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SINOPSE
Ser um agente altamente qualificado em uma empresa
como a Jameson Force Security é um trabalho emocionante e
importante... até que chegue a hora de um encontro. Eu gosto
de manter minha profissão em segredo por uma série de
razões. Parte do que fazemos é ultrassecreto, a maior parte do
que fazemos é perigosa, e mais de uma mulher tentou se
agarrar a mim porque estava mais apaixonada pelo que faço
do que por quem Cage Murdock realmente é. E já que sou
mais do tipo 'aqui para a noite' do que 'aqui para sempre',
qual é o mal em uma pequena mentira branca sobre o meu
trabalho?
Sawyer
CAPÍTULO 1
CAGE
Depois de vinte e três horas em dois aviões de transporte
militar diferentes, além de um voo comercial desconfortável
sentado ao lado de um cara que adormeceu com a cabeça no
meu ombro, a única coisa que eu deveria querer fazer ao
chegar de volta a Pittsburgh é dormir.
Corpo soberbo.
— Fascinante.
Ela dá de ombros, rindo. — É um legado de família.
Exceto, que de jeito nenhum eu iria trabalhar lá.
Ela é a perfeição.
Ainda dormindo.
— O que é ?
Encontro.
— Sim.
Um pouco.
É tão bom.
— Estou chateada com ela por voltar para ele. Ela sabia
que isso iria acontecer de novo, mas ela o ama. Mas isso não
é amor, você sabe o que quero dizer? Um homem não pode
amar uma mulher e machucá-la assim. Isso mostra um
desrespeito absoluto, que eu detesto. Mas, mais do que tudo,
estou chateada com ela por voltar quando a tínhamos segura
e cuidada.
O que quer que ele responda faz com que ela se sente
ereta na cama. — Ok... apenas fique aí . Eu estarei lá.
Eu sei que ele mora com os pais dela, mas não muito
mais. — Ele não trabalha?
— Que trabalho?
Muito.
— Eu morava em Vegas antes de Pittsburgh, — ele
finalmente diz, sem oferecer mais nada.
Na verdade, não.
Quero dizer... eu gosto dele.
Faz apenas dez dias, mas tenho que admitir, espero que
possam ser mais.
O que é ridículo. Ele é dois anos mais velho que eu. Aos
vinte e oito, certamente ele teve relacionamentos.
Ai.
Isso machuca.
Eu olho para cima para ver que ela puxou algo de queijo
do forno que cheira distintamente mexicano. — Sim... ouvi
dizer que ele voltou hoje, mas não o vi.
— Não diminua...
— Eu não estou. — Eu me levanto da cadeira e coloco
Avery, que está claramente sonolenta, de volta no berço. Vou
até Anna, colocando minhas mãos em seus ombros. — Mas é
para isso que treinamos. Todos sabemos que pode acontecer.
E cada um de nós que Kynan contrata para fazer parte de sua
equipe, bem, todos nós temos algo dentro que nos ajuda a
superar. Talvez seja uma aceitação de que o destino será uma
merda se ele quiser e não podemos controlá-lo, ou talvez seja
apenas que temos algo extra que as pessoas normais não têm.
Não posso descrever, mas, no final das contas, acho que
Malik é o tipo que vai superar isso muito bem.
Tão confuso.
Tão bruto.
Só não sei.
Um relacionamento.
Com uma mulher incrível, inteligente, bonita e sexy.
♦
BODIE E eu acabamos conversando por mais quinze
minutos. Ele me encorajou a confessar mais cedo ou mais
tarde, mas como eu faria uma longa viagem em alguns dias,
não achei sábio contar a verdade a Jaime agora. Eu raciocinei
para mim mesmo, que seria melhor esperar até que voltasse.
Isso pode ter sido um desafio para Cage, porque sua mão
vai atrás do meu pescoço e ele me puxa para perto dele para
que ele possa, de fato, me dar um beijo que faz meus dedos
dos pés formigarem.
Anna suspira do outro lado da mesa, a mão tremulando
na base da garganta. — Isso é tão romântico.
Interessante.
Um mentiroso.
Jackson assente.
— Vou ficar com a minha Sig.
Ou seja, a Marinha.
— Minha namorada….—
— O que é isso?
— Eu também.
— Bom, é verdade.
Isso é real.
Isso está acontecendo porra.
Meu coração acabou de bater mais forte se
comprometendo com essa mulher, e nunca vai aceitar nada
menos.
Ela levanta a cabeça para que ela possa sorrir torto para
mim. — Você é meu marido?
— Sexta-feira.
Talvez mais alguns dias. Porra, espero estar de volta até
sexta-feira.
— E você achou que era uma boa ideia se casar sem que
ela soubesse a verdade? — Kynan pergunta, e posso ouvir as
palavras não ditas que ele deixou implícito na minha cabeça.
Seu idiota.
— Houve álcool envolvido, — eu admito, mas então
mostro a ele minha vulnerabilidade. — Mas há amor também.
Foi um capricho, mas não uma decisão ruim.
Não.
Esperamos.
♦
Estou exausto quando nosso avião decola de Cartagena.
É um jato particular com capacidade para oito, e há um
comissário de bordo para atender às nossas necessidades.
Mas animada.
Nervosamente excitada.
Então abraçá-lo.
Ops.
Logo, nós dois estamos nus, rolando na cama, nos
beijando e nos tocando. Não somos capazes de obter o
suficiente um do outro.
O que quer que ele veja no meu rosto faz com que sua
própria expressão relaxe. Ele se inclina para me beijar. — Não
é ruim. Pelo menos, espero que você não pense assim. Mas
preciso te contar algumas coisas. Talvez pudéssemos nos
vestir, pegar uma cerveja e sentar na sala.
Eu não sei o que pensar sobre isso. Significa que ele não
quer falar nu e na cama? Colocar roupas seria como uma
armadura? Ele vai me deixar e quer estar pronto para sair
pela porta?
— Jaime, — Cage diz, e eu posso dizer que ele está lendo
minhas emoções muito bem. Seus olhos estão quentes
quando uma palma vem ao meu rosto. — Eu te amo. Eu
quero passar o resto da minha vida com você. É preciso que
você saiba isso neste momento, porque posso ver que você
está com medo.
Ele me ama.
Ele está nisso a longo prazo.
♦
Abro a porta do apartamento, vendo o homem parado ali
com uma jaqueta grossa azul-marinho com o brasão do FBI
no bolso da jaqueta e o investigador forense atrás dele
segurando uma maleta para coletar evidências. Ele tem
cabelos loiros, cortados rente na lateral da cabeça e um pouco
mais compridos no topo com uma parte severa na lateral. É
minimamente salpicado de prata, mas ele não parece ter mais
de trinta e tantos anos.
Dentro de um limite.
E está chateada.
— Ocupada, também.
Nunca é chato.
Então, foi com pesar que tive que ligar para minha mãe e
dizer a ela que não voltaria para casa no Natal. Eu nem ousei
inventar uma mentira para explicar minha ausência. Cansei
de mentir para meus entes queridos.
Sim… contei à minha mãe toda a história sórdida de me
apaixonar por uma mulher, que começou com uma mentira, e
não consegui descobrir como corrigi-la até que fosse tarde
demais.
♦
Fico parado ao lado dos degraus da igreja, tendo saído
pouco antes do padre. Ainda está nevando e estou
congelando. O padre fica sob a saliência, dando bênção a
cada pessoa que passa por ele. Depois do que parece uma
eternidade, vejo os pais de Jaime. Apertam a mão do padre,
seguidos por Brian, depois Jaime e Laney.
Ela não está errada sobre isso. Mais uma vez, acho que
ela ainda está mais zangada do que magoada, e talvez o
tempo diminua essa dor para ela.
É um anel, certo?
Então clica.
É a amiga de Cage, Anna, que conheci há cerca de um
mês para uma bebida. Engraçado, ele realmente não
mencionou ela ou seu outro amigo, Malik, desde então, por
isso estou um pouco confusa sobre o porquê ela estar do lado
de fora do meu apartamento.
Mas isso não faz sentido. Ele nunca falou sobre ela
depois daquele encontro, então não achei que eles fossem tão
próximos.
Hesitante, destranco as fechaduras e abro a porta.
— Ei, — eu respondo.
— Quer sentar?
Estupidez.
Cage R. Murdock
— Abra, — eu exijo.
— Sobre? — eu indico.
FIM