Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Suporte Basico de Vida e Socorro de Emergencia
Suporte Basico de Vida e Socorro de Emergencia
Emergência
Brasília-DF.
Elaboração
Carlos Alcantara
Marta Peres Sobral Rocha
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA.............................................................................................. 21
CAPÍTULO 3
UNIDADE II
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
UNIDADE III
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
AFOGAMENTO........................................................................................................................ 91
CAPÍTULO 4
CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRAUMA....................................................................................... 96
REFERÊNCIAS................................................................................................................................. 107
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
6
Atenção
Saiba mais
Sintetizando
7
Introdução
O Suporte Básico de Vida compreende o atendimento prestado a uma vítima de
mal súbito ou trauma, visando manter seus sinais vitais e preservar a vida, além de
evitar o agravamento das lesões existentes, até que uma equipe especializada possa
transportá-la ao hospital e oferecer-lhe um tratamento definitivo.
Objetivos
»» Aplicar corretamente procedimentos voltados para o atendimento de
urgência e emergência prestado aos pacientes no ambiente extra-hospitalar.
8
SUPORTE BÁSICO DE UNIDADE I
VIDA
CAPÍTULO 1
Atendimento pré-hospitalar e avaliação
inicial da vítima
Fernando Barreiro
É preciso definir e diferenciar o que vem a ser então uma situação de urgência ou
emergência. Segundo o Conselho Federal de Medicina (Resolução CFM no 1451/1995),
“define-se por urgência a ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco
potencial de vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata”. Por sua vez,
9
UNIDADE I │ SUPORTE BÁSICO DE VIDA
De forma mais objetiva, a urgência é uma situação em que não existe risco imediato à
vida (ou risco de morte). O atendimento requer rapidez, mas o paciente pode aguardar
tratamento definitivo e solução em curto prazo (algumas literaturas referem-se a um
prazo de até 24 horas), tendo um caráter menos imediatista.
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Atendimento_pr%C3%A9-hospitalar>
<http://www.anvisa.gov.br/reblas/manual_primeiros_socorros.pdf>
10
SUPORTE BÁSICO DE VIDA │ UNIDADE I
<http://www.scamilo.edu.br/pdf/mundo_saude/58/08a15.pdf>
<www.fmrp.usp.br/revista/1999/vol32n4/uma_breve_revisao_atendimento_
medico_pre_hospitalar.pdf>
<http://www.scielo.br/pdf/ape/v19n3/a04v19n3.pdf>
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Primeiros_socorros>
As condições essenciais para que esses objetivos sejam alcançados são: pessoal
qualificado e devidamente treinado; veículos de transporte apropriados e equipados,
sendo inclusive dotados de meio de comunicação direta com o centro que receberá
a vítima e hospitais de referência estrategicamente localizados, com infraestrutura
material e recursos humanos adequados.
<http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Politica%20Nacional.pdf>.
11
UNIDADE I │ SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Assim, as equipes de suporte básico de vida, quando atuam de forma integrada e bem
treinada, podem acessar, ao mesmo tempo, a avaliação e a conduta para a ventilação e
a circulação.
12
SUPORTE BÁSICO DE VIDA │ UNIDADE I
13
UNIDADE I │ SUPORTE BÁSICO DE VIDA
14
SUPORTE BÁSICO DE VIDA │ UNIDADE I
Fica mantida a sequência utilizada C-A-B levando ao mesmo conceito de que quanto
mais rápido iniciar as compressões a vítima terá mais chances de sobrevida, visto o
início precoce das compressões.
A maior parte dos pacientes que sofrem PCR inicialmente apresenta Fibrilação
Venticular (FV) ou Taquicardia Ventricular (TV) sem pulso. Diante disso, as medidas
16
SUPORTE BÁSICO DE VIDA │ UNIDADE I
V – Verbal: nesse estágio a vítima ainda atende ao estímulo verbal dado pelo socorrista
(comando de voz), no entanto, pode apresentar-se confusa e emitir palavras desconexas.
Devemos considerar que essa vítima poderá perder a consciência a qualquer momento,
portanto ela deve ser estimulada a se manter acordada.
D – Doloroso: nesse estágio a vítima não atende mais aos estímulos verbais do
socorrista, apesar de poder emitir sons ou gemidos, mas sem capacidade de contato
visual direto. Realiza-se um estímulo doloroso (sobre o esterno, trapézio ou leito
ungueal) para obter qualquer resposta da vítima (localizar a dor, reagir com caretas,
movimentos, gemidos). É bom lembrar que, em muitos casos, a vítima estará em um
estado de semiconsciência e poderá até mesmo ouvir e sentir o que acontece ao seu
redor. Dessa forma, o socorrista também deverá estimular o retorno da vítima ao estado
de resposta verbal, incentivando a melhora do seu nível de consciência.
18
SUPORTE BÁSICO DE VIDA │ UNIDADE I
»» O que aconteceu?
A – Alergias
M – Medicamentos
P – Passado médico
L – Líquidos e alimentos
A – Ambiente (eventos relacionados ao trauma ou emergência clínica)
Durante a avaliação secundária, proceder, ainda, à avaliação dos sinais vitais, observar
a cor da pele e verificar o nível de consciência. Destacamos abaixo algumas observações
e “dicas” quanto aos dados obtidos pelo socorrista durante a realização dessa etapa.
19
UNIDADE I │ SUPORTE BÁSICO DE VIDA
11. Dilatação pupilar bilateral e não reativa sugere dano cerebral grave.
<http://www.bombeirosemergencia.com.br/analiseprimaria.html>
<http://www.marski.org/download/altamontanha/Manual-de-APH02.pdf>
<http://www.uniandrade.edu.br/links/menu3/publicacoes/revista_enfer
magem/oitavo_a_manha/artigo15.pdf>.
20
CAPÍTULO 2
Parada cardiorrespiratória
É claro que toda pessoa com alguma possibilidade de ser salva deve ser reanimada.
No entanto, como saber que essa chance existe e quando devemos considerar a pessoa
morta? Sabemos que uma vítima estará morta quando houver parada total e irreversível
de suas funções encefálicas. Quando essas estruturas cessam suas funções de forma
irreversível, podemos afirmar que ela se encontra morta e não há mais nada a ser feito.
“A parada total e irreversível das funções encefálicas equivale à morte, conforme critérios
já bem estabelecidos pela comunidade científica mundial.” (Trecho da Resolução do
Conselho Federal de Medicina n° 1.480/1997, de 8/8/1997).
21
UNIDADE I │ SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Parada respiratória
A vítima interrompe os movimentos respiratórios, mas o coração pode continuar
bombeando sangue durante alguns minutos e a circulação continua enviando
oxigênio dos pulmões para os tecidos. Se houver uma intervenção precoce, é possível
reverter o quadro e prevenir a parada cardíaca. Do contrário, ocorrerá interrupção do
funcionamento do coração enquanto bomba cardíaca, a circulação será suspensa e o
quadro se agravará com parada cardiorrespiratória.
»» Afogamento.
»» Inalação de fumaça.
»» Overdose de drogas.
22
SUPORTE BÁSICO DE VIDA │ UNIDADE I
A RCP não é capaz de evitar lesão cerebral por períodos prolongados. Com o tempo
(minutos) a circulação cerebral obtida com as compressões torácicas vai diminuindo
progressivamente até se tornar ineficaz. Durante a RCP a pressão sistólica atinge de 60
a 80mmHg, mas a pressão diastólica é muito baixa, diminuindo a perfusão de vários
órgãos, entre os quais o coração. As paradas por fibrilação ventricular só podem ser
revertidas pela desfibrilação (tratamento definitivo).
23
UNIDADE I │ SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Figura 3.
Fonte: <http://www.erc.edu>.
24
CAPÍTULO 3
Protocolo de reanimação
cardiopulmonar – diretrizes 2015
(KOUVENHOVEN, 1960.)
<https://eccguidelines.heart.org/wp-content/uploads/2015/10/2015-AHA-
Guidelines-Highlights-Portuguese.pdf>
<http://apps.einstein.br/revista/arquivos/PDF/2075-ECv9n2_99-101.pdf>
<http://www.erc.edu/index.php/guidelines_download/en>.
25
UNIDADE I │ SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Figura 5.
Fonte: <http://circ.ahajournals.org>.
O DEA deverá ser usado assim que estiver disponível (No aparelho monofásico: choque
de 360 joules. No aparelho bifásico: até 200j).
Observações:
27
UNIDADE I │ SUPORTE BÁSICO DE VIDA
<https://eccguidelines.heart.org/wp-content/uploads/2015/10/2015-AHA-
Guidelines-Highlights-Portuguese.pdf>
As novas recomendações fazem com que o suporte móvel de emergência seja acionado
mais brevemente e que o profissional de saúde inicie o mais breve as compressões
torácicas. Contudo, é de extrema importância que o profissional de saúde avalie pulso e
respiração com frequência a fim de subsidiar informações ao serviço móvel.
28
SUPORTE BÁSICO DE VIDA │ UNIDADE I
Figura 6.
Figura 7.
29
UNIDADE I │ SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Guidelines
<https://eccguidelines.heart.org/wp-content/uploads/2015/10/2015-AHA-
Guidelines-Highlights-Portuguese.pdf>
<http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2013/Diretriz_Emergencia.pdf>
Vias aéreas
A ventilação pulmonar (respiração artificial) só poderá ser executada com sucesso caso
as vias aéreas da vítima estejam abertas, desobstruídas. Nas vítimas inconscientes, a
principal causa de obstrução é a queda da língua sobre a parede posterior da faringe.
Como a língua está presa à mandíbula, as manobras que tracionam a mandíbula
para frente também elevam a língua. A manobra de abertura das vias aéreas pode ser
suficiente para restabelecer a respiração e prevenir a parada cardíaca.
30
SUPORTE BÁSICO DE VIDA │ UNIDADE I
Figura 8.
Fonte: <http://circ.ahajournals.org>.
Figura 9.
Fonte: <http://circ.ahajournals.org>.
Observação – socorristas leigos não devem realizar essa manobra e sim a elevação do
queixo.
Atenção! De acordo com as diretrizes 2010, caso essa manobra não promova abertura
das vias aéreas, o profissional de saúde é orientado a utilizar a manobra convencional
(inclinação da cabeça e elevação do queixo), pois a abertura das vias aéreas é uma
prioridade nos pacientes inconscientes, inclusive nas vítimas de trauma.
31
UNIDADE I │ SUPORTE BÁSICO DE VIDA
remover o material que está causando a obstrução se ele estiver bem visível e de fácil
acesso.
Figura 10.
Fonte: <http://circ.ahajournals.org>.
Embora a perda de consciência seja a causa mais frequente de obstrução das vias aéreas
(pela queda da língua), a obstrução por corpos estranhos pode provocar a perda de
consciência e parada cardiopulmonar. A eventualidade de corpos estranhos obstruindo
as vias aéreas ocorre mais frequentemente durante as refeições, mas outras causas
de obstrução incluem próteses dentárias deslocadas, fragmentos dentários, sangue,
secreções (saliva, vômito), balas etc. Em lactentes ou crianças, as causas mais frequentes
são aspiração de pequenos objetos ou leite regurgitado.
A obstrução das vias aéreas pode ser parcial (semiengasgo) ou total (engasgo). Com
a parcial, a vítima ainda pode ser capaz de manter boa troca gasosa, caso em que
poderá tossir, apesar dos sibilos entre as tossidas. Enquanto existir uma troca gasosa
satisfatória, a vítima deverá ser estimulada e encorajada a persistir na tosse espontânea
e nos esforços respiratórios, sem interferir nas tentativas para expelir o corpo estranho.
A obstrução total das vias aéreas (engasgo real) é geralmente reconhecida quando a vítima
está se alimentando e, repentinamente, fica incapaz de falar ou tossir. Pode demonstrar
sinais de asfixia, agarrando o pescoço (sinal clássico, universal), apresentando esforço
respiratório exagerado e cianose. O movimento de ar pode estar ausente ou não ser
32
SUPORTE BÁSICO DE VIDA │ UNIDADE I
detectável. A vítima não consegue falar ou tossir com eficácia. O pronto atendimento
é urgente, preferencialmente enquanto a vítima ainda está consciente. Caso não seja
instituído tratamento, a vítima evolui rapidamente para inconsciência, PCR e óbito.
Como proceder?
MANOBRA DE HEIMLICH.
Essa técnica tem como objetivo expulsar o corpo estranho por intermédio da eliminação
do ar residual dos pulmões, criando uma espécie de “tosse artificial”.
Figura 11.
Fonte: <http://circ.ahajournals.org>.
»» Localizar o umbigo.
33
UNIDADE I │ SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Figura 12.
Fonte: <http://circ.ahajournals.org>.
Nos bebês (lactentes), intercalar 5 tapotagens com as 5 compressões torácicas, até que o
objeto seja expulso ou o bebê perca a consciência. Caso isso ocorra, considerar a criança
em parada cardiorrespiratória e iniciar imediatamente manobras de RCP.
34
SUPORTE BÁSICO DE VIDA │ UNIDADE I
Figura 13.
Boa ventilação
Após a desobstrução da via aérea por corpo estranho deve-se observar se a vítima tem
respiração normal ou gasping.
Figura 14.
Fonte: <http://www.erc.edu>.
Respiração difícil, ruidosa e com esforço respiratório pode indicar obstrução de vias
aéreas, ou respiração agônica que antecede a parada cardíaca. O socorrista deve estar
atento.
35
UNIDADE I │ SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Figura 15.
Fonte: <http://circ.ahajournals.org>.
Figura 16.
Fonte: <http://circ.ahajournals.org>.
36
SUPORTE BÁSICO DE VIDA │ UNIDADE I
é particularmente importante, pois permite que seja reduzido o risco de aspiração para
os pulmões, em caso de vômito ou excesso de sangue nas vias aéreas. A posição lateral
de segurança (posição de recuperação) é utilizada nos momentos em que a vítima
deverá ser lateralizada para desobstrução das vias respiratórias ou quando seu estado
exigir descanso.
Figura 17.
Fonte: <http://circ.ahajournals.org>.
Circulação
Após as duas ventilações iniciais, o prestador de socorro deve verificar o pulso da vítima.
O procedimento de verificação do pulso não deve demorar mais que 5 a 10 segundos.
Figura 18.
Fonte: <http://circ.ahajournals.org>.
Atenção! Verificar o pulso nas carótidas por 5 a 10 segundos de cada lado. No entanto,
não verificar o pulso nos dois lados ao mesmo tempo, pois poderá induzir a vítima
a uma bradicardia (diminuição dos batimentos cardíacos), por compressão dos
barorreceptores localizados próximos do ponto correto de verificação.
37
UNIDADE I │ SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Caso o pulso presente, mas a vítima estiver em parada respiratória, a ventilação artificial
deverá ser mantida.
Lembrete – vítima que respira não está em parada cardíaca! A realização de compressões
torácicas em pacientes adultos com pulso presente pode causar complicações sérias.
Se confirmada a ausência de pulso nas grandes artérias (carótida ou femoral), iniciar
imediatamente as compressões torácicas.
Figura 19.
Fonte:<http://circ.ahajournals.org> .
38
SUPORTE BÁSICO DE VIDA │ UNIDADE I
Figura 20.
Fonte: <http://circ.ahajournals.org>.
39
UNIDADE I │ SUPORTE BÁSICO DE VIDA
5. Na RCP realizada por dois socorristas, assim que uma via aérea avançada
estiver em posição (intubação orotraqueal), os socorristas não devem
mais aplicar ciclos de compressão com pausas para ventilação. Um
socorrista realiza compressões ininterruptamente e o outro socorrista
aplica as ventilações, em uma frequência de 8 a 10 ventilações por minuto
(1 ventilação a cada 6 segundos).
40
SUPORTE BÁSICO DE VIDA │ UNIDADE I
13. Abrir as vias aéreas é uma prioridade, mesmo na vítima de trauma com
possível lesão cervical. Caso a elevação da mandíbula sem a extensão do
pescoço não abra a via aérea, os profissionais de saúde devem utilizar a
manobra de inclinação da cabeça e elevação do queixo.
14. Aplicar, se a vítima adulta não estiver respirando, mas tiver pulso, 10 a
12 ventilações de resgate por minuto (1 ventilação a cada 6 segundos).
Para lactentes ou crianças, aplicar de 12 a 20 ventilações por minuto
(aproximadamente 1 ventilação a cada 3 a 5 segundos).
17. Na RCP de lactentes realizada por dois socorristas, utilizar a técnica dos
dois polegares para realizar as compressões torácicas.
41
UNIDADE I │ SUPORTE BÁSICO DE VIDA
18. Usar o DEA para crianças acima de um ano de idade (abaixo de um ano
utilizar o desfibrilador manual).
Modelos de desfibriladores:
42
URGÊNCIAS E
EMERGÊNCIAS NO UNIDADE II
AMBIENTE
EXTRA-HOSPITALAR
CAPÍTULO 1
Urgências e emergências
cardiovasculares
Atualmente, sabe-se que em grandes capitais o cidadão enfrenta cerca de uma hora de
trânsito por dia, tem menos de 30 minutos para cada refeição, segue com vários deveres
sociopolíticos, cultiva a ganância pelo aumento da renda e valoriza cada vez menos a
saúde, chegando ao ponto de trocá-la por status e bens materiais.
43
UNIDADE II │ URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NO AMBIENTE EXTRA-HOSPITALAR
Figura 25.
Figura 26.
44
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NO AMBIENTE EXTRA-HOSPITALAR │ UNIDADE II
<https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/institucional/gestao-da-qualidade/
Documents/protocolo-sca.pdf>
Como proceder?
Diante de uma vítima com possível quadro de IAM, deve-se acionar imediatamente o
serviço de socorro especializado (Suporte Avançado), monitorar os sinais vitais, colocar
a vítima em posição confortável (cabeça elevada 30º a 45º), afrouxar as roupas, gravata
ou cinto; ventilar o ambiente, não oferecer bebida ou comida, realizar manobras de
RCP (se necessário) e conduzir a vítima ao hospital o mais rápido possível.
Lembre-se que “tempo é músculo cardíaco!”, portanto o paciente com dor torácica e
suspeita de infarto agudo do miocárdio deverá ser encaminhado à emergência o quanto
antes, para avaliação diagnóstica e tratamento adequado. O atendimento ao paciente
com SCA deverá ser feito de forma rápida e organizada.
45
UNIDADE II │ URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NO AMBIENTE EXTRA-HOSPITALAR
<http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2015/02_TRATAMENTO%20
DO%20IAM%20COM%20SUPRADESNIVEL%20DO%20SEGMENTO%20ST.pdf>
<http://www.portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/5artigo_construcao_
cronicas.pdf>.
46
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NO AMBIENTE EXTRA-HOSPITALAR │ UNIDADE II
O Acidente Vascular Isquêmico é responsável por 80% dos casos de AVE. Essa
obstrução dos vasos cerebrais pode ocorrer devido a um ateroma (formação de placas
numa artéria principal do cérebro) ou tromboembolia (quando um trombo ou uma
placa de gordura originária de outra parte do corpo se solta e, pela rede sanguínea,
chega aos vasos cerebrais).
Figura 27.
47
UNIDADE II │ URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NO AMBIENTE EXTRA-HOSPITALAR
Figura 28.
Fatores de risco
Os fatores de risco aumentam a probabilidade de ocorrência de um acidente vascular
encefálico, no entanto muitos deles podem ser minimizados com tratamento médico
ou mudança nos estilos de vida. Entre os fatores de risco que podem ser modificados,
destacam-se os seguintes:
»» hipertensão;
»» diabetes;
»» tabagismo;
»» estresse;
»» dislipidemia;
»» sedentarismo;
»» doenças hematológicas.
48
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NO AMBIENTE EXTRA-HOSPITALAR │ UNIDADE II
»» idade;
»» etnia;
»» predisposição genética.
Manifestações clínicas
A sintomatologia depende da localização do processo isquêmico, do tamanho da área
isquêmica, da natureza e funções da área atingida e da disponibilidade de um fluxo
colateral. Muitos sinais e sintomas são comuns aos dois tipos de acidente vascular
encefálico.
»» cefaleia;
»» convulsões;
»» perda do equilíbrio;
»» tontura e fraqueza;
»» náuseas e vômitos;
»» alterações da memória.
<www.who.int>.
<www.abneuro.org.br>.
<http://www.msd-brazil.com/msdbrazil/patients/manual_Merck/mm_sec6_74.
html#section_3>.
49
UNIDADE II │ URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NO AMBIENTE EXTRA-HOSPITALAR
Atendimento inicial
O tratamento adequado a uma vítima desse acidente deve ser realizado dentro do
hospital, por uma equipe multiprofissional treinada e bem coordenada. Infelizmente,
muitos pacientes não chegam ao hospital a tempo de receber atendimento médico
apropriado; portanto, quanto mais cedo o paciente for atendido, melhor será o
prognóstico e maiores serão as chances de sobrevivência.
Mínimo 3, Máximo 15
Espontânea 4
À voz 3
Abertura ocular
À dor 2
Sem abertura 1
Orientada 5
Confusa 4
Resposta verbal Inapropriada 3
Incompreensível 2
Sem resposta 1
Obedece a comando 6
Localiza dor 5
Movimento de retirada 4
Resposta motora
Flexão à dor 3
Extensão à dor 2
Sem resposta 1
Fonte: <www.bibliomed.com.br>.
50
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NO AMBIENTE EXTRA-HOSPITALAR │ UNIDADE II
51
CAPÍTULO 2
Urgências e emergências neurológicas
Vertigem
A vertigem é uma falsa sensação de movimento ou de rotação ou a impressão de que
os objetos se movem ou rodam. Geralmente, ela é acompanhada por náusea e perda do
equilíbrio. Somente a tontura verdadeira – a que os médicos denominam vertigem –
causa uma sensação de movimento ou de rotação. A vertigem pode durar apenas alguns
instantes ou pode persistir por horas ou mesmo dias.
A vertigem deverá ser vista como um aviso de que o organismo da vítima está debilitado.
Os sintomas podem ser alterações da visão, dificuldade de andar, debilidade passageira
nas pernas, desorientação no espaço, alterações do equilíbrio até a inconsciência
completa. Essas alterações poderão estar associadas a hipoglicemia, hipotensão, entre
outros problemas de saúde.
Como proceder?
Sentar a vítima, colocar sua cabeça entre as pernas, com os braços caídos na lateral do
corpo. Pedir a ele que empurre a cabeça para cima, enquanto o socorrista a força para
baixo. Essa manobra aumenta o fluxo sanguíneo para o cérebro, melhorando o quadro
do paciente. Levar a vítima a procurar atendimento médico ou orientá-la para isso.
Síncope (desmaio)
A síncope, popularmente conhecida como desmaio, é uma perda súbita e transitória
da consciência. É um sinal de aporte inadequado do oxigênio e de outros nutrientes
ao cérebro, que geralmente é provocado por uma diminuição temporária do fluxo
sanguíneo.
Os indivíduos com esse tipo de problema podem sentir-se bem em repouso, mas podem
desmaiar durante o exercício, pois a demanda de oxigênio pelo organismo aumenta
subitamente. Esse tipo de desmaio é denominado síncope de exercício ou de esforço.
Com frequência, a pessoa desmaia após haver praticado exercício. Isso ocorre porque o
coração é incapaz de manter uma pressão arterial adequada durante o exercício.
Em geral, o desmaio causado pela tosse (síncope da tosse) ou pela micção excessiva
(síncope da micção) ocorre quando a quantidade de sangue que retorna ao coração
diminui durante a realização do esforço. O desmaio causado pela micção excessiva é
particularmente comum nos idosos.
Atenção! A síncope que ocorre subitamente com perda da consciência e se repete com
frequência é sugestiva de arritmias cardíacas ou alterações neurológicas (tipo pequeno
mal epilético).
Sinais e sintomas
A síncope pode ser precedida de alguns sinais e sintomas, antes do desmaio propriamente
dito (perda da consciência), como, por exemplo, fraqueza, tontura, relaxamento
muscular, escurecimento da vista, palidez e sudorese, pele fria, náuseas, pulso rápido
e fraco.
Como proceder?
Impedir que a vítima caia, para que não se machuque; deitá-la em decúbito dorsal,
elevando os membros inferiores cerca de 30 cm do chão, monitorar os sinais vitais,
afastar os curiosos, ventilar o ambiente e afrouxar as suas roupas, se necessário; não
dar tapas no rosto da vítima nem fazê-la cheirar amônia ou álcool. Se ela não acordar
em alguns minutos, chamar socorro. A síncope não é uma doença, mas um sinal de
que algo não está bem no organismo da pessoa. Portanto, mesmo que ela recobre a
consciência espontaneamente, oriente-a a procurar um serviço médico.
Crise convulsiva
Fonte: <http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/encyclopedia.html>.
53
UNIDADE II │ URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NO AMBIENTE EXTRA-HOSPITALAR
Uma convulsão é a resposta a uma descarga elétrica anormal no cérebro. O termo crise
convulsiva descreve várias experiências e comportamentos e não é o mesmo que uma
crise epilética, embora os termos sejam às vezes utilizados como sinônimos. Qualquer
coisa que irrite o cérebro pode produzir uma crise convulsiva. Dois terços dos indivíduos
que apresentam uma crise convulsiva jamais a apresentam novamente. Um terço
dos indivíduos continuarão a apresentar crises convulsivas recorrentes (transtorno
neurológico denominado epilepsia).
Consulte os sites:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Convuls%C3%A3o>.
<http://bvsms.saude.gov.br/html/pt/dicas/57convulcoes.html>.
O que ocorre exatamente durante uma convulsão depende da parte do cérebro que é
afetada pela descarga elétrica anormal. A descarga elétrica pode envolver uma área
mínima do cérebro, fazendo apenas com que o indivíduo perceba um odor ou sabor
estranho e tenha crises de ausência (crise convulsiva de “pequeno mal”), ou pode
envolver grandes áreas, acarretando uma convulsão (abalos e espasmos musculares
generalizados e descoordenados – convulsão de “grande mal”).
Os sinais e sintomas comuns das crises convulsivas são aura convulsiva, grito ou urro
epiléptico, perda de consciência, crise de ausência, convulsões tônico-clônicas, salivação
excessiva (sialorreia), descontrole urinário e (ou) intestinal.
Como proceder?
Proteger a vítima para que não se machuque, evitando sua queda ou protegendo
principalmente sua cabeça; afastar os curiosos e objetos que possam causar lesões, não
segurá-la e permitir que a crise ocorra. Em caso de vômito, lateralizar a sua cabeça;
desobstruir suas vias aéreas com gaze ou pano limpo, não colocar nada na boca da
vítima durante o ataque, não “puxar a língua” nem jogar água no seu rosto. Cessada
a crise, ela poderá encontrar-se sonolenta e desorientada. Mantenha-a em repouso,
em um ambiente calmo, silencioso e em observação constante até a recuperação
completa, monitorando os sinais vitais. Encaminhe-a ao hospital ou aguarde o serviço
de emergência.
54
CAPÍTULO 3
Urgências e emergências obstétricas
No parto normal, deve existir uma razão válida para interferir no processo
natural. (OMS)
Médicos e enfermeiros devem estar preparados para prestar assistência a uma paciente
em processo de gestação, parto e puerpério, reconhecendo os sinais da gestação de alto
risco, encaminhando para atendimento especializado quando necessário e prestando
orientações quanto à saúde reprodutiva, planejamento familiar e assistência pré-natal,
além de um atendimento humanizado e de qualidade ao parto.
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_32_
prenatal.pdf>
55
UNIDADE II │ URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NO AMBIENTE EXTRA-HOSPITALAR
SITUAÇÃO: relação entre o grande eixo longitudinal fetal e uterino. A situação pode ser
longitudinal, transversa e oblíqua (inclinada).
Figura 30.
O controle dos batimentos fetais deve ser realizado a cada hora do trabalho de parto,
durante e após a contração uterina. Dessa forma, na avaliação da dinâmica uterina,
sempre deve ser feita a ausculta do coração do feto. Na presença de complicações
(acelerações, desacelerações ou mecônio), a ausculta necessita ser verificada a cada 5,
10 ou 15 minutos, dependendo da situação.
56
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NO AMBIENTE EXTRA-HOSPITALAR │ UNIDADE II
Com relação ao número ideal de toques vaginais durante o trabalho de parto, a maioria
dos autores aceita que esse exame deve ser realizado o menor número de vezes possível.
Após sua realização, o examinador obterá todas as informações adequadas quanto às
características do colo uterino, à apresentação fetal, à bacia obstétrica, ao estado das
membranas amnióticas (bolsa) e à proporcionalidade. Esses dados necessitam ser
anotados no prontuário da parturiente. Existem relatos em que o excessivo manuseio
do canal do parto (número grande de toques vaginais) está relacionado à contaminação
da cavidade uterina, com infecções no pós-parto.
57
UNIDADE II │ URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NO AMBIENTE EXTRA-HOSPITALAR
Fase Ativa
59
UNIDADE II │ URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NO AMBIENTE EXTRA-HOSPITALAR
›› Em média, essa fase dura horas numa primeira gestação e 2 horas nas
gestações seguintes.
Segundo Estágio
Figura 33.
Esses sinais, observados pela pessoa que assiste o parto, indicam que o
nascimento é iminente e o socorrista deve preparar-se para auxiliar a
parturiente. Ela deve ser colocada em posição ginecológica e orientada a
respirar tranquilamente, repousando nos intervalos das contrações para
economizar energia.
60
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NO AMBIENTE EXTRA-HOSPITALAR │ UNIDADE II
Figura 34.
61
UNIDADE II │ URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NO AMBIENTE EXTRA-HOSPITALAR
62
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NO AMBIENTE EXTRA-HOSPITALAR │ UNIDADE II
63
UNIDADE II │ URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NO AMBIENTE EXTRA-HOSPITALAR
O profissional deve ficar atento para as perdas sanguíneas, que não podem
ser superiores a 500 ml, e as condições gerais da paciente. Deve, também,
registrar o horário de saída da placenta. Posteriormente, a placenta
deverá ser pesada e ter o registro do seu peso devidamente anotado.
Mortalidade materna
Segundo o Ministério da Saúde, a morte de mulheres em idade fértil por causas ligadas
à gravidez, ao aborto, ao parto e ao puerpério é, em sua grande maioria, evitável.
<http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/capitulo3_sb.pdf>
64
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NO AMBIENTE EXTRA-HOSPITALAR │ UNIDADE II
65
UNIDADE II │ URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NO AMBIENTE EXTRA-HOSPITALAR
<http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/urgencias%20e%20
emergencias.pdf>.
Uma assistência pré-natal de qualidade pode prevenir grande parte das complicações
surgidas no ciclo gravídico-puerperal, reduzindo significativamente a morbimortalidade
materna e (ou) fetal.
Figura 37.
Fonte: <http://www.assistebaby.com.br/nossos-conselhos/>
“Sim, os bebês têm necessidade de leite, mas muito mais de serem amados,
receberem carinho, serem levados, embalados, acariciados, pegos e
massageados”.
Frederick Leboyer
66
SITUAÇÕES ESPECIAIS
E ATENDIMENTO DE UNIDADE III
EMERGÊNCIA
CAPÍTULO 1
Intoxicações exógenas e acidentes
com animais peçonhentos
“Todas as substâncias são venenos, não existe nada que não seja veneno.
Somente a dose correta diferencia o veneno do remédio.”
Paracelsus, 1493-1541
<http://www.brasil.gov.br/saude/2012/04/acidentes>
Venenos ou tóxicos são substâncias químicas que podem causar danos ao organismo.
As intoxicações podem ser classificadas em três categorias: acidentais, ocupacionais e
intencionais. A maioria dos envenenamentos é acidental, mas também pode resultar de
tentativas de suicídio e, mais raramente, até de homicídio.
Não existem muitos antídotos (antagonistas específicos dos venenos) eficazes, sendo
muito importante tentar identificar a substância responsável pelo envenenamento o
mais breve possível.
Caso isso não seja conseguido de imediato, posteriormente devem ser feitas tentativas
de obter informações – e (ou) amostras – da substância e das circunstâncias em que
ocorreu o envenenamento. Uma substância tóxica pode penetrar no organismo por
diversos meios ou vias de administração.
»» Sudorese
»» Sialorreia e lacrimejamento
68
SITUAÇÕES ESPECIAIS E ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA │ UNIDADE III
»» Cefaleia
»» Alterações da consciência
»» Convulsões
»» Náuseas e vômitos
»» Choque e óbito
69
UNIDADE III │ SITUAÇÕES ESPECIAIS E ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA
Em caso de contato com a pele e (ou) olhos, lave a região atingida com bastante água
corrente e limpa.
<http://www.anvisa.gov.br/saneantes/cartilha_saneantes.pdf>.
O melhor a ser feito é remover a vítima para o hospital o mais rápido possível. O
envenenamento é um dos casos em que o socorrista poderá remover a vítima rapidamente
para o hospital sem aguardar o Suporte Avançado de Vida (SAV). Ligue para o Centro
de Informações Toxicológicas (CIT) e obtenha maiores informações sobre a substância
em questão.
<http://www.anvisa.gov.br/toxicologia/centros.htm>.
<http://www.anvisa.gov.br/toxicologia/informed/informed.htm>
<http://www.sbtox.org.br>.
70
SITUAÇÕES ESPECIAIS E ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA │ UNIDADE III
Animais venenosos são aqueles que produzem veneno, mas não possuem um
aparelho inoculador para injetá-lo. Provocam o envenenamento por contato (lagartas),
compressão (sapo) ou ingestão (peixe baiacu).
Acidente ofídico
Mordidas de cobras não peçonhentas não são consideradas sérias e geralmente são
tratadas como ferimentos leves; apenas as mordidas de cobras peçonhentas são
consideradas urgências médicas. Os sinais e sintomas aparecem de forma imediata em
somente um terço dos casos de mordidas de cobras peçonhentas e a maioria das pessoas
não apresenta sintomas, normalmente porque o veneno não foi injetado. É muito
importante saber identificar se o acidente foi causado por uma serpente peçonhenta
ou não. Para isso, observam-se características do local da mordida, assim como as
características da serpente que causou o acidente.
Fonte: <http://get-id.com.br>.
72
SITUAÇÕES ESPECIAIS E ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA │ UNIDADE III
As serpentes desse gênero são responsáveis pela maioria dos acidentes ofídicos
registrados no país (cerca de 90%), pois são espécies agressivas. Apreciam locais úmidos
e existem exemplares de Bothrops em todo território brasileiro. O veneno tem ação
proteolítica, coagulante e hemorrágica, com manifestações locais (de instalação precoce
e caráter evolutivo) e sistêmicas. A mordida provoca muita dor imediata, vermelhidão,
sangramento no local, edema, bolhas e necrose. As manifestações sistêmicas incluem
náuseas, vômitos, sudorese, hipotermia, hipotensão arterial, choque, hemorragias a
distância (epistaxe, gengivorragia, sangramento digestivo, hematúria etc.) e Insuficiência
Renal Aguda.
Menos agressivas que as jararacas, são responsáveis por cerca de 8% a 11% dos acidentes
ofídicos; no entanto, o ofidismo (envenenamento causado por mordida de cobra)
costuma ser de maior gravidade devido à frequência com que evolui para Insuficiência
Renal Aguda (IRA).
73
UNIDADE III │ SITUAÇÕES ESPECIAIS E ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA
74
SITUAÇÕES ESPECIAIS E ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA │ UNIDADE III
A coral é a serpente do Brasil que tem o veneno mais potente, porém, como já vimos, não é
a maior responsável pelos acidentes ofídicos. Essas serpentes peçonhentas não possuem
fosseta loreal (isto é uma exceção), cabeça triangular, nem um aparelho inoculador de
veneno tão eficiente quanto o das jararacas e cascavéis. O veneno é inoculado por meio
de presas pequenas e fixas. O que chama atenção é o seu padrão colorido, com anéis
vermelhos, brancos e pretos. Na prática, é difícil diferenciar uma coral verdadeira de
uma coral falsa, então, como regra e medidas de segurança, considera-se toda serpente
que possua os referidos anéis coloridos como sendo coral verdadeira. Portanto, é melhor
manter distância, pois estamos diante da serpente peçonhenta que possui o veneno
mais tóxico existente aqui no Brasil.
75
UNIDADE III │ SITUAÇÕES ESPECIAIS E ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA
Fonte: <www.dreyfus.ib.usp.br>.
Fonte: <www.fiocruz.br>.
76
SITUAÇÕES ESPECIAIS E ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA │ UNIDADE III
As serpentes desse gênero vivem em regiões de matas fechadas, como floresta Amazônica
e mata Atlântica, tornando os acidentes raros. São consideradas as maiores serpentes
peçonhentas das Américas, podendo atingir 3,5m.
Quadro 1. Resumo geral do quadro clínico de acidentes causados por serpentes dos gêneros Bothrops,
Crotalus,Lachesis e Micrurus.
Adaptado de <www.cevap.org.br>.
Acidente aracnídico
77
UNIDADE III │ SITUAÇÕES ESPECIAIS E ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA
A armadeira é responsável pelo maior número de acidentes no Brasil, por ser uma
aranha muito comum e extremamente agressiva. Não faz teia, é encontrada em
bananeiras, folhagens, entre madeiras, pedras empilhadas e no interior das residências.
Tem coloração marrom-escura ou acinzentada, com manchas claras formando pares no
dorso do abdome e atinge até 12 cm de diâmetro.
78
SITUAÇÕES ESPECIAIS E ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA │ UNIDADE III
A evolução mais frequente é a forma “cutânea” (87% a 98% dos casos): a manifestação
local se acentua nas primeiras 24 – 72 horas, podendo ocorrer edema, calor e rubor,
com ou sem dor em queimação, inchaço duro e aparecimento de bolha com conteúdo
seroso; aparece um ponto de necrose central (escuro); surgem outros sinais e sintomas
como febre, mal-estar geral e ulceração local.
79
UNIDADE III │ SITUAÇÕES ESPECIAIS E ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA
Possui um corpo negro (ou marrom) e brilhante, pernas finas e uma marca vermelha
ou alaranjada em seu abdome, normalmente na forma de uma ampulheta ou de dois
triângulos. É encontrada em áreas secas, isoladas e com pouca luz; elas constroem
teias irregulares e extremamente fortes. No Brasil, duas espécies são responsáveis por
acidentes, que ocorrem do Sul até o litoral do Rio de Janeiro.
80
SITUAÇÕES ESPECIAIS E ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA │ UNIDADE III
Acidente escorpiônico
Os acidentes com escorpiões são menos frequentes do que com aranhas, pois eles são
pouco agressivos (picam para se defender) e têm hábitos noturnos. A visão é pouco
desenvolvida, orientam-se pela vibração do ar e do solo e localizam suas presas pelo
tato. São facilmente encontrados em pilhas de madeira, sob cascas de árvores, pedras,
troncos, tijolos, cupinzeiros, entulhos, dentro das residências, no interior de sapatos e
botas.
O escorpião amarelo é o responsável pela maioria dos casos graves em nosso meio,
especialmente nos acidentes envolvendo crianças. O veneno está localizado em uma
pequena bolsa situada antes do ferrão, ao final da cauda. O ferrão (aguilhão) perfura e
inocula o veneno na vítima.
81
UNIDADE III │ SITUAÇÕES ESPECIAIS E ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA
<http://portal.saude.gov.br/portal/ arquivos/pdf/manu_peconhentos.pdf>.
<http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/cidadao/temas-de-saude/
animais_peconhentos.pdf>
<http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/
svs/acidentes-por-animais-peconhentos>
Essa é uma emergência médica prioritária, ocorrência grave, causada por uma reação
alérgica intensa, de hipersensibilidade (geralmente a picadas de insetos – abelhas,
vespas – alimentos ou medicamentos). A reação anafilática ocorre em questão de
segundos ou minutos após o contato com a substância a que a vítima é alérgica.
Entre aqueles que morrem de choque anafilático, 60% a 80% morre por não conseguir
respirar (em virtude do edema de vias aéreas) e 25% morre da própria condição
circulatória do choque.
82
SITUAÇÕES ESPECIAIS E ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA │ UNIDADE III
Figura 55.
83
CAPÍTULO 2
Queimaduras e choque elétrico
<http://sbqueimaduras.org.br/wp/wp-content/uploads/2013/04/Cartilha_
MS_2012.pdf>
<http://www.who.int/surgery/publications/Burns_management.pdf>
<http://www.scribd.com/doc/6584336/Cap-21-Queimaduras>.
84
SITUAÇÕES ESPECIAIS E ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA │ UNIDADE III
Figura 56.
Como proceder?
Afaste a vítima de perto da fonte causadora da queimadura, resfrie o local com água fria
ou pano úmido e proteja o local atingido. Ofereça líquidos à vítima.
Fonte: <http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/encyclopedia.html>.
85
UNIDADE III │ SITUAÇÕES ESPECIAIS E ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA
Como proceder?
Não furar as bolhas porque elas protegem o local contra infecção e aceleram o processo
de cicatrização. Não tentar retirar coisa alguma que esteja grudada à pele (por exemplo,
roupas).
Não aplicar pomadas, líquidos, cremes, pastas dentais ou qualquer outra substância
sobre a queimadura. Proteger o local atingido e encaminhar a vítima ao atendimento
médico o mais breve possível.
Fonte: <http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/encyclopedia.html>.
Figura 59.
Fonte: <http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/encyclopedia.html>.
86
SITUAÇÕES ESPECIAIS E ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA │ UNIDADE III
Fonte: <http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/encyclopedia.html>.
Como proceder?
Siga as mesmas regras para as queimaduras de 2° grau. Se a vítima estiver com as roupas
em chamas, abafe o fogo com um cobertor ou algo similar; deite a vítima, colocando a
cabeça e o tórax mais baixos que o corpo. Cubra o local atingido com pano limpo, de
preferência compressa ou gaze estéril, embebida em vaselina estéril. Monitore os sinais
vitais e transporte a vítima para o hospital o mais rápido possível.
<http://www.anaisdedermatologia.org.br/public/artigo.aspx?id=5>.
87
UNIDADE III │ SITUAÇÕES ESPECIAIS E ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA
Como proceder?
Evite o contato direto com a vítima se ela ainda estiver sofrendo o choque elétrico;
procure desligar a fonte de energia e se não for possível, afaste-a da fonte da corrente,
utilizando um mau condutor de energia, como madeira, pedaços de tecidos fortes,
luvas. Mantenha a vítima deitada.
Figura 61.
Fonte: <http://www.anatomyatlases.org>.
88
SITUAÇÕES ESPECIAIS E ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA │ UNIDADE III
Como proceder?
Remova toda a roupa ou objetos contaminados de perto da vítima. Lembre-se da sua
segurança pessoal, ao tocar na vítima. Dependendo da substância química, poderá ser
feita a lavagem da região afetada com água abundante e contínua. Em casos de contato
com produtos químicos em pó, limpe a pele antes de molhá-la, para evitar a ativação
da substância. De acordo com as orientações da Sociedade Brasileira de Queimaduras,
no caso de queimaduras produzidas por líquidos é recomendável lavar a área com água
corrente e abundante por pelo menos 30 minutos.
Fonte: <http://www.media.photobucket.com>.
89
UNIDADE III │ SITUAÇÕES ESPECIAIS E ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA
Fonte: <http://www.media.photobucket.com>.
<http://www.saj.med.br/uploaded/File/artigos/Queimados.pdf>.
90
CAPÍTULO 3
Afogamento
<http://www.szpilman.com/aulas/aulas.htm>.
Diversas causas levam ao acidente de submersão: indivíduo que não sabe nadar e se vê
em situação que envolva meio líquido, que cansa ou tem câimbras, indivíduo cardiopata
que tem infarto; o que usa álcool antes de entrar na água; o epiléptico que tem crise
convulsiva na água e o que mergulha em águas rasas, entre outras.
Nos acidentes por submersão, independentemente da causa, o fator principal que leva
o indivíduo à morte é a hipoxia.
Após essa fase inicial, se não ocorrer o salvamento, a vítima atingirá seu limite e
fará movimentos respiratórios involuntários, aspirando grande quantidade de água.
(“Afogamento molhado”: associado à aspiração de líquido, tem pior prognóstico e
representa 85% dos afogamentos fatais). Essa entrada de grande quantidade de água
91
UNIDADE III │ SITUAÇÕES ESPECIAIS E ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA
nos pulmões piora a constrição das vias aéreas. Ocorre diminuição da capacidade
de expansão pulmonar, além de impedir a troca gasosa normal. Os movimentos
diafragmáticos involuntários aumentam a aspiração de líquidos e os movimentos de
deglutição, causando distensão do estômago e vômitos na sequência. Ocorre inundação
total dos pulmões com perda de consciência, parada respiratória (apneia) e consequente
morte.
As pessoas idosas, as que se debatem na água, que sofreram lesões, que ficaram
submersas por um longo período e que estão em águas quentes, sujas ou salgadas estão
entre as vítimas que apresentam os piores prognósticos.
Existem casos de vítimas que foram ressuscitadas após ficarem submergidas em águas
geladas com parada cardíaca em períodos iguais ou superiores a 30 minutos.
Como regra, qualquer vítima sem respiração, sem pulso e que estava submersa em
águas geladas deve ser reanimada.
Classificação do afogado
Resgate: paciente tem tosse e falta de ar.
92
SITUAÇÕES ESPECIAIS E ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA │ UNIDADE III
»» Grau IV: semelhante ao Grau III, porém, o pulso radial está fraco ou
ausente (sinais de choque). Óbito em 19,4% dos casos.
<http://www.szpilman.com/biblioteca/recomendacoes_em_afogamento.htm>
Salvamento
Se a vítima estiver inconsciente ou longe demais para ser alcançada com uma corda, o
prestador de socorro deverá ir até ela.
Atenção! O prestador de socorro apenas entra na água se souber nadar muito bem,
ou tenha recebido treinamento em técnicas de resgate aquático; se estiver vestindo
equipamento pessoal de flutuação; se estiver acompanhado por outros socorristas. O
93
UNIDADE III │ SITUAÇÕES ESPECIAIS E ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA
Deve-se remover a vítima da água o mais rápido possível. O socorrista deve ficar sempre
atento à sua segurança pessoal durante o resgate e solicitar auxílio.
Observações:
94
SITUAÇÕES ESPECIAIS E ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA │ UNIDADE III
95
CAPÍTULO 4
Considerações sobre o trauma
As lesões sempre foram uma ameaça ao bem-estar público, mas, até a metade
do século XX, as doenças infecciosas obscureciam a terrível contribuição de
traumas para a morbidade e mortalidade humanas. O sucesso da saúde pública
em outras áreas transformou o trauma em uma grave preocupação da saúde
pública, que tem sido chamada de “a epidemia negligenciada”. (CHRISTOFFEL;
GALLAGHER, 1999, apud NAEMT, 2007)
Tendo como princípio que a maioria dos “acidentes” poderia ser evitada, faz sentido a
expressão “é melhor prevenir do que remediar”. Sob esse ponto de vista, o trauma deve
ser encarado como doença, ao invés de mero “evento acidental”. A educação em saúde
e prevenção ocupam um papel importantíssimo na redução de sequelas, mortalidade
da população e inestimáveis gastos do sistema de saúde com internação hospitalar e
reabilitação consequentes à epidemia globalizada do trauma (ou causas externas).
<http://www.nap.edu/catalog.php?record_id=9978>.
96
SITUAÇÕES ESPECIAIS E ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA │ UNIDADE III
<http://www.cbc.org.br/upload/pdf/comissoes_trauma_projetotrauma.pdf>.
97
UNIDADE III │ SITUAÇÕES ESPECIAIS E ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA
Hemorragia
A hemorragia externa pode ser classificada em três tipos.
98
SITUAÇÕES ESPECIAIS E ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA │ UNIDADE III
externas são contidas apenas com a compressão local. No passado era recomendada
a elevação do membro e a compressão sobre um ponto de pressão (pressão indireta
– na artéria próxima ao ferimento), como etapas intermediárias no controle das
hemorragias. Essas manobras não tiveram eficácia comprovada por meio de estudos,
pesquisas e dados convincentes, por isso não são mais recomendadas nas situações em
que a compressão direta não conseguiu controlar o sangramento.
Figura 64.
Fonte: <http://www.rescue-essentials.com>.
99
UNIDADE III │ SITUAÇÕES ESPECIAIS E ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA
Conheça mais, visitando os links a seguir, com fotos e vídeos sobre o assunto:
<http://www.thetacticalmedic.com>.
<http://www.lifemedicalsupplier.com>.
<http://www.rescue-essentials.com>.
<http://www.delfimedical.com>.
<http://www.combattourniquet.com>.
O tratamento inicial deverá ser rápido e eficiente, pela gravidade da lesão e possibilidade
de reimplante do segmento amputado. O membro amputado deve ser preservado
sempre que possível, porém, a maior prioridade é a preservação da vida.
100
SITUAÇÕES ESPECIAIS E ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA │ UNIDADE III
Estado de choque
»» hipovolêmico
»» cardiogênico
»» séptico
»» neurogênico
Existe ainda o choque anafilático que já foi comentado no capítulo de acidentes com
animais peçonhentos. Iremos abordar agora somente o choque hipovolêmico e de causa
hemorrágica, uma vez que estamos falando do paciente vítima de lesão traumática.
101
UNIDADE III │ SITUAÇÕES ESPECIAIS E ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA
O paciente, que está chocado por hipovolemia, apresenta os seguintes sinais e sintomas:
agitação, ansiedade (sinais de hipoxia cerebral), posteriormente cansaço, sonolência,
confusão mental, taquicardia e pulso filiforme, respiração curta, rápida e superficial,
hipotensão arterial, náusea, sede, sudorese, pele fria, pálida e úmida, câimbras, mucosas
esbranquiçadas, enchimento capilar lento (perfusão periférica maior que 2 segundos)
ou ausente, hipotermia, tremores, perda gradual da consciência, coma e morte.
Como proceder?
Evisceração
Objeto empalado
102
SITUAÇÕES ESPECIAIS E ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA │ UNIDADE III
Fratura
A quebra do tecido ósseo pode ser suspeitada se houver os seguintes sinais e sintomas:
dor (a menos que haja lesão de nervo), edema, deformidade (alterações na angulação com
elevação ou afundamento), crepitação, hematoma, hemorragia visível e comunicação
do osso com o meio externo, interrupção da função motora, alterações de sensibilidade,
temperatura e pulso no membro afetado.
Na fratura fechada, a pele encontra-se íntegra, pois não foi rompida pelo osso fraturado.
Já na fratura exposta (aberta), como o próprio nome diz, a integridade da pele foi
rompida pela extremidade óssea que perfurou a pele. O socorrista deve considerar
qualquer ferimento próximo de uma possível fratura como sendo uma fratura exposta
e tratá-la como tal.
Como proceder?
3. Tratar o choque.
Traumatismo craniano
O TCE é a lesão do crânio e (ou) encéfalo com intensidade, extensão e gravidade que
podem variar e ser consequência de vários agentes, como colisões automobilísticas,
atropelamentos, quedas de grande altura, agressões físicas.
As fraturas cranianas podem lesar artérias e veias, provocando sangramento nos espaços
em torno do tecido cerebral. O líquido cefalorraquidiano (líquor), que circula entre
104
SITUAÇÕES ESPECIAIS E ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA │ UNIDADE III
o cérebro e as meninges, pode sair pelo nariz (liquorreia) ou pelo ouvido (otorreia).
Ocasionalmente, por meio dessas fraturas, ocorre invasão de bactérias no crânio,
causando infecção e lesão cerebral graves.
Figura 65.
Todo paciente com suspeita de traumatismo craniano deverá ser considerado como
possível portador de trauma raquimedular e vice-versa.
105
Para (não) Finalizar
106
Referências
BRASIL, Ministério da Saúde. Saúde Brasil 2013 - Uma análise da situação de saúde
e das doenças transmissíveis relacionadas à pobreza. Disponível em: <http://bvsms.
saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_brasil_2013_analise_situacao_saude.pdf>.
Acesso em: 30 dez. 2015.
HAFEN, Brent Q. First Aid for Colleges and Universities. Seventh Edition, 1999.
INSTITUTO BUTANTAN. Disponível em: <http://www.butantan.gov.br>. Acesso em:
19 abr. 2009.
107
REFERÊNCIAS
108
REFERÊNCIAS
109