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HOBSBAWM, Eric. A Revolução Francesa. In: A Era das Revoluções: Europa: 1789-
1848. 7.ed. Tradução de Maria Tereza L. Teixeira e Marcos Penchel. Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 1989, p.71-94.
– Situação real da maioria dos camponeses: sem terras, endividados e vivendo de seu
trabalho – inflação e fome (aumento da população) – piora nos vinte anos antes da RF
(1770-1790).
– Agravamento da situação fiscal francesa – envolvimento em guerras – custos com a
guerra de Independência dos EUA – gastos excediam em 20% a renda tributária –
serviço da dívida consumiam metade dos gastos.
p.76 – Nobreza e Aristocracia – não queriam bancar este déficit.
– Convocação dos Estados Gerais como resultado da revolta nobiliárquica – fracasso –
peso das exigências do Terceiro Estado – classe média e o desprezo pela profunda crise
são fatores que agravam o quadro e precipitam a Revolução.
p.77 – A princípio é uma revolução sem “lideranças”.
– Napoleão é pós-revolucionário.
– papel da burguesia e dos filósofos (ideias – liberalismo clássico).
– Ideologia de 1789 – “maçônica” – propaganda.
– Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) – distinção: Homem e
Cidadão – mais iguais que os outros.
– O que mais convinha para a burguesia?
p.78 – Terceiro Estado – resistência durante a reunião dos Estados Gerais contra a
monarquia e a nobreza.
p.79 – Explicação de Hobsbawm para o fato da reforma ter se transformado em
Revolução – crise socioeconômica; más safras (1788-89) – vantagens para
atravessadores – Fome e desespero para camponeses e pobres da cidade.
– Convulsão de grandes proporções – 1788-89 – levante efetivo – contrarrevolução
potencializou o levante das massas.
II. /p.82/
– 1789-91 – burguesia moderada vitoriosa – tentativa de racionalização e reforma.
– empreendimentos duradouros.
– política liberal.
– contra-reação monárquica – fracasso – Constituição Civil do Clero tornou opositores
os membros da Igreja e os fiéis.
– Tentativa de fuga da Luís XVI – recapturado em Varennes (julho/1791).
p.83 – Segunda Revolução – Revolução Jacobina – guerra agrava situação – reação das
monarquias absolutistas (Áustria, Prússia e Império russo). – proteção e tentativa de
intervenção estrangeira.
p.84 – Derrubar a reação europeia – levantar os oprimidos.
– guerra como recurso demagógico.
– Ano I da RF – abril de 1792 – Decretação da Convenção Nacional – rei prisioneiro e
a invasão estrangeira (Primeira Coligação) sustada na Batalha de Valmy
(setembro/1792).
– Partido líder era a GIRONDA (belicosos no exterior e moderados em casa) –
representam com seus oradores os grandes negócios, a burguesia provinciana e “muita
distinção intelectual”. /p.84/
– Para Hobsbawm a “Revolução” estava em marcha para vitória total ou a derrota total
– incompatível com as propostas dos girondinos.
– Revolução inventa a Guerra Total – economia de guerra na jovem República
francesa.
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III. /p.86/
– República Jacobina (1793-4) – imaginário forte sobre o período: terror de seus
personagens (Robespierre, Danton, Comitê da Salvação Pública, Saint-Just, tribunal
revolucionário e a guilhotina).
– Construção desse imaginário pelos conservadores – terror e anarquia para legitimar o
contragolpe burguês.
– Classe média por detrás do Terror – um método eficiente para manter o país.
– Sucesso dos Jacobinos – recolocar a França sob firme controle, derrotar os invasores e
inimigos (vinte anos de triunfo militar).
p.87 – Grandes riscos – duas opções possíveis: Regime Jacobino – tarefa – mobilizar o
apoio da massa para combater os contrarrevolucionários.
– Constituição de 1793 – Primeira constituição democrática de um Estado Moderno.
p.88 – Serviu de modelo e inspiração para movimentos de independência em colônias
francesas ultramarinas.
– Considerações do autor a respeito do atraso francês.
– Novo Governo – aliança de jacobinos e sans-culottes – inclinação para esquerda –
reconstrução do Comitê de Salvação Pública – perda de Danton e ascensão de M.
Robespierre – “advogado fanático, frio e afetado” – “monopólio privado da virtude” –
“não foi também um grande homem, e sim muitas vezes limitado. Mas é o único
indivíduo projetado pela Revolução (com exceção de Napoleão) sobre o qual se
desenvolveu um culto”. /p.88/
p.89 – Poder era o do povo; seu “terror, o delas” – quando o “abandonaram ele caiu” –
base portanto tênue.
– República Jacobina – tendência a centralização – guerra e medidas impopulares
afastam o apoio das massas.
– Massas recolhem ao descontentamento ou a uma passividade confusa e ressentida.
– Defensores mais moderados da revolução alarmados com os ataques contra a oposição
direitista (encabeçada por Danton).
– Dantons surgem sempre nas revoluções até serem suprimidos pelo “rígido
puritanismo” que invariavelmente vem dominá-lo.
p.90 – Queda da República Jacobina – Nono do Termidor (27/7/1794) – Convenção
derruba Robespierre – execução de revolucionários.
IV. /p.90/
p.91 – Termidorianos – sem apoio político.
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