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ESDEC

Escola de defesa civil do estado do Rio de Janeiro


TREINAMENTO EM
CAPELANIA
OPERACIONAL EM
DESASTRE - TCOD
JOELSON DE OLIVEIRA - Ten Cel
Católico Apóstólico Romano
Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão
Mestre em Segurança e Defesa Civil - UFF
Analista de Perfil Comportamental

Coordenador Geral das REDECs

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A CAPELANIA AO LONGO DOS TEMPOS
Dá Origem ao Suporte Operacional em Desastre

JOELSON - TEN CEL

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HISTÓRIA – DEFESA CIVIL
NO MUNDO

No Mundo, as primeiras ações dirigidas para a defesa da


população foram realizadas nos países envolvidos com a
Segunda Guerra Mundial. O primeiro país a preocupar-se com a
segurança de sua população foi a Inglaterra, que após os ataques
sofridos entre 1940 e 1941, instituiu a CIVIL DEFENSE (Defesa
Civil), quando foram lançadas toneladas de bombas sobre as
principais cidades e centros industriais ingleses, causando
milhares de perdas de vida na população civil ultrapassando
assim o meio militar. ESDEC
HISTÓRIA – DEFESA CIVIL
NO BRASIL

DEFESA CIVIL NO BRASIL - Em agosto de 1942, quando os


alemães, através do submarino U-507 afundaram mais dois
navios brasileiros, o vapor Itagiba(1) e o cargueiro Arará(2)
causando 56 vítimas fatais, foi criado através do Governo Federal,
o Serviço de Defesa Passiva Antiáerea(SDPA) no Brasil.
Durante a guerra foram 35 navios atacados com 1081 óbitos e
1686 sobreviventes.

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HISTÓRIA – DEFESA CIVIL
NO BRASIL

1942 - O Serviço de Defesa Passiva Antiaérea(SDPA) foi criado


em função dos protestos e da indignação da população exigindo
uma resposta imediata do governo aos ataques dos alemães.
Também foi decretada a obrigatoriedade do ensino sobre defesa
passiva nas escolas.
Uma participação relevante do Corpo de Bombeiros no processo
de Defesa Civil, em nosso país, este teve como missão, treinar a
população para a defesa passiva, com exercícios diurnos e
noturnos. ESDEC
HISTÓRIA – DEFESA CIVIL
NO BRASIL
Material impresso com as recomendações em caso de alarme.
Serviço de Defesa Passiva Antiaérea (1942).

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HISTÓRIA – DEFESA CIVIL
NO BRASIL

1943, a denominação de Defesa Passiva Antiaérea é alterada


para Serviço de Defesa Civil, sob a supervisão da Diretoria
Nacional do Serviço da Defesa Civil, do Ministério da Justiça e
Negócios Interiores.

1946, é extinto o Serviço de Defesa Civil, bem como, as Diretorias


Regionais criadas nos Estados, Territórios e no Distrito Federal.

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HISTÓRIA – DEFESA CIVIL
NO BRASIL

A enchente de janeiro de 1966,


noticiada na época como "o maior
temporal de todos os tempos", matou
cerca de 250 pessoas e feriu mais de
mil. Chuva intensa por quatro dias com
média incrível 250 mm/dia. Provocou
mais de mil desabamentos em vários
bairros, deixando 50 mil desalojados
na cidade do Rio de Janeiro. Também
houve uma epidemia de leptospirose,
causando 70 vítimas. ESDEC
HISTÓRIA – DEFESA CIVIL
NO BRASIL

1966, Em consequência da grande


enchente no Sudeste do Estado da
Guanabara, foi criado o Grupo de
Trabalho com a finalidade de estudar a
mobilização dos diversos órgãos
estaduais em casos de catástrofes.
Este grupo elaborou o Plano Diretor
de Defesa Civil do Estado da
Guanabara, definindo atribuições para
cada órgão componente do Sistema
Estadual de Defesa Civil. ESDEC
HISTÓRIA – DEFESA CIVIL
NO BRASIL

O Decreto Estadual nº 722, de


18 de novembro de 1966, que
aprovou o Plano Diretor,
estabelecia, ainda, a criação
das primeiras Coordenadorias
Regionais de Defesa Civil -
REDEC no Brasil.

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HISTÓRIA – DEFESA CIVIL
NO BRASIL

O então Estado da Guanabara,


por meio do Decreto Estadual n.
1.373, de 19 de dezembro de
1966, organizou a Comissão
Central de Defesa Civil do
Estado e deu outras
providências, tornando-se o
primeiro ente federado a dispor
de uma Defesa Civil Estadual
organizada.
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HISTÓRIA – DEFESA CIVIL
NO BRASIL

ESDEC
LEI 12.608, de 10 de abril de 2012

Institui a Política Nacional de Proteção e Defesa


Civil - PNPDEC; dispõe sobre o Sistema Nacional
de Proteção e Defesa Civil - SINPDEC e o
Conselho Nacional de Proteção e Defesa Civil -
CONPDEC;

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SISTEMA NACIONAL DE DEFESA
CIVIL

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HISTÓRIA DA CAPELANIA NO MUNDO

História de São Martinho de Tours

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HISTÓRIA DA CAPELANIA NO MUNDO

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HISTÓRIA DA CAPELANIA NO BRASIL

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HISTÓRIA DA CAPELANIA NO CBMERJ

CAPELA SÃO JOÃO DE DEUS ESDEC



CAPELANIA

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CAPELANIA

A Capelania é o amparo, acolhimento e proteção


espiritual, além de uma ação de ajuda humanitária,
que pode ser prestado em qualquer segmento
organizado da sociedade, por ministros, líderes
religiosos, diáconos, presbíteros, obreiros
dispensados a este Ministério, ou seja, pessoas
vocacionadas ao Serviço. ESDEC
CAPELANIA

O trabalho de Capelania não tem por objetivo


atender pessoas de uma determinada
denominação religiosa, mas visa acolher todo
e qualquer ser humano disposto a receber
auxílio espiritual e ouvir uma palavra de
consolo, conforto e encorajamento. ESDEC
CAPELANIA

A capelania complementa o atendimento dispensado ao indivíduo por


parte dos médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais,
agentes prisionais, professores, Bombeiros Militares, entre outros,
como o foco do ministério da presença. O Capelão deve incutir nas
vítimas e familiares, o senso de tranquilidade e confiança,
preparando-os psicologicamente para o tratamento e o
desdobramento que se seguirá. Essas pessoas precisam de
acolhimento, compreensão e amor e esperam encontrar tais
atribuições na figura do Capelão (ã) ESDEC
CAPELANIA

A Capelania em Desastres funciona homem a homem, com o


acolhimento prático e diferenciado para cada pessoa e situação,
inicia-se in loco e segue com o acompanhamento devido
individual ou em pequenos grupos de apoio. Neste caso, a
Capelania engessada das cerimônias, dá lugar aos encontros
espontâneos ou agendados, porém não ensaiados ou com uma
programação pré estabelecida, o que exige do Capelão um
preparo integral para exercer tal missão. ESDEC
TIPOS DE CAPELANIA

● Militar; ● Esportiva;
● Hospitalar; ● Familiar;
● Prisional; ● Fúnebre;
● Escolar e Universitária; ● etc
● Empresarial;
● Social;
● Ecológica;
ESDEC
OBJETIVO DA CAPELANIA

Ajudar na missão de visitação aos necessitados


espiritualmente e psicologicamente, seja o
afetado ou seus parentes que vivem uma crise
em função do DESASTRE, visando a resiliência e
a recuperação emocional dos mesmos e a
integração social
ESDEC
OBJETIVO DO CURSO TCOD

Ensinar a prática da Capelania nas fases de


resposta e reconstrução da Defesa Civil em
situações de Desastres, visando a Operacionalidade,
nos cuidados emocional e espiritual dos afetados,
inclusive, e se assim for necessário, nos profissionais
atuantes na linha de frente das diversas
conseqüências de um Desastre. ESDEC
FASES DA DEFESA CIVIL

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CAPELÃO

Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus


Cristo, Pai das misericórdias e Deus de toda
consolação, que nos consola em todas as nossas
tribulações, para que, com a consolação que
recebemos de Deus, possamos consolar os
que estão passando por tribulações.
(2 Coríntios 1:3-4)
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CAPELÃO

O Capelão (ã) é um agente ou ministro


religioso devidamente preparado a
prestar assistência espiritual e a realizar
reuniões religiosas e projetos sociais em
comunidades, entidades e organizações
diversas. ESDEC
CAPELÃO

Tudo o que fizerem, façam de todo o coração,


como para o Senhor, e não para os
homens,sabendo que receberão do Senhor a
recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor,
que vocês estão servindo.
(Colossenses 3:23-24)
ESDEC
CAPELÃO

A missão do Capelão (ã) é colaborar na formação


integral do ser humano para o exercício saudável de
sua cidadania, além do cuidado com sua saúde
emocional através de seu estado mental, por meio da
revelação de Deus; Oferecendo lhe oportunidade de
reflexão, autoconhecimento e aplicação de valores e
princípios éticos sociais e cristãos ESDEC

RELIGIOSIDADE

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RELIGIOSIDADE

ESDEC
RELIGIOSIDADE

O seu objetivo principal não é a conversão do


afetado, mas você vai levar o conforto através de
sua fé;
O importante não é ganhar uma alma para Jesus,
mas é levar conforto e deixar Deus trabalhar
através de você e do Espírito Santo de Deus
ESDEC
RELIGIOSIDADE

Você é luz e sal, você tem que ser o representante


de Deus na vida do afetado.

Não é que Jesus permitiu, mas que Deus vai está


com ele ajudando passar pela dificuldade.

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PROSELITISMO

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RELIGIOSIDADE

Preconceito das Pessoas

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Direitos e Deveres

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DIREITOS E DEVERES

LAICO
X
LAICISTA
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CONTITUIÇÃO 1988

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de


qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
nos termos seguintes:
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de
assistência religiosa nas entidades civis e militares de
internação coletiva; ESDEC
INTERNAÇÃO COLETIVA

A assistência religiosa referida abrangerá todos


os locais de internação coletiva como presídios,
estabelecimentos hospitalares, clínicas,
sanatórios, casas de recuperação de drogados,
quartéis e assemelhados, desde que não
contrários à ordem pública e aos bons
costumes. ESDEC
CONSTITUIÇÃO 1988

Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal


e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas,
subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter
com eles ou seus representantes relações de dependência
ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de
interesse público;
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LEI DE INTERESSE PÚBLICO

LEI No 9.790, DE 23 DE MARÇO DE 1999

I - promoção da assistência social;


III - promoção gratuita da educação, observando-se a
forma complementar de participação das organizações de
que trata esta Lei;
VI - defesa, preservação e conservação do meio ambiente
e promoção do desenvolvimento sustentável;
VII - promoção do voluntariado;
ESDEC
LEI DE INTERESSE PÚBLICO

VIII - promoção do desenvolvimento econômico e social e


combate à pobreza;

XI - promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos


humanos, da democracia e de outros valores universais;

ESDEC
LIBERDADE RELIGIOSA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988


Art. 5º
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de
crença, sendo assegurado o livre exercício dos
cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a
proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
ESDEC
LIBERDADE RELIGIOSA
A liberdade religiosa possibilita que
as pessoas creiam se quiserem, no
que quiserem e da maneira que
quiserem, além de garantir que não
sejam obrigadas ou constrangidas
a ouvir um anúncio de fé nessa
dimensão da capelania.
Manual Prático de Direito Religioso
Antônio Carlos Jr ESDEC
LIBERDADE RELIGIOSA

ESDEC
DISCURSO PROSELITISTA
No que toca especificamente à liberdade de expressão religiosa
cumpre reconhecer, nas hipóteses de religiões que se alçam a
universais, que o discurso proselitista é da essência de seu
integral exercício. De tal modo, a finalidade de alcançar o outro,
mediante persuasão, configura comportamento intrínseco a
religiões de tal natureza. Para a consecução de tal objetivo, não
se revela ilícito, por si só, a comparação entre diversas religiões,
inclusive com explicitação de certa hierarquização ou
animosidade entre elas.
STF. 1ª turma. Recurso Ordinário em Habeas Corpus nº 134682. julg. 29/11/2016
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DISCURSO DISCRIMINATÓRIO
O discurso discriminatório criminoso somente se materializa
após ultrapassadas três etapas indispensáveis. Uma de caráter
cognitivo, em que atestada a desigualdade entre grupos e/ou
indivíduos; outra de viés valorativo, em que se assenta suposta
relação de superioridade entre eles e, por fim; uma terceira, em
que o agente, a partir das fases anteriores, supõe legítima a
dominação, exploração, escravização, eliminação, supressão ou
redução de direitos fundamentais do diferente que compreende
inferior.
STF. 1ª turma. Recurso Ordinário em Habeas Corpus nº 134682. julg. 29/11/2016
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DISCRIMINAR

ESDEC
DISCORDAR X AGREDIR

Você pode dizer que, sem Cristo, as pessoas


irão para o inferno, que a reencarnação é ilógica
e não provada ou que ser ateu revela
desconhecimento da profundidade e da beleza
do universo
Por outro lado, você não deve associar todos
os mulçumanos com o terrorismo, dizer que
todo ateu é um criminosos ou instigar os fiéis a
destruírem imagens católicas ou apedrejarem
terreiros de umbanda. ESDEC
DISCORDAR X AGREDIR

ESDEC
“ MOTIVAÇÃO PARA
FAZER CAPELANIA

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MOTIVAÇÃO PARA FAZER
CAPELANIA

EXERCER A SOLIDARIEDADE HUMANA


(Gn 1:27) E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem
de Deus o criou; homem e mulher os criou.

Nós temos sede da divindade, por sermos sua


imagem e semelhança
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MOTIVAÇÃO PARA FAZER
CAPELANIA

EXERCER A SOLIDARIEDADE HUMANA


(1 Cor 6:19) Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do
Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e
que não sois de vós mesmos?

ISSO É TREMENDO: isso nos diferencia dos animais


ESDEC
MOTIVAÇÃO PARA FAZER
CAPELANIA
(Mt 25: 35-40) “Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e
destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;
Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e
foste me ver. Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor,
quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te
demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos?
ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e
fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo
que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o
fizestes.”
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MOTIVAÇÃO PARA FAZER
CAPELANIA

CUIDAR DA SOCIEDADE
(1Cor12: 26-27) Quando um membro sofre, todos os outros
sofrem com ele; quando um membro é honrado, todos os
outros se alegram com ele. Ora, vocês são o corpo de Cristo,
e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo.
Se você fizer para um irmão, está fazendo para Deus.
Pensar no bem comum. ESDEC
MOTIVAÇÃO PARA FAZER
CAPELANIA

EVANGELIZAR

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MOTIVAÇÃO PARA FAZER
CAPELANIA

EXERCER A SOLIDARIEDADE HUMANA


(2 Cor 5:20) Portanto, somos embaixadores de Cristo, como
se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso
intermédio. Por amor a Cristo lhes suplicamos:
Reconciliem-se com Deus.

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PERGUNTAS DE DOR

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RESPOSTA DE ESPERANÇA

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RESPOSTA DE ESPERANÇA

Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza,


auxílio sempre presente na adversidade.
Por isso não temeremos, embora a terra
trema e os montes afundem no coração do
mar,
embora estrondem as suas águas
turbulentas e os montes
sejam sacudidos pela sua fúria.
(Salmos 46:1-3)
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RESPOSTA DE ESPERANÇA

A Capelania também deve ser


entendida como um ministério de
consolo, como Cristo fazia, sem
enfoque religioso, com o propósito de
levar conforto às pessoas na hora da
aflição, fé em ocasiões de tragédia e
esperança quando tudo parecer que é o
fim. ESDEC
Quantas vezes você teve dificuldade com a sua
própria personalidade?
Sanguíneo Fleumático

Colérico Melancólico
OBRIGADO!!!
Cel BM Joelson Oliveira
Coordenador Geral das REDECs

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