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Beja, 2021
INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA
Escola Superior Agrária
Licenciatura Agronomia, 2ºano
Discentes:
Docentes:
Beja, 2021
Índice
Índice de figuras.................................................................................................................I
1. Introdução..................................................................................................................1
2. Localização geográfica...............................................................................................2
3. Rio Nilo......................................................................................................................3
5. História.......................................................................................................................5
8. Conclusão.................................................................................................................14
9. Bibliografia..............................................................................................................15
Índice de figuras
Figura 1 - Imagem ilustrativa da agricultura egípcia na antiguidade................................1
Figura 2 - Imagens satélite, Google maps - maps 2022....................................................2
Figura 3 - Imagem satélite delta do Nilo, NASA..............................................................3
Figura 4 – “Africa Köppen Map”......................................................................................5
Figura 5 - Extração de água do rio com mão de obra humana..........................................7
Figura 6 - Barragem de Assuã...........................................................................................8
Figura 7 - Cultura do trigo em verde (Triticum L.)...........................................................9
Figura 8 - Cultura da cevada em verde (Hordeum vulgare L.).......................................10
Figura 9 - Cultura da cebola (Allium cepa L.)................................................................10
Figura 10 - Cultura do linho (Linum Usitatissimum)......................................................11
Figura 11 - Cultura do arroz (Oryza sativa L.)................................................................11
Figura 12 - Cultura do milho (Zea mays L.)...................................................................12
Figura 13 - Cultura de algodão (Gossipyum barbadense)...............................................12
Figura 14 - Cultura da Cana-de-açúcar (Saccharum L.)..................................................13
I
1. Introdução
“Ao mesmo tempo que descobria e melhorava as suas técnicas agrícolas, o homem teve
de dominar a água, combater o seu excesso tão prejudicial como a sua escassez, fazer
recuar os pântanos como o deserto, cavando e construindo uma rede de canais de
drenagem ou de irrigação; [..]”
André Aymard
Foi no Vale do Nilo que surgiu a civilização egípcia, o rio Nilo era a única fonte de
água presente na região, era através deste que os egípcios se abasteciam de água para o
consumo humano e animal bem como para irrigação agrícola, para obter este
abastecimento de água a civilização desenvolveu represas e canais de irrigação.
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2. Localização geográfica
Do rio Nilo localizado entre o Egito e o Sudão, surgem duas regiões, o chamado Vale
do Nilo, uma região estreita, composta por terras aptas para o cultivo no meio do
deserto envolvente ao longo do rio, conhecida como o “Alto Egito”, e o Delta do Nilo
denominado de “Baixo Egito” está, e uma região de forma triangular composta por
pântanos, pastos e uma grande extensão de terras aráveis.
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3. Rio Nilo
Localizado no nordeste do continente africano este é um dos maiores rios do mundo,
possui uma extensão com cerca de 6.650 km e uma bacia hidrográfica que ocupa cerca
de 3.349.000 km2, abrangendo vários países como Uganda, Tanzânia, Ruanda,
Quênia, República Democrática do Congo, Burundi, Sudão, Etiópia e Egito.
Monik da Silveira Suçuarana. Rio Nilo. Acedido em: 8 de janeiro de 2022, em:
https://www.infoescola.com/hidrografia/rio-nilo/
O rio Nilo desagua no mar Mediterrâneo, o Delta deste rio é formado no Egito
nomeadamente no Cairo, ocupa cerca de 160 km de comprimento e 250 km de largura e
apresenta uma forma triangular.
Gustavo Mendonça. RIO NILO. Acedido em: 8 de janeiro de 2022, no Web site:
https://escolakids.uol.com.br/geografia/rio-nilo.htm
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A formação do Nilo surge de três outros rios: o Nilo Branco, o Nilo Azul e o rio Atbara.
O nilo Branco com origem no Lago Vitória no Grande Vale do Rift (África Oriental),
chegando a Cartum, capital do Sudão, encontra-se com o Nilo Azul nascido na Etiópia,
após o encontro entre este rios, no norte de Cartum unem-se ao rio Atbara e formam o
rio Nilo, e este segue atravessando o Sudão e o Egito.
Este clima é caracterizado por uma estação de verão com temperaturas médias entre os
29ºC e 35ºC, podendo registar ao meio-dia temperaturas entre os 43ºC e 46ºC,
geralmente o Inverno as regiões com este clima apresentam também temperaturas
bastante elevadas. Em geral locais com este tipo de lima apresentam uma elevada
amplitude térmica, ou seja, elevadas temperaturas durante o dia e temperaturas
negativas durante a noite, este fenómeno dá-se pela perda de radiação solar sobre o céu
limpo, desse modo a húmida relativa do ar e também bastante baixa nestas regiões.
No que diz respeito a pluviosidade anual, em média a precipitação anda na ordem dos
200 mm anuais, havendo regiões onde o período de seca é continuo durante anos.
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Egito
Sudão
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Africa_K
%C3%B6ppen_Map.png
5. História
O Egito é um bom exemplo das grandes civilizações hidráulicas da alta antiguidade que
foram edificadas no coração das regiões desertificadas próximo-orientais mais de 2.000
anos antes das primeiras civilizações europeias.
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No século XX em poucas gerações, desde que lhes fossem dados os meios, a classe
agrária egípcia soube tirar partido da hidráulica de irrigação, desenvolver as
combinações de cultivos e de criação eminentemente complexas e adaptáveis, e fazer
uso de variedades melhoradas, de insumos e de produtos de tratamento fitossanitário em
um nível comparável ao dos países desenvolvidos.
Antigamente, o Nilo era alimentado pelas chuvas tropicais e transbordava todos os anos
entre julho e outubro, as inundação cobriam durante algumas semanas a maior parte do
vale e do delta, a altura da água podia atingir vários metros.
Os cultivos de vazante eram feitos após o recuo das águas, quando os solos estavam
embebidos e enriquecidos pelos depósitos de aluviões, e a colheita acontecia na
primavera.
Nesta altura os cultivos eram a base de cereais (trigo, aveia, milheto ou milho miúdo) e
de linho, exigentes em elementos minerais, alternavam-se com os cultivos de
leguminosas alimentares (ervilha, lentilha), ou forrageiras (trevo de Alexandria), que
enriqueciam o solo.
Ao longo dos anos este sistema de cultivo passou por várias etapas:
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E por fim, a edificação progressiva de grandes diques protetores, ao longo do
rio, e de grandes canais evacuadores que religavam pouco a pouco as cadeias de
bacias do alto vale, do médio vale e do delta, permitiam repartir de forma
controla as cheias insuficientes e também amortecer as cheias excessivas
distribuindo-as tão amplamente quanto possível.
Os cultivos irrigados, já era tão antigo quanto o anterior, a irrigação era feita através de
água extraída do leito do rio, nos charcos e nas outras águas de superfície, temporárias
ou permanentes, ou ainda extraída de lençóis freáticos pouco profundos, utilizando
baldes de terracota, mas era apenas utilizado por população que vivesse perto destes
pontos de água.
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Mais tarde com a construção nos braços do delta de barragens-elevatórias do nível de
água permitiu estender a irrigação à quase totalidade do delta.
vale.
Este sistema de cultivos irrigados permitiu o cultivo de novas culturas bem como uma
rotação trianual, sistema ainda utilizado na atualidade na região do Vale do nilo.
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7. Principais culturas implementadas e rotação trianual:
Colheita de inverno:
Cevada (Hordeum vulgare L.): está também é uma cultura arvense bastante
cultivada a nível mundial, é uma cultura de inverno, mas sensível ao alagamento, em
comparação com o trigo esta é mais resistente a seca e mais exigente em termos de
fertilização. A cevada fornece farinha e malte um produto derivado da germinação
artificial do grão da cevada que é utilizado para obtenção de cerveja e outras bebidas
alcoólicas como o whisky
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Cebola (Allium cepa L.): é uma cultura vegetal natural da Ásia central, hoje em dia
é utilizada mundialmente para culinária, é consumida tanto em cru como
confecionada, e é maioritariamente constituída por água e compostos antioxidantes.
Linho (Linum Usitatissimum L.): é um cultura herbácea, bastante fibrosa, por esse
motivo é utilizada para obtenção de tecidos, também é extraída a sua semente
(linhaça) para consumo com casca ou extração de óleo de linhaça para uso
nutricional e cosmético.
Arroz (Oryza sativa L.): o arroz é uma gramínea, é a terceira cultura cerealífera
mais cultivada do mundo a seguir ao milho e ao trigo. É considerada a cultura que
mais alimenta a população mundial. Para o cultivo desta planta é necessária água em
abundância, por norma é cultivada em solos propícios a alagamento como os
Aluviossolos.
Milho (Zea mays L.): O milho , é um cereal cultivado em grande parte do mundo, é
utilizado na sua maioria como alimento humano ou para ração animal devido às suas
qualidades nutricionais.
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8. Conclusão
A evolução dos sistemas de cultivo na região do Vale do Nilo permitiu a implantação de
novas culturas e de uma maior rotação das mesma, tudo isto graças ao regadio e ao
desenvolvimento de mecanismos que o permitam, como descrito ao longo do trabalho,
ao longo dos anos já são exploradas outras culturas na região como citrinos, figo,
tâmara, oliveira, batata doce, beterraba, entre outras, algumas destas culturas já existiam
na antiguidade porém com a disponibilidade de água ao longo de tudo ano, foi possível
a produção em maiores quantidades.
Porém Egito continua sendo um dos países pouco industrializados, em que a expansão
do emprego não agrícola é insuficiente, onde o excesso de mão de obra agrícola reduz
ainda mais a superfície cultivada por trabalhador e limita os avanços da mecanização, e
da produtividade.
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9. Bibliografia
André Aymard.(1997). O oriente e a Grécia Antiga.
Monik da Silveira Suçuarana. Rio Nilo. Acedido em: 8 de janeiro de 2022, em:
https://www.infoescola.com/hidrografia/rio-nilo/
Gustavo Mendonça. RIO NILO. Acedido em: 8 de janeiro de 2022, no Web site:
https://escolakids.uol.com.br/geografia/rio-nilo.htm
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