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TRATAMENTO TÉRMICO

ANEXO B
PROCEDIMENTO DE TRATAMENTO TÉRMICO DE ALÍVIO DE TENSÕES

1. INTRODUÇÃO

Na prova prática de tratamento térmico, o aluno deve verificar se o tratamento


térmico de alívio de tensões aplicado a uma junta soldada tubular foi conduzido
satisfatoriamente de acordo com o procedimento especificado (Anexo A). O resultado
desta verificação deve ser apresentado no “Relatório de Tratamento Térmico” (Anexo
B). O conteúdo do material aqui apresentado não deve ser interpretado como regra geral,
tendo em vista que cada procedimento apresenta características particulares.

No enunciado do exercício, que constitui a prova, é informado o seguinte:

• Geometria e dimensões da junta soldada (diâmetros e espessuras);


• Materiais de base dos tubos;
• Posicionamento da junta soldada no forno (horizontal ou vertical);
• As cores das linhas no gráfico correspondente aos termopares a serem analisados.

O preenchimento do “Relatório de Tratamento Térmico” (Anexo B) deve ser


conduzido da seguinte forma:

a) Relacionar os requisitos do procedimento aplicáveis ao caso apresentado, tais


como:
• Temperatura de início de controle;
• Taxa de aquecimento;
• Temperatura de tratamento térmico (patamar);
• Tempo de tratamento térmico;
• Temperatura de final de controle;
• Taxa de resfriamento;
• Diferença de temperatura entre os termopares;
• Quantidade de termopares;
• Localização e identificação dos termopares.
b) Para cada requisito listado, citar o valor especificado e dar o parecer (S, se
satisfatório e N, se não-satisfatório). É importante destacar que cada requisito
analisado deve ter um único laudo, independente do número de itens (termopares)
envolvidos na análise.
c) Justifique o parecer, em caso de reprovação, citando sempre o seguinte:
• A causa da reprovação para cada termopar em não-conformidade;
• O horário de início e término da ocorrência, considerando a hora impressa no
gráfico.

NOTA IMPORTANTE:

Cada requisito analisado deve ter um único laudo (satisfatório ou não-satisfatório)


independente do número de itens envolvidos na análise.

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TRATAMENTO TÉRMICO

2. DIRETRIZES PARA A ANÁLISE DO GRÁFICO DE TRATAMENTO TÉRMICO

2.1 ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL

ESPECIFICAÇÃO ASTM P-NUMBER


A 36
A 106 – A 1
A 210 - C
A 204 – A
A 217 – WC1 3
A 250 – T2
A 213 – T12
A 250 – T11 4
A 335 – P11
A 182 – F21
A 336 – F21 CL1 5
A 369 – FP5

2.2 TAXA DE AQUECIMENTO


2.2.1 O controle de temperatura deve iniciar a 150°C
2.2.2 Acima de 150°C, a taxa de aquecimento deve atender aos valores especificados na
Tabela I.
TABELA I – Taxa de aquecimento
Metal de Base Taxa de Aquecimento
(P-number) (°C/h)
P1 ≤ 300
P3 ≤ 250
P4 ≤ 200
P5 ≤ 150

NOTAS:
a) Taxas superiores às estabelecidas na tabela I são admitidas se ocorrerem em
períodos contínuos de no máximo 15 minutos.
b) No caso de juntas dissimilares, a taxa de aquecimento deve ter o valor correspondente
ao metal de base com maior teor de elementos de liga (maior P-number).

2.3 TEMPERATURA DE TRATAMENTO


2.3.1 A temperatura de tratamento (temperatura de patamar) deverá atender aos valores
especificados na Tabela II.

TABELA II – Temperaturas de tratamento (PATAMAR)


Metal de Base Temperatura de Tratamento
(P-number) (°C)
P1 400 a 450
P3 500 a 550
P4 600 a 650
P5 700 a 750

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TRATAMENTO TÉRMICO

NOTAS:
a) Variações nas temperaturas estabelecidas na tabela II são admitidas se ocorrerem em
períodos contínuos de no máximo 15 minutos.
b) No caso de juntas dissimilares, a temperatura de tratamento deve ter o valor
correspondente ao metal de base com maior teor de elementos de liga (maior P
number).

2.4 TEMPO DE TRATAMENTO


2.4.1 A junta soldada deve permanecer na faixa de temperatura citada no item 2.3.1,
durante o tempo estabelecido na Tabela III.

TABELA III – Tempos de tratamento em função da espessura do metal de base


Espessura (e) do Metal de Base Tempo Mínimo Especificado
(mm) (minutos)
e≤9 60
9 < e ≤ 15 90
15 < e ≤ 25 120
25 < e ≤ 32 180

NOTAS:
a) O tempo de tratamento térmico não precisa ser contínuo. Deve ser considerado para
cálculo do tempo total, apenas o tempo em que as temperaturas registradas por todos
os termopares analisados estejam simultaneamente dentro da faixa de temperatura
citada no item 2.3.1.
b) No caso de juntas com espessuras diferentes, o tempo de tratamento térmico deve ter
o valor correspondente ao metal de base de maior espessura.

2.5 TAXA DE RESFRIAMENTO


2.5.1 O controle de temperatura não deve ser interrompido antes da peça atingir a
temperatura de 200° C.
2.5.2 Acima de 200°C a taxa de resfriamento deve atender aos valores especificados na
Tabela IV.

TABELA IV – Taxa de resfriamento


Metal de Base Taxa de Resfriamento
(P-number) (°C/h)
P1 ≤ 280
P3 ≤ 240
P4 ≤ 200
P5 ≤ 150

NOTAS:
a) Taxas superiores às estabelecidas na tabela IV são admitidas se ocorrerem em
períodos contínuos de no máximo 15 minutos.
b) No caso de juntas dissimilares, a taxa de resfriamento deve ter o valor correspondente
ao metal de base com maior teor de elementos de liga (maior P-number).

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2.6 DIFERENÇA DE TEMPERATURA ENTRE TERMOPARES


2.6.1 A diferença de temperatura entre dois termopares, em temperaturas superiores a
100°C no aquecimento, até a temperatura de 200°C no resfriamento, não deve
exceder a 50°C. Diferenças superiores a 50°C são ad missíveis se ocorrerem em
períodos contínuos de no máximo 15 minutos.

2.7 QUANTIDADE E LOCALIZAÇÃO DE TERMOPARES


2.7.1 O número de termopares deve ser proporcional ao tamanho da junta soldada. Deve
existir, no mínimo, um termopar para 1000 mm de circunferência de junta soldada ou
fração (circunferência = 3,14 x diâmetro externo).
2.7.2 Para tubos tratados na posição horizontal deve haver sempre um termopar na
geratriz inferior do tubo, e para tubos com diâmetro externo superior a 300 mm deve
haver também um termopar na geratriz superior do mesmo.
2.7.3 No caso de juntas com espessuras diferentes, os termopares devem ser instalados
em ambos os componentes da junta.
2.8 Os termopares devem ser fixados no metal de base a uma distância equivalente à
espessura do metal de base a partir da margem da solda.

EXERCÍCIO

Exercício 01:
• Material: ASTM A 204 – A
ASTM A 250 – T11
• Ø maior: 15”
• Posição de tratamento: Horizontal
• Termopares analisados: Azul e Vermelho

1 1
4 " 1"

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ANEXO B

RELATÓRIO DE TRATAMENTO TÉRMICO

NOME: N.º REG. DATA: ____/____/_____

PARÂMETROS VALOR LAUDO JUSTIFICATIVAS TERMOPAR TEMPO


OU REQUISITOS ESPECIFICADO (S/N) ANALISADO

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a) Juntas com espessuras iguais

b) Junta com espessuras diferentes

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