 20 kW, registados desde 1986
Categoria G – Aeronaves de uso particular €0,73/kg, com limite de €13.319,00
• Estão isentos de imposto, entre outros: (i) veículos da administração veículos funerários e tratores agrícolas e (vi) veículos da categoria B que
central, regional, local e das forças militares e de segurança, bem como possuam um nível de emissão de CO2 até 180 g/km (NEDC) / 205g/km
os veículos adquiridos pelas associações humanitárias de bombeiros (WLTP) e veículos da categoria A que se destinem ao serviço de aluguer
ou câmaras municipais para o cumprimento das missões de proteção, com condutor (letra «T») ou ao transporte em táxi; nos termos
socorro, assistência, apoio e combate a incêndios, atribuídas aos seus e condições previstos na lei.
corpos de bombeiros, (ii) automóveis e motociclos da propriedade
de Estados estrangeiros, de missões diplomáticas e consulares, de • Beneficiam de isenção: (i) pessoas com deficiência cujo grau de
organizações internacionais e de agências europeias especializadas, incapacidade seja igual ou superior a 60% em relação a veículos das
bem como dos respetivos funcionários, quando o seu reconhecimento categorias A, B e E e (ii) pessoas coletivas de utilidade pública e instituições
seja obrigatório em virtude de instrumento de direito internacional, (iii) particulares de solidariedade social; nos termos e condições previstos na lei.
automóveis e motociclos que, tendo mais de 30 anos e constituindo
peças de museus públicos, só ocasionalmente sejam objeto de uso e • Estão isentos de 50% do imposto: (i) os veículos da categoria D, quando
não efetuem deslocações anuais superiores a 500 km, (iv) veículos das autorizados ou licenciados para o transporte de grandes objetos (revogado
categorias A, C, D e E que, tendo mais de 30 anos e sendo considerados a partir de 1 de julho de 2021), (ii) os veículos das categorias C e D que
de interesse histórico pelas entidades competentes, só ocasionalmente efetuem transporte exclusivamente na área territorial de uma região
sejam objeto de uso e não efetuem deslocações anuais superiores a autónoma e (iii) os veículos de categoria C, com peso bruto superior a
500 Km, (v) veículos não motorizados, exclusivamente elétricos ou 3500 kg, em relação aos quais os sujeitos passivos do imposto exerçam
movidos a energias renováveis não combustíveis, veículos especiais de a título principal a atividade de diversão itinerante ou das artes do
mercadorias sem capacidade de transporte, ambulâncias e veículos espetáculo, e desde que os veículos se encontrem exclusivamente afetos
dedicados ao transporte de doentes nos termos da legislação aplicável, a essa atividade; nos termos e condições previstos na lei.
Taxas (%)
•• Trabalhador
Pensionistas(11)
de invalidez 9,2 20,4
• Pensionistas
Prestadores de
de velhice
serviços 7,8 21,4% 17,5
178 Guia Fiscal 2023
Trabalhadores em regime de trabalho intermitente (6)
Produtores agrícolas 11 21,4% 23,75
Trabalhadores em regime de trabalho intermitente (6) 11 23,75
Trabalhadores de atividades agrícolas 11 22,3
Trabalhadores da pesca local e costeira (7) 8 21
Trabalhadores deficientes com capacidade de trabalho inferior a 80% 11 11,9
Trabalhadores ao serviço de entidades sem fim lucrativo 11 22,3
Trabalhadores do serviço doméstico: (8)
• Sem proteção no desemprego 9,4 18,9
• Com proteção no desemprego 11 22,3
Membros das igrejas, associações e confissões religiosas: (9)
Taxas (%)
• Protecção restrita 7,6 16,2
• Protecção alargada Beneficiário
8,6 Entidade19,7
Patronal
Regime geral dos
Trabalhadores trabalhadores(10)
independentes: por conta de outrem (1) (2)
11 23,75
Membros dos órgãos
• Trabalhador (11) estatutários de pessoas colectivas (3)
• Que exerçam de
Prestadores funções de gerência ou de administração
serviços 11 21,4% 23,75
• Outras situações
Produtores agrícolas 9,3 21,4% 20,3
Trabalhadores
Empresáriosno
emdomicílio
nome individual 9,3 25,2% 20,3
Praticantes
Titulares desportivos profissionais
de estabelecimento (4)
individual de responsabilidade limitada 11 25,2% 22,3
Contrato decontratante
• Entidade trabalho de de
muito curta duração
prestações (5)
de serviços (12) - 7% / 10% 26,1
Trabalhadores que exercem
Seguro social voluntário: (13) funções públicas:
Geral
• Eventualidades de invalidez, velhice e morte 11 26,9 23,75
• Situações especiais
Eventualidades de doença, doenças profissionais, parentalidade, invalidez, velhice e morte 11 29,6 18,6
Trabalhadores emde
• Eventualidades situação deprofissionais,
doenças pré-reforma: invalidez, velhice e morte 27,4
•Jovens
Âmbitoà de proteção
procura do regime
do primeiro geral e desempregados de longa duração
emprego taxas
11aplicadas isenção/redução
antes da pré-reforma
(14)
•Trabalhadores
Situação de suspensão da regime
reclusos em prestação de trabalho
aberto 8,6
11 18,3
isenção/redução (15)
Trabalhadores
Trabalhadoresativos com mais de 65 anos de idade e 40 de serviço
bancários 83 17,3
23,6 (16)
Pensionistas em atividade:
Jovens em férias escolares (17) 0 26,1
• Pensionistas de invalidez 8,9 19,3
• Pensionistas de velhice 7,5 16,4
Pensionistas em exercício de funções públicas:
• Pensionistas de invalidez 9,2 20,4
• Pensionistas de velhice 7,8 17,5
Guia Fiscal 2023 179
Trabalhadores em regime de trabalho intermitente (6) 11 23,75
(1) Nos termos da Portaria n.º 130/2009, de 30 de janeiro, entidade promotora que celebre com o estagiário um n.º 38/2022, de 17 de janeiro, a entidade empregadora
entretanto revogada, bem como das Portarias n.º contrato de trabalho sem termo, desde que verificadas que celebre contrato de trabalho, sem termo, com
99/2010, de 15 de fevereiro, e n.º 125/2010, de 1 de determinadas condições, tem direito a um prémio desempregados inscritos no IEFP, I.P., quando verificadas
março, encontra-se prevista, mediante o cumprimento ao emprego no valor equivalente a duas vezes a determinadas condições, tem direito a um apoio financeiro
de determinadas condições, uma redução de 50% da remuneração base mensal (podendo ser majorado em correspondente a 12 vezes o IAS, com possibilidade de
taxa contributiva devida pela entidade patronal durante 30%), com o limite de 5 vezes o IAS. majoração, bem como a uma redução de 50% da taxa
a vigência do contrato de trabalho a termo certo e a Nos termos do Decreto-Lei n.º 72/2017, de 21 de junho, contributiva devida pela entidade patronal durante 1 ano
tempo completo, celebrado em 2009, relativamente encontra-se prevista, mediante o cumprimento de (com o limite de 7 vezes o IAS). Regra geral, este apoio
a desempregados com 55 ou mais anos de idade ou determinadas condições, uma redução de 50% da taxa não pode ser cumulado com outros apoios diretos ao
beneficiários de rendimento social de inserção, de pensão contributiva devida pela entidade patronal durante 5 ou emprego aplicáveis ao mesmo posto de trabalho, salvo se
de invalidez, ex-toxicodependentes e ex-reclusos. 3 anos (nalguns casos estando prevista uma isenção total devidamente excecionado, mas poderá ser cumulado com
Nos termos da Portaria n.º 149-A/2014, de 24 de julho, das contribuições da entidade patronal), relativamente a medidas de incentivo ao emprego de natureza fiscal ou
entretanto revogada, a entidade empregadora que celebre jovens à procura do primeiro emprego, desempregados de parafiscal (embora tal possa colocar em causa a redução
contrato de trabalho ao abrigo do Estímulo 2014 tem longa duração e desempregados de muito longa duração. das contribuições para a segurança social).
direito a um apoio financeiro correspondente a 80% ou Nos termos da Portaria n.º 112-A/2019, de 12 de abril,
100% do IAS multiplicado por metade do número inteiro entretanto revogada, a entidade empregadora que (2) Embora se preveja que a taxa contributiva da entidade
de meses de duração do contrato até 6 (no caso de celebre contrato de trabalho, sem termo, com jovens patronal seja acrescida em 2% para contratos a termo
contratos a termo certo) ou a 1,1 IAS vezes 12 (no caso à procura do primeiro emprego e com desempregados resolutivo (exceto em certas situações de substituição
de contratos sem termo). Este apoio pode ser cumulado de longa ou muita longa duração, quando verificadas de trabalhadores), tal medida carece ainda de
com a isenção ou redução do pagamento de contribuições determinadas condições, tem direito a um apoio financeiro regulamentação para poder ser implementada.
para o regime de segurança social, não podendo, regra correspondente a 9 vezes o IAS, bem como a uma redução
geral, ser cumulável com outros apoios diretos ao emprego de 50% da taxa contributiva devida pela entidade patronal (3) Base de incidência com o limite mínimo igual ao valor
aplicáveis ao mesmo posto de trabalho. durante 5 ou 3 anos (nalguns casos estando prevista uma do IAS (não se aplica nos casos de acumulação de
Nos termos da Portaria n.º 34/2017, de 18 de janeiro, isenção total das contribuições da entidade patronal). atividade de membro dos órgãos estatutários com outra
entretanto revogada, a entidade empregadora que celebre Nos termos da Portaria n.º 207/2020, de 27 de agosto, a atividade remunerada que determine inscrição em regime
contrato de trabalho com desempregado inscrito no IEFP, entidade empregadora que celebre contrato de trabalho obrigatório de proteção social ou com a situação de
I.P., quando verificadas determinadas condições, tem com desempregados inscritos no IEFP, I.P., quando pensionista, desde que a base de incidência contributiva
direito a um apoio financeiro correspondente a 3 vezes o verificadas determinadas condições, tem direito a um seja igual ou superior ao valor do IAS). A partir de 2013, os
IAS (no caso de contratos a termo certo) ou a 9 vezes o IAS apoio financeiro correspondente a 4 vezes o IAS (no caso administradores e gerentes passam a ter direito a proteção
(no caso de contratos sem termo), com possibilidade de de contratos a termo certo) ou a 12 vezes o IAS (no caso na eventualidade de desemprego.
majoração. Regra geral, este apoio não pode ser cumulado de contratos sem termo), com possibilidade de majoração.
com a isenção ou redução do pagamento de contribuições Regra geral, este apoio não pode ser cumulado com a (4) A base de incidência corresponde a 1/5 da remuneração
para o regime de segurança social ou com outros apoios isenção ou redução do pagamento de contribuições para o efetiva com o limite mínimo de 1 IAS.
diretos ao emprego aplicáveis ao mesmo posto de regime de segurança social ou com outros apoios diretos
trabalho, salvo se devidamente excecionado. ao emprego aplicáveis ao mesmo posto de trabalho, salvo
Nos termos da Portaria n.º 131/2017, de 7 de abril, a se devidamente excecionado.Nos termos da Portaria
(a) São devidos até à data do pagamento da dívida. Redução da taxa de juros de mora a metade
para as dívidas cobertas por garantia relevante nos termos da lei.
Lucros distribuídos e rendimentos equiparáveis 28% (b) 28% (a) 25% 25% (a) (k) (p)
Operações de reporte, cessões de créditos,
contas de títulos com garantia de preço
186e operações similares,
Guia Fiscal 2023 bem como ganhos 28% (b) 28% (a) 25% 25% (a) (j) (p)
decorrentes de operações de swaps
de taxa de juro
Rendimentos empresariais e profissionais dispensado
11,5/25% (v) 25% (a)(e)(t) 25% (a)(e) (h)
(inclui prestações de serviços) (c)
Comissões de intermediação 25% (v) 25% (a)(t) dispensado (c) 25% (a) (h)
Rendimentos do trabalho dependente
e rendimentos profissionais auferidos por
residentes não habituais no exercício de uma 20% - - -
atividade de elevado valor acrescentado
com carácter científico, artístico ou técnico,
conforme definidas em Portaria
Direitos de autor e outros royalties 16,5% 25% (a)(t) 25% 25% (a) (i)
auferidos pelo titular originário IRS IRC Residentes
Natureza de Rendimento
Juros de depósitos Residentes
28% (b) Não 28%
Residentes
(a) Residentes
25% Não 25%
Residentes
(a) em País(j)
com CDT
Resgate
Trabalhode seguros de vida e planos de pensões
dependente 28% (b)
Tabelas 28% (a) 25% 25% (a) (p)
25% (a)(t) - - (f)
Rendimentos de títulos da dívida (de 0%28%a 43,8%)
(b) 28% (a)(s) 25% 25% (a)(s) (j)
(r)(u)(v)(w)(x)
Lucros distribuídos e rendimentos equiparáveis 28% (b) 28% (a) 25% 25% (a) (k) (p)
Remunerações auferidas na qualidade Tabelas
Operações 25% (a)(t) 21,5% 25% (a) (g)
de membrode dosreporte,
órgãos cessões de créditos,
estatutários (de 0% a 43,8%)
contas de títulos com garantia de preço (u)(v)(w)(x)
e operações similares, bem como ganhos 28% (b) 28% (a) 25% 25% (a) (j) (p)
Rendimentosde
decorrentes empresariais
operações dee profissionais
swaps dispensado
11,5/25% (v) 25% (a)(e)(t) 25% (a)(e) (h)
(inclui
de taxaprestações
de juro de serviços) (c)
Uso ou concessão
Comissões de equipamentos
de intermediação 28%(v)
25% 25%(a)(t)
25% (a) dispensado
dispensado (c)
(c) 25%
25% (a)
(a) (i)
(h)
Juros de suprimentos,
Rendimentos do trabalho abonos ou
dependente
adiantamentos de capital feitos
e rendimentos profissionais pelos por
auferidos sócios
à sociedadenão
residentes e juros devidos
habituais pelo fato de
no exercício de uma
os 28% (b) 28% (a) 25% 25% (a) (j)
20% - - -
sócios nãodelevantarem
atividade os lucros
elevado valor ou
acrescentado
remunerações colocados
com carácter científico, à sua disposição
artístico ou técnico,
conforme
Rendas dedefinidas
prédios /em Portaria
imóveis 25% 25% 25% 25% (l)
Direitos de autor e outros royalties
Mais-valias 16,5%
- 25% -(a)(t) 25%
- 25%- (a) (i)
(m)
auferidos pelo titular
Indemnizações originário de danos não
para reparação
Juros de depósitos
patrimoniais, danos emergentes não 28% (b) 28% (a) 25% 25% (a) (j)
comprovados e lucros
Resgate de seguros decessantes, bem
vida e planos decomo
pensões 16,5%
28% (b) 25%
28% (a)
(a) -
25% 25%- (a) (n)
(p)
as importâncias auferidas pela assunção de
Rendimentos de títulos da dívida
obrigações de não concorrência (q) 28% (b) 28% (a)(s) 25% 25% (a)(s) (j)
Pensões
Trabalho dependente Tabelas
Tabelas(de
25%
25%(a)(d)
(a)(t) - - (o)
(f)
(de0%0%aa39,8%)
43,8%)
(r)(u)(v)(w)(x)
Rendimentos (apenas de capitais no caso do IRC)
pagos ou colocados
Remunerações à disposição
auferidas em contas
na qualidade Tabelas
abertas em nome de um ou mais titulares mas 35% (a) 35%(a)(t)
25% (a) 35%
21,5% 35% (a)
25% (a) (g)
de membro dos órgãos estatutários (de 0% a 43,8%)
por conta de terceiros não identificados (u)(v)(w)(x)
Rendimentos de capitais pagos
Rendimentos empresariais ou colocados
e profissionais dispensado
à disposição de titulares residentes por 11,5/25% (v) 25% (a)(e)(t) 25% -(a)(e) (h)
(inclui prestações de serviços) 35% (a) - (c)
-
entidades não residentes sujeitas a um regime
Comissões
fiscal de intermediação
privilegiado, através de agente pagador 25% (v) 25% (a)(t) dispensado (c) 25% (a) (h)
Rendimentos do
Rendimentos de trabalho dependente
capitais pagos ou colocados
e rendimentos - 35% (a) - 35% (a)
à disposição deprofissionais auferidos
entidades não por
residentes
residentes
sujeitas nãoregime
a um habituais noprivilegiado
fiscal exercício de uma 20% - - -
atividade de elevado valor acrescentado
com carácter científico, artístico ou técnico,
conforme definidas em Portaria
(a) Retenção
Direitosnadefonte a título
autor definitivo,
e outros rendimentos não englobáveis. 16,5%
royalties situados. Os rendimentos
25% (a)(t) 25%dos tripulantes de navios
25% ou(a)aeronaves explorados por
(i)entidades
(b) Rendimentos englobáveis por opção do contribuinte (o englobamento de um tipo de cuja direção efetiva se encontre em Portugal, dos artistas e desportistas que aqui atuem, bem
auferidos pelo titular originário
rendimento sujeito a taxa liberatória implica o englobamento dos restantes). como os rendimentos derivados da prestação de serviços públicos para o Estado Português,
Juros
(c) Se depor
obtidos depósitos
entidades sujeitas a IRC, ainda que dele isentas. 28% (b) 28% estão
(a) aqui sujeitos a imposto.
25% 25% (a) (j)
(d) Pensões deduzidas dos valores referidos no artigo 53º do Código do IRS. (g) Regra geral, os rendimentos serão tributados em Portugal se aqui se situar a direção efetiva
(e) AResgate
sujeição ade seguros
imposto de vida
depende, e planos
em alguns dedopensões
casos, 28%ou(b)
local onde é prestado utilizado o 28% da
(a)entidade que atribui25% 25%casos,
tais rendimentos. Nalguns (a) estes rendimentos estão (p) sujeitos às
serviço e da natureza
Rendimentos dedo serviço.
títulos da dívida 28% (b) regras previstas em (f)25%
28% (a)(s) supra. 25% (a)(s) (j)
(f) Regra geral, os rendimentos somente poderão ser tributados em Portugal caso o trabalho (h) Regra geral, estes rendimentos apenas são sujeitos a tributação em Portugal caso sejam
seja aqui prestado e se o trabalhador permanecer em Portugal por mais de 183 dias – no ano imputáveis a um estabelecimento estável ou uma instalação fixa aqui situados. Contudo,
Lucros distribuídos e rendimentos equiparáveis 28% (b) 28% (a) 25% 25% (a) (k) (p)
ou num período de 12 meses, dependendo da CDT – ou se o custo for suportado por uma no caso de rendimentos auferidos por artistas e desportistas que atuem em Portugal,
Operações
entidade deem
patronal reporte,
Portugalcessões de créditos,estável / uma instalação fixa aqui
ou um estabelecimento nessa qualidade, os mesmos serão sempre aqui sujeitos a imposto. Os lucros provenientes
contas de títulos com garantia de preço
e operações similares, bem como ganhos 28% (b) 28% (a) 25% 25% (a) (j) (p)
decorrentes de operações de swaps
de taxa de juro
188Uso Guia
ou concessão de equipamentos
Fiscal 2023 28% 25% (a) dispensado (c) 25% (a) (i)
Juros de suprimentos, abonos ou
de atividades de transportes internacionais, aéreos ou marítimos, apenas são sujeitos a ou serviços prestados a uma única entidade, sendo apenas devida retenção na parte que
tributação em Portugal caso a empresa tenha aqui a sua direção efetiva. exceda esse valor. O titular dos rendimentos deve comunicar à entidade devedora, através
(i) Rendimentos sujeitos a tributação em Portugal, a taxas entre 0% e 15%, nos termos da CDT de declaração escrita, que não auferiu ou aufere o mesmo tipo de rendimentos de outras
aplicável. entidades residentes em território português ou de estabelecimentos estáveis de entidades
(j) Rendimentos sujeitos a tributação em Portugal, a taxas entre 0% e 15%, nos termos da CDT não residentes neste território. Quando os rendimentos forem auferidos a título de trabalho
aplicável. suplementar, o referido limite é aplicável autonomamente em relação aos rendimentos
(k) Rendimentos sujeitos a tributação em Portugal, a taxas entre 0% e 15%, nos termos da CDT auferidos nas primeiras 50 horas de trabalho ou serviços prestados a esse título.
aplicável. (u) A retenção na fonte é calculada autonomamente no que concerne a subsídios de férias e de
(l) Rendimentos sujeitos a tributação em Portugal, caso os prédios / imóveis sejam aqui situados. natal, a remuneração relativa a trabalho suplementar, bem como a remunerações e pensões
(m) As mais-valias associadas a imóveis situados em território português serão sempre relativas a anos anteriores.
tributadas em Portugal. As restantes mais-valias poderão também ser tributadas. As (v) No caso de sujeitos passivos que beneficiem do regime dos ex-residentes, a retenção incide
mais-valias, quando sujeitas a tributação em Portugal, não são sujeitas a retenção na fonte, sobre 50% dos rendimentos.
sendo os rendimentos sujeitos a tributação a taxas finais, ainda que em alguns casos, a taxas (w) Em 2023, mediante solicitação do sujeito passivo, será aplicável a taxa de retenção do
especiais. escalão imediatamente inferior caso o sujeito passivo (i) seja devedor de um crédito à
(n) Regra geral, estes rendimentos não são tributáveis em Portugal. habitação relativo à habitação própria e permanente e (ii) aufira uma remuneração mensal
(o) Regra geral, as pensões não serão tributadas em Portugal. Contudo, as pensões pagas igual ou inferior a € 2.700.
relativamente a serviços públicos anteriormente prestados serão, em princípio, sujeitas a (x) Para o 2.º semestre de 2023, o Despacho n.º 14043-B/2022, de 5 de dezembro, aprova um
imposto em Portugal. novo modelo de tabelas de retenção na fonte, a vigorar a partir de 1 de julho de 2023. Este
(p) Alguns dos rendimentos poderão não qualificar como juros, royalties ou dividendos, novo modelo segue uma lógica de taxa marginal, em harmonia com os escalões de IRS que
consoante os casos, pelo que, poderão não ser sujeitos a tributação em Portugal, dependendo relevam para a liquidação anual do imposto as taxas marginais de retenção na fonte, sendo
da CDT aplicável. ainda previsto um mecanismo de parcela a abater ao rendimento mensal, por sujeito passivo e
(q) Encontram-se excluídas de IRS as indemnizações que visem a reparação de danos não dependentes que substitui o sistema de redução de taxas consoante o número de dependentes
patrimoniais fixadas por decisão judicial ou arbitral ou resultantes de acordo homologado em vigor até 30 de junho de 2023. Assim, a taxa marginal máxima passará a 47,17%, podendo
judicialmente. Não incide IRS, salvo quanto às prestações previstas no regime jurídico dos ser deduzida uma parcela a abater até ao montante de € 2.294,54 por sujeito passivo e uma
acidentes em serviço e das doenças profissionais estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 503/99, parcela adicional de até € 42,86 por dependente.
de 20 de Novembro, sobre as indemnizações devidas em consequência de lesão corporal, (y) Para o 2.º semestre de 2023, o Despacho n.º 14043-B/2022, de 5 de dezembro, aprova um
doença ou morte, nelas se incluindo as pensões e indemnizações auferidas em resultado do novo modelo de tabelas de retenção na fonte, a vigorar a partir de 1 de julho de 2023. Este
cumprimento do serviço militar, atribuídas pelo Estado e outros entes públicos, bem como ao novo modelo segue uma lógica de taxa marginal, em harmonia com os escalões de IRS que
abrigo de contrato de seguro, decisão judicial ou acordo judicialmente homologado, ou por relevam para a liquidação anual do imposto as taxas marginais de retenção na fonte, sendo
associações mutualistas. ainda previsto um mecanismo de parcela a abater ao rendimento mensal, por sujeito passivo.
(r) Dispensa de retenção na fonte para rendimentos obtidos por residentes em resultado de Assim, a taxa marginal máxima passará a 53%, podendo ser deduzida uma parcela a abater até
atividades no estrangeiro, sempre que tais rendimentos sejam sujeitos a tributação efetiva no ao montante de € 2.472,93.
país da fonte em imposto similar ou idêntico ao IRS, bem como relativamente a rendimentos
em espécie.
(s) Possibilidade de isenção ao abrigo do Decreto-Lei n.º 193/2005, de 7 de novembro.
(t) Não é aplicada retenção até ao valor da RMMG quando os rendimentos resultem de trabalho
• Na R.A.A. e na R.A.M., o valor sobre que incide o IMT, no que respeita a imóveis
urbanos destinados exclusivamente a habitação, é objeto da aplicação de um
coeficiente de 1,25, pelo que a correspondente parcela a abater é superior.
• Restantes casos:
Prédios Urbanos 6,5% Prédios Rústicos 5%
• Nalgumas situações em que uma sociedade dominante de um • Opção pelo regime simplificado em sede de IRC – na declaração
grupo abrangido pelo RETGS passe a ser considerada dominada de início de atividade ou na declaração de alterações a entregar
de uma outra e for efetuada a opção prevista no n.º 10 do artigo até ao fim do 2º mês do período de tributação em que se
69º do Código do IRC, a mesma deve ser efetuada até ao final do pretende iniciar a aplicação do regime.
3º mês seguinte à data em que se verifique esse facto.
• Declaração de informação financeira e fiscal de grupos
• Opção pela aplicação do regime de grupo (RETGS) para efeitos multinacionais – deve ser enviada à Autoridade Tributária e
de determinação dos gastos de financiamento dedutíveis – até Aduaneira até ao fim do 12º mês posterior ao termo do período
ao fim do 3º mês do período de tributação em que se pretende de tributação, por transmissão eletrónica de dados, segundo
iniciar a aplicação do regime. modelo oficial. A informação sobre a entidade declarante deve ser
comunicada até ao final do 5º mês posterior ao termo do período
• Opção pela aplicação do regime de grupo (RETGS) para efeitos de de tributação.
• O pagamento da contribuição deve ser efetuado até ao último dia do mês de junho.
• Aplicável aos sujeitos passivos de IRS • Ao valor da contribuição é deduzido, até • Planos e programas de apoio dirigidos
(com contabilidade organizada) e de ao limite de 75% desse valor, o montante a organizações de produtores florestais
IRC que exerçam, a título principal, suportado no período a que respeita a para incentivo à gestão florestal certificada,
uma atividade comercial, industrial ou contribuição com as seguintes despesas à gestão de combustível, a desbastes
agrícola em que utilizem, incorporem (apenas relevam as referentes as não comerciais e à seleção de varas;
ou transformem, de forma intensiva, intervenções fora das propriedades dos • Operações de cadastro predial ou
recursos florestais (atividades sujeitos passivos): simplificado;
económicas que, no processo • Execução e manutenção das faixas de • Ações de rearborização de povoamentos
industrial, consomem anualmente gestão de combustível; que atingiram o termo de explorabilidade
mais de 40 % do total de madeira a • Certificação da cadeia de responsabilidade com a introdução de 30% de espécies
nível nacional, considerando, para este de fornecedores e de gestão florestal folhosas autóctones;
efeito, a madeira removida da floresta de áreas não detidas a qualquer título • Gestão e manutenção de povoamentos
portuguesa e a madeira importada, e pelo sujeito passivo, realizada pelo florestais, incluindo o controlo de
excluindo a madeira exportada). Forest Stewardship Council e pelo vegetação espontânea;
Programme for the Endorsement of • Controlo de pragas e de plantas invasoras;
• A contribuição incide sobre o total de Forest Certification; • Fertilização dos povoamentos florestais,
volume de negócios realizado em cada excluindo as adubações azotadas;
período de tributação, à taxa de 0,2%.
temporárias sobre os setores de IRC residentes que exerçam, a título principal, uma atividade
de natureza comercial, industrial ou agrícola, bem como pelos
da energia (cst energia) sujeitos passivos não residentes com estabelecimento estável
em território português, que explorem estabelecimentos de
e da distribuição alimentar (cst comércio alimentar (o local no qual se exerce uma atividade
• As instituições financeiras são obrigadas a identificar e 9 de dezembro de 2014 (que alterou a Diretiva 2011/16/UE,
comunicar à Autoridade Tributária e Aduaneira informação no que respeita à troca automática de informações obrigatória
relativa a determinadas contas financeiras, de que sejam no domínio da fiscalidade), a obrigatoriedade de cumprimento
titulares uma ou mais pessoas dos E.U.A. ou entidades por de normas de diligência e comunicação relativamente a contas
estas controladas, de modo a que aquela possa aplicar os financeiras de titulares ou beneficiários residentes noutros
mecanismos de cooperação internacional e de combate à Estados-Membros da União Europeia ou em outras jurisdições
evasão fiscal previstos na CDT com os E.U.A. e no acordo para participantes.
a troca recíproca de informação assinado no âmbito do Foreign
Account Tax Compliance Act (FATCA). A comunicação deve ser • Adicionalmente, em termos similares e até 31 de julho de cada,
efetuada por via eletrónica até 31 de julho de cada ano. as instituições financeiras devem ainda identificar e comunicar
à Autoridade Tributária e Aduaneira informação relativa
• Em moldes semelhantes, e até 31 de maio de cada ano, a contas financeiras cujos titulares ou beneficiários sejam
compete ainda às Instituições Financeiras, tomando por base residentes em território nacional e cujo respetivo saldo ou valor
a norma mundial única desenvolvida pela OCDE, comummente agregado, no final do ano civil, exceda € 50.000.
designada como Common Reporting Standard (Norma Comum
de Comunicação) e a Diretiva 2014/107/UE, do Conselho, de
Sobre a EY
A EY tem como propósito construir um mundo melhor de negócios,
ajudando a criar valor a longo prazo para os seus clientes, colaboradores
e a sociedade, bem como a gerar confiança nos mercados.
Este material foi preparado para fins meramente informativos e não se destina a ser considerado
como aconselhamento contabilístico, fiscal, ou outro aconselhamento profissional.
Por favor consulte-nos para aconselhamento específico.
ey.com