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Contribuição material da aula: Dr Gilda Ângela Neves

Causas?
Aumento da Diminuição
atividade da atividade
sináptica sináptica
inibitória. excitatória
Controle da
excitabilidade
da membrana
neuronal e da
permeabilidade
iônica.
Inativação prolongada de canais de sódio regulados por voltagem

retarda o tempo de recuperação dos canais de sódio ativados por voltagem, aumentando o período refratário
▪ Carbamazepina ▪ Lamotrigina
▪ Oxcarbamazepina ▪ Valproato
▪ Fenitoína ▪ Zonisamida
▪ Topiramato

✓Bloqueia os canais de Na+, inibe a transmissão excitatória


ácido gama-aminobutírico (GABA) é o principal
neurotransmissor inibitório do SNC

GABAA → Canal de cloreto (Cl-) → ação


inibitória no SNC

Fármacos que atuam sobre o GABAA


• Barbitúricos
• Fenobarbital;
• Primidona
• Benzodiazepínicos
• Clobazam
• Clonazepam

Atuam em diferentes subunidades


▪ Valproato ▪ Etossuximida ▪ Zonisamida
▪ Vigabatrina
▪ (Inibe a Gaba-
Transaminase)

▪ Valproato
▪ Inibe Gaba-T
▪ Aumenta enzimas
sintetizadora de
GABA. Ex.: Ácido
glutâmico
descarboxilase
▪ Inibe a receptação
do GABA
Administração: VO (formas de liberação controlada) – aumentar dose a cada 2
semana

Uso com alimentos – retarda absorção e ajuda a tolerar doses maiores

Altamente metabolizada; metabólito ativo; – 3% excretada na forma inalterada

Auto-indutor enzimático CYP450:


• T1/2: 36 h, caindo para 8 a 12 h – ajuste de dose 2 a 4 semanas; +/- um mês para estabilizar a dose

+/- um mês para obtenção de uma [ ] estável


▪ Oxcarbazepina
▪ Menos potente (pode necessitar de dose 50% maior para ter mesmo
efeito que CBZ)
▪ melhor tolerado que a CBZ (melhor perfil de toxicidade)
▪ Menor indução de enzimas hepáticas
▪ Efeitos adversos assemelham a CBZ

▪ Acetato de Eslicarbazepina (pro-fármaco)


▪ Administração em dose única diária
▪ Menor número de estudos clínicos
▪ indutor fraco do CYP3A4
▪ inibitórias do CYP2C19
Altera a transmissão de Na, K e Ca. Inibe a liberação de neurotransmissores. Diminui
liberação de Glutamato e aumenta de Gaba.

Alta ligação a proteínas plasmáticas (90%)

Administração: individualização da dose

Início de ação lento (Cmáx em 3 – 12 horas VO)

Começar com doses baixa e aumentar considerando benefício x reações adversas -


aumentar de 25 a 30 mg → 300 mg/dia

Monitorização dos níveis séricos: atingido de 7 a 10 dias (5 a 7 T1/2). Nível: 10 e 20


mcg/mL → Tox. 30 a 50 µg/mL. Ver adesão e causas de interferência metabólica*
Evitar IM - absorção errática → Fosfenitoína é mais indicada para IV e IM →
Maior solubilidade em água (dose de ataque IV) *risco cardiovascular

Indutor enzimático

Está contraindicada nas crises de ausência e mioclônicas, podendo ser


efetiva nas crises tônicas

Desvantagens: efeitos adversos a curto e longo prazo; teratogênico (D) e


janela terapêutica pequena.
A dose letal em adultos é
estimada em 2 a 5g.

Durante ou após as refeições


Possui largo espectro de ação com efetividade similar à de outros fármacos
anticonvulsivantes.

É seguro e disponível em apresentações orais e parenterais.

Bloqueia também os canais de sódio e potássio, reduz o influxo de cálcio pré-


sináptico e, provavelmente, reduz as correntes mediadas pelo glutamato.

Apresenta rápida absorção por via oral, meia-vida de eliminação longa (2 a 7


dias), apesar de ser fracamente ligado às proteínas (20%-50%).

Doses elevadas devem ser evitadas (em adultos, dose máxima de 300 mg/dia).
2 a 3 mg/kg/dia
Desvantagens: efeitos adversos → principalmente na área cognitiva →
limitação em crianças quanto em idosos.

Tolerância e dependência – risco de abstinência → fazer desmame –


longo período
Parte do seu efeito clínico pode ser atribuído à biotransformação
hepática de suas moléculas em fenobarbital (Pró-fármaco)

Não apresenta vantagem clínica na eficácia de primidona sobre o


fenobarbital, fenitoína e carbamazepina.

Efeito sedativo alto → indicações específicas.

Indicação:
• Tratamento de crises focais e generalizadas em pacientes refratários ou intolerantes
aos fármacos de primeira linha
O clobazam é rapidamente absorvido pelo trato digestivo, atingindo
picos de concentração máximos no sangue em cerca de 90 minutos.

A meia-vida é longa (em torno de 20 horas) →85% de ligação a


proteínas

Suas principais vantagens são a alta eficácia, o rápido início de ação


e a boa tolerabilidade.

Desvantagens são o desenvolvimento de tolerância: 40% dos casos e


potenciais problemas relacionados à sua retirada (abstinência).
VALPROATO DE SÓDIO, ÁCIDO VALPRÓICO, DIVALPROATO DE SÓDIO
- VALPAKINE, DEPAKENE
Um dos principais anticonvulsivantes utilizados. Eficácia estabelecida para múltiplos tipos de
crises.

Picos máximos de concentração são atingidos 2 horas após a ingestão oral. É altamente ligado às
proteínas (90%), e a meia vida de eliminação é de cerca de 15 horas.

Desvantagens → efeitos adversos em mulheres (alterações hormonais, ganho de peso e


teratogenicidade) e em crianças com menos de 2 anos de idade polimedicamentadas → risco de
hepatotoxicidade fatal.

eficácia limitada sobre crises focais → necessidade de doses significativamente maiores do que as
usadas para crises generalizadas.

Indicação:
• Monoterapia e terapia adjunta de pacientes com mais de 10 anos de idade e com qualquer forma de epilepsia
Espectro de ação anticonvulsivante bastante restrito.

Seu principal mecanismo de ação é o bloqueio dos canais de cálcio, com


consequente inibição do circuito tálamo-cortical, que está intimamente
relacionado à geração das crises de ausência.

A etossuximida é útil no tratamento em monoterapia das crises de ausência


típicas e como adjuvante nas mioclonias negativas, crises atônicas e mioclonias.

Indicações:
• Tratamento de crises de ausência em pacientes com ou mais de 3 anos de idade.
• Tratamento adjuvante de mioclonias negativas, crises astáticas e certos tipos de epilepsias mioclônicas
Seu sítio de ligação é a proteína alfa2-gama, uma subunidade dos canais de cálcio
voltagem-dependentes,

Apresenta uma absorção saturável → doses maiores pode haver menor absorção no
duodeno, levando a uma menor eficácia – Varia entre indivíduos

Não se liga a proteína plasmática, não interfere no metabolismo de outros fármacos e é


excretada pelos rins → ideal para idosos e pacientes polimedicamentados

Bem tolerada

Em crianças pode ocorrer distúrbio de comportamento

Poucos efeitos cognitivos


Este fármaco é bem absorvido e minimamente ligado às proteínas plasmáticas.

É parcialmente metabolizado no fígado, e cerca de 60% da dose é excretada


inalterada na urina. Pode ter metabolismo aumentado por fármacos que são indutores
enzimáticos.

Apresenta um largo espectro de eficácia

• Monoterapia para crises focais ou primariamente TCGs em pacientes mais de 10 anos de idade com
intolerância ou refratariedade a outros medicamentos de primeira linha.
• Terapia adjuvante para crises focais, primariamente generalizadas ou crises associadas com a síndrome
de Lennox-Gastaut* em pacientes mais de dois anos de idade.
*síndrome epilética pediátrica grave, com convulsões frequentes
▪ Efeitos adversos

Em pacientes com insuficiência renal recomenda-se utilizar metade da dose


Alguns estudos sugerem associação: lamotrigina + ácido valproico em pacientes
refratários

Há estudos demonstrando que a lamotrigina é mais bem tolerada do que a


carbamazepina em idosos

Cuidados: Anticoncepcionais orais diminuem a concentração plasmática de lamotrigina,


além do que, durante a gestação, o metabolismo deste fármaco encontra-se aumentado

Por conta dos menores riscos de teratogênese e por proporcionar menor ganho de peso
em relação ao ácido valproico, lamotrigina tem sido apontada como um medicamento de
escolha no tratamento da epilepsia mioclônica juvenil em mulheres em idade fértil
Dose depende se o outro anticonvulsivante é indutor ou não
Potencializa a neurotransmissão GABAérgica (inibe GABA-T)

As duas maiores indicações clínicas deste fármaco são o tratamento de crises do tipo espasmos
infantis e de crises focais refratárias.

Uso adultos restringe-se a pacientes com epilepsia grave que não respondem a outros
medicamentos anticonvulsivantes devido a seus potenciais graves efeitos adversos

A vigabatrina piora crises generalizadas primárias, provoca aumento de ausências e pode


desencadear crises mioclônicas. É contraindicada para epilepsias mioclônicas e para crises
TCG primárias

Indicações:

• Monoterapia no tratamento de espasmos infantis.


• Terapia adjunta para crises focais com ou sem generalização secundária em pacientes de qualquer idade.
FDA

associada a anemia aplástica e


insuficiência hepática, ambas as
situações potencialmente fatais.
anormalidades esqueléticas, fenda palatina, atraso no
crescimento fetal e aumento da mortalidade fetal.

usar 5 mg de ácido
fólico antes e durante a
gestação e a vitamina K
▪ usar 5 mg de ácido fólico antes e durante a gestação e a vitamina K deverá ser
deverá ser administrada
administrada no último mês da gravidez
no último mês da
gravidez

meningomielocele

Eficácia similar ao topiramato. Mecanismo diferente.


intra-ósseo é usado principalmente para garantir rapidamente um acesso venoso quando há algum retardo ou dificuldade para acesso venoso periférico.
▪ https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/junho/28/Portaria-
Conjunta.pdf

▪ https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/02/pcdt-epilepsia-
livro-2013.pdf

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