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TEORIA DA

ARQUITETURA E
DA PAISAGEM
Sustentabilidade
em projetos
paisagísticos
Dulce América de Souza

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

>> Conceituar sustentabilidade em paisagismo.


>> Relacionar as estratégias de projeto e o paisagismo sustentável.
>> Escolher espécies vegetais adequadas a uma proposta de paisagismo
sustentável.

Introdução
O termo sustentabilidade está presente nos debates do mundo contemporâneo
em múltiplas esferas. Ele é frequentemente associado a atitudes como o uso
racional da água, a preferência por recursos renováveis, a otimização do uso
de materiais não degradáveis, a redução de impactos negativos e o reaprovei-
tamento de matérias-primas. Contudo, o conceito não se aplica somente ao
meio ambiente. Uma noção ampliada também considera as condições humanas,
sociais e econômicas. O paisagismo sustentável apoia-se no prisma ambiental,
mas tem estreito comprometimento com os pilares econômicos e sociais.
Neste capítulo, você vai estudar os requisitos da sustentabilidade no pai-
sagismo, abordando-a sob três eixos: os aspectos bioclimáticos, ambientais e
botânicos. Além disso, vai analisar os conceitos e as diretrizes estabelecidas
e os relacionar a projetos no Brasil e no mundo. Por fim, vai ver a importância
2 Sustentabilidade em projetos paisagísticos

do paisagismo ecológico, promovendo a saúde urbana e colaborando com as


gerações futuras.

Paisagismo sustentável
Em grande parte das cidades contemporâneas, nos deparamos com problemas
urbanos semelhantes, decorrentes da discordância entre o desenvolvimento
humano e os processos naturais. Nos centros urbanos, a natureza tem sido
eliminada gradativamente pelas urbanizações em diversas escalas, fazendo
emergir a importância do arquiteto paisagista com soluções para a manu-
tenção de processos naturais no meio urbano. As estratégias de projeto são
largamente conhecidas por meio de recentes publicações que contribuem
para a prática profissional e, consequentemente, para a qualidade de vida
nas cidades.
Os estudos estão relacionados ao clima, cuja compreensão mínima é
fundamental para o paisagista, a fim de entender o que deve ser controlado
no ambiente e, assim, obter os melhores resultados durante projeto. Romero
(2000) observa que esses estudos contemplam a formação de diversos fatores
geomorfológicos espaciais, como sol, latitude, altitude, ventos, massas de
terra e água, topografia, vegetação, solo etc., e de elementos do clima, como
temperatura do ar, umidade do ar, movimento das massas de ar e precipitações.
A diferença entre os fatores e os elementos do clima é a produção literária,
que atribui aos fatores a propriedade de definir e fornecer os componentes
do clima e aos elementos a qualidade de condicionar, determinar e dar origem
ao clima. Para o paisagismo, a compreensão dos denominados fatores locais
tem uma importância significativa, pois, conforme Lynch (1997), eles são os
responsáveis pelas modificações ao clima impostas pela forma espacial das
pequenas superfícies. Romero (2000) apresenta uma separação entre os
fatores e os elementos do clima, que devem ser sempre considerados em
conjunto, pois cada um deles resulta da conjugação entre os demais (Figura 1).
Sustentabilidade em projetos paisagísticos 3

Fatores climáticos globais

Radiação solar
Quantidade/Qualidade/Inclinação do
eixo terrestre/Equilíbrio término terrestre

Latitude

Altitude

Ventos

Massas de água e terra

Fatores climáticos locais

Topografia
Declividade/Orientação/
Exposição/Elevação

Vegetação

Superfície do solo
Natural ou construído/Reflexão/
Permeabilidade/Temperatura/Rugosidade

Elementos climáticos

Temperatura
Valores médios/Variações/Valores extremos/
Diferenças térmicas entre o dia e a noite

Umidade do ar
Absoluta/Relativa/Pressão de valor

Precipitações
Chuva/Neve (todo tipo de água que se
precipita da atmosfera)

Movimento do ar
Velocidade/Direção/Mudanças
diárias e estacionais

Figura 1. Configuração do clima.


Fonte: Romero (2000, p. 2).
4 Sustentabilidade em projetos paisagísticos

No caso de projetos desenvolvidos no Brasil, se estuda as interações


dos fatores e dos elementos do clima e os princípios gerais que caracteri-
zam o clima das regiões tropicais. Os aspectos ambientais no paisagismo
contemporâneo se relacionam a uma demanda global, que abrange todos
os demais campos do urbanismo, sobre a ecologia e a sustentabilidade do
planeta. Vieira (2007) salienta que os paisagistas brasileiros modernistas já
aplicavam conceitos que visavam à melhoria da qualidade ambiental, como
o estudo da melhor orientação solar e o mapa de sombras na implantação
de projetos paisagísticos.

Dados como topografia, direção dos ventos, qualidades visuais do entorno, patri-
mônio, massas vegetais e recomposição vegetal autóctone, qualidade das águas,
insolação, caracterização da vida animal residente, em conjunto com dados socio-
econômicos e culturais, passaram a constituir os elementos fundamentais para a
elaboração do projeto (VIEIRA, 2007, p. 196).

Os estudos sobre sustentabilidade são vastos na mesma proporção em


que o termo sustentabilidade é perigoso. Waterman (2010) alerta para o uso
abusivo e publicitário do termo, que tende a associar uma ideia de preservação
ambiental, sem mudanças reais. Neste capítulo, consideraremos três eixos
fundamentais para elaborar estratégias de projetos paisagísticos sustentáveis:
os aspectos bioclimáticos, relacionados ao conforto ambiental urbano, os
aspectos de ecológicos, relacionados às práticas de preservação ambiental,
e os aspectos botânicos, relacionados à influência da vegetação.
As diretrizes para atividades de projetos paisagísticos com ênfase nos
aspectos bioclimáticos foram sintetizadas por Romero (2000) em Princípios
bioclimáticos para o desenho urbano, no qual a autora elabora algumas
recomendações sobre radiação, ventilação e vegetação em climas quentes-
-úmidos das regiões tropicais, como o Brasil. Segundo ela, os critérios básicos
para a proposição de um projeto de paisagismo bioclimático sustentável são
diminuir a temperatura, incrementar o movimento do ar, evitar a absorção de
umidade e proteger das chuvas e promover seu escoamento rápido.
O eixo ecológico permeia a produção tanto da arquitetura quanto do
paisagismo contemporâneos. A adequação física e climática das propostas
se soma às preocupações com a utilização dos recursos naturais disponíveis.
As décadas de 1980 e 1990 são vistas como o núcleo das discussões mundiais
sobre a crise energética e a saúde do planeta como um todo. Além disso,
há o protagonismo da Agenda 21, que impulsionou movimentos ecológicos
atuantes na esfera pública, vinculados à gestão de projetos de intervenção
urbana. O Ministério do Meio Ambiente descreve o documento da seguinte
Sustentabilidade em projetos paisagísticos 5

forma: “Agenda 21 pode ser definida como um instrumento de planejamento


para a construção de sociedades sustentáveis, em diferentes bases geográ-
ficas, que concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência
econômica” (BRASIL, 2021, documento on-line).

A Agenda 21 Global é um documento assinado na Conferência das Na-


ções Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio-92. Você
pode encontrar o documento completo no site do Ministério do Meio Ambiente.

A partir disso, nas intervenções urbanas ocorridas em todo o mundo,


os aspectos ecológicos se tornaram imperativos: a crise dos combustíveis
e o aquecimento global se aliaram às questões de identidade das cidades
(aspectos sociais), à inclusão, ao desenvolvimento econômico não predatório
e ao respeito à diversidade. Acompanhando o momento histórico, no século
XXI, o paisagismo incorporou todas as preocupações com a sustentabilidade
do planeta, cujo caráter ambiental se estendeu também à adoção de materiais
recicláveis.
Vale destacar as recentes premissas dos planos diretores participativos,
que instituíram a obrigatoriedade de se especificar as ações e as estraté-
gias a se adotar visando à proteção ambiental. Isso inclui a contratação do
profissional paisagista para as mais variadas escalas de projeto. De acordo
com Chacel (2001), Del Rio (1990) e Romero (2000), as estratégias basilares
para o desenvolvimento de um projeto de paisagismo ecológico podem ser
sintetizadas da seguinte forma:

„„ utilizar materiais recicláveis ou ambientalmente certificados com uso


racional;
„„ ampliar a taxa de permeabilidade do solo;
„„ adotar soluções variadas de drenagem urbana;
„„ implantar arborização de acompanhamento viário;
„„ propor telhados verdes e jardins verticais em estruturas complementares;
„„ empregar soluções de energia alternativas (solar, eólica etc.);
„„ indicar reúso das águas de chuva e residuais;
„„ sugerir jardins produtivos (árvores frutíferas);
„„ promover a reabilitação sanitária do terreno.
6 Sustentabilidade em projetos paisagísticos

Nos projetos de intervenção urbana, a vegetação não cumpre apenas


um papel paisagístico; sua influência sobre os aspectos ambientais é in-
questionável. A massa vegetal constitui também os elementos da estrutura
urbana, caracterizando os espaços por meio de suas formas, cores e modos
de agrupamento. “[...] são elementos de composição e de desenho urbano ao
contribuir para organizar, definir e até delimitar espaços” (MASCARÓ; MAS-
CARÓ, 2005, p. 13). Do ponto de vista ambiental, o conjunto vegetal influencia
diretamente os aspectos bioclimáticos, ajudando no controle do clima e da
poluição, na conservação dos recursos hídricos, na economia do consumo
energético e na redução da erosão.
Os aspectos botânicos estão diretamente relacionados à influência da
vegetação nas diversas escalas dos recintos urbanos. Estudos listam diversas
contribuições da massa vegetal para a melhoria do microclima do entorno na
qual está inserida, mas vamos nos ater àqueles que servem como diretrizes
para os projetos paisagísticos mais frequentes. Vamos considerar o nível
da praça para identificar esse conjunto de estratégias de projeto, podendo
ser ampliado para os parques urbanos e as pequenas áreas verdes, como
calçadas e jardins.
Algumas recomendações fundamentais para os paisagistas na especifica-
ção e na localização da vegetação em seus projetos, conforme Abbud (2006),
Mascaró e Mascaró (2005) e Romero (2000), são:

„„ preservar e recuperar áreas urbanas degradadas utilizando as espécies


de forma a facilitar o repovoamento da flora e da fauna característicos
do local;
„„ manter e preservar os trechos restantes de florestas nativas;
„„ utilizar gramados com espécies nativas ou adaptadas;
„„ atentar para o sombreamento e a iluminância natural;
„„ equilibrar os índices de temperatura, umidade do ar e ventilação
urbanos;
„„ amenizar ruídos excessivos;
„„ amenizar a poluição atmosférica.

Segundo Mascaró e Mascaró (2005), os aspectos botânicos envolvem


a especificação da vegetação considerando, basicamente, três critérios:
critérios para a escolha da vegetação, critérios para a localização da vegetação
e características morfológicas da vegetação.
Sustentabilidade em projetos paisagísticos 7

É importante salientar que os três eixos (bioclimático, ecológico e botânico)


são sempre interconectados. Portanto, não podemos falar de paisagismo
sustentável se suprimirmos algum deles. Contudo, há projetos referenciais
que privilegiam alguns aspectos ou elementos, em função do programa ou das
linhas de atuação de cada paisagista. Na próxima seção, veremos alguns pro-
jetos paisagísticos que atendem, em maior ou menor grau, aos três aspectos.

Estratégias projetuais para o paisagismo


sustentável
Para a promoção de espaços urbanos mais saudáveis e sustentáveis,
os projetos paisagísticos contemporâneos vêm sendo aplicados em diversas
escalas: desde os parques urbanos até a criação de pequenos jardins, hortas
comunitárias e humanização de calçadas. Nesta seção, investigaremos alguns
exemplos contemporâneos da prática profissional do paisagista. Essas ini-
ciativas, além de garantir qualidade ambiental e benefícios sociais, reforçam
os conceitos estudados e ampliam nosso repertório de projeto por meio de
soluções voltadas à sustentabilidade.
Em Parques urbanos no Brasil, Macedo e Sakata (2010) afirmam que pode
ser denominado parque urbano qualquer espaço de uso público voltado ao
lazer e à recreação e associado aos aspectos de preservação ambiental com
estrutura independente de seu entorno. São grandes áreas, com prevalên-
cia do verde, que possibilitam a integração harmoniosa entre os processos
humanos e naturais.
Sob a perspectiva bioclimática e ambiental, por apresentarem grandes
áreas permeáveis, os parques urbanos funcionam como importantes coletores
da água pluvial das cidades. Essas imensas manchas verdes são áreas de
biodiversidade, de resquícios naturais, onde são inseridas parte da vegetação
nativa, que se torna habitat para a fauna. Os parques urbanos contribuem
para a manutenção do microclima urbano e para a redução dos processos
de erosão e assoreamento do solo. Abbud (2006) também destaca o âmbito
psicológico dos espaços paisagísticos, alegando que os parques oferecem
um ambiente agradável, com temperatura amena e menor poluição visual e
sonora. Portanto, é possível afirmar que os benefícios desse elemento urbano
afetam diretamente os seres humanos, conferindo sensações de liberdade,
calmaria e restauração das energias.
8 Sustentabilidade em projetos paisagísticos

Um exemplo nacional a destacar é o corredor verde do rio Tietê, em São


Paulo (Figura 2). A proposta, desenvolvida pelo Departamento de Arquitetura
e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP), tem como base a criação de
uma paisagem que utiliza espécies vegetais que conduzem o repovoamento
da flora e da fauna originais, além de promover o caráter de ordenação e
estático do espaço. Embora seja um plano utópico, considerando a realidade
imobiliária e viária do maior centro urbano do País, o parque linear atuaria
no amortecimento das chuvas críticas e funcionaria como um grande eixo de
refrigeração para a cidade (VIEIRA, 2007).

Figura 2. Corredor verde do Tietê, em São Paulo.


Fonte: Tietê Verde (2015, documento on-line).

Os parques lineares são corredores ecológicos nas cidades que controlam


a umidificação, as variações térmicas e a regularização do ciclo hidrológico.
Além dos aspectos bioclimáticos e ambientais, esses equipamentos urbanos
de grande escala oferecem opções de lazer, esportes, serviços e cultura,
contribuindo, ainda, para as práticas sociais e a sustentabilidade econômica.
Um exemplo internacional é o Madrid Río (Figura 3), do arquiteto espanhol
Ginés Garrido. Idealizado pela prefeitura de Madri, o projeto de grandes
dimensões revitalizou a orla do rio Manzanares, tornando subterrâneos seis
Sustentabilidade em projetos paisagísticos 9

quilômetros de rodovias. Ele devolveu o patrimônio natural aos habitantes


da cidade, anteriormente desconectados da orla do rio.
O projeto criou uma sequência de parques e quadras esportivas, além de
uma praia urbana em uma área da cidade onde há baixa umidade e pouca
chuva. Esse foi um dos desafios da proposta: dotar a cidade com mais áreas
verdes, apesar da barreira climática. Nas cidades brasileiras, a iniciativa é mais
fácil de ser adotada, sob o aspecto climático, em razão da maior quantidade
de chuvas, conforme destaca SOARES (2017).

a b

Figura 3. Madrid Río: (a) antes e (b) depois.


Fonte: Soares (2017, documento on-line).

Outra importante estratégia ambiental coletiva são as praças. Por sua


menor escala, o contato com as praças é mais comum nas populações urbanas,
havendo estudos que assinalam a vegetação intraurbana (situada no tecido
urbano, como nos bairros) como um indicador preponderante da qualidade
ambiental das cidades. As massas vegetais desses espaços cumprem múltiplos
papéis nos recortes, da mesma forma que os parques urbanos, especial-
mente na amenização das denominadas ilhas de calor (ou ilhas térmicas).
Esse fenômeno é comum nos aglomerados urbanos cujo adensamento cria
anomalias na temperatura do ar, na superfície e na umidade. Conforme Lom-
bardo (1985), a ilha de calor é decorrente dessas mudanças microclimáticas
e estão relacionadas à substituição de superfícies naturais por superfícies
pavimentadas e construções.
Um projeto referencial de praça no Brasil é a Praça Victor Civita (Figura 4),
em São Paulo, de Levisky e Dietzsch (2008). Esse projeto tem boas práticas
dos três eixos mencionados: bioclimático, ambiental e botânico. A praça foi
implantada em uma área degradada da cidade, onde anteriormente funcionava
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o incinerador de lixo de Pinheiros, e tinha como objetivo principal regenerar


o espaço deteriorado pelo acúmulo de resíduos tóxicos.

a c

Figura 4. Praça Victor Civita: (a) implantação, (b) vista aérea e (c) deck.
Fonte: (a, b) Levisky e Dietzsch (2008, documento on-line); (c) Helm (2011, documento on-line).

O deck implantado na diagonal da praça e elevado a aproximadamente


1 metro do solo conduz o usuário a uma trajetória educativa sobre proces-
sos associados à sustentabilidade, como certificação da madeira utilizada,
laboratório de plantas com espécies em pesquisa para produção de biocom-
bustíveis, hidroponia, renovação de solos, fitoterapia e engenharia genética.
As arquitetas se apropriaram da temática emergente de forma propositiva,
adotando alternativas ecológicas em todos os elementos do projeto, como
a grande estrutura de madeira certificada sustentada por uma estrutura
metálica, o que evita o contato com o solo contaminado. Além dos materiais
adotados, todas as diretrizes do projeto objetivam a redução de entulhos,
o baixo consumo energético, o reúso de água, o aquecimento solar e a recu-
peração da permeabilidade do solo. As soluções se apropriam da temática
de modo positivo, focando o problema e, ao mesmo tempo, mostrando como
superá-lo (HELM, 2011; LEVISKY; DIETZSCH, 2008).
Sustentabilidade em projetos paisagísticos 11

A sustentabilidade trabalhada na Praça Victor Civita é uma referência


nacional que pode estimular iniciativas semelhantes por meio da parceria
público-privada, inclusive em relação a pesquisas sobre temas da sustenta-
bilidade. Essa parceria também alavancou um projeto inovador no continente
europeu: a Piazza Risorgimento, em Turim, na Itália (Figura 5). Várias empresas
aliaram-se à municipalidade e desenvolveram o projeto da primeira praça
inteligente da Itália, a Planet Smart Square. A empresa PLANET, idealizadora
da Smart City, uniu-se ao Torino Living Lab e transformou a praça em um
laboratório experimental para aplicação de tecnologias (PLANET THE SMART
CITY, 2017).

a b

Figura 5. (a) Planet Smart Square e (b) laboratório experimental de tecnologias.


Fonte: Giordani e Camolese (2016, documento on-line).

O uso da tecnologia de forma ecologicamente sustentável é a marca da


Planet Smart Square. A praça foi repensada para promover a integração de
todos os usuários com a tecnologia e a inovação. A integração social agen-
ciada pela renovação da praça oferece aos usuários serviços ao cidadão,
zonas de relaxamento, espaços para crianças e prática de esportes. O totem
interativo e a coluna SOS (Figura 6) são exemplos de tecnologias a serviço dos
usuários. O sistema touchscreen do totem permite que os usuários conheçam
o funcionamento da praça, sendo informados sobre a redução de consumo
energético para economizar recursos e a produção de energia limpa. A coluna
SOS possibilita que se acione a intervenção da polícia e funciona como ponto
de recarga de bicicletas e automóveis elétricos (PLANET THE SMART CITY, 2017).
12 Sustentabilidade em projetos paisagísticos

a b

Figura 6. Planet Smart Square: (a) totem interativo e (b) coluna SOS.
Fonte: Planet the Smart City (2017, documento on-line).

A praça ainda conta com academia ao ar livre com piso que gera energia
elétrica por impacto. (Figura 7a) Além disso, há tijolos de vidro dispostos em
placas fotovoltaicas que absorvem a luz solar durante o dia e a distribuem
à noite, criando um efeito de iluminação sugestivo e ecológico. O baixo con-
sumo de iluminação na praça é garantido pelas lâmpadas de alta eficiência
do sistema LED (Figura 7b), que têm um sensor inteligente.
Os estares das áreas de descanso contam com bancos inteligentes (Figura 7c),
capazes de detectar dados ambientais e reproduzir música, além de oferecer
conexão Wi-Fi e entradas USB para carregar smartphones. O mobiliário lounge
assinado oferece conforto aos ambientes de estar da praça, envolvidos por
vegetação ornamental (Figura 7d).
O jardim urbano com hortas para utilização coletiva transforma o espaço
verde pela noção de compartilhamento, o que reforça o compromisso com
uma cidade unida e sustentável (Figura 8a). A praça conta também com um
sistema de irrigação inteligente (automática), que se ajusta dependendo das
condições meteorológicas e da umidade do solo, chegando a economizar
até 50% dos gastos. Ele é integrado a estratégias de recuperação da água da
chuva, conforme mostra a Figura 8b (PLANET THE SMART CITY, 2017).
Sustentabilidade em projetos paisagísticos 13

a b

c d

Figura 7. (a) Academia ao ar livre; (b) sistema LED com placa fotovoltaica; (c) bancos inteli-
gentes; (d) mobiliário lounge.
Fonte: Planet the Smart City (2017, documento on-line).

a b

Figura 8. (a) Hortas comunitárias; (b) sistema de irrigação inteligente.


Fonte: Planet the Smart City (2017, documento on-line).
14 Sustentabilidade em projetos paisagísticos

A praça também oferece atividades para idosos, como um espaço para


boliche. A distribuição espacial da praça organiza os usos em setores. Contudo,
não são áreas independentes, pois a proximidade entre elas é um estímulo
para a integração entre os usuários de diferentes faixas etárias e interesses.
É possível notar que todos os recursos tecnológicos oferecidos à população
convergem para um objetivo maior: a conexão entre as pessoas e o presente.
A estratégia dos jardins de chuva (Figura 9), também conhecidos como
jardins de retenção hídrica ou sistema de biorretenção, é uma importante
ferramenta para minimizar os efeitos do escoamento superficial e reter a
água, diminuindo o efeito de enchentes e alagamentos nos centros urbanos.
O jardim de chuva pode ser considerado um recurso de projeto aplicável na
microescala, pois se adapta bem ao desenho de calçadas. O programa Soluções
para Cidades descreve essa estratégia da seguinte forma: “[...] esta medida
utiliza a atividade biológica de plantas e microrganismos para remover os
poluentes das águas pluviais, e contribui para a infiltração e retenção dos
volumes de água precipitados” (SOLUÇÕES PARA CIDADES, 2013, p. 3).

a b

Figura 9. Jardins de chuva.


Fonte: (a) WordPress.com (2009); (b) Jardim ([2009?]).

A estrutura dos jardins de chuva pode ser descrita como rasas depressões
de terra que recebem água do escoamento superficial (Figura 10). Essa água
se acumula nas depressões, formando pequenas poças que são gradualmente
infiltradas no solo. “Os poluentes são removidos por adsorção, filtração,
volatilização, troca de íons e decomposição. A água limpa pode ser infiltrada
Sustentabilidade em projetos paisagísticos 15

no terreno para recarga de aquífero ou coletada em um dreno e descarregada


no sistema de microdrenagem” (SOLUÇÕES PARA CIDADES, 2013, p. 3). Quando
o volume de chuva excede a capacidade de absorção da estrutura, o fluxo
excedente é desviado e encaminhado para o sistema de drenagem urbano.

Figura 10. Estrutura de um jardim de chuva.


Fonte: BibLus (2020, documento on-line).

A contribuição dos jardins de chuva vai além do embelezamento paisa-


gístico das vias. Eles reduzem parte do escoamento superficial, removem
sedimentos finos, metais, nutrientes e bactérias, possibilitam boa flexibi-
lidade de desenho nos projetos, diminuem o tamanho e o custo do sistema
de drenagem, minimizam inundações na bacia e melhoram a qualidade das
águas. Sua aplicação é recomendada em vias com baixo tráfego de veículos,
calçadas largas, pátios e estacionamentos ou dentro dos próprios lotes
(SOLUÇÕES PARA CIDADES, 2013).

A cartilha “Projetos técnicos: jardins de chuva”, do projeto Soluções


para Cidades, orienta os projetistas sobre o detalhamento técnico
dos sistemas de biorretenção. Para ter acesso ao material, acesse o site do
programa Soluções para Cidades.
16 Sustentabilidade em projetos paisagísticos

Na próxima seção, estudaremos a adequação de espécies vegetais para


uma proposta de paisagismo sustentável. Sabemos que a vegetação auxilia
na redução da temperatura do ar, absorve energia e beneficia a renovação
do ar por meio do ciclo O2‒gás carbônico. No entanto, para garantir a sus-
tentabilidade de uma intervenção paisagística, é fundamental conhecer as
especificidades da massa vegetal a ser proposta.

Espécies vegetais para um paisagismo


sustentável
O conhecimento dos aspectos botânicos do paisagismo é essencial para
a escolha das espécies adequadas a cada lugar ou intenção de projeto.
Basicamente, a massa vegetal, além de ser a protagonista estética de uma
composição paisagística, tem a função de melhorar sensivelmente a qualidade
do microclima de um recorte urbano. Isso acontece porque uma superfície
gramada, por exemplo, absorve uma quantidade maior de radiação e irradia
uma quantidade menor de calor do que uma superfície construída. Romero
(2000) afirma que as folhagens de uma árvore amenizam a superfície que se
encontra abaixo dela, diminuindo a emissão de radiação infravermelha da
superfície sombreada (Figura 11).

Absorção solar
Difusão solar

Premissão

Emissão fraca
(da folhagem para Emissão intensa
o solo)
Emissão fraca
(do solo para a folhagem)

Figura 11. Efeito regulador da vegetação.


Fonte: Romero (2000, p. 13).
Sustentabilidade em projetos paisagísticos 17

As espécies vegetais não se comportam de forma exata. Elas são influen-


ciadas por fatores como clima, solo, astros, posição geográfica e ambiente
onde estão inseridas. Vilaça (2005, p. 15) destaca que “O desenvolvimento
vigoroso das plantas depende da harmonia de todos os fatores naturais.
Uma forma de alcançar esse equilíbrio é tentando recriar seu habitat em um
outro meio físico”. A partir disso, para desenvolver um projeto de paisagismo
ambientalmente sustentável, é fundamental a escolha de espécies que se
adaptem às condições do meio e tenham semelhança quanto às suas neces-
sidades. Deve-se usar critérios rigorosos para a localização de cada espécie.
Conforme mencionado, além dos critérios para a escolha da vegetação,
devem ser utilizados critérios para sua localização. Também deve ser dada
atenção às suas características morfológicas, conforme Mascaró e Mascaró
(2005). Nesta seção, vamos falar dos critérios para a escolha da vegetação,
com o objetivo de elaborar projetos de paisagismo sustentáveis sob o aspecto
botânico.
Para começar, é importante abordar o conceito de espécie nativa (autóc-
tone) e espécie exótica (alóctone). As espécies nativas são originais de um
sistema específico. Elas ocorrem espontaneamente na região, sem intervenção
humana. As espécies exóticas são originárias de outro ecossistema, ou seja,
não ocorrem naturalmente no local de plantio. O termo plantas ornamentais
está associado às espécies exóticas (LORENZI, 2015). No entanto, as plantas
ornamentais podem não ser necessariamente enquadradas como espécies
exóticas, pois existem muitas espécies brasileiras dessa categoria.
Alguns estudiosos sugerem que os paisagistas devem resguardar as
espécies nativas, reinseri-las no seu meio original e estudar as espécies
remanescentes para a produção de um paisagismo que valorize o meio am-
biente e reconstrua a paisagem mais próxima de sua origem. Atualmente,
a invasão biológica pode ser considerada a segunda maior causa de perda
de biodiversidade no mundo (CHACEL, 2001).

A palmeira, tipo de vegetação muito comum nos projetos paisagísticos,


tem espécies exóticas e nativas. A espécie Seafórtia (Archontophoenix
cunninghamii), mais conhecida como palmeira australiana ou palmeira-real,
é exótica, vinda da Austrália, e é considerada invasora por comprometer a flora
original. A espécie Mauritia flexuosa, conhecida por palmeira buriti, é uma planta
típica do Cerrado, ou seja, nativa. Ela é considerada uma das mais singulares e
abundantes palmeiras do Brasil.
18 Sustentabilidade em projetos paisagísticos

O paisagismo ecológico, ou sustentável, deve promover o enriquecimento


ambiental dos espaços e a restauração do ecossistema onde está inserido.
O uso indiscriminado de espécies exóticas pode resultar em um espaço
com baixa interação com o ecossistema circundante. Isso acontece por-
que a vegetação nativa desenvolve evolução conjunta com a fauna, com
os microrganismos do solo e com a vegetação do entorno (LORENZI, 2015).
O paisagista deve estar atento à interação e à adaptação entre o ser e o meio
ambiente, incluindo animal-planta, homem-natureza e homem-cidade. Esse
é o equilíbrio desejável para a escolha das espécies em uma intervenção
paisagística sustentável.
No Brasil, há seis diferentes biomas: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica,
Caatinga, Pampa e Pantanal. Em todos eles, existem espécies nativas com
grande potencial ornamental e ambiental. Devemos considerar as característi-
cas específicas da biodiversidade nacional no momento de escolher espécies
que se adaptem a cada bioma. É possível identificar a inserção de espécies
exóticas consideradas invasoras em intervenções em todos os biomas do
País. Essas espécies se dispersam e se propagam, causando problemas de
equilíbrio ambiental na medida em que modificam a composição, a estrutura
ou a função do ecossistema (LORENZI, 2015).
Para escolher as espécies que vão compor o plano de massa vegetal de um
projeto sustentável, o profissional deve consultar as publicações botânicas
voltadas para o paisagismo. No Brasil, a produção bibliográfica é respeitada
e muito consistente, pois leva em consideração todo o bioma nacional. Den-
tre elas, é possível destacar os guias Plantas tropicais: guia prático para o
novo paisagismo brasileiro, de Juliana Vilaça, Plantas ornamentais no Brasil,
de Harri Lorenzi e Hermes Moreira de Souza, e Plantas para jardim no Brasil:
herbáceas, arbustivas e trepadeiras, de Harri Lorenzi.
O exemplo mais expressivo de defesa das espécies nativas no Brasil é
atribuído ao paisagista Roberto Burle Marx. Em todas as suas expedições pelo
País, ele se encantava com espécies pouco utilizadas para fins paisagísticos.
Ele foi um dos primeiros a usar plantas nativas em suas composições, já nos
anos 30. A diversidade e a riqueza da flora brasileira assumem imponência
em seus projetos, que instituíram uma nova linguagem ao paisagismo con-
temporâneo (MARX, 1987).
Sustentabilidade em projetos paisagísticos 19

Além do paisagismo do eixo monumental de Brasília, Burle Marx projetou


jardins em diversos prédios e monumentos, com uma perspectiva única e poética
das espécies nativas em contato com as construções modernistas (Figura 12).
Segundo o Instituto Burle Marx (2021), o paisagista foi precursor na defesa do
meio ambiente e da sustentabilidade em seus inúmeros passeios pelos biomas
brasileiros, onde descobriu novas espécies. Dentre elas, 30 levam seu nome.

Figura 12. Paisagismo de Burle Marx em Brasília.


Fonte: Diego Grandi/Shutterstock.com.

O paisagismo de Burle Marx aliou a forma, a textura e a cor com as plantas


nativas brasileiras tanto nos projetos de grandes escalas quanto nos can-
teiros. A restauração do jardim de Burle Marx do Palácio das Mangabeiras,
em Belo Horizonte, revela o requinte de detalhes de seus canteiros. Boa parte
das plantas utilizadas caíram em desuso e deixaram de ser comercializadas.
O trabalho de restauração conseguiu resgatar seis espécies, dentre elas o
camará (Figura 13). A planta nativa ornamental aparenta simplicidade, mas
tem um colorido especial e é resistente e versátil. A espécie, que antes de
Burle Marx era considerada invasora de pastos e lavouras, foi tema de estudos
de melhoramento e de seleção de genótipos, apresentando, hoje, inúmeras
variedades (VIVER PAMPULHA, 2020).
20 Sustentabilidade em projetos paisagísticos

Figura 13. Canteiro de camarás de Burle Marx.


Fonte: Viver Pampulha (2020, documento on-line).

As recentes obras de revitalização dos jardins de Burle Marx na orla da


Lagoa da Pampulha (Figura 14) tiveram um criterioso trabalho de recuperação
da flora original. Após um levantamento das espécies especificadas no projeto
original, constatou-se que algumas haviam se perdido no tempo. As mesmas
espécies (ou similares nativas) foram replantadas com atenção, pois estão,
hoje, protegidas por lei, pelo risco de extinção. À frente do projeto, está o
arquiteto urbanista e paisagista Ricardo Lanna, um dos mais importantes
estudiosos de Roberto Burle Marx no Brasil (INSTITUTO BURLE MARX, 2021).

Figura 14. Revitalização dos jardins de Burle Marx na Lagoa da Pampulha.


Fonte: Sanches (2015, documento on-line).
Sustentabilidade em projetos paisagísticos 21

A exuberância do paisagismo de Burle Marx frutificou no Instituto Inho-


tim, em Brumadinho (MG), a 60 km de Belo Horizonte. As longas conversas
entre Burle Marx e o empresário e mentor do Projeto Inhotim, Bernardo Paz,
durante a década de 1980, resultaram nos 45 hectares repletos de espécies
raras de plantas tropicais nativas do continente sul-americano (INHOTIM,
2021). O paisagismo de Inhotim estimula os sentidos. É pura estética, uma
fusão do visual com o introspectivo, um paisagismo único e celebrado em
todo o mundo (Figura 15).

Figura 15. Instituto Inhotim.


Fonte: Ksenia Ragozina/Shutterstock.com.

O deleite estético provocado pelo paisagismo de Inhotim é resultado


da exposição do acervo botânico dentro da área de visitação: os jardins.
Eles exploram a experiência estética como meio de sensibilização sobre a
importância da biodiversidade, expressada nas espécies vegetais nativas que
convivem harmoniosamente com algumas espécies exóticas. Não há um padrão
único, mas é possível observar a prevalência de maciços ou agrupamentos.
Esses jardins foram desenvolvidos por vários paisagistas que exaltaram a
representatividade filogenética das espécies, conforme a Figura 16.
22 Sustentabilidade em projetos paisagísticos

Ao todo, são cerca de 5.000 acessos, representando 181 famílias botânicas, 953
gêneros e pouco mais de 4.200 espécies de plantas vasculares. Tamanha diversidade
faz do Jardim Botânico Inhotim (JBI) um espaço único, possuindo a maior coleção
em número de espécies de plantas vivas entre os jardins botânicos brasileiros
(INHOTIM, 2021, p. 1).

Figura 16. Diversidade de espécies no Instituto Inhotim.


Fonte: Wagner Campelo/Shutterstock.com.

O Jardim Botânico Inhotim tem 45 hectares, inseridos nos 3 milhões de


m² de mata nativa. Os paisagistas plantaram mais de 2 mil espécies cultiva-
das em viveiros, e há outras 600 que crescem em mata preservada. O acervo
paisagístico e botânico do parque é constituído por relevantes e singulares
coleções botânicas, com destaque para as “[...] Beucarmea recurvata (nolina ou
pata-de-elefante), Cycadaceae zamiaceae e Palmae (jerivás, butiás, tamareiras,
macaúbas, buritirana, phoenix, corypha, entre outras)” (ORSINI, 2010, p. 2). Vale
salientar que Burle Marx não desenvolveu o projeto paisagístico de Inhotim,
mas a materialização desse conjunto é fortemente influenciada pela sua obra.
A estética caminha lado a lado com outros conceitos de paisagismo na
contemporaneidade. Em muitos casos, ela tem, inclusive, papel secundário.
Desconsiderando os modismos que envolvem o termo, a definição de sus-
tentabilidade no paisagismo aproxima a vivência humana, animal e vegetal,
em conformidade com a capacidade do planeta. Nesse sentido, um paisagismo
ambientalmente sustentável assegura as melhores condições de sobrevivência
de todas as espécies e de suas futuras gerações.
Sustentabilidade em projetos paisagísticos 23

Referências
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LAMAS, J. M. R. G. Morfologia urbana e desenho da cidade. Lisboa: Fundação Calouste
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MASCARÓ, J. L. (org.). Infra-estrutura da paisagem. Porto Alegre: +4, 2008.

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