Vantagens do betão

 Material estruturalmente resistente;

 Longos anos de vida útil;
 Economicamente viável;
 Garante isolamento térmico;
 Perfeitamente moldável;
 Permite liberdade formal;
 Garante liberdade funcional;
 Dispensa revestimento;
 Permite produção industrial;
 Custos de manutenção praticamente nulos.

Desvantagens do betão

 Material heterogéneo;
 Custo inicial elevado;
 Técnicas de produção exigentes;
 Controlo de qualidade exigente;
 Variação de volume;
 Estrutura robusta;
 Peso considerável;
 Material deteriorável;
 Apresenta patologias, em função da exposição ambiental;
 Pouca habilidade em vencer grandes vãos, sem apoios intermédios.

II.2. Fabrico do Betão

A produção de um betão, tanto pode ser realizada de forma manual ou mecânica.

A forma manual de produção do betão, é conseguida através da fabricação local,
utilizando métodos, técnicas e meios de produção artesanal.
Actualmente, e por questões de rapidez e economia, recorre-se mais ao uso de
meios mecânicos para a produção do betão, principalmente quando é solicitada a sua
produção em grandes quantidades. Para esse feito, torna-se necessário recorrer-se aos
serviços de uma central de betão, que coloca no local da obra, à data pedida, a
quantidade de betão necessária para execução de uma obra. Este procedimento tem a
vantagem do betão ser sempre controlado de forma eficaz e adquirir as características
mecânicas exigidas.
como norma, não deve decorrer mais do que uma hora entre a fabricação do betão, a sua
aplicação na obra e a sua compactação. Importa frisar que, após o despejo da massa, a
sua compactação terá de ser feita no prazo máximo de 15 minutos.
Quando a produção do betão é feita a grandes distancias da sua aplicação, o
mesmo deve ser transpor a seco, e só no local da obra deve ser adicionado à mistura a
água de amassadura.

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 Central de betão

A central de betão, deve ser definida, como um sistema automatizado de

equipamentos mecânicos, destinado a produção e controlo de qualidade do betão em
grandes quantidades.
Dependendo das condições e circunstancias específicas de cada obra, as centrais
de betão podem se encontrar localizadas no perímetro da obra, ou em zonas distantes da
obra. Quando o mesmo é produzido fora do perímetro da construção, é transportado até
ao local da obra, por intermédio de veículos automóveis, como auto-betoneiras, auto-
basculantes, etc.
As centrais de betão podem se classificar em duas categorias:
a) Centrais de doseamento;
b) Centrais misturadoras.

a) Centrais de doseamento: estas têm a função de realizar apenas a dosagem e

junção dos componentes do betão, passando a amassadura a ser efectuada em outra
etapa, por exemplo, através das autobetoneiras, durante o transporte.

b) Centrais misturadoras: têm a função regular a quantidade de elementos da

mistura, e de proceder simultaneamente ao processo de junção e amassadura do betão.

Transporte do betão

Assim como na mistura, também no transporte do betão, os meios são muito

diversos e variam de acordo com a situação específica de cada obra.
Dependendo das condições específicas de cada obra, os meios de transporte do betão
podem ser: meios manuais e meios mecânicos.

Os meios manuais, são solicitados quando o betão a transportar é feito nas

proximidades, ou dentro do perímetro de execução da obra, desde que não haja
quaisquer condicionantes ou limitações do acesso que liga o local de fabrico e o ponto
de aplicação do betão. Os mesmos variam entre meios rolantes como carros de mão, até
aos meios portáteis como baldes.

Os meios mecânicos, são solicitados quando o betão a transportar é fabricado à

longas distâncias da obra (através de automóveis), ou quando o mesmo é feito no
perímetro da obra mas, o acesso ao ponto em que tem de ser aplicado é limitado ou
condicionado (através de gruas).
Os meios mecânicos de transporte do betão podem ser:
a) Automóveis: auto-betoneira, auto-basculante, dumper, mini-escavadora,
mini-carregadora e retro-escavadora;
b) Gruas: Dependendo das características da obra, as gruas podem ser fixas, que
injectam a massa por intermédio do sistema gravidade; ou gruas móveis (retrácteis), que
fazem aplicação da massa por sistema de bombeamento

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 Chegada do betão à obra

Ao chegar no local da obra, o betão terá de apresentar qualidade aceitável, que permita a
sua utilização de forma mais adequada. Esta qualidade é garantida, quando são
verificadas as condições de fluidez e de coesão do betão.

Fluidez e Coesão do Betão

Diz-se fluido ao betão que, para uma determinada obra, for manejável, fácil de
transportar e de aplicar, sem perder a sua homogeneidade.
A consistência de um betão depende sempre da quantidade de água da mistura,
pois a facilidade com que o betão se deforma ou desagrega dos seus componentes, varia
com a mistura que foi feita. A facilidade com que o betão é capaz de se desagregar,
indica-nos o teor de coesão da mistura.
Às misturas muito coesas, a que se dá o nome de misturas viscosas; não se
separam muito facilmente, enquanto as misturas menos coesas apresentam a tendência
de se separarem.
Relativamente à coesão e fluidez, o betão pode ser classificado como:
 Betão seco;
 Betão plástico;
 Betão macio;
 Betão fluído ou líquido.

Nota: O índice de fluidez e coesão do betão, é determinado através do ensaio de

abaixamento, também conhecido como Slump Test. O ensaio é feito antes da
betonagem, com o betão ainda fresco e recém-chegado a obra.
Consoante o tipo de obra em que vai ser aplicado, ao betão se exige uma série de
condições que são específicas para esse tipo de obra.

Colocação do betão na obra

Durante a aplicação ou colocação do betão na obra, terão de se seguir

procedimentos técnicos adequados, para que o mesmo possa garantir as características
de homogeneidade, compactividade e uniformidade.

A homogeneidade do betão, é conseguida através duma betonagem vertical,

sem movimentos horizontais e sempre evitando que o betão seja lançado de grandes
alturas.
Cada camada de betonagem não deve ter uma espessura superior a 0,60 metros.
Depois de aplicada cada camada e no prazo de 15 minutos, deve proceder-se a sua
compactação. Este procedimento permite evitar que a massa entre o processo de presa,
sem ser devidamente compactado, o que alteraria as suas características, e o levaria a
perda de quantidade mecânicas, devido a formação de vazios no interior do betão.

A compactação do betão tem como objectivo evitar a formação de vazios, ou

formação de bolas de água no seu interior.

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 Quando se trata de lajes ou superfícies de pouca espessura, e o betão apresenta
uma consistência macia ou plástica, usam-se maços ou pilões e vibradores, para a
compactação superficial.
Quando estamos na presença de superfícies de grande espessura, ou de um betão
seco, que apresentam característica de resistência considerável, esta operação é
executada com recurso a vibradores, que vão produzir vibrações de grande intensidade,
de forma a permitir que os agregados da mistura preencham todos os vazios, eliminando
todo o ar envolvido na amassadura.

A uniformidade do betão, é conseguida com a verificação das condições

descritas acima, ou seja, através da uniformidade e da compactação. O betão uniforme,
é um betão que se mostra capaz de responder de forma igual em toda sua extensão,
sempre que for submetido a acção de diferentes forças.

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