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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO


CAMPUS CENTRO-SERRANO
Estrada Guilherme João Frederico Kruger, S/Nº – Caramuru – 29645-000 – Santa Maria de Jetibá – ES. (27) 2234-3000

HUGO

TRABALHO
CONFLITO SÍRIA

PROF. Marcone Freitas

Santa Maria de Jetibá - ES


2023
HUGO

CONFLITO SÍRIA

Trabalho apresentado como requisito parcial para o curso de


Administração do IFES Campus Centro-Serrano como requisito para
obtenção de nota.

Orientador: PROF.ª MARCONE FREITAS

Santa Maria de Jetibá - ES


2023
SUMÁRIO

I. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 01
II. CONTEXTO E CAUSAS ............................................................................02
III. ENVOLVIMENTO INTERNACIONAL ....................................................... 03
IV. CONSEQUÊNCIAS ..................................................................................................... 04
V. DESAFIOS FUTUROS ................................................................................................ 05
VI. CONCLUSÃO .............................................................................................................. 06
VII. REFERÊNCIAS............................................................................................................ 07
I. INTRODUÇÃO

A Guerra na Síria: Um Conflito Complexo e Prolongado

A Guerra Civil Síria, desencadeada em 2011 como desdobramento da Primavera Árabe,


persiste como um conflito contínuo. Inicialmente, a insatisfação da população levou a
protestos contra o governo de Bashar al-Assad. A resposta repressiva do governo
impulsionou os opositores a se armar, marcando o início do conflito armado. Estima-se
que aproximadamente 600 mil pessoas tenham perdido a vida na Síria.

A Síria, situada no Oriente Médio, era governada pela família al-Assad desde os anos
1970. Bashar al-Assad, atual líder, assumiu o poder de forma ditatorial e envolto em
corrupção desde 2000. Filho do antigo governante Hafez al-Assad, Bashar al-Assad
ascendeu à presidência após eleições em que alegadamente 99,7% dos eleitores
aprovaram seu governo.

(Fonte: Samel Nidal Rahmi - https://pleno.news)

II. Contexto Histórico e Causas Iniciais

No final de 2010, uma onda de manifestações varreu os países árabes, tendo sua
origem na Tunísia. Esses protestos, em sua essência, demandavam maior democracia,
oportunidades de emprego e uma melhoria na qualidade de vida, tornando-se
internacionalmente conhecidos como a Primavera Árabe. Iniciada na Tunísia, essa
onda de manifestações se espalhou pela Líbia e Egito, atingindo a Síria em janeiro de
2011.

Na Síria, as manifestações concentraram-se em centros urbanos significativos, como a


capital Damasco, Aleppo e Deraa. Deraa foi palco de um dos episódios mais marcantes
da Primavera Árabe na Síria, quando o governo mobilizou a polícia secreta para deter
estudantes menores de 15 anos que haviam expressado críticas ao governo de Bashar
al-Assad através de pichações.

Esses estudantes foram detidos e submetidos a interrogatórios, enfrentando torturas


brutais pelas mãos dos agentes governamentais. Essa situação chocante causou
indignação nacional, desencadeando a propagação dos protestos por outras grandes
cidades sírias. A resposta do governo à insatisfação popular foi uma repressão violenta,
resultando na morte de manifestantes e alimentando ainda mais a determinação da
população em expressar sua revolta. Conforme os protestos ganhavam intensidade, as
forças enviadas por Bashar al-Assad tornavam-se progressivamente mais violentas.

A repressão implacável do governo sírio frente aos protestos desencadeou a formação


do Exército Livre da Síria (ELS), uma coalizão composta por civis, desertores militares
e grupos de oposição. Estabelecida em julho de 2011, essa força armada emergiu com
o propósito de expulsar as tropas leais a Bashar al-Assad das principais cidades sírias.
Apesar dos esforços da ONU e da Liga Árabe em mediar entre as partes para evitar a
eclosão de uma guerra civil, as tentativas de negociação foram infrutíferas.

Em resposta, o governo de al-Assad mobilizou suas tropas para retomar o controle das
cidades que haviam caído sob a influência do ELS. Os grupos de oposição,
demandando a renúncia de Bashar al-Assad, viram suas negociações falharem diante
da obstinação do presidente em manter-se no poder. Esse impasse precipitou ambos
os lados em um confronto armado aberto.

Assim teve início a Guerra Civil Síria, cujas dimensões se ampliaram


consideravelmente a partir de julho de 2011, embora oficialmente datada do mês de
março do mesmo ano.
III. Envolvimento Internacional e Múltiplos Atores

O conflito sírio rapidamente atraiu a atenção de atores internacionais, tornando-se um


campo de batalha para diversas agendas geopolíticas. Os Estados Unidos, a Rússia, a
Turquia, o Irã e outras potências regionais envolveram-se de maneira direta ou indireta,
fornecendo apoio militar, financeiro e logístico a diferentes grupos.

A intervenção russa em 2015, em apoio ao regime de al-Assad, alterou


significativamente o equilíbrio de poder no conflito. Por outro lado, as ações
divergentes dos Estados Unidos e da Turquia, cada um apoiando grupos diferentes,
agravaram ainda mais a complexidade da guerra.

IV. Consequências Humanitárias e Deslocamento em Massa

Uma das trágicas consequências da guerra na Síria é a imensa crise humanitária que
se desdobrou. Milhões de sírios foram deslocados internamente, enquanto milhões
buscaram refúgio em países vizinhos e além. Os campos de refugiados,
sobrecarregados e muitas vezes subfinanciados, tornaram-se símbolos das
dificuldades enfrentadas pelos que fugiram do conflito.

Além disso, a destruição generalizada de infraestruturas essenciais, como escolas e


hospitais, contribuiu para uma crise humanitária ainda mais profunda. As condições de
vida precárias nos territórios afetados pela guerra aumentaram a vulnerabilidade das
populações civis.

Dados fornecidos pelo site: “Todamateria" (https://www.todamateria.com.br/guerra-na-


siria/)

320.000 a 450.000 pessoas já morreram no conflito.


1,5 milhões ficaram feridas.

6,7 milhões de refugiados sírios, sendo a Turquia o principal destino com 3,7 milhões.
(Fonte: ACNUR/2019)

O Brasil, até 2018, tinha concedido entrada a 3.326 sírios. (Fonte: Ministério da Justiça
e Segurança Pública)

A Líbia abriga a 1,5 milhões de refugiados sírios que correspondem a 25% da sua
população.

6,5 milhões de pessoas foram deslocadas internamente.

1,2 milhão de sírios foram obrigados a deixar suas casas apenas em 2015.

A produção de petróleo era de 385.000 barris por dia em 2010, porém em 2017 era
8.000 barris/dia.

60,2% do território está controlado pelo Exército sírio. O restante do território é dividido
entre o Estado Islâmico, curdos e as Forças Democráticas Sírias. (Fonte: Agência
EFE/2019)

70% da população não tem acesso à água potável.

2 milhões de crianças estão fora da escola.

Antes da guerra, a população síria era de 24,5 milhões. Agora, calcula-se que seja de
17,9 milhões.

A pobreza atinge 80% a população, que não têm condições de acesso a alimentos
básicos.

15 mil militares de 80 nações estão na linha de frente do conflito.

V. Desafios para a Reconstrução e o Futuro da Síria

À medida que a guerra na Síria entra em seu segundo década, os desafios para a
reconstrução do país são imensos. A devastação econômica, a polarização étnica e
religiosa, bem como as cicatrizes psicológicas deixadas pelo conflito, representa
obstáculos significativos para a reconciliação e a estabilidade duradoura.

A reconstrução não se limita apenas à infraestrutura física, mas também inclui a


necessidade urgente de reconciliação política e social. A comunidade internacional
desempenha um papel crucial nesse processo, fornecendo assistência financeira e
apoio diplomático, ao mesmo tempo em que pressiona por soluções políticas
sustentáveis.

VI. Conclusão: Rumo a um Futuro Sírio Sustentável

A guerra na Síria é um lembrete sombrio da complexidade dos conflitos


contemporâneos, onde as linhas entre atores nacionais e internacionais, interesses
geopolíticos e aspirações populares se entrelaçam de maneiras intrincadas. A busca
por uma solução duradoura requer não apenas esforços para conter a violência
imediata, mas também um compromisso substancial com a reconstrução e a
reconciliação.

Enquanto o mundo observa o desenrolar dos acontecimentos na Síria, é imperativo que


a comunidade internacional continue a buscar soluções diplomáticas e a oferecer
suporte humanitário para aliviar o sofrimento da população síria. A construção de um
futuro sustentável para a Síria depende não apenas da cessação das hostilidades, mas
também de esforços coordenados para abordar as causas fundamentais do conflito e
pavimentar o caminho para uma paz duradoura.

VII. Referências.

- https://www.todamateria.com.br/guerra-na-siria/
- https://vestibular.brasilescola.uol.com.br/atualidades/conflitos-na-siria-intervencao-
dos-eua.htm

- https://guiadoestudante.abril.com.br/atualidades/entenda-as-causas-do-conflito-na-
siria/

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