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Análises,

acontecimentos
e criptoativos
mais valorizados
do 1º semestre
de 2023
Sumário
Introdução

Análise de mercado
DeFi
e on-chain
- Preço - O boom do liquid
staking
- Maiores valorizações
- RWAs
- Investidores de longo
prazo (LTH) - De Dapps a
plataformas
- Saída de bitcoins das
exchanges
NFTs
- Dominância crescente - Cenário de NFTs
- Index NFT-500
Smartcoins
- Marketplace Wars
- Ethereum
- Morte dos Royalties
- Solana
- Ordinals
- Polygon
- Rollups
Conclusão
- Layers 1

Regulação
- Estados Unidos
- Europa
- Ásia
- Brasil

Research MB
Introdução
O mercado cripto passou por
ano de derrocada em 2022, com
queda de 64% no bitcoin e de
67% no ether. Naturalmente a
expectativa era de que o ano de
2023 fosse de recuperação.

Isso acabou se concretizando,


pelo menos no primeiro
semestre, com bitcoin subindo
84% e o ether 61%. No entanto,
o preço não é o único fator que
conta a história desse primeiro
semestre. Como veremos
explicados a seguir, dados
on-chain do bitcoin mostram um
ano de acúmulo por parte dos
investidores de longo prazo.

Consequentemente, a confiança
de que um bull market se
aproxima segue aumentando.
Principalmente quando
contrastamos os ataques da
SEC ao mercado cripto com as
inúmeras inovações que vimos
acontecer neste primeiro
semestre.

Além disso, o escrutínio


regulatório das entidades
americanas se opõe aos mais
recentes pedidos de ETF
de bitcoin, como o da BlackRock.

Research MB
Análise de mercado: Preço

Alta no ano
Bitcoin se valorizou 84% em dólar
no primeiro semestre e fez com que
77% dos endereços estivessem no
lucro ao final de junho de 2023.

Research MB
Análise de mercado: Preço

Maiores
altas
Bitcoin cash (BCH) foi o
destaque em valorização
no ano, com alta de mais
de 180%.

Esse movimento foi


desencadeado pela notícia
de uma nova exchange,
EDX, financiada por
grandes players e que
listará BCH em sua
plataforma.

Outro destaque interessante


foi que o bitcoin foi apenas o
sexto ativo que mais se
valorizou no semestre.

Geralmente, em mercados
definidos como bull market,
o bitcoin não figuraria entre
os top 10 em valorizações do
semestre.

Research MB
Análise on-chain: Os investidores de
Investidores de longo prazo longo prazo atualmente
possuem um total de

Holders 14,4 milhões bitcoins.

Em termos percentuais,
isso equivale a 74% dos
bitcoins que estão em
mãos de investidores
que não pretendem
vender o ativo no
curto prazo.

O investidor de longo prazo segue o comportamento de


comprar na baixa e vender na alta ao longo dos anos.

O que nos faz acreditar que esse acúmulo de bitcoins


só vai parar quando os preços estiverem reagindo
positivamente.

Portanto, acreditamos no aumento da posição


ou em uma subida nos preços do bitcoin.

Research MB
Análise on-chain: Saldo de bitcoins nas exchanges

Saída
Até abril deste ano, tivemos o movimento
de entrada de bitcoins nas exchanges e,
desde então, iniciamos o movimento de
saída.

No acumulado, apresentou-se a saída


de 28 mil bitcoins das exchanges.

Research MB
Análise on-chain: Saldo de bitcoins nas exchanges

Saída
A Binance teve
um movimento
majoritário
de entrada,
mostrando que
o varejo ainda
tem força.

Na Coinbase,
o movimento
foi apenas
de saída.

Research MB
Análise on-chain: Saldo de bitcoins nas exchanges

Saída
Até março de 2020, o movimento de bitcoin
sempre foi em direção às exchanges.

Desde o coronavírus tivemos uma mudança na


tendência desse fluxo.

E a explicação para esse movimento é a de que o


investidor institucional não deixaria seu saldo de
bitcoins em exchanges e que ele prefere movê-los
para custódia própria ou uma terceirizada
escolhida por ele.

Research MB
Análise on-chain:Dominância do bitcoin

Crescendo
A dominância do bitcoin
saiu de 40% no início do ano
e, depois de 6 meses,
atingiu a máxima de 52%.

Acreditamos que a
dominância é um bom
indicador de que o atual
crescimento do mercado se
deve em boa parte pela
valorização do bitcoin.

Historicamente, a
dominância do bitcoin sobe
em período de bear market e
de recuperação e só volta a
cair em bull markets.

Research MB
Smartcoins
e Layers 1
Infraestrutura é um dos principais tópicos quando
falamos de qualquer mercado, e o cripto não seria
nenhuma exceção.

É vital que o mercado possua smartcoins e Layers


1 que sejam seguras, descentralizadas e
escaláveis, de modo a permitir transações entre
seus usuários e os contratos inteligentes com
mínima possibilidade de hacks, garantindo assim
características como a resistência à censura e
permitindo um onboarding
de bilhões de usuários.

O segmento é muito concorrido


e possui diversos novos projetos
sendo lançados a cada mês, com
narrativas diversas desde as
clássicas ethereum killers
até rollups avançados que
prometem escalabilidade e
interoperabilidade para suas
aplicações.

Nesta seção, exploraremos os


avanços na Ethereum, Solana,
Polygon e os principais avanços
em rollups e
outras Layers 1.

Research MB
Smartcoins

Ethereum
A Política econômica da Ethereum tem
se mostrado fortemente deflacionária
devido a alta atividade na rede nos
últimos meses.

Demanda por validadores aumentou


consideravelmente após o Shapella Fork,
pois riscos de staking foram reduzidos,
atualmente existem mais de 80 mil
validadores na fila para entrar no
processo.

Esse movimento pode fortalecer os


provedores de staking líquido, como
a LIDO, no próximo ciclo.

Research MB
Smartcoins

Ethereum
O número de Considerando o
desenvolvedores se crescimento no bull
manteve lateralizado market anterior,
desde 2022, mas ainda pode-se esperar o
no alto patamar de 6 mil. atingimento
da meta de 10.000
Movimento é visto como desenvolvedores
positivo, pois na maioria ativos no próximo
das outras chains o ano.
número reduziu
significativamente
no mesmo período.

Research MB
Smartcoins

Solana
Solana lançou em maio
deste ano seu smartphone
Saga, o primeiro dedicado
para a Web3 no mundo. O
celular tem tido bons reviews
de uso e terá mais
usabilidade conforme
aumentam o número de
aplicações na loja.

Outra notícia positiva


foi o lançamento da
DeBridge, bridge EVM
compatível que
permite a troca de
ativos entre
as redes.

Research MB
Smartcoins

Solana O anúncio da Jump


Capital, de que estaria
desenvolvendo um client
especializado para a
Solana, injetou uma boa
dose de otimismo nos
entusiastas da rede.

O Firedancer, como será


chamado, promete
atingir a ordem de um
milhão de transações
por segundo
na rede.

Research MB
Smartcoins

Solana
Outra novidade derrocada da FTX,
positiva para a rede continua vivo e investindo
foi o lançamento do justamente em seus dois
State Compression, maiores nichos (mobile e
que barateia NFTs) e tem um grande
consideravelmente potencial de crescimento
a mintagem de NFTs caso sejam resolvidos
na rede. seus principais problemas
como as outages.
O protocolo, apesar de
ter sofrido muito com a

Research MB
Smartcoins

Polygon
A Polygon anunciou recentemente o
lançamento de seu roadmap para o
Polygon 2.0, um programa que apresenta
diversas mudanças em seu ecossistema:

Mudança de arquitetura da sua sidechain para um


ecossistema de rollups do tipo Validium, com a
proposta de escalabilidade e interoperabilidade.

Lançamento de um novo token POL para o


ecossistema, substituindo o atual MATIC (1:1).

Nova governança do projeto.

Research MB
Smartcoins

Polygon
O novo ecossistema será
composto por inúmeras chains
capazes de processar provas
de conhecimento zero, com
finalidade quase instantânea
e alto volume de transação.

Os validadores serão
responsáveis por armazenar
os dados gerados de forma
Off-Chain e enviar as provas
para a Ethereum.

Além dessa inovação,


continuará o desenvolvimento
da recém lançada Polygon
ZkEVM.

Com essa
estratégia, a
Polygon está muito
bem posicionada
para surfar a onda
das Layers 2, que
deve se aproximar
em breve.

Research MB
Smartcoins

Rollups
Com o lançamento da Polygon ZkEVM, Taiko, ZkSync
Era entre outras diversas soluções de escalabilidade
da Ethereum, estamos entrando na Era dos Rollups,
onde a tão sonhada e necessária escalabilidade virá
do processamento por meio dessas soluções que já
ocupam espaço relevante no mercado:

Atingido recentemente, o marco


de US$ 11 bilhões travados nos
rollups, demonstra a força do
segmento que só tem a crescer
nos próximos anos.

O Deneb Fork, próxima atualização da Ethereum, prevê na


forma da sua EIP-4844 um espaço exclusivo, dedicado
aos rollups e novas transações (blobs) a serem utilizados
por estes, minimizando ainda mais os custos de transação
e favorecendo uma escalabilidade massiva.

A atualização deve sair ainda no final do ano de 2023 e


diversos protocolos já estão trabalhando para tirar o
maior proveito possível da mesma.

Research MB
Smartcoins

Layer 1
Nos últimos meses, tivemos diversos
lançamentos de novas Layers 1 com propostas
muito variadas, desde novas Ethereum Killers até
blockchains nichadas e com poderosos fundos
de Venture Capital impulsionando o seu
desenvolvimento por trás.

Entre os debutantes, podemos citar: Sui, Waves,


Sei, Aptos e Metis entre diversos outros que
prometem agitar o mundo das Layers 1.

Research MB
Smartcoins

Layer 1
A possibilidade de airdrops nessas chains
é alta, podendo ser uma fonte de renda
interessante para o investidor com muito
pouco ou nenhum risco.

Nessa linha, vale a pena ao investidor estar


familiarizado com o Galxe, plataforma de
tarefas para obter mais facilmente airdrops de
diversos protocolos.

Outra dica é preencher o Gitcoin Passport, da


plataforma de public goods de mesmo nome,
que tem o objetivo de verificar a humanidade
dos usuários e facilitar o financiamento de
diversos projetos no ecossistema.

Research MB
Cenário Regulatório
Os primeiros seis meses de 2023 foram
marcados pelo avanço significativo da
regulamentação de criptomoedas em todo
o mundo. Neste contexto, vamos explorar as
implicações dessas mudanças regulatórias,
destacando a importância da clareza
regulatória para o acesso ao mercado.

Vamos nos aprofundar na tendência


preocupante de regulamentação nos Estados
Unidos, desencadeada pela falência da FTX,
e como isso está afetando a confiança nas
agências reguladoras americanas. Também
abordaremos a postura mais estruturada da
Europa em relação à regulamentação de
criptoativos, com o Regulamento sobre
Mercados de Criptoativos (MiCA) fornecendo
uma clareza regulatória contrastante.

Além disso,analisaremos como os mercados


asiáticos estão se posicionando para
tornarem-se líderes na indústria de
criptomoedas, com Hong Kong se destacando
como um exemplo de uma abordagem
regulatória equilibrada e, por fim,
analisaremos o progresso da regulamentação
de criptomoedas no Brasil, que se destaca por
sua abordagem pró-ativa em comparação
com outras jurisdições.

Nesta seção, oferecemos uma visão


abrangente das tendências regulatórias
globais em criptomoedas e como elas estão
moldando o futuro do setor no primeiro
semestre de 2023.

Research MB
Regulação

Estados Unidos
A falência da FTX desencadeou
uma tendência de regulamentação
preocupante nos Estados Unidos.
A Comissão de Valores Mobiliários
(SEC), entre outras agências
reguladoras, adotou uma
abordagem mais agressiva
em relação ao mercado.
As recentes ações dos reguladores americanos têm gerado
incerteza para as empresas do setor, levando muitos
empreendedores a buscar outras jurisdições.

A natureza arbitrária desses processos está colocando à


prova a credibilidade das agências reguladoras americanas.
Se perderem nos tribunais, pode ficar evidente que as
ações dos reguladores foram motivadas por uma agenda
política, ao invés de uma análise técnica adequada.

O caso movido pela SEC contra


a Coinbase ilustra claramente a
mudança de postura da agência
em relação ao mercado de
criptoativos.

É importante destacar que a Coinbase é uma das exchanges


mais comprometidas com a conformidade regulatória no
mercado, tendo inclusive seu IPO aprovado pela própria SEC.

O desfecho deste caso específico pode ter o potencial de


influenciar significativamente o rumo da regulação de
criptoativos nos Estados Unidos, especialmente na ausência
de uma legislação específica emanada do congresso.

Research MB
Regulação

Europa
Na Europa, a abordagem
para a regulação de
criptoativos é mais
estruturada, com o
Regulamento sobre
Mercados de
Criptoativos (MiCA)
fornecendo clareza
regulatória.

Isso contrasta com os


EUA, onde a falta de
legislação específica
levou a ações regulatórias
arbitrárias.

O MiCA, apesar de ter aspectos restritivos, estabelece


regras claras para a emissão e prestação de serviços de
criptoativos, criando um ambiente de negócios mais
previsível.

A indústria de criptoativos recebeu positivamente o MiCA,


pois ele oferece segurança jurídica essencial para as
empresas que operam na União Europeia, permitindo-lhes
operar com maior confiança.

Embora o MiCA represente um avanço significativo na


regulamentação de criptoativos, ainda existem áreas não
abordadas pela legislação. Setores emergentes como as
Finanças Descentralizadas (DeFi), plataformas de
empréstimo como a BlockFi, e o mercado de Tokens Não
Fungíveis (NFTs) não estão claramente regulamentados
pelo MiCA.

Research MB
Regulação

Europa
A ausência de diretrizes claras para esses
setores pode necessitar de legislação
adicional, o que pode criar obstáculos
para o desenvolvimento dessas áreas
dentro da União Europeia.

Ainda assim, é importante notar que a


evolução da regulamentação é um processo
contínuo e essas questões podem ser
abordadas em futuras revisões do MiCA
ou em legislações complementares.

Research MB
Regulação

Ásia
Como um todo, a Ásia
está bem posicionada
para capitalizar sobre a
situação nos EUA. Com
mercados em rápido
crescimento e uma
abordagem regulatória
mais amigável, a região
tem o potencial de se
tornar um hub global
para a indústria de
criptomoedas.

A situação atual nos EUA pode acelerar essa


tendência, à medida que mais empresas buscam
estabelecer operações em mercados asiáticos.

Em meio à turbulência regulatória nos Estados


Unidos, os mercados asiáticos estão se
posicionando para se tornarem líderes na indústria
de criptomoedas. A situação nos EUA, marcada por
ações regulatórias intensas e incertezas, está
levando muitas empresas de criptomoedas a
buscar refúgio em jurisdições mais amigáveis.

Research MB
Regulação

Ásia
Hong Kong está ativamente fomentando um ambiente
favorável para empresas de criptomoedas, pressionando
bancos a aceitarem exchanges de criptomoedas como
clientes e incentivando o lançamento de ETFs de Bitcoin e
Ethereum.
O exclusivo framework "um país, dois sistemas" da cidade
é vantajoso para sua ambição de se tornar um hub de
criptomoedas, e se espera um boom de empregos no setor.

No Japão, o governo está fornecendo alívio fiscal para


emissores de criptomoedas e liderando iniciativas
regulatórias no que tange a Web3. O país até colaborou
com Singapura em um projeto piloto de criptomoedas.

A Coreia do Sul
aprovou a Lei de
Proteção ao Usuário
de Ativos Virtuais,
estabelecendo um
marco legal para
ativos digitais e
definindo medidas
de segurança. Essas
ações contrastam com
a situação regulatória
nos EUA e na Europa,
posicionando a Ásia
como um player
importante no
cenário global
de criptomoedas.

Research MB
Regulação

Brasil
No Brasil, a regulação de criptomoedas
avançou com um marco legal em 2023.
Este estabelece regras para empresas de
criptomoedas, incluindo registro no Banco
Central.

Comparado a outras jurisdições, o Brasil se


destaca pela abordagem pró-ativa.

Enquanto os EUA enfrentam incertezas


regulatórias, a Europa tem áreas cinzentas
no MiCA, a Ásia apresenta uma postura
variada e o Brasil tem um ambiente
regulatório claro.

Apesar dos avanços, desafios persistem,


como a questão tributária e a regra de
segregação patrimonial.

Research MB
Cenário das finanças
descentralizadas
Desde a forte queda no mercado de criptomoedas no
ano passado, o valor total bloqueado (TVL) em
protocolos de finanças descentralizadas (DeFi) sofreu
uma redução significativa, seguida por um período de
estabilidade que persiste até agora. A diminuição da
atividade em DeFi foi desencadeada pela queda nos
rendimentos on-chain, à medida que a demanda por
alavancagem diminuía em meio ao mercado em baixa.

Com retornos menores do que os oferecidos por


investimentos tradicionais, o mercado encontrou
refúgio em dois setores que tiveram um crescimento
expressivo nos últimos seis meses: o staking líquido e
os ativos do mundo real (RWAs).

O staking líquido simplifica o processo de staking de


Ether e permite que o Ether em staking seja usado
como garantia em protocolos DeFi, proporcionando
simplicidade e eficiência de capital. Por outro lado, os
RWAs oferecem acesso tokenizado a ativos do
mercado tradicional, permitindo que os usuários de
DeFi obtenham rendimentos, por exemplo, de títulos
do Tesouro dos EUA.

Research MB
DeFi

O boom do
liquid staking
O avanço do liquid staking está fortemente
ligado às duas últimas atualizações do
Ethereum: o Merge e o Shapella Fork.

Essas atualizações diminuíram o risco associado ao


staking de Ether, o que contribuiu para o crescimento
expressivo que podemos observar no gráfico ao lado.

Os protocolos de staking líquido mais que duplicaram


seu TVL nos primeiros seis meses de 2023, enquanto
os principais protocolos DeFi permaneceram
estagnados.

Research MB
DeFi

O boom do
liquid staking
A componibilidade inerente ao mundo das finanças
descentralizadas possibilita a construção de
aplicações em cima do liquid staking. Um exemplo
disso são os protocolos que visam criar stablecoins
ancoradas em tokens de staking líquido (LSTs),
como o crvUSD da Curve, o Gravita e o Ethena.

Essa primeira geração de protocolos "LSTFi"


experimentou um crescimento acelerado,
aproveitando o entusiasmo em torno do setor.
A evolução dessas aplicações cria uma demanda
adicional por LSTs, o que resulta em um ciclo
virtuoso onde as aplicações construídas sobre o
Ethereum contribuem para a segurança da rede
através da demanda
por staking.

Research MB
DeFi

RWAs
Os chamados real world assets (RWA) tiveram um
aumento de mais de 460% no Valor Total Travado
(TVL) em 2023, passando de US$ 118 milhões em
janeiro para mais de US$ 668 milhões em julho. Esse
crescimento expressivo pode ser atribuído à busca por
rendimentos na blockchain.

Desde o início do mercado de


baixa, com a diminuição da
demanda por alavancagem,
os retornos em DeFi
diminuíram significativamente,
abrindo espaço para novas
fontes
de rendimento.

Os protocolos de RWA
permitem que os usuários
acessem os retornos do
mercado tradicional de
forma tokenizada na
blockchain, através de
títulos do tesouro americano,
mercado de crédito e outros.

Research MB
DeFi

RWAs
O potencial dos ativos tokenizados é enorme e já foi
reconhecido por nomes de peso no mercado tradicional.
Recentemente, o CEO da Blackrock afirmou em
entrevista que o futuro dos mercados está na
tokenização. Em um whitepaper sobre o uso
institucional de DeFi, o JP Morgan destacou que a
tokenização oferece um ganho de eficiência
significativo para os mercados tradicionais.

A integração desses ativos com o ecossistema das


finanças descentralizadas não apenas atende à
demanda por retornos, mas também possibilita a
criação de novos protocolos que usam esses
ativos como base, semelhante ao que vimos
com os LSTs.

Research MB
DeFi

De Dapps a
plataformas
Em junho, a Uniswap revelou a arquitetura de sua
quarta versão, a Uniswap V4, que traz uma mudança
significativa no modelo de negócios do protocolo.
A nova versão introduz "hooks", que permitem a
integração de contratos inteligentes personalizados.
Isso transforma a Uniswap
de uma simples exchange descentralizada (DEX)
para uma plataforma multifuncional.

Essa mudança abre novas oportunidades de geração


de receita, pois a governança do protocolo pode
decidir cobrar taxas sobre a execução desses "hooks",
mantendo a plataforma atraente para os provedores
de liquidez.

Essa evolução de aplicações descentralizadas (dapps)


para plataformas representa um novo capítulo na
componibilidade em DeFi, levando o conceito de
"money legos" a um novo patamar.
DeFi

De Dapps a
plataformas
A transformação do modelo de negócios da Uniswap
estabelece um precedente intrigante para o que
pode ser o futuro das finanças descentralizadas.
As plataformas possuem vantagens competitivas
notáveis em comparação com um aplicativo
descentralizado (Dapp) comum, como a delegação
da responsabilidade de crescimento do protocolo
para terceiros que criam aplicações.

Ao adotar o formato de plataforma, os protocolos se


beneficiam do ecossistema que é criado em torno de
seus produtos, abrindo caminho para métodos mais
sustentáveis de geração de receita.

Research MB
Cenário
de NFTs
O mercado de NFTs da A volta desse sentimento
Ethereum passou por um negativo fez com que os
ano um pouco turbulento volumes de negociação
em 2022, com o volume de caíssem novamente, o
negociações apresentando que nos deixou com uma
uma queda de 19%. Esse queda de 38.71% em
movimento de queda era relação ao início do ano.
esperado à medida que
víamos o mercado de A seguir, veremos alguns
criptomoedas também outros acontecimentos
em derrocada. desse primeiro semestre
de 2023 e alguns insights
Porém, vimos uma sobre o que podemos
apaziguação dessa esperar para o
turbulência no início do ecossistema de NFTs
primeiro semestre de 2023 nesse segundo semestre.
com o airdrop do token
$BLUR que introduziu
liquidez de volta no
ecossistema de NFTs.

Essa liquidez deu uma


sobrevida momentânea
no mercado de NFTs.
Entretanto, não foi o
suficiente para afastar o
sentimento de bear market
que voltou com força para
o ecossistema no final
deste primeiro semestre.

Research MB
Análise de mercado: NFTs

Volume
2022-2023
Podemos ver a volta do volume no
início do primeiro semestre de 2023
com o airdrop do BLUR.

Podemos observar também que esse


airdrop não foi o suficiente para manter
os altos volumes de negociação no resto
do semestre.

Research MB
Análise de mercado: NFTs

Index NFT-500
NFT-500 é um índice de mercado criado pela
Nansen que consiste nas 500 coleções de NFT com
maior capitalização de mercado.

O índice alcançou seu menor ponto em julho de


2023, o que significa que o preço médio de boa
parte dessas coleções tem alcançado suas mínimas.

Olhando para os
detalhes do index,
podemos ver que o
principal nicho dos
NFTs, os NFTs sociais,
vem perdendo força.

Outro pequeno
detalhe é que o nicho
dos NFTs de Arte vem
se destacando ao
longo do tempo.

Research MB
NFTs

Marketplace Wars
A Marketplace Wars pode ser
resumida em uma disputa
ferrenha dos marketplaces
de NFT pelo marketshare
do mercado secundário.

Essa disputa trouxe algumas consequências


negativas para o espaço, como o aumento de wash
trading e a exploração dos royalties opcionais.

Mas também trouxe alguns benefícios como novas


ferramentas para otimizar a liquidez no espaço e a
popularização dos mecanismos de lending de NFTs.

Essa guerra se intensificou em outubro de 2022


quando o Blur anunciou o seu programa de incentivo,
que recompensaria usuários que utilizassem a
plataforma com airdrop do token $BLUR.

Research MB
NFTs

Marketplace Wars
Mas o Blur só foi se Porém, é importante
estabelecer como destacar que grande
marketplace líder de parte do volume do
volume, destronando o Blur é inorgânico e o
OpenSea, quando realizou marketplace continua
de fato o airdrop dos perdendo em questão
tokens $BLUR no dia 15 de usuários para o
de fevereiro de 2023. OpenSea.

Apesar da atividade inorgânica o Blur, ele ainda consegue


se diferenciar do OpenSea oferecendo ferramentas mais
precisas e atendendo a necessidade de grandes
colecionadores, seja para comprar ou vender NFTs.

Não esperaria que o Blur


perdesse a hegemonia como
marketplace líder de volume
tão cedo, até porque, a
plataforma continua a
manter seus usuários
engajados pelos airdrops
do seu programa de
incentivo.

Research MB
NFTs

A morte dos
Royalties
Uma das consequências geradas pelo Marketplace
Wars foi a popularização dos royalties opcionais
entre os marketplaces.

Esse característica é boa para o trader no curto prazo


que desfruta de uma porcentagem maior de lucros na
hora de vender seus NFTs, mas, a longo prazo, os
royalties opcionais prejudicam o desenvolvimento
de coleções que tem esses royalties como principal
fonte de receita.

Para remediar esse


problema o OpenSea
criou o Operator
Filter Registry
(OFR), uma solução
on-chain para novas
coleções que não
querem ter seus
royalties alterados.

Essa solução funciona bloqueando marketplaces que


não respeitam o Minimum Enforced Royalties (MER)
de negociar coleções que utilizam o OFR em seus
contratos.

O MER são os royalties mínimos que devem ser


pagos a coleções que não utilizam o OFR, no
caso a maioria das coleções de NFT antigas.

Research MB
NFTs

A morte dos
Royalties
O MER são os royalties Com o MER atual em 0,5%
mínimos que devem ser e o cenário de bear market
pagos a coleções que e baixo volume no
não utilizam o OFR, no ecossistema de NFTs tem
caso a maioria das feito com que as coleções
coleções de que não utilizam
NFT antigas. o OFR sofram para gerar
receita a partir de
royalties.

É possível ver a queda nos royalties totais pagos desde o


surgimento do primeiro marketplace que utilizou de royalties
opcionais em agosto de 2022.

Nos próximos anos veremos uma nova onda de coleções que


terão seus royalties garantidos on-chain, seja pelo OFR ou
por outra nova solução menos centralizada que possa surgir.

Para as coleções já existentes, que não conseguem atualizar


seus contratos para utilizar o OFR, essas terão que buscar
novos fluxos de receita para prosperar como uma companhia
ou marca rentável.

Research MB
NFTs

NFTs no Bitcoin
Desde o início de 2023, a comunidade do Bitcoin e os
entusiastas da Web3 estão agitados com o surgimento
dos Ordinals, uma nova forma de criar NFTs na rede do
Bitcoin.

Entre janeiro de 2023 e o início de julho de 2023, mais


de 17 milhões de Inscriptions foram criados na rede
do Bitcoin.

Esses Inscriptions são os propriamente ditos NFTs do


Bitcoin, eles estão vinculados a um satoshi (sat) que foi
identificado e rotulado pelo sistema Ordinal

A maioria dos Inscriptions mintados foram BRC-20,


que são um experimento de criação de tokens
fungíveis na rede do BTC.

Research MB
NFTs

NFTs no Bitcoin
Essa inovação na rede tem atraído uma nova demanda
para o espaço no bloco de transações, o que tem
aumentado as taxas da rede.

Esse aumento das taxas soluciona o problema do


budget de segurança mas acaba tornando as
transações mais caras para a função principal do
Bitcoin, de transacionar valor.

Por esses motivos, é possível que vejamos parte dessa


atenção se voltando para as layers 2 do Bitcoin que
tem como objetivo trazer soluções de escalabilidade.

Além disso, é importante lembrar que os Ordinals ainda


estão em estágios iniciais, o que significa que ainda
existem diversas possibilidades a serem exploradas
usando desse novo sistema.

Research MB
Conclusão
O ano de 2023 teve o seu primeiro semestre que
pode ser definido como de recuperação. As valorizações
podem ganhar muito destaque até entendermos o que
aconteceu nos primeiros seis meses do ano.

Além dos dados on-chain que se mostraram super


positivos, com números de acúmulo e de saída de bitcoins
das exchanges, outras coisas merecem mais destaque.

Como o caso do Ethereum, que segue fazendo seus


avanços técnicos e movimentando o mercado pós fork.
Outras plataformas de contrato inteligentes também
tiveram seus avanços, como Solana, Polygon e demais
Rollups.

No cenário regulatório o mundo se divide entre os amigos e


inimigos de cripto. Os EUA hoje se encontra no espectro de
inimigo e a Ásia no de amigo.

Em Finanças Descentralizadas (DeFi) a bola da vez foi liquid


staking, que teve um semestre de boa tração e grande
atenção pós atualização do Ethereum.

No front dos NFTs, a nossa tese de guerra de marketplaces


se confirmou e o OpenSea perdeu bastante espaço para
o Blur. Os volumes de negociação no geral caíram e as
coleções mais famosas seguem sendo desafiadas pelas
condições do mercado.

Analisando friamente o que aconteceu, vemos cripto


claramente avançando e encontrando obstáculos pelo
caminho. Hoje o principal deles é a regulação e por isso
seguimos de olho nos passos da SEC.

Research MB

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