Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CAMPUS BLUMENAU
LICENCIATURA EM MATEMÁTICA
Blumenau
2022
Victor Antônio Lima do Nascimento
Blumenau
2022
Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor,
através do Programa de Geração Automática da Biblioteca Universitária da UFSC.
Inclui referências.
Banca Examinadora:
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2 INTEGRAIS DE LINHA . . . . . . . . . . . . . . 13
2.1 CAMPOS, OPERADORES ESCALARES E VETORIAIS 13
2.2 INTEGRAL DE LINHA . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.3 TEOREMA DE GREEN . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.4 SUPERFÍCIES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
3 INTRODUÇÃO ÀS EDP . . . . . . . . . . . . . . 35
3.1 LINEARIDADE E SUPERPOSIÇÃO . . . . . . . . . . 37
4 TEOREMA DA FUNÇÃO DE GREEN . . . . . . 40
4.1 FUNÇÃO DELTA DE DIRAC . . . . . . . . . . . . . 40
4.2 FUNÇÃO DE GREEN . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
5 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
12
1 INTRODUÇÃO
2 INTEGRAIS DE LINHA
• Operadores em R3 :
Daí:
F(r(t)) = F(t, t2 ) = tı̂ + t2 ȷ̂.
Logo,
Z 1 Z 1
F(r(t))r′ (t)dt = (tı̂ + t2 ȷ̂)(1ı̂ + 2tȷ̂)dt
−1 −1
Z 1
= t + 2t3 dt
−1
Z 1 Z 1
= tdt + 2t3 dt
−1 −1
t=1 4 t=1
t2
t
= +
2 t=−1 2 t=−1
= 0+0
= 0.
Demonstração.
Z Z b
∇f · dr = ∇f (r(t)) · r′ (t)dt
C a
Z b
∂f dx ∂f dy ∂f dz
= ( + + )dt
a ∂x dt ∂y dt ∂z dt
Z b
d
(pela Regra da Cadeia) = f (r(t))dt
a dt
(utilizando o TFC) = f (r(b)) − f (r(a)).
F · dr = 0. Logo
R
−C2
Z Z Z
F · dr = F · dr ⇐⇒ F · dr = 0.
C1 −C2 C
∂2f ∂2f
(x, y) = (x, y).
∂x∂y ∂y∂x
Teorema 2.2.7. Uma condição necessária para um campo vetorial
F : Ω ⊂ Rn → Rn , de classe C 1 no aberto Ω, ser conservativo é que
rot F = 0 em Ω.
∂f ∂f ∂f
= P, =Q e = R,
∂x ∂y ∂z
com P , Q e R definidos em Ω.
Agora, perceba que como F é de classe C 1 , a f é de classe C 2 . Assim:
∂f ∂2f ∂P
=P =⇒ = ,
∂x ∂y∂x ∂y
∂f ∂2f ∂Q
=Q =⇒ = .
∂y ∂x∂y ∂x
Capítulo 2. Integrais de Linha 19
∂2f ∂2f
=
∂y∂x ∂x∂y
e, portanto,
∂P ∂Q
=
∂y ∂x
em Ω. De modo análogo, conseguimos que:
∂P ∂R
=
∂z ∂x
e
∂Q ∂R
= .
∂z ∂y
Ainda, como o rotacional é dado por ∇ × F = rot F temos que:
ı̂ ȷ̂ k̂
∂ ∂ ∂
rot F =
∂x ∂y ∂z
P Q R
∂R ∂P ∂Q ∂P ∂R ∂Q
= ı̂ + ȷ̂ + k̂ − k̂ − ȷ̂ − ı̂
∂y ∂z ∂x ∂y ∂x ∂z
∂R ∂Q ∂P ∂R ∂Q ∂P
= ı̂ − ı̂ + ȷ̂ − ȷ̂ + k̂ − k̂.
∂y ∂z ∂z ∂x ∂x ∂y
E, portanto rot F = 0 em Ω.
∂P ∂Q
= .
∂y ∂x
Capítulo 2. Integrais de Linha 20
1. F é conservativo;
imagem de C contida em Ω;
tal que a primeira curva (C1 ) desenha o caminho do ponto (a, b) até
um ponto (x1 , y) ∈ Ω e a segunda curva (C2 ) desenha o caminho do
ponto (x1 , y) até o ponto (x, y), com x1 < x. Assim, para o primeiro
∂ ∂
caminho estaremos interessados em calcular e, no segundo, .
∂x ∂y
Veja que (x1 , y) pode ser tomado em Ω pois este é aberto, e essa
construção está ilustrada na Figura 2. Fica evidente que a ideia da
construção é apenas para facilitar a desmonstração, pois como a inte-
gral na curva C é independente do caminho, o resultado final pelas
integrais das curvas C1 e C2 será o mesmo.
Figura 2 – x fixado.
Z Z Z (x1 ,y) Z
f (x, y) = F · dr + F · dr = F · dr + F · dr.
C1 C2 (a,b) C2
Z Z x
∂ ∂ ∂
f (x, y) = P dx + Qdy = P (t, y)dt = P (x, y).
∂x ∂x C2 ∂x x1
Z Z y
∂ ∂ ∂
f (x, y) = P dx + Qdy = Q(x, t)dt = Q(x, y).
∂y ∂y C2 ∂y y1
Figura 3 – y fixado.
∂f ∂f
Logo, F = Pı̂ + Qȷ̂ = ı̂ + ȷ̂ = ∇f , que é a função potencial de
∂x ∂y
F, portanto o campo F é conservativo.
Capítulo 2. Integrais de Linha 23
∂P
= −1,
∂y
∂Q
= 1,
∂x
segue que o campo não é conservativo.
∂P ∂Q
= ,
∂y ∂x
então F é conservativo.
∂P ∂Q
= 2x = ,
∂y ∂x
segue que o campo é conservativo.
Para encontrar sua função potencial f , veja que como já sabemos que
o campo é conservativo, temos que F = ∇f . Assim
Assim, comparando (2) com (4) descobrimos que g ′ (y) = −3y 2 , que
quando integrado em relação a y nos fornece g(y) = −y 3 + k, com
k ∈ R. Por fim, substituindo em (3), temos que,
f (x, y) = 3x + x2 y − y 3 + k,
Figura 4 – Caixa K.
Figura 5 – Caixa K1 ∪ K2 .
Z Z ZZ
∂Q ∂P
P dx + Qdy + P dx + Qdy = − dxdy
K1 FC K1 ∂x ∂y
e
Z Z ZZ
∂Q ∂P
P dx + Qdy + P dx + Qdy = − dxdy.
K2 CF K2 ∂x ∂y
que C é o círculo x2 + y 2 = 9.
Solução: Tome como K a região delimitada por C, ou seja K é a
região x2 + y 2 ≤ 9. Vamos mudar para coordenadas polares depois de
aplicar o Teorema de Green:
I ZZ
∂ ∂
P dx + Qdy = (7x + y 4 + 1)− (3y − esin(x) ) dA
p
C K ∂x ∂y
Z 2π Z 3
= (7 − 3)rdrdθ
0 0
Z 2π Z 3
= 4 dθ rdr
0 0
t=3
r2
t=2π
= 4 · [θ]t=0 ·
2 t=0
= 36π.
I ZZ
∂ ∂ 2
y 2 dx + 3xydy = (3xy) − (y ) dA
C ∂x ∂y
Z ZK
= (3y − 2y)dA
K
Z πZ 2
= (rsin(θ))rdrdθ
0 1
Z π Z 2
= sin(θ)dθ r2 dr
0 1
2
1 3
= [−cos(θ)]π0 r
3 1
14
= .
3
2.4 SUPERFÍCIES
d ∂x ∂y ∂z
σv = (σ(u0 , v)) = (u0 , v0 )ı̂ + (u0 , v0 )ȷ̂ + (u0 , v0 )k̂.
dv ∂v ∂v ∂v
De forma análoga, se mantivermos v constante, obteremos a
curva C2 dada por σ(u, v0 ) sobre S, cujo vetor tangente em P0 é
d ∂x ∂y ∂z
σu = (σ(u, v0 )) = (u0 , v0 )ı̂ + (u0 , v0 )ȷ̂ + (u0 , v0 )k̂.
du ∂u ∂u ∂u
Capítulo 2. Integrais de Linha 31
∂σ ∂σ
(u, v)∆u, (u, v)∆v
∂u ∂v
é
∂σ ∂σ ∂σ ∂σ
(u, v)∆u × (u, v)∆v = (u, v) × (u, v) ∆u∆v.
∂u ∂v ∂u ∂v
∂σ
(u, v)∆u ≈ comprimento de arco AB
∂u
e
∂σ
(u, v)∆v ≈ comprimento de arco AD.
∂v
Dessa forma conseguimos que a área ∆S do paralelogramo cuvilí-
∂σ
neo é aproximada pela área do paralelogramo de lados (u, v)∆u e
∂u
∂σ
(u, v)∆v, e conseguimos aproximar
∂v
∂σ ∂σ
área∆S ≈ × dudv.
∂u ∂v
Logo, podemos pensar na área de σ como
ZZ
∂σ ∂σ
Aσ = × dudv.
K ∂u ∂v
Iremos entender um pouco melhor como determinar a área da
região dada pelo item anterior entendendo como funciona a soma de
Capítulo 2. Integrais de Linha 33
ZZ ZZ
∂σ ∂σ
f (x, y, z)dS = f (σ(u, v)) × dudv,
σ K ∂u ∂v
∂σ ∂σ
em que dS = × dudv é o elemento de área.
∂u ∂v
Seja P = {(ui , vj )|i = 0, 1, ..., n; j = 0, 1, ..., m} uma partição
de K. Suponha que K seja um retângulo de lados paralelos aos eixos.
3 INTRODUÇÃO ÀS EDP
" n # 21
X
∥x − y∥ = (xi − yi )
2
;
i=1
∂u ∂ 2 u ∂ 2 u ∂2u
∂u
F x1 , , . . . , xn , u, ,..., , 2, ,..., 2 = 0, (9)
∂x1 ∂xn ∂x1 ∂x1 ∂x2 ∂xn
Capítulo 3. Introdução às EDP 36
com F sendo uma função dada e u = u(x) sendo a função que quere-
mos determinar.
n
X ∂u
aj (x) + b(x)u + c(x) = 0, (10)
j=1
∂xj
n n
X ∂2u X ∂u
aij (x) + bj (x) + c(x)u + d(x) = 0, (11)
i,j=1
∂xi ∂xj j=1 ∂xj
n
∂2u
X ∂u ∂u
aij (x) =f x, u, , ..., .
i,j=1
∂xi ∂xj ∂x1 ∂xn
Capítulo 3. Introdução às EDP 37
Lu = f,
em que
Lu = 0. (14)
m
X
u= αi ui ,
i=1
+∞
X
u(x) = αm um (x), (15)
m=1
+∞
X
u(x) = αm um (x);
m=1
+∞
∂u(x) X ∂um (x)
= αm ;
∂xj m=1
∂xj
+∞
2
∂ u(x) X ∂ 2 um (x)
= αm ,
∂xi ∂xj m=1
∂xi ∂xj
n n
X ∂ 2 u(x) X ∂u(x)
Lu(x) = aij (x) + bj (x) + c(x)u(x)
i,j=1
∂xi ∂xj j=1 ∂xj
n +∞
X X ∂ 2 um (x)
= aij (x) αm
i,j=1 m=1
∂xi ∂xj
n +∞ +∞
X X ∂um (x) X
+ bj (x) αm + c(x) αm um (x)
j=1 m=1
∂xj m=1
+∞ n
X X ∂ 2 um (x)
= αm aij (x)
m=1 i,j=1
∂xi ∂xj
n
X ∂um (x)
+ bj (x) + c(x)um (x)
j=1
∂x j
+∞
X
= αm (Lum )(x) = 0.
m=1
40
1 a+ϵ
= lim [F (x)]a−ϵ
ϵ→0 2ϵ
1
= lim [F (a + ϵ) − F (a − ϵ)]
ϵ→0 2ϵ
= F ′ (a)
= f (a).
1
ZZZ Z y3 +ϵ Z y2 +ϵ Z y1 +ϵ
δ(x − y)f (y)dy = lim f (y)dy1 dy2 dy3 .
R3 ϵ→0 y3 −ϵ y2 −ϵ y1 −ϵ 8ϵ3
Ou seja, neste contexto, para ser função de Green, ela precisa ser
simétrica e validar a equação de Poisson, nos devolvendo uma delta
de Dirac quando tomamos o Laplaciano de G.
A seguir, enunciaremos a o Teorema da Função de Green. Para
ele, será necessário utilizar as propriedades da função de Green e
também a propriedade da filtragem (17) da função impulso de Dirac.
dG(R)
4πR2 = 1.
dr
Capítulo 4. Teorema da função de Green 46
dG(R) 1 dG(r) 1
= =⇒ =
dr 4πR2 dr 4πr2
1
=⇒ G(r) = − + K.
4πr
Note que K constante se anula, já que G deve se anular quando
r tende ao inifinito. Assim, temos a solução da equação como
1
G(x, 0) = − .
4π ∥x∥
É importante perceber que a solução foi encontrada para um
caso específico em que a esfera está na origem, logo, se a esfera estiver
deslocada, basta adaptar a solução para
1
G(x, y) = − . (18)
4π ∥x − y∥
Agora que conseguimos encontrar um candidato que resolva o
Teorema 4.2.1, iremos verificar se este canditado valida as propriedades
da definição de G. Perceba que é imediato notar que vale a simetria
de G. Para verificar ∇2 G = δ, precisamos verificar que:
1. ∇2 G(x, y) = 0, para x ̸= y;
2. ∇2 G(x, y)dy = 1,
RRR
R3
ZZZ ZZ
∇2 G(x, y)dy = ∇G(x, y) · ndS
B
Z Z∂B
r·n
=
∂B 4πr3
= 1.
ZZZ
ρ(y)
u(x) = − dy.
R3 4π ∥x − y∥
48
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS