FREUD, Sigmund; DE SOUZA, Paulo César. Observações psicanalíticas sobre um
caso de paranoia relatado em autobiografia (" o caso Schreber"): artigos sobre técnica e outros textos. Companhia das Letras, 2010. (Pag. 100 – 110)
Freud aborda o tema das transferências sendo vital para a psicanálise,
destacando seu processo terapêutico.
A transferência é influenciada pela disposição inata do individuo e suas
experiências na infância onde estabeleceu um padrão característico de conduzir sua vida amorosa que se repete ao longo de sua vida e relações, podendo sofrer alterações na presença de outras experiências
A transferência nada mais é do que direcionar sentimentos emocionais e
eróticos para o terapeuta, normalmente baseando se em imagens inconscientes. Freud diz que em pacientes neuróticos essa transferência pode ser intensa, onde desempenha o papel da resistência ao tratamento e onde os impulsos eróticos ocultos são expressos.
Transferência positiva: quando são manifestados sentimentos afetuosos de
forma amistosa, com ternura e amor. Transferência negativa: quando o que é manifestado é a agressividade e a hostilidade do paciente em relação ao analista. Transferência mista: onde sentimentos ambivalentes da criança, em relação aos pais são reproduzidos em suas relações.
Essas transferências são configuradas como resistência ao tratamento quando
são transferências eróticas reprimidas e transferências negativas, porém quando elas se tornam conscientes para o paciente elas poderão ser resolvidas e o trato com o psicanalista é reestabelecido, dessa forma, até mesmo a transferência negativa é fundamental para levar á cura das neuroses. Logo, é fundamental a compreensão e superação das resistências emocionais e eróticas do paciente.