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PORTUGUÊS
PAULO BRUNO
CADERNO
3º TRIMESTRE
2º ANO
ORAÇÕES
SUBORDINADAS
ADJETIVAS:
3º TRIMESTRE CDF ZONA NORTE 2023
GRAMÁTICA PAULO BRUNO
ALUNO Nº
SÉRIE TURMA TURNO
Podem ser:
a) Restritivas:
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b) Explicativas:
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GRITOS DE INDEPENDÊNCIA
Comemora-se a independência do Brasil. Consta que não houve sangue, apenas o grito do
Ipiranga, que marcou a ruptura com a tutela portuguesa, mantendo no poder o português D. Pedro I,
que se proclamou imperador do Brasil, mas terminou seus dias como duque de Bragança e figura,
na relação dinástica, como o 28º rei de Portugal. Como se vê, na passarela da história, o samba não
é o do crioulo doido.
Entre o fato e a versão do fato, a história oficial tende à segunda. Ainda hoje se discute se o
grito decorreu do sonho de uma pátria independente ou da ambição de um império tropical. Ficou o
grito parado no ar, expresso nos rostos contorcidos das figuras de Portinari, no romanceiro de
Cecília Meireles, na poesia agônica de Chico Buarque, no coração desolado das mães brasileiras
que enterram, por não, cerca de 300 mil recém-nascidos, precocemente tragados pelos recursos que
faltam à área social. O número só não é maior graças ao voluntariado da Pastoral da Criança,
monitorada pela doutora Zilda Arns.
O Brasil, pátria vegetal, ostenta o semblante de uma cordialidade renegada por sua história.
Sob o grito da independência ressoam os dos índios trucidados pela empresa colonizadora, agora
restaurada pela assepsia étnica proposta pelos integracionistas que julgam as reservas indígenas
privilégio nababesco. Ecoam também os gritos das vítimas indefesas de entradas e bandeiras,
Fernão Dias sacrificando o próprio filho em troca de um punhado de pedras preciosas, bandeirantes
travestidos de heróis da pátria pelo relato histórico dos brancos, versão barroca do esquadrão da
morte rural, diriam os índios se figurassem como autores em nossa historiografia.
Abafam-se, em vão, os gritos arrancados à chibata dos negros arrastados de além-mar, sem
contar as revoltas populares que minam o mito de uma pacífica abnegação que só existem no
ufanismo de uma elite que se perfuma quando vai à caça.
Pátria armada de preconceitos arraigados, casa-grande que traça os limites intransponíveis da
senzala, na pendular política de períodos autoritários alternados com períodos de democracia
tutelar, já que, neste país, a coisa pública é negócio privado. Índios, negros, mulheres, lavradores e
operários não merecem a cidadania, reza a prática daqueles que sequer se envergonham de serem
compatriotas de 50 milhões de pessoas que não dispõem de R$ 80 mensais para adquirir a cesta
básica.
A galera, as tripas, marca indelével em nossa culinária, como a feijoada. Privatizam-se
empresas e sonhos, valores e sentimentos, convocando intelectuais de aparência progressista para
dar um toque de modernidade aos velhos e permanentes projetos da oligarquia. Vale tudo frente ao
horror de um Brasil sujeito a reformas estruturais. Os que querem governar a sociedade não
suportam os que querem governar com a sociedade.
Destroçada e endividada, a pátria navega a reboque do receituário neoliberal, que dilata a
favelização, o desemprego, o poder paralelo do narcotráfico, a concentração de renda. Se o salário
não paga a dívida, a vida parece não valer um salário. No Brasil, os hospitais estão doentes, a saúde
encontra-se em estado terminal, a escola gazeteia, o sistema previdenciário associa-se ao funerário e
a esperança se reduz a um novo par de tênis, um emprego qualquer, alçar a fantasia pelo consolo
eletrônico das telenovelas.
Amanhecia em Copacabana quando Antônio Maria gritou: “Não sei por onde vou, mas sei
que não vou por aí”. Não vou pelas receitas monetaristas que salvam o Tesouro oficial e apressam a
morte dos pobres. Vou com aqueles que sempre denunciam a injustiça, testemunham a ética na
política, agem com escrúpulos, defendem os direitos indígenas, repudiam todas as formas de
preconceitos, promovem campanhas de combate à fome, administram recursos públicos com
probidade e lutam por uma nova política econômica. Vou com aqueles que, esta semana, estarão
mobilizados no grito dos Excluídos, promovido pela CNBB, em parceria com entidades e
movimentos populares. Nenhum país será independente se, primeiro, não o forem aqueles que a
governam. Beto, Jornal do Brasil.
01- Os sentimentos que melhor caracterizam o estado de espírito do autor são:
a) ódio e desequilíbrio d) revolta e angústia
b) medo e pessimismo e) apatia e resignação
c) insegurança e descontrole
02- Para o autor, a história do Brasil é apresentada aos brasileiros:
a) de forma realista d) cortada
b) com poucos detalhes e) mascarada
c) com preconceito
03- “À galera, as tripas, marca indelével em nosso culinária, como a feijoada.”
A palavra “indelével”, no trecho acima, significa:
a) que não se pode desejar d) que não se pode explicar
b) que não se pode apagar e) que não se pode prever
c) que não se pode aceitar
04- Os maiores problemas do Brasil, na atualidade, são creditados:
a) ao grito de independência d) ao neoliberalismo
b) ao ufanismo da elite e) ao Tesouro oficial
c) à privatização das empresas
05- “Fermentação e destilação são as duas únicas receitas para se fabricar o álcool que pode ser
bebido”. (Superinteressante, fev. 2000)
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08- Com relação aos períodos abaixo, aponte a diferença de significado existente entre eles.
a) Os homens, que têm seu preço, são fáceis de corromper.
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b) Os homens que têm seu preço são fáceis de corromper.
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