Você está na página 1de 2

SIMULADO — PORTUGUÊS

O LIVRO MÁGICO 1. A finalidade do texto é


a) informar.
Há muito tempo, numa época em que as letras b) descrever.
ainda falavam, existia um livro mágico carregado c) convencer.
de surpresas e aventuras. Nele, todas as letras d) entreter.
viviam felizes, porque aguardavam a grande
assembléia. Consoantes e vogais se reuniam 2. No trecho: “que existem hoje...”, o pronome
anualmente para formar novas palavras. Era uma destacado se refere
alegria sem tamanho! Afinal, todas as palavras a) às palavras.
que existem hoje vieram daqueles encontros b) às letras.
dentro do livro mágico. c) aos encontros.
Chegou o grande dia esperado por todas, o dia em d) às consoantes e vogais.
que elas ganhariam novas combinações e
formariam novas palavras para a nossa língua. 3. O conflito central do enredo é desencadeado
Todas estavam ansiosas, menos a letra W que se a) pela assembleia que acontecia anualmente.
considerava desnecessária, pois pouco era usada. b) pelo sentimento de inferioridade da letra W.
Mas para formar novas palavras, as letras c) pela busca feita pelas letras ao redor do mundo.
precisavam dar uma volta ao redor do mundo, a d) pelo juramento feito pela letra W diante do
fim de realizar descobertas e fazer novas alfabeto.
amizades. E assim foi feito. Quando chegou a hora
de retornar para o livro mágico, todas estavam 4. Há uma opinião em
felizes, pois haviam concretizado seus desejos e a) “Chegou o grande dia esperado por todas...”
feito novas amizades. Inúmeras palavras foram b) “Consoantes e vogais se reuniam anualmente
criadas naquele dia. Entretanto, uma delas sentiu para formar novas palavras.”
a falta do W, ele não havia retornado. c) “... o alfabeto só se torna completo com as 26
Então as letras resolveram fazer uma busca pelo letras, sem você, estaríamos truncados e tristes.”
mundo, foram em todos os lugares onde d) “A letra W pensou muito no que a letra T havia
acreditavam que o W poderia estar. Foram ao dito. Resolveu então voltar para o livro mágico...”
Brasil, ao Chile, à Espanha, e nada. Finalmente, já
no fim do dia, a letra T o encontrou numa pequena 5. No trecho: “Consoantes e vogais se reuniam
ilha, muito triste, no Tawian. O T foi logo anualmente para formar novas palavras.”, o termo
perguntando: grifado introduz
Por que você não foi com a gente de volta para a) uma finalidade.
o livro mágico? b) uma consequência.
Enfaticamente a letra W respondeu: c) uma concessão.
Sou desnecessário, pois sou pouco usado, as d) uma causa.
palavras não gostam de me utilizar, e quando me
usam, é somente para substituir a letra U ou a letra 6. Assinale a opção em que o trecho do texto
V. apresenta uma causa em relação ao fato anterior
Você é importante – retrucou o T, o alfabeto só mencionado.
se torna completo com as 26 letras, sem você, a) “... porque aguardavam a grande
estaríamos truncados e tristes. Volte conosco, assembléia.”
precisamos de você! b) “...pois pouco era usada.”
A letra W pensou muito no que a letra T havia dito. c) “...pois haviam concretizado seus desejos e
Resolveu então voltar para o livro mágico e jurou feito novas amizades.”
diante de todo o alfabeto que algum dia d) “...que fosse conhecida por todos os seres
encontraria uma palavra importante que fosse humanos.”
conhecida por todos os seres humanos.
7. O desfecho do texto gira em torno de
Negrão, Agamenon Oliveira, Junho de a) uma aventura.
2018/Escola João Moreira Barroso/ b) uma promessa.
Adaptação de Maurício Araújo/São Gonçalo do c) um pacto.
Amarante-CE d) uma descoberta.
8. Leia o fragmento de uma crônica para 9. Qual o tema central do conto que você leu
responder à questão: a) Um homem que narra e descreve sua rotina
após ser abandonado.
BOCA DE LUAR (Fragmento) b) Um homem que narra e descreve sua sede de
amar.
Você tem boca de luar, disse o rapaz para a
c) Um homem que narra e descreve a briga pelo
namorada, e a namorada riu, perguntou ao sal no tomate.
rapaz que espécie de boca é essa, o rapaz d) Um homem que narra e descreve a primeira
respondeu que é uma boca toda enluarada, vez que o leite coalhou.
de dentes muito alvos e leitosos, entende? Ela
não entendeu bem e tornou a perguntar, desta 10. A narrativa do conto acontece em
vez que lua correspondia à sua boca, se era a) 3ª pessoa narrador onisciente.
crescente, minguante, cheia ou nova. Ao que b) 2ª pessoa.
o rapaz disse que minguante não podia ser, c) 1ª pessoa.
nem crescente, nem nova só podia ser lua d) 3ª pessoa narrador observador.
cheia, uai. Aí a moça disse que mineiro tem
cada uma, onde é que se viu boca de lua 11. O trecho abaixo que confirma que a narração
do conto acima está em 1ª pessoa, narrador-
cheia, até parece boca cheia de lua, uma
personagem é
bobice. O rapaz não gostou de ser chamada a) “(...) o batom ainda no lenço, o prato na mesa
de bobice a sua invenção, exclamou meio por engano, a imagem de relance no espelho (...)”
espinhado que boca de luar, mesmo sendo de b) “(...) Com os dias, Senhora, o leite primeira vez
luar de lua cheia, é completamente diferente – coalhou(...)”
insistiu: com-ple-ta-men-te – de boca cheia de c) “(...) Uma hora da noite, eles se iam e eu ficava
lua; é uma imagem poética[...] só. (...)”
Carlos Drummond de Andrade d) “(...)Amanhã faz um mês(...)”
1. O trecho da crônica representa a conversa
entre um casal de namorados. O objetivo do
rapaz, ao dizer que a moça tem boca de luar, foi
a) fazer uma piada.
b) fazer uma crítica.
c) fazer um elogio.
d) fazer uma brincadeira.

Leia o texto abaixo para responder às


questões 9 - 11.

APELO
Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de
casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não
senti falta, bom chegar tarde, esquecido na
conversa de esquina. Não foi ausência por uma
semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa
por engano, a imagem de relance no espelho.
Com os dias, Senhora, o leite primeira vez
coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos:
a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou
debaixo da escada. Toda a casa era um corredor
deserto, até o canário ficou mudo. Não dar parte
de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos.
Uma hora da noite eles se iam. Ficava só, sem o
perdão de sua presença, última luz na varanda, a
todas as aflições do dia.
Sentia falta da pequena briga pelo sal no tomate
— meu jeito de querer bem. Acaso é saudade,
Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes
poupei água e elas murcham. Não tenho botão na
camisa. Calço a meia furada. Que fim levou o
saca-rolha? Nenhum de nós sabe, sem a
Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas
mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor.
Dalton Trevisan.

Você também pode gostar