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EME 003 – TECNOLOGIA DA

FABRICAÇÃO II
Módulo: Tecnologia da Soldagem

Prof. Dr. José Henrique de Freitas Gomes


ze_henriquefg@unifei.edu.br
Carga horária: 32 horas
TÓPICOS ABORDADOS

• Processos de soldagem
– 13/11: Soldagem MIG/MAG
– 14/11: Soldagem MIG/MAG
• Soldabilidade dos materiais
– 20/11: Soldabilidade dos aços carbono
– 21/11: Soldabilidade dos aços inoxidáveis
– 27/11: Exercícios
• 28/11: Laboratório (aula demonstrativa)
• 04/12: Laboratório (aula demonstrativa)
• 05/12: Avaliação 2.2 (presencial)
• 12/12: Avaliação substitutiva (presencial)
SOLDABILIDADE DOS MATERIAIS

• Avaliação e correção de procedimentos para evitar o risco de


ocorrência de trincas na soldagem de aços carbono de baixa,
média e alta liga.

• Analisar a soldabilidade de aços dissimilares, por meio do


diagrama de Schaeffler, utilizando eletrodos de aços
inoxidáveis.

AULA DE HOJE
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ
IEPG/IEM

ASPECTOS TÉRMICOS NA
SOLDAGEM DOS AÇOS CARBONO
Parte 2
Fatores Influentes nos Ciclos Térmicos

Foi visto no exercício resolvido na aula anterior que


o nível de dureza na ZTA calculado (402 Vickers)
indica que há formação de martensita e,
consequentemente, risco de trincas a frio. O que
fazer para dimensionar esta solda de forma a que não
tenha risco de defeitos?
 Para fazer isto, a única forma é diminuir a
velocidade de resfriamento da solda.
 Nos slides seguintes será mostrado como alterar
parâmetros do processo de soldagem que
permitam reduzir a velocidade de resfriamento
Efeitos da redução da velocidade de resfriamento

Solda atual.
Exercício resolvido:
Resfriamento t1 = 10,42Objetivo:
s
Redução da velocidade
Dureza: 402 Vickers
de resfriamento de tal
forma a garantir que
Hv< 350 Vickers.
Assim t2 > t1> 10,42s

t1 t2
Fatores Influentes nos Ciclos Térmicos

Os ciclos térmicos são afetados por fatores do


procedimento de soldagem:
– Energia de soldagem
– Pré-aquecimento (temperatura inicial da chapa)
– Espessura do material base

Objetivo:
Diminuição da velocidade de resfriamento.
Assim se torna necessário conhecer como cada
fator deste pode influenciar na velocidade de
resfriamento
Influência da Energia e Pré-aquecimento no Resfriamento

 ENERGIA DE SOLDAGEM (H)


Condição: Se permanecer constantes T0 e t

H Vr8-5

 PRÉ-AQUECIMENTO (T0)
Condição: Constantes H e t

T0 Vr8-5
50000 100000 27° 260°
Observação Importante

 A energia é mais efetiva em reduzir velocidade de resfriamento


que o pré-aquecimento.
 O aumento ou diminuição da energia de soldagem se dá pelo
aumento ou diminuição do nível de corrente utilizado (ajustado
no painel do equipamento). Portanto o seu controle é muito fácil,
rápido e barato. Entretanto vale aqui uma observação importante.
Ao aumentar a corrente de soldagem, necessariamente há que se
aumentar a velocidade de soldagem para que o soldador consiga
fazer um bom cordão. Assim a variação de energia de soldagem
fica limitada, sendo normalmente utilizado níveis entre 500 a
2500 J/mm.
 O pré-aquecimento (normalmente realizado através de chama
oxiacetilênica) é um procedimento lento e caro, atravancando a
linha de produção. Portanto o seu uso ficará restrito em
condições nas quais a energia de soldagem não consegue reduzir
o suficiente a velocidade de resfriamento.
Influência da Espessura no Resfriamento

 ESPESSURA DO MATERIAL (t)


Condição: Constantes H e T0

t Vr8-5

Chapas mais espessas resfriam


mais rápido que chapas mais finas.
OBS.:
O efeito de dissipação do calor por
Juntas em(própria
condução T se resfriam
chapa)mais
é mais 25mm 13mm
rápidas comparadas
efetivo que pelo com Juntas
ambiente.
de Topo
Taxa de Resfriamento – Dados Comparativos

Energia Pré-aquecimento Taxa de resfriamento a 650C


Junta de tôpo – Solda de filete-
Chapa de 13 mm Chapa de 13 mm
J/mm C C/s C/s

1970 22 11 44

1970 120 7 34

1970 205 5 20

3940 22 4 10

3940 205 1,7 5

OBS.:
Os resultados na tabela comprovam que a energia é mais efetiva em
reduzir resfriamento que o pré-aquecimento.
Ajuste do procedimento de soldagem do exercício anterior

 Com o conhecimento adquirido, tem-se neste momento


condições de ajustar o procedimento do exercício anterior, onde o
nível de dureza resultante, para as condições utilizadas foi de 402
Vickers, tendo assim risco de formação de trincas.
 O primeiro passo a ser utilizado será tentar ajustar a energia de
soldagem, aumentando-a até o nível máximo de corrente do
eletrodo utilizado, conforme limites estabelecidos pelo
fabricante.
 Caso não seja possível apenas com a redução da energia, o
próximo passo seria utilizar um nível mínimo de pré-
aquecimento da peça que permita manter o nível de dureza
abaixo de 350 Vickers. Para fazer isto, será utilizado, para o nível
de energia máximo, tentativas de pré-aquecimento na formulação
de Suzuki até que se consiga reduzir o nível de dureza para
valores abaixo de 350 Vickers.
Ajuste final do exemplo de cálculo do nível de dureza na ZTA

Considerando-se a soldagem de uma chapa de aço de 18 mm de espessura,


junta de topo na posição plana, utilizando um eletrodo AWS E7018, diâmetro
3.25 mm, foram adotados os seguintes parâmetros de soldagem:
I=110->150 amps, V= 25 volts, vs= 12->14cm/min, f=1 e pré-aquecimento de
25C. Sabendo-se que a composição química do material base é C=0.2%,
Mn=1.3%, Ni=0.3%, Si=0.35%, P=0.03%, Cr=0.25%, Mo=0.1%, Cu=0.3%,
S=0.03%, pede-se determinar:
a. Os carbonos equivalentes CEIIW, PCM;
Observação Importante:
b. A corrente
A espessura relativa
foi ajustada da chapa;
para Ao aumentar o valor de corrente,
c. o limite máximo
O tempo de uso do
de resfriamento entre 800 e 500C (t85);
necessariamente a velocidade de
eletrodo com o diâmetro de soldagem terá que aumentar para que o
d. O provável nível de dureza da
3,25 mm. ZTA dedeacordo
cordão compossa
solda Suzuki.ser feito
3 adequadamente.
Considerar: ρC = 0.0044 J/mm .C e K = 0.028 J/mm.s.C
Novos Cálculos de Previsão de Dureza na ZTA

CE(IIW) =0.53%; PCm =0.316%


b. A espessura relativa da chapa;
E7018 (3,25 mm) I=150 A; V =25 V ; T0=25°C
vs= 14 cm/min = 2,33 mm/s
H = V.I/vs = 25. 150/2,33 = 1607 J/mm
th = 0.68 (Chapa Fina)

• t8/5 = 14,3 s  Para este diâmetro do eletrodo, não há


mais como aumentar a corrente.
• HV= 378 V  Opção: usar pré-aquecimento
 Caso: T0 = 90°C.
HV=348,5 Vickers
 Assim o risco de trincas é evitado
por não ocorrer formação de
martensitas na ZTA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ
IEPG/IEM

SOLDABILIDADE DOS AÇOS


INOXIDÁVEIS
Parte 2
EXERCÍCIO: AVALIAR A SOLDAGEM

Analisar as possibilidades da soldagem dos aços A36 com o aço 316


ao usar eletrodos revestidos E309 e E312.
EXERCÍCIO: AVALIAR A SOLDAGEM
BONS
ESTUDOS!

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