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DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
RIO DE JANEIRO – RJ
2014
UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO – Prof. José de Souza Herdy
Reconhecida pela Portaria MEC 940/94 D.O.U. de 16 de junho de 1994
Escola de Ciências Sociais Aplicadas – ECSA
Programa de Pós-Graduação em Administração
Mestrado em Administração
Reconhecido pela CAPES D.O.U. de 12 de julho de 2006
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Rio de Janeiro – RJ
2014
CATALOGAÇÃO NA FONTE/BIBLIOTECA - UNIGRANRIO
CDD - 658.00711
UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO – Prof. José de Souza Herdy
Reconhecida pela Portaria MEC 940/94 D.O.U. de 16 de junho de 1994
Escola de Ciências Sociais Aplicadas – ECSA
Programa de Pós-Graduação em Administração
Mestrado em Administração
Reconhecido pela CAPES D.O.U. de 12 de julho de 2006
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Rio de Janeiro – RJ
2014
Dedico o presente trabalho
aos meus pais, Sebastião Guedes e Vera
Lucia, ao meu marido, Sandro Falcão, à
minha irmã, Aline Guedes, e ao meu
sobrinho, Pedro Guedes, que, juntos,
formam o maior patrimônio que tenho em
vida.
Não é fácil agradecer a todos que, de forma direta ou indireta, contribuíram para a
realização deste projeto acadêmico e pessoal. Agradeço, em especial:
Ao prof. Dr. Rui Otávio Bernardes de Andrade, meu orientador, pela oportunidade a
mim concedida, e pela orientação neste trabalho.
Aos meus pais, Sebastião Guedes e Vera Lucia, ao meu marido, Sandro Falcão e à
minha irmã, Aline Guedes, por manterem sempre a minha esperança e confiança,
principalmente, nos momentos mais difíceis.
Aos amigos que fiz durante o curso de mestrado, por estarem presentes, me
incentivando e torcendo pela minha vitória, mesmo que, às vezes, distantes.
A Deus, por estar presente em todos os momentos e pela benção especial de ver
este trabalho concluído.
LISTA DE TABELAS
The aim of this study was to investigate the impact of the use of Problem Based
Learning (PBL) in the perception of students and teachers in an institution of higher
education. The study is part of a qualitative research approach, it seeks to analyze a
proposal of PBL in teaching, research universe as having teachers and students face
undergraduate degree in Business Administration, a private institution of higher
education. The analyzed subjects were students enrolled in the first period of the
second half of 2013 and the teachers who have taught in the second semester of the
year 2013, the following disciplines on campus Lapa: Executive Functions
Management, Sociology of Organizations, Theories of Evolution administration,
management Challenges and Development of Economic Theories. To collect data
from teachers, we used the technique of semi-structured interview, and for students,
we used the technique of Focus Group (FG). The Problem-Based Learning (PBL)
has a potential to develop skills and attitudes in an integrated manner, and thus the
process of improving teaching and learning. The PBL is considered a didactic
proposal for the purpose of obtaining knowledge through problem solving and
encompasses many disciplines while allowing the student a comprehensive
knowledge, enabling interactivity between disciplines and between students and
teachers, motivating students to thinking, reflecting, researching, questioning and
seeking not only a solution, but several for the same issue. From the survey, it was
observed that the PBL method, besides bringing students and teachers to a more
fruitful coexistence, enabled students to develop a critical sense that until then had
not improved and the requirement of the teamwork, expanding view of the problem,
providing opportunities for wider research, improving reasoning and creativity.
AGRADECIMENTOS ......................................................................................................... 6
LISTA DE TABELAS.......................................................................................................... 7
LISTA DE QUADROS ........................................................................................................ 8
LISTA DE FIGURAS .......................................................................................................... 9
RESUMO ........................................................................................................................... 10
ABSTRACT ....................................................................................................................... 11
Sumário .............................................................................................................................. 12
1. O TEMA DA PESQUISA ....................................................................................... 13
1.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 13
1.2 Objetivo Geral ........................................................................................................ 14
1.3 Objetivos Específicos ............................................................................................. 14
1.4 Delimitação da Pesquisa ......................................................................................... 14
1.5 Relevância .............................................................................................................. 15
2. REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 16
2.1 Da Pedagogia À Andragogia................................................................................... 16
2.2 METODOLOGIA DE ENSINO-APRENDIZAGEM TRADICIONAL .................. 20
2.3 Metodologia Ativa de Aprendizagem...................................................................... 21
2.3.1 Os estudantes e as metodologias ativas de aprendizagem ..................................... 25
2.4 Aprendizagem Baseada em Problemas .................................................................... 26
3. METODOLOGIA ................................................................................................... 37
3.1 Sujeito .................................................................................................................... 38
3.2 INSTRUMENTO DE PESQUISA .......................................................................... 40
3.3 Análise e interpretação dos dados coletados ............................................................ 44
4. ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................................................ 46
4.1 PROFESSORES ..................................................................................................... 46
4.2 ESTUDANTES ...................................................................................................... 53
5. CONCLUSÃO ................................................................................................................ 58
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 64
APÊNDICES ...................................................................................................................... 69
1. O TEMA DA PESQUISA
1.1 INTRODUÇÃO
1.5 RELEVÂNCIA
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Características da
Pedagogia Andragogia
aprendizagem
problemas em grupo.
Aprendizagem baseada em
Aprendizagem por assunto ou problemas, exigindo ampla
Orientação da aprendizagem
matéria. gama de conhecimentos para se
chegar à solução.
aprendizagem
Pelo aprendente; referência a
Pelo professor; referências a
critérios; por meio da validação
Avaliação normas; por meios de
dos companheiros, facilitador de
pontuação, notas
aprendizagem e peritos na área
Fonte: NOGUEIRA (2004, p. 4)
De acordo com Anaya (2010), “no auge dos movimentos sociais e culturais
da década de 1960, surgiram novas teorizações que contestavam o pensamento e a
estrutura educacional tradicional, vigentes até então. Enquanto os modelos
tradicionais de currículo eram adstritos à atividade técnica voltada para a elaboração
do currículo, as teorias críticas colocam em xeque os pressupostos dos arranjos
sociais e educacionais, responsabilizando-se pelas desigualdades e injustiças
sociais. Na medida em que as teorias tradicionais eram consideradas teorias de
aceitação, o ajuste da adaptação às teorias críticas são teorias de desconfiança,
questionamento e transformação social”.
21
p. 69) orientam que “o caso pode ser real, fictício ou adaptado da realidade”. O
estudante utiliza conceitos estudados para analisar e tirar suas conclusões quanto
ao caso em estudo. O emprego do estudo de caso é indicado para que os
estudantes tenham contato com situações que poderão vivenciar quando atuarem
profissionalmente, habituando-os a realizar as análises necessárias quando da
tomada de uma decisão.
de tutoriais. fontes.
algumas
semanas.
Professor
Método
fornece pouco
formal de
ou nenhum
solução de
Trabalho em material (talvez
Grande problemas.
Um equipe, algumas
integração, Estudantes
problema avaliação por referências).
4 talvez aplicam
por pares, Estudantes
incluindo mais esse
semestre. relatórios e buscam outras
de uma área método
apresentação fontes para
de sozinhos a
de resultados chegarem à
conhecimento. cada novo
em conjunto. compreensão
problema.
do problema.
RIBEIRO, 2010.
A PBL é considerada uma proposta didática com a finalidade de obter
conhecimentos por meio da resolução de problemas. Barrows (1996 apud HMELO-
SILVER, 2004), afirma que, como proposta didática, a PBL possui características
como:
a) Aprendizagem centrada no estudante;
b) aprendizagem ocorre em grupos pequenos de estudantes;
c) professores atuam como facilitadores ou guias;
d) os problemas funcionam como objetivo da organização e estímulo para
a aprendizagem;
e) os problemas conduzem para o desenvolvimento de capacidades de
resolução de problemas e;
f) novo conhecimento se origina em decorrência da aprendizagem
autodiretiva.
Dochy, Segers e Van den Bossche (2003) também identificam cinco
características dessa proposta:
Ribeiro (2008) ressalta que a PBL não é uma metodologia que venha
resolver os problemas na educação, assim como também não abarca todos os
estilos de aprendizagem. Existem os estudantes que lidam bem com o trabalho em
grupo, desenvolvimento em equipe, mas por outro lado, há também estudantes
competitivos, individualistas e introvertidos que podem não se adaptar à nova
dinâmica ativa, de participação e colaboração da aprendizagem inserida na PBL.
3. METODOLOGIA
3.1 SUJEITO
dos demais membros da equipe. Ele é composto pelos seguintes itens: 1 – Definição
do problema, questão de pesquisa e planejamento da pesquisa; 2 – Conceitos
relevantes; 3 – Soluções propostas e 4 – Referências.
1) Primeiro dia:
Passo 4: Após o brainstorming, foi feita uma revisão de tudo aquilo que o
grupo conhece sobre o problema ou a situação apresentada.
3) Terceiro dia :
Passo 5: Foi feita uma lista com aquilo que o grupo achava que devia
saber para resolver o problema, elaborando a lista daquilo que se desconhecia.
4) Quarto dia :
5) Quinto dia :
4.1 PROFESSORES
“[…] no início foi sim certa dificuldade, para que eu pudesse interagir com
essa nova metodologia, eu estava habituada com a metodologia tradicional que era
a exigida na instituição […]” (P2).
Olhando assim, sobre minha experiência que tenho com os alunos. Eu fiz
alguns casos com eles. Eles tem uma dificuldade de correlacionar o
conteúdo com que eles aprendem com aquilo que é instrumento para
resolver um problema e mais dificuldade ainda em identificar o problema e
48
Essas dificuldades podem ser explicadas por Abreu (2009), pois os alunos
estão acostumados com a metodologia tradicional, onde a aula é expositiva, o
conteúdo é pré-elaborado, geralmente ensinado por meio de livros, e o estudante se
limita exclusivamente a escutá-lo. No método expositivo o professor é o agente e o
estudante é o ouvinte. Mesmo que o ele não compreenda o conteúdo, a aula
continua e esse nível de compreensão só será visto após as provas.
relação às outras turmas que usam o método tradicional; para esse entrevistado, os
resultados positivos puderam ser observados na primeira avaliação.
[…] Vejo, por parte do corpo discente uma dificuldade de assimilar isso, pois
esse método possui maturidade. E deve havê-la, tanto por parte do corpo
docente, pois esse tende a ser preso ao seu jeito de fazer, aos costumes. E
pelo menos por parte dos grupos, houve o envolvimento. E deve haver
maturidade pelos discentes, pois não sei se estão preparados para esse
novo método […].”
O entrevistado P3 não pode ver o resultado final, mas afirmou que todos
buscaram fazer link, não necessariamente com sua disciplina, mas sim com o curso,
pois a preocupação era com o modelo que é mais interdisciplinar, relacionando sua
disciplina com a de outros professores e do curso em geral.
O entrevistado P4 diz não poder avaliar se houve ou não impacto na
aprendizagem porque o tempo de aplicação do método foi apenas de uma semana,
mas que serviu para mostrar aos estudantes que eles são ignorantes. Considerou
que, se estudantes que estão terminando a graduação têm dificuldades, o que não
falar de quem está apenas começando. Também afirmou que não houve
discrepância, ou seja, se for comparado o antes e o depois, não houve nenhuma
mudança de comportamento por parte dos estudantes após as atividades.
53
4.2 ESTUDANTES
Tem uma diferença sim. Porque uma coisa é ter a teoria dentro da sala de
aula e outra é a gente se colocar na situação e vivenciar. Poderíamos nos
colocar no lugar das pessoas responsáveis pelo cargo ou pelos
funcionários, porque foi uma avaliação com outro foco. Então, ficou bem
mais fácil vivenciar a situação. Dá para responder aquele ato que talvez
fossemos capazes de ter. Na teoria a gente fica na hipótese do se
acontecer, então eu acho que deu uma visão diferente (ALUNO A).
No começo a gente ficou com muita dificuldade, não sabia como começar,
quais pontos e matérias pegar. E dessa forma começar a ver quais eram os
erros primários, ver de onde a gente partia para chegar ao final da semana
e solucionar o problema. Nós demos uma travada nos primeiros dias,
depois que a gente começou a abranger as ideias e ver quais eram os erros
para tentar solucionar e apresentar de uma forma bem entendida (ALUNO
C).
54
Para mim o que mais motivou foi o questionamento nesse final e falar o
porquê da decisão, a gente procurava uma solução melhor ainda por este
motivo. Sempre se perguntando por que desse jeito ser melhor e não
daquele e pensar de fato. Isso foi o que mais motivou a gente procurar uma
resposta cada vez melhor para cada etapa (ALUNO A).
as duas realidades, até porque no cotidiano eles têm a teoria e prática todos os dias.
Por isso comentaram anteriormente, se tivesse um trabalho assim no final de cada
bimestre seria legal, porque daria para expor mais o pensamento e aplicar a questão
em si. Acharam que esse trabalho foi bem proveitoso.
Eu não achei tanta dificuldade, porque a gente não teve nenhuma pressão,
não era tão preocupante como uma prova de qualquer semestre. A única
coisa um pouco complicada foi a hora de explicar. Escrever no papel é fácil,
esse problema é mais individual, meu, na hora de tentar explicar. Tem caso
que a gente está explicando uma coisa e a outra pessoa tem uma ideia
diferente. De uma forma geral, tenho quase certeza que os outros grupos
tiveram algumas dificuldades como o meu teve. Mas mesmo assim, com
esse contexto todo não achei difícil, achei bem tranquilo. Um trabalho que
não era individual e tinham opiniões diferentes para depois chegar a um
denominador comum. Não tinha a pressão de uma avaliação de final de
semestre. Foi bem tranquilo e bem integrador. Achei que foi fácil (ALUNO
C).
os resultados das avaliações foram tão significativos que não puderam ser
ignorados.
Recomendações
ENGEL, C. E. Nor just a method but a way of learning. In: BOUD, D; FELETTI, G.
(ed) The challenge of problem-based learning. London: Kogan Page, 1991.
FERRAZ, Ana Paula do Carmo Marcheti; BELHOT Renato Vairo. Taxonomia de
Bloom: revisão teórica e apresentação das adequações do instrumento para
definição de objetivos instrucionais. Gestão de Produção. São Carlos, v. 17, n. 2, p.
421-431, 2010.
__________. Pedagogia do Oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
FROST, M. An analysis of the scope and value of problem based learning in the
education of health care professionals. Journal of the Advanced Nursing, Oxford, n.
24, p. 1047-1053, 1996.
GADOTTI, M. História das ideias pedagógicas. 8. ed. São Paulo: Ática, 2001a.
_________. Escola cidadã. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2001b. (Coleção Questões da
Nossa Época; v. 24).
NII, Leslie J.; CHIN, Alfred. Comparative trial of Problem-Based Learning versus
Didactic Lectures on clerkship performance. American Journal of Pharmaceutical
Education. Vol. 60, Summer: 1996.
SAKAI, M. H.; LIMA, G. Z. PBL: uma visão geral do método. Olho Mágico, v. 2, n.
5/6, encarte especial, nov. 1996.
ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.
APÊNDICES
Apêndice A
Relatório Parcial
Grupo:
1- Registro do Brainstorming (Com base nas informações que o grupo dispõe, sem censura,
levante possíveis causas do problema).
3- Defina o problema
Relatório Final
Grupo:
Líder: Redator: Membro:
2- Conceitos relevantes
3- Soluções propostas
4- Referências.
Apêndice C
Grupo:
Use a seguinte escala para avaliar a si mesmo (a) e aos outros membros de sua equipe: (E)
excelente; (B) bom; ( R) regular; (I) insuficiente.
Use este espaço para comentar sua autoavaliação indicando como ela pode ser melhorada.
Problematização
segundos e Nara disse: ordens dadas devem ser cumpridas até o dia anterior, caso
contrário seria pedido uma advertência por escrito ou, se fosse o caso, a demissão
dos que não cumprissem com as obrigações.
ARAUJO, Luis César G. de; GARCIA, Adriana Amadeu. Teoria Geral da Administração: orientação
para escolha de um caminho profissional. São Paulo: Atlas, 2010. p. 127-128.
Apêndice E
1. Como foi a sua experiência com os métodos ativos de aprendizagem, na comparação com os
métodos tradicionais de ensino?
2. O protocolo utilizado para aplicar o método contribuiu para o processo de
ensino/aprendizagem?
3. Quais foram as dificuldades encontradas na aplicação do protocolo?
4. Os estudantes manifestaram mais interesse em aprender com esse método, em comparação
aos métodos tradicionais?
5. Os estudantes tiveram uma participação ativa durante a aplicação do método, na comparação
com o dia a dia da sala de aula?
6. Houve um impacto significativo em termos de aprendizagem, considerando os relatórios finais
apresentados?
Apêndice F
1. Para você, o método ativo facilitou o entendimento do conteúdo das disciplinas, ou você não
sentiu diferença entre o método tradicional e ativo?
2. Você compreendeu o objetivo principal das atividades realizadas de 02 a 06 de dezembro?
3. O que mais te motivou no desenvolvimento dessas atividades?
4. De que forma você conseguiu informações para resolvê-las?
5. Do modo como foi aplicado o conteúdo das disciplinas no semestre, como você classificaria o
grau de dificuldades para a finalização das atividades de 02 a 06/12? Difícil, médio ou fácil?
6. Quais as atitudes que você teve que tomar para realizar essas atividades?
7. Houve interação entre você e seus colegas na resolução dessas atividades? Você considera
isso importante na sua aprendizagem? Por quê?
8. O material disponibilizado deu suporte total para que as atividades fossem desenvolvidas ou
você teve que buscar outras literaturas?
9. Você teve alguma dúvida que não foi solucionada na pesquisa (na finalização das atividades
realizadas de 02 a 06/12)?
10. Qual a observação final de vocês? Tem algo para acrescentar sobre essa experiência que
vocês tiveram ao longo dessa semana?