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RESUMO

DIREITO PENAL MILITAR


por Concurseiro Fora da Caixa
Direito Penal Militar
Concurseiro Fora da Caixa

Sumário
Parte Geral .....................................................................................................................................................................................3

Da Aplicação Da Lei Penal Militar .............................................................................................................................................................. 3

Lei Penal .................................................................................................................................................................................................... 3

Tempo e Lugar do Crime ......................................................................................................................................................................... 3

Territorialidade e Extraterritorialidade ............................................................................................................................................... 4

Crimes militares em tempo de paz ........................................................................................................................................................ 4

Crimes dolosos contra a vida .............................................................................................................................................................. 4

Definições importantes........................................................................................................................................................................... 5

Do Crime ....................................................................................................................................................................................................... 6

Consumado, tentado e impossível ........................................................................................................................................................ 6

Culpabilidade............................................................................................................................................................................................ 6

Crimes que admitem modalidade culposa ....................................................................................................................................... 7

Erro ......................................................................................................................................................................................................... 8

Excludente de Culpabilidade .............................................................................................................................................................. 8

Exclusão de crime (exclusão de ilicitude) ............................................................................................................................................ 9

Da Imputabilidade Penal .......................................................................................................................................................................... 10

Inimputabilidade ................................................................................................................................................................................... 10

Do Concurso De Agentes ........................................................................................................................................................................... 10

Das Penas .................................................................................................................................................................................................... 11

Das Penas Principais .............................................................................................................................................................................. 11

Da Aplicação Da Pena ............................................................................................................................................................................ 12

Da Suspensão Condicional Da Pena..................................................................................................................................................... 12

Do Livramento Condicional ................................................................................................................................................................. 12

Das Penas Acessórias ............................................................................................................................................................................. 13

Das Medidas De Segurança ....................................................................................................................................................................... 14

Pessoas sujeitas às medidas de segurança ......................................................................................................................................... 14

Tipos de Medidas de segurança............................................................................................................................................................ 14

Da Extinção Da Punibilidade.................................................................................................................................................................... 15

Parte Especial ............................................................................................................................................................................. 16

Disposições Gerais ..................................................................................................................................................................................... 16

Dos Crimes Militares em Tempo de Paz .................................................................................................................................................. 16

Dos Crimes Contra A Autoridade Ou Disciplina Militar ................................................................................................................... 16

Do Motim e da Revolta ....................................................................................................................................................................... 16

Da Aliciação e do Incitamento .......................................................................................................................................................... 17

Da Violência Contra Superior ou Militar De Serviço ..................................................................................................................... 17

Do Desrespeito a Superior e a Símbolo Nacional ou a Farda ........................................................................................................ 17

Da Insubordinação ............................................................................................................................................................................. 18

Da Usurpação e do Excesso ou Abuso de Autoridade ................................................................................................................... 18

Da Resistência ..................................................................................................................................................................................... 19

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Dos Crimes Contra o Serviço Militar e o Dever Militar ..................................................................................................................... 20

Da Insubmissão .................................................................................................................................................................................. 20

Da Deserção ......................................................................................................................................................................................... 20

Do Abandono de Posto e de Outros Crimes em Serviço ................................................................................................................ 21

Do Exercício de Comércio.................................................................................................................................................................. 22

Dos Crimes Contra a Pessoa .................................................................................................................................................................. 22

Do Homicídio ...................................................................................................................................................................................... 22

Do Genocídio ....................................................................................................................................................................................... 23

Da Lesão Corporal .............................................................................................................................................................................. 23

Dos Crimes Contra a Honra .............................................................................................................................................................. 24

Dos Crimes Contra o Patrimônio ......................................................................................................................................................... 24

Do Furto ............................................................................................................................................................................................... 24

Do Roubo ............................................................................................................................................................................................. 25

Dos Crimes Contra a Administração Militar ...................................................................................................................................... 25

Do Desacato, da Desobediência e do ingresso clandestino .......................................................................................................... 25

Do Peculato.......................................................................................................................................................................................... 26

Da Concussão e do Excesso de Exação ............................................................................................................................................. 26

Da Corrupção ...................................................................................................................................................................................... 27

Da Falsidade ........................................................................................................................................................................................ 27

Extra – Exercícios (TEC) ............................................................................................................................................................. 27

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PARTE GERAL

D A AP LI C A ÇÃ O D A L EI P EN AL MI LIT A R

LEI P ENA L

Legalidade (art. 1º)

• Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal

Lei supressiva de incriminação (art. 2º)

• Ninguém pode ser punido por fato que lei POSTERIOR deixa de considerar crime, cessando, em virtude
dela, a própria vigência de sentença condenatória irrecorrível, salvo quanto aos efeitos de natureza civil.

• Retroatividade da lei penal mais benéfica: a lei posterior que, de qualquer outro modo, FAVORECE o
agente, aplica-se retroativamente, ainda quando já tenha sobrevindo sentença condenatória irrecorrível.

• Para se reconhecer qual a mais favorável, a lei posterior e a anterior devem ser consideradas
separadamente, cada qual no conjunto de suas normas aplicáveis ao fato.

Lei excepcional ou temporária (art. 4º)

• A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as


circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.

Infrações disciplinares (art. 19)

• CPM NÃO compreende as infrações disciplinas (ilícito administrativo)

T EM PO E LUG AR DO C RIM E

DESPENCA EM PROVA
Lugar do Crime Tempo do Crime

Crimes Comissivos
Ubiquidade Atividade
Bizu: LU-TA

Crimes Omissivos
Atividade Atividade
Bizu: LA-TAO

Tempo do Crime (art. 5º)


Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o do resultado.

Lugar do Crime (art. 6º)


Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa, no todo ou em
parte, e ainda que sob forma de participação, BEM COMO onde se produziu ou deveria produzir-se o
resultado. Nos crimes omissivos, o fato considera-se praticado no lugar em que deveria realizar-se a ação
omitida

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T ER RIT ORI A LI DA D E E EXT RA T E RRI TO RI ALI D A D E

Art. 7º Aplica-se a lei penal militar:

1. Sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido, no todo ou
em parte no TERRITÓRIO NACIONAL1;

2. Ou FORA DELE, ainda que, neste caso, o agente esteja sendo processado ou tenha sido julgado pela
justiça estrangeira.

1
Território nacional por extensão (§1º): aeronaves e os navios brasileiros, onde quer que se encontrem, sob comando
militar ou militarmente utilizados ou ocupados por ordem legal de autoridade competente, ainda que privados.

C RIM ES MIL ITA R ES EM T EM PO DE P AZ

Art. 9º Consideram-se crimes militares, EM TEMPO DE PAZ:

1. Os crimes do CPM, quando definidos de forma diversa da lei penal comum ou nela não previstos, QUALQUER que seja o
agente, salvo disposição especial.

2. Os crimes no CPM e os previstos em legislação penal, quando praticados:

Por... Contra...
Militar em atividade
Militar em situação de atividade, ou assemelhado Patrimônio sob a adm. militar, ou
a ordem adm. militar
Militar durante o período de manobras ou exercício

Militar em atividade, em lugar sujeito à adm.


militar Militar da reserva, ou reformado,
ou assemelhado, ou civil
Militar em serviço ou atuando em razão da função,
em comissão de natureza militar, ou em formatura,
ainda que fora do lugar sujeito à adm. militar

Obs: há outros, mas esses são os realmente cobrados em prova.

C RIM ES D OL OS OS C ON T R A A V I DA

Tribunal do JÚRI

Militar das
Justiça Militar da UNIÃO
FFAA
- Atividade militar / operação paz / GLO
- Atribuições Pres. Rep. / Min. Defesa
Crimes DOLOSOS contra a VIDA de
CIVIL, praticado por militar - Seg. inst. militar / missão militar

Militar
Tribunal do JÚRI
ESTADUAL

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D EFI NI ÇÕ ES I MP OR T AN T ES

Equiparação a militar da ativa > Militar da reserva ou reformado, empregado na dm. Militar (art. 12)

CONSERVA as responsabilidades e prerrogativas do posto ou graduação,


Militar da reserva ou reformado > quando pratica ou contra ele é praticado crime militar (art. 13)

Equiparação a comandante > TODA autoridade com função de DIREÇÃO (art. 23)

O militar que, em virtude da função, exerce AUTORIDADE sobre outro de


Conceito de superior > IGUAL posto ou graduação (art. 24)

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DO CRI ME

CO NSU MA D O, T EN T A DO E I MP OS S ÍV E L

Crime consumado (art. 30, I)


Quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal.

Crime tentado (art. 30, II)


Quando, iniciada a execução, NÃO SE CONSUMA por circunstâncias ALHEIAS à VONTADE do agente.

o Pena do crime diminuída de 1/3 a 2/3, podendo o juiz (dada a gravidade) aplicar a pena por inteiro
o Crimes que NÃO admitem tentativa:

 Contravenções Penais  Crimes Unissubsistentes


 Crimes Culposos  Crimes Preterdolosos
 Crimes Habituais  Crimes Permanentes (na forma omissiva)
 Crimes Omissivos Próprios

Crime impossível (art. 32)


Quando é impossível consumar-se o crime, NÃO se aplicando nenhuma pena:

Ineficácia absoluta do MEIO Impropriedade absoluta do OBJETO


Quando o meio de execução é incapaz de A pessoa ou coisa é absolutamente
produzir o resultado. inidônea para a produção do resultado.

Exemplo: tentar matar alguém com uma arma Exemplo: tentar matar alguém que já está
de brinquedo. morto.

Desistência voluntária e arrependimento eficaz (art. 31)

Desistência voluntária: agente desiste de prosseguir


Agente só responde pelos atos já praticados
Arrependimento eficaz: agente impede o resultado

Cuidado! No CPM não há a figura do arrependimento posterior.

CU LP A BILI D A D E

Agente QUIS resultado ou ASSUMIU o risco de


DOLOSO
produzi-lo.

Crime Agente, deixando de empregar a cautela, atenção,


(art. 33) ou diligência ordinária, ou especial, a que estava
obrigado em face das circunstâncias, não prevê o
resultado que podia prever ou, prevendo-o,
CULPOSO supõe levianamente que não se realizaria ou
que poderia evitá-lo.

Deve estar SEMPRE previsto em lei

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C RIM ES QUE A D MIT EM MO D AL I DA D E C ULP OS A

Crimes Contra a Segurança Externa do País


• Consecução de notícia, informação ou documento para fim de espionagem
• Revelação de notícia, informação ou documento
• Turbação de objeto ou documento

Crimes Contra A Autoridade Ou Disciplina Militar

• Fuga de preso ou internado

Crimes Contra O Serviço E O Dever Militar

• Descumprimento de missão
• Omissão de providências para evitar danos
• Omissão de providências para salvar comandados

Crimes Contra A Pessoa

• Homicídio culposo
• Lesão corporal culposa

Crimes contra o patrimônio

• Receptação culposa
• Dano em material ou aparelhamento de guerra
• Dano em navio de guerra ou mercante em serviço militar
• Dano em aparelhos e instalações de aviação e navais, e em estabelecimentos militares
• Desaparecimento, consunção ou extravio

Crimes Contra A Incolumidade Pública

• Incêndio
• Explosão
• Emprego de gás tóxico ou asfixiante
• Abuso de radiação
• Inundação
• Desabamento ou desmoronamento
• Fatos que expõe a perigo aparelhamento militar
• Difusão de epizootia ou praga vegetal

Crimes Contra O Meio De Transporte E De Comunicação

• Perigo de desastre ferroviário


• Atentado contra transporte
• Atentado contra viatura ou outro meio de transporte

Crimes Contra A Saúde

• Epidemia
• Envenenamento com perigo extensivo
• Corrupção ou poluição de água potável
• Fornecimento de substância nociva
• Fornecer às forças armadas substância alimentícia ou medicinal alterada

Crimes Contra A Administração Militar

• Peculato culposo
• Abuso de confiança ou boa-fé

Crimes Contra A Administração Da Justiça Militar

• Inutilização, sonegação ou descaminho de material probante

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ER RO

Agente supõe LÍCITO o fato, por ignorância ou erro de interpretação da lei, se escusáveis (art. 35)
Erro de
DIREITO • Pena ATENUADA ou SUBSTITUÍDA por outra menos grave
(= de proibição)
• NÃO se aplica a crime que atente contra o dever militar

Erro de Agente supõe, por erro plenamente escusável, a INEXISTÊNCIA de circunstância de fato que constitui
FATO ou a EXISTÊNCIA de situação de fato que tornaria a ação legítima (art. 36)
(= de tipo) • Agente ISENTO de pena

Erro Erro deriva de CULPA (art. 36, §1º)


CULPOSO • Agente responde a título de CULPA, se o fato é punível como crime culposo

Erro Erro PROVOCADO por terceiro (art. 36, §2º)


PROVOCADO • Terceiro responde pelo crime, a título de dolo ou culpa, conforme o caso

Agente, por erro de percepção no uso dos meios de execução, ou outro acidente, atinge uma pessoa em
vez de outra (art. 37).
Erro sobre a
PESSOA
• Agente responde como se tivesse praticado contra quem ele queria atingir

• Para a configuração, qualificação ou exclusão do crime, e agravação ou atenuação da pena, deve-se


levar em conta as condições e qualidades da pessoa que queria atingir, não da vítima

Erro quanto ao Se por erro ou outro acidente, é atingido bem jurídico diverso do visado pelo agente (art. 37, §1º)
BEM JURÍDICO • Agente responde a título de CULPA, se o fato é punível como crime culposo

EX C LU DE NTE DE C U LP ABI LI D A DE

Coação irresistível
Não é culpado quem comete o crime sob coação irresistível ou que lhe suprima a faculdade de agir por própria vontade.
o Nos crimes de violação do dever militar, o agente NÃO pode invocar coação irresistível, salvo física / moral (art. 40)
o Cuidado! NÃO há coação moral

Obediência hierárquica
Não é culpado quem comete o crime em estrita obediência a ordem direta de SUPERIOR hierárquico, em matéria de serviços.

Se a ordem tem por objeto a prática de ato manifestamente criminoso, ou há excesso nos atos ou na forma da execução, é
punível também o inferior.

➤ Em ambos os casos, responde pelo crime o autor da coação ou da ordem (art. 38, §1º).

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Estado de necessidade

Teoria Diferenciadora

Como exculpante (art. 39) Como justificante (art. 42, I e 43)


Exclui a culpabilidade Exclui o crime (ilicitude)

Direito próprio ou de pessoa ligada por lações de parentesco


Direito próprio ou alheio
ou afeição

Contra perigo certo e atual que não provocou nem poderia Contra perigo certo e atual que não provocou nem poderia
evitar evitar

Bem jurídico vale menos (patrimônio) Bem jurídico vale mais ou igual (vida)
Bem sacrificado vale mais (vida) Bem sacrificado vale menos ou mais (patrimônio)

EX C LUS ÃO D E C RIM E (E X CL US Ã O D E I LI CIT U DE )

NÃO há crime quando o agente pratica o fato (art. 42):

ESTADO DE NECESSIDADE (art. 43)


• Pratica fato para PRESERVAR direito seu ou alheio
• Perigo CERTO e ATUAL, que não provocou, nem podia de outro modo evitar
• Mal causado deve ser consideravelmente inferior ao mal evitado
• Agente não era legalmente obrigado a arrostar o perigo

LEGÍTIMA DEFESA (art. 44)


• Pratica para REPELIR injusta agressão a direito seu ou de outrem
• Agressão ATUAL ou IMINENTE
• Com uso MODERADO dos meios necessários

Em estrito cumprimento do DEVER LEGAL


• Praticado por servidores públicos

Em exercício regular de DIREITO


• Praticado por particulares

Excesso Culposo (art. 45)


O agente que em qualquer dos casos exceder culposamente RESPONDE pelo fato, se este
é punível a título de culpa.

EXCESSO Excesso Escusável (art. 45, parágrafo único)


NÃO é punível o excesso resultante de ESCUSÁVEL surpresa ou perturação de ânimo.

Excesso Doloso (art. 46)


Juiz pode ATENUAR a pena.

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D A I MPU TA BIL I DA D E P EN AL

IN IM PUT ABI LI D A DE

O que é ser INIMPUTÁVEL (art. 48)?

Não é imputável quem, no momento da ação ou omissão, NÃO possui a capacidade de entender o caráter ilícito do fato
ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Pessoa fica isenta da pena.

Quem é considerado INIMPUTÁVEL (arts. 48, 49, 50)

1. O menor de 18 anos

2. Pessoas com DOENÇA mental ou DESENVOLVIMENTO mental incompleto ou retardado

a. Limitação absoluta / total: isenção de pena

b. Limitação relativa / parcial: redução de 1/5 a 1/3

3. Agente completamente EMBRIAGADO proveniente de caso fortuito ou força maior

a. Embriaguez absoluta / completa: isenção de pena

b. Embriaguez relativa: redução de 1/3 a 2/3

c. Embriaguez voluntária: AGRAVA pena

DO CON C URS O D E A G EN T ES

Coautoria: quem, de qualquer modo, CONCORRE para o crime incide nas penas a este cominadas (art. 53).
• Punibilidade dos concorrentes é INDEPENDENTE da dos outros (“cada um responde por si”)
• NÃO se comunicam também as circunstâncias de caráter PESSOAL, salvo quando elementares ao crime

Agravação de Pena (§2º) Atenuação de Pena (§4º) Impunibilidade (art. 54)

• Coage outrem à execução material Agente, cuja participação no crime é de O ajuste, a determinação ou instigação
do crime. somenos importância e o auxílio, salvo disposição em
• Promove ou organiza a cooperação contrário, não são puníveis se o crime
no crime ou dirige a atividade dos não chega, pelo menos, a ser tentado.
demais agentes.
• Executa o crime, ou nele participa,
mediante paga ou promessa de
recompensa.
• Instiga ou determina a cometer o
crime alguém sujeito à sua
autoridade, ou não punível em
virtude de condição ou qualidade
pessoal.

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D AS PEN AS

D AS PEN AS P RIN CI P AIS

Pegadinha! Código Penal Militar NÃO prevê pena de multa.

Execução da penal (arts. 56 e 57):


- Por FUZILAMENTO
Morte
- DEPOIS de 7 dias da comunicação ao Presidente Rep.
- Ocorre imediatamente se Zona de Guerra

MÍNIMO: 1 ano
Reclusão
MÁXIMO: 30 anos
1 DESPENCA EM PROVA
PENAS PRINCIPAIS (art. 55)

MÍNIMO: 30 dias
Detenção
MÁXIMO: 10 anos

Prisão

Sujeita o condenado a PERMANECER no recinto da unidade,


Impedimento
sem prejuízo da instrução militar (art. 63)

Suspensão do exercício do NÃO será contado como tempo de serviço, para qualquer
posto, graduação, cargo ou função efeito, o do cumprimento da pena (art. 64)

Efeitos da condenação (art. 65):


- Sujeita o condenado à situação de INATIVIDADE
Reforma
- NÃO pode receber mais de 1/25 do soldo por ano de serviço
- Não pode receber importância superior à do soldo

Pena unificada NÃO poderá ultrapassar (art. 81)


o 30 anos (se é de reclusão)
o 15 anos (se é detenção)

1 A pena de reclusão ou detenção de até 2 anos imposta a militar é CONVERTIDA em PRISÃO e cumprida, quando não
cabível a suspensão condicional (art. 59):
o RECINTO de estabelecimento militar, pelo OFICIAL
o ESTABELECIMENTO PENAL militar, pela PRAÇA

⚫ Pena privativa da liberdade, aplicada pela Justiça Militar, imposta a CIVIL (art. 62)
✓ Cumprida em estabelecimento prisional CIVIL
✓ Sujeito ao regime conforme legislação penal COMUM (com benefícios e concessões)
✓ Se condenado por crime militar em tempo de guerra PODERÁ ficar sujeito a cumprir pena em penitenciária militar,
se for em benefício da segurança nacional (determinado na sentença)

⚫ Transferência de condenados (art. 68)

o O condenado pela Justiça Militar de uma região, distrito ou zona PODE cumprir pena em estabelecimento de outra.

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D A AP LI C A ÇÃ O D A P EN A

Sistema Trifásico:

Pena Base Circunstâncias JUDICIAIS

Quando há mais de uma agravante / atenuante, juiz


Pena Intermediária AGRAVANTES e ATENUANTES → poderá limitar-se a apenas uma (art. 74)

Pena Definitiva MAJORANTES e MINORANTES

Reincidência (art. 71): quando o agente comete novo crime, DEPOIS de transitar em julgado a sentença que, no
país ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior.
o NÃO se consideram os crimes anistiados

D A SU SP ENS ÃO C ON DI CI ON AL DA PE NA

HIPÓTESE EFEITO
Pena privativa de liberdade NÃO superior a 2 anos Suspensão da execução da pena por 2 anos a 6 meses

A suspensão não se estende às penas de reforma, suspensão do exercício do posto, graduação ou função ou à pena
acessória, nem exclui a aplicação de medida de segurança não detentiva.

NÃO APLICAÇÃO da suspensão condicional (art. 88):


o Condenado por crime cometido em tempo de GUERRA
o Pelos seguintes crimes cometidos em tempo de PAZ:
1) Contra a segurança nacional

x 2) Aliciação e incitamento
3) Violência contra superior, oficial de dia, de serviço ou de quarto, sentinela, vigia ou plantão
4) Desrespeito a superior
5) Insubordinação
6) Deserção
7) Previstos nos arts. 160, 161, 162, 235, 291 e seu parágrafo único, ns. I a IV

DO LI VR AM ENT O CO N DI C ION A L

HIPÓTESE EFEITO
RECLUSÃO ou DETENÇÃO por tempo igual ou superior a 2 anos Condenado pode ser LIBERADO condicionalmente

Requisitos (art. 89):

Tenha REPARADO o dano causado, salvo impossibilidade de fazê-lo

Tenha cumprido 1/2 (metade) da pena, se PRIMÁRIO | se menor de 21 ou maior de 70, tempo reduzido a 1/3
Tenha cumprido 2/3 (dois terços), se REINCIDENTE

BOA CONDUTA durante a execução da pena, e sua ADAPTAÇÃO ao trabalho e às circunstâncias atinentes a sua
personalidade, ao meio social e à sua vida pregressa permitem supor que NÃO voltará a delinquir.

Observação:

 O livramento condicional não se aplica ao condenado por crime cometido em tempo de GUERRA (art. 96)

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D AS PEN AS A C ES S Ó RIA S

Resulta da condenação a pena privativa de liberdade por


PERDA de posto ou patente tempo superior a 2 anos, e importa a perda das
condecorações (art. 99)

INCOMPATIBILIDADE com o oficialato


PENAS ACESSÓRIAS (art. 98)

A condenação da PRAÇA a pena privativa de liberdade,


EXCLUSÃO das forças armadas
por tempo superior a 2 anos (art. 102)

PERDA da função pública, ainda que


eletiva
Prazo da inabilitação (art. 104): até 20 anos

Requisitos (art. 104):


INABILITAÇÃO para o exercício da
função pública 1. Penal de RECLUSÃO superior a 4 anos
2. Crime militar com abuso de poder ou violação do
dever militar

SUSPENSÃO do pátrio poder, tutela ou


curatela

SUSPENSÃO dos direitos políticos


(= poder votar e ser votado)

Obs: apesar de ainda constar na lei, “ a indignidade para o oficialato” não foi recepcionada pela CF/88 devido ao princípio
da garantia das patentes.

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D AS ME DI D AS D E S E G UR AN Ç A

Art. 3º As medidas de segurança regem-se pela LEI VIGENTE AO TEMPO DA SENTENÇA, prevalecendo, entretanto, se diversa,
a lei vigente ao tempo da EXECUÇÃO.

PESS OA S SUJ EIT AS ÀS ME DI D AS D E S EG UR AN Ç A

As medidas de segurança podem ser impostas aos (art. 111):

CIVIS

MILITARES ou ASSEMELHADOS:
1. Inimputáveis
2. Condenados a PPL por pena superior 2 anos OU hajam perdido função, postos e patente, ou hajam sido
excluídos das FFAA

T IPOS DE ME D I DAS D E S E G UR AN Ç A

Internação em manicômio judiciário (art. 112):


- Agente inimputável, mas representa risco
- Mínimo: 1-3 anos
- Máximo: CPM: indeterminado | STF: 30 anos
DETENTIVAS - Perícia médica: ao término do prazo mínimo e
repetida anualmente

Internação em em estabelecimento psiquiátrico

PESSOAIS Cassação de licença para direção de veículos


motorizados (art. 115): condenado por crime
relacionado à direção de veículos.
- Prazo: mínimo de 1 ano
MEDIDAS DE SEGURANÇA (art. 110)

Exílio local (art. 116): proibição de permanecer


ou residir, por pelo menos 1 ano, na localidade,
NÃO
município ou comarca onde o crime foi
DETENTIVAS
praticado. Cumprido logo que cessa ou é
suspensa a execução da PPL.

Proibição de frequentar determinados lugares


(art. 117): pelo prazo de, pelo menos, 1 ano.
Locais que favoreçam o retorno à atividade
criminosa.

Interdição de estabelecimento ou sede (art. 118): se o local serve de


meio ou pretexto para a prática de infração penal.
- Proibição de exercer comércio, indústria ou atividade social
- Prazo: min. 15 dias e no máximo 6 meses

PATRIMONIAIS
Confisco (art. 119): Abrange os instrumentos e produtos do crime:
- Fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitui fato ilícito
- Abandonadas, ocultas ou desaparecidas
- Pertencem às FFAA, ou uso militar em posse de pessoa não autorizada

* PPL = Pena Privativa de Liberdade

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D A E XTIN Ç Ã O DA P UN IBI LI D A DE

Morte do agente

Anistia ou indulto
Insubmissão (art. 131): prazo prescriional COMEÇA
a correr do dia que o insubmisso completa 30 anos
Retroatividade de lei
mais benéfica
Extinção da Deserção (art. 132): mesmo que ocorrida a
Punibilidade (art. 123) prescrição, só EXTINGUE a punibilidade quando o
desertor atinge:
PRESCRIÇÃO
- 45 anos (praças)

- 60 anos (oficial)
Reabilitação
Concurso de crimes ou crime continuado: a
prescrição é referida não à pena unificada, mas à de
Ressarcimento do dano, cada crime isoladamente.
no peculato culposo

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PARTE ESPECIAL

DIS POS I ÇÕ ES G ER AI S

Crime Propriamente Militar Crime Impropriamente Militar


Previsto no Código Penal Militar que só pode ser
X Previsto no Código Penal Militar e no Código Penal comum
cometido por MILITAR que pode ser praticado por MILITAR ou CIVIL

Crime Militar Próprio Crime Militar Impróprio


X
Somente MILITAR pratica Praticado por MILITAR e CIVIL

DO S CR IM ES MILI T A RES E M T E MP O D E P AZ

DO S CR IM ES CO N T R A A AUT O RI D A DE O U DIS CI PLI NA MI LIT AR

DO M OTIM E D A RE V OLT A

DESPENCA EM PROVA

Motim
Art. 149. REUNIREM-SE militares ou assemelhados:
• Agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se a cumpri-la
• Recusando obediência a superior, quando estejam agindo sem ordem ou praticando violência
• Assentindo em recusa conjunta de obediência, ou em resistência ou violência, em comum, contra superior
• Ocupando quartel, fortaleza, arsenal, fábrica ou estabelecimento militar, etc.
Pena – reclusão 4-8 anos, com aumento de um 1/3 para os cabeças, sem prejuízo da pena correspondente à violência

Se os agentes estavam ARMADOS = REVOLTA


(reclusão 8-20 anos, com aumento de 1/3 para os cabeças, sem prejuízo da pena correspondente à violência)

CONDUTA OBSERVAÇÃO

Organização de grupo para a prática de violência

Art. 150. Reunirem-se DOIS ou MAIS militares ou assemelhados, Pena: reclusão, de 4-8 anos, sem prejuízo da pena
com armamento ou material bélico, de propriedade militar, correspondente à violência.
praticando violência à pessoa ou à coisa pública ou particular
em lugar sujeito ou não à adm. militar.

Omissão de lealdade militar Pena: reclusão, de 3-5 anos.

Art. 151. DEIXAR o militar ou assemelhado de levar ao Atenção! Não confundir com “Omissão de
conhecimento do superior o motim ou revolta de cuja preparação Oficial (art. 194)”, que está relacionado ao crime
teve notícia, ou, estando presente ao ato criminoso, não usar de de Deserção.
todos os meios ao seu alcance para impedi-lo.

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CONDUTA OBSERVAÇÃO
Pena: reclusão, de 3-5 anos.
Conspiração Isenção de pena: quem, antes da execução e
Art. 152. Concertarem-se (acordo) militares ou assemelhados quando ainda possível evitar-lhe as
para a prática de motim ou revolta. consequências, denuncia o ajuste de que
participou (é o famoso “X9”).

D A ALI C IA Ç ÃO E D O IN CIT AM EN T O

CONDUTA OBSERVAÇÃO

Aliciação para motim ou revolta


Pena: reclusão, de 2-4 anos.
Art. 154. Aliciar militar ou assemelhado para a prática de
qualquer dos crimes previstos no capítulo anterior.

Incitamento
Pena: reclusão, de 2-4 anos.
Art. 155. Incitar à desobediência, à indisciplina ou à prática de
crime militar.

D A VI OL ÊN CI A C ON T RA S U PE RIO R OU MILI TA R D E S ERV I Ç O

Art. 157. Praticar violência contra superior.

Violência contra Pena: detenção, de 3 meses a 2 anos

superior Superior é comandante ou oficial general: reclusão 3-9 anos

Ocorre em serviço: aumenta em 1/6

Art. 158. Praticar violência contra OFICIAL de dia, de serviço, ou de quarto, ou contra SENTINELA,
Violência contra VIGIA ou PLANTÃO.
militar de serviço Pena: reclusão, de 3-8 anos

Comum para ambos:


➤ Praticada com arma: aumenta pena em 1/3
Se as circunstâncias evidenciam que o agente
➤ Resulta morte: reclusão, 12-30 anos não quis o resultado nem assumiu o risco, pena
➤ Resulta lesão corporal: pena de violência + crime contra a pessoa reduzida pela metade (art. 159).

DO DES RE SP EIT O A S UP ERI OR E A S ÍMB OLO N A CION A L O U A FA R D A

CONDUTA OBSERVAÇÃO

Pena: detenção de 3 meses a 1 ano, se não constitui crime


mais grave.
Desrespeito a superior
Aumento pela metade se praticado contra o
Art. 160. Desrespeitar superior DIANTE de outro militar comandante da unidade, oficial-general, oficial
de dia, de serviço ou de quarto.

Desrespeito a símbolo nacional


Pena: detenção de 1-2 anos
Art. 161. Praticar o militar DIANTE da tropa, ou em lugar sujeito
à adm. militar, ato que se traduza em ultraje a símbolo nacional.

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CONDUTA OBSERVAÇÃO

Pena: detenção de 6 meses a 1 ano


Despojamento desprezível
Aumento pela metade se praticado diante de
Art. 162. Despojar-se de uniforme, condecoração militar, insígnia
tropa ou em público
ou distintivo, por menosprezo ou vilipêndio.

D A IN SUB OR DI N A Ç ÃO

Recusa de obediência - NÃO confunda com desobediência (art. 301)


Art. 163. RECUSAR obedecer a ORDEM do superior sobre assunto ou matéria de serviço, ou relativamente
a dever imposto em lei, regulamento ou instrução.
Pena: detenção, de 1-2 anos, se o fato não constitui crime mais grave.

Oposição a ordem de sentinela


Art. 164. Opor-se às ORDENS da sentinela.
INSUBORDINAÇÃO

Pena: detenção, de 6 meses a 1 ano, se o fato não constitui crime mais grave.

Reunião ilícita
Art. 165. Promover a reunião de militares, ou nela tomar parte, para DISCUSSÃO de ato de superior ou
assunto atinente à disciplina militar.
Pena: detenção, de 6 meses a 1 ano a quem promove a reunião; de 2-6 meses a quem dela participa, se o fato
não constitui crime mais grave.

Publicação ou crítica indevida


Art. 166. PUBLICAR o militar ou assemelhado, sem licença, ato ou doc. oficial, ou criticar publicamente
ato de seu superior ou assunto atinente à disciplina militar, ou a qualquer resolução do Governo.
Pena: detenção, de 2 meses a 1 ano, se o fato não constitui crime mais grave.

D A US UR P A ÇÃ O E D O E X CES S O OU AB US O DE AU TO RI DA D E

CONDUTA OBSERVAÇÃO

Assunção de comando sem ordem ou autorização

Art. 167. Assumir o militar, sem ordem ou autorização, salvo se Pena: reclusão 2-4 anos, se não constitui crime mais
em grave emergência, qualquer comando, ou a direção de grave
estabelecimento militar.

Conservação ilegal de comando

Art. 168. Conservar comando ou função legitimamente assumida, Pena: detenção de 1-3 anos
depois de receber ordem de seu superior para deixá-los ou
transmiti-los a outrem.

Operação militar sem ordem superior

Art. 169. Determinar o comandante, sem ordem superior e fora Pena: reclusão 3-5 anos
dos casos em que essa se dispensa, movimento de tropa ou ação
militar.

Ordem arbitrária de invasão

Art. 170. Ordenar, arbitrariamente, o comandante de força, Pena: suspensão do exercício do posto de 1-3 anos OU
navio, aeronave ou engenho de guerra motomecanizado a entrada reforma
de comandados seus em águas ou território estrangeiro, ou
sobrevoá-los.

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CONDUTA OBSERVAÇÃO

Uso indevido por militar de uniforme, distintivo ou insígnia


Pena: detenção 6 meses a 1 ano, se não constitui crime
Art. 171. Usar o militar ou assemelhado, indevidamente, mais grave
uniforme, distintivo ou insígnia de posto ou graduação superior.

Uso indevido de uniforme, distintivo ou insígnia militar por


qualquer pessoa
Pena: detenção até 6 meses
Art. 172. Usar, indevidamente, uniforme, distintivo ou insígnia
militar a que não tenha direito.

Abuso de requisição militar

Art. 173. Abusar do direito de requisição militar, excedendo os Pena: detenção de 1-2 anos
poderes conferidos ou recusando cumprir dever imposto em lei.

Rigor excessivo

Art. 174. Exceder a faculdade de punir o subordinado, fazendo-o Pena: suspensão do exercício do posto por 2-6 meses, se
com rigor não permitido, ou ofendendo-o por palavra, ato ou não constitui crime mais grave
escrito.
Pena: detenção de 3 meses a 1 ano
Violência contra inferior
Se resulta lesão corporal ou morte é também
Art. 175. Praticar violência contra INFERIOR. aplicada a pena do crime contra a pessoa.

Ofensa aviltante a inferior

Art. 176. Ofender inferior, mediante ato de violência que, por Pena: detenção 6 meses a 2 anos
natureza ou pelo meio empregado, se considere aviltante.

D A RESI STÊN C IA

Resistência mediante ameaça ou violência

Art. 177. OPOR-SE à execução de ato LEGAL, mediante ameaça ou violência ao executor, ou a quem esteja prestando auxílio.
• Pena: detenção de 6 meses a 2 anos
• Pena: reclusão de 2-4 anos → Se o ato não se executa em razão da resistência
• As penas são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência ou fato que constitua crime mais grave

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DO S CR IM ES CO N T R A O S E RV I Ç O M ILI T AR E O DE VE R MILI T AR

D A IN SUB MISS ÃO

Insubmissão
Art. 183. DEIXAR DE APRESENTAR-SE o convocado à incorporação, dentro do prazo que lhe foi marcado, ou,
apresentando-se, ausentar-se antes do ato oficial de incorporação.

• Pena: IMPEDIMENTO, de 3 meses a 1 ano


• Caso assemelhado (mesma pena): quem dispensado temporiamente, deixa de se apresentar após o prazo de licenciamento
• Diminuição de 1/3:
✓ Ignorância ou errada compreensão dos atos de convocação, quando escusáveis;
✓ Apresentação VOLUNTÁRIA dentro do prazo de 1 ano, contado do último dia marcado para apresentação.

Observações:
➤ O crime de insubmissão é o ÚNICO propriamente militar que pode ser cometido exclusivamente por civil.
➤ STM, Súmula 3: Não constituem excludente de culpabilidade nos crimes de deserção e insubmissão, alegações de ordem
particular ou familiar desacompanhadas de prova.

D A DE SE R ÇÃ O

Deserção

Art. 187. AUSENTAR-SE o MILITAR, sem licença, da unidade em que serve, ou do lugar em que deve permanecer, por MAIS
de 8 dias. Pena: detenção, de 6 meses a 2 anos; se oficial, a pena é agravada.

Assim:

Dia 0 Dia 1 Dia 8 Dia 9


Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5 Dia 6 Dia 7
Ciência Início da Fim da Crime
... ... ... ... ... ...
(AUSÊNCIA) Contagem Contagem Consumado

Infração Disciplinar

Art. 188. Na mesma pena incorre o militar que:


1) Consegue exclusão do serviço ativo ou situação de inatividade, CRIANDO ou SIMULANDO incapacidade.

2) Não se apresenta no lugar designado, DENTRO de 8 dias, findo o prazo de trânsito ou férias.

3) Tendo cumprido a pena, deixa de se apresentar, DENTRO do prazo de 8 dias.

4) Deixa de se apresentar a autoridade competente, DENTRO do prazo de 8 dias, contados daquele em que termina ou é
cassada a licença ou agregação ou em que é declarado o estado de sítio ou de guerra.

Atenuante Especial (art. 189, I) Agravante Especial (art. 189, II)


Apresenta-se VOLUNTARIAMENTE, após a consumação: Se a deserção ocorre em unidade estacionada em
FRONTEIRA ou PAÍS ESTRANGEIRO.
• DENTRO de 8 dias: reduz metade
• Pena agravada em 1/3
• MAIS de 8 dias e ATÉ 60: reduz 1/3

Aplicam-se ao caso principal (art. 187) e aos assemelhados 2, 3 e 4.

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DO A BA N DON O D E P OS T O E D E O UT R OS C RIM ES EM SE RVI Ç O

CONDUTA OBSERVAÇÃO

Abandono de posto

Art. 195. Abandonar, sem ordem superior, o posto ou lugar de


Pena: detenção 3 meses a 1 ano
serviço que lhe tenha sido designado, ou o serviço que lhe
cumpria, antes de terminá-lo.

Pena: detenção de 6 meses a 2 anos, se não constitui


Descumprimento de missão crime mais grave.
• Se oficial: aumenta de 1/3
Art. 196. Deixar o militar de desempenhar a missão que lhe foi
confiada. • Se função de comando: aumenta de metade
• Se abstenção culposa: detenção 3 meses a 1 ano

Pena: suspensão do exercício do posto, de 3-6 meses, se


Retenção indevida
não constitui crime mais grave.
Art. 197. Deixar o oficial de restituir, por ocasião da passagem de
Se há segrego relativo à segurança nacional,
função, ou quando lhe é exigido, objeto, plano, carta, cifra, código
detenção de 3 meses a 1 ano, se fato não
ou documento que lhe haja sido confiado.
constitui crime mais grave.

Omissão de eficiência da força


Pena: suspensão do exercício do posto, de 3 meses a 1
Art. 198. Deixar o comandante de manter a força sob seu comando
ano.
em estado de eficiência.

Omissão de providências para evitar danos


Pena: reclusão 2-8 anos.
Art. 199. Deixar o comandante de empregar todos os meios ao seu
alcance para evitar perda, destruição ou inutilização de Se abstenção culposa, detenção de 3 meses a 1
instalações militares, navio, aeronave ou engenho de guerra ano.
motomecanizado em perigo.

Omissão de providências para salvar comandados

Art. 200. Deixar o comandante, em ocasião de incêndio, Pena: reclusão 2-6 anos.
naufrágio, encalhe, colisão, ou outro perigo semelhante, de tomar
todas as providências adequadas para salvar os seus comandados Se abstenção culposa, detenção de 6 meses a 2
e minorar as consequências do sinistro, não sendo o último a sair anos.
de bordo ou a deixar a aeronave ou o quartel ou sede militar sob
seu comando.

Omissão de socorro

Art. 201. Deixar o comandante de socorrer, sem justa causa, navio Pena: suspensão do exercício do posto, de 1-3 anos OU
de guerra ou mercante, nacional ou estrangeiro, ou aeronave, em reforma.
perigo, ou náufragos que hajam pedido socorro.

Embriaguez em serviço

Art. 202. Embriagar-se o militar, quando em serviço, ou Pena: detenção 6 meses a 2 anos.
apresentar-se embriagado para prestá-lo.

Dormir em serviço

Art. 203. Dormir o militar, quando em serviço, como oficial de


quarto ou de ronda, ou em situação equivalente, ou, não sendo Pena: detenção 3 meses a 1 ano.
oficial, em serviço de sentinela, vigia, plantão às máquinas, ao
leme, de ronda ou em qualquer serviço de natureza semelhante.

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DO E XE R CÍ CIO D E C OMÉ R CI O

Exercício do comércio por oficial

Art. 204. Comerciar o OFICIAL DA ATIVA, ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade comercial, ou dela ser
sócio ou participar, EXCETO como acionista ou cotista em sociedade anônima, ou por cotas de responsabilidade limitada:

• Pena: suspensão do exercício do posto, de 6 meses a 2 anos, OU reforma.

DO S CR IM ES CO N T R A A P ES S OA

DO HO MI CÍ DI O

Art. 205. MATAR alguém


Pena: reclusão 6-20 anos
Simples Minoração facultativa da pena (§1º): agente comete o crime impelido por motivo
de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em
seguida a injusta provocação da vítima, o juiz PODE reduzir a pena de 1/6 a 1/3

Se o homicídio é cometido (art. 205, § 2°):


➤ Motivo fútil
➤ Prevalecendo-se o agente da situação de serviço.
➤ Mediante paga ou promessa de recompensa, por cupidez, para excitar ou
saciar desejos sexuais, ou por outro motivo torpe.
HOMICÍDIO

Qualificado ➤ Com emprêgo de veneno, asfixia, tortura, fogo, explosivo, ou qualquer outro
meio dissimulado ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum.
➤ À traição, de emboscada, com surprêsa ou mediante outro recurso insidioso,
que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima.
➤ Para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro
crime.
Pena: reclusão 12-30 anos

Art. 206. Se o homicídio é CULPOSO:


Pena: detenção 1-4 anos
Agravamento (§1º): se o crime resulta de inobservância de regra técnica de
Culposo profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima.
Multiplicidade de vítimas (§2º): Se, em conseqüência de uma só ação ou omissão
culposa, ocorre morte de mais de uma pessoa ou também lesões corporais em
outras pessoas, a pena é AUMENTADA de 1/2 a metade.

Pr o v oc a çã o di r et a o u au x í li o a s ui cí di o

Art. 207. INSTIGAR ou INDUZIR alguém a suicidar-se, ou prestar-lhe auxílio para que o faça, vindo o suicídio consumar-se.

• Reclusão 2-6 anos

• Agravação: motivo egoístico, ou vítima menor ou tem diminuída, por qualquer motivo, a resistência moral

• Redução (de 1/3 a 2/3) : suicídio apenas TENTADO, resultando lesão grave

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DO G E NO CÍ DI O

Genocídio

Art. 208. MATAR membros de um GRUPO nacional, étnico, religioso ou pertencente a determinada raça, com o fim de
destruição total ou parcial desse grupo.

• Pena: reclusão 15-30 anos


• Casos assimilados (reclusão 4-15 anos):
a. Inflige LESÕES GRAVES a membros do grupo
b. Submete o grupo a condições de existência, físicas ou morais, capazes de ocasionar a eliminação dos membros
c. Força o grupo à sua DISPERSÃO
d. Impõe medidas destinadas a IMPEDIR OS NASCIMENTOS no seio do grupo
e. Efetua coativamente a TRANSFERÊNCIA DE CRIANÇAS do grupo para outro grupo

D A LES ÃO CO RPO R A L

Lesão levíssima – art. 209, §6º



Juiz pode considerar a infração como disciplinar.

Lesão culposa – art. 210


Detenção
• Agravamento: inobservância de regra técnica ou agente deixa de prestar socorro
2 meses a 1 ano
• Aumento de pena: lesão a várias pessoas (aumento de 1/6 a metade)

Lesão leve – art. 209, caput


Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem. Detenção
3 meses a 1 ano
Se as lesões são recíprocas, não se sabendo quem atacou primeiro, o juiz
pode diminuir a pena de 1/3 a 2/3

Lesões qualificadas pelo resultado – art. 209, §3º Detenção


1-4 anos
Se a lesão GRAVE for causada culposamente

Reclusão
Se da lesão resultar MORTE, mas agente não quis resultado, nem assumiu risco
até 8 anos

Lesão grave – art. 209 §1º e §2º Reclusão


Se produz dolosamente perigo de vida, debilidade permanente de membro, sentido até 5 anos
ou função, ou incapacidade por mais de 30 dias.

Se produz dolosamente enfermidade incurável, perda ou inutilização de membro, Reclusão


sentido ou função, incapacidade permanente ou deformidade duradoura. 2-8 anos

Nas lesões do art. 209, se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor moral ou social ou sob o
domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode REDUZIR a pena 1/6 a 1/3.

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DO S CR IM ES CO N T R A A HO N R A

Calúnia (art. 214) Difamação (art. 215) Injúria (art. 216)

- Imputar falsamente fato criminoso - Imputar fato ofensivo à REPUTAÇÃO - Ofender a DIGNIDADE ou DECORO
- Pena detenção 6 meses a 2 anos - Pena detenção 3 meses a 1 ano - Pena: detenção até 6 meses
- Mesma pena quem propala ou divulga

Exceção da Verdade: quando se prova a verdade do fato imputado, excluindo o crime.

• DIFAMAÇÃO: cabível somente se a ofensa for relativa ao exercício da função pública, militar ou civil, do ofendido.

• CALÚNIA: NÃO é cabível se o fato imputado:


✓ For de ação privada e ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível
✓ For de ação pública e ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível
✓ É de Presidente da República ou Chefe de Governo Estrangeiro

DO S CR IM ES CO N T R A O P AT RIM ÔN IO

DO F URT O

Furto Simples (art. 240)


SUBTRAIR, para si ou para outrem, coisa alheia móvel (art. 240)
• Pena: reclusão até 6 anos
• Furto Qualificado: se praticado durante a noite → reclusão de 2-8 anos

Furto de Uso (art. 241)


Se a coisa é subtraída para o fim de USO MOMENTÂNEO e, a seguir, vem a ser imediatamente restituída ou reposta no
lugar onde se achava.

• Pena: detenção até 6 meses


• Aumento de Pena: pela metade se for veículo motorizado; de 1/3 se animal de sela ou de tiro
• Atenção! Este crime não está previsto no Código Penal “comum”

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DO R OUB O

Roubo Simples
SUBTRAIR coisa móvel, para si ou outrem, mediante emprego ou ameaça de emprego de VIOLÊNCIA
contra pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer modo, reduzido à impossibilidade de resistência.
- Reclusão de 4-15 anos
- Mesma pena: quem, após subtração, emprega ou ameaça empregar violência a fim de assegurar
impunidade do crime ou detenção da coisa.

Roubo Qualificado (§2º) - AUMENTA-SE a pena de 1/3 até metade:


Roubo (art. 242)

⚫ Violência ou ameaça com arma


⚫ Concurso de 2 ou mais pessoas
⚫ Vítima em serviço de transporte de valores, e o agente conhece tal circunstância
⚫ Vítima em serviço de natureza militar
⚫ Se dolosamente causada lesão GRAVE
⚫ Resulta morte, mas o agente não quis esse resultado, nem assumiu risco de produzi-lo

Latrocínio (§3º)
- AGENTE ocasiona DOLOSAMENTE a morte de alguém
- Reclusão de 15-30 anos
- É irrelevante se a lesão patrimonial deixa de consumar-se

Aumento de pena (art. 247): Nos crimes previstos acima, a pena é AGRAVADA, se a violência é contra superior, ou
militar de serviço.

DO S CR IM ES CO N T R A A A DMIN IS T RA Ç Ã O MI LIT A R

DO DES A C ATO , D A D ES O BE DI ÊN CI A E DO ING R ESS O CL AN D ES TINO

Desacato

Desacato a Superior (art. 298)

Desacatar SUPERIOR, ofendendo-lhe a dignidade ou o DECORO, ou procurando deprimir-lhe a autoridade:

• Pena: reclusão até 4 anos, se o fato não constitui crime mais grave
• Pena agravada se o superior é oficial general ou comandante da unidade a que pertence o agente
• Cuidado! NÃO confundir com desrespeito (art. 160)

Desacato a Militar (art. 299)

Desacatar MILITAR no exercício de função de natureza militar ou em razão dela.

• Pena: detenção de 6 meses a 2 anos, se o fato não constitui crime mais grave

Desacato a Assemelhado ou Funcionário (art. 300)

Desacatar ASSEMELHADO ou FUNCIONÁRIO CIVIL no exercício de função ou em razão dela, em lugar sujeito à adm. militar.

• Pena: detenção de 6 meses a 2 anos, se o fato não constitui crime mais grave

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Desobediência (art. 301)

Desobedecer a ordem LEGAL de autoridade militar.

• Pena: detenção até 6 meses

Ingresso Clandestino (art. 302)

PENETRAR em fortaleza, quartel, estabelecimento militar, navio, aeronave, hangar ou em outro lugar sujeito à adm. militar,
por onde seja defeso ou não haja passagem regular, ou iludindo a vigilância da sentinela ou de vigia.

• Pena: detenção de 6 meses a 2 anos, se o fato não constitui crime mais grave

DO P E CU LAT O

Peculato

Art. 303. APROPRIAR-SE de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, PÚBLICO ou PARTICULAR, de que tem a posse ou
detenção, em razão do cargo ou comissão, ou DESVIÁ-LO em proveito próprio ou alheio.

• Pena: reclusão 3-15 anos.


• Aumenta 1/3: se valor superior a 20 salários-mínimos

Peculato-furto (§2º)

Embora NÃO tenha posse ou detenção, o subtrai, ou contribui para que seja subtraído, valendo-se da facilidade que lhe
proporciona a qualidade de militar ou de funcionário

• Pena: mesma do peculato

Peculato culposo (§3º)

Se o funcionário / militar contribui CULPOSAMENTE para que OUTREM subtraia, desvie ou se aproprie.

• Pena: detenção de 3 meses a 1 ano


• Extinção ou minoração da pena (§4º)

Reparação do ano ANTES da sentença SENTENÇA Reparação do ano APÓS da sentença


irrecorrível = EXTINÇÃO da punibilidade IRRECORRÍVEL irrecorrível = REDUZ pena pela metade

Peculato mediante aproveitamento do erro de outrem (art. 304)

Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo ou comissão, recebeu por ERRO de outrem.

• Pena: reclusão de 2-7 anos

D A CO N CUSS ÃO E D O E X CES S O D E E XA Ç ÃO

EXIGIR

VANTAGEM INDEVIDA, para si ou para outrem, IMPOSTO, TAXA ou EMOLUMENTO que sabe
direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou indevido, ou, quando devido, empregar na cobrança
antes de assumi-la, mas em razão dela. meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza.
Pena: reclusão de 2-8 anos Pena: detenção de 6 meses a 2 anos
Concussão (art. 305) Excesso de Exação (art. 306)

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D A CO R RUP Ç ÃO

RECEBER, para si ou para outrem, direta ou indiretamente,


ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão
dela vantagem indevida ou ACEITAR promessa de tal
vantagem.

PASSIVA
(art. 308)
Pena: reclusão 2-8 anos
Aumenta 1/3: Se em consequência da vantagem / promessa, o
agente retarda ou deixa de praticar ato de ofício.
Detenção 3 meses a 1 ano: Se agente deixa de praticar ou retarda,
cedendo a pedido ou influência de outrem.
Corrupção

DAR, OFERECER ou PROMETER dinheiro ou


vantagem indevida para a prática, omissão ou retardamento de
ato funcional.
ATIVA
(art. 309)

Pena: reclusão até 8 anos

D A FA LSI D A DE

Falsificação de Documento (art. 311) Falsidade Ideológica (art. 312)


FALSIFICAR, no todo ou em parte, documento público OMITIR, em documento público ou particular, declaração
ou particular, ou alterar documento verdadeiro, desde que dele devia constar, ou nele INSERIR ou fazer inserir
que o fato atente contra a adm. ou o serviço militar. declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o
fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a
• Reclusão 2-6 anos (doc. público)
verdade sobre fato juridicamente relevante, desde que o fato
• Reclusão até 5 anos (doc. particular) X atente contra a adm. ou o serviço militar.

Exemplo: alterar a data de validade da sua CNH e • Reclusão até 5 anos (doc. público)
imprimir em casa. • Reclusão até 3 anos (doc. público)
➔ Produz-se um documento ILEGÍTIMO.
Exemplo: omitir ou inserir informação falsa em um
boletim de ocorrência.

➔ O documento é original e legítimo, mas adulterado.

EXTRA – EXERCÍCIOS (TEC)

São questões de várias bancas (basta excluir das questões as bancas que não te interessam) e níveis (questões
simples às complexas). Complemente esse caderno com questões que você já selecionou como favoritas /
importantes, para revisar nas semanas anteriores à prova. Aliando este resumo com a resolução de questões
você certamente estará MUITO bem preparado(a)! Link: https://www.tecconcursos.com.br/s/Q2bIHs

concurseiroforadacaixa.com.br | 27
Preparado exclusivamente para FABIO RODRIGUES | CPF: 05649638799

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