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Reflexão Xxii X 2023 111
Reflexão Xxii X 2023 111
3. 2. Entendemos, por exemplo, que o vocábulo "desconhecimento" pode, à primeira vista, transmitir
uma mensagem pejorativa.
3.1. As palavras usadas no texto que a seguir coloco à publicidade não têm um fim pejorativo, elas
encerram apenas o seus conteúdo e sentido originais.
Por isso, por exemplo, é que no feed do Facebook, X, Tik-Tok, Google, etc. nos deparamos com
os conteúdos que mais nos interessam e que mais gostamos. Noutros casos, nós pensamos e
comentamos sobre determinadas coisas, e quando vamos às sobreditas ferramentas encontramo-
nos com estas mesmas coisas. Nada vem do nada — são os algoritmos a actuarem.
É certo que em comparação com o cérebro humano, os algoritmos são qualitativamente
inferiores, mas esta superioridade inata do cérebro humano tende a tornar-se ineficiente por causa
da nossa consciência crítica que tende a ser mais fraca.
No que às redes sociais diz respeito não é isso o que se observa, as mais das vezes; o que se
observa é uma guerra para estabelecer esse pretendido controlo, onde ora ganham as redes, ora
ganhamos nós. Isso não é controlo.
Mas, o que temos vindo a discorrer até aqui, plasme-se, não se refere às empresas, aos
empreendedores, aos jornalistas, aos políticos, aos partidos políticos, ao próprio Estado enquanto
agente económico — porquanto, estas ferramentas são muito importantes para o auxílio e
desenvolvimento das empresas, do empreendedorismo, dos Estados enquanto agentes económicos,
etc.
O que temos vindo a discorrer refere-se àqueles que não usam estas ferramentas para uma
empresa, empreendedorismo...; refere-se aos que são unicamente estudantes, aos Professores que
usam tais ferramentas e obrigam os estudantes a usarem-nas no processo de ensino e aprendizagem
— quando o aceitável seria que as instituições de ensino tivessem as suas próprias ferramentas.
A "Djabulani" de certeza foi boa e adequada para o Tshabalala e o Andrés Iniesta no Mundial
de Futebol de 2010, mas de certeza é inadequada para o Carlos Morais e o Lutonda na quadra de
basquetebol.
Isto é, as redes sociais são úteis para fins comerciais, publicitários, jornalísticos, empresariais e
talvez políticos; todavia, são inúteis e inadequados para os estudantes.
Com efeito, é necessário que continuemos a ponderar sobre os impactos do uso dessas redes
sociais para os estudantes..., que até agora parecem ser negativos. E necessário criarem-se
ferramentas exclusivamente académicas por parte das instituições de ensino. E quando não
houverem tais ferramentas, o aceitável é que nos contentemos com as ferramentas antigas; pois,
quando postas em comparação, as ferramentas actuais, como sejam o Facebook, o X, WhatsApp,
demonstram-se mais desvantajosas que as antigas (o papel impresso, os livros, explicações aos
sábados, etc.).
Assim, por exemplo, é melhor imprimir um texto e mandar que os estudantes o fotocopiem do que
enviar um pdf no "WhatsApp", é melhor elaborar um texto e mandar que os estudantes o imprimam
do que enviar um texto no WhatsApp ou Facebook.
— P. S. A. ANALIDES