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Bia Blake

Nome: Bianca Blake

Idade: 25

Altura: 1, 70

Nacionalidade: Marte

Raça: Mestiça

Características:
Bia é uma mulher de altura média, pele branca, cabelos extremamente pretos e curtos,
olhos da cor rosa, magra e de porte atlético. Ela possui vários piercings na sobrancelha,
nariz e orelha. Tem um rosto fino e usa maquiagem pesada. Gosta de usar vários
acessórios, além de se vestir em tons escuros, ela usa um cropped de manga longa, um
cinto de couro na cintura, calças estilo cargo e botas de couro pretas com algumas
correntes penduradas. Bia usa todos os dias um pequeno relógio com pulseira de couro
vermelha em seu pulso esquerdo.

História:

Bianca Blake é a filha mais velha de seus pais, Antony O'Bryan e Alice Blake, além
dela seu irmão mais novo Bruno Blake formavam uma família feliz, até o infeliz dia, no qual
Bia chama de “a noite nublada”. Anos atrás, antes mesmo do incidente, seu pai Antony
O’Bryan, um homem marciano alto, grandão, barba e cabelos castanho claro, olhos da cor
rosa e no geral bem bonitão, era apenas um cara normal vivendo sua vida, contudo ele
tinha um segredo, Antony apesar de aparentar ser um homem educado, divertido e muito
inteligente, secretamente fazia parte de uma faccção em Marte, chamada Vorges. Pouco se
sabe sobre a própria facção, muito menos qual era seu papel ali dentro, contudo
aparentemente ele parecia ser bem conhecido e importante na facção.
Certa vez, em um dia qualquer, Antony decidiu ir beber com os amigos a noite em
um bar, o Caneca Cheia, que ficava perto da residência onde morava, ele costumava ir lá
com frequência, ao chegar no bar tudo parecia como de costume, porém ao olhar melhor
para o local logo percebeu uma nova bartender. Ela era linda, tinha cabelos extremamente
pretos e longos, olhos da mesma cor dos cabelos, pele branca, rosto fino e um sorriso largo
adorável. Antony se apaixonou quase que imediatamente, ela definitivamente havia
chamado sua atenção, naquele dia passou a noite toda conversando com a nova bartender.
Seu nome era Alice Blake, e era seu primeiro dia no Caneca Cheia, aparentemente, para
ela era apenas mais um trabalho de meio período para que conseguisse pagar as contas,
acontece que em seu outro turno ela trabalhava como dançarina. Alice Blake era uma
mulher terráquea paciente, gentil e também muito divertida, além de ser uma bailarina muito
talentosa e habilidosa, adorava o balé e queria seguir carreira como uma bailarina de
sucesso, contudo devido suas poucas condições, no momento, era impossível viver apenas
da dança, foi então quando resolveu arrumar um segundo trabalho para que pudesse viver.
Antony passou a ir todos os dias à Caneca Cheia para ver e conversar com Alice. A
partir desse ponto ambos já desenvolviam um sentimento profundo entre si. Quatro meses
depois Alice chamou Antony para assistir uma de suas apresentações proficionais e sem
titubear ele aceitou. Antony ficou encantado com o espetáculo, durante a apresentação ele
só tinha olhos para Alice. Foi ali naquele momento que ele havia tomado uma decisão,
deixaria tudo para trás e ficaria com Alice, custe o que custasse. Ao final do espetáculo,
Antony foi rapidamente procurar Alice nas coxias do teatro e quando a encontrou lhe deu
um beijo inesperado, o primeiro beijo do casal, e a propôs em casamento. Alice, estarrecida
por um momento, retribuiu o beijo, olhou sorrindo para os olhos cor de rosa de Antony e
aceitou o pedido. O jovem O’Bryan sem uma aliança no momento, pega seu pequeno
relógio de pulseira de couro vermelha do braço e coloca no pulso da amada, dizendo que
seria apenas provisório, ambos riram muito daquela situação.
Antony decidiu resolver seu total desligamento e saída da facção, ele não queria que
Alice soubesse de seu passado muito menos que corresse perigo por ele fazer parte. Mas
dentro do grupo, seu pedido não foi muito bem aceito, aparentemente os Vorges não
gostaram da ideia do seu “desligamento” muito menos que ele havia se apaixonado por
uma terráquea. Porém, o jovem O’Bryan era muito inteligente, acabou, de certa forma,
conversando-os de sua saída com uma espécie de acordo para em troca deixar ele e sua
futura família em paz. Os Vorges aparentemente haviam concordado com o tal acordo.
Antony e Alice enfim se casaram, e por pedido do marido o casal decidiu adotar o
sobrenome de Alice como principal, dessa forma, os Blake’s se mudaram para um local
mais residencial-familiar da cidade, Antony mudou de “profissão” se tornando um professor
de artes marciais e um ano e meio depois do casamento, Bianca veio à luz e quatro anos
após Bia, Bruno nasceu. Ambos ficaram extremamente felizes, Antony era um pai muito
bondoso, divertido e brincalhão, ensinou Bia e Bruno desde pequenos a “lutar” em seu Dojo
e adorava passar tempo com os filhos. Já Alice sempre foi muito doce, carinhosa e
atenciosa com seus filhos, adorava ensinar balé para Bia e a colocou em tudo que era aula
de dança clássica, contemporânea, sapateado e jazz. As duas se divertiam muito quando
estavam ensaiando, mesmo quando Bia se estressava por não estar acertando a
coreografia, sua mãe sempre ria e dizia que a menina tinha o gênio do pai. Eram uma
família feliz.
Contudo, alguns anos depois, quando Bianca tinha 14 anos e Bruno 10, algo
aconteceu e enfim o passado de Antony chegou a vida dos Blake’s. Era aniversário de Bia,
naquela manhã sua mãe a acordou com vários beijinhos no rosto e apesar dos protestos de
Bia, Alice continuou dando os beijinhos carinhos na filha, que logo pulou da cama e foi para
o banho reclamando da forma como a mãe havia a acordado. Depois de arrumada, em seu
estilo rock star de ser, Bia desceu para tomar café, e seu pai já estava ali fazendo seu café
preferido: pão na chapa, ovos e bacon. Ele fez piada com o estilo da filha e Bruno entrou na
brincadeira, todos riam menos Bia que parecia aborrecida, mas no fundo achava um pouco
engraçado, apesar de em hipótese nenhuma admitir isso para os familiares. Seu pai lhe
entrega o prato com seu café, lhe dá um beijo no topo da cabeça, deseja feliz aniversário e
diz que daria seu presente a noite quando estivesse com o bolo “De chocolate com
morangos" Antony afirma sorrindo para a filha . Bia muda logo a expressão e fica
extremamente contente, era seu sabor favorito. Após alguns minutinhos a campainha toca e
Bia foi atender. Ela atende o interfone mas ninguém responde, decide então olhar pelo olho
mágico da porta e não vê ninguém, mas em cima do carpete da porta de entrada uma caixa
estava lá.
Bia abre a porta e se depara com a caixa misteriosa, ela olha em cima e apenas um
papel grudado com durex dizia “Para a Família Blake. Feliz aniversário” apesar de a menina
ficar confusa com o recado, ela achou interessante, olhou para os dois lados para ter
certeza de que ninguém estava ali e abriu a caixa. Ao abrir, se deparou com algo bizarro e
nojento. Havia quatro esquilos mortos, dois adultos e dois filhotes, um adulto e um filhote
vestia roupas “masculinas” e um adulto e um filhote vestia roupas “femininas”. A menina
gritou alto quando se deparou com aquilo, seu pai veio logo averiguar do que se tratava, ela
ainda segurava a caixa quando Antony viu a atrocidade. Ele pegou gentilmente a caixa das
mãos da filha e a mandou entrar.
Bianca ao entrar estava mais branca do que já era, sua mãe perguntou o que havia
acontecendo, mas ela estava aterrorizada demais para contar qualquer coisa. Depois de
seu pai inventar qualquer coisa para o resto da família ele foi deixar as crianças na escola.
Já a caminho para a escola, Antony disse para Bia que era um brincadeirinha de mau gosto
de alguma pessoa e tenta acalmar a filha na ida para a escola, apesar de não acreditar
muito, Bia concorda com o pai. Quando cehagam a entrada da escola ele dá um beijinho na
bochecha dos filhos e diz para a menina que o tio Guto iria buscar eles. Bianca faz um
careta na hora que escuta esse nome, o tio Guto era um amigo do seu pai que apesar de
ser educado e muito próximo de seu pai, ela o achava muito mal encarado e sério, além
disso os seus olhos brilhantes a davam medo. De qualquer forma a menina fez que sim com
a cabeça e dá tchau para o pai.
Na escola, tudo parecia normal, ela falou com sua melhor amiga Mari (Mariana
Duarte) o que tinha acontecido, Mari ficou assustada e achou estranho aquele
acontecimento, logo depois ela se encontrou com seu amigo Elliot e apesar de não contar
para ele o que havia acontecido de manhã ela comentou que estava abalada, eles
conversaram mais um pouco e o resto do dia seguiu normalmente. Algumas horas depois,
Bia e Bruno esperavam na frente da escola. Guto chega e pega as crianças na escola.
Bianca e Bruno fazem uma pequena careta quando ele chega, mas ambos seguem com o
tio Guto, um homem alto, forte, de barba e cabelos castanhos escuros, nariz fino e olhos
brilhantes com cara de mal encarado. O homem disse que levaria Bia para a aula de Balé e
de lá voltariam para casa. Apesar de Bruno não gostar muito da sugestão, ambos
concordaram com a cabeça. A aula seguiu normalmente, Guto e Bruno esperaram na
recepção do estúdio de dança enquanto Bia fazia uma das coisas que mais gostava no
mundo, mas especificamente naquele dia ela parecia distante e distraída na aula. De
repente, ela sente um arrepio na espinha que chega a tropeçar enquanto realizava um
passo de dança. Guto quase que imediatamente entra no salão espelhado e chama por Bia.
A jovem Blake olha incrédula para todas as colegas e rapidamente se despede, ao chegar
na recepção pergunta o que havia acontecido mas Guto não responde.
Guto dirigia rápido e em silêncio para a casa dos Blake’s. Já era início da noite, mas
diferente do tempo claro e limpo que estava naquela manhã, as coisas haviam mudado e
agora o clima estava pesado e nublado, com uma leve neblina à medida que se
aproximavam da casa. Ao chegar na propriedade, tudo parecia estranho, a porta da frente
estava aberta, as janelas laterais quebradas e tudo estava apagado. Guto, saiu do carro e
pediu para que as crianças esperassem no carro, os olhos dele brilhavam mais
intensamente do que nunca. Ele pega uma lanterna no porta luvas do carro e decide entrar
na casa de vagar. Alguns minutos se passam e nada acontece. Bianca, no carro, aguardava
impaciente, mas era algo que ela não conseguia fazer, nunca foi de receber ordens quieta,
então ela toma uma decisão, abre o porta luvas e pega a última lanterna que estava ali, olha
para seu irmãozinho e diz para ele ficar no carro, Bruno estava assustado demais e decide
obedecer a irmã.
A garota segue para a frente da casa, e logo percebe um rastro de sangue nas
escadas que davam para a sacada. A porta estava aberta e logo mais na frente do corredor
dois corpos mortos estavam no chão, aparentemente eram de pessoas que ela não
conhecia, eles estavam trajando o mesmo tipo de vestimenta, todos com roupas e
máscaras pretas. Havia sangue por todo lugar, no chão, nas paredes e até mesmo no teto.
Bia assustada decide adentrar mais a casa. Era como em um filme de terror, tudo estava
escuro e frio. Ela escuta algo vindo do andar de cima e decide ir averiguar, a menina seguiu
devagar tentando entender o que se tratava o som, a medida que subia as escadas ela
consegue distinguir um choro e uma voz masculina, “A voz do Guto”, ela pensou. Ao chegar
no andar de cima, percebeu que a última porta do corredor estava aberta, a porta do quarto
de seus pais. Ao entrar, dá de cara com seu tio Guto segurando, amigavelmente, o seu pai
pelas costas que parecia machucado, ele tinha arranhões por todo o corpo, mas Antony não
estava ligando para isso ele chorava desesperado e olhava apenas para um único lugar: o
corpo morto de sua mãe na cama. Alice estava jogada de braços abertos em cima da cama
com o rosto virado para cima, seus olhos ainda estavam abertos e um buraco no meio de
sua testa fez escorrer sangue por toda a cama. Além disso, ela segurava algo em sua mão,
uma pequena caixa embrulhada em papel de presente.
Bianca nunca ficou tão aterrorizada na sua vida. Seu pai enfim percebeu o que
estava acontecendo e se deu conta da presença de Bia no local. Ele rapidamente se
recompôs, pegou a garota nos braços e lhe deu um forte abraço. Mas a menina estava
anestesiada, a única coisa que ela queria fazer era acordar a mãe e sair dali. Bia se soltou
dos braços do pai, olhou para o rosto inanimado da mãe, pegou o presente, fechou seus
olhos e deu vários beijinhos em seu rosto antes de partir. Antony pegou Bia e saiu do
quarto, mas antes de sair da casa, a menina desidiu abrir o presente que sua mãe tanto
protegeu e segurava, era o relógio que Alice nunca tirava do braço, a com pulseira de couro
vermelho. Bia, que até o momento não havia chorado, desabou estantaneamente, quando
seu pai percebeu o que se tratava ele abriu um sorriso em meio às lágrimas e disse para a
filha “Era a nossa aliança”. Aquela foi a última vez em que pisaram na antiga casa.
Alguns meses depois Bia, seu pai e irmão haviam se mudado para bem longe do
terrível acontecimento. Eles moravam agora em um apartamento no centro da cidade, mas
nunca ficavam mais que um ano em um único lugar e estavam sempre se mudando. Antony
parecia distante apesar de sempre estar ali por eles, ele era o responsável por tudo,
cuidava das crianças e ainda trabalhava. Quando o pai precisava trabalhar até mais tarde
as crianças ficavam com o tio Guto, ou uma babá era contratada. A partir daquele dia Bia
mudou completamente, na escola já não ia tão bem, arranjava briga facilmente, começou a
se afastar dos amigos, em especial de Eliot, ela acha o garoto muito gentil e doce para
entender o que estava acontecendo com ela. A única que se manteve foi sua amiga Mari,
que era teimosa demais para se afastar da amiga, em partes, Bia gostava disso, talvez sem
Mari por perto ela teria enlouquecido.
Alguns anos se passaram e com 17 anos a menina decidiu entrar na academia de
polícia. Bia nunca havia esquecido do ocorrido, ela tinha pesadelos todas as noites, e algo
gritava em seu interior que aquilo não estava certo, naquele dia tudo começou a desandar
muito rápido as coisas pareciam armadas, o seu desejo em descobrir o que realmente
aconteceu cresceu de forma exponencial. Até que a ideia em se tornar detetive a caiu como
uma luva. Seu pai não gostava muito da ideia, ambos tiveram grandes brigas, Bia sentia
que ele guardava alguma coisa dela, mas Antony nunca contou nada. Teimosa do jeito que
é, Bia mesmo a contragosto de seu pai, se inscreveu e frequentou a academia de polícia.
Um ano se passou, e cerca de duas semanas após seu aniversário de 18 anos, ao voltar
para casa encontrou uma carta de seu pai em seu quarto. Nela estava escrito:

“Minha pequena,

Não sei nem por onde começar, mas tem coisas que ainda não

posso contar. Certas coisas aconteceram e infelizmente não poderei estar por

perto. Você agora é uma mulher crescida, apesar de eu nunca me

acostumar com isso, precisarei de você. Desde a noite nublada eu sei que

muita coisa mudou com a gente e entre nós, mas saiba que tudo que fiz

foi por vocês, talvez você não entenda agora, e espero que nunca entenda,

mas eu amo você e seu irmão e estar fazendo isso parte meu coração.

Terei que partir, nunca mais me verão, não me procurem ou tente

entrar em contato comigo, estarei bem. Você é a encarregada agora, não

deixe seu irmão, ele precisa de você, minha pequena. Peço perdão por ter

que te pedir isso, novamente, isso parte meu coração, mas terá que ser

feito. deixarei tudo para você, meu dojo, minhas economias, minhas coisas

e o apartamento, não precisará se preocupar com isso. Qualquer emergência

escreva uma carta para o Tio Guto, ele não atenderá o telefone, deixe a

carta na caixa de correio número 7 do prédio, mas se lembre, apenas

para emergências. Deixarei uma outra carta para seu irmão, nela eu

invento uma versão de o porquê ter ido embora. Seja valente, não tenha
medo de nada e sempre siga sua intuição, ela é forte assim como você. Eu

sinto muito, minha pequena.

Com amor,

Papai.”

Após essa carta, Bianca ficou completamente fechada, tudo que ela fazia e vivia era
para terminar seu período na polícia e poder por conta própria entender e investigar o que
estava acontecendo. Além disso, ela se tornou extremamente protetora com seu irmão,
Bruno era prioridade em sua vida, ela tinha medo de o perder também. Um tempinho se
passou e quando fez 20 anos, acabou conhecendo, na polícia, um jovem rapaz muito bonito
e engraçado, seu nome era Vinicius Williams, era um rapaz marciano de 23 anos, alto, porte
atlético, de cabelos longos castanho, olhos extremamente azuis e de orelhas levemente
pontudas. Vini, como ela o chamava, foi ganhando o coração de Bia aos poucos, o rapaz
era persistente, adorava a sua companhia. Bianca apesar de tentar arduamente não se
apaixonar, foi incapaz de conseguir tal feito, Vini era seu ponto fraco, ele era divertido,
atencioso e seguro de si, quase nunca aceitava um não como resposta e estava sempre
disposto para ajudá-la independente do que se tratasse. Além disso era muito amigo de
Bruno, adorava o garoto e se davam muito bem. Bianca não teve como dizer “não” para seu
pedido de namoro, foi uma paixão intensa, Vini foi a pessoa que fez Bianca parar de pensar
um pouquinho em sua vingança e se concentrar um pouco “no agora”. No seu primeiro ano
de namoro, já decidiram ir morar juntos, ambos já eram efetivados como detetives e
estavam trabalhando juntos em um caso especialmente difícil.
O tal caso se tratava de assassinatos que estavam acontecendo por todo distrito,
mas algo nesse caso chamava a atenção, ele tinha um padrão, aparentemente todas as
vítimas tinham um símbolo de lua marcado no meio do tórax das vítimas, além de que todas
elas eram pessoas que tinham poderes. O caso ficou conhecido como o assassino da noite.
Foram dias e noites sem dormir trabalhando até tarde, Bianca e Vinicius trabalhavam duro
nesse caso, mas aparentemente a pessoa por trás era sempre mais esperta que a polícia.
Mas à medida que eles chegavam perto de qualquer resposta que fosse, algumas coisas
estranhas aconteciam na vida do casal, algumas cartas chegaram os ameaçando, mas
ambos decidiram não se deixar abalar. Enfim, mais um ano se passou.
Contudo, certa noite, Bianca havia ficado até tarde no escritório da base policial,
revisando alguns documentos, quando recebeu uma ligação de uma chamada
desconhecida. Assim que atendeu uma respiração forte e pesada preencheu seus ouvidos,
a detetive Blake pergunta quem era, mas ninguém responde, alguns segundos passam e a
voz masculina e grossa responde que “A vista do apartamento era linda”. Bianca ainda
descrente que fosse verdade responde calmamente para que ele “enfiasse o celular no seu
orificio anal”. Mas antes de desligar algo chama sua atenção, ao fundo uma voz também
masculina sobressai aquela respiração, era a voz do Vini perguntando quem era essa
pessoa e mandando ele sair imediatamente do apartamento. Bianca, então fica
extremamente desesperada e decide ir correndo pra casa, ela apenas pegou a chave do
carro o celular e saiu correndo dali, mas junto a reforços policiais.
Ao chegar ao apartamento, Vinícius estava morto na sala de estar, com um símbolo
de lua marcado no meio de seu tórax, mas algo estava diferente, uma carta estava ao lado
do corpo. Ela dizia:

“Não precisam me achar, eu achei você :)”

Bianca se ajoelhou ali mesmo e chorou feito uma criança, tudo, novamente, havia
sido destruído. Ela se afastou do trabalho por alguns meses. Decidiu se mudar dali com
Bruno, mas nunca teve coragem de vender o apartamento. Aos 23 anos ela já estava de
volta ao trabalho, tentou seguir as investigações mas sem sucesso, o assassino apenas
havia sumido, nada fazia sentido para ela, o trabalho era a única coisa que ocupava sua
cabeça e mesmo assim ela sentia que não tinha mais forças. Até que um acontecimento
chamou sua atenção, uma mensagem no instagram de seu antigo amigo Elliot, falando que
havia cometido um crime e precisaria urgente da ajuda dela, principalmente para fugir da
polícia.
Bianca ficou espantada, pelo que ela lembrava do seu antigo amigo, ele não era
capaz de fazer esse tipo de coisa, ou pelo menos não aparentava ser o tipo que faria algo
assim. Ao averiguar o caso Bia deu altas gargalhadas, aparentemente o rapaz só tinha
“roubado” uns salgadinhos de uma loja de conveniência, a detetive foi no estabelecimento,
conversou com o dono, pagou pelos salgadinhos e depois foi embora. Achando engraçada
a situação, Bia chama Elliot para tomar um café e a partir desse momento ambos
começaram a se aproximar mais e mais, criando uma bela amizade. Elliot era divertido e
fofo, tinha um cuidado que realmente deixava Bianca feliz, ele e sua amizade foram uma
importante peça para que ela não entrasse em depressão. Ela passou a confiar no amigo e
a contar sobre sua vida e ele fazia o mesmo, Bianca passava todas as tardes na biblioteca
em que ele trabalhava para deixar um café (ela sempre levava de sabores diferentes, pois
ele nunca dizia qual era seu preferido) e conversar um pouquinho. Elliot começou a
desabafar falando que estavam acontecendo uns negócios estranhos e queria que Bia
espionasse ele, e assim ela o fez. Foi quando Bia percebeu que Elliot, às vezes, se
“transformava” em uma outra pessoa completamente diferente, seu nome era Draco e
apesar de parecer muito com o amigo era como se fosse outra pessoa. Ela contou tudo
para o amigo, que apesar de ficar chocado já desconfiava de algo parecido. Um tempo se
passou e finalmente Bia tinha novamente alguém com quem contar.
Certa vez, algo muito estranho aconteceu, após Elliot desaparecer por quase duas
semanas, durante a madrugada o telefone de Bia tocou inúmeras vezes, além das várias
mensagens do próprio Elliot. Ele dizia que achava que estava sonâmbulo, que havia
dormido por duas semanas e acordou na Ásia, estava em uma casa desconhecida e
escondido embaixo de uma cama qualquer. Bia tentou ao máximo acalmar o amigo e deu
instruções para que ele saísse dali. Ela rapidamente entrou em contato com alguns amigos,
arrumou um dinheiro para comprar uma passagem de volta e para que ele viesse em
segurança, especificamente, pela primeira vez usou as instruções que seu pai havia
deixado para ela. Bia escreveu uma mensagem para o tio Guto, foi no prédio do seu antigo
apartamento e deixou na caixa de correio 7, esperando que isso funcionasse, por fim no dia
seguinte ela já estava com o dinheiro em mãos. Isso custou um dinheiro considerável, mas
para o amigo ela disse que foi custeado pelo governo, afinal Elliot a havia salvado uma vez,
nada mais justo que retribuir o favor. Assim que ele chegou no distrito ela deu uma bronca
nele mesmo sabendo que quem teria feito aquilo seria seu “outro eu”. Mas ficou contente de
Elliot não ter morrido, ter voltado em segurança e por fim deu um grande abraço no amigo.
Aos 24 anos, decidiu se afastar por um tempo da corporação, ela já não se sentia
bem ali, e seu luto a impedia de se concentrar no trabalho. Reabriu o dojo da família Blake,
e em parte o transformou em um estúdio de dança também. Seu irmão Bruno e sua melhor
amiga Mari a ajudaram no processo. Ambos, Bia e Bruno, davam aulas no dojo e Mari
ajudava na parte administrativa e manutenção do local, além de cuidar dos clientes. Três
vezes por semana ela trabalhava das 19 às 21 horas como professora de balé clássico para
crianças e adolescentes e das 21h à meia noite ela era professora de boxe, muay thai e
defesa pessoal para adultos, principalmente para mulheres. Durante o dia Bianca fazia
bicos de detetive particular. E aos sábados ela fazia aulas gratuitas de balé das 16 às 18h
para crianças com deficiências. No seu aniversário de 24 anos seu irmão Bruno deu a Blake
um cachorro que havia adotado, era um Border Collie, Bruno carinhosamente o apelidou de
Bacon. Ela amava o animalzinho. Sempre que precisava sair, ela deixava o amigo com sua
vizinha, a Lily, uma garota muito doce e inteligente que morava no apartamento logo ao
lado. Lily era sua vizinha desde que haviam se mudado para lá, e quando Bia começou o
estúdio de dança ela foi a primeira a se inscrever. Blake adora a menina e sempre confia
Bacon em suas mãos que também a adora.
Recentemente Bianca está meio agitada e incomodada, seu irmão caçula, que
sempre fora apaixonado pelo espaço e tudo que envolvia física e astrofísica, decidiu ir na
expedição a terra que tem como objetivo conseguir aliados para o combate dos infiltrados
numenorianos em Marte. Afinal Bruno vinha estudando física e astrofísica para atuar como
astronauta e finalmente, ele havia sido chamado para atuar na missão. Com o coração
partido, Bia foi obrigada a dizer tchau para o irmãozinho. Tudo correrá bem, porém já faz
um tempo que a irmã não recebe notícias de Bruno e isso a deixa extremamente ansiosa.
Para esfriar a cabeça, Elliot chamou Bia para o acompanhar em um bar que seu amigo o
tinha chamado.

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