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O BIG DATA

O Big Data é a resposta para uma das principais perguntas feitas por empreendedores
de todo o mundo: E se houver uma forma de prever os comportamentos dos
consumidores, capaz de influenciar as decisões de negócio para conquistar melhores
resultados? É justamente o que o Big Data possibilita. Porém, o que de fato é o big
data? Além do conceito, é algo material e tátil? Um banco de dados específico e
acessível? Toda empresa possui um big data?

Muito se discute sobre essa tecnologia e seu impacto no mundo dos negócios. Bom,
isso é inegável: Um levantamento da Statista prevê que, até 2022, a receita gerada
pelo uso de big data vai alcançar US$ 274 bilhões. Bastante coisa, certo? É por isso
que entender o que é big data, como funciona, para que serve e sua importância é
essencial para contribuir com seus resultados. Para você não perder as possibilidades
dessa tecnologia e sair na frente da concorrência na hora de obter análises mais
precisas, separamos um pequeno guia sobre essa solução. Não deixe de conferir!

O QUE É BIG DATA?

Douglas Laney, vice-presidente e analista da Gartner – uma das principais empresas


mundiais especializadas em pesquisa e consultoria em tecnologia da informação –
afirma que “os dados são considerados o novo petróleo”. Porém, para que esses
dados sejam coletados, armazenados e devidamente analisados, justamente para
fornecer informações holísticas da realidade de uma área, é que surge a ideia de big
data. Importante mencionar que a concepção desse tema orienta para que sejam
tomadas decisões mais assertivas, as quais estejam consoantes com o planejamento
estratégico.

Um exemplo clássico do beneficiamento dessa tecnologia pode ser verificado com a


investigação, por exemplo, dos impactos provocados no índice Dow Jones na medida
em que o humor dos usuários do Twitter oscila. Isso porque o Dow Jones, considerado
um dos principais índices de mercado norte-americano, busca analisar o
comportamento social e econômico a fim de propor melhores condições de
investimento, por exemplo.

E essa análise é feita graças aos competentes sistemas de big data, os quais são
capazes de processar grandes quantidades de dados ao mesmo tempo. Diante deste
cenário, podemos compreender o big data como uma tecnologia que faz alusão a um
grande volume de dados e que possui variedade e velocidades, demandando por
formas rentáveis e inovadoras de processar determinadas informações.

A HISTÓRIA DO BIG DATA

Por mais que os primeiros bancos de dados tenham sido registrados nas décadas de
60 e 70 em alguns países, como nos Estados Unidos, por exemplo, o conceito de big
data é bem recente.Afinal, as bases que permeiam essa definição foram estabelecidas
há pouco tempo. Inclusive, essa linha do tempo pode ser verificada em um artigo
publicado pelo World Economic Forum.

Em 2001, no entanto, a Gartner criou a definição, que é muito aceita até hoje:
“Big data são ativos de informações de alto volume, alta velocidade e/ou alta
variedade que exigem formas inovadoras e econômicas de processamento de
informações que permitem uma visão aprimorada, tomada de decisões e automação
de processos”.

Na prática, o big data começou a ser mais palpável em meados de 2005, quando os
profissionais e gestores envolvidos com projetos de tecnologia — mais
especificamente com serviços online, como Facebook e YouTube — viram a
quantidade e especificidade de dados gerados. A criação do Hadoop, uma estrutura
open source designada para processamento de grandes volumes de dados, naquele
mesmo ano, também serviu de faísca.

PARA QUE SERVE O BIG DATA?

O big data é o combustível capaz de reformular modelos de negócio, produtos e


estratégias de gestão. É tanto um recurso tecnológico, como um meio de conquistar
significativa vantagem competitiva. Não à toa, é uma das principais tecnologias
listadas por empresas que buscam investir e aprimorar sua Inteligência de Negócios,
de acordo com a Forbes.

Afinal, sua principal função é gerar valor para a empresa. O big data proporciona a
possibilidade das organizações organizarem, lerem e interpretarem dados
qualificados sobre tudo que diz respeito ao seu processo ou ao seu produto/serviço.

E nesses dados, incluímos tanto os estruturados quanto os não-estruturados. Isso faz


toda a diferença, visto que são informações que apenas sistemas inteligentes podem
processar. Sendo assim, o big data serve para que a empresa aprimore suas
estratégias de gestão.

A partir da leitura dos dados, ela pode entender de forma assertiva várias questões e
pontos-críticos do seu negócio. Desde uma falha, que pode ser mapeada até sua raiz,
até uma tendência futura, que a empresa pode incorporar no seu produto. Desse
modo, seu impacto é geral: do back-office ao front-office, do RH ao chão de fábrica.
Não à toa, o big data é utilizado igualmente em todos os setores do mercado — lembra
do exemplo sobre a empresa de pneus e a de smartphones?

COMO FUNCIONA O BIG DATA?

Antes de começar a utilizar os dados, é preciso entender como essa grande estrutura
de informações deve fluir dentro de uma empresa. É preciso considerar que existe
todo um ecossistema de fontes, sistemas e usuários a ser levado em conta.

Em geral, há algumas etapas a serem seguidas, como:

• definir uma estratégia de big data;


• identificar fontes de big data;
• acessar, gerenciar e armazenar os dados;
• analisar os dados;
• tomar decisões baseadas em dados.
São tarefas que podem ser condensadas em três principais responsabilidades:
integrar dados, gerenciá-los e então analisá-los.

Integrar

Em um alto nível, uma estratégia de big data é um plano projetado para ajudar sua
empresa a supervisionar e melhorar a maneira como se adquire, armazena, gerencia,
compartilha e usa dados dentro e fora de sua organização. Uma estratégia de big data
prepara o terreno para o sucesso dos negócios em meio a uma abundância de dados.

Ao desenvolver uma estratégia, é importante considerar as metas e iniciativas de


negócios e de tecnologia existentes — e futuras. Isso exige que o tratamento do big
data seja como o de qualquer outro ativo comercial valioso, em vez de apenas um
subproduto ou subsetor. Ao contrário, ela deve ser parte integral do planejamento
estratégico da empresa. E para isso, é preciso conhecer as fontes de dados da
empresa. Só assim, é possível dar o primeiro passo prático na estratégia: sua
integração.

Há alguns tipos a serem levados em conta, como:

• internet das Coisas (IoT) e outros dispositivos inteligentes que alimentam os


sistemas de TI, como wearables, carros inteligentes, dispositivos médicos,
equipamentos industriais e muito mais;
• mídias sociais, como Facebook, YouTube, Instagram. Isso inclui grandes
quantidades de big data na forma de imagens, vídeos, voz, texto e som — úteis
para funções de marketing, vendas e suporte;
• sistemas de gestão, como ERPs, CRMs e outros tipos de plataformas de
serviços especializados no gerenciamento de partes, setores ou realmente todo
negócio;
• outras fontes podem ser data lakes, dados em nuvem, fornecedores e clientes.

Gerenciar

Os sistemas de computação modernos fornecem a velocidade, a potência e a


flexibilidade necessárias para acessar rapidamente grandes quantidades e tipos de
informações. Junto com o acesso confiável, as empresas também precisam de
métodos para integrar os dados, garantindo a qualidade dos dados, fornecendo
governança e armazenamento de dados e preparando os dados para análise.

São os sistemas de gestão, que podem fazer essa ponte entre setores, dispositivos e
equipamentos, e centralizar os dados do negócio. O armazenamento depende das
condições e objetivos da empresa: Hoje, as empresas costumam apostar mais nas
soluções em nuvem, pela escalabilidade e economia de custos.

Analisar

Com tecnologias poderosas ao seu lado, as organizações podem tanto analisar todos
os dados, como determinar antecipadamente quais dados são relevantes antes de
analisá-los. De qualquer forma, a análise do big data é como as empresas obtêm
valor e percepções dos dados que possuem. A partir desse ponto, cabe à organização
tomar decisões inteligentes. Aqui, entra a importância de contar com o ecossistema
adequado de soluções, tanto para promover a organização do big data, como para
processar o volume de informações.

Afinal, dados confiáveis e bem gerenciados levam a análises e tomada de


decisões mais confiáveis. Para se manterem competitivas, as empresas precisam
aproveitar todo o valor do big data e operar de maneira orientada por dados —
tomando decisões com base nas evidências apresentadas pelo big data, e não no
instinto.

Esse é outro ponto essencial: o big data permite que a empresa faça movimentações
analíticas no mercado, o que permite uma gestão menos holística. Os benefícios de
ser orientado por dados são evidentes. As organizações têm melhor desempenho,
são operacionalmente mais previsíveis e são mais lucrativas.

OS VS DO BIG DATA

O conceito de big data envolve algumas


características, conhecidas como “os 5 Vs”.
Abaixo, confira mais detalhes sobre o
assunto!
Volume

Como vimos até agora, big data significa um


gigantesco volume de dados. A grande
quantidade de informações geradas a todo
momento está intrinsecamente relacionada a
ele. Esse “V” também diz respeito à variedade de fontes utilizadas.

Velocidade

Esse item tem a ver com a grande velocidade em que os dados são produzidos hoje
em dia. Além das mídias sociais, temos milhões de operações sendo realizadas
constantemente. Compras por cartões de crédito, por exemplo, requerem aprovação,
bem como vendas e aquisições de ações, análises de flutuações de câmbio de
moedas internacionais etc. Uma ferramenta CRM, por exemplo, é capaz de incorporar
dados sobre os usuários. Cada processo desses gera dados importantes, que podem
ser trabalhados instantaneamente pelas soluções de big data, sem que seja preciso
armazená-los.

Variedade

O big data envolve uma grande variedade de informações. Não estamos falando
apenas de textos e dados convencionais, como os organizados em tabelas e bancos
de dados. É mais amplo que isso, pois engloba:

• imagens, como fotos, ilustrações, prints de telas etc;


• dados de reconhecimentos faciais;
• áudios;
• vídeos;
• dados produzidos por dispositivos via IoT.

Aqui, vale um adendo: para muitos, o conceito original de big data envolvia apenas os
três “Vs” acima. No entanto, conforme a tecnologia avançou, outros fatores foram
incorporados a sua conceituação. Assim, temos os dois “Vs” restantes.

Veracidade

A veracidade se refere à qualidade dos dados. Como os dados vêm de muitas fontes
diferentes, é difícil vincular, combinar, limpar e transformar dados entre sistemas. As
empresas precisam conectar e relacionar hierarquias e múltiplas ligações de
dados. Assim, com processos de validação e conferência de dados, ferramentas de
big data podem entregar dados mais confiáveis e verídicos, por meio de relatórios,
estatísticas e análises, com base em grandes volumes de informações.

Valor

As informações produzidas precisam ser relevantes para o negócio. Esse é um dos


objetivos do big data: gerar conteúdos que agreguem valor. É por meio deles que os
gestores poderão melhorar as suas decisões.

QUAIS SÃO OS TRÊS TIPOS DE DADOS EM BIG DATA?

No meio de Inteligência de Negócios e Data Analytics, nem todos os dados são


considerados os mesmos. Primeiramente, há a diferença de formato: dados
estruturados e não-estruturados. No entanto, há outro nível de diferença a ser
avaliado. Dizem respeito especialmente à fonte da qual se originam:

• Social Data: a origem são as pessoas, evidenciam características de seu


comportamento.
• Enterprise Data: a origem são as empresas, evidenciam seus processos,
nível de produtividade, entre outros detalhes.
• Data of Things: a origem são as informações coletadas em dispositivos IoT,
sensores inteligentes e outros equipamentos do tipo.

Qual é a importância do Big Data no contexto da indústria?

Quais as principais aplicações do Big Data?

Quais são os impactos do Bifg Data na profissão do engenheiro?

Fonte: Disponível em : https://www.totvs.com/blog/inovacoes/big-data/ Aceso em 04de novembro de 2023

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