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CENTRO PAULA SOUZA

ETEC RAPOSO TAVARES


ETIM Química

EDUARDA RODRIGUES SILVA


JULIA FERNANDES DE OLIVEIRA
LUANA SILVA SANTOS
MARIA FERNANDA ALVES COSTA

PRODUÇÃO DE PAPEL COM FIBRAS NÃO LENHOSAS


Fibra do Caroço da Manga e Pêndulo de Banana

SÃO PAULO
2023
EDUARDA RODRIGUES SILVA
JULIA FERNANDES DE OLIVEIRA
LUANA SILVA SANTOS
MARIA FERNANDA ALVES COSTA

PRODUÇÃO DE PAPEL COM FIBRAS NÃO LENHOSAS


Fibra do Caroço da Manga e Pêndulo de Banana

Relatório apresentado para avaliação da


disciplina de TPI do 3° ano do ensino médio,
turno integral da ETEC Raposo Tavares,
ministrado por: professora doutora Regina
Siqueira Haddad Carvalho e professora doutora
Vera Lucia Siqueira.

SÃO PAULO
2023
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: Licor negro em conjunto com as fibras do caroço de manga. ........... 8
Figura 2: Massa de papel com as fibras e aditivos. .......................................... 9
Figura 3: Conjunto tecido - massa- tecido. ..................................................... 10
Figura 4: Prensa. ............................................................................................ 10
Figura 5: Secagem do papel reciclado............................................................ 11
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................ 5

2. OBJETIVOS ............................................................................................ 6

2.1. OBJETIVO GERAL ........................................................................... 6

2.2. OBJETIVO ESPECÍFICO .................................................................. 6

3. MATERIAL E MÉTODO .......................................................................... 7

3.1. MATERIAIS ....................................................................................... 7

3.1.1. Equipamentos .............................................................................. 7

3.1.2. Reagentes .................................................................................... 7

3.2. MÉTODO .......................................................................................... 7

3.2.1. Preparo de 1 L de solução de NaOH 20%: .......................................... 7

3.2.2. Preparo das fibras não-lenhosas: ......................................................... 7

3.2.3. Preparo da massa de papel: ................................................................ 8

3.2.4. Produção do papel reciclado: ............................................................... 9

4. RESULTADOS ...................................................................................... 12

5. DISCUSSÃO ......................................................................................... 13

6. CONCLUSÃO........................................................................................ 14
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1. INTRODUÇÃO
O Brasil é o segundo maior produto mundial de polpa celulósica, perdendo
apenas para os Estados Unidos. Porém, o Brasil ocupa o primeiro lugar no quesito
de polpa celulósica de fibras curtas provenientes do eucalipto. No ranking de
produção de papel mundial, o país ocupa o décimo lugar entre os dez maiores
produtores.
Até o momento toda a linha de fibra curta dentro das fábricas nacionais é
suprida por eucalipto de apenas dois gêneros: o Eucalyptus spp e o Pinus spp. O
primeiro em questão é o mais plantado devido à sua alta capacidade de produção
rápido crescimento, boa adaptação a diferentes ambientes, potencial econômico e
uso diverso. Contudo, a produção de fibra longa, a partir das coníferas, pinus, ainda
é insuficiente.
A alta pesquisa a respeito da busca por fibras não lenhosas é uma alternativa
que, além de contribuir para demandas específicas do setor de produção de polpa
celulósica, também favorece o meio ambiente, visto que tais materiais são
renováveis, biodegradáveis e de baixo custo. Na contemporaneidade, as fibras não
lenhosas são pouco exploradas pela indústria mundial. Dentre as fibras não madeira
mais mencionadas dentro do setor, destacam-se os resíduos agrícolas (palha de
arroz e trigo, bagaço de cana-de-açúcar, linter de algodão), bambu, kenaf, sisal,
linho, cânhamo, abacá, juta, dentre outros.
A China e Índia são países que se destacam na utilização deste tipo de fibra
e, na América do Norte, elas aparentam ser uma fonte em potencial. No Brasil já
houve testes para seu uso industrial, no entanto, atualmente, são restritas apenas
para pesquisa, destacando-se o bambu e o bagaço de cana-de açúcar
Logo, urge debater sobre o potencial de substituição de fibras vegetais
provenientes de madeira por fibras não lenhosas que apresentam uma abordagem
mais sustentável, reduzindo a pressão sobre as florestas e preservando assim, mais
recursos naturais. Ademais, além de seus benefícios ambientais, a produção de
papel com fibras não lenhosas também pode resultar em produtos finais com
propriedades específicas, como maior resistência, durabilidade e até mesmo
capacidade de impressão.
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2. OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO GERAL
Produção de papel a partir de fibras não lenhosas e papel reciclável.

2.2. OBJETIVO ESPECÍFICO


• Triturar a fibra e o papel reciclável separadamente;
• Extração da celulose com hidróxido de sódio (NaOH);
• Branqueamento com hipoclorito de sódio (NaClO);
• Produção do papel com junção da fibra, papel reciclável e aditivos;
• Prensagem do papel.
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3. MATERIAL E MÉTODO
3.1. MATERIAIS
3.1.1. Equipamentos
• Balança analítica, (Gehaka®, AG-200);
• Béquer de 250 e 1000 mL;
• Bico de Bunsen;
• Cuba;
• Espátula de aço inox;
• Folha de tecido (TNT);
• Forma telada;
• Liquidificador;
• Peneira;
• Pisseta com água deionizada;
• Tesoura.

3.1.2. Reagentes
• Hidróxido de sódio P.A. (NaOH);
• Solução de ClO- (N/I).

3.2. MÉTODO
3.2.1. Preparo de 1 L de solução de NaOH 20%:
a) Pesou-se, em balança analítica, 300 g de hidróxido de sódio (NaOH) P.A. e
solubilizou-se, vagarosamente, em 1 L de água deionizada.

3.2.2. Preparo das fibras não-lenhosas:


a) Utilizou-se 7 caroços de manga secos como fibras não lenhosas;
b) Cortou-se os caroços de manga e em seguida, triturou-se com o auxílio de um
liquidificador para que ficassem ainda menores;
c) Cozinhou-se em um béquer, com a solução de hidróxido ao bico de Bunsen,
as fibras previamente tratadas.
d) Após o início da ebulição, formou-se o licor negro (em grande parte, lignina),
posteriormente separado das fibras utilizando-se uma peneira;
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e) As fibras foram transferidas para outro béquer, onde foram branqueadas


através de um aquecimento no Bico de Bunsen por um período de 5 minutos
com solução de hipoclorito (ClO-) e em seguida foram lavadas com água.

Figura 1: Licor negro em conjunto com as fibras do caroço de manga.

Fonte: Autoral (2023)

3.2.3. Preparo da massa de papel:


a) Colocou-se em água 30 folhas de papel usado que ficaram submergidas
durante um período de 16 horas;
b) Triturou-se as folhas de papel até que se tornassem uma massa, com o
auxílio de um liquidificador;
c) Despejou-se essa massa em uma cuba;
d) Adicionou-se 150 mL de cola branca (poliacetato de vinila) e 250 g de amido.
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Figura 2: Massa de papel com as fibras e aditivos.

Fonte: Autoral (2023)

3.2.4. Produção do papel reciclado:


a) Juntou-se as fibras branqueadas e a polpa de papel previamente preparada
em uma cuba;
b) Inseriu-se a forma telada na cuba, forrada com uma camada de tecido (TNT),
e submergiu-se na massa até que ela cobrisse homogeneamente a superfície
da tela;
c) Colocou-se uma camada de tecido em cima da massa de papel e levou-se à
prensa;
d) O conjunto tecido-papel-tecido foi removido da prensa, e levado à secagem
sob temperatura ambiente por um período de aproximadamente 48 horas.
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Figura 3: Conjunto tecido - massa- tecido.

Fonte: Autoral (2023)

Figura 4: Prensa.

Fonte: Autoral (2023)


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Figura 5: Secagem do papel reciclado.

Fonte: Autoral (2023)


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4. RESULTADOS

A fabricação de folhas de papel utilizando papel reciclável e uma combinação


das fibras naturais de caroço da manga e do pêndulo da banana, resultou em folhas
com características diferentes do habitual, as folhas ao final do processo estavam
rígidas e quebradiças e inapropriadas para escrita.
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5. DISCUSSÃO
A utilização das fibras de caroço da manga e pêndulo de banana atribuíram
dureza e fragilidade as folhas produzidas, isso pode estar relacionado à proporção
de fibras na fabricação, visto que este material orgânico possui grande concentração
de lignina, que possui o caráter endurecedor, principalmente nas fibras de caroço de
manga, consequentemente trazendo menos flexibilidade a folha. Uma possível
solução para este problema, seria o ajuste nas quantidades de papel reciclável e
fibras, para garantir estabilidade e desenvoltura a folha.
Outro fator que pode ter influenciado na estrutura e textura do papel, são os
processos de refino, branqueamento e secagem, pois os químicos utilizados neste
processo também podem enrijecer ou suavizar o aspecto físico da folha.
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6. CONCLUSÃO
A produção de papel apesar de ser um processor industrial, pode ser feito em
laboratórios escolares ou até mesmo em casa, é uma alternativa sustentável que dá
uma nova utilidade para folhas de cadernos usados, livros, jornais e fibras de frutos
que iriam para o lixo.
Em conclusão, o experimento foi realizado com êxito e o resultado obtido foi
como o esperado, comprovando assim que a fabricação de papel pode ser ainda
mais voltada a sustentabilidade, preservando recursos naturais e reutilizando
materiais que seriam descartados.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CÚNICO, NR et al. Fibras vegetais para produção de polpa celulósica. Revista
Brasileira de Desenvolvimento , p. 12, 2021.

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