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Defesa Sanitária

PNEFA

Prof. Dra. Janaína da Soledad


Objetivos de Aprendizagem do dia
• Conhecer os principios basicos do Programa Nacional de Erradicação
da Febre Aftosa

a Educação que transforma!


Definição
Doença infecto-contagiosa aguda ou subaguda que acomete mamíferos
de casco fendido, sendo altamente contagiosa em animais susceptiveis.

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Patogenia
Transmissão por aerossois e saliva mesmo antes do aparecimento de
sinais clinicos
Porta de entrada é a mesma porta de saida.
Maior importância para animais aglomerados, mas também e
importante para animais nao aglomerados
Momento de ruptura da vesicula – maior disseminação do virus
Disseminação por ate 30 km por aerossois
Tropismo também por células do espaco interdigital - cascos

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Patogenia
Virus altamente patogênico
Padrão da doença não tem tanta relação com o status imunologico do
animal, principalmente pelo curso tão rapido do desenvolvimento da
doença.
Imunodeficientes podem ser portadores por mais tempo.
Não é uma doença que leve à obito
Sua importancia esta mais relacionada às perdas economicas – barreira
comercial

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Programa Nacional de Erradicação de Febre Aftosa - PNEFA

Tem como objetivos a erradicação da febre aftosa em todo o Território


Nacional e a sustentação dessa condição sanitária
Como?
• por meio da implantação e implementação de um sistema de vigilância
sanitária apoiado na manutenção das estruturas do serviço veterinário
oficial e na participação da comunidade.

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Programa Nacional de Erradicação de Febre Aftosa - PNEFA

Estratégia principal:
• Manutenção de zonas livres da doença, de acordo com as diretrizes
estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
A execução do PNEFA
• Diferentes níveis de hierarquia do serviço veterinário oficial
• Setor privado

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Atendimento às suspeitas de doença vesicular e aos focos de
febre aftosa
Notificação compulsória em 24h
Interrupção da movimentação dos animais, produtos e subprodutos de
origem animal
Ações iniciais podem e devem ser ralizadas pela Vigilância local, em caso de
confirmação o MAPA passa a acompanhar diretamente.
A não confirmação do foco suspende a interdição.
A confirmação de foco de febre aftosa leva à declaração de estado de
emergência veterinária, de acordo com as orientações contidas nos planos
de contingência e de ação.

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Passo a passo no atendimento de notificações

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Fases de Investigação - Identificação
Doença Alvo – Febre Aftosa
Doenças indistinguiveis
• estomatite vesicular, infecção por Senecavírus A (SVA), exantema vesicular e
doença vesicular dos suínos (as duas últimas exóticas no Brasil);
Outras doenças infecciosas que podem apresentar lesões vesiculares ou
ulcerativas:
• vaccínia bovina, pseudovaríola bovina, estomatite papular, ectima contagioso, mamilite
herpética bovina, febre catarral maligna, rinotraqueíte infecciosa bovina e diarreia viral
bovina;
Agravos não infecciosos que podem provocar sinais clínicos confundíveis-
• intoxicação por plantas, fungos, produtos químicos, traumatismos e outros.

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Tipos de casos na investigação de doenças vesiculares
Caso suspeito de doença vesicular:
• Notificação indicando a possibilidade de existência de um ou mais animais
apresentando sinais clínicos compatíveis com doença vesicular infecciosa;
Caso provável de doença vesicular
Caso confirmado de doença vesicular:
• Constatação pelo serviço veterinário oficial de animais apresentando sinais clínicos
compatíveis com doença vesicular infecciosa, exigindo adoção imediata de medidas
de biossegurança e de providências para o diagnóstico laboratorial
Caso descartado de doença vesicular
Caso confirmado

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Caso Provável – Colheita de Material para Diagnóstico
• Sorologia
• Na fase inicial da investigação, a colheita de soro deve ficar limitada aos
animais com sinais clínicos, sendo recomendado colher no máximo
amostras de soro de 10 animais
• Observar se trata-se area onde se aplica a vacinação ou não.

• Colheita de Epitélio
• Liquido vesicular ou fragmento de epitelio de vesiculas rompidas
• Colher liquido e epitelio separadamente

• Fluido esofágico/faringeal – Probang


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Fase eclipse e prodomica

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Caso confirmado:
• Isolamento e identificação do vírus da febre aftosa;
• Detecção de antígeno viral em amostras procedentes de casos confirmados de
doença vesicular, ou de animais que possam ter tido contato prévio com o
agente etiológico;
• Existência de vínculo epidemiológico com outro foco e pelo menos uma das
seguintes condições:
• presença de um ou mais casos confirmados de doença vesicular;
• detecção de anticorpos contra proteínas estruturais ou capsidais do vírus da febre
aftosa em animais não vacinados contra essa doença; ou
• detecção de anticorpos contra proteínas não-estruturais ou não-capsidais do vírus
da febre aftosa, desde que a hipótese de infecção não possa ser descartada pela
investigação epidemiológica;

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Fase de Alerta
• A fase de alerta envolve o período entre a confirmação do caso
provável de doença vesicular e o diagnóstico definitivo.

• Os principais objetivos das ações desenvolvidas nesta fase são:


• dar início às atividades para avaliar a possibilidade de ocorrência da
doença em outros rebanhos;
• restringir a movimentação de animais suscetíveis à febre aftosa para
minimizar os riscos de disseminação do possível agente viral;
• dar continuidade ao levantamento de informações para, caso
necessário, implantar ações de emergência zoossanitária.

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Fase de Alerta

• Delimitar previamente uma provavel área de emergencia sanitária.


• Realizar levantamento epidemiologicos de vinculos

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Emergência Sanitária
Delimitação das areas de atuação – 25km
Area de proteção sanitária:
• Área geográfica estabelecida em torno dos focos de febre aftosa, de acordo
com a estratégia para contenção e eliminação do agente infeccioso
• Quem define é o sistema veterinário oficial, levando em consideração fatores
epidemiológicos, geograficos e viários do local
• Deve abranger: Area perifocal, area de vigilância e area tampão.

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Definições
Área perifocal:
• Imediatamente circunvizinha ao foco de febre aftosa, compreendendo, pelo
menos, as propriedades rurais adjacentes ao mesmo.
• Delimitado um raio de 3km
Área de vigilância:
• Imediatamente circunvizinha à área perifocal. Até 7 km da area perifocal.
Área proteção ou tampão:
• Imediatamente circunvizinha à área de vigilância, representando os limites da
área de proteção sanitária. Ate 15 km da área de vigilância.

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Estratégias em Emergências
Definição das delimitações das áreas
Conhecimento da população e população alvo
Definição de tempo de restituição
Vacinação de emergência??? Pros e Contras

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Classificações das Zonas
Zona livre:
• Com ou sem vacinação, representa o espaço geográfico com certificação,do
cumprimento das seguintes condições:
• ausência de ocorrência de focos e de circulação viral pelos prazos estabelecidos;
• existência de adequado sistema de vigilância sanitária animal;
• existência de marco legal compatível;
• presença de uma adequada estrutura do serviço veterinário oficial;
Zona tampão:
• Espaço geográfico estabelecido para proteger a condição sanitária dos rebanhos de
uma zona livre frente aos animais e seus produtos e subprodutos de risco oriundos
de um país ou de uma zona com condição sanitária distinta,

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Classificações das Zonas
Zona infectada:
• Espaço geográfico de um país que não reúne as condições necessárias para ser
reconhecido como zona livre, com ou sem vacinação;
Zona de contenção:
• Espaço geográfico estabelecido no entorno de explorações pecuárias infectadas ou
supostamente infectadas,
• São aplicadas medidas de controle para impedir a propagação da infecção.

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Reconhecimento e manutenção de zonas livres de febre aftosa

I - avaliação do cumprimento das condições técnicas e estruturais exigidas,


por meio de supervisão e auditorias do MAPA;
II - declaração nacional, por meio de ato do MAPA, de reconhecimento da
área envolvida como livre de febre aftosa, com ou sem vacinação, com base
em parecer favorável do MAPA;
III - encaminhamento à OIE de pleito brasileiro, fundamentado tecnicamente,
solicitando o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa,
com ou sem vacinação

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Reconhecimento e manutenção de zonas livres de febre aftosa

A manutenção da condição sanitária nas zonas livres de febre aftosa exige a


implementação de atividades contínuas de vigilância epidemiológica
• Controle de fronteiras nacionais e internacionais
• Avaliação do ingresso de animais, produtos e subprodutos
• Proibição da manutenção e manipulação do virus, exceto em instituições
aprovadas
• Proibição da alimentação de animais com restos de lixões e restos de comidas
(suideos)
• Monitoramento de proprietarios que tenham animais em outras unidades
federativas ou outros paises

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Reconhecimento e manutenção de zonas livres de febre aftosa

Animais que entrem em zonsa livres em desacordo com as instruções


deverão ser sacrificados
Seus produtos e subprodutos poderão ser aproveitados, desde que não
ofereçam riscos

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Vacinação
São utilizadas cepas inativadas
E proibida a vacinação de ovinos, caprinos e suinos
E obrigatoria a vacinação semestral de bovinos e bubalinos em etapas de 30
dias
Vacinação semestral de animais com até 24 (vinte e quatro) meses de idade e
anual para animais com mais de 24 meses de idade,
Realização ou não de etapa de reforço para animais com até 12 (doze) meses
de idade, em etapas com duração de 30 (trinta) dias.
Vacinação anual de todos os animais, em etapas de 45 a 60 dias, em regiões
onde haja dificuldade de manejo pelas condições geograficas.

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Vacinação
A responsabilidade de aquisição é do produtor
Em zonas livres de febre aftosa sem vacinação é proibida a aplicação,
manutenção e comercialização de vacina contra a referida doença.
Em áreas onde a vacinação é obrigatória, os estabelecimentos de leite e
derivados somente poderão receber leite in natura de explorações pecuárias
cujo produtor tenha comprovado a realização de vacinação.

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Ingresso de animais em zona livre de febre aftosa sem
vacinação
É proibido o ingresso de animais vacinados contra a febre aftosa em zona
livre sem vacinação.
Animais nascidos ou que permaneceram, imediatamente antes de seu
ingresso, por um período mínimo de 12 (doze) meses em outra zona livre de
febre aftosa sem vacinação, transportados em veículos lacrados.
Quando destinados ao abate imediato, os animais deverão ser encaminhados
diretamente a estabelecimentos com serviço de inspeção veterinária oficial.

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Ingresso de animais em zona livre de febre aftosa sem
vacinação
Deverão ser identificados de forma permanente;
Realização de testes de diagnóstico para febre aftosa, de acordo com
definições do MAPA, em amostras colhidas após 14 (catorze) dias, no
mínimo, do início da quarentena – com resultado negativo.
Caso haja um resultado positivo deverão ser observados as normas
previamente definidas.

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Ingresso de animais em zona livre de febre aftosa com
vacinação
Animais com origem em zona livre de febre aftosa sem vacinação:
• Ovinos, caprinos, suínos e outros animais susceptíveis, com exceção de
bovinos e bubalinos, estão dispensados de requisitos adicionais com
referência à febre aftosa;
• Bovinos e bubalinos, com exceção daqueles destinados ao abate imediato
deverão ser imediatamente vacinados contra a febre aftosa na Unidade da
Federação de destino;

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Ingresso de animais em zona livre de febre aftosa com
vacinação
Animais susceptíveis com origem em zona tampão, Unidade da Federação ou
parte de Unidade da Federação classificada como BR-3 (risco médio) para
febre aftosa:
• Serem procedentes de área sem notificações a pelo menos 12 meses e que a
doença não tenha sido notificada num raio de 25km nos ultimos 6 meses;
• Permanecer por 30 dias em local indicado e ser submetido a teste sorologicos;
• Se um animal for reagente todos os outros devem ser abatidos

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Trânsito de animais envolvendo zona tampão, zona infectada e
outras áreas segundo classificação de risco
I - os animais devem proceder de área, nos 60 (sessenta) dias anteriores, não
se tenha constatado nenhum foco de febre aftosa, e que, nas suas
proximidades, num raio de 25km, também não tenha ocorrido nenhum caso
nos 30 (trinta) dias anteriores;
II - para bovinos e bubalinos oriundos de regiões onde a vacinação contra a
febre aftosa for obrigatória, o serviço veterinário oficial deverá comprovar a
sua realização;
III - bovinos e bubalinos provenientes de zona livre de febre aftosa sem
vacinação deverão ser vacinados na chegada, sendo revacinados após 30
(trinta), caso a vacinação contra a febre aftosa seja obrigatória na região de
destino.

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Vigilância Sorologica

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O que veremos no
próximo encontro? • PNSE – Mormo e AIE

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