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Olá Seja bem-vindo (a) ao curso de ELABORAÇÃO DE ESTUDO, LAUDO E PARECES SOCIAIS: PARA ASSISTENTE SOCIAIS
E PSICÓLOGOS
Ao longo do processo histórico de atuação do serviço social e da psicologia no judiciário teve como metodologia
operacional do “serviço social de casos individuais”, no caso da psicologia, além do social, envolvendo também a
questões psicológicas “psicologia social e institucional”.
Estes profissionais em sua base profissional e de conhecimento teórico-prático trabalham e operacionalizam o seu
saber por meio das etapas o quanto segue:
O estudo social é um trabalho no geral vinculado ao poder judiciário, embora hoje não seja do mesmo. Mas no
Sistema sócio jurídico (infância e juventude, abrigo, internatos, conselhos de direito, Ministério Público, sistema
penitenciário entre outros.). Mas para entender sobre o estudo social, precisamos entender o conceito
de DIAGNÓSTICO SOCIAL, QUE É EM SUMA INDISSOCIÁVEL DE UM ESTUDO SOCIAL (veremos mais abaixo sobre o
diagnóstico social).
No geral o estudo social é mais comumente utilizado na intervenção principal do Assistente Social, mas que também
em casos do judiciário pode ser utilizado pelo psicólogo no que compete a sua atribuição psicossocial.
E portanto estes serão os que direcionam-se na realização de uma prática de orientação e intervenção frente ás crises
familiares, e tem como objetivos:
Para o psicólogo, cabe numa atuação interdisciplinar com assistente social, na compreensão da situação-problema
afim de intervir por meio de uma análise psicológica no caso.
1º – “o quê” conhecer por meio dele, ou seja, qual o “objeto” a ser conhecido por meio dele.
2º – por quê e para que realizar o estudo, ou seja, quais os objetivos a alcançar e com quais finalidades.
3º – “como” fazer , isto é, qual a metodologia operativa que será utilizada (instrumentos e técnicas de intervenção).
O Estudo Social é realizado por meio de entrevistas, visitas domiciliares, pesquisa documental e bibliográfica,
observações, juntada de documentos, ou seja, uma série de informações com as quais o profissional constrói/elabora
um saber a respeito da população usuária dos serviços sociais e institucionais.
No caso de utilização dos instrumentos/técnicas de intervenção por meio de uma ENTREVISTA, VISITA DOMICILIAR,
segue abaixo algumas caracterizações fundamentais para compor na estrutura do estudo social e posteriormente no
laudo ou parecer social:
Identificação: nome, endereço completo, data de nascimento, naturalidade, escolaridade, e nome dos pais ou pessoa
de referência da criança (no caso de estudo relacionado a criança e adolescentes). Mas no geral a identificação
também é utilizada para jovens e adultos.
Situação familiar: composição familiar com qualificação dos integrantes do grupo; identificação dos problemas ou
a situação que está motivando a demanda do estudo social; que providências foram tomadas; como se expressam
os vínculos; interação familiar, potencial da família; valores religiosos; fatores de tensão da família:
desabrigo, desemprego, falta de pessoa para cuidar da criança, dificuldades econômicas, instrução limitada,
dificuldade de comunicação, nível de compreensão; doenças, dependência química; perdas significativas como
mortes, separações, institucionalização.
Situação sócio-econômica: renda familiar, responsáveis pela manutenção da família, situação de moradia (casa
própria, aluguel, casa cedida, abrigo etc), condições da moradia (aspectos físicos, higiene, conservação, organização,
condições de acessibilidade para pessoa com mobilidade reduzida).
Inserção na vida familiar e na sociedade: quais as formas que o usuário dispõe para inserção e ocupação do tempo –
escola, prática religiosa, lazer, atividades esportivas e culturais, etc.
Situação de saúde: existência de patologias na criança e familiares e/ou responsável, tratamento realizado,
medicamentos utilizados.
Rede de proteção social: equipamentos e serviços existentes na comunidade, como a família avalia os atendimentos
recebidos até o momento na rede institucional
SAIBA MAIS:
“A distinção estabelecida baseia-se na observação que a realização de uma perícia social implica na realização do
estudo social, porém o estudo social não é em princípio uma perícia. Por que? Porque a perícia tem uma finalidade
que é a emissão de um parecer para subsidiar a decisão de outrem (muito freqüentemente o juiz) sobre uma
determinada situação.”
O Diagnóstico Social
Vamos iniciar conceituando o diagnóstico social e para tanto temos com uma grande referência a (Mary Richmond
-1917) que conceitua o mesmo como
(…) Esta é uma tarefa que se impõe no âmbito do
trabalho social e de outras formas de
intervenção social. A título exemplificativo, cabe
recordar que, habitualmente, quando se trata do
processo metodológico geral, os aspectos
referentes ao diagnóstico social não costumam
ser objeto de especial tratamento. O mais
frequente é que se inclua como uma parte de
outra fase ou momento. Em alguns casos é
tratado como se fosse a própria investigação,
noutras circunstâncias é considerado como
fazendo parte do planeamento.
Vale ressaltar que os outros falam de diagnóstico participativo, como se a elaboração de um diagnóstico se reduzisse
a conversar com as pessoas acerca dos seus problemas, prescindindo das técnicas ou de procedimentos mais ou
menos formalizado.
Portanto chegamos à conclusão mais importante, ou pelo menos a mais significativa que podemos retirar deste
conceito, é a necessidade de determinar o significado e o alcance do diagnóstico social que a sistematização dos
métodos de intervenção social como um marco fundamental na história do trabalho social.
Outro aspecto muito importante é o processo que Mary Richmond propõe para realizar um diagnóstico social,
embora ela inclua as fases do processo de intervenção social. Começa com o que chama de “evidência social”. (os
fatos que, tomados na sua globalidade, indicam a natureza das dificuldades sociais de um determinado utente e os
instrumentos para a sua resolução). Ou seja um “processo racional pelo qual passamos de fatos conhecidos a e fatos
desconhecidos”.
Dá-se início ao processo em direção ao diagnóstico, que explica através dos procedimentos que se utilizam e que
inclui quatro fases:
Um diagnóstico não se realiza só para saber “o que acontece”. Realiza-se também para saber “o que fazer”. Por isso,
existem dois prognósticos ou finalidades últimas do diagnóstico:
Quando falamos de servir de base para programar ações concretas, estas “ações” podem fazer parte de um plano, de
um programa, de um projeto, um serviço, ou simplesmente de um conjunto de atividades mais ou menos articuladas
entre si. Por outras palavras: a partir dos dados sistematizados do diagnóstico, projetam-se as operações e ações que
permitem enfrentar de forma permanente (com maior organização e racionalidade possível) os problemas e
necessidades detectados no mesmo.
Chegamos no fim de nossa primeira aula, mas deixamos alguns materiais complementares para que você possar
baixar e ler!
(NO CURSO DE TÉCNICAS DE ATENDIMENTO E VISITA FAMILIAR VOCÊ TEM MAIS MODELOS)
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AULA I – Introdução ao Estudo Social AULA II – O laudo Social para Assistentes
e Diagnóstico Social o Estudo Social Sociais e Psicólogos