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APRESENTA:
TRASHED
SÉRIE STRIPPED #2
JASINDA WILDER
EQUIPE PÉGASUS
LANÇAMENTOS
Envio: Soryu
Tradução: Cartaxo
Minha co-estrela, Rose Garret, está sentada ao meu lado, com uma
garrafa meio vazia de água em uma mão, e seu celular na outra. Está tão
entediada quanto eu. O motorista puxa as rédeas; a carruagem oscila em uma
curva e estamos nos aproximando da rua principal. É um dia quente, e até
mesmo à sombra do telhado da carruagem não é suficiente para nos refrescar.
1
Forte construído no século 18 pelos franceses e depois ocupado pelos ingleses. Fica em Michigan.
estou entediado, com fome, irritado, e inquieto. Está chegando a hora do
jantar, e eu posso ser um idiota quando estou com fome.
E então eu a vejo.
2
Mackinac Island – ilha que fica em Michigan
Tudo o que vejo é o seu cabelo. Um maldito rio de cachos negros que
vão até a cintura. Ela está de costas e tem sua cabeça inclinada para trás, os
cabelos soltos em cascata pelas costas em uma cintilante cachoeira preta. Seu
cabelo é como uma asa de corvo, tão negro que é quase azul, pegando o sol
quando ela o balança. Ela puxa um laço e embola o cabelo acima da nuca.
Minha irmã Lizzy chamaria isso de coque. Eu não sei como sei disso, mas é o
que vem à minha cabeça quando a vejo.
E Deus, seu pescoço. Quando ela inclina a cabeça para trás, o pescoço é
uma curva delicada, expondo sua garganta ao sol. É o tipo de garganta que um
homem pode passar horas beijando.
Ela levanta o coque com uma mão, limpa em volta do seu pescoço e
testa seus ombros. Ela gira e está se virando para mim.
Sua pele é bronzeada, naturalmente bronzeada por ficar horas sob o sol,
e seus olhos, eles são enormes, amplos e marrons escuro, como piscinas de
chocolate. Estou a menos de dez metros quando a carruagem passa, ela olha
diretamente para mim, fazendo uma pausa com uma mão na parte de trás do
pescoço, seus olhos encontram os meus e ela percebe quem eu sou.
Eu não estou ciente de me mover, mas a próxima coisa que sei, é que
estou pulando da carruagem e correndo de volta para conhecer a garota. Rose
apenas revira os olhos para mim e Gareth se inclina para fora do transporte
gritando
A menina agarra algo que ela tinha apoiado contra as pernas, e então se
vira rapidamente para longe de mim, começando a andar como se tivesse
medo, ou vergonha. Ou ambos; As vezes, algumas meninas ficam intimidadas
perto de mim.
Eu a alcanço e caminho lentamente ao seu lado.
— Hey, — eu digo.
— Oi. — Sua voz é baixa; como se não tivesse certeza se deveria mesmo
falar comigo. Isso é estúpido, desde que fui eu quem se aproximou dela.
Eu tomo um longo passo para chegar a sua frente, me viro andando para
trás, abaixando a cabeça para tentar fazer com que aqueles grandes olhos
castanhos olhem para mim.
— Sou Adam.
— Não diga.
— Tudo bem, então, acho que você sabe o meu nome. — Eu espero e
paro na frente dela.
Ela balança a cabeça e passa por mim, desvia para um lado, e usa uma
pequena vassoura para varrer, uma garrafa de água vazia amassada em uma pá
de mão, e então ela se move, não olhando para mim. Pela primeira vez, eu
percebo o que ela está vestindo: um macacão, cinza claro com guarnição verde
descendo as mangas e as laterais das pernas. Ela está usando arranhadas botas
de combate pretas, e à frente do macacão esta aberto um pouco acima do
umbigo, revelando uma camiseta de estilo batedor.
E foi aí que eu percebi o quão alta é essa garota. Tenho 1,92, e ela não é
muito mais baixa do que eu, 10 cm, 11 cm no máximo. E ela está, com tudo
em cima. Quero dizer, mesmo com o macacão bastante irregular disfarçando
seu corpo, fica claro que a menina tem curvas.
— O que você está fazendo? — Pergunto. Não é a pergunta mais
inteligente, admito.
— Trabalhando.
— Bem, isso é uma ilha, eu tenho certeza, e... sim! Estou trabalhando.
Então parece que sim, eu trabalho de fato na ilha.
Ela continua andando até que chega a uma lata de lixo com rodas e
despeja sua pá de lixo nele. Ela empurra a lata com uma mão, segurando a
vassoura e pá na outra. Eu vejo ela se afastar, percebendo o quão estúpido
pareço. Balançando a cabeça para mim, olho para frente e percebo uma loja
de doces. Uma idéia me aparece, e vou em direção a loja. Compro um quilo de
doces em três sabores diferentes e duas garrafas de água, tentando fazer de
tudo para parecer casual, mantendo minha cabeça para baixo e esperando que
ninguém me note.
A menina atrás do balcão, no entanto, engasga quando lhe dou uma nota
de cinquenta dólares para pagar as compras.
Eu sorrio para ela, meu mais brilhante, mais falso, sorriso de foto.
— Adam Trenton. — Ela tem a minha mão agora e não vai me soltar,
até que eu, literalmente, puxo minha mão.
— Sim. Esse sou eu. — Deslizo minha nota mais perto dela. — Vai me
deixar pagar os doces, querida?
— Sim. Claro! Desculpe, Adam. Sr. Trenton, quero dizer. Hum. Sim.
Tento driblar a multidão, mas alguém está chamando meu nome, e outra
pessoa está gritando:
A julgar pelo ambiente, ela está prestes a terminar seu dia de trabalho.
Existem outras pessoas em macacões semelhantes indo e vindo, e há uma
placa que dizia “Somente Pessoal do Saneamento” em uma das paredes.
— Janta comigo?
Ela ri, seu sorriso ilumina seu rosto e faz com que seus olhos brilhem
como a luz do sol.
Eu dou de ombros.
Ela hesita.
— Por quê?
Dou de ombros.
Eu ri.
— Não é uma cantada! Essa caminhada foi quente e chata para caralho,
eu estou com fome e você realmente é linda.
— Não sei o que você está esperando, Adam, mas eu provavelmente não
sou o tipo de garota que você acha que sou. — Com essa despedida, ela vai
através de um conjunto de portas duplas, empurrando a lata de lixo à sua
frente.
Certo.
Mas seus olhos não saem da minha mente enquanto despejo meu saco
de lixo no lixo e arrumo minha lata, vassoura e pá. Aqueles olhos, uma
sombra tão estranha de verde, tão pálida que eles estavam quase em cor pastel.
E assim, tão vivo, tão penetrante. Ele olhou para mim como se estivesse
realmente me vendo, como se pudesse ler meus segredos, somente olhando
nos meus olhos.
Eu sou uma garota alta. Forte. E tive que me defender mais de uma vez,
então sei que posso empurrar muito, muito forte. Mas esse cara? Ele mal se
moveu. Apenas dois passos. Depois de um empurrão tão forte, a maioria dos
homens teria saído voando.
o 3
Dwayne Douglas Johnson, mais conhecido como Dwayne Johnson ou The Rock, é um lutador de
wrestling profissional e ator norte-americano.
Eu pego a garrafa de água, tiro a tampa e tomo um longo gole. Tão
gelada, tão boa. Posso senti-lo me observando enquanto bebo e faço uma
pausa para olhar para ele.
— O quê?
— Nada.
Não que qualquer coisa do tipo esteja acontecendo. Não com ele e não
certamente comigo. Ele é da lista A de Hollywood e provavelmente tem o
celular da Natalie Portman em seu celular ou algo assim. E eu não sou
ninguém. Menos que ninguém. Sou uma catadora de lixo.
— Você ainda não me disse o seu nome. — A voz dele está próxima.
Mas minha mão claramente não tem qualquer senso comum ou restrição,
porque toco sua boca, sua boca real e limpo o chocolate. Ele está congelado,
ficou tenso, e ambos estão assistindo a minha mão e se perguntando o que
estou fazendo.
Eu sinto algo enorme e áspero em torno do meu pulso, olho para baixo,
e percebo que ele prendeu a minha mão na sua, e mesmo que eu não tenha
exatamente as mãozinhas delicadas, as suas parecem patas, patas de verdade.
O tamanho de sua mão poderia facilmente engolir minhas duas mãos juntas, e
as palmas das mãos estão calejadas, seus dedos suaves no meu pulso, mas
implacavelmente poderoso.
— Sinto muito, eu não sei bem por que fiz isso, — Admito, percebendo
que ele ficou puto por tocá-lo assim.
Não.
É. Ele vai.
Ele ainda tem meu pulso em sua mão, não me deixando ir apenas
segurando, suavemente, mas com firmeza.
Engulo seco, pisco, e puxo a minha mão para soltá-la. Fico longe dele
antes de entrar em combustão, ou fazer algo completamente idiota, como
concordar com o que ele está prestes a me perguntar.
— Não.
— Sim.
— Hum. Não tenho certeza se você entende como essa coisa de sim e
não funciona.
Ele apenas sorri para mim. Não, não é um sorriso. É.... um orgasmo
lento.
— Eu não quero ter que fazer isso, mas você não me deixa escolha. —
Então ele olha Rapunzel com este olhar significativo em seus olhos e diz: —
Aí vem... o fogo. — E ele faz esse sorriso lindo que é obviamente totalmente
sexy.
E isso funciona, porque eu quero dizer que sim, quero ter um verdadeiro
jantar com ele, fingir que este musculoso, famoso, lindo pedaço de homem
poderia realmente gostar de mim e querer passar um tempo comigo.
Ele começa a andar, me arrastando com ele, e mais uma vez ele é gentil,
mas totalmente e irresistivelmente poderoso. Sou puxada e de alguma forma a
minha mão está na sua. Nossos dedos não estão entrelaçados dessa forma
íntima, ele está apenas segurando a minha mão e me puxando, e eu não posso
deixar de segui-lo, observando suas longas pernas grossas se moverem em
seus calções caqui. Mesmo suas panturrilhas são musculosas. É totalmente
ridículo. Eu não achava que caras assim realmente existissem na vida real.
— Jantar. — Ele está me levando, e eu quero saber se ele sabe para onde
vamos, já que está nos guiado para uma direção contraria, longe dos
restaurantes.
— Sim, e daí?
Ele vai esperar algo de mim que eu não estou disposta a dar.
Ele para e de alguma forma, ele tem as minhas duas mãos nas suas, seus
olhos descem para os meus e procuram ler a mentira em meu coração.
— Suada é sexy. — Ele diz isso com aquele ronronar leonino dele e
consegue fazer soar promissor e sujo, tudo de uma vez.
É difícil de engolir ou mesmo respirar, porque ele está tão perto de mim
que não caberia um pedaço de papel entre nós. Sua presença é esmagadora.
Dominando, bloqueando a ilha e qualquer barulho em volta de nós.
— Só o jantar?
— Só o jantar. Prometo.
Eu sei que é, mas por razões que não consigo entender, estou ignorando
meu instinto.
Sentei no degrau do seu prédio, passei o
tempo mexendo no celular esperando ela se arrumar.
Ainda não sei o nome dela. Isso é bem fodido, na verdade. Lambi
chocolate no seu polegar. Estive tão perto dela que quase senti seu coração
batendo, eu vi sua garganta pulsando. Eu a convenci a jantar comigo, mas não
sei seu nome.
Esperava ficar sentado aqui por um bom tempo, porque, pela minha
experiência, garotas sempre levam horas para se arrumar. No entanto, pouco
mais de vinte minutos depois, ela sai pela porta usando um par apertado de
calça jeans desbotadas com rasgos na coxa. Eles não se parecem com o tipo
caro de jeans de grife que vêm pré-rasgado. Parecem, na verdade, que os
rasgos são de idade e desgaste. Eu a ouvi chegar, a primeira coisa que vejo são
os seus pés, em um par de mandris5. As listras brancas de borracha em torno
da base do calçado em ambos os pés foram coloridas com um marcador preto
em um projeto de xadrez. Estes também são o tipo de sapatos que você sabe
que ela tem há muito tempo. Meus olhos viajam até suas pernas, envoltas em
aqueles apertados jeans desbotados, e Jesus as pernas da menina são
absolutamente assassinas, porra. Suas pernas têm quilômetros de extensão,
mas não são do tipo magro. Ela tem curvas, músculos e carne.
Deus, eu olho para suas pernas e nesse momento não quero nada mais
do que as sentir em volta de mim. É um pensamento quente, intenso que não
consigo tirar da cabeça.
Meu olhar viaja mais longe, até a camiseta preta lisa com decote em V
que ela está vestindo. Minha boca fica seca, eu tenho que levantar e me afastar
5
Tipo de All-Star; tênis.
para ajustar-me discretamente, porque a imagem dessas poderosas pernas em
volta da minha cintura é apenas o começo do que imagino.
Vamos esclarecer uma coisa: Eu estive com algumas das mulheres mais
quentes. Fui a festas com algumas das mais belas e famosas mulheres da terra,
namorei Emma Hayes por quase dois anos, o que é uma eternidade para os
padrões de Hollywood. E Emma é impressionante. Não importa a grande
puta que é.
Mas essa garota, no velho jeans rasgados, All Star rabiscado, e uma
camiseta preta barata com decote em V, ela é linda de morrer. E acho que ela
não sabe disso. Ela parece não ter ideia de como intensamente é linda, de
parar o coração. Ela não estaria varrendo a porra do lixo na ilha de Mackinac
se soubesse.
Ela fez uma maquiagem leve, apenas um traço de sombra nos olhos e
rímel para destacar aqueles grandes olhos castanhos, um pouco de cor em
suas bochechas e lábios.
Até suas orelhas são lindas. Ela tem os lóbulos destacados por um único
brinco pequeno de diamante, com três aros na concha.
E seu cabelo... Meu Deus. Tão espesso, tão negro, tão longo. Minhas
mãos se contorceram para senti-los escorregar como seda entre meus dedos e
puxá-la contra meu peito e merda, beija-la do jeito mais carinhoso possível.
— Tire uma foto cara, vai durar mais tempo. — Diz com um sorriso
irônico, algo entre divertido, perplexo e lisonjeado.
Pego meu celular e tiro uma foto dela. Ela está com uma mão no bolso
de trás da calça, a outra pendurada casualmente ao seu lado. Seu cabelo está
solto com alguns fios esvoaçantes por causa da brisa. Está com aquele sorriso
irônico, e um afiado olhar penetrante.
Assim que tirei a foto, ela dá o bote e tenta pegar meu celular.
— Não quis dizer para você realmente fazer isso, idiota! Eu não estava
pronta!
— A foto ficou boa, não há razão para enlouquecer. Você quer ver? —
Ela tenta pegar novamente, e eu saio do alcance, rindo e abro a imagem para
ela.
— Olha. Digo
— É horrível! O ângulo está todo errado. Você não pode tirar uma foto
de uma menina com a câmera apontando para cima assim. Você não sabe de
nada?
— Conta outra.
Enfio o celular no bolso e ando até ela, fazendo com que nossos corpos
se esbarrem.
Não acho que ela saiba o que está fazendo. Eu me movo rapidamente,
correndo em direção a ela, levantando-a do chão e jogando por cima dos
meus ombros, corro três passos longos e a pressiono contra a parede de um
edifício. Ela nem sequer tem tempo para protestar ou se mexer, e eu a tenho
contra a parede. Pego suas mãos e pressiono contra a parede. Prendo seus
quadris com o meu, e me afogo com o cheiro limpo de sua pele e cabelo,
esmagando seus seios contra o meu peito, sua respiração está ofegante pela
surpresa.
— Não é bom me empurrar — murmuro com meu rosto apenas a
alguns centímetros do dela. Seus olhos estão arregalados e posso senti-la
tremer.
— Me escute. Você acha que eu perco meu tempo com bajulação? Porra,
eu acho que não.
— Eu só...
— Seu nome.
— Des o quê?
— Apenas Des.
Não posso resistir por mais tempo, simplesmente não posso. Libero uma
de suas mãos e deslizo minha palma pela sua orelha, na massa espessa de
cabelo preto. É legal e sedoso e ainda está úmido. Sua boca abre ligeiramente,
estou apenas a uma respiração de reivindicar aqueles lábios vermelhos dela,
mas não, eu guardo isso, seguro o beijo. Olho para ela, tentando decifra-la,
mas ela está apenas respirando, os lábios entreabertos, os olhos procurando os
meus. Ela não está se movendo, nem tentando me dar o beijo que estou me
segurando para não roubar, mas ela também não me afasta e nem tenta
escapar. Ela está tremendo. Os dedos que ainda estão entrelaçados nos meus
estão tremendo como se ela mal estivesse segurando alguma poderosa
emoção. É nervosismo? Desejo? Ou medo?
O vento sopra forte pelo beco, carregando um peso com ele. Não é um
vento frio, não nesta época do ano, mas é um molhado, um vento espesso e
úmido.
Sigo seu olhar para o céu, e vejo irritado que nuvens cinzentas estão
baixas e de repente cobriram o céu azul e o sol. Está escuro agora, e esfriou
rapidamente. Minha pele se arrepia, e um barulho ensurdecedor de um trovão
divide o ar, acompanhado por um clarão de relâmpago que risca o céu e
depois desaparece. Há um pingo, outro, três e quatro, e antes que qualquer um
de nós pudesse se mover, a chuva despenca sobre nossas cabeças.
Ela está correndo comigo e rindo enquanto a chuva cai sobre as nossas
cabeças, encharcando-nos até os ossos em segundos. Não tenho nenhuma
ideia de onde estou indo, eu apenas corro, e ela está me seguindo.
— Eu não sei!
Estamos em um cruzamento e ela me guia até uma pequena rua sem
saída que termina na Main Street 6, abre uma porta e me leva para um velho
bar, com teto baixo, piso de madeira envelhecida e vigas grossas, canais de
esportes nas TVs, um alvo de dardos em uma parede e um pequeno balcão
com oito ou dez assentos. Há duas ou três salas no bar, várias mesas e cabines
em cada uma, com o próprio bar no canto como a peça central. É um lugar
quente, escuro e confortável, o tipo de bar em que eu posso imaginar um
monte de moradores durante todo o ano que bebem enquanto os turistas vão
todos para casa.
— Veio do nada.
Inferno, como vou jantar com esta menina agora? Ela está toda molhada,
sua camiseta grudada em sua pele, delineando as taças de seu sutiã, sua barriga
e as curvas de suas costas. Eu posso ver as protuberâncias dos seus mamilos
eretos através do tecido de sua camiseta e sutiã.
6
É um nome genérico de rua, geralmente se refere a um lugar que conserva valores tradicionais do
lugar, com as lojas mais antigas.
No romance gráfico no qual o filme é baseado, meu personagem é
desenhado para ser incrivelmente proporcional, mais ainda do que a maioria
dos super-heróis, e quando o pessoal do filme começou a procurar os atores,
eles sabiam que tinham que encontrar alguém com o perfil necessário para
preencher o papel. The Rock poderia ter representado o personagem, mas ele
é mais velho do que estavam procurando e também é muito conhecido. Eles
queriam um parente desconhecido, alguém que tivesse interpretado o
suficiente para poder representar o papel principal, mas não famoso o
suficiente para ser imediatamente reconhecido a nível doméstico.
Foi aí que eu entrei. Marek em Fulcrum foi o meu papel de estreia, mas
eu tinha apoio nas funções de ator aqui e ali, o suficiente para me estabelecer.
E sou naturalmente grande o suficiente, então, com o regime e treinamento
certos, eu poderia crescer o suficiente para preencher o perfil maciço que o
personagem exigia. O que significa que, no momento, estou bem musculoso.
Mesmo na minha temporada com o San Diego Chargers eu não estava com os
músculos tão definidos, e com a minha camiseta encharcada era como se
estivesse sem.
— Uma coisa boa, é que você não está vestindo esta camisa —, eu
brinco tirando.
Eu não sei o que estou fazendo, não sei por que pulei do transporte e
estou aqui tão intrigado de como essa menina tão resistente, prendeu minha
atenção e me enche de desejo. E não tenho ideia do que vai acontecer ou o
que eu espero dela.
— Então me fale sobre você, Des — digo, para me distrair dos meus
questionamentos.
7
Abreviação do nome da cerveja Samuel Adams
8
Universidade que fica na cidade de Detroit
para o meu currículo. Ele me deixa longe do metro de Detroit por alguns
meses durante o verão. Além disso, eu apenas gosto de estar aqui. Os cavalos,
a atmosfera, os turistas. É tão divertido e diferente. Minha melhor amiga Ruth
vem aqui comigo a cada ano e é apenas algo que fazemos. — Ela olha para
mim. — E você? O que traz você a velha Ilha Mackinac?
— Não estou.
Eu ri.
— Você com certeza nunca deve ter ido a um. Eles são chatos.
Abafados. Você apenas senta lá todo vestido e tem pessoas conversas sobre o
clima ou qualquer coisa. É um saco, eu odeio usar ternos, para qualquer coisa
e smoking é pior. Sou um ator e um atleta, um arrogante e pretensioso cara do
tipo jantar e vinho, você sabe? Eu gosto de cerveja e futebol, não champanhe
e golfe, e isso acontece em todos esses eventos. Todo mundo está bebendo a
porra do champanhe caro o que é brutal, se você me perguntar, falando de
golfe, da mais recente festa em Beverly Hills, fofocando sobre quem traiu
quem, e quem tem o financiamento para o seu mais recente script. É chato e
estúpido.
Eu ri.
— Sim, muito bem. Juro, você atua em um filme de sucesso, e todo
mundo enlouquece. — Faço a linha casual, mas eu estou tentando sentir Des,
ver como ela se sente sobre o meu status como uma estrela de cinema
relativamente famoso.
— Praticamente. Você faz um filme, e então você tem que fazer as festas
e os eventos de imprensa, e estes angariadores e tudo. Eu só quero fazer o
filme e pronto, mas não é assim que funciona. Tem que jogar o jogo pelo
caminho, eu acho.
— O que você está filmando? — Ela girou um pouco para mim, agora.
Finalmente ela relaxa e se abre um pouco mais.
Hesito, sem saber como responder a isso sem realmente revelar nada.
— Boa não-resposta.
— Bem, eu disse que não posso falar sobre isso. Realmente comecei a
ficar bom em não responder a perguntas nas entrevistas, eu acho.
— Bem, não quero que você se sinta como se estivesse entrevistando
você ou qualquer coisa — diz e passa um menu de comida para mim.
— Oh, nós vamos comer. Estou faminto para caralho, e este é um fim
de semana de merda para mim.
— Tipo, oh Meu Deus, você viu os sapatos dela? Eu não posso mesmo.
— Espero para caralho que eu não esteja parecendo esse tipo de cara.
— Então, de qualquer maneira. Tenha certeza de que não sou esse cara.
Você nunca, nunca, me ouviu, me referir a meus braços como armas ou
pítons ou algo estúpido assim. Eles são apenas os braços.
— Obrigado.
— Bem, era algo que nunca pensei em fazer. Só não estava nos meus
planos, sabe? Eu era um atleta. Futebol. Joguei futebol desde que tinha dez
anos até a faculdade. Jogava pela escola Stanford. Isso era realmente o que
achava que sempre faria. Mas então, no meu último ano na Universidade, um
amigo meu, que é um cineasta pediu para atuar em seu filme. “Você não tem
um monte de falas”, ele disse. O outro cara que tinha o papel principal acabou
saindo no meio, e Rick me enganou e me colocou no papel principal. Foi
apenas essa pequena coisa, sabe? Um projeto de escola de cinema e é isso.
Mas foi divertido. Muito divertido. Rick estava delirante com a minha atuação,
mas eu só tinha achado divertido fazer.
Nossa comida chega, e faço uma pausa para dar algumas mordidas,
saboreando cada pedaço. Hambúrgueres e batatas fritas não estão exatamente
na lista de aprovados.
— Os Chargers9.
— Sim.
Eu dou de ombros.
— Em que posição?
— Zagueiro.
— Eu não sei nada de futebol, então não sei o que isso significa.
9
Os San Diego Chargers foram uma das equipes fundadoras da AFL em 1960. Nesse ano estavam em Los
Angeles e, como tal, o seu nome era Los Angeles Chargers. Em 1961 mudaram-se para San Diego e
mudaram também de nome, para San Diego Chargers. São a única equipe do Sul da Califórnia.
10
Bloqueia o adversário para que o lançador (Quarterback) possa arremessar a bola.
11
Fica atrás do lançador. É aquele que pega a bola e sai correndo para tentar chegar ao outro lado do
campo e marcar o ponto.
para o campo com esses caras enormes que vêm com você e apenas sendo
tão, porra, dominante quanto humanamente possível, parando-os e fazendo o
bloqueio em campo para conseguir a bola. É uma corrida, você sabe? Tenho
saudades dessa parte.
Eu suspiro.
— Des. Isso é como... a versão abreviada das notas de Cliff. Tem que
haver mais a dizer do que isso.
12
University of Detroit Jesuit High School and Academy
Ela encolhe os ombros, balança a cabeça, e toma sua bebida.
— Parece que a chuva abrandou um pouco. Acho que vou voltar para
casa. Obrigado pelo jantar. E, você sabe... por ter me perseguido.
Antes que eu possa registrar as suas palavras, ela está colocando uma
nota de dez dólares no bar e está saindo pela porta da frente, correndo de
volta até o morro. Eu rosno em frustração. Ela é a pessoa mais fechada que já
conheci. É ridículo. Claramente, ela tem algo a esconder, ou algo que apenas
realmente não gosta de falar sobre.
Deixo uma nota de cem dólares no bar, deslizo a dez em minha carteira e
corro para a chuva atrás dela.
Mas... não confio. Em ninguém. Nunca. Nem mesmo Ruth sabe muito
sobre mim, ou sobre o meu passado. Nós duas passamos pelo sistema de
assistência social, de modo que ela entende em parte. Ela não pergunta e eu
não digo. Nós somos amigas, porque nós temos a necessidade de deixar o
passado ficar no passado, esquecer e seguir em frente e fingir que nada disso
aconteceu.
Não posso confiar em Adam. Seria mais que idiota. Ele é um famoso
ator de cinema que está aqui apenas no fim de semana. Eu nunca vou vê-lo
novamente, não importa o que aconteça. Ou que teria acontecido, já que fugi
de lá. Ele tinha expectativas. Quando alguém como ele mostra interesse em
uma garota aleatória quando está em uma viagem de fim de semana, está
interessado apenas em uma coisa. Definitivamente não sou o tipo de garota
que vai ao hotel de uma estrela de filme para uma noite de farra. Não, Não,
Não. Não eu. Por uma série de razões não é a minha. E ele não precisa saber
qualquer um dos motivos.
Eu paro e espero por ele, sem me importar com a chuva agora. Estou
tão molhada, neste ponto, não importa mesmo.
13
Atlas, também chamado Atlante, era um dos filhos dos titãs Japeto e Climene, irmão de Prometeu, e
pertencia à geração divina dos seres desproporcionais, monstruosos, a encarnação de forças da
natureza que atuava preparando a terra para receber a vida e os humanos.
Me forço a permanecer imóvel enquanto se aproxima de mim em uma
corrida fácil, mesmo que ele seja tão grande que assusta. Ele está confiante, e
tremo na sua presença, ele rouba o fôlego e minha capacidade de fazer
sentido. Não sou aquela garota; eu estou sempre imune aos caras.
Estrelas, Especialmente de cinema, que por acaso são muito lindos para
seu próprio bem. Não importa o quão interessado em mim, ele pareça estar.
— Meu quarto.
Não me incomodo em discutir, apenas deixei ele me puxar... Ele não fala
e nem eu, apesar de ter um milhão de perguntas e dúvidas e sei o que ele
14
Troll é uma criatura antropomórfica imaginária do folclore escandinavo. São descritos tanto como
gigantes horrendos – como ogros – ou como pequenas criaturas semelhantes a goblins. Diz-se que
vivem em cavernas ou grutas subterrâneas.
espera de mim e não posso deixar que isso aconteça, porque eu vou ficar
ligada e ele vai embora para gravar um filme que ele não pode comentar.
Mas eu não posso tirar a minha mão da dele, porque seus dedos estão
atados nos meus e ele está absolutamente certo de que vou segui-lo, com
razão, porque eu estou o seguindo. Algo me diz que ele iria acabar me
pegando e me levando com ele mesmo se eu tentasse escapar, mas não quero
fugir e essa é a parte que tem me feito tremer de medo. Quero segui-lo, ver
seu quarto e deixar as coisas acontecerem, embora saiba que não posso dar o
que ele quer de mim.
Um raio cai na nossa frente e trovão sacode a terra sob nossos pés.
Pouco mais à frente está a pequena Igreja de Pedra e rapidamente
caminhamos para dentro. O ar na igreja é mofado, velho e está mais escuro
aqui dentro do que la fora, não há luzes acesas, apenas um par de janelas de
vitral de luz ambiente. Não consigo ver nada. O vento e a chuva golpeiam as
janelas e chacoalham a porta, e ele é uma presença sólida quente atrás de mim.
— A Igreja de Pedra.
— Cheira estranho.
— É velha, — digo.
Onde estão as minhas mãos? Perdi todo o sentido, perdi a noção do que
está acontecendo e do que estamos fazendo. Tudo que sinto é sua boca, seus
lábios esfregando os meus, seus dentes mordiscando meu lábio inferior e
depois o superior, e sinto as mãos também, avançando para baixo, em
território perigoso, para a curva superior da minha bunda e não sei como
estou tolerando isso, como estou fazendo isso, como ele está apagando a
minha dúvida, meu medo e minha falta de confiança em alguém,
especialmente os homens, e de alguma forma me causando este... calor. Esta
necessidade. Esta fome voraz, este desespero, esses gostos de que nunca senti,
que eu nunca soube que podia sentir, especialmente após...
Não. Não. Não vou permitir o controle do monstro em mim, não mais.
De novo não. Nunca mais.
Oh, este beijo. Ele não tem fim. É um oceano e estou me afogando nele.
Entramos pela porta mais próxima, as paredes são brancas, têm bancos
xadrez, e sinto o aroma de baunilha, bolos e café. Chegamos à floricultura e
vejo gerânios e rosas. Eu nunca passei da entrada, é preciso pagar uma taxa de
dez dólares para entrar, a menos que você seja um convidado. Eu nunca tive
tempo ou disposição para gastar o dinheiro apenas para matar minha
curiosidade. Encharcados, passamos por um longo corredor com piso de
mármore, janelas que mostram a estrada de um lado e lojas do outro. O
caminho é escuro e brilhante, clareando com os relâmpagos de vez em
quando. Há um joalheiro, uma boutique de roupas, um café e depois a
recepção.
— Posso ter o seu autógrafo, Sr. Trenton? Por favor? — Ela é tímida e
minúscula.
Eu noto uma mudança imediata em Adam. Ele muda de ágil e solto para
com força e tenso, no espaço de uma respiração. Mas eu só percebi isso
porque estou segurando seu braço. Externamente ele está sorrindo, pega o
celular e autografa a parte de trás. Com a atitude da menina mais meia dúzia
de pessoas surgem, empurrando os recibos e os chapéus e mapas turísticos
para ele.
— Não mais agora, por favor. Vamos Sr. Trenton siga o seu caminho,
por favor.
Adam agarra a minha mão e me puxa com ele, um porteiro nos
acompanha para longe da multidão e o outro mantém as pessoas a distância.
Adam entrega ao porteiro uma nota de cinquenta dólares, enquanto ele chama
o elevador.
Eu sabia que ele era famoso obviamente, mas nunca vi nada como isso
antes, pelo menos não ao vivo.
— Parece cansativo. — Olho para baixo, perguntando por que ele ainda
está segurando a minha mão.
— Você não tem ideia. Isso foi bom nas primeiras vezes que fui
reconhecido, você sabe, mas é tão cansativo. Porem faz parte do show, por
isso não posso me queixar muito sobre.
— Parece que é..... Eu não sei como dizer. É como se ele tivesse parado
no tempo ou algo assim.
Adams pega a chave do bolso. É uma chave física real, não um cartão
como você vê em praticamente qualquer outro hotel do mundo.
15
— Nem sei o que dizer. — Entro, deixando poças no chão, mantendo
minhas mãos dobradas contra o meu estômago.
Ele sorri.
— Bem, não é como eu, pessoalmente, decoraria nada, mas sou um cara
machão típico, então o que eu sei?
De alguma forma, ele está atrás de mim, e posso ouvir sua respiração no
meu ouvido, sentir seu peito se expandindo a minha volta. Suas mãos vão
parar em meus quadris.
Estou de acordo, seus lábios têm roubado a minha vontade com cada
toque delicado. Ele me uo quarto. Há uma cama com um edredom floral e
uma cabeceira roxa elaborada cercada por cortinas que combinam com a
colcha. Isso é tudo que vejo e então estou sendo empurrada para dentro do
banheiro. Ele para, me gira, pressionando as costas contra a moldura da porta,
seus lábios tocam minha garganta e em seguida meu pescoço, e eu estou
inclinando a cabeça para o lado com um suspiro enquanto ele beija debaixo da
minha orelha.
Não sei o que está acontecendo. O que estou fazendo, deveria parar com
isso. Detê-lo. Fazer com que ele me consiga um dos táxis de charrete de volta
para o meu dormitório. Se eu ficar aqui, não vou impedi-lo, vou deixar isso
acontecer.
Ele aperta passando por mim, para o banheiro, abre a porta de vidro do
chuveiro e liga a água. Em instantes, o vapor é esvoaçante e enche a pequena
sala. E agora ele está aqui de novo, na minha frente, enrolando um dedo em
um cinto da minha calça jeans. Sua mão segura um lado do meu rosto, dedos
enrolados no meu cabelo molhado, me puxando em direção a ele. Seus lábios
devoram os meus mais devagar agora, e sua outra mão habilmente desabotoa
minha calça jeans e abaixa meu zíper.
Sim.
E agora com seus olhos verde-folha, tendo em minha pele e meus seios,
meus quadris, eu me pergunto o que ele está pensando. Se estou sendo
ingênua. Talvez ele não seja exigente e sou apenas uma conquista para a noite.
Ele gira, minhas costas vão para o porta-toalhas, e posso ver por cima do
ombro o nosso reflexo no espelho. Suas costas são tão rasgadas como o resto
do corpo, é claro, e Deus, as costas musculosas de um homem é uma coisa
bonita. Seus músculos mudam e ondulam quando se inclina para baixo e os
dentes mordicando na pele delicada ao lado do meu pescoço. E então ele gira
novamente, e estou de frente para o espelho e ele está de pé atrás de mim.
Suas mãos estão em torno da minha cintura, um pouco acima do meu jeans, e
agora eu posso me ver.
Sutiã preto. É antigo e não se encaixa, então meus seios derramam sobre
a parte superior, na beira da minha aréola espreitam do alto de um copo. Meu
estômago não é totalmente plano, o que, normalmente, não me incomoda,
mas agora com a sua análise sobre mim como um laser, tudo o que posso ver
é o quão ligeiramente arredondada minha barriga é. Minha calça jeans está
aberta, mostrando minha calcinha de algodão verde no 'V' de meu zíper
aberto.
Não estou de modo algum preparada para isso, não estou nem vestindo
um sutiã e calcinha combinando. Como uma quebrada, estudante da faculdade
órfã mal pagando o aluguel e taxa de matrícula, a última coisa que preciso ou
tenho o dinheiro para comprar é lingerie sexy. Mas agora estou desejando que
tivesse me incomodado, porque estou em um banheiro do hotel com Adam
Trenton, no meu jeans e meu sutiã que tem facilmente dez anos de idade, a
seda das xícaras esgarçando nas bordas, e que não serve porque eu o preenchi
desde que comprei. É um dos três que eu tenho e os outros dois estão
lavando. E a minha calcinha? Bem, graças a Deus, não é calcinha da vovó; Eu
não uso aquelas, mesmo em dias de período. Trata-se de algodão básica, que
não é realmente sexy, mas pelo menos ela é boy-short, o que, considerando o
quão grande é a minha bunda, parece muito bom para mim.
Mas estou certa de que quero que ele me veja? Ou seja, estou certa de
que estou disposta a deixá-lo tirar meu jeans largo e me ver em apenas minha
roupa de baixo?
Não.
Mas seus dedos deslizam pelos meus lados e sobre meus quadris,
deslizando entre o denim da minha calça jeans e algodão da minha calcinha.
Então, de alguma forma, estou pisando numa das pernas da calça e puxando a
minha perna livre, e agora estou tremendo toda e seus olhos estão sobre
minhas curvas no espelho, e eu o sinto atrás de mim. Ele é uma montanha
enorme, com o peito em meus ombros, e eu sinto algo duro e grosso entre
nós, e eu sei o que é, mas não posso pensar nisso.
— Adam.
— Estou com frio. — Isso é verdade, mas isso não é realmente por isso
que estou tremendo. A verdade sai da minha boca. — E com medo.
Tenho que recuperar algum tipo de controle sobre mim mesmo, e sobre
a situação.
— A maneira como você parece? O que isso significa? — Ele soa quase
com raiva.
Não dou dois passos antes que ele esteja passando um braço em volta de
mim e me parando, me girando no lugar e me puxando com força contra ele,
por isso o meu sutiã é pressionado contra o peito e os meus seios são
realmente e completamente derramando para fora. E posso sentir seu pênis
entre nós, grande, grosso e duro.
— Pare, Des.
— Des? Está tudo bem. Está tudo bem. Respire. Respire. — Ele tem
uma mão nas minhas costas, e eu quero tanto batê-la fora e implorar para que
ele me abrace, me toque.
—Sim, estou aqui apenas no fim de semana. Você não é ninguém. Você
é você e gosto do que vi até agora. Prometi que não faria nenhuma pergunta, e
não vou. Mas espero que confie em mim o suficiente para me contar algumas
coisas sobre você em seu próprio tempo. Seja o que for, o que é que está
acontecendo entre nós, eu quero. Se é só por esta noite, amanhã, ou algo,
além disso, eu quero. Então, estou indo com isso. — A outra mão se move
possessiva e com íntima familiaridade na parte inferior das minhas costas, me
segurando no lugar.
— Você está com medo. Eu posso ver isso, não sei por que, e não vou
perguntar por que prometi que não faria. Mas você pode me dizer a verdade,
seja ela qual for. Se você realmente quiser sair, eu vou te levar de volta, ou vou
te arrumar uma carruagem de volta ao seu dormitório. Mas não quero que
você saia e espero que você fique.
— Adam... Eu só...
— Então, por mais que eu queira terminar de despi-la, eu não vou. Por
mais que eu gostaria de tê-la nua, aqui e agora, eu vou recuar, vou deixar você
entrar no chuveiro, e vou te dar um tempo para pensar. Decida o que você
quer, e concordarei. Não vou pressioná-la para qualquer coisa. Você sabe o
que quero. Espero que eu tenha deixado bem claro.
Ele dá três passos para trás se inclina e me beija, com força e rápido, se
vira e vai para a sala de estar, fora de vista.
O que eu quero?
Porra, eu sei.
Bem, isso não é verdade. Quero Adam me beijando, quero que este
sonho seja real. Ainda não estou convencida de que não vou acordar no meu
quarto e perceber que tudo foi um sonho febril. Belisco meu braço, e eu ainda
estou no Musser Suite do Grand Hotel, com Adam Trenton a um quarto de
distância, esperando por mim.
Me querendo.
Como isso é possível?
Mas isso parece ser verdade, e tenho que decidir o que vou fazer.
Em vez disso, espero até ouvir a porta do banheiro fechar. Pego suas
roupas molhadas do chão e levo para o hall. Peço a recepção para enviar
alguém para levar a roupa para secar. Uma vez que a empregada tomou as
roupas, com uma garantia de que ela vai trazê-las de volta em menos de meia
hora, peço uma garrafa de Pinot Grigio, juntamente com batatas fritas e salsa.
Seguro o roupão.
— Então, sou sua refém até que elas estejam secas, é isso? — Um brilho
de humor em seus olhos me diz que ela não está brava.
Ela puxa a toalha com mais força em torno de seu torso, e abre a porta.
Meus olhos aproveitam a sua beleza. Seu cabelo foi seco com uma toalha, mas
ainda parecia molhado sobre um ombro nu. Deus, eu quero tanto puxar a
toalha, mas não posso. Em vez disso, mantenho o roupão aberto, ela se afasta
de mim, desliza um braço na manga, e depois o outro. Minha garganta fecha
quando tira a toalha e a deixa cair no chão. E só por um momento, ela está
nua e na mesma sala que eu, mas, ela fecha, amarra o roupão e momento está
perdido.
— Então.
— Escolha —, digo.
— O saco tem as suas roupas. Se vista e vou te levar para casa. Siga o
seu caminho, eu sigo o meu. Ou, eu abro o vinho e vamos ver aonde as coisas
vão.
É realmente uma escolha difícil para ela, por razões que não consigo
entender. Ela fica no degrau mais alto, olhando para mim, e não posso ler seus
olhos, estende a mão com uma, toca o linho, e em seguida o vidro gelado da
garrafa.
— Se eu ficar, o que vai acontecer? — Ela move seu olhar para o meu, e
espera.
— Se você me disser que quer ficar, eu vou tirar este roupão, vou te
deitar lá na cama, vou te beijar e tocar cada centímetro do seu belo corpo.
Vou te fazer gozar mais e mais até que você não aguente. E então, quando
você não puder mais, vou colocar meu pau dentro de você e fazer você gozar
novamente. — Seus olhos abriram, os lábios separaram, e ela parou de
respirar. Subo as escadas até que estou cara a cara, ela está se afastando e
estou seguindo. As palmas das mãos travam no meu peito nu, como se
quisesse me afastar, mas ela não faz. — É onde vou começar. Vamos beber
um pouco de vinho, comer algumas batatas fritas e salsa, e então vou te
devastar até que você me peça para parar.
— Puta merda. — Foi um sopro, uma maldição, uma oração. Não tenho
certeza do que foi.
— É isso que você quer, Des? — Coloco o saco no chão, e coloco a
garrafa em uma pequena mesa apenas no interior da porta. Ela observa cada
movimento meu, suas mãos brincando com o cinto atado do roupão.
— Não. — Sua voz é baixa, e ela está olhando para mim de cílios negros
debaixo de espessura. — Sim, não sei.
Sua respiração acelera, e posso ver seu pulso batendo em sua garganta.
Seus dedos tocam as costas das minhas mãos, mas ela não impede que eu
desate o cinto lentamente. Seus braços seguem através de seu tronco então,
mantendo o roupão fechado.
— Não sei. — Sua voz é quase um sussurro, e ela não está olhando para
mim.
— Você não quer ir, mas não tem certeza de que quer ficar? —,
Pergunto.
— Isso.
Estou surpreso.
— Você está fazendo isso para provar que você pode? É apenas porque
estou aqui, e você está com tesão? É isso o que você faz? Seduzir meninas
aleatórias? O que é isso, Adam? Diga-me a verdade. — Ela agarra minhas
mãos, mantendo seu roupão fechado, segurando firmemente as minhas mãos
como se eu fosse tudo que está a mantendo em pé.
— Não, Des. Não é isso. — Faço uma pausa para reunir meus
pensamentos. — Eu não estive com ninguém a meses, e antes, estava em um
relacionamento por quase dois anos. — Espero que ela não siga nessa linha de
perguntas, porque não é algo que quero reviver. Nem agora, nem nunca.
Posso ver a curiosidade em seus olhos, mas ela não faz a pergunta. Em
vez disso, ela franze a testa e pergunta:
Eu ri.
— Sim você é.
— Justo.
Ela fica na ponta dos pés e aprofunda o beijo. Eu gemo ao sentir o gosto
de seus lábios, a sensação de seu corpo contra o meu, e a língua desliza entre
meus dentes e encontra minha língua. Estou perdido. Já era.
— Adam, Eu-eu não posso, não posso. — Ela está ofegante, os olhos
arregalados e oscilando para trás e para frente.
Quando minhas mãos vão para cima, ela vai para longe, como se
estivesse com medo das minhas mãos, e seus olhos estão molhados de
lágrimas.
Eu só tinha tido um antes desse, e foi a última vez que deixei um homem
me tocar. Era um cara da classe de psicologia, alguém com quem eu tinha
estado em várias aulas. Era um rapaz simpático, atraente, fácil de e de se olhar.
Tomamos café depois da aula à noite, algumas bebidas e, então, fomos para
seu carro. Nós estávamos nos beijando, suas mãos sob minha camisa. Não
tinha certeza se gostava, mas o deixei apalpar meus seios de qualquer maneira,
só para saber a sensação.
Ouço Adam dizendo meu nome, mas algo está fora de mim, e tudo que
posso entender são as lágrimas, a necessidade de respirar e o terror. De
alguma forma as lágrimas vêm mais rápidas e não consigo respirar. Estou
sufocando, me afasto dele e subo na cama, me enrolo nos travesseiros com os
soluços me destruindo.
Tenho que parar com isso e me acalmar. Mudo para posição sentada.
Respiro profundamente e lentamente, meu coração volta ao batimento
normal, e eu limpo os meus olhos com as palmas das minhas mãos.
Ele sobe as escadas e entra quarto com uma caneca na mão, a cordinha
de um saco de chá balançando fora da caneca. Vestindo nada além de um par
de shorts de ginástica preto, me pego olhando para sua virilha, mesmo depois
de tudo que acabou de acontecer. Observo o balanço do seu pau em sua
bermuda enquanto ele caminha em direção a mim. Vejo a ponta nas dobras
dos shorts, uma coisa redonda e grossa, forço para desviar, fixo meus olhos
no edredom de estampa floral e aceito a caneca de chá.
Dou de ombros.
— Quero perguntar o que aconteceu, o que eu fiz para fazer você ter um
ataque de pânico, mas ...
O interrompi.
— Eu deveria ter recuado. Sinto muito, Des. Eu sabia que você estava
nervosa, mas não que você teria um ataque.
— Não me venha com essa besteira de “não é você, sou eu”, Des. Você
não tem ataques de pânico assim do nada. — Ele diz isso com cuidado,
chegando a traçar minha bochecha com o polegar.
Por que eu gosto tanto disso? E por que sinto essa vontade louca de
explicar tudo para ele?
Em vez disso, sigo-o com os olhos em toda a sala enquanto ele pega um
par de jeans e uma camiseta preta. Vai até o banheiro e sai vestido alguns
segundos mais tarde. Percebo que ele não colocou qualquer roupa de baixo, e
isso faz coisas que eu não consigo descobrir ao meu interior.
— Obrigada.
— Me desculpe por ter assustado você, Adam. Realmente não foi culpa
sua.
Ele dá de ombros.
— Não se desculpe.
Quero dizer como ele me faz bem, mas não sei como.
— Isso o quê?
— Algo aconteceu!
Ruth me conhece bem o suficiente para saber quando estou fugindo,
quando não quero falar sobre algo.
— Nem sei por onde começar, Ruthie. Não. Estou bem, apesar de tudo.
Eu só preciso dormir um pouco.
— Bem. Mas se quiser falar, você sabe que pode me dizer qualquer coisa.
Quando finalmente cai no sono, sonhei com suas mãos, sua boca, seus
olhos e suas palavras. Com seu corpo grande duro quente sob o meu, apenas
me segurando, e sonhei em ouvir seus batimentos cardíacos.
É fim de tarde e dia do jantar de angariação de fundos. Consegui passar
o dia no meu quarto, respondendo e-mails e trabalhando no meu roteiro,
cuidadosamente sem pensar em Des. Eventualmente, estou obrigado por
minha natureza inquieta a ir no andar de baixo para o almoço. Depois de
comer, encontro Gareth em um dos sofás da sala de estar, bebendo chá e
olhando para seu telefone celular, com um olhar azedo.
Franzi a testa.
Ele dá de ombros.
— Acho que é a primeira vez em vinte anos ou algo assim. Parece que
uma das balsas quase virou esta manhã. — Ele bate na tela de seu telefone.
— Tenho certeza que você está com o coração partido. Mas você ainda
precisa de uma acompanhante.
— Eu vou, eu vou.
— Por quê?
— Eu a conheci ontem, e queria falar com ela. Você sabe onde posso
encontrá-la?
— Adam Trenton.
Ruth concorda.
—Obrigado.
— Você pode entrar. — Ela fecha a distância entre nós e olha para
mim, com uma expressão feroz no rosto.
— É melhor ser bom para minha amiga, cara. Eu não me importo quem
você é. Não a machuque.
Ela acena com a cabeça, com uma expressão triste cruzando suas feições.
Então a pequena menina, mas ardente de cabelo com mechas azuis está
fora na chuva, esquivando-se e correndo pela rua e em uma loja de café. A
porta de seu apartamento e de Des está quebrada, eu empurro e bato. É um
dormitório, exatamente como você gostaria de encontrar em qualquer
faculdade do país. Pequeno, uma cama de beliche em uma parede, uma
estante e dois pequenos compartimentos na outra e um banheiro atrás de uma
porta entreaberta. Há um armário real também, raso e estreito, mais do que a
maioria dos dormitórios têm. Há roupas de menina em todos os lugares, um
sutiã pendurado fora do gancho da porta do banheiro, calça jeans no avesso
no chão, uma escova de cabelo sobre a mesa e um pequeno pedaço de
calcinha fio dental no chão dentro do banheiro. Tendo irmãs, isso não me
afeta.
Des está sentada à mesa, com o cabelo em um rabo de cavalo e
pendurado por cima do ombro. Ela está vestindo calças de yoga e um
moletom com capuz. Ela consegue ser maravilhosa até assim.
— Oi.
— Oi.
Ela me olha com cautela, mas não se move para longe, mesmo que eu
esteja de repente em seu espaço pessoal.
— O que está acontecendo? Por que você está aqui, e por que você está
usando um smoking?
— Um vestido?
Eu ri.
— Sim.
Me inclino mais perto dela, passo minha palma contra sua bochecha e
inalo o cheiro dela.
— Por Favor?
Ela esfrega seu rosto em minha mão, fecha os olhos e deixa escapar um
suspiro trêmulo.
Apenas sorrio.
— Mas quero você lá. Realmente não quero ir, mas se eu tenho que ir,
seria melhor se você estivesse lá. — Não sei o que estou dizendo, mas é
verdade. — Por Favor? Preciso que você vá comigo.
— Eu não vou. — Ela cheira tão bem e parece tão bem e quero beijá-la,
então eu faço. Aos poucos, com cuidado, por alguns instantes.
— Juro.
— Dê-me 45 minutos.
— Sem problemas.
Ela se levanta e passa por mim. Um sorriso cruza seu rosto, mas, em
seguida, ela abaixa a cabeça e vai para o banheiro. Pego um vislumbre quando
ela puxa o elástico do cabelo e tira seu capuz. Consigo ver também um ombro
nu e uma pitada de tinta da tatuagem pouco antes de ela fechar a porta.
Dez minutos depois, ela está fora do chuveiro e surge do banheiro numa
toalha turbante em torno de seu cabelo e outra envolvida em seu corpo.
Recebo outra visão da tinta, mas está escondida pela toalha e só consigo ver as
bordas. Parece que são palavras, texto de algum tipo, mas isso é tudo o que
percebo. Des apenas saiu do chuveiro, pingando, molhada e corada com o
calor, é uma versão dela que estou começando realmente a gostar. Ela me
oferece outro pequeno sorriso, escolhe através das roupas de um lado do
armário, e retira um vestido vermelho. Em seguida, ela vai para uma cômoda
onde retira um sutiã e uma calcinha, mas não vejo como são. Ela desaparece
no banheiro, mais uma vez, e desta vez fica por meia hora. Ouço um secador
de cabelo por um tempo, e depois mais silêncio.
Seu cabelo... Deus, seu cabelo. Ela escovou a perfeição, deixando solto
ficando em ondas em torno de seus ombros e costas, e colocou apenas
maquiagem suficiente para acentuar como adorável ela é, com destaque para o
brilho fundido marrom brilhante dos olhos e da clareza bronzeada de sua
pele.
Envolvo minha mão ao redor das suas costas e a puxo para mim.
Ela está usando um par de saltos pretos simples, por isso a diferença em
nossa altura é quase eliminada.
Eu balancei minha cabeça. Ela realmente não entende o que ela faz para
mim.
— Você é tão linda que é um pecado. Não sei como vou passar a noite
sem atacá-la. — Puxo seu corpo contra o meu.
— Você é tão sexy que realmente dói respirar olhando você. Agora
vamos lá, o carro está esperando.
Não acho que ela já foi elogiada desta forma, a julgar por sua reação
insegura. Ela dá de ombros e, me olha mais uma vez.
Apenas sorrio para ela e ofereço minha mão. Ela aceita, e vamos para a
entrada, nos preparar, e correr para o carro.
Comprei este vestido por capricho, um ano atrás. O preço real estava
fora do meu alcance, não teria nem experimentado, mas estava na liquidação,
então eu provei. Não sou uma garota insegura quase todos os dias, e também
não sou vaidosa. Mas quando coloquei o vestido, eu sabia que parecia bem em
mim. Muito bem. Então, eu comprei, embora nunca fosse a qualquer lugar
que tal vestido fosse apropriado. E ainda mais desconcertante, coloquei um
par de saltos em minhas sacolas quando fiz a mala para o verão em Mackinac.
Eu catava lixo, bebia com os outros cooperados e moradores. Por que diabos
trouxe um vestido de noite e saltos altos? Mas, por razões desconhecidas, eu
fiz, e agora estou feliz que trouxe.
Também estou feliz que meu cabelo é longo o suficiente para cobrir a
borda superior das tatuagens nas costas que ficavam por cima do vestido,
porque tenho certeza que um evento como este não é o tipo de lugar para ir
mostrando tinta. Gostaria de saber se Adam viu a tatuagem? Me pergunto o
que ele pensaria se visse tudo, se ele gosta de tatuagens ou se ele é contra elas.
Meu coração está batendo de repente. Acima, onde eu sei que é varanda,
câmeras de flash brilham como um relâmpago sem parar. A porta do carro se
abre, e uma rajada de vento me atinge, transportando o som de mil vozes
levantadas todas de uma só vez. Uma mão de luva branca aparece na frente do
meu rosto, e eu agarro-a, saindo para o tapete vermelho que conduz até as
escadas para a varanda e, para a sala hotel. A linha de guarda-chuvas me
protege da chuva, e dei um passo de distância do carro para abrir espaço para
Adam. Ele desce, puxa o casaco smoking em linha reta, e então seus olhos se
fixam em mim.
E estou.
— Não?
Ele ri.
— É, nem eu, odeio essas coisas. — Ele olha atrás de mim, para as
escadas onde os flashes continuam sem parar, e depois de volta para mim.
— Ouça. Isso pode ser uma loucura. Eles não estão esperando por você,
então terão um milhão de perguntas. Não responda ok? Apenas sorria, faça
algumas poses, e não os deixe ver seu medo. Eles são como tubarões, você
sabe, podem sentir o cheiro.
— Eles?
Ele franze a testa.
Ele revira os ombros, permite uma respiração rápida, e sorri para mim.
— Você sabe? Não se preocupe com isso. Tudo que precisa fazer é ser
você. Você vai ser a mulher mais bonita do salão, com certeza. Basta ser
confiante, ok?
Confiante. Eu posso fazer isso. Ele me pediu para ir com ele. Ele não
teria feito isso se não me quisesse aqui. Ele acha que sou a mulher mais bonita
do salão.
— Vamos.
Seu sorriso se alarga, seus olhos percorrem o meu rosto, e depois para
baixo do meu corpo. Ele se inclina, toca os lábios na minha orelha.
Ele se move vou com ele, observando os passos. Não estou acostumada
a saltos altos, de modo que os passos representam um desafio, que exige foco.
Ouço câmeras clicando e flashes pipocando, vozes clamando cada vez mais
alto e no nível da escada, estou cercada por um muro de gente atrás das
cordas de veludo vermelho, e todos eles estão gritando para mim, e para
Adam.
Meu coração não está batendo. Não está nem mesmo mais no meu
peito, está de alguma forma simultaneamente em meu estômago e minha
garganta. Forço meus lábios num sorriso. A mão de Adam desce ao meu
quadril, descansando na minha cintura, seu braço grosso é uma barra de apoio
às minhas costas. Ele dá três passos no meio da multidão, depois para, me
orienta em uma volta, então estamos diante de um banco dos jornalistas.
Adam me puxa para mais perto, estou apoiada ao seu lado, então não
caio. Ele se abaixa, sussurra em meu ouvido.
— Você está indo muito bem. Sorria. Pare de pensar. Está muito bem.
As perguntas sem parar são uma barragem, vindo tão forte e rápido
como os flashes, mas eu parei de ouvi-los. Não tenho certeza que pudesse
responder de qualquer maneira. Não tenho certeza se tenho voz agora, não
tenho certeza de nada, só de que eu me meti em algo enorme, e não estou de
forma alguma preparada.
Adam vira comigo, para a posição oposta em frente dos fotógrafos. Ele
parece totalmente alheio, à vontade, como se isso fosse totalmente normal,
uma ocorrência a cada dia. Ele é natural. Solto, sorrindo, mudando seu olhar
de uma câmera para outra. Tento imitá-lo, me concentrar em fazer o meu
sorriso parecer mais natural e menos forçado. Fico mais reta, viro ligeiramente
para Adam, balanço meu cabelo e viro a cabeça. As câmeras ficaram loucas
quando faço isso, e as perguntas tornaram-se um refrão repetido:
— Quem é ela?
Jesus. Estou tão fora da minha realidade, sou um peixe fora d'água; estou
me afogando, incapaz de respirar.
Então nós andamos e tenho que focar em cada passo, porque não posso
sentir meus pés. O terror e pânico oprimidos me fizeram dormente, eu acho.
Rose Garret é a primeira a avançar. Ela sorri para mim, mas não alcança
seus olhos castanhos curiosos.
— Des. — Ela diz isso como se me julgar pelo meu nome sozinho. Ela
me olha, me examina, e então muda os olhos para Adam.
Rose sorri.
— Aposto que você está devastado.
Adam concorda.
— Completamente. Chorei.
— Você está incrível. Você tem um talento natural para isso, Des. Todo
mundo é absolutamente louco por você.
— Que diabos você estava pensando, me trazendo aqui? Estou tão fora
do lugar que seria engraçado se eu não estivesse aterrorizada. — Digo isso em
um pequeno sussurro apertado, e ele tem de colocar a sua orelha a minha
boca para me ouvir.
— Des, você está cismando com isso. Tudo vai ficar bem. Basta ser
você. Você é linda. Nenhum dos caras pode tirar os olhos de você. — Sua
mão, descansando em cima da mesa, levantou e um dedo fez um pequeno
arco para indicar a sala de jantar.
— Estou ainda mais consciente agora que vi que todos na sala estão
querendo saber quem sou e por que diabos estou aqui.
— Besteira —, digo
O fato de que Adam parece honestamente achar que eu sou sexy mexe
comigo, faz o meu cérebro, meu estômago e meu coração, todos tremerem
com uma energia estranhamente inquieta.
Os olhos na sala eventualmente param de olhar para mim enquanto o
jantar progride, e sinto uma dose de conforto. Ainda estou hiper-consciente
de que estou fora do lugar, que sou um ninguém em uma sala cheia de pessoas
famosas, mas Adam me envolve na conversa.
Estou hesitante, mas não posso evitar sair com ela agora. Olho para
Adam, que está em pé, me observando, preocupado. Não posso parecer
assustada apenas para ir ao banheiro, ainda mais com todos olhando. Deixo
escapar um pequeno suspiro e balanço sutilmente a cabeça para ele e sigo
Rose fora da sala de jantar em um conjunto de escadas para um corredor
estreito. Há uma loja de presentes em frente, que agora está fechada e escura,
e, existe uma entrada para a recepção. Uma corda de veludo bloqueia a escada,
juntamente com os porteiros e um guarda costas. Eles acenam
respeitosamente a Rose, e a corda é puxada para o lado para nos deixar passar.
O guarda-costas passa a frente de nós, abre a porta do banheiro das mulheres,
e chama para ver se ele está ocupado. Uma voz de mulher chama de volta, e
ela sai, um momento depois, olhando para o guarda-costas para Rose, e
depois para mim. Seus olhos dela arregalam, e ela abre a boca, mas um
funcionário do hotel habilmente a escolta para longe e Rose me puxa para o
banheiro atrás dela. A porta se fecha lentamente, e vejo o guarda-costas se
posicionar na frente da porta, os braços maciços cruzados sobre um peito
largo.
— É tão óbvio?
— Sim, meio que é. Você não trocou duas palavras com ninguém além
de Adam, para nada.
Dou de ombros.
Eu rio com ela, mas não estou totalmente certa de que ela está
brincando.
— Eu fiz —, digo.
Ela balança a cabeça.
— Mais ou menos?
— Olhe, querida, você é muito bonita e posso ver por que Adam está
atraído por você. Mas, só entre a gente, é bastante óbvio que você não é da
indústria, por assim dizer. E agora você está me dizendo que ele te trouxe
nesse evento sem prepará-la para o que você iria enfrentar?
Rose suspira.
— Não posso acreditar nele. Você não pode simplesmente surgir nesse
tipo de evento com uma menina. Espero que você esteja pronta, querida.
— Para quê?
— O quê?
Rose assentiu.
Sinto-me fraca.
— Ainda bem que sou uma pessoa super reservada ou qualquer coisa.
Jesus.
— Respire, querida. Vai ficar tudo bem. Eles vão comentar sobre tudo e,
eventualmente, eles vão perder o interesse. Só não faça nenhuma entrevista,
ok?
Rose ri, e este faz soar condescendente, mas não tão cruelmente.
— Oh, querida. Você realmente não tem ideia, não é? Eles vão querer
saber todos os detalhes sobre você e Adam. E eles vão oferecer-lhe dinheiro,
promoções de livros, e todos os tipos de coisas assim. Se você quiser
continuar no anonimato, não responda. Simplesmente diga a todos “sem
comentários” e viva a sua vida. Eventualmente vai aparecer alguém que
realmente quer a atenção dele.
— Achei que não. — Adam vem ao meu lado e sinto sua mão nas
minhas costas.
— Porra, Rose...
— Não seja uma cadela, Rose, — Adam rosna, sua voz baixa e
ameaçadora.
— Eu não sou!
Levanto-me, empurro entre eles, odiando como eles estão falando de
mim como se não estivesse aqui.
— Adam, pare. Está tudo bem. Ela não estava sendo uma cadela. —
Deixo escapar um suspiro.
Quando saio da sala passando por Adam, Rose e pelo Guarda Costas,
dou de cara com um bando de fotógrafos esperando por mim do outro lado
da corda.
Eles estão menos de quatro metros de distância de mim agora, dez deles,
e suas câmeras vêm para cima e começam a clicar, a piscar.
— Qual é o seu nome, querida? Você pode nos dizer o seu nome? — As
perguntas vêm em uma explosão repentina, variações sobre um tema. Todos
querem saber meu nome, e estou congelada, olhando para eles, com os olhos
arregalados, entrando em pânico.
Adam está atrás de mim, pela cintura, me leva para as escadas, longe das
câmeras e das perguntas sem dizer uma palavra para qualquer um deles. O
evento ainda está em curso, mas agora Gareth está no pódio falando sobre
“uma causa nobre” ou algo assim. Adam me orienta longe da sala de jantar ao
que parece ser uma pequena biblioteca com um pequeno bar atrás da qual está
uma mulher negra bonita, de meia-idade com finos dreadlocks, vestida com
uniforme do hotel.
— Por que estou aqui? O que você estava pensando? Não pertenço a
esse lugar. Todo mundo pode ver que sou um peixe fora d'água.
— Foda-se Rose. Ela não quis ser má, ela simplesmente não tem um
filtro. Ela diz o que pensa, não importando se é uma boa ideia ou não.
— Ela está certa. Pareço fora do lugar, me sinto: barata. Vestido barato,
sapatos baratos, maquiagem barata. Eu sou.... — Engulo em seco e começo
de novo.
— Nós não estamos falando sobre ela. — Ele diz isso finalizando com
uma nota fria, e, em seguida, suspira, cansado.
— Talvez não tenha pensado no que isso poderia significar para você.
Sinto muito.
— Vou levá-la de volta, se quiser, mas... estou pensando que talvez você
poderia ficar para pelo menos uma dança.
— Sim. Depois da sobremesa, que acho que eles vão servir depois de
Gareth fechar a boca.
— Talvez uma dança. Não é possível me vestir assim e não dançar,
certo?
Ele sorri para mim, e termina sua garrafa em dois longos goles.
— Certo.
Terminei a minha bebida e segui de volta para a sala de jantar. Sinto seus
olhos em mim, tento manter as minhas costas retas e minha cabeça erguida.
Há um prato de aparência delicada com mousse de chocolate esperando por
mim, e agradeço a Deus por isso. Me forço a saborear com pequenos pedaços,
petiscando, delicadamente apesar de eu querer engoli-lo vorazmente.
Casais e grupos estão saindo da sala de jantar, e Adam me leva com eles,
a sua enorme mão quente enlaçada com a minha. Nós fazemos o nosso
caminho para um salão de festas, uma sala pequena e íntima com um piso de
parquet e um palco cercado por mesas redondas.
— Ah, vamos lá Trenton. Você não pode manter uma menina linda
como esta para si durante toda a noite, você sabe.
Mais uma vez, estou presa pelas circunstâncias, forçada a ser corajosa
quando não me sinto muito corajosa.
— Apenas uma.
— Relaxa, homem.
Ele sorri.
— Mas acho que ela gosta mais de você do que do programa, para ser
honesta.
— Não é realmente sua praia, hein? — Ele não parece insultado, e não
reconhece o meu elogio.
Dou os ombros.
— Estou ferido. Não são vampiros ou qualquer outra coisa, Des. São
metamorfos. Grande diferença.
Eu ri.
— Bem, não posso tomar muito como ofensa. Quer dizer, sou apenas
um co-criador e escritor. Não é grande coisa.
Sim, ele é bonito, e seus olhos são de um azul vibrante, ele é magro,
tonificado e despreocupadamente confiante na forma de um cara que sempre
foi popular e que sempre teve tudo facilmente para ele.
— Ele é um idiota.
Eu ri.
Adam ri alto.
— Sim. É ele. — Seus olhos são de repente folha verde-lanças de calor.
— Você está pronta para sair daqui?
— Absolutamente.
Algo excitante passa através de mim com a forma como Adam me leva
para fora do pequeno salão de baile, dizendo adeus para Rose, Gareth e alguns
outros. Ele está ansioso para ir embora, com a mão nas minhas costas me
mantém em movimento, seu grande corpo me protegendo dos paparazzi
assim que embarcamos no elevador.
Simplesmente não aguento mais. Não posso lidar com o julgamento, os
sussurros. Todo mundo está falando sobre ela. Não deveria tê-la trazido aqui.
Ela é muito bonita, muito dominadora, uma presença misteriosa e muito
cativante. O fato de que ela é totalmente alheia ao seu charme hipnótico só
serve para torná-la muito mais atraente. Gareth estava hipnotizado. Rose ficou
perplexa e com um pouco de ciúmes, eu acho. E os jornalistas? Vorazes. Eles
não conseguiam o suficiente dela.
Então fui levá-la até o Bar Cupola, encontrei uma mesa no canto mais
escuro, mais íntimo da seção superior. Há uma janela à nossa esquerda, com
vista sobre a ilha. Quando é claro, você pode ver a ponte em todo seu
esplendor a partir do Bar Cupola, mas ainda está chovendo a baldes, então
tudo o que podemos ver é escuridão e o flash ocasional de um raio.
Uma vez que temos bebidas e solidão, toco o seu queixo com o polegar,
viro o rosto para o meu.
Ela não respondeu de imediato. Quando ela faz, a sua voz é hesitante.
Suspiro.
— Não, Des, não é isso. Você é alta, sim, mas você é linda. Você
dominava o ambiente.
— Adam... —, ela respira, retira os lábios dos meus, mas não se afasta
por completo.
Eu suspiro.
— Demais?
— Explique.
— Você está errada sobre não termos nada em comum, apesar de tudo.
Ela não discorda. Ela só olha para mim por um longo momento.
— Isso é o suficiente?
— Te disse ontem o que quero. Pensei que tinha deixado isso muito
claro. — Me inclino e toco meus lábios na curva de seu pescoço, ombro,
pescoço, e depois para sua orelha, e sussurro baixinho.
— Quero você, Des. Toda você. Quero que você me deixe mostrar o
quão bom posso fazer você se sentir. Quero a sua pele, sua boca, seu corpo.
Quero você.
— Uma resposta honesta para uma resposta honesta, então, — diz ela,
virando a cabeça para os meus lábios tocarem em sua bochecha.
Ela balança a cabeça, como se ela não soubesse como responder a isso,
ou não.
— Posso te mostrar.
— Como?
E, desta vez, ela se derrete. Não tudo de uma vez, como a manteiga no
micro-ondas, mas como um pedaço de gelo em um lago sombrio frio:
lentamente, de forma gradual. Ela se inclina para mim, tocando o meu ombro,
os seios esmagando contra o meu peito, ela toca me queixo, vai, para o meu
pescoço e segura minha pele abaixo da linha do cabelo. Ela não está
respirando e nem eu. Círculo meu braço atrás das costas e abraço-a, e ela
aperta, para que possa pressionar mais perto, e nossas bocas se movem,
buscam, reivindicam. Sua língua toca o meu lábio, meus dentes, estou
provando a língua e ela está suspirando em minha boca.
Removo meus lábios dos dela e talvez seja minha imaginação, mas
parecia que ela fez um pequeno gemido com a perda do beijo.
Estou com fome dela, minhas mãos desesperadas para escapar para parte
inferior, para arrastar aquela porra de vestido sexy, revelando suas curvas e sua
pele. Preciso de sua boca na minha pele e sentir sua essência na minha língua.
Não posso ficar com ela aqui. Preciso dela só para mim. Estou duro, doendo,
latejando.
Suas narinas se abre, seus olhos ficam maiores, como se fosse possível, e
seus seios arfam quando respira profundamente.
— Des, — digo.
Fecho o espaço entre nós, olho para ela por um momento e avalio a
turbulência em seus olhos. Ela me quer, seus olhos vagando pelo meu corpo e
sua respiração comprovam isso. Mas também diz que ela está nervosa, com
medo, ou algo assim.
Por que, eu não sei, e não vou perguntar. Só tenho que estar atento ao
seu estado de espírito e a forma como ela me responde.
Coloco uma mão em seu cabelo, enterro meus dedos na sua nuca, trago
minha boca na dela, com outro movimento coloco minha mão no seu
bumbum. Ela respira em minha boca e, toca seus dentes contra o meu
enquanto ela fecha de repente e vorazmente para o beijo. Suas mãos levantam,
pressiona as palmas contra o meu peito, sua língua procura a minha, e eu a
puxo contra mim. Ela sente a minha ereção, eu sei que ela faz; não há
nenhuma maneira de não sentir. É uma barra de ferro quente entre nós,
lutando contra as minhas cuecas boxer e minha calça
Ela rompe com o beijo, e apoia a cabeça na porta.
— Des? Você quer ir? — Soltei o vestido, removi a minha mão da carne
quente suave nua de sua bunda e descansei em seu quadril sobre o tecido. —
Eu não quero que você fique com medo. Ou faça qualquer coisa que não
queira.
— Como o quê? — Puxo seu cabelo com cuidado para que ela olhe para
mim.
— Não é?
Eu ri baixinho.
— Não. Nem perto disso. — Acaricio seu rosto, e ela aperta a bochecha
dela em minha palma.
— E você me quer?
— Claro que sim, eu quero.
Ela pisca para mim, e posso dizer que ela está decidindo. Determinação
solidifica em seus olhos, e ela empurra para o meu peito. Dou um passo para
trás, para dar-lhe algum espaço.
— E o que é? — Pergunto.
Passo minhas mãos sobre sua pele, me perguntando o que significa, mas
não me atrevo a perguntar. Sinto-a tensa quando toco a tatuagem, e sei que ela
está se preparando para a questão. Então deslizo minhas mãos por suas costas
e sobre os ombros, para baixo em direção a seu decote. Outra respiração
afiada, mas estou brincando com ela. Não estou pronto para tocá-la ainda, oh
não, ainda não. Tenho que vê-la em primeiro lugar, para que eu possa
aproveitar sua beleza. Acaricio o topo do vestido, corro minhas mãos entre a
pele e o vestido para empurrar o material para baixo. Ele cai e ela fica de
costas para mim, vestindo um sutiã preto sem alças e uma tanga preta
combinando.
Não dou a ela uma chance de terminar. A beijo para silenciar o protesto.
— Sim. Você é. — Eu puxo para trás para olhar em seus olhos. — “Eu
sou bonita”. Diga.
Ela se vira para me encarar.
— Adam, eu...
— Diga. — Ela pisca com força, morde o lábio inferior, e não posso
lidar com isso, não em tudo. Mordo seu o grosso lábio inferior, estico-o,
deixo-o ir, e reivindico sua boca.
—Des. Diga.
— Eu sou bonita. — Ela não pode deixar de sorrir quando ela diz isso.
— Está melhor?
— Vá em frente, querida.
Ela cora.
— Estou apenas com minha roupa de baixo, então preciso ter você do
mesmo jeito.
Rio e deixo que ela tire a minha camisa, ela joga a camisa branca sobre a
pilha de nossas roupas misturadas no chão do hall de entrada. Meus olhos
percorrem seu corpo. Bronzeada, pele esticada, cheia de curvas, pernas longas
e fortes.
Pego a mão dela a levando para o quarto. Ela pula no último passo, e
seus seios saltam pesadamente. Deslizo meus lábios nos dela, ela responde
imediatamente, levantando na ponta dos pés para aprofundar o beijo, e meu
coração martela em meu peito. Suas mãos estão se movendo em círculos
lentos nas minhas costas, dos ombros até a cintura, mergulhando cada vez
mais baixo, como se estivesse criando coragem para agarrar minha bunda.
Acho o fecho do gancho de seu sutiã, puxo as bordas juntas e solto uma
argola, o segundo, e, em seguida, o terceiro e último. Ela aperta contra o meu
peito, de modo que o sutiã é travado entre nós; me inclino para trás, sem
quebrar o beijo, e a roupa cai no chão. A boca de Des ainda vai contra a
minha, o seu corpo enrijece.
— Deixe-me vê-la, —digo, dando um passo para trás e tomo suas mãos
nas minhas, para que ela não possa se cobrir.
Fico olhando para ela. Leve em sua beleza. Deus, eu sabia que ela tinha
curvas em abundância, mas... caramba. A menina é uma deusa. Seios grandes,
pesados altos e firmes, redondos e culminam com aréola escura, mamilos
grossos franzidos em grânulos duros. Coxas que eu quero enterrar meu rosto,
e sua bunda... maldita. Tive minhas mãos nela, mas agora que ela está nua,
tenho que tocá-la novamente. Chego mais perto, deslizo as mãos sobre seus
quadris e agarro-a, a bunda redonda completa, o que está deliciosamente nua,
exceto pelo fio dental.
Vou em frente, gosto de uma bunda grande. Assim, com Des, estou no
céu.
Giro em torno dela e solto suas mãos, passo as palmas para baixo nos
braços e dou uma boa olhada em sua bunda, e então tenho que tocá-la
novamente, que segurá-la. Tenho que pressionar-me contra ela, e sei que ela
sente o meu desejo. Não posso evitar, encostar meu pau dolorosamente duro
entre esses globos redondos exuberantes e imagino enterrando-me
profundamente dentro dela, assim como agora.
Ainda não, apesar de tudo. Ela está tremendo e ela está mal respirando.
Preciso ir devagar primeiro. Deixa-la pronta.
— Nunca se cubra Des. Seus seios são muito perfeitos para serem
escondidos algum dia.
— Adam, Jesus. Você age como se nunca tivesse visto seios antes. —
Ela encolhe os ombros, puxa as mãos livres, mas não cruza os braços sobre
ela mesma novamente.
Deus, tão grande, tão pesado e macio. Passo minha mão sobre o monte
balançando de seu seio esquerdo, então o polegar em seu mamilo. Ela suspira
e se encolhe.
Olho nos olhos dela, aperto o mamilo com a minha unha do polegar, e
ela recua novamente, com força, sua boca se abrindo.
— Jesus... Adam...
— É a mesma coisa, — digo, sorrindo para ela, e, fecho os lábios em
torno do seu bico e chupo.
— Adam...
Roço minhas mãos sobre as coxas, pego seu quadril com a perna e
pressiono meus polegares na carne e músculo. Pressiono mais perto do seu
núcleo. Sua cabeça cai para trás em seu pescoço e ela está respirando tão forte
que está quase hiperventilando, suas mãos estão segurando meus braços
afetuosamente, mas ela não está me empurrando para longe ou me parando.
Caio de volta a sento sobre os calcanhares e a olho.
Olhando, observando, levo meus dedos para o fio dental circulando sua
cintura. Ela está me olhando de volta, olhos castanhos de largura com um
pouco de nervoso antecipado. Puxo, o pedaço triangular de tecido que cobre
seu núcleo rola para baixo e para longe. Seu peito incha com uma respiração, e
a prende. Seus olhos estreitam e sua boca cai aberta. Puxo um pouco mais, e
capturo tanga na bunda dela.
— Deus, Des. Então, porra sexy. —Passo minhas mãos nas coxas, e de
volta para baixo.
Sinto o corpo tenso, mas ela não se move. Desta vez, as minhas mãos
passam entre suas pernas, pressionando as coxas abertas, ela está em
conformidade com delicadeza e hesitação recatada, seus olhos deslizando
fechados.
Mesmo sua vagina é linda. Ela está aparada, mas não raspada, seus lábios
lá são tão gordos e adoráveis como em seu rosto. Ela abre os olhos e me vê
olhando para seu núcleo.
— Oh meu Deus. — Ela cora, seu rubor da pele bronzeada e ela tenta
fechar as pernas, mas estou entre os seus joelhos. — Pare, Adam. Não olhe
para mim desse jeito.
— Como se eu fosse...
— Você é louco.
— Que tal isso? — Digo, e deixo que ela se cubra com as mãos. Ela é
tímida, de repente. Passo meus dedos para baixo no topo das coxas até os
joelhos, e arrasto a ponta dos dedos para trás ao longo do interior de suas
coxas.
— E se eu deixar você encobrir, e deixar você se mostrar por conta
própria? Eu quero ver você, Des. Toda você. Quero tocar você, te beijar.
— Beijar-me onde?
— Jesus.
— Adam.
— Não posso.
Ela mantém os olhos nos meus, vejo a feroz guerra interna e eu quero
saber de que ela tem medo, o que a deixa com tanta dúvida. Mas eu não peço.
Em vez disso, começo a alisar seu corpo. Vejo seus olhos vacilarem com
indecisão, em seguida, ela levanta o queixo, determinação enchendo seu olhar,
e move as mãos dela, descansando-os sobre os meus ombros.
Não posso parar com isso. Eu quero, e ainda assim não faço. Quero
sentir seus dedos e sua boca em mim. Sei que ele está pensando em ir em cima
de mim, e eu quero isso. Porra, eu quero, tanto.
Mas não vou. Senão ele vai parar, e fazer uma grande cena sobre isso.
Ele vai querer uma explicação de como posso ser uma virgem de vinte e
dois anos vai querer a história, e não posso contar. Eu nunca contei a
ninguém. Aconteceu há muito tempo, sei que eu deveria ser superado, mas
não superei. Por isso ainda estou aqui, lutando com meus medos. Tremendo
como uma folha, meu coração disparado, com minha respiração rápida e com
suspiros profundos.
Não quero mais deixar o meu passado ditar o meu presente ou futuro.
Quero isso, realmente, verdadeiramente, profundamente quero Adam, quero
fazer isso com ele, mas eu tenho medo. É por isso que tenho que empurrar o
meu medo para o passado, deixar isso acontecer: para que eu possa seguir em
frente. Assim posso me sentir uma pessoa normal. E enquanto eu deixar o
medo me governar, isso nunca vai acontecer.
Por alguma razão, Adam é o homem que menos me assustou até hoje.
Sinto-me segura com ele, que posso confiar, que ele vai parar se eu pedir. Ele
ficaria furioso comigo se soubesse a causa da raiz do meu medo. E o quero,
quero tocar sua pele, seus músculos. Quero ver tudo dele, sentir essa coisa
enorme de pau duro que ele tão completamente não consegue disfarçar.
Não sou uma inocente ou ignorante. Tive que crescer rápido e por isso,
passei por algumas experiências... eu apenas nunca fui capaz de deixar
ninguém chegar perto o suficiente para dar-lhes a minha virgindade. Nunca fui
capaz de resistir ao toque, mesmo suave.
Eu o quero.
Mas tenho medo de me deixar ir para lá. Estou com medo do que vai
acontecer, não com o meu corpo e sim com meu coração. Tenho medo de
surtar no último segundo, e bagunçar tudo.
— Adam... —respiro.
— Agora olhe nos meus olhos e me diga que você quer que eu pare.
Ele sabe que isso é impossível. Deixei isso ir longe demais, e não há
como voltar atrás agora.
— Sei que você não pode, — diz ele, um sorriso arrogante fantasma em
seus lábios. — Você sabe que você quer isso. Você sabe que você quer me
deixar tocá-la.
Como diabos ele pode me ler tão bem? Como é que sabe o que quero
assim infalivelmente? É irritante.
Não posso olhar para longe dele. Não há a menor vontade de desviar o
olhar de seus olhos verdes pálidos. Seu olhar me aquece e faz algo tremer
dentro de mim. Mais até do que suas palavras arrogantes e toque confiante.
Quero que ele me veja, toque-me, e assim... eu faço. Tiro minhas mãos, e
me apego a seus ombros largos. Posso sentir seus músculos deslocando sob
sua pele enquanto ele mantém os olhos nos meus, a ondulação do sorriso
arrogante nos lábios, quando ele toca a minha boceta com o indicador.
Ou talvez ele faça. Ele puxa o dedo para fora de mim, e me sinto tão
vazia, de repente. E tenho certeza que vejo, ele colocar o dedo indicador na
boca, o dedo que estava dentro de mim. Fico incrédula, mas não consigo falar
qualquer palavra. Era humilhante e erótico em igual medida, não sei qual
reação mostrar, então não mostrei nenhuma e só fiquei olhando. Seu dedo,
brilhando com sua saliva e minha essência, desliza de volta para mim agora,
me perfurando lentamente, me contorço na invasão e solto um gemido.
— Você gosta disso, Des? — Sua voz é um ronco baixo, vindo do fundo
do peito.
—Sim. Eu gosto.
É muito tarde para reprimir um gemido alto quando ele acaricia meu
clitóris novamente, ao mesmo tempo em que ele se inclina para frente e leva
meu mamilo endurecido em sua boca. O gemido é alto e embaraçosamente
ofegante, mas isso só parece fazer ele me tocar mais rápido, a boca no meu
peito ainda mais ávido.
Isto é surreal.
Mas é.
Não posso respirar, não posso fazer nada além de agitar, gemer, e,
eventualmente, sua boca se afasta de minha boceta. Ele nos leva para o topo
da cama, deita ao meu lado e fica olhando para mim.
— Puta merda.
Olho para ele. Sua boca está brilhante com a umidade, e estou
mortificada para perceber que é a minha essência em seu rosto, espalhado em
sua pele. Enquanto eu olho, ele limpa a mão em seus lábios, seu antebraço, e
eu coro. Ele sorri com conhecimento de causa, passa a mão em meu abdome
e vai até os meus seios. Ele esfrega o dedo indicador sobre o meu mamilo, e
eu vacilo, por isso, mesmo que ligeiramente sensível, seu toque suave é quase
demais.
Minhas emoções são uma confusão. Sou virgem, não porque não sinto
desejo, porque sou uma puritana, ou por causa de religião; eu sou virgem
porque experimentei coisas que causaram feridas profundas dentro de mim,
deixou cicatrizes grossas e muros impenetráveis entre mim e o mundo. Sou
virgem, porque não confio em ninguém para não me machucar. Mas sinto
desejo, preciso, sofro. Estou sozinha. Sou uma garota de vinte e dois anos de
idade com os mesmos hormônios e apetites como qualquer outra, mas até
agora o meu medo e desconfiança ganharam.
Agora, de alguma forma, por razões que eu não entendo, o desejo está
ganhando. Atração e desespero estão ganhando. Adam é todo homem. Ele é
enorme, forte, sexy e bonito, mas ele também é gentil, engraçado,
reconfortante e pés no chão, apesar de sua fama e riqueza.
E eu o quero.
Quero tocá-lo, ver como ele se parece totalmente nu. Quero que ele me
beije e se perca assim como fiquei. Eu quero me afogar nisto com ele, o
futuro e as consequências que se danem.
Ele ainda está me olhando, seus olhos, movem de um lado para o outro,
me analisando.
Passo minhas mãos em sua virilha, arrastando meus dedos para baixo em
sua coxa. Sua postura é solta, relaxada e confiante, mas, quando paro de olhar
sua ereção e encontro seu olhar, percebo que sua expressão é tão fechada
quanto a minha é. Talvez eu esteja imaginando muito sua expressão em
branco, mas acho que não estou. Tomo coragem e com desejo coloco minha
mão novamente em sua coxa e na sua barriga. Ele fica tenso, suga em seu
estômago quando a minha mão se aproxima de sua ereção. Seus olhos
estreitos, suas narinas. Ele cerra o punho, aperta minha coxa e depois relaxa.
Fecho minha mão em sua espessura, aliso para cima e para baixo. A gota
do líquido claro em sua ponta está em toda a minha mão agora, e manchada
em a pele grossa e macia, na cabeça de seu pau.
— É melhor você parar, — diz Adam. — Ou isso vai acabar muito
rápido.
Ele estava perto de gozar? Não sabia que seria tão fácil. Parte de mim
quer continuar, quer fazê-lo vir. Quero ver isso acontecer, e saber que eu fiz
isso.
Ele levanta da cama, sua boca encontra a minha, sua língua empurrando
em minha boca, e me enchendo de calor. O desejo me inunda. Minhas mãos
encontram seu peito e eu acaricio seu corpo
Gosto de seu peso em cima de mim, sua boca na minha, do calor da sua
pele e da pressão do seu corpo no meu. Sinto seu joelho deslizar em toda a
minha coxa, pressionar para baixo no colchão entre as minhas pernas, e então
seu outro joelho faz o mesmo, e estamos devorando a boca um do outro, sua
luta contra a minha língua, buscando e vasculhando e eu estou dando tanto
quanto eu estou recebendo, perdida no beijo. Tomo coragem em agarrar sua
bunda, e a acho dura e tensa; eu gosto disso, gosto da maneira como ele se
sente em minhas mãos.
Seus joelhos cutucam minhas coxas, e meu coração bate no meu peito.
Não basta deixá-lo, mas acolhê-lo. Estou indo de olhos bem abertos,
sabendo que nunca poderei ver este homem de novo, mas eu vou ter isso com
ele. Há ainda temor no fundo, mas ele está enterrado e enfraquecido. A
paciência de Adam e sua atração óbvia para mim, seus elogios, sua
tranquilidade, sua compreensão na minha dificuldade em responder a
perguntas, tudo isso enfraqueceu o domínio do medo sobre mim.
Agora, estou viva, e voraz por Adam. Estou cheia de energia, minha pele
formigando com a sensação do seu corpo.
Sinto seu pau contra minha coxa, e sua boca deixa a minha. É isso.
Olho para ele. E, em vez de empurrar para dentro de mim, ele se move
para trás.
— Toque-se, Des.
— O-o quê?
— Por quê? Onde você está indo? — Estou perdendo o meu calor, a
pressão, a necessidade. O medo está borbulhando de volta. Aonde ele vai, por
que ele está me deixando, por que ele...?
Me pergunto se isso vai doer, sempre ouvi dizer que dói na primeira vez.
Eu não tenho medo de um pouco de dor, mas estou preocupada que vou dar
de presente minha virgindade.
Estou espalhada aberta, seu pênis é uma pressão quente e dura na minha
entrada, e ele está me observando atentamente. Eu choramingo quando ele
para centímetros a frente, choramingo sentindo um calor, uma dor querendo
acomodar seu pau. Oh, isso dói. Isso dói. Estou sem fôlego por causa da dor,
mas eu ainda estou chegando, os dedos estão no meu clitóris e circulando,
controlando as ondas do orgasmo em mim...
Ele me preenche. Eu não posso levá-lo, não posso levá-lo... ele está
sobre mim e em mim, e eu estou cheia, preste a arrebentar, enlouquecida pela
sensação de que está sendo enterrada, penetrada, perfurada.
Mas não é assustador. Seus olhos são suaves e com certeza, me olhando,
e eu acho que ele tem que saber que esta é a minha primeira vez, mas se ele
sabe, ele não disse nada e eu não acho que ele vai.
Ele não está totalmente dentro de mim ainda, mas ele para, o rosto
mostrando a tensão de se segurar. Agora que ele se acalmou, meus músculos
têm a oportunidade de se moldarem a ele, se esticar, e o calor desaparece, ou
se transforma em algo mais, algo mais quente e mais profundo.
— Sim. Sim. Deus, sim. — Eu pego sua bunda, puxo para mim.
— Mais.
Por isto.
Sexo.
Ele está indo devagar, e cada retirada me faz gemer com a perda dele, e
cada onda para me encher me faz gemer com alívio por tê-lo de volta dentro
de mim.
— Oh Deus, Adam. — Não posso deixar de dizer isso, quero que ele
saiba que gosto. Ele tem que saber, pelos sons que estou fazendo, mas quero
dizer isso.
Seu pênis está ereto e então... oh oh Jesus. Ele levanta, pega minha coxa,
desliza as mãos sob a minha bunda, me levanta e me arrasta em direção a si
mesmo. E oh Deus, estou absolutamente recheada com ele, na verdade ele
não pode ir mais fundo...
Mas então ele agarra meus quadris, me segura no alto de alguma forma e
eu não sei como ele consegue isso, mas ele faz, e arrasta os quadris para trás,
puxando para fora, eu agarro nos lençóis ao meu lado, minha boca caindo
aberta, olhos arregalados, e então ele empurra para dentro de mim.
Ele está tão profundo, agora, empurrando para dentro de mim. Ele
empurra, e meu clitóris esmaga contra seu corpo, estou tremendo e ele está
rosnando a com cada impulso.
Todo o seu corpo está tenso, como se ele estivesse exercendo toda sua
força para se segurar. Cada impulso é medido, cuidadoso e lento, eu percebo
que ele está sendo gentil e cuidadoso.
Não quero suave ou cuidadoso, não totalmente, quero que ele se solte
um pouco, pelo menos. Me movo, me lanço e ele começa a ir mais rápido.
Eu quase posso prever seus movimentos agora, sou gananciosa, necessito de
tudo dele, de seu calor e seu peso.
Sinto a pressão, o calor enrolando, e sei muito bem o que isso significa:
Eu tenho um orgasmo chegando, e quero que ele chegue. Quero ainda mais
sentir Adam vir, senti-lo explodir e ter o seu próprio prazer.
Balanço contra ele, sem palavras instigando a ir mais rápido. Seus olhos
se fecham e as suas mãos apertam meus quadris com mais força, quase
dolorosamente, mas eu gosto, eu gosto dos pequenos sinais de que ele está
perdendo o controle
Ele libera meus quadris, agarra meu rosto e seus quadris começam a
circular cada vez mais rápido. Passo minhas mãos em suas costas, agarro sua
bunda pressionando contra mim.
Deus, isso é incrível. Ele está perto, eu acho. E quanto mais perto ele
fica, melhor fica para mim. Cada impulso rolando impulsiona o mais quente,
puxando gemidos de mim. Seu rosto está enterrado no meu peito, eu pego sua
cabeça, seguro e digo o nome dele...
— Adam, sim, Deus... não pare, não pare... SIM Adam, sim! — Eu não
me importo como eu soo, se é clichê, porque agora percebo porque esses
clichês existem.
— S-sim.
— Isso foi... incrível, — diz ele, e, em seguida, sai da cama e vai para o
banheiro.
Vejo como ele usa uma longa tira de papel higiênico para retirar a
camisinha e jogar fora. Rapidamente, levanto para verificar o lençol de onde
eu estava deitada, mas o lençol está limpo e branco. Se eu sangrei, não foi
suficiente para manchar a cama e agradeço a Deus por isso.
Ele volta para a cama, desliza ao meu lado, e estende a mão para mim.
Eu me ajusto nele, minha mão em seu ombro, meu peito envolto em todo seu
corpo, a minha coxa na dele.
Meus dedos passeiam nas costas, onde eu sei que a tatuagem está. Ergo
meu pescoço e espio. Traço as letras do texto com tinta em sua pele, e
encontro às cicatrizes abaixo. A tatuagem cobre algo. O texto é grande, cada
letra, pelo menos, um centímetro de altura. As cicatrizes são significativas. Eu
não consigo descobrir que tipo de cicatrizes que são.
Des rola de novo, e eu vejo uma quinta tatuagem em sua perna direita,
na parte da frente da coxa superior. É a menor, envolve a parte da frente da
coxa para o lado, e esta é uma linha reta, não angulada como as outras:
~ Maya Angelou
Não posso deixar de traçar o texto em sua coxa, o tecido sulcado por
baixo da tinta, e ela se agita, pisca, vê onde meus dedos tocam, e eu sinto-a
tensa.
— Des, eu disse que não pediria. Não estou pedindo. Eu ficaria honrado
em saber mais sobre você. Quando se sentir à vontade de compartilhar, eu
vou escutar e prometo que não vou julgar.
Suspiro.
— Amanhã.
— Eu entendi.
— E você também não diz muito sobre si mesmo. Sei que não temos
futuro e estou bem com isso. — Ela foge em direção à borda da cama.
— Eu deveria ir.
Beijo seu pescoço, enterro meus dedos em seu cabelo preto grosso e
puxo a cabeça para trás para e beijo sua garganta.
O que não digo, é que não tenho certeza seu algum dia eu vou me
satisfazer. Dou pequenos beijos por sua garganta até alcançar o queixo, depois
a sua boca, passo minha língua entre os dentes e minha mão sobre sua coxa.
Ela engasga em minha boca e eu encontro sua umidade. Outro suspiro, e
depois sua mão alisa minha barriga desce até meu pau e começa a alisar.
— Não sei como você se encaixa, mas você faz, — ela sussurra.
— Dói? — Pergunto.
— Não. Bem, sim, um pouco, mas é bom. Oh Deus, sim, é bom. — Ela
está totalmente cheia de em mim agora, sua bunda aninhada contra meus
quadris.
— Des. Não pare. Deixe-me sentir você vir, assim como está.
Ela encontra um ritmo agora. Eu não estou perto ainda, mas posso senti-
la, ofegando com cada mergulho para baixo. E agora ela está se movendo um
pouco mais rápido, estou rangendo os dentes e movendo com ela,
empurrando quando ela afunda em mim. Os seios dela estão pulando,
balançando, os mamilos duros e grossos, os quadris são macios,
generosamente preenchidos com carne de seda doce, sua bunda está batendo
contra mim e seus lábios estão acariciando os meus, beijos molhados trocados
quando ela começa a perder o controle.
Eu me seguro, porque quero vê-la chegar, quero ver cada expressão, ler
cada emoção, recolher tudo o que puder ver a forma que ela vem para mim.
Ela traz a cabeça para cima, e ela mal consegue manter os olhos abertos,
mas ela fixa-os em mim e sua boca é ampla e os dedos cavam quase
dolorosamente no meu peito, e ela está moendo em mim, sua vagina
deslizando molhada e escorregadia e para baixo no meu pau, que pulsa com a
necessidade de vir, mas eu seguro.
E ela vem. Levanta, quase perdendo meu pau no processo, e bate para
baixo. Suspiros. Levanta, hesita, bate de novo, e desta vez ela realmente grita,
um som alto, estridente de liberação.
Des está gemendo também e o som de sua voz, a evidência vocal de seu
gozo tem me deixando mais forte, mais profundo, e que só faz o seu mais
alto, estou perto de me perder. Ela estende a mão na frente de si mesma,
prende o lençol em ambos os punhos, e depois passa a mão entre as pernas
dela.
Deus, ela é o céu, está perfeitamente em forma para tomar tudo o que
tenho e ela adora, precisa, quer isso. Isso é o que eu sinto vindo dela, me
pergunto se vou pensar de forma diferente quando o momento se for, quando
o esse calor passar.
Ela cai para frente e eu deixo-a, puxo para fora e tenho um momento
para descansar antes de tirar o preservativo e me limpar. Quando volto para a
cama, ela está deitada de costas e me olhando, seus olhos no balanço do meu
pau, em seguida, para os meus olhos.
Não quero ir para casa. Não quero que ele volte para LA, estou olhando
para ele, e meu coração aperta. Ontem à noite ele foi tão gentil, tão doce. Até
o fim, quando ele começou a se perder e o que foi, honestamente, a coisa mais
quente que eu já experimentei o jeito que ele me virou, me posicionando da
maneira que ele queria, e só... me levou.
Ele está indo embora, e em uma semana eu estarei voltando para Detroit
para aulas de manhã e limpeza da sala de aula de fim de noite. E nós nunca
nos encontraremos novamente. Isso é tudo que vou ter e estou tentando
absorver tudo isso.
O que me faz querer saber o que ele pensa sobre tudo isso. Se foi normal
para ele, ou se foi maravilhoso como foi para mim. Quer dizer, eu sei que
nunca vou ser a mesma novamente.
Apenas sexo. Não se apegue. Você não sabe nada sobre ele, ou ele sobre
você. Ele não lhe deve nada. Você não deve nada a ele.
— Você pode levantar agora, Des. — Sua voz vem do lado da cama.
— Hey, —digo.
Ele tem uma caneca de café em cada mão, um preto, um com creme de
uma cor cáqui médio.
Pego e provo.
— Não tinha certeza do que você gosta de café da manhã, então pedi um
pouco de tudo. Bagel, uma omelete, torradas, ovos mexidos e bacon, uma
torrada de centeio.
— Torradas e bacon.
Ele coloca sua caneca sobre a mesa de cabeceira, vai até o foyer e escolhe
através dos pratos cobertos com tampa de metal, transfere o bacon de um
prato para outro, a torrada e o omelete para um segundo, e carrega ambos os
pratos até a cama. Ele se instala na cama ao meu lado, estende as mãos para o
prato com torradas, bacon, passa para mim e em seguida pega seu prato.
Ele engole uma mordida de ovos em sua boca e fala depois de mastigar.
— Por quê? — Ele pergunta quando ele pega sua camiseta do chão e a
estende para mim.
— Você realmente não vai me dizer uma única coisa sobre si mesma,
não é? — Diz ele eventualmente.
— O que você quer saber? — Ele ri, mas não há humor nele.
— Que você não possa encontrar com uma rápida pesquisa no Google,
quero dizer.
Gemo de frustração, coloco meu prato de lado, vazio, exceto pelo bacon,
que eu guardei para o final.
— Qual é o ponto? Não vamos fazer disso algo que não é, Adam.
— Adam. Você não tem relações sexuais com alguém que você mal
conhece por 48 horas e acha que vai ser uma combinação celestial.
Especialmente quando você está indo embora. Isso é tudo que eu quero dizer.
— Tenho que afastar a decepção que sinto quando ele não discorda.
— Então você vai me dizer que você não sente... Eu não tenho certeza
de como colocá-lo... uma “uma ligação”? Ontem à noite, você não sentiu isso?
— Seus olhos perfuraram os meus, e estou tentando desesperadamente negar
o que vejo lá.
Tenho que me proteger. Não posso deixá-lo saber como me senti, que
eu ainda sinto isso. Não posso me apegar, deixar minhas emoções fora de sua
jaula. Então eu minto, mais ou menos.
— Quero dizer, talvez? Eu não sei. O sexo foi incrível, eu senti isso. —
O que é verdade, e espero que tenha saído casual. Não é como se tivesse algo
para comparar.
Adam olha para mim por um longo momento, seus olhos penetrantes,
exigentes e abertos. Vejo suas emoções. Vejo que ele sentiu algo, assim como
eu. Mas ainda não significa nada. Ele está indo embora, e eu nunca vou vê-lo
novamente, então qual é o ponto? Mantenho meus olhos neutros. É preciso
toda a força que possuo para fazê-lo. Tenho uma vida inteira de experiência
em enterrar minhas emoções, de negar a dor da solidão, a dor dos punhos e
do cinto de um pai adotivo, a dor de nunca se encaixar, nunca pertencer, de
nunca ter um verdadeiro lar. Sei como bloquear tudo, como fingir que não
sou afetada. É como respirar, porque é o que faço, o que sempre fiz e o que
eu sempre vou fazer. Imagino uma parede de tijolo subindo, tijolo por tijolo,
em torno de meu coração, em torno de minha alma, em torno de minhas
emoções.
Mas não posso deixá-lo assim. Não posso sair e deixar que ele ache que
isso não significava nada para mim. Vejo sua dor nele, pela forma que está
inclinado sobre o parapeito da varanda. É uma ensolarada e bonita manhã,
não há nuvens no céu hoje. As asas de gaivota nas últimas janelas, grasnando.
Adam está absolutamente imóvel. Eu quero ir lá fora, passar as mãos sobre
sua coluna, sobre os ombros. Beijar cada vértebra de sua coluna, sentir sua
pele, escorregar minhas mãos sob o elástico da cueca. Quero mais um
momento com ele.
Meus pés estão me levando lá para fora. Sou incapaz de detê-los, apesar
de saber que tudo o que acontece em seguida. Mas não posso lutar contra o
impulso de meus pés. Não posso parar minhas mãos que o tocam.
Meus lábios são pressionados para o amplo arco de suas costas. Sim, eu
quero responder. Mas não posso mentir para ele. Não mudei minha mente, e
se eu falar, ele vai saber a verdade. Se ele olhar para mim, ele vai saber. Então,
eu só o toco. Exploro a maior parte do seu peito, palmas das mãos movendo
em círculos lentos. Ele abaixa a cabeça, como se ele soubesse que eu estou
evitando sua pergunta. Ele é tão inteligente, tão perspicaz. Ele pode me ler, de
alguma forma. Ele toma uma respiração profunda e seu peito incha.
— Oh. Por que nós não viemos aqui mais cedo, Bob? —Uma trêmula,
voz idosa feminina diz, a poucos centímetros de distância, apenas do outro
lado da parede de madeira fina. — É tão lindo e agradável.
— Não se mexa.
Adam se inclina para mim, suas mãos correm sobre meus ombros e
então seus lábios tocam a parte de trás do meu pescoço.
Minha boca cai aberta num grito silencioso. Ele sussurra no meu ouvido
enquanto desliza seu pau em mim, centímetro por centímetro, até que ele está
totalmente encaixado.
— Não faça um som, Des. Não diga uma palavra. — Ele está
empurrando o ritmo de suas palavras, controlando nosso orgasmo. — Você
não precisa. Eu entendo, conheço você. Caralho, você é tão incrível. Eu sei
que você nos sente. Você faz, não é? Sim, você sente isso, você porra nos
sente Des.
E então ele sai de mim e me coloca na cama. Vejo ele tirar a camisinha e
jogar fora. Fecha a porta, e depois volta para cama, pairando sobre mim. Sua
boca desce tão devagar, tão gentilmente, que quase me quebra, quase sacode a
verdade de mim.
Então, não digo uma palavra. Apenas beijo de volta e espero que ele
possa sentir as emoções enterradas.
Seu pênis encosta na minha coxa. Não posso deixar de tocar, agarrar,
não posso evitar. Sinto-me maravilhada como ele responde.
— Eu não sei.
— Não posso... eu quero, mas e.... não posso. Tem sido um longo
tempo... e estou... dolorida.
Dou os ombros.
— Eu não sei.
Não sei por que estou fazendo isso. Prefiro tê-lo dentro de mim, e sei
que ele quer também, mas nenhum de nós sugere isso. Ele não se move, e eu
continuo acariciando.
Mantenho meus olhos nele, e sei que tudo o que estou sentindo brilha
em meus olhos. O conflito, o desejo de dizer o que ele quer ouvir. Que eu
gostaria de poder parar o tempo e ter isso por dias, semanas ou meses. Sei que
o medo está lá, porque sei que já estou e sei que ele vai embora, e eu também.
— Des...
Ele está prestes a dizer algo, se ele dizer não poderei mentir, então me
levanto e o beijo, mas depois ele rompe e ambos olhamos quando ele vem.
Uma faixa de jorros brancos dele bate no meu estômago. Ele empurra de
novo, outro jato jorra dele, este pousa quente e molhada entre os meus seios.
Eu continuo a acariciá-lo, e mais liquido jorra dele, pingando sobre a minha
pele.
— Jesus, Des.
Mas ele está saindo. Ele vai voltar para a sua vida de Hollywood, e se eu
abrir agora, isso só vai doer muito mais.
— Achei que talvez você prefira usar estes para ir para casa, ao invés do
vestido.
— Para onde?
— Eu sei.
Silêncio.
— Você é incrível. Ontem à noite foi... e esta manhã... Deus. Nem tenho
palavras.
Ele parece estar lutando com suas próprias emoções, procurando algo
para dizer. Ele toca meus lábios, mas este é um adeus frio e sem paixão.
Balancei a cabeça.
— Não. Ninguém para telefonar. Vejo Ruthie todos os dias, e ela é....
muito agradável. Além disso, os celulares são caros.
Eu suspiro.
— Deus, Adam...
— Tchau, Adam.
Meu coração conclui o processo de calcificação quando ele se vira e sobe
na carruagem sem olhar para trás.
Adam foi embora a algum tempo. É o
melhor. Mas Deus, dói e nunca vai parar de doer. Ainda tenho mais alguns
dias na ilha e não vejo a hora de ir embora. Só quero voltar para Detroit, para
a escola e para a vida de merda que estou acostumada.
Merda.
— Des? Ruth passou mais cedo esta manhã para dizer que você estava
doente. O que você está fazendo aqui?
O trabalho é intenso e quando termino, faço uma hora extra para cobrir
o meu atraso desta manhã. Caminho para encontrar Mack, o mestre do
estábulo.
Mack é um homem de meia idade ,baixo, gordo, barba espessa e olhos
castanhos suaves. Ele é firme em relação aos cavalos, mas me ama, porque eu
amo os animais.
— Que bom que você está aqui. Aquele extremo precisa de alguma
ajuda.
Começo a limpar, parando pelas barracas que têm cavalos para acariciar
seus narizes e murmurar coisas sem sentido. Estou enrolando, não quero
voltar para o dormitório. Não quero falar com Ruthie. Não quero ter que
pensar sobre certass coisas.
— Saia daqui, Des. Tenho que deixar algo para as outras mãos, você
sabe. — Ele é rude e calado, mas entende a minha necessidade de ficar
ocupada, e nunca me questiona.
16
Já passa do pôr-do-sol quando eu deixo o estábulo e volto para o
dormitório. Minhas mãos pulsam e minhas costas doem. Ruthie está na cama,
lendo seu Kindle. Ela para quando entro, e olha para mim com expectativa.
Eu a ignoro, tiro meu macacão e coloco um par de shorts.
Ela bufa.
—Você nunca fala, mas você tem que me dar alguma coisa. Quero dizer,
Jesus. Eu me viro e Adam fodido Trenton está lá, perguntando por você.
Acrescente o olhar em estado de choque que você tinha noite passada... algo
aconteceu e ele tem algo a ver com isso. Você não volta para casa na noite
passada, e agora você está aqui parecendo uma merda. Então pode falando,
vadia.
— Não tente me distrair. Você vai me contar por que Adam Trenton
estava aqui, por que você está vestindo suas roupas, e onde você estava na
noite passada.
Olho para ela por um momento, e em seguida, puxo meu rosto para fora
de suas mãos.
— Talvez —, murmuro.
Limpo a garganta.
— Sim.
Ri sarcasticamente.
— Você realmente conheceu Dylan Vale? Na vida real? Você falou com
ele?
Dou de ombros.
— Bem, pelo que eu pude ver, ele pertence mais a Rose Garret. Mas sim,
esse Dylan. Não foi um grande negócio. Quero dizer, ele é tão quente como
você diz, talvez até um pouco mais. Mas é um nerd total. Passou toda a dança
me falando sobre o programa, como era ideia dele ,como os produtores
tiveram que implorar para fazer o papel principal, blah, blah, blah. Você teria
adorado isso, mas me entediou. Não ligo para o programa, mas a com
cereteza ele é fodasticamente bonito. — Enroleii uma mecha de cabelo em
meus dedos e desviei o olhar. — Longe de ser tão quente como Adam.
— Nós fodemos.
— Não lhe disse nada. Quero dizer, como se explica isso? Eu apenas
deveria pedir que parasse no meio das preliminares mais incríveis que já
aconteceram e dizer “hey, a propósito, eu sou virgem”?
— Sim, Des, você deveria. Isso não é algo que você simplesmente pode
omitir de um cara. Isso é um grande negócio.
Ela está sentada ao meu lado na cama, com a cabeça contra a parede e
os nossos pés pendurado na borda do colchão. Ela gira a cabeça para olhar
para mim.
— Ele estava aqui apenas para o fim de semana. Voltou para o local de
filmagens do seu filme. Algum estúdio em L.A., imagino.
— Isso.
Balancei a cabeça.
— Como? Ele nunca vai voltar para Michigan, e mesmo que volte, como
vai me encontrar, ou eu a ele? E por quê? Foi apenas uma... coisa de uma vez.
Eu sei, ele sabe disso e fim.
— Você é uma mentirosa de merda, Des Ross. Você gosta dele. Você
está chateada. Você não estaria bebendo toda a minha porra de vodka, se você
não estivesse toda ferrada sobre isso.
De repente, estou bêbada demais para discutir. Graças a Deus por isso.
Pelo menos paro de sentir falta de Adam por alguns minutos.
Pego a vodka e bebo ainda mais, até que Ruthie toma de mim e coloca
de volta na geladeira.
— Vai ficar tudo bem, Des. Você vai ficar bem. Calma, querida.
Oh.
Estou chorando.
Caramba.
A volta para o continente é a mais longa viagem de balsa da minha vida.
Seguido da mais silenciosa, longo, e constrangedora viagem de carro da minha
vida. Estou na parte de trás de um Navigator preto enorme com Gareth e
Rose, e nós estamos no nosso caminho de volta ao sul do estado. Voltando
para as filmagens. De volta à vida.
— Jesus, Adam. Que diabos aconteceu com você? Você está agindo
como se alguém tivesse cagado no seu cereal.
— Bem, é verdade.
— Sim. Des.
— Bem, não é como se você tivesse tempo para esse tipo de coisa agora
de qualquer maneira. Mas eu tenho certeza que você não fez nenhum favor
aquela pobre garota, ao colocá-la no centro das atenções. Porque tenho
certeza de que ela não está pronta para isso.
— Nada.
Reviro os olhos
— Há sempre alguma coisa que pode ser feita, seu grande idiota. Se voce
quer ela, deve fazer alguma coisa.
— Claro que não. Quando foi a última vez que qualquer coisa era
simples?
— Se isso é o que ela quer, então você tem que respeitar. — Rose passa
a mão pelo seu cabelo loiro solto. — Mas, então, às vezes, nós, mulheres,
dizemos a nós mesmas e agimos como se quiséssemos uma coisa, quando na
verdade, no fundo, queremos algo diferente. Normalmente porque temos
medo de uma coisa ou de outra.
— Sem problemas.
— Hum. Des? —Ruthie chama encolhida no sofá do nosso apartamento
em Detroit. Acabamos de voltar e Detroit na noite passada e eu nunca pensei
que diria isso, mas estou feliz de estar aqui. Eu fiquei mais uma semana na ilha
de Mackinac após a partida de Adam , e foi uma das semanas mais longas de
todos os tempos.
— O quê?
Há fotografias...
De mim.
Com Adam.
Eu pareço linda.
A nova chama quente de Adam? a manchete diz. E quando digo título, quero
dizer enormes letras em negrito na parte superior do site. Acompanhado de
varias fotografias. Um close de Adam e eu de mãos dadas. Seus lábios na
minha orelha, sussurrando algo para mim. O braço em volta da minha cintura.
Nós dançando lento... eu com um olhar de êxtase absoluto no meu rosto.
Merda. Merda.
Ruthie entra no apartamento com uma revista em sua mão. Ela está
olhando para o artigo, e senta ao me lado.
— Isso é incrível! Perez Hilton está blogando sobre você, menina! Isso é
enorme.
Bebo uma margarita em um copo de suco, uma vez que não temos
copos reais de Margarita.
— Eu também não sabia. Quer dizer, não fiz nada de especial. Mal
coloquei qualquer maquiagem! Deus. Se eu soubesse que ele estava me
levando, não teria ido. Quero dizer, não era só Adam e Dylan lá. Eu conheci
Gareth Thomas, Rose Garret, Lawrence Bradford, Amy Jones... Quer dizer,
haviam algumas pessoas insanamente famosas lá... e eu. — Deixei escapar um
suspiro.
— Rose me encurralou no banheiro durante o jantar e me avisou que
isso iria acontecer.
— Ouça a si mesma. Falando sobre Rose como se ela fosse sua amiga.
Esta é Rose porra Garret, Des. Deus.
— Você acha que eu não percebi o quão surreal tudo isso é? Parece um
sonho. Nem sei mais o que dizer, Ruth.
— Eu mal o conheço. Passei dois... nem mesmo dois dias inteiros com
ele.
— Sim. Eu tento não pensar nele. Sobre aquela noite. Mas é impossível.
— Viro a cabeça para encontrar os olhos de Ruthie.
— Não sei se algum dia vou ser capaz de esquecer aquela noite.
— Como você pode? É o tipo de coisa que só acontece uma vez na vida.
Não posso deixar de desejar que seja uma coisa da vida, e não de uma
vez na vida.
No dia seguinte, saio da última aula na Wayne State ,e vou esperar o
ônibus para o meu turno de zeladora. Estou de fones de ouvido e distraida,
cansada, não querendo ir para o trabalho. Sinto um toque no meu ombro,
puxo um fone e viro o rosto para a pessoa que me bateu. Ele é alguns anos
mais velho do que eu, vestido com um par de jeans apertados azul escuro com
as barras enroladas até os tornozelos acima de um par de brilhantes, cano alto,
de botas de combate desamarradas. Ele está usando uma camisa de botões
branca com um lenço roxo brilhante amarrado no pescoço ,uma gravata e um
casaco preto que me lembra de algo que um oficial da guerra civil pode usar,
botões de metal e uma bainha de babado. Seu cabelo é loiro, penteado para
um lado, tem máscara nos cílios, maçãs do rosto coradas, e unhas pintadas da
mesma cor que o seu lenço.
212-555-6789
Ele ri.
— Já que você não respondeu minha pergunta, vou assumir que você
não está familiarizado com a agência. Nós somos uma agência premier de
modelos. Representamos todos os modelos de maior sucesso e talento do
mundo. E Des? Nós queremos você. Nós vimos as fotos em Mackinac Island,
e querida, você parecia incrível.
Rio ironicamente.
— Posso não conhecer sua agência, mas sei que as modelos devem ter
dois tamanhos negativos, ok? E também sei que nunca vou ser tão magra.
Então você está latindo para a árvore errada, querido.
Balanço a cabeça.
— Quatro?
Ele bufa.
Modelagem? Eu?
— Des. Nós não somos esse tipo de agência. Deus, eu nunca fui tão
insultado em minha vida. Esses tipos de contratos vêm... deus, eles são um
pouco melhor do que a porra das casas funerárias, ok? Nós representamos
talento. Beleza. Classe. E nós podemos treiná-la. Isso é o que fazemos.
— Eu tenho tatuagens.
— Hum, Photoshop. Não para fazer você parecer menos com você, é
claro, mas usamos nesses casos. Cobre tatuagens e manchas.
— Deus, você teve um tempo ruim, não é? Você é linda, Des. Sério.
Você me conheceu? Obviamente, eu sei o que estou falando, certo? Meu
trabalho é encontrar gente bonita e colocá-las na frente de uma câmera. Eu
não estaria aqui nesse... — ele abaixa a voz e sussurra em meu ouvido, —
Muito, muito sujo ônibus no meio de Detroit, se não quisesse te representar.
— Obrigado, Thom. Foi bom da sua parte dizer isso. Mas tirando isso,
eu tenho um plano de carreira. O semestre está prestes a começar. Não posso
simplesmente ir embora.
— Thom...
— Des, dê uma cadela fabulosa para outra: você tem isso acontecendo, e
você tem que aproveitar. As pessoas querem você agora. A escola vai esperar.
Sua carreira vai esperar. Esta oportunidade? Ela não vai esperar. Você é
relevante agora. Eu tenho trabalho para você agora. Em um mês ou dois ou
três, eles mudam de ideia e encontraram outra pessoa. Você precisa deixar
acontecer agora. Não amanhã ou no próximo ano, mas agora, enquanto eles
querem o seu look.
Fico vermelha.
— Meu Deus.
Ele ri.
O ônibus para, e Thom desce. Vejo como ele tosse e balança a mão na
frente do rosto para limpar a fumaça de óleo diesel. Ele entra em um carro
preto que, aparentemente, vinha atrás do ônibus, e, em seguida, ele se foi.
Durante todo o meu turno limpeza nas salas de aula, penso sobre o
cartão na minha bolsa e no que ele representa.
A caminho de casa, penso em Thom, e me pergunto se eu poderia fazer.
— O que é isso?
— Uma modelo?
Dou de ombros.
— Isso é o que ele disse... Uma modelo de roupas plus size —Odeio até
mesmo dizer que a frase; Sou quem sou, e fodam-se as etiquetas.
Ela abre o google e digita o nome da agência. Sento e vejo como ela
percorre os resultados. Depois de alguns minutos, ela se vira para mim.
— Mas... quero dizer, eu? Uma modelo? Nem sei o que pensar.
— Isso soa interessante para você? Você assistiu American Next Top
Model comigo. Você sabe como eles retratam o negócio.
17
Orange Is the New Black (frequentemente abreviada para OITNB) é uma série estadunidense de
comédia dramática criada por Jenji Kohan e lançada na Netflix em 11 de Julho de 2013. A série, produzida
pela Tilted Productions em associação com Lionsgate Television, é baseada no livro de Piper Kerman,
Orange Is the New Black: My Year in a Women's Prison, que aborda sua experiência na prisão.
— Parte de mim fica em duvida. Mas, na verdade, ter a minha foto
tirada... foi bom. Quero dizer, não a a foto da caminhada da vergonha, Mas...
eu não sei. Parte de mim quer, pelo menos, experimentar, sabe?
— Você realmente vai se mudar para Nova York? Colocar seu mestrado
em espera, deixar Detroit, me deixar? — Ela fecha seu laptop e alisa o
logotipo na tampa superior. — Olha, Des. Eu quero que você seja feliz. Você
é minha melhor amiga. E se se é isso que você, vou sentir sua falta mas ficarei
feliz. Isso é um grande passo mas não parece com algo que voce faria.
Disco o número no cartão. Ele toca uma, duas, três vezes, quatro, e
depois há a voz de Thom na outra extremidade.
— Aqui é Thom.
— Você está fazendo a escolha certa, Des. Dê-me o seu endereço e vou
buscá-la depois de amanhã à noite.
— Eu sabia que você ia aceitar, então liguei para Sidney e ela já está
agendando a sua primeira sessão de fotos para a próxima semana. Temos
muito trabalho a fazer querida. Tenho que deixa-la pronta para sua estreia
como modelo.
— Ah, claro que há. Mas eu vou explicar tudo isso para você quando
chegarmos a Manhattan. Sidney, Rochelle, e eu vamos passar a coisa toda do
começo ao fim e explicar passo-a-passo, cláusula por cláusula. Você também
tem cerca de mil compromissos com esteticistas ,cabeleireiros e todos os tipos
de coisas, além de conhecer Sidney, e então há fotos de rosto, e... apenas um
monte de coisas divertidas para fazer. Por agora, comece a fazer as malas. Te
vejo na quarta-feira.
— Oi. Estou tentando encontrar uma amiga minha, que acho que é uma
estudante daqui.
— Nome?
— Ela não está registrada. Eu tenho ela em nosso sistema, mas ela não
está registrada para as aulas neste semestre.
— Me desculpe, mas não poderia dar essa informação para você. — Ela
aperta os olhos. — Eu te conheço?
Estou acima de usar minha fama para encontrar Des? Claro que não.
A mulher clica seu mouse e tecla algo olhando para mim de vez em
quando. Depois de um momento, ouço um zumbido da impressora e ela se
estende para pegar a folha de papel. Ela pega uma caneta, e desliza na minha
direção junto com o papel; Presumo que ela quer um autografo, vendo que ela
imprimiu minha foto do filme Fulcrum.
— Dan.
Rabisco na borda branca acima da imagem: Dan, você tem uma avó
fantástica. Obrigado por assistir! E então assino meu nome, grande e bagunçado,
acima da minha cabeça. Eu entrego-lhe a imagem, ela lê a nota e, em seguida,
me olha de forma divertida, e lisonjeada.
Eles estão prestes a passar por mim quando eu prendo a manga de Ruth.
Ela para e olha para mim, com os olhos apertados, mas ela se recupera
rapidamente e se vira para o amigo.
—Des.
— Não por escolha. Ela... Eu não sei como dizer. Ela se fechou. Apenas
se fechou. — Eu enfio a mão no bolso e olho a área em torno de nós,
certificando de que não há ninguém tirando fotos ou me observando.
— Se foi.
Espero, mas não há mais informações.
Balancei a cabeça.
— Eu não leio essa merda. Não lia nem mesmo quando não era famoso.
É tudo mentira e mentira. Noventa e nove por cento é tão fictícia quanto a
porra de Star Wars.
— Sim, bem, eles ainda tinham fotos de vocês dois. Não apenas no
jantar, também. Depois. Uma onde ela estava vestindo suas roupas na manhã
seguinte.
— Merda.
— Sim.
Ruth sorri
— Sim, eu vou dizer.
— Da próxima vez que ela chamar, diga que estou procurando por ela e
passe essas informações.
—Eu sei. Você parece ser uma garota muito legal, Ruth. Obrigado.
— Agora me larga.
Recuo.
— A gente se vê.
— Sim, provavelmente não. Mas vou passar sua mensagem. Mas não
prometo nada.
O carro que eu contratei está esperando por mim, entro e peço para me
levar para o Aeroporto. Tenho um bilhete de primeira classe no próximo voo
para Londres, que é amanha de manha. Preciso conseguir um quarto no hotel
do aeroporto e esperar.
Ela tambem serve para manter o fotograo longe dos modelos. Alguns
deles são... nojentos.
Esse cara, por exemplo. Posso sentir seu olhar malicioso através da
câmera, eu e recuso a olhar diretamente para ele, e a interagir mais do que o
necessário. Ele é de meia-idade, calvo, com um rabo de cavalo na altura dos
ombros, fracos olhos azuis, e uma barriguinha. Mas, aparentemente, é um dos
melhores fotógrafos do ramo, e eu tenho sorte.
Ele vai me fazer parecer incrível, pelo menos é o que Rochelle e Sidney
falaram.
A julgar pelas roupas ainda disponíveis, ainda tenho que fotografar umas
três ou quatro vezes.
— Des, eu tenho que sair e pegar isso. Você está bem aqui? — Ela diz
Olho para ele e forço um pequeno sorriso, esperando que ele vá embora.
— Você é uma menina linda, você sabe. — Ele se agacha ao meu lado,
de costas para a parede, e acende um cigarro. Seus olhos passeiam
rapidamente pelo meu corpo. — Com a ajuda certa, você poderia ir a lugares
impossíveis para você
— Uma sessão na praia? Sidney não me contou sobre isso. Não estou
fazendo uma sessão de praia.
— Ela não te contou ainda. — Sua língua desliza em seu lábio inferior, e
ele passa rapidamente o alvo de seu cigarro.
— Se você está nervosa, talvez pudéssemos fazer umas fotos privadas. O
que acha? — Ele sorri sugestivamente.
Ele está na minha frente, muito perto, e cheira a cigarros e a suor. Sua
mão agarra a minha e força contra sua virilha.
— Ludovic, ele...
— Eu sei. Ele faz isso com todas as modelos. Ele é um cão de chifre
velho desagradável, isso é tudo. — O telefone de Rochelle toca e ela olha para
ele.
— Ele disse algo sobre uma sessão de praia, você sabe de alguma coisa?
— Eu não quero...
— Recusar seus avanços, evitar suas mãos te tocando, tudo bem. Não
me importo. Mas não pode recusar trabalho, não quando é Ludovic Perretti.
— Ela abaixa o telefone, indicando que ela está falando sério. — Ele é um
velho babaca desagradável com tesão e vai tentar transar com você, se você
deixar, mas ele é o melhor maldito fotógrafo no negócio.
Ela suaviza.
Mas não tenho uma escolha, pelo que parece. Não se eu quiser ficar em
Nova York e continuar a trabalhar de modelo. Que é o que eu quero, certo?
Eu rosno.
— Oh.
— Exatamente. Oh.
Eu suspiro.
— Sem dúvida.
— Fazer a sessão e tentar não deixar todo mundo perceber que vou me
sentir como uma maldita baleia vestindo um biquíni estúpido.
— Não.
Ninguém me disse diretamente “Des, você tem que perder cinco quilos”.
Ainda não, pelo menos. O que eles fazem é me medir, pesar, adivinhar as
minhas escolhas alimentares e me enfiar numa calça tão apertada que me sinto
como uma filha da puta de salsicha recheada. Só quero um pouco de queijo
maldito, Ruthie! Estou em Nova York e não tive um único pedaço de
cheesecake. É ridículo. Você sabe o que eu comi hoje? Uma simples, quente
salada caesar, um peru pré-fabricado e em sanduíche suíço. Você sabe o que
comi ontem? Um pouco de legumes e metade de um bagel sem creme de
queijo.
— Essa é a modelagem.
Não sei o que dizer. Odeio isso aqui, na maioria dos dias. É alto, agitado,
muita pressão e intenso. E isso é apenas de Nova York. Estou com fome.
Estive com fome desde o dia que desembarquei em La Guardia. Sinto falta de
Ruth, de Detroit e sinto falta da Ilha Mackinac.
Ruth está em silêncio, e conheço ela tão bem, que sei que ela tem algo a
dizer, mas não sabe como.
Posso ouvi-la levar um longo gole de algo que ela fez, uma piña colada
ou algo delicioso, tenho certeza.
— A verdade. Que você está modelando em Nova York, que não tenho
um endereço ou número de telefone seu. — Ela esta tranquila novamente.
— Ele fez?
— Ele parecia sentir sua falta, Des. Parece que se arrependeu ao deixar
você ir.
— Se chama correr riscos, Des. Você deveriar ter dado uma chance. —
Ela suspira, e soa frustrada, decepcionada.— Você quer que esta informação,
ou não?
— Sim.
Meu raciocínio é vago, até mesmo para mim. Deveriar admitir que estava
errada? Que eu deveria ter lidado com as coisas de forma diferente? Dizer
mais sobre mim? Dizer por que tenho as tatuagens? Que diferença faria agora?
— Sidney, eu...
— Odeio ter que dizer isso. Realmente odeio. Você acha que alguém
gosta de ouvir isso? Você sabe quantas vezes eu ouvi essas coisas, quando
estava modelando? “Mais cinco quilos, Sidney.” Pelo menos uma vez por
semana, eu ouvi. Dói, eu sei que dói. E sinto muito. Mas é o negócio. — Ela
acenou com a mão, me dispensando. — Você pode fazer isso. Tenho certeza
que você pode.
Porque eu me destaco.
As outras meninas são todas muito magras, com peitos pequenos, mas
perfeitamente em forma. Eu sou a mais alta em pelo menos três polegadas, e a
maior delas por pelo menos trinta quilos.
Vejo as pessoas olhando para mim. Ludovic está tirando fotos do oceano
ou algo assim, imagens infinitas, ajustando as configurações da sua enorme
Nikon.
Finalmente, ele aponta para uma das modelos, uma garota do Brasil
chamada Nina. Seu biquíni é tão insignificante que, provavelmente, se encaixa
em uma capsula vazia de café Keurig 18.
18
Ludovic presta especial atenção nela. Ele tira centenas de fotos,
entregando sua câmera para um assistente e ajoelha ao seu lado, ajusta seu
cabelo e diz encantadoras pequenas coisas que a fazem rir. Então, ele a tem
rolando de costas para que seus peitos sejam lançados no ar. Seu cabelo está
molhado e bem espalhados na areia enquanto as ondas a batem em seus
joelhos.
Quando termina, ele olha para ela e sussurra algo, entregando-lhe o que
parece um cartão chave do quarto. Ela sorri timidamente. A próximo modelo
toma o lugar dela à beira da água, e Anya deita na areia ao meu lado.
Ela usa o cartão para raspar uma linha na areia entre as pernas.
Jogo verde.
— Quem? Ludovic?
— Sim, Ludovic. Me tocando. Dizendo como sou sexy. É claro que sou
sexy! Sou modelo. Ele pensa que vou ao seu quarto no meio da noite e deixá-
lo me foder. Eu não me importo se ele pode me colocar na Sports Illustrated.
Não vai acontecer. Deus, que idiota.
— Claro. Você acha que fiquei de dieta e fiz exercicios para conseguir
um encontro ou algo assim? Não. Eu sou uma modelo de maiô. A edição de
maiô é o que cada modelo quer. Não vou fazer o que ele quer. Tenho
padrões. — Ela olha para mim curiosamente.
— Sinto muito. Você fez algo assim chegar até aqui? Não queria te
insultar.
Não posso deixar de rir. Tentando não me insultar, ela me insultou.
Balancei a cabeça.
— E você vai?
Horas mais tarde, quando o sol está baixando, e estou entediada pra
caralho, todas as outras modelos sairam, exceto Li Fei. Então ela sai sem falar
com ninguem, agora somos apenas Ludovic, eu, e os funconários.
Tento deixar espaço entre mim e Ludovic quando passo por ele, mas ele
se move em direção a mim, põe a mão no meu braço e me vira.
— Bem ali, sim. — Ele estala algumas fotos, verifica, ajusta e se encaixa
um pouco mais, ficando num joelho.
Sem direção, eu só fico ali, com as mãos em meus lados, peso em uma
perna, sem sorrir. A minha pele formigando onde ele me tocou, e eu quero
esfregar e entupir de desinfetante. Ele deixa sua câmera cair de seu pescoço e
coloca as mãos na minha cintura, me guiando em direção ao mar. Fico fora de
seu alcance, e vejo um flash de irritação cruzar suas feições. Ele fecha o
espaço entre nós e as suas mãos vão para a minha cintura novamente, e ele me
posiciona. Suas mãos estendidas, e seus olhos me procurando.
— Não fique tímida, Des —, ele me diz baixo, de forma que só eu ouço.
— Aqui. Eles podem te proteger com a sua tanga, se você está tão
preocupada.
— Bom. Nós terminamos. Vocês podem ir. — Ele olha para mim, com
sua expressão faminta. — Des e eu vamos terminar sozinhos.
Quando ele percebe que todo mundo se foi, um sorriso cruza seu rosto.
— Não, você não tem. — Ele aponta o restaurante não muito longe. —
Nós deveríamos jantar, eu acho.
— Você perdeu peso. Está ótima. Se perder mais uns dez quilos, você
ficaria impressiomate. Eu poderia fazer coisas incríveis com você, Des. — Ele
pisca.
— Vamos, Des. Você acha que pode chegar a qualquer lugar neste
negócio por conta própria? Você realmente não quer se afastar de mim.
— Você não vai mesmo ter que fazer muito, você sabe. Não, a menos
que queria. Coloque esses grandes lábios em volta do meu pau, Des. Você vai
gostar, eu prometo. Só isso, e te faço bem sucedida. Posso te tirar daquele
apartamento caixa de sapatos que você compartilha com todas as outras
meninas. Eu tenho um grande apartamento, e um grande pau. Você pode ter
as duas coisas. — Ele poe a mão na minha cintura e na minha bunda. — Você
sabe que você quer e que unca vai conseguir nada melhor que eu.
Então eu faço algo ainda mais estúpido: dou um passo em direção a ele,
e lhe dou um tapa com toda minha força. Ele coloca a mão em seu rosto, em
seguida, vem em direção a mim. Vejo a raiva em seus olhos. Eu o empurro e o
frangote voa para trás, tropeça e cai de bunda na areia.
— Você vai se arrepender disso, sua puta. Estou chamando Sidney agora
mesmo! Você nunca vai trabalhar novamente. Você está acabada!
ACABADA!
Tentar fazer uma saída com raiva na areia não é fácil. Eu quero correr,
mas não corro. Meus seios bateriam no queixo, uma vez que este top de
biquíni estúpido não fornece absolutamente nada de apoio. E por outro lado,
não quero dar a Ludovic a satisfação de saber que estou chateada.
Você sabe que você nunca vai conseguir nada melhor do que eu.
Oh, eu poderia ter tido algo muito melhor. Mas eu arruinei isso também.
— Droga, Des. Eu avisei. — Rochelle me encontra na fila do check-in
no aeroporto de LaGuardia.
— Você não tinha que transar com ele, eu lhe disse. Mas não deveria
irrita lo. — Ela balança a cabeça.
— A única razão pela qual estou a pagando para o seu vôo de volta é
porque gosto de você. Eu paguei por esse bilhete. Não Sidney, não a agência.
Eu. Este negocio não é para você, Des. Só não é. Vá para casa. Volte para a
escola.
— Obrigado, Rochelle.
Ela me oferece um raro sorriso, e parece estranho em suas feições.
— Não, obrigada você. Você sabe quanto tempo eu queria dar um tapa
naquele presunçoso, arrogante porco?
Então arrasto minhas três malas pesadas através da fila o mais rápido que
eu posso, tropeço, lutando contra as lágrimas confusas. Pego o vôo, encontro
meu lugar, seguro minha bolsa no colo e olho para a seleção que representa
quase dois meses de fome, estresse e horas insanas.
De volta a Detroit, percebo que não sei como vou chegar em casa, e me
pergunto se Ruth encontrou um novo companheiro de quarto. Não tenho um
cartão de crédito, e nem tenho vinte e três anos ainda, então não posso alugar
um carro. Não tenho um telefone ou qualquer um para chamar. A Ruthie não
tem um carro.
Não tenho para onde ir. Sem dinheiro, exceto pelo cheque na minha
bolsa, que não posso sacar ou depósitar ainda. Tudo está fechado.
Tento não me lembrar da última vez que fiquei numa chuva com essa.
— Des? — É Ruth. Espio, e percebo que meus dentes estão batendo tão
forte que não posso nem falar. — Des, o querida, o que você está fazendo
aqui? Jesus, quanto tempo você esta aqui?
— Não tenho nenhum outro lugar para ir.
Fiz na prática, e quase consegui no primeiro take real, mas tropecei nos
primeiros passos antes de pegar o ritmo. Presley não aceita. Então, faço
novamente.
Meu coração bate nos meus ouvidos. Parece que o tempo está se
movendo em câmera lenta.
— Corta! Corta! —, Mas Presley está rolando seu braço, o sinal para
continuar rodando.
Seis pés.
Quatro.
— Que porra é essa, Adam? — Israel está rolando para longe de mim,
saltando sobre a enorme, almofada inflada no chão. Ele tropeça, joga o rifle
de lado, inclinando-se e encolhendo-se como um frangote. — Essa não é a
porra de coreografia, seu imbecil! O que diabos você estava fazendo?
— Eu sei —, diz Presley, acenando com a mão com desdém. — Mas ele
é sindicalizado, não podemos fazer nada a não ser gritar com ele. Embora,
com você preso, a cena funcionou muito melhor desta maneira! Fez o seu
personagem parecer muito mais humano e crível! Não posso acreditar! Isso
foi absolutamente maravilhoso!
— Não seja tão dramático, Adam. Mas sim, muito bem, folgue até terça-
feira. Nós temos algum trabalho a fazer para próximas cenas de Israel de
qualquer maneira, então nós realmente não precisamos de você. — Ele acena
para mim. — E vá fazer um exame. Preciso de você em ótimo estado para a
sua próxima cena. — Ele se afunda no carrinho de golfe, ocupando uma boa
parte dele. Presley Miller não é um homem pequeno.
Olho para cima quando estou recitando uma fala particularmente sinuosa
sob a minha respiração, e vejo uma menina em uma mesa ao lado da minha.
Ela está tomando um Martini e folheando um catálogo de algum tipo,
enquanto ela conversa ao telefone. Há um lugar vago em frente a ela, então eu
estou supondo que ela está esperando por alguém. A moça não me interessa,
mas o catálogo sim. É de uma coleção de roupas, e o que me chama a atenção
são as modelos. Como a menina olhando através do catálogo, todas as
modelos são mais curvas. Eu acho que o termo seria, maiores. Mas depois de
conhecer Des, eu parei de usar esse termo. Mulheres são mulheres, e são
lindas, independentemente da sua forma, tamanho ou peso.
Meu coração aperta quando penso em Des. Ela nunca ligou. Seis meses e
nenhuma palavra dela.
Deus, Des.
Ela realmente é uma modelo, agora. Ela está um pouco mais magra nesta
imagem do que quando eu a conheci, apesar que pode ser Photoshop. Ela tem
um meio-sorriso misterioso nos lábios, e está usando muito mais maquiagem
do que precisa. Mas é Des, ela é tão adorável que faz o meu peito doer.
Encontro-me tocando a imagem brilhante do rosto e perguntando onde ela
está, e por que ela nunca me ligou. Me pergunto se ela encontrou um
namorado.
Pico para a menina, em seguida, levanto. O cara é grande, maior que eu.
Dou um tapinha no ombro.
Ele franze a testa e olha para a mesa, para a menina, e para o catálogo.
O rosto da menina cai por terra, a magoa se espalha por todo seu rosto.
Ela é uma menina com curvas com certeza, mas ela é bonita, com olhos azuis
brilhantes, cabelos castanhos ondulados e maçãs do rosto salientes. O jeito
que ela esconde a mágoa tão rapidamente me diz que não é a primeira vez que
este idiota diz algo parecido.
Nem sequer pensei, eu só reagi. Antes que ele possa terminar sua frase
seguinte, eu o prendo na parede do bar, com meu antebraço na sua garganta.
— Quinn.
Ela me procura.
— Sim, Quinn, eu acho. E qualquer pessoa com olhos pode ver também,
contanto que eles não sejam superficiais, idiotas covardes como esse cara.
— Ele não é tão ruim. Ele é bom o suficiente na maioria das vezes. Ele
apenas quer me ver saudável.
— Mas você não é um alvo fácil, é, Quinn? Você quer que um cara goste
de você, que a ache atraente exatamente do jeito que você é. Não é mesmo?
Você não sairia com um perdedor patético só porque você acha que é tudo o
que pode ter, você não é essa garota. Não é, Quinn?
— Bom.
— Quando esse perdedor tentar pegá-la de volta, você diga a ele para ir
se foder. Ok?
— Eu vou.
Recolho minhas coisas, passo no bar e entrego algumas notas altas para
o barman.
Deixo o bar, entrego meu script para Oliver e lhe digo para encontrar
um lugar para estacionar. Eu preciso andar. Preciso limpar a minha cabeça.
Ver Des, mesmo em uma revista, mexeu comigo. Eu tinha enterrado tudo,
seguido em frente. Ou assim pensava. Mas, obviamente, não tinha.
E lá está ela.
Des.
— Adam?
Há muitas coisas a dizer, e nem sei por onde começar. Sinto como se
estivesse em um sonho.
Corto suas palavras com um beijo, meu coração batendo no meu peito.
No início ela está congelada, chocada, mas então ela fica na ponta dos pés e
sua língua encontra a minha, e sei que qualquer que fosse seu raciocínio, agora
é irrelevante.
Ela geme no beijo, inclina-se contra mim, como se suas pernas não
pudessem segurar o seu peso.
Quebro o beijo suficiente para sussurrar para ela.
Sua mão na minha é grande, áspera e familiar, sua presença ao meu lado
é enorme e quente.
Ele me quer.
— Ainda não.
Meus lábios formigam da força e ternura de seu beijo, meu coração está
palpitando furiosamente, meus pulmões estão se expandindo e contraindo
profundamente, como se sua mera presença ao meu lado exigisse mais sangue
em minhas veias, mais oxigênio em meus pulmões. Quero seus lábios, sentir
sua respiração, seus músculos e dizer para me levar e me possuir. Eu também
quero fugir; estar com ele exigirá a verdade. Vou ter que dizer como cresci,
sobre os lares adotivos e as coisas que sofri.
O abuso.
NÃO. Não posso fazer isso, nem mesmo na minha mente.
Vou ter que dizer que ele tirou minha virgindade. Que dei a ele, e não lhe
disse.
Tanta coisa para dizer, muitas coisas que eu nunca disse a ninguém.
— O mesmo.
Tanto Adam e Oliver olhar para mim como se tivesse crescido uma
segunda cabeça.
— Sim, bem, você precisa de uma babá, sua grande maricas. — Oliver
diz isso com uma cara séria, mas sua voz mantém humor, e seus olhos escuros
mostram alegria.
O elevador para e as portas se abrem. Oliver espera até que nós dois
estamos fora, e de alguma forma consegue passar por nós sem parecer se
apressar. Chegamos a uma porta no final do corredor. Oliver abre, deixando-
nos entrar e passa por nós mais uma vez. Ele anda pela cozinha, sala de estar,
e por outra porta, finalmente retornando para a entrada onde estávamos.
— Tudo limpo. Precisa de alguma coisa?
— Certo —. Ele faz uma pausa no meio do caminho para fora da porta.
Adam dá de ombros.
— Meu agente insistiu. Disse que eu alcancei o nível onde os fãs são
susceptíveis a fazer merda, então melhor estar preparado.
Adam ri.
Ele pensa antes de responder, que é uma qualidade que admiro nele.
— Adam, eu...
— Eu só não podia. O que eu diria? Será que você viria para Nova
York? Sim, você provavelmente iria. Mas para quê? Por quanto tempo?
— Há algo aqui, Des. Entre nós. Há, e sei que você sabe que existe.
Você está com medo. Do que, não tenho certeza.
— De quê? De tudo.
— Por quê?
O rosto de Adam amolece, e ele olha para mim em silêncio por alguns
momentos. Então ele se levanta, vai até a cozinha, e pega duas garrafas de
cerveja da geladeira e um saco de pretzels. Abre as cervejas e retorna para o
sofá, colocando os pretzels na mesa de café entre nós. Ele toma um longo
gole de cerveja, mastiga alguns pretzels e bebe novamente. Eu faço o mesmo,
e, em seguida, Adam está de alguma forma mais perto de mim, sua coxa
acaricia o pé que está embaixo da minha bunda.
Ele olha para mim, e posso vê-lo classificando seus pensamentos, suas
palavras.
— Sei que te prometi da última vez que não iria fazer qualquer pergunta.
Bem, estou quebrando a promessa. Aqui está, Des: Eu gosto de você. Eu
perdi você. Deus, passamos menos de 48 horas juntos, e simplesmente não
consigo te esquecer. Eu tentei. Quero dizer, porra, tem sido o que, seis meses?
E não consigo tirar você da minha cabeça. Tirar aquela noite da minha cabeça.
Dois dias de cento e oitenta, e eu não consigo parar de pensar nisso. E só para
você saber desde então não houve mais ninguém.
— Se você não pode fazer isso, ou não quer, então me diga. Oliver vai
levá-la para casa, e você nunca mais vai me ver de novo.
Tudo dentro de mim aperta. Quero fugir. Não confie nele, parte de mim
grita. Você não pode. Ele vai te machucar, vai te trair. Todos fazem e você
sabe disso.
Mas a outra parte de mim argumenta de volta. Não, não todos. Ruth não
fez. Adam pode não te machucar também.
Adam entende meu silencio como hesitação. Ele pega a minha cerveja e
coloca na mesa. Agarra minhas mãos e se inclina na minha direção.
— Você não pode ficar toda sua vida sozinha, Des. Você tem que
confiar em alguém, em algum momento. Comece comigo. — Ele fica ainda
mais perto, sussurrando. — Pode confiar em mim.
Ele estremece.
— Uau. Está afiada hein. Nesse caso, vou precisar de outra cerveja. —
Ele levanta, pega mais duas, e aproveito para endireitar as minhas pernas e
apoia-las na mesa de café. Ele se senta ao meu lado e coloca minhas pernas
em cima de suas coxas.
— Então, eu e Emma. Nos conhecemos nas filmagens de Alquimia do
Sangue. Fizemos uma cena de beijo no filme. Geralmente eu não beijo nos
filmes. Mas foi nesse filme, e nós só demos um selinho. O beijo foi bom, eu
acho. Quer dizer, quando você faz uma cena como essa, têm pelo menos, seis
ou oito tomadas, às vezes mais. O diretor quer uma variedade de ângulos e
diferentes elementos. Então não foi apenas um beijo, bam, feito. Nós
estávamos no set, beijando na frente de dezenas de pessoas, as câmeras
rolando, Mike Helms gritando instruções para nós. Então, depois que
terminamos, nós saímos em algumas vezes. Isso se transformou em um mês,
dois, três. Nós nos dávamos bem. Interesses similares, eu acho. Ela cresceu
com os irmãos, então falava de futebol. Nós começamos a atuar de forma
inusitada, sabe? Ela era a maquiadora, então um figurante ficou doente e eles
não tiveram tempo de solicitar alguém extra. Ela poderia fazer a maquiagem
em si mesma, e uma vez que o papel necessitava de maquiagem pesada, ela foi
útil. Acontece que ela realmente sabe interpretar, de modo que o diretor lhe
deu um papel de apoio em seu próximo projeto. Ela cresceu desde então.
Tanto Faz.
— Voei de volta para L.A. cedo, não contei a ela. Apareci em sua casa
em Malibu, sem aviso prévio. O carro de Ryan estava lá. Ela tem uma grande
janela de sacada em frente, em que você consegue ver tudo. Vi os dois no
deck, juntos. Ela estava vestindo uma camiseta dele e ele estava de cueca. Ela
me viu, e ela só acenou para mim. Como, oh hey. Não é grande coisa.
Franzi a testa.
— Isso foi o que eu disse. Ela não estava mesmo chateada. Eu estava,
“Porra, já era. Está tudo errado. ” Ela apenas deu de ombros e disse que
estava tudo bem. Estava tudo no tabloide, no entanto. Tinha um fotógrafo do
lado de fora de sua casa. Ele me viu em LAX e me seguiu até a casa de Emma.
— Então, quando isso terminou...
— Sim, depois disso, eu jurei ficar sem mulheres. Estava cheio. — Seus
olhos me encaram, afiados e quentes. — Até que conheci você.
— Tanto faz.
Eu ri.
— Esse foi o dia em que falei com Ruthie e ela me disse que você a
visitou. Eu simplesmente não conseguia lidar com qualquer outra coisa.
Então, como se isso não fosse ruim o suficiente, este fotógrafo conseguiu me
reservar para uma sessão de maiô exclusivo na Flórida. Eu tinha que fazer
isso, ou estava fora. Então eu fiz. E odiei, porque odeio vestir trajes de banho.
A maneira como me pareço e o que sinto, e eram biquínis. Foi horrível. Todas
as outras modelos que fizeram as fotos eram modelos reais de maiô.
Magricela, pequenina boa aparência e bonita. Eu me destaquei como uma
ferida.
— Sim, por isso lhe dei um tapa, e fugi. Voei para Nova York. Em
seguida, a gerente da agência me encontrou no aeroporto com todas as
minhas malas e me mandou para casa. Tipo, nem mesmo se incomode de
voltar, está acabado. Por isso estou aqui.
— Cale a boca, Adam. Você é doce, mas sei o que sou, e estou bem com
isso. Mesmo depois de Nova York, estou bem com a minha aparência. Talvez
até mais, por causa de tudo o que aconteceu. Quero dizer, antes da estúpida
merda das fotos de biquíni, o proprietário da agência e gerente me disse que
eu tinha de perder peso. Eles disseram que mesmo sendo uma modelo de
tamanho grande, para fazer uma sessão de biquíni eu tinha que perder peso.
Tinha que parecer de uma determinada maneira. Então eu fiz isso, e odiei. —
Não consigo olhar para ele.
É difícil de engolir, de repente. Não quero olhar, mas ele está lá, suas
mãos estão em minhas bochechas, os polegares no meu queixo e tocando os
cantos da minha boca. Tenho que olhar nos olhos dele, e é tão difícil, porque
ele me enxerga tão bem.
— Então o que é?
— E eu não sou.
Ele franze a testa, e seus olhos procuram os meus. Ele ignora o óbvio e
vai para a pergunta mais difícil.
Encolho os ombros.
Dou de ombros.
Ele me examina.
— E? —, Ele pede.
— Durou um ano antes de eu ter coragem de contar para alguém. Ele foi
preso. Acabou que não fui a única. Mas ele era tão bom, em manipular, se
certificando em ameaçar que ninguém acreditaria em você. Ele me assustou.
Mas, eventualmente, não pude aguentar mais. Então disse a uma professora
na escola. Fiquei com medo de ficar em apuros por não ter contado antes e
que ela não acreditasse. Mas a professora, Srta. Erwin. Ela acreditou e a
primeira coisa que ela fez foi me abraçar, e dizer que ela ia se certificar que ele
nunca me machucasse de novo. E ele não fez. — Não consigo analisar as
características de Adam.
— O quê? — Pergunto.
— Sim. — Pisco com força, com a emoção correndo solta por mim.
— Você sabe, eu nunca disse isso a ninguém nem mesmo a Ruth. Quer
dizer, ela cresceu como uma criança adotiva também, e é por isso que somos
tão próximas, porque nós duas estivemos lá, e acho que ela suspeita o que
aconteceu. Quero dizer, como você passa por isso? Como você lida?
Eu rio, e preciso fungar. Não que esteja chorando, de jeito nenhum. Não
vale a pena chorar, não mais.
— É isso mesmo, Adam. Quero dizer, você não entendeu? Eu não lidei.
Não realmente.
— Adam, eu tive também. Naquela noite foi incrível. Quer dizer, foi
assustador para caralho, a coisa toda da festa. Todas as celebridades e os
paparazzi. Foi assustador, e eu não estava pronta para isso. Mas depois de
tudo, estar com você... — Olho para ele, o deixo ver nos meus olhos.
— Eu também achei.
— Mas?
— Mas você se fechou, mais tarde naquela manhã. Eu poderia ter ficado,
ter descoberto uma maneira de ter mais tempo com você, mas você apenas se
fechou.
— Tudo! Olhe do meu ponto de vista, Adam. Sou a menina do lixo, uma
órfã cuidando da minha vida e de repente, vem este lindo, sexy, rico famoso
ator, e ele está afim de mim. É bom demais ser verdade. Tem que ser bom
demais para ser verdade. Merdas desse tipo não acontecem comigo.
Pisco em lágrimas.
— Então o quê?
Balaço minha cabeça, mas as palavras não saem. Tento limpar minha
garganta da dor e as lágrimas que estou segurando.
— Tirei sua virgindade. — Sua voz é aflita. — Jesus Cristo, Des! Por que
você não me disse, porra?
— Não se atreva. — Vou para cima dele. Ele me espia num conflito de
mágoa e irritação — Você não ouse tornar menos do que foi. Foi exatamente
o que eu queria. Mais do que eu esperava.
— Eu machuquei você?
Ele cambaleia, bebe sua cerveja pela metade em três longos goles, e em
seguida, coloca acima da mesa muito gentilmente.
Mas ela não tinha me dito. Ela sabia como iria reagir, e intencionalmente
não disse. Doeu. Isso me deixou com raiva. Esse tipo de coisa não se esconde
de um cara. Não mesmo. Me sinto no direito de estar chateado, mas minha
parte racional entende a razão dela.
Não sei como detê-la, como fazê-la ouvir e entender. Então faço algo
desesperado. Agarro a mão dela, ela me empurrar para o lado, e então pego
sua outra mão e prendo atrás de suas costas. A pressiono contra a parede do
edifício.
Pego seu rabo de cavalo e puxo sua cabeça levemente para trás até
aproximar minha boca na dela. Seu corpo se debate, lutando contra mim.
Tenho os pulsos apertados na minha mão, estou segurando gentilmente, mas
com firmeza. Seu joelho levanta contra mim, a deixo empurrar, mas não
permito que ela se mova. Eu a beijo, profundo, com força e doce. E apesar de
todo o combate que ela está fazendo, sua boca responde a minha. Seu corpo
luta, mas seus lábios se movem, e sua língua desliza para fora e toca a minha,
estou saboreando, colocando todo o meu conflito no beijo.
Quando sei que ela não vai mais lutar contra o beijo, libero o cabelo dela
e seguro ao lado de seu rosto.
— Não.
— Você me deixou.
— E?
Ela assente com cabeça, e eu solto uma mão mantendo a outra na minha.
Não a arrasto exatamente de volta para cima, mas é claro que ela está
hesitante, talvez até com um pouco de medo. Uma vez estamos no meu
apartamento, paro de costas para a porta. Des continua indo a poucos passos
entre a cozinha e sala de estar, e então percebe que não estou ao seu lado.
— O quê?
Dou de ombros.
— Existe alguma outra coisa que você não me contou? Algo que eu
deveria saber.
— Não. Quer dizer, eu disse a você sobre ser molestada. Essa é a única
coisa que guardei para mim. Por razões óbvias. As pessoas olham para você
diferente quando descobrem. Tentei fazer terapia, uma vez. Com uma
conselheira em Wayne. E ela tinha um olhar de pena sempre que
conversávamos e simplesmente não consegui lidar com essa merda. Então,
nunca disse a ninguém. Esse é o grande problema, para mim. Alguns dos
outros pais adotivos batiam em mim, então eu não gosto quando alguém entra
na minha frente ou tenta me conter.
— Quando você veio atrás de mim e agarrou meus braços. Eu não gosto
de ser surpreendida ou agarrada assim. Isso esse é o gatilho. Mas quando você
segurou meus pulsos e me beijou...? — Ela para e não termina.
— O que? — Pedi.
— Foi tipo excitante. Sito que não deveria ser, considerando as coisas no
meu passado, mas foi.
— Des, você entende, com toda a sua alma, que eu nunca, nunca vou
fazer nada para machucá-la?
— Você já passou por tanta coisa, Des, e você merece ser tratada...
— Cacete, eu não sou frágil. Já passei por tanta merda que a maioria das
pessoas não pode sequer imaginar. Apanhei no banheiro mais de uma vez
durante o ensino médio, seis ou sete meninas batiam em mim só por ser nova
e branca. Fui assaltada. Fui molestada sexualmente. Já passei por uma porrada
de coisas nos meus 22 anos, Adam Trenton, e estou bem. Não preciso de
ajuda. Não preciso de pena e não preciso ser tratada como uma pequena e
delicada flor.
Chego mais perto, aperto sua cintura apenas e puxo seu exuberante
corpo contra o meu.
— Tratar você como uma delicada flor? Não. — A beijo nos lábios.
Minhas mãos encontram sua pele macia e quente por baixo de sua
camisa, e ela finalmente exala suavemente, e coloca as mãos no meu peito.
Deslizo minhas mãos nas suas costas, levantando um pouco sua camisa,
inclino a cabeça para beijar o lado de seu pescoço. Sua cabeça vai para trás, e
ela me oferece a garganta, a beijo ali, em seguida, para baixo, até seu decote.
Não é possível esperar mais, tiro sua camiseta e jogo no chão. O sutiã é de
seda, roxo com renda, seu corpo é bronzeado e sedutor. Deixo o sutiã, beijo
entre seus seios, descendo novamente para seu abdômen, ficando de joelhos.
Sorrio para ela, engato os dedos no seu jeans e puxo para baixo. Tiro a
calça deixando caída ao lado. Corro minhas mãos para cima atrás de suas
coxas para acariciar a seda suave de sua calcinha, roxa com renda branca
correndo em volta da cintura.
— Des.
— Sim?
Puxo o elástico em seu quadril direito para baixo e beijo a pele, deslizo o
dedo por baixo do umbigo, e faço o mesmo com ela com o outro lado. Ela
não está respirando, e suas mãos deslizam pela minha cabeça, seus dedos
penteando meus curtos cabelos negros. Outro puxão suave, e seu quadril
esquerdo está nu, meus lábios deslizam por sua pele enquanto meus dedos
acariciam sua barriga um pouco acima seu núcleo agora. Eu abaixo a seda em
seu quadril direito.
— Adam...
— E daí?
Mantenho meus olhos nos dela, beijo seu quadril, em seguida, sua coxa.
— Portanto, sinta-se à vontade para gritar tão alto quanto você quiser.
Cutuco sua coxa com o meu nariz e sua postura se alarga, então
mergulho minha língua em seu pequeno clitóris duro, lambendo-o lentamente.
— Ah merda.
Sei que ela não pode vir apoiada numa perna, então quando sinto que ela
está perto do orgasmo e do fim de sua capacidade de equilibrar, me levanto,
mantendo a perna esquerda na minha mão, em torno de minha cintura.
Dobro os joelhos e levanto a perna direita. Ela olha para mim em óbvia
surpresa quando eu a levanto e seguro pela bunda.
— Adam, você vai quebrar suas costas, idiota —, diz, envolvendo os
braços em volta do meu pescoço como se tivesse medo que eu a deixe cair.
Ela não é leve, mas a carrego facilmente para o sofá. A coloco no chão e
me ajoelho entre suas coxas. Ela está tremendo.
— Você quer isso, bebê? Você quer que eu faça você gozar?
— Então tire esse sutiã e me mostre esses seios lindos, Des. — Ela se
inclina para frente, liberta a alça e joga a roupa perto da mesa de café. Eu faço
um som baixo na minha garganta, um gemido de apreciação.
— Você é linda, Des. Eu não ligo para o que você diz sobre si mesma.
Você é toda linda. Aqui... — Passo minha língua em seu clitóris.
Levo minha mão até a coxa, para o lado de seu quadril, até suas costelas,
acariciando de volta, e em seguida, puxo-a para o beijo, e em seguida, quebro
o beijo para tocar sua têmpora.
— E você é linda aqui. — Coloco minha mão, sobre seu peito onde
posso sentir seu coração batendo.
Enterro meu rosto entre suas coxas, e ela mantem os joelhos afastados,
gemendo de alívio quando eu chupo seu clitóris entre meus lábios e deslizo o
dedo médio em sua abertura. Seus quadris descem enquanto eu sugo, e depois
minha língua entra em um movimento de círculo, cada vez mais rápido.
Ela volta do seu clímax e relaxa contra o sofá. Me sento ao seu lado,
beijo seu ombro, peito, pescoço, incapaz de manter minhas mãos ou boca
longe dela. Acaricio sua cintura, o quadril, beijo entre os seios.
— É a minha vez.
Balanço a cabeça.
Ela me olha.
Ela se inclina para mim, beija meu peito, suas mãos acariciam meus
ombros e traçam meu abdômen. Em seguida, os dedos em minha calça jeans,
trabalhando no fecho. Eu amo isso, a sensação de suas mãos em minhas
calças jeans. O botão é aberto, e meu pau está pressionando para cima na
abertura contra a minha roupa de baixo.
— Por quê?
Balanço a cabeça.
Balanço a cabeça.
— Eu também.
Ela continua movimentando meu pau par acima e para baixo e então me
encara.
— Eu poderia ir comprar.
Não havia dúvida, agora. Ela está sobre mim, com meu pau duro e
latejante em suas mãos.
— Des?
Ela me ignora, chega até o chão ao seu lado e remexe no bolso da minha
calça jeans, retira meu celular e coloca em minhas mãos. Deixo escapar um
suspiro e, em seguida, pego meu celular, para enviar uma mensagem para
Oliver.
Ok. Mas não tenho certeza de que você está me pagando o suficiente para isso.
LOL.
—Des...
Respiro fundo quando seus lábios envolvem a cabeça do meu pau. Sua
boca é quente, úmida e eu não posso evitar um gemido de felicidade assim
que ela ligeiramente chupa. Minha cabeça cai para trás no sofá e me força a
manter meus olhos abertos para vê-la. Sua boca se espalha em torno de mim,
com os olhos levantados para me olhar.
Eu ri.
Ela se move de volta para baixo, me levando em sua boca, sua língua
rodando em volta do meu pau, degustando. Sua mão está em torno da base,
apenas segurando, e então ela acaricia uma vez e eu inconscientemente levanto
os quadris. Ela solta um som de surpresa, depois se afasta, suga uma vez com
os lábios ao redor da cabeça, em seguida, desce a boca em torno de mim.
— Deus sim.
— Mais do que me comer? —, Pergunta ela, e, em seguida, sua boca está
em meu pau novamente e eu não posso evitar gemer.
Ouço sua risada rouca e, em seguida, outro pacote voa através do hall,
para posar ao lado do primeiro, desta vez um pacote de preservativos que vai
realmente se encaixar.
Quando ouviu a porta aberta, Des fez uma pausa e olhou para a
abertura, para se certificar de que ele não ia aparecer. Uma vez que ela ouve a
porta se fechar, ela me dá um sorriso malicioso e me leva em sua boca
novamente. E, desta vez, ela não mostra misericórdia. Seu punho tremula para
cima e para baixo na base do meu pau, e seus lábios deslizam em volta da
minha circunferência, indo para baixo e para baixo, e depois de volta para
cima e para cima, e agora ela está definindo um ritmo, lento e constante.
— Des, pare.
Eu a puxo, mas ela segura minha mão. Seus olhos vão para os meus
enquanto ela move a cabeça, me observando. Tento soltar minha mão, mas
ela não deixa, segurando firme e lutando contra o meu controle. Seus olhos
mostram humor brevemente, e, em seguida, ela vai para baixo em mim mais e
mais rápido, e eu sei que não posso segurar.
— Porra, Des, eu vou gozar. Você tem que parar ou eu vou gozar...
Ela faz uma pausa com os lábios envolvidos em torno da cabeça e suga
com força, e eu sei que é impossível. Ela move nossas mãos unidas para a
cabeça, coloca as palmas das minhas mãos em seu cabelo, e, em seguida, pega
a meu pau e minhas bolas em suas mãos. Puxo seus cabelos em um rabo de
cavalo em minhas mãos, segurando-o longe de seu rosto. Ela sacode
novamente, acariciando a minha base e chupando.
Estou perdido.
— Eu sei.
Ela me beija, e eu sinto o meu gosto nela, mas não me importo. Ela está
em cima de mim e eu sinto seu núcleo contra a meu membro amolecido, mas
os seios dela estão tocando meu peito e sua boca é insistente na minha. Tenho
seus quadris em minhas mãos, e sei que não vai demorar muito antes que eu
esteja pronto para ela, antes que possa levá-la do jeito que preciso.
Ele se levanta comigo em seus braços e me carrega por todo o
apartamento, para o quarto. Me deita, e coloca uma das mãos na cama ao lado
de meu rosto e me beija, enquanto acaricia meu peito com a outra mão.
E então ele sai, mas apenas por um momento, voltando com o pacote de
preservativos.
Mas ele ainda não está pronto. Ele rasga a caixa, tira um, separa e em
seguida, se espalha na cama ao meu lado. Suas mãos tocam minhas costelas
sob meus seios, seguindo para baixo e encontra a borda de uma das minhas
tatuagens. Seus olhos chegam aos meus, e percebo sua dúvida.
Rolo com ele, descansando a mão em seu estômago, logo acima de sua
ereção nascente.
Fecho meus olhos e enterro meu rosto em sua pele. Seus braços circulam
em torno de mim, me abrigando, me protegendo.
— Eu tinha dezesseis anos. Tinha acabado de ser transferida para uma
nova família. O pai era... ruim. Muito ruim. Ficava bêbado o tempo todo.
Ficava violento. Normalmente, ele apenas ficava atrás de sua mulher, mas de
vez em quando, ele ia atrás de sua filha. A mãe ficava entre a menina e o pai.
Mas uma vez ele bateu muito na esposa, bateu muito mesmo. Michaela, a
filha, começou a gritar. Ele estava enlouquecido. Nem sei o que diabos deu
nele. Acho que ele era um veterano da guerra do golfo ou algo assim, e talvez
tenha tido um flashback? Eu não sei. Havia um cabo de extensão sobre a
mesa, um cabo da cor laranja. Michaela foi atrás de seu pai, e ele empurrou-a
no chão. E ele pegou o cabo, começou a bater nela com ele. Eu tive que fazer
alguma coisa, então deitei sobre ela. E ele continuou batendo. Eu acabei de
sair do banho, e tinha apenas uma toalha. A toalha caiu, e ele apenas
continuou a bater. Acho que ele não sabia o que estava fazendo. Talvez sim.
Eu não sei. Parte de mim acha que ele sabia o que estava fazendo, porque ele
continuava a bater no mesmo lugar, mais e mais, e, em seguida, ele bateu em
um local diferente. Deixando essas cicatrizes.
— Eu ainda a visito às vezes. Ela tinha apenas cinco anos quando isso
aconteceu. Ela está com onze agora.
— Só você. Quem você é. O fato de ser essa bela pessoa apesar de tudo
o que já passou, isso é poesia também, Des.
Dou de ombros.
— Está enraizado.
— Desenraize —, diz.
Adam ri comigo. Ele sabe que não é assim tão fácil. Ele tira uma mecha
do meu cabelo.
— Por que eu? — Franzi a testa e abri minha boca, mas ele cobre os
lábios com o dedo.
— Você é uma mulher linda, e viu como tão horrível a indústria pode
ser, modelar deve ter mostrado que isso não é apenas a minha opinião. Então,
por que eu? Por que você confiou em mim? Por que você me deixou tomar
sua virgindade?
— Número um, você não tomou, eu dei a você. Grande diferença para
mim. Quanto ao porquê de você? Você me enxergou. Não sei como explicar
isso. É como... você parecia ver quem eu era, quem eu sou, e você me tratou
com valor. Você vê o que eu escondo. Não que algo que eu tenha vivido seja
um segredo; é só que eu não confio em ninguém o suficiente para dizer. Mas
você.... Eu só confiei em você, assim instintivamente ou algo assim. Ainda não
consigo explicar o porquê. Quer dizer, sei agora que você é um homem forte,
gentil, compreensivo e que é digno de confiança, mas eu não sabia ainda.
Queria confiar em você. E, sinceramente, isso me assustou muito. Esse é um
dos motivos de não ter ficado, na manhã seguinte, mais do que qualquer outra
coisa. Não conseguia entender por que confiei em você, porque eu queria
tanto você. Ou por que você me queria. Nada disso fazia sentido, e isso só me
assustou. — Passei minha mão em ociosos, círculos preguiçosos em suas
costas.
— Nem para mim. — Ele se empurra para dentro de mim, seus lábios
tocando minha bochecha, em seguida, os dentes beliscando minha orelha. —
Eu amo isso, Des, sentir você deste jeito. Nu dentro de você.
— Eu também.
Um sorriso se espalha em toda a minha cara quando ele agarra seu pau
grosso em uma mão e coloca na minha abertura, pressiona a cabeça larga no
meu clitóris e mexe em círculos lentos. Suspiro, e seus olhos escurecem
aquecidos. Ele desliza para dentro de mim, empurrando, e afasta minhas
coxas.
Tão malditamente cheia. Ele está em mim, seu calor se difunde sobre a
minha pele, os olhos penetram nos meus para ver a minha alma, ele sabe os
meus segredos e ele está olhando para mim como se ele não se cansasse. Ele
está tão profundamente conectado em mim que eu penso que não posso ter
mais. Mas então ele me levanta pelos quadris e enfia mais profundo, parece
que não posso ter mais dele, e ainda assim preciso dele mais forte mais rápido
mais profundo mais...
— Porra, sim.
— Você gosta de forte? Um pouco bruto? — Ele pega na mesma
retirada lenta, aperta seu aperto em minha cintura, e, em seguida, bate em tão
forte como da última vez, e os meus olhos cruzam em êxtase com o calor que
explode através de mim quando ele está profundo e duro assim.
Não.
Ele puxa para trás, passando as mãos em torno de minhas coxas, meus
joelhos, e se move. É suave, naquele momento... E Deus, eu já estou sem
fôlego, uma tensão de fogo tenso enrolado no meu estomago, fazendo meus
dedos dos pés curvarem e apertarem desesperadamente em qualquer carne
que eu possa encontrar. Outro impulso, desta vez um pouco mais forte, e
solto um suspiro.
— Oh merda, Adam...
— Isso é bom?
— Tão bom.
Seus olhos não se afastam dos meus, nem os meus dos dele, como ele
define um ritmo lento e constante, moendo profundamente, retirando
lentamente e empurrando mais e mais rápido. Cada vez mais forte. Entre
minhas coxas abertas, eu posso ver seu torso ainda machucado ondulando e
enrijecendo quando empurra. Seus braços enormes agarrando as minhas coxas
para pressionar assim que ele começa a foder sério agora, batendo em mim
com vigor incansável, sua carne contra a minha. Êxtase e felicidade me
consomem, ou até mesmo algo além disso.
Nirvana, talvez?
Céu?
Conclusão, talvez.
— Deixe-me ouvir, Des. Grite para mim, querida. Grite meu nome
quando gozar no meu pau.
— ADAM! — Grito seu nome assim que o calor inunda o meu corpo,
minhas coxas enganchadas em torno de sua cintura e os quadris rangendo.
Ele tira lento, hesita, seus olhos nos meus e bate seu pau em mim duro e
rápido, e eu grito.
Ele está tremendo, suas estocadas são lentas e desesperadas. Seus olhos
estão presos nos meus, mas posso dizer que é um esforço mantê-los abertos.
Pego seu pescoço, as pernas ao redor de sua cintura, lábios pressionados ao
seu ouvido.
Mais uma vez, então, levanto, dobrando meus quadris ligeiramente para
trás para puxar seu eixo longe de seu corpo, então sento forte.
Ele está tentando recuperar o fôlego, nós dois estamos, e estamos suados
e tremendo por inteiro.
Tremo pelo meu próprio orgasmo e então não posso ficar de pé. Puxo
ele do meu corpo com um gemido, e caio na cama ao seu lado.
— Jesus, Des.
— Isso foi...
Ele rola para mim, alisa minha bochecha com a palma da mão, com os
olhos honestos e sinceros.
— Não minta para mim, Adam. Não venha com besteira e pare de falar
o que eu quero ouvir. — Estou vulnerável, muito emocional, e meus
mecanismos de defesa estão desaparecendo.
Mas Adam está lá, de alguma forma dentro de mim, dentro desses
mecanismos.
— Hey. Não tente me excluir agora, Des. Não se atreva. — Ele pega a
minha mão e coloca sobre o seu coração. Está batendo forte e rápido. Seus
olhos perfuram os meus. — Volte, Des. Volte para mim, baby.
Aperto os olhos e fecho minhas mão com força lutando contra o medo e
minha vulnerabilidade emocional.
— Estou aqui.
19
Na versão em inglês ele primeiro a chama de babe que tem um significado mais de mulher atraente.
Depois ele a chama de baby que tem um significado mais carinhoso, mais romântico.
Então me envolvo nele. Seus braços estão em torno de mim, minha
cabeça aninhada sob o queixo e meu corpo se enroscado no dele. Sinto a
rigidez de seu pênis na minha coxa.
Ele não me pede nada. Não exige que eu fale como me sinto e nem tenta
me beijar. Arrasta os cobertores sobre nós e me segura. E isso parece ser a
chave mágica para destravar as portas. Assim que me abraça, o medo e o
instinto de proteção desaparecem.
Estamos sentados na sala de espera de um consultório médico. Adam
está ao meu lado, lendo uma revista. Noto que ele está verificando suas
costelas, de vez em quando.
Ele dá de ombros.
— Vão curar.
— Dói?
— Não, muito.
— O que causou?
Ele dá de ombros.
— É o que faço.
Namorado? É isso que ele é? É uma coisa real entre nós? Se ele está
disposto a vir no ginecologista comigo, eu acho que sim.
Eu tenho um namorado.
— O Quê?
Dou de ombros e balanço a cabeça.
— Destiny Ross?
Adam franze a testa e olha para mim. Coro e me recuso a encontrar seu
olhar confuso.
Me levanto.
— Sou eu. — Passo por ela e digo que prefiro ser chamada de Des
—Des, então. Vamos lá para trás, Dr. Guzman vai vê-la agora.
Olho para Adam, que parece intrigado. Dou de ombros para ele. Subo
na balança e a enfermeira anota meu peso e altura no seu iPad. Sento em uma
sala de exames, e a enfermeira fica na porta, com os olhos arregalados.
— Sim.
— Arrasou garota!
— Mas você não pode dizer nada a ninguém, ok? Por Favor?
Dou de ombros.
— Claro. Apenas não tire fotos ou qualquer coisa. Ele está aqui por mim
e é segredo.
— Não posso acreditar que você está namorando Adam Trenton. Isso é
tão legal.
Ela parece se tocar onde ela trabalha e quais são as consequências. Seus
olhos se arregalam.
Corto.
— Obrigada.
— Não. Você não pode fazer uma selfie com ele. Nós estamos saindo.
— Sim. Ela é.
— Venha para casa comigo e vou lhe mostrar o que uma mulher de
verdade pode fazer, Adam!
— Deus, Des. Sinto muito por você ter passado por isso.
Adam concorda.
Sorrio fracamente.
— Sim.
— Saímos antes que eu pudesse pagar a conta. Você pode ligar e cuidar
disso para mim?
Oliver acena.
— Então. Destiny?
Eu suspiro.
Balanço a cabeça.
Ele ri.
— Nós vamos ter que ver isso —, diz ele com um sorriso travesso.
— É estúpido.
— Espero que sim. Quer dizer, eu disse isso para aquela multidão no
médico.
Balancei a cabeça.
Depois que falei, não parecia tão idiota quanto me preocupei. Ou talvez
seja apenas Adam e sua habilidade de me fazer sentir confortável e bem
comigo mesma.
Namorar uma celebridade nunca é chato. Eu descobri isso nos últimos
dois meses. Alguns dias, eu não o via. Ele filma de segunda a segunda, e eu
tenho as minhas aulas e trabalho. Mas, as vezes, ele aparece na porta da escola,
com o boné sobre os olhos, ou um capuz no rosto. Me leva para jantar em
algum lugar, e nós acabamos no apartamento dele e eu ficando nua antes de
conseguir fechar a porta.
O diretor grita
Quando finalizamos, ele vai para o banheiro, sai com um pano úmido e
me limpa. Torço o pano, molho novamente, e limpo-o. Ele me beija e nós nos
vestimos. Ele volta para as filmagens e eu volto para a aula.
Eu não me importo.
Ok, talvez, no fundo, esteja igualmente envergonhada e emocionada.
Sabendo que estamos transando com centenas de pessoas do lado de fora do
trailer, adiciona uma camada de emoção a essa coisa toda.
— Ei você.
Ele sorri.
Eu coro.
Endurece ainda mais na minha boca. Eu descobri que ele gosta de tomar
meu cabelo em um rabo de cavalo quando faço um boquete. Gosta de
enterrar as mãos no meu cabelo, mantendo-o longe do meu rosto e
“ajudando” sempre muito gentil, especialmente quando ele está perto.
— Se é dessa forma que você vai reagir quando ganhar algum presente,
eu vou te dar um por dia —, ele brinca enquanto fecho seu zíper.
— Você não tem que me dar presentes para isso, Adam. Basta pedir.
O filme acaba. Estou deitada em seu colo, seus jeans ainda com o zíper
aberto e desabotoado, mas puxado para cima, e seus dedos se arrastam pelo
meu cabelo.
Fico tensa.
— Oh.
— Na próxima semana.
— Ok. — Não tenho certeza de onde ele quer chegar, e estou com
medo de perguntar.
— Não. Ruthie tem um estágio aqui na cidade este ano, e eu não sei o
que vou fazer. Mackinac não seria a mesma sem ela.
— Oh.
— Este verão. Volte para LA. Vamos para a estreia de Fulcrum comigo.
— Ele traça minha bochecha com o polegar.
Engulo seco.
— Não sei.
— Des. Sério? Será que você acha que quando as filmagens acabassem,
eu cairia fora e te deixaria? Tipo, até mais, eu me diverti?
Levanto e atravesso a sala, sentindo raiva e mágoa porque ele está rindo
de mim.
— Eu não sei, Adam! Não sei o que estou fazendo. Não sei o que é isso,
onde estamos. Sim, talvez eu tenha pensado isso. Quero dizer, eu deveria
adivinhar que você ia me convidar para ir a Los Angeles com você? E como
eu poderia fazer isso? Não posso transferir minha graduação, e eu não gostaria
de qualquer maneira. E depois? Depois eu tenho a minha licenciatura. Eu não
sei! Eu não sei.
Adam está atrás de mim, com os braços em volta da minha cintura, nariz
no meu cabelo.
— Respire, baby. Você não tem que saber de nada disso. Eu também
não sei. Isso é como os relacionamentos funcionam Des. Você tem a sua vida,
eu tenho a minha. E de alguma forma, nós iremos encontrar uma maneira de
encaixar nossas vidas, porque gostamos do que sentimos quando estamos
juntos. Certo? Você sabe disso, não é?
— Então, isso é tudo que você precisa. Isso é tudo que eu preciso. O
resto nós damos um jeito quando acontecer. Nós vamos descobrir como.
— Ok.
Dou de ombros.
— Claro.
Ignoro o medo que vem com o resto. O evento de estreia como sua
verdadeira namorada oficial, e mais assustador ainda, conhecer sua família.
— Claro que sim. Mas então, você me beija quando eu tenho gosto de
boceta, então acho que estamos quites.
— Gostar de beijar você quando você tem meu gosto, me faz suja?
Ele ri.
— Sim. Faz você uma menina muito suja. Vou ter que me lembrar disso.
Me pergunto no que acabei me meter. Seja o que for, tenho certeza que
vou gostar. Muito.
Merda.
Pensei que nós fôssemos para a casa dele depois de desembarcarmos em
LA, para um hotel, ou algo assim. Pensei que Oliver fosse nos encontrar lá, ou
algum outro motorista. Pensei numa série de coisas.
Ele sorri.
Ele passa pelos outros entre pistas, cortando alguns carros, andando
facilmente a oitenta e cinco, se não mais. Certamente não é o que eu esperava
quando pensava num carro elétrico. É elegante, sexy, sem esforço poderoso, e
o interior é feito em couro tão luxuoso, com o rádio e ar no display
touchscreen.
Não pergunto onde ele está nos levando. Eu deveria ter perguntado, mas
não fiz. Nós não vamos para o centro de Los Angeles, mas para as montanhas
que o rodeiam. Depois de uma boa hora de carro de conversa intercalada com
silêncio sociável, ele saiu da rodovia para uma área suburbana.
Algumas voltas, e então ele está indo em direção a uma casa de dois
andares de altura, toda de tijolos e vigas escuras definidas em um acre ou
assim. Há um sedan Lexus, uma mais velha BMW de duas portas, e um novo
Wrangler de quatro portas na garagem.
— Pronta?
— Este não é o lugar onde você vive, não é. — Isso sai como um
comunicado.
— Não. Pelo menos, não mais. — Ele sai e, em seguida abaixa a cabeça
para trás em quando eu não movo para sair do Tesla.
— Vamos, Des.
— Não quis tomar um banho esta manhã. Não estou usando nenhuma
maquiagem, e estou vestindo calças de yoga porra. Não é como eu queria
parecer quando me encontrasse com a sua família.
Isso não é verdade. Eu sei que ele tem duas irmãs, sei seus nomes, Lizzy
e Lia e que elas são gêmeas. Sei que sua mãe e seu pai ainda são casados, e que
os seus nomes são Lani e Erik.
Ele pega a minha mão e me leva entre o Lexus e BMW, para baixo de
uma passarela forrada com pedras vermelhas escuras que leva à porta da
frente. Agora que estou mais perto de casa, percebo que é um pouco maior do
que eu tinha inicialmente estimado. Meu coração bate.
Adam empurra a porta aberta, e eis que estamos num hall de entrada
arejado legal, o piso de um azulejo mosaico azul-e-branco Espanhol, uma
escada para a direita, uma sala de estar formal para a esquerda, e uma cozinha
visível além de um curto corredor. Adam tira os sapatos, e eu faço o mesmo.
Tudo o que posso ver deles são suas costas, mas posso adivinhar suas
identidades básicas. O homem é ainda mais alto do que Adam e quase tão
bem construído, mas ele tem a pele clara e cabelos castanhos ondulados. As
outras duas são suas irmãs, eu acho, com coloração de pele escura de Adam e
cabelo preto.
Adam deixa a minha mão e na ponta dos pés, vai por trás de suas irmãs,
movendo-se com o silêncio surpreendente para um homem tão grande. Ele
bate palmas sobre os ombros de suas irmãs, e grita sem palavras. Elas gritam,
pulando sobre as banquetas, viram e ambas saltam de seus lugares de uma só
vez. As duas se agarram a Adam, e ele envolve um braço em volta de ambas,
girando-as em círculos, e, em seguida, ele as solta e abraça cada uma delas por
vez.
Elas não são gêmeas idênticas, ele me disse, mas são muito parecidas. Ou
seja, se elas não estivessem vestidas e com penteado diferentes, poderiam
facilmente serem confundidas.
Depois que ele se vira para seu pai, que se levantou para esperar. Ele e
Adam se abraçam. Isso é só estranho para caralho. Quer dizer, eu vi abraços
de homens antes, batendo o peito, as mãos cruzadas entre eles, batendo nas
costas um do outro três ou quatro vezes, mas nunca um abraço real como este
entre os homens. Depois Adam foi para sua mãe, e isso é difícil para eu
assistir. Ele adora claramente a sua mãe. Ele faz uma pausa, segura-a pelos
braços, olha para ela, e então a puxa para um longo, abraço íntimo.
Tory?
Adam olha de volta para mim, gesticula para que eu vá a ele com um
movimento de cabeça.
— Não você também? Deus, quando é que vocês vão dar um descanso?
Não é curto.
— Isso foi o que eu perguntei a ela, esta manhã —, diz o pai de Adam.
— Eu estava atrasado, então não tive tempo para discutir sobre isso.
— Não seja um idiota, Tory. Não é curto. Sério. Você deve ver o que as
outras meninas na escola vestem. Esta é modesta.
— É mesmo, Destiny?
Isso é o que você diz, nestas situações, certo? Eu não sei. Sempre que fui
colocada em uma casa nova, eu dizia meu nome e toda as pessoas diziam os
seus e então eu encontrava uma forma de sair. Ninguém me abraçou, ninguém
me disse bem-vinda ou que foi bom para me conhecer. Apenas
— Hey, e aí. Como você está? — E depois voltavam para a TV, vídeo
game ou a maconha.
Então suas irmãs estão na minha frente, lado a lado, cada uma delas me
abraça, por sua vez, porque claramente dar abraço é como essa família recebe
novas pessoas, ou talvez seja apenas a namorada de Adam. Eu não sei. Mas
estou fazendo isso dos abraços sem entrar em pânico ou congelamento.
— Hum. Claro
Dou de ombros.
Aceito uma enorme taça de vinho vermelho rubi, e quando sinto o gosto
minha boca explode. É grosso, rico, e faz algo bizarro para o meu paladar.
Pisco e me forço a engolir.
Balanço minha cabeça e tomo outro gole, que passa pela minha boca tão
violentamente como da primeira vez, mas não é totalmente desagradável, só
muito diferente.
Sentei em uma cadeira e tomei outro gole, e desta vez é na verdade quase
agradável, a forma como o vinho parece ocupar toda a minha boca,
explodindo e mudando à medida que eu engulo. Tenho uma mão no lado da
cadeira, e sinto algo molhado acariciar minha palma.
Olho para, em seguida, saltar tão duro que meu vinho derramou sobre a
borda do copo e então eu grito. Eles têm um urso. Um urso de estimação real.
Ok, talvez seja apenas um cachorro grande, mas é do tamanho de um urso
pequeno, com orelhas de abano e pele cinzenta desgrenhada.
— Esse é Iggy —, diz Adam, puxando a besta enorme para o seu lado.
21
22
Home & Garden Television, um canal de TV americano focado na melhoria de casa, jardinagem,
artesanato e remodelação
— Ele é um wolfhound irlandês 23. Ele é grande, doce e estúpido.
— Será que ele vai tentar me morder? — Não posso deixar de perguntar.
Não sou uma pessoa de cães. Gatos, talvez. Peixe, lagartos, pássaros
muito pequenos... bem. Cães do tamanho de um urso pardo? Não.
Adam ri.
23
— Tirem-no! — Eu gostaria de dizer que saiu como um grito, mas era
na verdade mais de um guincho.
Balanço a cabeça.
— Não. Eu mudei muito, por isso os animais não eram realmente uma
possibilidade.
Esse é o olhar que odeio. Embora eu saiba que ela quer dizer bem, é a
razão de eu não falar sobre isso.
Dou de ombros.
— Havia uma família eu fiquei com eles por alguns meses, e eles tinham
um papagaio. — Não posso deixar de sorrir. — Ele era uma espécie de um
imbecil. Acho que ele era na verdade uma cacatua, agora que penso nisso. Ele
era realmente bizarro. Ele subia no seu braço e sentava em seu ombro quando
ele te conhecia, e ele só olhava para você. Era assustador. Você não poderia
tirá-lo, tentar acariciá-lo, ou até mesmo falar com ele até que ele descesse
sozinho, ou ele iria mordê-lo.
— Qual era o nome dele? —, Uma das gêmea, pergunta. Lia? A que está
vestindo jeans.
— Cartmann.
—Sim.
Adam concorda.
— Sim. Tudo que tenho é a premier mês que vem e depois estou de
folga pelo verão.
Adam dá de ombros.
— Não sei. Mostrar a cidade para Des. Sair e não memorizar falas. Não
passar vinte ou trinta horas por semana na academia. — Ele olha para mim, e
há um brilho de humor em seus olhos, ou talvez seja uma promessa.
Algo me diz que essas vinte a trinta horas por semana no ginásio serão
transferidas para o quarto, e provavelmente vai envolver minhas costas. Ou
meus joelhos. Ou em pé, curvado. Ele é muito criativo. Meu núcleo aperta e
fica úmido com a minha linha de pensamento, e forço para parar o
pensamento e volto para a conversa, que mudou para Lia e Lizzy sendo
transferidas para a faculdade no outono.
Ela sorri.
— Como você se sente sobre ele atuar? Algumas das acrobacias que ele
faz são bastante perigosas.
— Bem, ele é um homem muito forte e atlético. Ele sempre foi. Ele não
estaria contente de fazer algo que não fosse fisicamente exigente. Então, sim,
eu suponho que as acrobacias são perigosas, mas o risco global é menor,
penso eu, do que a NFL. — Ela olha para mim. — Você sabia que ele tem
uma bolsa completa para Stanford?
Balanço a cabeça.
— Bem, sim, ele jogou futebol, também, mas sua bolsa completa era
uma bolsa de estudos, não atlética. Ele não iria falar nisso, porque não é da
sua natureza se gabar, mas ele era o orador oficial quando se formou. Ele tem
uma licenciatura em psicologia.
— Uau, eu não sabia. Quer dizer, sei que ele é inteligente, mas... —dou
de ombros.
— Entendo isso —, diz Lani, com sua voz calma e os olhos distantes.
— Cresci em Fiji, era apenas uma das muitas crianças cujos pais
simplesmente não podiam dar ao luxo de cuidar. Mas, para nós, não havia um
sistema.
Meu coração engatou. Algo nela, seu porte, sua voz, me diz que ela me
entende em um nível pessoal.
— Tory é amável e leal demais, você sabe. Ele pode ser um grande
macho durão, mas suas emoções são profundas. Ele foi ferido por uma
mulher recentemente. Isso foi difícil para mim assistir.
— Ele fez? Ele é geralmente muito reticente a falar de sua vida. Isso foi
tão público, que fez com que fosse muito mais doloroso para todos os
envolvidos. Exceto ela, é claro.
— Ele fez parecer que a coisa toda não era grande coisa para ela. O que
é apenas louco para mim. A maneira como ele explicou isso, pelo menos.
— Talvez mais perto de dois anos, sim. E não, ele nunca a trouxe aqui.
— A expressão de Lani é bem planejada.
Dou de ombros.
— Eu nunca trouxe Emma porque eu só... eu acho que sabia que você e
meu pai não aprovariam. E não queria o conflito. Des é uma história
diferente. — Ele se move ao meu lado, inclina-se um quadril contra a ilha.
— E Des, você é a única garota que eu trouxe para casa para conhecer
meus pais desde... o que, mãe, ensino médio?
Lani acenou.
Adam ri.
Estava tão assustada quando chegamos aqui, e agora que a noite caiu e
Adam parece pronto para ir, eu me sinto como se tivesse conhecido está
família desde sempre, o que torna difícil de sair.
Mas nós saímos, em algum momento perto de dez horas, e Adam está
quieto no caminho ao centro de Los Angeles. Ele me leva a um condomínio
arranha-céu no coração pulsante da cidade, onde um manobrista estaciona seu
carro e um carregador descarrega nossa bagagem e a leva. Nós embarcamos
em um elevador, Adam insere uma pequena chave e pressiona “PH”, e então
nós estamos subindo, subindo, subindo, quarenta e três pisos acima do solo.
— Vê-la com a minha família foi incrível —, diz ele, estendendo a mão
para mim.
— Sua família é incrível. Eles são maravilhosos.
— Eu faço?
Ele puxa minhas calças para baixo, então estou quase nua para ele, mas
não é bem assim, e, em seguida, suas mãos apertam cada lado da minha
mandíbula. Seus olhos encontram os meus.
— Bem, você pertence agora, Destiny.
Meu coração gagueja para a forma como o meu nome completo soa em
seus lábios. As palavras ficam pressas na minha garganta.
— Na minha cama.
— E você também.
— Então, minha sexy Destiny... você tem duas escolhas. Número um, eu
coloco você na cama lá e te como até que você não possa respirar, e te fodo
milhares de vezes. Ou número dois, eu dobro você sobre a banheira, e depois
te fodo na banheira. E então talvez no chuveiro.
— Que tal a opção número dois, seguido pela opção número um?
Ele se move para mim. Os pisos são de mármore, e quente sob os meus
pés. Há um chuveiro com paredes de vidro palaciano com mais cabeças e
bicos do que eu posso entender, uma pia dupla, várias prateleiras de espessas
toalhas brancas dobradas, e um quarto separado para o vaso sanitário. Mas o
ponto central é a banheira. Grande o suficiente para até mesmo um homem
tão grande quanto Adam para se deitar, com espaço para mim também. A
torneira e maçanetas são bronze, combinando os que estão na pia e chuveiro.
— Banho de espuma?
Chego perto e mexo na água, que está quente. Adam aponta para mim.
— Isso?
— Porque não estou pronto para gozar ainda. — Ele rosna, e posso
dizer que ele está jogando, tentando manter o controle. Ele quer entrar, e sei
que estava chegando perto, mas ele parou de qualquer maneira.
Assim que a onda inicial de clímax me deixa, ele levanta e corre para fora
de mim, gemendo e se movendo com voz trêmula, como se o esforço para
recusar o seu próprio orgasmo fosse quase demais.
—Adam, que jogo você está jogando? Apenas venha, baby, — digo a ele,
assistindo do meu lugar na banheira quando ele liga o chuveiro.
—Ainda não.
Ele me dá as mãos, me leva para o chuveiro, e me lava. Molha o meu
cabelo e minha pele. Minhas mãos percorrem seus ombros, deslizam sobre os
músculos rígidos, até sua ereção, que eu acaricio até que ele força a minha
mão. Ele lava cada centímetro de mim, e então me deixa fazer o mesmo com
ele.
— Estou.
Ele sorri.
Finjo pensar.
—Eu já não posso respirar, Adam. Estar com você é tão intenso, tanto
que é difícil de respirar só de pensar que isso pode acabar.
Sua expressão fica séria, pensativa, ele me leva para o quarto, me levanta
nos braços e me coloca na cama.
Nunca pensei que diria isso, mas eu amo o jeito que meu nome soa
quando ele diz isso.
—Sim, sim...—, ela geme, levantando seus quadris contra a minha boca.
E essa é a minha deixa. Deslizo para cima de seu corpo, beijo sua pele,
estômago, costelas, peitos, pescoço, em seguida, os lábios. Me alinho com ela,
coloco meu pau nas suas dobras suaves, e deslizo. Dou-lhe um golpe lento,
dois, um terceiro, e depois faço uma pausa, enterro no fundo, e tenho um
momento para chupar seus mamilos até que ela me estimula e aperta seus
saltos na minha bunda.
Saio dela, fico de joelhos entre as suas coxas e chupo o seu clitóris e
trabalhando com a minha língua até que ela esteja se debatendo. Envolvo
meus braços em torno de suas coxas para mantê-la imóvel. Ela pega a minha
cabeça com as duas mãos e me esmaga contra sua vagina com seus quadris se
movendo freneticamente para foder meu rosto.
Deslizo para cima e entro nela. Ela força a abrir os olhos e me olha.
—Toque em suas tetas, baby. Deixe-me ver você jogar com esses peitos
grandes.
—Assim?
Eu gemo.
—Sim —murmuro.
—Eu gosto de ver você, também. Você vai me deixar ver você se
masturbar?
—Pode Ser.
Ela joga uma perna ao redor da minha. Estou sem fôlego quando ela se
inclina sobre mim e corre a língua até o comprimento do meu pau.
—Me coma, baby. Me lamba até eu gritar. —Ela arrasta o dedo através
de sua fenda.
Jesus. Não tenho certeza se posso esperar mais. Estive a ponto de vir
por tanto tempo como isso dói.
Ela segura o dedo para mim, e eu fecho os meus lábios em torno dele,
provando a sua essência, então eu me abaixo entre suas doces coxas
musculosas, macias e rechonchudas mais uma vez, provo seus sulcos em
minha língua até que ela está segurando meu cabelo em seus punhos e
fodendo meu rosto com golpes desesperados de seus quadris, vindo, vindo.
E eu estou nela.
E, desta vez, não haverá nenhuma parada. Deus não. Sem jogos.
Ela abraça minhas costas com seus calcanhares, passa os braços ao redor
do meu pescoço, e mói seus quadris contra mim, seus lábios no meu ouvido.
—Não pare, baby. Goza para mim. Goza em mim. Deixe-me sentir você
atirar seu liquido dentro de mim. — Sua voz é um sussurro.
—Você é o meu destino. — Não posso deixar de dizer isso em voz alta.
—Jesus. Isso foi tão ruim que foi bom. —Ela se deixa cair de volta para
a cama e minhas estocadas estão lentas.
Este é o amor.
Eu não vou dizer ainda, porém. Vou guardar isso para um momento
melhor. Se eu dizer isso agora, ela vai pensar que é apenas a intimidade do
sexo me fazendo dizer. E não é nada disso. Ou pelo menos, não totalmente.
—Agora, Adam. Agora. —Ela mói contra mim com força, e eu sinto a
apertar-me com os seus músculos internos enquanto ela se contorce contra
mim, me fodendo.
—Puta merda, Adam. — Ela beija meu rosto, meu queixo, as mãos ainda
em torno de mim.
Eu caio sobre ela, ela tira o meu peso e me mantém até que eu deslizo de
cima dela, mas ela não me deixar ir longe, embala minha cabeça contra seu
peito e acaricia o meu cabelo.
—Não tenho certeza, honestamente. Não sei o que era. Eu senti você
dentro de mim, eu pensei que não poderia vir novamente, mas você faz algo
comigo. — Ela fuça contra mim, suspirando. Depois de um momento ela
descansa uma palma no meu estômago, vira meu pau ainda se recuperando
—Adoro a forma como você está com tesão, baby. — Não tive a
intenção de usar essa palavra, mas ela não surtou.
—O que posso dizer? Eu amo o jeito que você me fode, e não posso
obter o suficiente disso.
Ela inclina a cabeça, olhando para mim com olhos profundos e sábios.
—Eu sei. É muito mais do que isso. —Ela toca meus lábios com o dedo.
Mas eu não posso ficar quieta. É a estreia, o que significa que é o meu
primeiro evento público como sua namorada. Meu coração está em minha
garganta, recusando-se a bater corretamente e eu mal posso respirar.
Ele está sexy em seu terno Brooks Brothers customizado, uma camisa
branca de botão com uma gravata borboleta no mesmo tom de seus olhos, e
uma jaqueta preta com as mangas empurradas para cima dos cotovelos, os
punhos da camisa foram puxados para fora e envolto em torno da borda dos
punhos da jaqueta. Seu cabelo é um pouco mais longo do que o habitual, por
meu pedido, e está penteado para trás com gel. Ele tem uma barba de dois
dias por fazer, o que me deixa toda quente e incomodada toda vez que eu
olho para ele, mais ou menos a cada seis segundos, uma vez que os meus
nervos estão à flor da pele.
— Destiny. Olhe para mim. — Deus. Ele usa meu nome de uma forma
que me faz dar toda a minha atenção para ele. É eficaz, no entanto.
— Você pode fazer isso. Podemos fazer isso. Você já fez isso antes,
lembra?
Ele bate na janela com a mão, a porta se abre, e o som aumenta. Adam
se sai do Bentley com facilidade e estende a mão para mim. Saio, coloco um
salto no tapete vermelho, e puxo a mão de Adam para me dar apoio. Dou
breve olhar para baixo e me certifico de que tudo está no lugar, a bolsa preta
da Prada que Adam me deu como parte do presente do meu vigésimo terceiro
aniversário está na minha mão. Ele envolve minha cintura, me puxa para o seu
lado, e nós enfrentamos a multidão de fotógrafos.
Meu sorriso é automático. Relaxo, e me giro naturalmente para dar aos
fotógrafos vários ângulos. Ele está com os dedos entrelaçando nos meus e nós
vamos para o cenário onde Rose e Dylan se encontram. Eles se movem em
direção ao teatro, e é a minha vez e de Adam. Estamos cada vez mais
sorridentes. Eu ignoro o fato de que os flashes me cegaram e que estou vendo
pontos negros.
— Você não tem ideia, amigo —, diz ele, com um sorriso brincalhão nos
lábios.
Adam nos guia para foyer do teatro, onde dezenas de casais estão
conversando, rindo, sorrindo para ainda mais fotógrafos, posando, fazendo
entrevistas de improviso. Nós nos misturamos, e fico deslumbrada com a
facilidade com que Adam se move de conversa para conversa,
cumprimentando a todos pelo nome, os homens com um aperto de mão, as
mulheres com um abraço amigável. Todos olham para mim, se apresentam, e
me incluem em suas conversas.
— Então me diga sobre você, Des. Como você conheceu Adam? O que
te fez deixar de ser modelo?
— Só não era o emprego certo para mim. Nova York é muito agitada, e
as horas apenas me matavam.
Ele até sabe os nomes dos jornalistas. É uma loucura. Não consigo
lembrar o nome de ninguém, a menos que eu os tenha visto mais de uma vez.
— Você deve ser Des —, diz com uma voz pingando sexualidade
sensual.
— O que diabos você está fazendo aqui, Em? — Adam pergunta, não se
preocupando em esconder seu rancor.
— Hey, Adam.
— Vejo que você finalmente foi em frente —, Emma diz, olhando para
mim, me olhando de cima abaixo.
Adam parece perdido pela primeira vez. Ele quer atacar, eu acho, mas
não quer fazer uma cena, especialmente com toda a imprensa olhando. Eu
quero dizer algo cortante, algo inteligente, espirituoso e também doloroso.
Adam bufa na tentativa de segurar o riso, e Emma logo está com o rosto
vermelho, e tremendo. Eu me preocupo que ela possa me atacar. Drew
obviamente pensa a mesma coisa, porque vejo o braço apertar em torno de
sua cintura.
Ela está em silêncio por um momento, e posso ver sua mandíbula moer.
Ela zomba de mim e diz:
Adam me puxa.
Adam ri.
— Essa foi provavelmente a pior coisa que você poderia dizer a ela,
porque eles são realmente reais. O que a faz ficar absolutamente furiosa
quando as pessoas dizem isso.
— Por que diabos você está rindo de mim? Lembra-se que eu disse
sobre envergonhá-lo? Bem, olá constrangimento. Sim, isso aconteceu.
Ele respira fundo, me puxa para perto dele e me prende ao seu peito.
—Um, você está sempre feliz. E dois, você provavelmente só queria ver
a gente realmente lutar.
Ele bufa.
Adam geme.
— Porra. Você não vai ficar obcecada, não é? Ela é linda, com certeza.
Mas ela não é você, Des.
— Então ela é uma suja. Aposto que faz um boquete melhor que eu.
Adam me empurra.
— Você está falando sério? Destiny. Jesus! Ela é minha ex. Ela partiu
meu maldito coração e o fez publicamente, sem um pedaço de remorso. E
você está se comparando a ela? Vamos lá, querida. Pare com isso
— Não vou comparar vocês, Des. Não vou. Você sabe por quê? Porque
não há comparação. Você é tudo que eu sempre quis na vida. Você é durona.
Você é sexy. Você é inteligente, trabalhadora, e você sabe o que você quer.
Você tem um apetite sexual absolutamente voraz.
— Sim, e isso é sexy para mim também. Você gosta de comida. Você
sabe aproveitar a vida. Você não joga. — Adam pega o meu rosto. — Para
mim, você é a melhor em todos os sentidos. Você me beija melhor, você me
fode melhor, e sim, você faz um boquete melhor. Mais o mais importante,
você me vê, como você disse uma vez. Você me conhece. Você não vê apenas
a minha aparência, ou o fato de ser famoso. Você me vê pelo o que sou.
— Bom. — Ele toca meu queixo, inclinando meu rosto. Seus lábios
passam nos meus, e sua língua deriva delicadamente em todo contorno da
minha boca, sondando, degustando. — Agora vamos assistir à estreia, hein?
Esperei muito tempo para isso. Meses de viagem entre Detroit, Los
Angeles, e outras diferentes partes do mundo. Filmei o drama policial em
Detroit, e fiz um filme com um orçamento pequeno, centrado nos
personagens, em grande parte em um estúdio em LA. Tive dois meses de
folga que passei em Detroit com Des. E, em seguida, participei de um enorme
projeto histórico filmado em um estúdio em Londres e em locação na
Alemanha e na Espanha.
Então, quando Dawson veio até mim com um plano para juntar-nos e
dividirmos o custo de uma pequena ilha, eu pulei junto com ele.
Monstruosamente, cinquenta mil metros quadrados em Beverly Hills não
eram para mim, e eu suspeito que não era o que Des queria. O condomínio é
bom, mas para duas pessoas não. Agora uma propriedade tropical se
alastrando em uma ilha particular, espaços de vida interior-exterior e sem
vizinhos para perturbar, literalmente, centenas de quilômetros em qualquer
direção, exceto Dawson e Grey do outro lado! Ah Claro que sim.
Olho para Des, que está dormindo ao meu lado, com a cabeça no meu
ombro. Deus, eu amo ela.
Ron, o piloto, decola sem problemas, e então nós estamos zumbindo mil
pés sobre as águas azuis do Caribe.
— Relaxe, senhorita. Já fiz isso cem mil vezes. Não é nada demais. — A
voz de Ron é rouca e ele tem um cigarro atrás da orelha.
— É terrível!
Ron ri.
Sorrio.
Balanço a cabeça.
Eu sorrio.
— Claro que sim. É pequena, não tem nem uma milha quadrada.
Pertencia a um cara rico. Ele realmente fez a maior parte do trabalho duro,
criando um poder funcional autossuficiente e infraestrutura de encanamento.
— Toco nos papéis.
Deus, ela está séria. Ela só me chama de Tory quando ela está se
sentindo emocional.
— Você está com medo? — Pergunto.
— Você comprou uma maldita ilha, Adam. Jesus! Quero dizer, o que eu
devo fazer em uma ilha?
— Des, baby. Esta é uma casa de férias. Uma fuga. Eu ainda vou atuar, e
agora que você terminou a faculdade, você pode fazer o que quiser. Você quer
ficar em Detroit? Vou comprar um apartamento. Temos o meu lugar em LA,
onde mais você quer viver? Eu vou ter que voar de volta para Los Angeles
para filmar, e vou ter apartamentos em outros lugares, isto não vai mudar.
Isso não muda para nós, Des. É apenas um lugar onde podemos ficar longe
do estúdio, das entrevistas, dos paparazzi, e tudo mais. Apenas para nós, sem
interrupções.
Quando comprei para ela uma bolsa Prada, ela perguntou quanto gastei,
então eu disse. Ela ficou estranha. Tentou me convencer de que queria
devolver, mesmo eu vendo em seus olhos que ela tinha amado. Outra vez, eu
estava no telefone com o meu agente, discutindo uma oferta. Foi por
dezesseis milhões, e minha agente pensava que era lowball24, então eu disse a
ela para combater com vinte e cinco, não percebendo que Des estava atrás de
mim, ouvindo. Então, tentei explicar a ela como um pagamento de grande
orçamento funciona, e ela apenas balançou a cabeça, acenando e saindo logo
depois. Ela não gosta de pensar em dinheiro, eu já percebi isso. Ela viveu sem
dinheiro durante toda a sua vida, sem nunca ter o suficiente para qualquer
coisa, e acho que o choque da mudança no estilo de vida foi demais para ela
compreender por isso não gosto de contar o valor das coisas.
24
Tentativa de pagar irrealisticamente um valor mais baixo.
— Então, você vai assinar ou o quê?
E ele está olhando para mim com aqueles olhos, e uma emoção que eu
nunca pensei que um homem jamais iria sentir por mim: Amor.
Ele pediu que uma empresa de férias preparasse uma pequena mesa,
coberta com uma toalha branca, à direita na praia, perto do mar, por isso, as
ondas lambiam os dedos dos pés. Tochas, plantadas profundamente na areia,
cintilando em uma fila atrás de nós. Formam um corredor de fogo laranja e
preto, com a água enluarada. A lua está nascendo agora, deslizando-se de fora
das ondas, a partir do horizonte, enorme, cheia e clara.
Próximos a praia, um violinista e violoncelista tocam, cercados por
tochas iluminadas.
O jantar começa com uma sopa cítrica, uma salada de jardim, uma
espécie de peixe saboroso e escamoso com arroz jasmim, legumes no vapor, e
depois a sobremesa.
— Eu te amo.
— Continue.
Ele balança a cabeça.
— Não?
— Está vendo? É por isso que eu te amo. Eu nunca sei como vai reagir.
— Ele toma uma respiração profunda e à solta. — Você mudou tudo para
mim, Des. Desde o dia em que te conheci na ilha de Mackinac, você mudou
tudo. Tudo o que eu sabia, era que eu tinha que ter você. Que eu tinha que
conhecê-la. Estou tão feliz que pulei do transporte e fui atrás de você. Porque
isto me trouxe até aqui.
Ele tira uma pequena caixa preta do bolso e retira um anel. Ele estende o
anel para que eu possa vê-lo, e minha respiração me deixa atordoada.
Finalmente, chego em sua boca, e nos beijamos até que nenhum de nós
pode respirar e minhas pernas estão trêmulas e fracas de desejo.
Adam se vira, e todo o quarteto vão para longe. Sua boca se encontra
com a minha, e ele devora a minha respiração. Estou perdida em seu beijo,
então eu mal registro o som de um hidroavião decolando.
— Então me leve.
Agarrando meu vestido em uma das mãos, ele chega com a outra, ele tira
o vestido e deixa cair na água.
Tiro seu cinto, abaixo o zíper, e chego para encontrar sua ereção, deslizo
meu punho para baixo em seu comprimento. Ele engasga no meu ouvido
quando pego suas bolas e aperto suavemente. Sorrio contra sua bochecha e
espalmo seu pênis até que ele está rosnando no meu ouvido, e então eu tiro
suas calças.
Agarro seu pescoço e rio enquanto eu perco o equilíbrio e caio com ele
na água. Nós espirramos e levantamos, e então ele reúne nossas roupas e
corremos para o quarto.
Ele rasteja sobre meu corpo, aninhando seu núcleo contra o meu. Ele
está na minha entrada, duro e quente. Eu flexiono meus quadris, e ele desliza.
Estou ofegante. Ele ainda permanece, os olhos claros e penetrantes sobre os
meus, as mãos ao lado do meu rosto. Uma de suas mãos apertam meu mamilo
e eu choramingo, envolvo meus tornozelos em torno de sua coluna e levanto,
puxando-o profundamente para dentro de mim.
— Quase — digo.
Jogo ele para o lado e ele me deixa rolar sobre nós, então estou por cima.
Ele apenas sorri enquanto eu resolvo ficar em cima dele, sinto-o
profundamente, e início um ritmo. Eu descanso as palmas das minhas mãos
em seu peito e deixo meu cabelo cair em torno de nós, meus seios balançam e
saltam enquanto eu monto até que nós dois estamos grunhindo com a força
iminente de clímax.
— Oh sim?
— Venha cá, Des. Deite de barriga e levante sua bela bunda para mim.
Eu faço como ele instrui. Estou nua para ele, espalhada, aberta e curvada
— Perfeito — Eu suspiro,
Ele se move para dentro e puxa para fora, com a mão roçando minha
pele em um circuito desde a coxa até a espinha e volta para minha coxa
dobrada. Ele empurra na bochecha da minha bunda enquanto ele me penetra,
me espalhando à parte, e não posso deixar de dar um gemido baixo que vem
da minha garganta conforme ele mói profundo batendo suas bolas, tão
profundo que eu posso sentir seu saco contra mim.
— É o suficiente?
Ele fode com mais força, e desta vez, enquanto se move, ele bate em
minha bunda com força suficiente para assustar, e eu grito surpresa, mas o
grito se transforma em um gemido de necessidade quando o tapa de alguma
forma deixa mais profundo, e agora ele está fodendo e batendo e fodendo e
batendo, e tudo o que posso fazer é dizer o seu nome.
— Você quer que eu goze dentro de você assim, bebê? —, Pergunta ele.
Balanço a cabeça.
— Não. Eu quero ver seus olhos quando você gozar.
Então ele está puxando para fora e eu estou virando, sentada na beira da
cama. Ele não tem que me dizer o que quer, e eu não acho que deva. Eu
apenas sei. Ele está lá, entre as minhas coxas, e estou travando meus
tornozelos em torno de sua cintura e beijando seu suado peito, arfando
enquanto ele desliza de volta para mim, entrando profundo, aonde ele
pertence. Suas mãos encontram meu rosto, acariciando meu cabelo longe do
meu rosto e sua boca está buscando a minha, beijando a testa, a bochecha, o
queixo, a mandíbula e o canto da minha boca e, em seguida, sua língua está
entre meus lábios, e estamos nos beijando de uma forma profunda e
desesperada.
Nós dormimos, e então eu sinto seus lábios no meu ombro e seu pênis
entre os globos da minha bunda, seus dedos deslizam sobre meu osso do
quadril para o meu núcleo, e ele me tem se contorcendo com necessidade
diante dos meus olhos abertos. Ele fica de costas, e estou em cima dele, de
costas para o peito, o meu peso sobre ele. Eu planto meus pés no colchão e
espalho meus joelhos tão distantes quanto posso para senti-lo deslizar para
dentro, suspiro quando ele me enche, suas enormes mãos e ásperas passam
em meus seios delicadamente, sua respiração no meu ouvido, o coração
batendo em minha coluna, o estômago enrijece debaixo de mim enquanto ele
empurra, gemendo meu nome em um sussurro e estocadas, mais duras e mais
duras até meus seios tremerem e minhas coxas ficarem tensionadas enquanto
eu me movo com ele, minha bunda se contorce até empurrá-lo mais
profundo, minhas mãos nas coxas agarram firmes e empurram, puxando...
— Eu te amo...
— Eu te amo...
Eu nem tenho certeza de quem diz o que em primeiro lugar, quem vem
primeiro, só que é tudo um borrão de ardência de fogo surgindo e explodindo
de amor e respiração, o suor filmar molhado e espesso, suas mãos em cima de
mim e seus lábios no meu ouvido.
O céu é rosa com o nascer do sol, quando ele finalmente tem minha
bochecha contra seu peito, nós dois suados, nus e saciados. Eu vejo a luz do
sol brilhar no meu diamante rosa, refletindo em um arco-íris no teto.
Ele está quase dormindo, e eu não estou muito atrás dele quando ele fala.
— Você... o quê?
Eu só posso sorrir sonolenta contra sua pele. Ele me conhece, Deus, tão
bem.
— Eu amo você, Adam.
Eu vou primeiro.
Ela tem que parar novamente, solta uma das minhas mãos e limpa seu
olho, com cabeça inclinada para trás.
— Eu não anseio mais por um lar, Adam. Você é o meu lugar seguro.
Você está onde eu sei que está, e sabe exatamente quem eu deveria ser, e sei
que você ama tudo de mim, o quebrado e o inteiro.
— Você, Torrence Adam Trenton, aceita esta mulher como sua legítima
esposa, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, enquanto os dois
viverem?
Não posso tirar meus olhos de Des, seus ombros nus no vestido branco
sem alças, a saia flui ao redor de seus pés, o corpete coloca os seios magníficos
e levanta-os com orgulho. Eu estou atrás dela e ajudo a entrar na carruagem,
com Ruth ao meu lado organizando sua saia para que ela não fique embolada.
Ruth sorri para mim enquanto ela termina com o vestido de Des.
25
— Eu sou o único que a encontrou, na verdade, — digo com um
sorriso.
— Idiota arrogante.
Eu ri.
Ele dá de ombros.
— Ontem à noite não foram quatro minutos, eu posso te dizer que ainda
estou dolorida.
— Tudo bem, então. — Vou até meus pais, dou um abraço, beijo as
minhas irmãs, e então estou sentado ao lado de minha esposa, minha Destiny,
minha doce e sexy Des, e estamos acenando para os nossos amigos e
familiares. Vamos vê-los mais tarde na recepção no Grand Hotel. Por
enquanto, porém, somos apenas nós.
— Na verdade, estive aqui há três anos e deveria ter feito um tour pela
ilha, mas eu não fiz.
— Uma boa razão então. Bem, você tem o homem certo para o
trabalho. Meu nome é Dan, e eu vivo aqui o ano todo. Provavelmente eu
posso lhe dizer mais sobre este lugar que qualquer outra pessoa, incluindo
algumas histórias de fantasmas muito esquisitas, se você gostar desse tipo de
coisa.
— Você sabe, eu nunca diria isso para Dawson, mas ele estava certo. Os
minutos que se passaram desde que eu disse “eu aceito” tem sido os melhores
da minha vida.
— Os meus também.