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Mudança indesejada: compreensão, avaliação,


e ampliando teorias de retrocesso democrático

Ellen Luxúria
Departamento de Ciência Política
Universidade de Yale
Rua Prospect 115
Salão do Rosário
New Haven, CT 06520

David Waldner
Departamento de Política
Universidade da Virgínia
Avenida Jefferson Park, 1540
Salão Gibson
Charlottesville, VA 22904

Versão final
Enviado em 11 de junho de 2015
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Esta publicação foi preparada no âmbito de um Sub-prêmio financiado pelo Instituto de Educação Internacional (IIE) no
âmbito do Programa Democracy Fellows and Grants (DFG), prêmio # AID-OAA-A-12-00039, financiado pela Agência dos
Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional ( VOCÊ DISSE). O conteúdo desta publicação não reflete
necessariamente as opiniões, análises ou políticas do IIE ou da USAID, nem qualquer menção a nomes comerciais,
produtos comerciais ou organizações implica o endosso do IIE ou da USAID.
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ÍNDICE

Retrocesso Democrático.................................................. .................................................. ....................1 1. Conceituando o retrocesso


democrático ........................ .................................................. .................... 2 2. Descrição e avaliação de famílias
teóricas..................... .................................................. ..............8

Parte Um: Estrutura, Agência e Causalidade......................................... ................................................8

Parte Dois: Apresentando Seis Famílias Teóricas ........................................... .............................................10 1. Liderança


Política .................................................. .................................................. .........................10 2. Cultura
Política.................. .................................................. .................................................. ...........10
3. Instituições Políticas............................................. .................................................. ............................11
4. Economia Política ............................................. .................................................. ................................12 5. Estrutura Social e
Coalizões Políticas.......... .................................................. ...................................13 6. Fatores
Internacionais........... .................................................. .................................................. ............14

Parte Três: Hipóteses................................................. .................................................. ....................15 1. Hipóteses sobre Liderança


Política........................ .................................................. ......................16 1.1. Julgamento
Tático ................................................ .................................................. ......................16 1.2. Interação Estratégica I: Compromisso
de Elite.......................................... ........................................17 1.3. Interação Estratégica II: Transições
Negociadas..................................... ................................18 1.4.
Superpresidencialismo.................................................. .................................................. .........18 1.5 Preferências Normativas
dos Líderes........................... .................................................. ......................20 2. Hipóteses sobre Cultura
Política ..................... .................................................. ............................21 2.1. Cultura
Cívica ................................................ .................................................. ................................ 21 2.2. Capital
social ................................................ .................................................. ..............................22 2.3. Educação
cívica................................................ .................................................. ...........................24 2.4. Abuso Eleitoral e Ação
Coletiva ............................................. ...........................................25 3. Hipóteses sobre Política
Instituições.................................................. .............................................26 3.1. Democracias
Presidenciais................................................ .................................................. ...........26 3.2. Democracia
Consociacional.................................................. .................................................. .........27 3.3. Instituições Eleitorais
Inclusivas................................................ .................................................. ....28 3.4. Fracionalização do sistema
partidário................................................... .................................................. ....28 3.5 Colapso do sistema
partidário.......................................... .................................................. ........................29 3.6. Sistemas de Partidos Dominantes
em África ........................................... .................................................. .30 3.7 Assimetria
Mobilizacional ............................................. .................................................. .............31 3.8. Regimes
Híbridos.................................................. .................................................. ...........................32 3.9. Revisão
judicial ................................................ .................................................. ...........................32
Hipóteses sobre Economia Política......................................... .................................................. ......33 4.1. Níveis de
renda ............................................. .................................................. .........................33
4.2. Distribuição de renda ............................................... .................................................. ................34 4.3. A renda do petróleo
prejudica a democracia.................................... .................................................. ....35 4.4. Renda petrolífera e retrocesso
democrático ............................................. .............................................35 4.5. Desempenho
Macroeconômico ................................................ .................................................. ...36 Hipóteses sobre Estrutura Social e
Coalizões Políticas........................................ ............................37 5.1. A Burguesia e a
Democracia ........................................ .................................................. .37
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5.2 A Classe Trabalhadora e a Democracia.......................................... .................................................. .38 5.3. Camponeses e


Ordem Política................................................. .................................................. ........38
5.4. Competição Étnica e Polarização ............................................. ............................................. 39 Hipóteses sobre Fatores
Internacionais .................................................. ................................................40 6.1. Alavancagem e Vínculo
Internacional......................................... ................................................40 6.2. Difusão
Internacional.................................................. .................................................. ...............41 6.3. Organizações
internacionais................................................ .................................................. .......42 6.4. Ajuda
externa ................................................ .................................................. ...................................43 6.5. Monitoramento Eleitoral
Internacional ............................................. ................................................43

Parte Quatro: Avaliação Resumida de Famílias Teóricas e Hipóteses........................................ ..........44 Elites


Políticas................................... .................................................. .................................................. .44 Cultura
Política................................................... .................................................. ........................................44
Instituições políticas................................................ .................................................. ................................ 45
Economia política................................................ .................................................. ...................................46 Estrutura Social e
Coalizões Políticas.......... .................................................. ....................................47
Hipóteses sobre Fatores Internacionais ............................................. .................................................. 47

Matriz Teórica.................................................. .................................................. ................................48 Família Teórica 1: Liderança


Política........... .................................................. ....................................48 Teoria da Família 2: Cultura
Política.. .................................................. .................................................. .....51 Família Teórica 3: Instituições
Políticas...................................... .................................................. .............54 Família de Teorias 4: Economia
Política .............................. .................................................. ........................58 Família Teórica 5: Estrutura Social e Coalizões
Políticas................. .................................................. ....60 Família de Teorias 6: Fatores
Internacionais........................................ .................................................. ..........62

Apêndice Técnico 1: Glossário de Termos Teóricos......................................... ..............................65

Apêndice Técnico 2: Conceitos Metodológicos......................................... ...................................74

Apêndice Técnico 3: Critérios Avaliativos .......................................... .............................................. 77

Apêndice Técnico 4: Estudos de Caso Ilustrativos...................................... ...................................81 Estudo de caso 1: Distinguir


crises políticas de retrocessos democráticos, Quénia 2007 ........................81 Estudo de caso 2: Golpes militares e tomada de
poder executivo: diferentes pontos de partida, processos semelhantes no Egipto e na
Rússia .... .................................................. .................................................. ............................83 Estudo de caso 3: Repetidos
retrocessos e reconciliação sobre lutas étnicas não resolvidas na Bolívia ...89

Lista de referências ............................................... .................................................. ..............................1

Referências para estudos de caso: organizados por famílias teóricas......................................... ....................1

Notas finais ................................................. .................................................. ........................................1


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RETROCESSO DEMOCRÁTICO

O retrocesso democrático é um fenómeno perturbadoramente comum. Demasiadas vezes, eleições competitivas são
prejudicadas, os cidadãos perdem os seus direitos de mobilização ou de expressão das suas exigências e os governos
tornam-se menos responsáveis. Ou seja, são feitas mudanças nas instituições políticas formais e nas práticas políticas
informais que reduzem significativamente a capacidade dos cidadãos de fazerem reivindicações executáveis ao governo.
Estas mudanças podem não levar ao colapso dos regimes democráticos – na verdade, o retrocesso pode ocorrer tanto
em regimes democráticos como autoritários – mas degradam os direitos dos cidadãos e o seu envolvimento com o
Estado. No entanto, apesar da frequência dos retrocessos e das consequências que os acompanham para centenas de
milhões de pessoas, a compreensão do fenómeno ou dos factores que os contribuem é limitada.

Existem literaturas extensas e intelectualmente vitais sobre as definições de democracia e autocracia, bem como sobre
as causas das transições democráticas, da consolidação democrática, da resiliência autoritária e do colapso
democrático. Destes, contudo, apenas o colapso democrático lança luz sobre os processos de
retrocesso democrático e aborda apenas os casos em que o retrocesso levou a uma mudança da democracia para a
autocracia. Os estudiosos têm prestado pouca atenção à definição e distinção de modificações de regimes quando
estas ficam aquém das transições de regime. Eles também realizaram poucos estudos avaliando os determinantes do
retrocesso, sendo grande parte da literatura existente relatos altamente particularistas de casos individuais ou análises
empíricas levemente teorizadas e de grande n de dados altamente heterogêneos e problemáticos.1 Em suma, sabemos
muito pouco sobre o retrocesso democrático.

Este documento técnico avalia o estado actual do conhecimento sobre a mudança política através da perspectiva da
“Teoria da Mudança”, prestando especial atenção aos processos de retrocesso democrático. Para os profissionais do
desenvolvimento, uma Teoria da Mudança pode ser melhor entendida como uma “descrição das relações causais
lógicas entre múltiplos níveis de condições ou resultados provisórios necessários para alcançar um objectivo de longo
prazo. Pode ser visualizado como um roteiro de mudança e delineia caminhos ou etapas para passar de um conjunto
inicial de condições a um resultado final desejado” (USAID, 2013, p. 9). O nosso objectivo neste artigo é resumir, avaliar
e extrair lições de teorias de retrocesso democrático, reconhecendo que estas percepções devem muitas vezes ser
inferidas a partir de teorias mais amplas de transição, consolidação e colapso democráticos.

Procedemos da seguinte forma. A Seção I começa com uma conceituação de retrocesso. A Secção II avalia então as
lições aprendidas de seis “famílias” teóricas, ou vertentes teóricas que dominaram o estudo da mudança de regime.
Dada a ênfase que o campo tem colocado na democratização, esta avaliação centra-se fortemente em obras clássicas
e exemplares no estudo da democratização, da consolidação democrática e do colapso, com lições extraídas destas
obras dominantes para o estudo do retrocesso. Finalmente, concluímos extraindo lições aprendidas das seis famílias
teóricas.

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1. CONCEITUANDO O RETROCESSO DEMOCRÁTICO

O retrocesso implica uma deterioração das qualidades associadas à governação democrática dentro de qualquer regime. É
um declínio na qualidade da democracia, quando ocorre dentro de regimes democráticos, ou nas qualidades democráticas de
governação em autocracias. Em ambos os casos, Erdmann (2011: 39) está correto ao dizer
que “estamos a lidar com nuances ou graus de mudança mais sutis do que no caso de mudanças de regime.
Portanto, uma análise das mudanças na qualidade da democracia não só requer a utilização de “medidas” ou instrumentos
bem afinados, mas também implica, em primeiro lugar, uma conceptualização refinada da democracia.”

Os estudiosos concordam que a democracia é um conceito multidimensional, embora variem na forma como a operacionalizam.
Os minimalistas concentram-se exclusivamente nas eleições, enquanto aqueles que têm uma visão maximalista
exigem que cidadãos altamente informados se envolvam em deliberações quase constantes para produzir políticas que
maximizem a igualdade social, económica e cultural. Buscamos um meio-termo. Argumentamos que o retrocesso é melhor
concebido como uma mudança numa combinação de procedimentos eleitorais competitivos, liberdades civis e políticas e
responsabilização.

A inclusão de procedimentos eleitorais pelos quais os governos são seleccionados não deveria ser surpreendente. Joseph
Schumpeter definiu a democracia como “aquele arranjo institucional para chegar a decisões políticas em que os indivíduos
adquirem o poder de decidir por meio de uma luta competitiva pelo voto do povo”. Os procedimentos democráticos devem
incorporar três princípios fundamentais: (1) Incerteza, de modo que os titulares de cargos e os resultados que buscam não
possam ser conhecidos com certeza ex ante; (2) Impermanência, tal que os governos têm uma duração limitada; e (3)
Restrição, tal que são impostos limites constitucionais às obrigações e sanções que um governo pode impor aos cidadãos.
Operacionalmente, tornar estes princípios manifestos exige que os cargos legislativos e executivos sejam preenchidos através
de eleições livres e justas, nas quais vários partidos competem com os titulares, usando o poder do Estado para prejudicar as
oposições. Assim, o elemento processual exige não só que examinemos a condução das eleições, mas também que lancemos
uma rede mais ampla para avaliar a existência de órgãos eleitorais independentes para supervisionar a execução das leis
eleitorais para preservar a integridade eleitoral. A participação deve acompanhar a competição: o direito generalizado de
participar em eleições e de concorrer a cargos públicos é um atributo distinto da democracia. O direito de participar deve ser
amplamente distribuído de acordo com as normas globais contemporâneas, com apenas restrições limitadas ao direito de voto
universal. É importante ressaltar que as restrições à franquia não devem basear-se diretamente em atributos culturais ou
biológicos, como idade, sexo, raça ou etnia; nem devem basear-se noutros atributos contingentes que estejam correlacionados
com estes atributos culturais ou biológicos, tais como propriedade, alfabetização ou documentos formais que estão fora do
alcance de muitos cidadãos.

Mas, como Dahl (1971) argumentou notoriamente, a participação dos cidadãos só é significativa para as práticas democráticas
se os participantes gozarem de direitos e liberdades iguais e garantidos, como a liberdade de expressão e de associação.
Assim, as liberdades civis e políticas constituem a segunda etapa da nossa conceptualização. A preocupação com as
liberdades civis e políticas leva-nos a olhar para as leis que regem as associações da sociedade civil, os meios de comunicação
social, a liberdade de reunião e os locais afiliados. Exige também a avaliação da implementação de tais leis, incluindo a
capacidade do poder judicial, legislativo e outros para salvaguardar estes direitos.

A responsabilização constitui a terceira etapa da nossa tríade conceitual. “Se os homens fossem anjos”, escreveu James
Madison no famoso Federalist Paper No. 51, “nenhum governo seria necessário. . . . Ao moldar um
governo. . . a grande dificuldade reside nisto: é preciso primeiro permitir que o governo controle os governados; e em seguida
obrigá-lo a controlar-se.” Assim, embora a maioria dos estudiosos da democracia

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o retrocesso enfatiza a competição eleitoral e as liberdades, apontando para eleições roubadas, restrições a partidos políticos,
2
associações e expressão, a responsabilização também é importante. Na verdade, Tilly (2003: 38)
destaca a responsabilização na sua discussão sobre a “desdemocratização”, que ele define como a reversão das
“reivindicações vinculativas, protegidas e relativamente iguais de uma população sobre os agentes, atividades e recursos de
um governo”. Para ele, o retrocesso ocorre quando a participação política é estreitada, a igualdade de acesso é retirada, o
controlo colectivo sobre os recursos e actividades do governo é reduzido e o seu poder arbitrário aumenta” (p. 40, grifo
nosso).3 Da mesma forma, Kapstein e Converse (2008). : 57-58) observam que “Uma das primeiras coisas que os possíveis
líderes autoritários tentam fazer é reverter as restrições constitucionais existentes”, limitando assim a responsabilização.

A responsabilização tem duas partes: “responsabilidade” e “punição”. A responsabilidade refere-se à obrigação dos
funcionários públicos de fornecer informações sobre as suas atividades e justificá-las; para oferecer fatos e explicações. A
punição refere-se à capacidade de impor sanções negativas aos titulares de cargos que violam certas regras de conduta.
Além disso, a responsabilização apresenta dois sabores básicos. A responsabilização horizontal é a noção clássica de pesos
e contrapesos, em que agências estatais independentes responsabilizam-se mutuamente. A responsabilização vertical, por
outro lado, é exercida por intervenientes não estatais (cidadãos, associações civis, meios de comunicação social) sobre
agentes estatais.

Argumentamos que o retrocesso deve ser entendido como mudanças que afectam negativamente as eleições competitivas,
as liberdades e a responsabilização. Existem razões teóricas para acreditar que os três domínios estão intrinsecamente
ligados, e é difícil imaginar mudanças significativas num que não conduzam a mudanças nos outros. Por exemplo, minar as
eleições democráticas elimina uma base de responsabilização vertical e está provavelmente também ligada a direitos
limitados. Da mesma forma, também é difícil ver como as eleições competitivas e a transparência necessária para uma
monitorização eficaz e, portanto, para a responsabilização,
são mantidos em face de direitos civis e políticos limitados. Assim, propomos que o retrocesso seja entendido como mudanças
que afectam múltiplas dimensões da qualidade democrática: competição eleitoral, liberdades e responsabilização.

As descrições empíricas do retrocesso dão apoio ao argumento de que o retrocesso implica mudanças em múltiplas áreas.
Tomemos, por exemplo, a descrição de Fealy (2011) da Indonésia:

Os indícios desta tendência regressiva tornaram-se muito mais pronunciados durante 2011, sendo as
quatro formas mais salientes: o enfraquecimento deliberado das principais instituições de supervisão, cujo
objectivo principal é garantir a transparência e integridade dos processos políticos, económicos e
burocráticos; o retrocesso das eleições regionais e da democracia local; o aprofundamento dos problemas
no funcionamento dos partidos e do legislativo; e a incapacidade de proteger os direitos das minorias.
(pág. 336/338)

Da mesma forma, encontramos a descrição de Kienle sobre o retrocesso no Egito da década de 1990:

Desde o início da década de 1990, o Egipto tem experimentado um grau substancial de deliberação
política. . . . As alterações repressivas ao código penal e à legislação que rege os sindicatos profissionais
e os sindicatos, bem como a fraude eleitoral sem precedentes são apenas alguns dos indicadores. . . .
[que contribuem para a] erosão da participação política e das liberdades” (p. 219).

Da mesma forma, a discussão de Serra (2010) sobre o retrocesso do México em 2007 centrou-se no enfraquecimento das
instituições eleitorais, no fortalecimento do domínio dos líderes partidários e na redução da liberdade de expressão. Sistemático

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é necessário recolher provas para determinar se os casos que a maioria dos observadores consideraria como
incidentes significativos de retrocesso incluem sempre mudanças em múltiplas áreas, mas há boas razões para
acreditar que este é o caso.

Identificar se um país está a retroceder exige, portanto, que examinemos as mudanças nas instituições e nos
procedimentos em vários sectores. A dimensão processual da democracia exige que prestemos especial atenção
à competição eleitoral (por exemplo, as leis que regem a capacidade dos partidos de organizar e participar em
eleições, a existência de órgãos eleitorais independentes). A ênfase nas liberdades e nos direitos exige que
consideremos as leis e os procedimentos que regem as associações da sociedade civil, os meios de comunicação
social e a liberdade de reunião. Finalmente, a preocupação com a responsabilização horizontal e vertical convida-
nos a considerar a força e a independência dos poderes judicial e legislativo, bem como as restrições civis às
forças armadas.

Definir cuidadosamente o retrocesso ajuda a evitar a inclusão excessiva de casos de mudanças políticas e de
crises que não atingem uma degradação significativa das qualidades democráticas dos regimes. Há uma
variedade de políticas e resultados políticos que podem ter conotações antidemocráticas, mas que não devem
ser considerados retrocessos democráticos. Restrições mais rigorosas à liberdade de imprensa, incluindo
algumas ações judiciais contra jornalistas independentes, podem ser profundamente perturbadoras e também
podem ser sinais de alerta precoce de esforços mais sistémicos de retrocesso. No entanto, práticas de âmbito
limitado podem não ser, por si só, um retrocesso democrático suficiente. Essas mudanças também podem ser o
impulso e a atração normais da política; eles são quase onipresentes e podem ser observados mesmo em
democracias avançadas e aparentemente estáveis. Da mesma forma, as crises políticas dramáticas são
alarmantes e podem até exigir uma intervenção internacional, mas não são necessariamente um retrocesso
democrático, como demonstra o caso da crise eleitoral no Quénia de 2007-2008. (Ver Apêndice 4.)

A concentração nas mudanças inter-relacionadas nas eleições, nas liberdades e na responsabilização não só
nos ajuda a evitar falsos positivos, mas também nos permite reconhecer processos semelhantes, apesar de
condições muito diferentes. O retrocesso pode assumir formas muito diferentes. Como vários estudiosos
(Sanhueza 1999, Brambor e Lindvall 2014, Weiffen 2013) apontaram, o colapso democrático pode ser o resultado
de uma intervenção militar relativamente rápida, da invasão constante das elites no poder ou, com menos
frequência, de outros factores (por exemplo, mobilização em massa). , intervenção externa). Eles enfatizam os
modos de ruptura, como faz Maeda (2010), que distingue entre rescisão exógena, em que uma força externa
derruba um governo democrático (geralmente através de um golpe militar), e rescisão endógena, em que um
líder democraticamente eleito suspende o governo democrático. processo. Da mesma forma, Barraca (2004: 1480-
81) via os golpes militares como um mecanismo primário pelo qual as forças anti-sistema instigam a “morte
súbita” aos regimes democráticos, em oposição à “morte lenta” infligida pelas forças internas que minam
gradualmente as instituições democráticas através da erosão das liberdades civis, da manipulação de eleições
ou outras práticas. Um olhar mais atento ao Egipto e à Rússia, conforme discutido no Apêndice 4, mostra que
embora os golpes militares e a tomada do poder pelo executivo impliquem pontos de partida muito diferentes
para o retrocesso democrático, os processos que constituem o retrocesso são muito semelhantes. O modo é
importante, mas há valor em reconhecer a semelhança de processos e resultados, seja através da morte por mil
cortes ou pela rápida queda da guilhotina.

Na verdade, compreender o retrocesso democrático como a diminuição das eleições competitivas, das liberdades
e da responsabilização também nos ajuda a evitar restringir indevidamente o retrocesso apenas a casos de
colapso democrático ou confundi-lo com mudança de regime. Embora alguns estudiosos (Kapstein & Converse
2008) usem o termo “retrocesso democrático” quase exclusivamente como sinônimo de reversão ao autoritarismo, nós

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concordo com as críticas de Aleman e Yang (2011) às categorizações baseadas na transição que não permitem mudanças
incrementais de regime.4

Na verdade, todos os quatro episódios apresentados na Caixa I.1 são exemplos de retrocesso, embora – como muitos outros
casos em todo o mundo – tenham ocorrido em contextos muito diferentes e, portanto, com implicações muito diferentes para
os seus regimes. No exemplo peruano, o retrocesso democrático iniciado por Fujimori com a ajuda de aliados dentro das
forças armadas foi de magnitude suficiente para que um regime anteriormente democrático fosse transformado num regime
autoritário. As duras restrições impostas aos candidatos da oposição ao parlamento do Egipto, pelo contrário, ocorreram
inteiramente dentro de um regime autoritário, antes e depois do retrocesso. Finalmente, o recente ataque à liberdade de
imprensa turca e outros actos contra civis representam um retrocesso dentro de um regime político; A Turquia continua a ser
democrática, mas os cidadãos têm oportunidades de participação mais limitadas e o governo eleito em exercício tornou-se
cada vez mais protegido da necessidade de responder às preferências dos cidadãos. É importante ressaltar que estes
exemplos demonstram que o retrocesso democrático pode ocorrer durante períodos de sobrevivência autoritária ou
democrática. Na verdade, empiricamente, a grande maioria dos declínios no nível das liberdades civis e políticas são mudanças
intra-regime. Na verdade, o estudo de Erdmann (2011: 26) sobre 52 casos de retrocesso concluiu que apenas cinco foram
uma transição da democracia para um regime autoritário, e quatro deles ocorreram antes de 1989.

Quadro I.1 Retrocesso Democrático: Processos Semelhantes em Circunstâncias Diversas

Em 5 de abril de 1992, Alberto Fujimori, eleito para a presidência peruana dois anos antes, respondeu ao impasse político
suspendendo a constituição, removendo adversários do poder judicial e dissolvendo o Congresso. No rescaldo deste autogolpe,
Fujimori concorreu novamente à presidência em 1995 e 2000, embora em ambas as ocasiões tenha usado o poder do Estado para
colocar a sua oposição em extrema desvantagem e vencido ambas as eleições. Só depois de as acusações de corrupção terem
galvanizado a condenação internacional e os protestos nacionais generalizados é que ele fugiu para o Japão e renunciou ao cargo.5

Entretanto, a dois continentes de distância, o Partido Nacional Democrático, no poder no Egipto, recebeu 94% dos votos nas eleições
parlamentares de 1995, uma grande melhoria em relação à sua quota de 79% nas eleições de 1990.
Em vez de representar uma onda espontânea de entusiasmo pelo regime autocrático de Mubarak, a competitividade superior do
partido no poder reflectiu sem dúvida legislação anterior que invalidou eleições nos sindicatos profissionais, bem como outras
restrições às liberdades políticas e civis que tinham sido promovidas de forma hesitante ao longo dos anos. nas últimas duas décadas,
talvez mais notavelmente o uso crescente de tribunais militares para julgar casos contra civis, um acordo judicial que, com uma
regularidade perturbadora, concluiu com sentenças de morte contra opositores do regime.6

Uma repressão mais gradual ocorreu na Rússia sob Vladimir Putin, depois que ele assumiu o poder após a renúncia de Boris Yeltsin
em 31 de dezembro de 1999. Em contraste com o autogolpe de Fujimori , Putin usou reformas institucionais para reverter
gradualmente as liberdades democráticas. Por exemplo, as novas leis relativas aos meios de comunicação aprovadas em 2005
restringiram a liberdade de expressão e a legislação antiterrorismo de 2006 ajudou o governo a reprimir os opositores políticos.
Após as revoltas de 2011, o governo russo impôs sanções mais severas às assembleias públicas, às ONG e à Internet, e alterou
uma lei sobre traição para permitir uma ampla
uma série de atividades aparentemente inócuas a serem consideradas atividades criminosas – tornando assim mais fácil cortar
derrubar adversários. Finalmente, numa tentativa de contornar de facto os limites constitucionais dos mandatos, Putin instalou o seu
então primeiro-ministro, Dmitry Medvedev, como seu presidente de 2008 a 2012, enquanto ele próprio serviu como

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primeiro ministro. Em preparação para o regresso de Putin à presidência em 2012, o mandato presidencial foi alargado
para seis anos. Reeleito em 2012, Putin pode permanecer no poder até 2024.

A Turquia também tem assistido a uma crescente repressão às liberdades políticas e civis. Em Maio de 2013, os cidadãos
turcos iniciaram uma série de protestos contra o estilo cada vez mais autoritário do então primeiro-ministro Recep Tayyip
Erdogan, cujo partido AKP venceu as eleições de 2002, 2007 e 2011 por larga margem.
À medida que os protestos aumentavam naquele Verão, incluindo cada vez mais pessoas de um amplo sector da sociedade
turca, o governo de Erdogan adoptou uma resposta dura, incluindo pressão sistemática contra jornalistas turcos, com um
aumento acentuado no número de jornalistas que foram despedidos, forçado a renunciar ou preso. Consequentemente, num
relatório de 2014 sobre a liberdade de imprensa global, a Turquia foi desclassificada de “parcialmente livre” para “não livre”,
uma vez que a sua pontuação piorou de 56 para 62 numa escala de 100 pontos.7

Não só o retrocesso pode ocorrer na ausência de ruptura democrática ou mudança de regime, mas a relação entre retrocesso
e democratização ou consolidação democrática não é clara. Como observou Amel Ahmed (2014: 2), o conceito de retrocesso,
tal como é convencionalmente utilizado, implica um “retrocesso teórico numa trajetória linear imaginada”; isto é, sugere que um
episódio de retrocesso torna mais difícil para um país que retrocede actualmente alcançar a democracia no próximo período.
No entanto, podem-se levantar duas objecções a esta representação. Primeiro, tanto os regimes autocráticos como os
democráticos têm medidas inclusivas e excludentes que flutuam ao longo do tempo. Ou seja, todos os regimes são até certo
ponto inclusivos, concedendo algumas liberdades civis e políticas a pelo menos alguns elementos da população, e também são
todos excludentes até certo ponto, colocando restrições a essas liberdades. Em segundo lugar, medidas aparentemente
excludentes podem promover a democratização, permitindo a estabilidade do regime necessária para um maior fortalecimento
ou, noutras ocasiões, fornecendo pontos focais ou “narrativas mobilizadoras” em torno dos quais as forças políticas se reúnem,
pressionando por medidas mais democráticas. Assim, Ahmed adverte, “o 'retrocesso' nem sempre precisa de ser remediado.
Certas salvaguardas que poderiam ser vistas como retrocessos em alguns casos podem, de facto, ajudar a fortalecer e
consolidar a democracia a longo prazo” (p. 7).
8

As afirmações de Ahmed são importantes porque ajudam a definir as nossas expectativas. Precisamos de estar abertos à
possibilidade de que aparentes retrocessos nas práticas e instituições democráticas possam, em última análise, fornecer
contexto ou catalisadores para uma maior democratização. (Constatamos que este é o caso na crise eleitoral do Quénia em
2007, embora, nomeadamente, também argumentemos que o que muitos vêem como um episódio de retrocesso democrático
não cumpre os padrões que estabelecemos acima.) Assim, também, reverter ou impedir o “retrocesso” pode não promover
necessariamente a democratização da forma que muitos decisores políticos, académicos e optimistas esperam. A relação entre
retrocesso, democratização e consolidação democrática é complexa.

Existem também distinções potencialmente importantes entre experiências de retrocesso. O retrocesso pode variar na medida
em que as qualidades democráticas são degradadas. Os Egípcios viram os seus direitos serem reduzidos e as instituições
democráticas minadas, tanto nos últimos meses da administração do Presidente Morsi como na
o período desde que Sisi assumiu o poder. No entanto, tal como descrito no Apêndice 4, as restrições impostas aos meios de
comunicação social, às associações da sociedade civil e aos partidos políticos foram mais severas sob Sisi do que com Morsi.
Ambos são períodos de retrocesso, mas o último degradou mais significativamente as qualidades democráticas do que o primeiro.
Os feitiços de retrocesso também podem diferir em duração, com alguns ocorrendo através de mudanças rápidas e decisivas e
outros através de um aumento mais gradual. Por um lado, está o anúncio dramático da Revolução Cultural feito por Mao; por
outro, a erosão silenciosa da governação democrática na Rússia por parte de Putin e, possivelmente, medidas semelhantes de
Erdogan na Turquia.

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Existem também diferenças importantes na natureza das coligações ou estruturas de clivagem que levam ao retrocesso.
Estas exigem mais estudos, mas há razões para acreditar que a medida em que as questões subjacentes são vistas
como jogos de soma zero, quer porque giram em torno de projectos socialmente transformadores, quer porque clivagens
baseadas na identidade, podem afectar a probabilidade de as elites se envolverem em retrocessos. Por exemplo,
conforme descrito no Apêndice 4, conflitos étnicos, de classe e regionais não resolvidos caracterizaram a política
boliviana e, portanto, embora os vencedores e os perdedores tenham mudado ao longo do tempo, a necessidade de
proteger ganhos que são vistos como jogos relativamente fixos e de soma zero tem permaneceu. Estes foram
catalisadores do retrocesso, deixando o país politicamente instável durante grande parte da sua história e oscilando
entre o retrocesso e a liberalização. O facto de os regimes serem puxados para a esquerda ou para a direita também
pode ter implicações no processo de retrocesso (que instituições são visadas e de que forma o são) e quase certamente
afectar as implicações do retrocesso. Por exemplo, quando os vencedores assumem uma posição populista de
esquerda, podem na verdade mobilizar mais os cidadãos e recompensar um segmento maior da população. A igualdade
de participação, responsabilização e liberdades ainda pode diminuir, mas, ao mesmo tempo, pode ser feita em nome
do “povo” e, a curto prazo, acompanhada de medidas redistributivas (Weyland, 2013). Esperam-se resultados muito
diferentes quando o retrocesso leva elementos de direita ao poder.

Definir períodos de retrocesso é uma tarefa complicada. O retrocesso ocorre através de uma série de mudanças
discretas nas regras e procedimentos informais que moldam as eleições, os direitos e a responsabilização. Estas
ocorrem ao longo do tempo, separadas por meses ou até anos. Gasiorowski (1996: 472) concebeu o seu conjunto de
dados com base na premissa de que “as mudanças entre estes três tipos de regime (por exemplo, democracias,
semidemocracias e autocracias) são marcadas por eventos singulares e característicos, como eleições livres ou
fraudulentas, eleições constitucionais. mudanças, golpes de estado, declarações de lei marcial ou prisões de indivíduos proeminentes”.
No entanto, há razões para duvidar que tais acontecimentos devam ser vistos como o “momento” do retrocesso.
Comparando o retrocesso através de medições alternativas existentes, descobrimos que episódios de retrocesso
acompanhados de golpes militares foram eventos facilmente detectados, mas não necessariamente o caso modal
(Lueders, Lust e Waldner, em andamento).

Além disso, o impacto das mudanças implicadas no retrocesso nem sempre é facilmente discernível, e muitas vezes
ocorrem mudanças que são aparentemente contraditórias; por exemplo, pode haver uma restrição às liberdades civis
ao mesmo tempo que são convocadas novas eleições e novos partidos podem participar. Isso torna difícil ver o
retrocesso. Isto é particularmente verdade se nos basearmos em conjuntos de dados transnacionais, que são muitas
vezes menos sensíveis a mudanças de pequena escala, mas é mesmo verdade no caso de avaliações no terreno. Pode
ser difícil determinar o ponto de partida do retrocesso. Na verdade, os cidadãos e os observadores debatem
frequentemente se um país está a retroceder.

Em última análise, há muito trabalho a ser feito para desenvolver uma compreensão completa do retrocesso e das
condições que o promovem. Os académicos e os profissionais precisam de definir e ser capazes de identificar
retrocessos independentemente da mudança de regime. Eles precisam desenvolver ferramentas para reconhecer a
duração, a intensidade e o significado dos períodos de retrocesso. E precisam de considerar como o carácter do
retrocesso (por exemplo, diferentes coligações subjacentes, sequências de mudanças) afecta os resultados. Estes são
os primeiros passos para desenvolver uma melhor compreensão das forças que impulsionam o retrocesso e dos
mecanismos potenciais para o impedir; em última análise, isto pode ajudar a melhorar a vida dos cidadãos,
independentemente da relação entre retrocesso e mudança de regime. Antes que tais tarefas possam ser abordadas,
no entanto, é necessário um olhar mais atento às lições das teorias existentes.

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2. DESCRIÇÃO E AVALIAÇÃO DAS FAMÍLIAS TEÓRICAS

O objetivo desta seção é avaliar hipóteses sobre o retrocesso democrático derivadas de seis famílias de teorias: (1)
líderes políticos, (2) cultura política, (3) instituições políticas, (4) economia política, (5) estrutura social e coalizões
políticas. e (6) fatores internacionais. A revisão da literatura está dividida em quatro partes.

A primeira parte discute primeiro a distinção entre teorias estruturais e teorias baseadas em agentes e depois discute
a relação entre teorias das ciências sociais e intervenções baseadas em políticas. Estes dois tópicos abstratos são
fundamentais para a apreciação adequada do que os estudos em ciências sociais podem oferecer ao decisor político.

A segunda parte apresenta brevemente cada uma das seis famílias de teorias, fornecendo os principais conceitos e
pressupostos compartilhados por todos os membros da família de teorias. Uma teoria é um conjunto de afirmações
logicamente consistentes que geram explicações altamente abstratas de uma categoria geral de resultados; as teorias
fornecem modelos dos processos causais que produzem o mundo que observamos, geralmente fazendo afirmações
sobre a motivação e a ação humanas. Devido à sua abstração, as teorias não são diretamente testáveis.

A terceira parte faz a transição da teoria para hipóteses específicas derivadas da teoria. Em contraste com uma teoria
altamente abstrata, uma hipótese é uma afirmação testável sobre a relação observável entre duas ou mais variáveis,
ou medidas de alguma característica ou característica. As hipóteses substituem, assim, medidas concretas e particulares
pelas categorias abstratas da teoria. Não testamos a teoria da cultura política, por exemplo: testamos hipóteses
específicas sobre a cultura política. Observe que múltiplas hipóteses podem ser derivadas da mesma teoria abstrata,
portanto cada família de teorias é representada por diversas hipóteses. Para cada hipótese, fornecemos um resumo
conciso da hipótese, declaramos a relevância da hipótese para o retrocesso (por razões discutidas abaixo, às vezes
esta relevância é indireta), extraímos possíveis lições para intervenção e, em seguida, concluímos com uma avaliação
da credibilidade da a hipótese discutindo os procedimentos usados para testar hipóteses específicas e os resultados
desses testes.

A quarta parte conclui a revisão da literatura com uma avaliação resumida de cada uma das seis famílias de teorias.

PARTE UM: ESTRUTURA, AGÊNCIA E CAUSALIDADE

Consideremos, por um momento, a diferença entre campos petrolíferos e jardins. Os campos petrolíferos foram
formados durante períodos de tempo extraordinariamente longos, num processo que não pode ser reproduzido a curto
prazo; podemos descobrir campos de petróleo, mas não podemos criá-los do zero. Os jardins, por outro lado, podem
crescer numa ampla variedade de condições; na maioria das condições, o trabalho árduo produzirá um jardim próspero.
Os campos petrolíferos e os jardins são metáforas para duas grandes categorias de teorias que chamamos, de forma
menos eufónica, de teorias estruturais e de teorias baseadas na agência ou agente. Uma teoria estrutural explica um
resultado referindo-se a fatores ou condições pré-existentes que são resistentes à mudança, pelo menos no curto
prazo. Um fator estrutural pode moldar um resultado de duas maneiras amplas. Primeiro, pode restringir ou tornar
algumas escolhas inviáveis e, portanto, tornar alguns resultados altamente improváveis; pense na restrição imposta
por um orçamento. Em segundo lugar, pode motivar, tornando mais prováveis algumas escolhas e, portanto, alguns
resultados. A maioria das teorias que examinamos abaixo são alguma versão de uma teoria estrutural.

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As teorias agenciais, por outro lado, colocam a maior parte da carga explicativa sobre algumas características ou ações
contingentes de atores ou agentes políticos. Nestas teorias, eliminamos a restrição estrutural para que os actores políticos
tenham um elevado grau de liberdade de escolha. Explicamos o resultado com referência a esta escolha ou ação relativamente
irrestrita; ao chamarmos uma acção ou escolha de contingente, assumimos que poderia ter sido de outra forma, dada a soma
total das condições externas.

É claro que as teorias estruturais raramente negligenciam completamente os agentes: os factores estruturais causam resultados
ao moldarem o comportamento dos agentes. Mas na medida em que colocamos o ónus da explicação nas estruturas, estamos
a afirmar que as características individuais dos líderes são largamente irrelevantes, de modo que se mudássemos de alguma
forma a liderança, não mudaríamos o resultado, porque o novo líder ainda seria susceptível de sofrer alterações. a mesma
influência estrutural.

Compreender a distinção entre fatores causais estruturais e agentes é importante para conceituar adequadamente as
intervenções causais. Uma causa é algo que faz a diferença. Para os nossos propósitos, pensemos numa causa como um
interruptor, de modo que mudar o interruptor de uma posição para outra produz uma mudança num resultado, como um
retrocesso democrático. As teorias estruturais e as teorias baseadas em agentes implicam, portanto, diferentes tipos de
mudanças. Algumas causas funcionam em segundo plano, demorando para produzir um resultado observado. Outras causas
são mais visíveis e talvez imediatas nos seus efeitos.
Os decisores políticos precisam de estar atentos a ambos os tipos de causas.

As seis famílias de teorias discutidas abaixo representam, portanto, diferentes tipos de interruptores. Além disso, podemos
considerar de forma útil essas distinções entre tipos de switches.

1. Causas de longo prazo versus causas de curto prazo. Às vezes, apertar um botão produzirá uma mudança quase
imediatamente; outras opções demoram muito para produzir efeito. Em geral, os factores agentes funcionam no curto
prazo, enquanto os factores estruturais funcionam no longo prazo, mas nem sempre é esse o caso.

2. Causas do lado da oferta versus causas do lado da procura. O lado da oferta refere-se a causas que actuam directamente
sobre a liderança política que “fornece” reformas políticas, enquanto o lado da procura refere-se a causas que levam
os cidadãos a exigir reformas políticas.
3. Causas institucionais versus causas sistêmicas. As intervenções institucionais moldam directamente as instituições
políticas, enquanto as intervenções sistémicas operam através de factores “de fundo”, como a economia ou o sistema
cultural.

Estas três distinções não esgotam as formas como podemos descrever intervenções causais, mas são as mais úteis para
resumir as lições das teorias das ciências sociais. Os decisores políticos preocupam-se certamente com outras características
das políticas: se são diplomáticas ou de desenvolvimento, ou se são jurídico-processuais versus comportamentais, por exemplo.
Mas estas características podem ser derivadas das distinções já levantadas: estas três distinções produzem oito combinações,
que deveriam ser suficientes para descrever a maioria das intervenções políticas. Poderíamos definir uma intervenção
“diplomática”, por exemplo, como uma intervenção de curto prazo, institucional e do lado da oferta. A intervenção através da
ajuda externa, pelo contrário, constituiria uma intervenção sistémica, de longo prazo e do lado da procura.

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PARTE DOIS: APRESENTANDO SEIS FAMÍLIAS TEÓRICAS

Essas seis famílias teóricas agrupam tipos de causas. As famílias teóricas devem ser vistas como tipos de interruptores. É certo
que o retrocesso democrático é um fenómeno complexo, não análogo ao processo mecânico de acender uma luz. Mas para
cada família de teorias e para cada hipótese dentro de cada família de teorias, encorajamos os leitores a abordar a hipótese
perguntando o que aconteceria se este factor fosse mudado para uma posição diferente.

1. LIDERANÇA POLÍTICA

As teorias da liderança política exemplificam as teorias agenciais. Para explicar os resultados políticos, estas teorias invocam
algum aspecto da liderança política que não depende de outras causas. As ações dos líderes políticos, por outras palavras, são
relativamente livres de qualquer restrição que não seja as estratégias e o comportamento de outros líderes políticos. Há uma
variedade de maneiras de pensar sobre essas escolhas contingentes feitas pelos agentes. Poderíamos atribuir a escolha
irrestrita a algum atributo pessoal durável do agente: seu temperamento, intelecto ou outra disposição pessoal. Poderíamos
atribuir a escolha irrestrita a decisões específicas, estratégicas ou táticas. Ou podemos atribuir a escolha irrestrita às interações
entre dois ou mais agentes. Ao enfatizar a liberdade de escolha, as teorias de liderança política implicam intervenções causais
de curto prazo, dirigidas ao lado da oferta e institucionais.

2. CULTURA POLÍTICA

As teorias da cultura política explicam os resultados políticos através de atitudes, crenças, normas, práticas e rituais que são
amplamente partilhados, têm profunda ressonância emocional e separam o comportamento apropriado e socialmente
sancionado do comportamento inadequado. A cultura pode produzir resultados políticos quer directamente, formando
preferências sobre formas de prática política, quer indirectamente, moldando comportamentos, como a propensão para cooperar
com outros, que tornam algumas formas de prática política mais prováveis do que outras.

As teorias da cultura política são teorias estruturais em três aspectos importantes. Primeiro, as culturas são propriedades de
grandes grupos de pessoas, sejam sociedades inteiras ou subgrupos substanciais da sociedade. Não falamos de culturas como
propriedades de indivíduos. Em segundo lugar, as culturas são herdadas do passado; os indivíduos aprendem normas culturais
com pais e professores e através da interação repetida com outros membros da sociedade. Terceiro, embora os indivíduos
possam moldar a cultura de pequenas maneiras – afinal, a cultura não é estática ao longo do tempo – a mudança cultural tende
a ser relativamente lenta e não está sob o controlo dos líderes políticos. Da perspectiva do agente individual, as culturas podem
ser tratadas como “dadas”, no sentido de que as normas culturais, as crenças culturais e o comportamento que induzem são
estáveis, rotineiros e muitas vezes inquestionáveis.

As teorias clássicas da cultura política fizeram afirmações sobre coletividades. Na sua peça Os Persas, o dramaturgo grego
Ésquilo distinguiu o Oriente e o Ocidente, associando o primeiro ao despotismo e o segundo à democracia. Dois milênios
depois, Montesquieu dividiu o mundo político em monarquias, despotismos e repúblicas, associando-os às civilizações ocidental,
oriental e grega antiga, respectivamente. Alguns cientistas sociais contemporâneos seguem esta tradição, fazendo afirmações
sobre a cultura relativamente homogénea de sociedades ou regiões inteiras. Mais frequentemente, porém, os cientistas sociais
contemporâneos medem a cultura de formas que permitem uma maior heterogeneidade dentro de uma coletividade. Eles
definem cultura como a agregação de atitudes e comportamentos individuais e exploram essas atitudes e

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comportamentos principalmente por meio de pesquisas. A cultura de um grupo maior pode ser descrita com referência à
distribuição das respostas da pesquisa. A associação da cultura a uma distribuição permite a heterogeneidade a nível individual,
ao mesmo tempo que permite comparações entre sociedades através de respostas médias.
Esta abordagem também permite uma medição mais fiável da cultura através de inquéritos repetidos. Os estudiosos debatem,
no entanto, se a medição das atitudes psicológicas individuais baseada em inquéritos capta validamente o significado da cultura.

As teorias político-culturais implicam dois grandes tipos de intervenção causal. Ambos os tipos de intervenção causal seriam
sistémicos e de longo prazo: na medida em que os factores culturais são passíveis de mudança, é altamente improvável que
esta mudança ocorra num prazo relativamente curto. Os factores culturais, por definição, são sistémicos e não institucionais.
Mas podemos imaginar esforços para mudar directamente a cultura dos líderes políticos ou para mudar a cultura dos cidadãos
na expectativa de que as suas acções subsequentes influenciarão os líderes políticos: estas duas possibilidades correspondem
a intervenções do lado da oferta e a intervenções do lado da procura, respectivamente.

3. INSTITUIÇÕES POLÍTICAS

As instituições são um tipo importante de restrição externa à ação humana. “Se os homens fossem anjos”, escreveu James
Madison em The Federalist Papers, “nenhum governo seria necessário”. Mas a forma que o governo assume varia amplamente,
e os teóricos políticos há muito que acreditam que diferentes formas de instituições políticas restringem de forma diferente e,
portanto, produzem resultados diferentes. “Ao enquadrar uma Madison continua, “a primeira dificuldade reside nisto: é preciso

si próprio. A primeiro permitir que o governo do governo controle os governados e, em seguida, obrigá-lo a controlar-se a
dependência do povo é, sem dúvida, o principal controle do governo, mas a experiência ensinou à humanidade a necessidade
de precauções auxiliares.”

As teorias das instituições políticas investigam as implicações destas “precauções auxiliares”. Podemos pensar nas instituições
políticas democráticas como tendo três grandes tipos de efeitos (resultados observados após acionar o interruptor). Em primeiro
lugar, diferentes instituições democráticas podem afectar o nível de responsabilização vertical e representatividade, de modo
que os governos sejam mais receptivos aos cidadãos e os cidadãos vejam o seu governo como uma fonte legítima de
autoridade, diminuindo o incentivo para apoiar movimentos antidemocráticos. Em segundo lugar, diferentes instituições
democráticas podem afectar o nível de responsabilização horizontal, impedindo os membros do governo de agir de forma cada
vez mais autocrática e subvertendo a democracia a partir de dentro. Terceiro, diferentes instituições democráticas podem
afectar o nível de eficácia e desempenho governamental, evitando impasses políticos e crises que podem fornecer a desculpa
ou a razão para acções antidemocráticas. Um conjunto paralelo de afirmações teóricas, que não serão descritas aqui, poderia
ser feito sobre instituições autoritárias.

A metáfora de um campo petrolífero é ligeiramente enganadora quando aplicada às instituições. As instituições são as “regras
do jogo” formais e informais. São organizações e procedimentos autorizados, autorizados no sentido de que são capazes de
sancionar comportamentos não conformes. Sabemos, contudo, que a agência humana pode intervir para moldar as instituições;
Os Artigos Federalistas, acima mencionados, contêm debates sobre a forma apropriada de desenho institucional. Às vezes,
essa intervenção pode ser rápida e de longo alcance. A metáfora de um lago pode ser adequada aqui: um lago pode ser criado
pela ação humana, mas apenas em circunstâncias incomuns e muitas vezes apenas com um esforço tremendo. Uma questão
relacionada envolve a capacidade das instituições de sancionar indivíduos e grupos poderosos. Alguns sistemas políticos
apresentam uma distribuição de poder altamente desequilibrada, de tal forma que instituições estáveis não produzem políticas
padronizadas.

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comportamento. Muitas vezes referimo-nos a estas como políticas patrimoniais, nas quais as ligações pessoais com actores
poderosos são mais importantes do que regras impessoais que, em princípio, se aplicam igualmente a todos.

As intervenções nas instituições são geralmente de curto prazo, orientadas para o lado da oferta e institucionais.
Estas intervenções alteram o conjunto de incentivos e restrições disponíveis para os líderes políticos e, portanto, os seus efeitos
devem ser quase imediatos, não mediados pelas ações dos cidadãos e, por definição, institucionais.

4. ECONOMIA POLÍTICA

A economia política é o estudo da relação recíproca entre a organização e o exercício do poder, por um lado, e a produção e
troca de bens e serviços consumíveis, por outro. As estruturas e a actividade governamental podem afectar a estrutura e a
actividade económica de inúmeras formas, desde a criação de tribunais que permitem a propriedade privada e contratos
executáveis até à fixação de taxas de impostos que afectam as taxas de poupança e despesa. O efeito dos factores económicos
na estrutura governamental também pode operar através de diversos canais, desde níveis de rendimento, tais como a
acumulação de riqueza a longo prazo ou mudanças no desempenho económico a curto prazo, até à distribuição de rendimento
entre classes.
ou o efeito diferencial de diferentes fontes de rendimento. Em termos gerais, podemos pensar que estes factores económicos
exercem influência sobre a estrutura governamental de uma de três maneiras. Em primeiro lugar, podemos pensar nos governos
como “maximizadores de receitas”, moldando estruturas e políticas governamentais para obter acesso a maiores receitas fiscais.
Em segundo lugar, podemos considerar como as mudanças nos níveis de rendimento, quer a curto quer a longo prazo,
influenciam as preferências dos cidadãos sobre diferentes tipos de estruturas governamentais e a sua capacidade de agir
colectivamente em nome das suas preferências. Terceiro, podemos considerar como os factores económicos levam a divisões
e conflitos entre diferentes grupos de cidadãos.

Os factores económicos são mais intuitivamente estruturais do que as variáveis culturais ou institucionais. As variáveis culturais
importam apenas na medida em que os indivíduos se conformam às normas culturais; as variáveis institucionais importam
apenas na medida em que os indivíduos se conformam às regras institucionais. Os factores económicos, por outro lado, são
mais obviamente externos ao actor, embora mesmo estes factores dependam de regras institucionais, tais como o acordo
colectivo para reconhecer a moeda como uma unidade de troca oficial. Além disso, embora existam problemas inerentes à
medição das variáveis económicas, parece mais evidente que podemos contar dinheiro em contraste com os esforços mais
ambíguos para medir as normas culturais.

Observe como estes factores económicos mudam anualmente: os estudos de economia política habitam um ambiente rico em
dados. Juntamente com o aumento do poder computacional, isto permite que os estudiosos da economia política compilem um
tipo único de conjuntos de dados chamados “conjuntos de dados transversais de séries temporais” ou TSCS. Um conjunto de
dados TSCS é, em essência, uma planilha em que cada linha corresponde a um país-ano. Se os dados
conjunto abrange o período 1950–2000, um país pode ser representado por até 51 linhas, uma por ano.
Colunas correspondentes às variáveis econômicas variantes no tempo serão observadas anualmente; cada entrada dentro de
uma coluna difere de todas as outras entradas da coluna. Outras colunas podem representar variáveis invariantes no tempo que
mudam muito lentamente ou são muito difíceis de medir e, portanto, são medidas com pouca frequência. Dois pontos-chave
devem ser retirados desta breve introdução à estrutura dos dados dentro desta família de teorias. Primeiro, os conjuntos de
dados TCSC são análogos aos flocos de neve: não há dois exatamente iguais. Os académicos tomam uma série de decisões:
que países incluir, que anos incluir, que medidas de cada variável utilizar, que variáveis de controlo incluir, e muitas outras. Em
segundo lugar, há muitas escolhas que devem ser feitas sobre o modelo estatístico utilizado para analisar os dados. Não existe
uma resposta “certa” única para nenhum dos conjuntos de escolhas; compilar e analisar conjuntos de dados de estruturas
complexas contém muita arte. Este ponto

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devem ser enfatizados para preparar o leitor para a possibilidade muito real de resultados divergentes com base em diferentes decisões
sobre a construção e análise do conjunto de dados.

Os efeitos dos factores político-económicos podem ser de curto ou longo prazo. As intervenções baseadas em políticas podem ser
implementadas rapidamente – pensemos na rápida liberalização económica, conhecida coloquialmente como “terapia de choque” –
enquanto os esforços no sentido do crescimento económico podem dar frutos apenas a longo prazo. Os efeitos de uma intervenção
sobre um factor político-económico podem operar directamente sobre a liderança política (oferta
lado) ou pode ser mediado através dos cidadãos (lado da procura). Um exemplo de um efeito no lado da oferta seria a privatização que
reduz os recursos disponíveis para os líderes políticos concederem patrocínio.
Um exemplo de um efeito do lado da procura seria o crescimento a longo prazo que altera as preferências políticas dos cidadãos ou, ao
dar aos cidadãos maiores recursos, aumenta a capacidade dos cidadãos para fazerem exigências vinculativas aos líderes políticos.
Todas as intervenções político-económicas são, por definição, sistémicas.

5. ESTRUTURA SOCIAL E COALIZÕES POLÍTICAS

Na maior parte, as quatro famílias teóricas anteriores trataram os cidadãos como um grupo homogêneo. Esta família de teorias relaxa
essa suposição; considera formas alternativas de conceituar as bases da formação de grupos entre cidadãos, o potencial de conflito
entre esses grupos e as implicações políticas da formação de grupos e do conflito intergrupal. Existem dois grandes eixos de divisão: a
estrutura económica e a estrutura sociocultural ou étnica. O primeiro eixo combina elementos de análise de classe e de análise sectorial:
juntamente com as divisões ao longo da estrutura de produção, que opõem os proprietários aos trabalhadores, estão as divisões ao
longo da dotação de factores, tais como cidade versus campo. Estas são divisões baseadas em interesses : os proprietários de diferentes
tipos de recursos podem favorecer diferentes políticas económicas ou políticas, colocando-as em conflito umas com as outras. O
segundo eixo heterogéneo pode recair sobre bases de identidade religiosas, linguísticas, raciais ou outras bases de identidade e conflitos
potenciais. Estas são divisões baseadas na identidade , embora estas divisões possam sobrepor-se a divisões baseadas em interesses.
Por exemplo, membros de diferentes grupos profissionais podem pertencer desproporcionalmente a um determinado grupo étnico;
membros de diferentes grupos étnicos podem povoar regiões com diferentes dotações económicas; ou diferentes grupos étnicos podem
ter relações diferentes com o governo como beneficiários privilegiados ou membros marginalizados da sociedade.

Várias advertências merecem ênfase. Primeiro, estas afirmações sobre divisões socioeconómicas simplificam enormemente a realidade.
Para qualquer indivíduo, existem muitas fontes possíveis de identidade, e cada indivíduo pode combiná-las de diferentes maneiras, em
diferentes momentos e em diferentes contextos. Em segundo lugar, seguindo a primeira advertência, estas divisões não “ocorrem
naturalmente”, mas ocorrem através de processos sociais complexos que nem sempre compreendemos completamente. Terceiro, não
é correcto afirmar que primeiro se formam as divisões sociais e depois influenciam os processos e estruturas políticas. Pelo contrário, é
certamente verdade que as estruturas e processos políticos influenciam a formação da identidade do grupo. Os empresários políticos,
por exemplo, podem facilitar deliberadamente certas formas de formação de grupos e impedir outras.

Finalmente, e na sequência dos pontos acima mencionados, um ponto chave de intersecção entre as divisões socioeconómicas e os
processos políticos é a formação de coligações políticas. Mesmo um ditador implacável precisa do apoio e da lealdade, no mínimo, de
membros das forças de segurança e de funcionários importantes do governo. Em quase todos os casos, a adesão a esta coligação
vencedora estende-se para além dos membros do aparelho estatal, abrangendo também os cidadãos. Os cidadãos membros da
coligação fornecem uma série de recursos valiosos, desde apoio financeiro a votos. Os empresários políticos formam estas coligações
negociando o

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troca de recursos controlados pelo governo sob a forma de bens públicos (políticas gerais) ou bens privados
(recompensas individuais) por apoio político e económico.

A formação de coligações, por sua vez, pode influenciar os processos e estruturas políticas de três maneiras. Mais
directamente, os elementos-chave do processo político podem ser objecto de negociação directa durante a formação da
coligação, uma vez que os membros visados da coligação vencedora exigem mudanças políticas em troca do seu apoio.
Em segundo lugar, a amplitude e a composição da coligação política vencedora podem influenciar a estabilidade do
governo e a sua capacidade de prevenir ou sobreviver à crise. Em terceiro lugar, e indirectamente, os bens públicos e
privados utilizados para construir a coligação vencedora podem ter efeitos de feedback que influenciam os processos e
estruturas políticas através de factores político-económicos. Por exemplo, uma dependência excessiva de bens privados
pode gerar corrupção, minar o Estado de direito e, portanto, constituir um obstáculo ao investimento e ao crescimento a
longo prazo; ou políticas públicas altamente expansionistas podem gerar uma inflação rápida que desestabiliza o governo.

Os determinantes da estrutura social são abordados por outras famílias teóricas. Os factores político-económicos moldam
a estrutura de classes, enquanto os factores culturais e institucionais podem contribuir para a formação da identidade.
As intervenções causais para moldar as próprias coligações políticas são normalmente melhor descritas como
intervenções de curto prazo do lado da procura, pois moldam a combinação de preferências políticas que são da maior
importância para os líderes políticos.

6. FATORES INTERNACIONAIS

Tratamos a influência internacional como o funcionamento através dos canais descritos pelas cinco famílias de teorias
anteriores.9 O que distingue as hipóteses nesta família de teorias é que o agente primário da intervenção causal é um
actor no sistema internacional, e não um actor doméstico. Mas os instrumentos de mudança são esforços culturais,
institucionais, económicos ou diplomáticos para persuadir os líderes políticos locais a alterar o seu comportamento.
Consideremos a forma mais extrema de intervenção internacional, a construção da nação baseada na ocupação. Da
Alemanha e do Japão, passando pelo Iraque, a construção da nação incluiu esforços para alterar o panorama cultural,
institucional e político-económico. Por exemplo, a ocupação militar americana do Japão, em vigor até Abril de 1952,
envolveu mudanças na constituição japonesa; políticas económicas de curto prazo para encorajar a estabilização e o
crescimento; políticas destinadas a reestruturar a economia japonesa, como o desmantelamento dos zaibatsu
(conglomerados económicos), a reforma agrária e uma lei sindical; e até mesmo a reforma educativa que, entre outras
características, procurou erradicar os valores militaristas e inculcar valores culturais liberais e cívicos. A construção da
nação americana no Iraque abraçou um conjunto igualmente grande de intervenções constitucionais, político-
institucionais, político-económicas e até político-culturais.

Assim, os factores internacionais podem ser categorizados como de curto ou longo prazo, como direccionados para o
lado da procura ou para o lado da oferta, como institucionais ou sistémicos. A questão para a análise de intervenções
causais iniciadas externamente é dupla: até que ponto estas intervenções estão disponíveis e até que ponto são
eficazes? Para continuar a nossa metáfora, até que ponto o “interruptor de luz” está ao alcance da comunidade
internacional? Alguns tipos de intervenção podem não estar disponíveis de forma imediata ou economicamente viável
para a comunidade internacional. Por outro lado, alguns tipos de intervenção podem estar disponíveis, mas não são
eficazes. A eficácia pode ter dois componentes. Primeiro, a intervenção é geralmente eficaz?
Em segundo lugar, a eficácia está condicionada à fonte? Uma intervenção de um actor doméstico poderia, em princípio,
ter um efeito muito diferente de uma intervenção análoga de um actor externo. Por exemplo, uma intervenção externa
(ou mesmo a percepção de que uma intervenção é controlada externamente) pode desencadear o alarme relativamente
à “intromissão estrangeira” e, portanto, desencadear inadvertidamente uma reacção nacionalista.

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PARTE TRÊS: HIPÓTESES

Nesta seção, desviamos a atenção das teorias abstratas para hipóteses concretas e testáveis. Mas primeiro algumas
advertências e condições devem ser enfatizadas. Primeiro, embora a derivação de hipóteses a partir de uma teoria siga
algumas regras lógicas básicas, não existe uma regra análoga pela qual possamos raciocinar logicamente a partir da
verdade ou falsidade de uma hipótese até à família de teorias. Em princípio, um número ilimitado de hipóteses poderia
ser derivado de uma teoria e sujeito a testes; na prática, um número limitado de hipóteses é proposto e testado e a
comunidade acadêmica extrai julgamentos delas. Não podemos saber, então, como teriam funcionado outras hipóteses
não propostas e não testadas. Dada a maleabilidade inerente aos processos e estruturas políticas, com ampla variação
observada ao longo do tempo e do espaço, é altamente improvável que qualquer teoria isolada seja alguma vez
confirmada ou refutada de forma decisiva. No final, a avaliação de teorias envolve julgamento falível.

Em segundo lugar, embora esta revisão da literatura trace fronteiras claras em torno das famílias teóricas, os processos
e estruturas políticas reais ultrapassam repetidamente essas fronteiras. A maioria dos cientistas sociais pensa que os
fenómenos políticos complexos são causados pelas interacções de múltiplos factores causais, alguns dos quais
contribuem para uma causa e alguns dos quais podem exercer influência contrária.

Terceiro, é crucial enfatizar que a grande maioria das hipóteses analisadas abaixo não foram
inicialmente formulado para explicar o retrocesso democrático. Nas últimas décadas, os estudiosos avançaram para o
estudo da mudança de regime não incremental; isto é, ou estudaram as transições entre a autocracia e a democracia
(geralmente chamadas de transições democráticas e rupturas democráticas) ou estudaram a estabilidade dentro destas
duas categorias (normalmente chamadas de consolidação democrática ou resiliência autoritária). Em contraste, o
retrocesso democrático muitas vezes assume a forma de mudança incremental, de alguma forma de degradação das
rotinas e práticas democráticas que não constitui necessariamente um colapso democrático.10 Certamente, existem
estudos que estudam explicitamente o retrocesso democrático, mas estes representam o minoria distinta da totalidade
das hipóteses discutidas abaixo. A maioria das hipóteses que discutimos abaixo aborda explicitamente a transição
democrática, a consolidação democrática, o colapso democrático ou a resiliência autoritária.

Achamos que é sensato lançar amplamente a nossa hipótese, de modo a que ela capte hipóteses sobre a transição
democrática, a consolidação democrática, o colapso democrático e a resiliência autoritária, juntamente com hipóteses
interpretadas de forma mais restrita sobre o retrocesso democrático. Incluímos hipóteses que não tratam explicitamente
de retrocessos democráticos por duas razões. Primeiro, muitas vezes somos inicialmente agnósticos quanto à relevância
destas hipóteses para explicar o retrocesso. Uma hipótese que não foi inicialmente colocada como explicação do
retrocesso pode, no entanto, ser relevante, talvez com algumas modificações. Em segundo lugar, mesmo que
consideremos uma hipótese irrelevante para o retrocesso, pensamos que é melhor articular este julgamento e garantir
que todos os leitores tenham o mesmo conhecimento explícito do que deixar aos leitores especular se a omissão de
uma hipótese foi inadvertida. Afinal de contas, muitas declarações clássicas entraram, pelo menos implicitamente, no
discurso público, e a não discussão das mesmas pode ser interpretada como aprovação tácita ou negligência.

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1. HIPÓTESES SOBRE LIDERANÇA POLÍTICA

1.1. JULGAMENTO TÁTICO

Hipótese: As democracias sobrevivem quando os líderes tomam medidas adequadas contra as ameaças
apresentadas por partidos extremistas antidemocráticos.

Método primário: Estudos de caso de democracias em apuros na Europa entre guerras.

Autores principais: Juan Linz, Giovanni Capoccia.

Resumo: Os partidos extremistas podem desestabilizar os sistemas democráticos ao introduzir tendências centrífugas,
induzindo outros partidos a afastarem-se do centro político e a dirigirem-se para os extremos, a fim de não perderem votos
para o partido extremista. Neste momento, os líderes políticos empenhados em preservar a democracia podem tomar
medidas para enfrentar o desafio extremista. As medidas de preservação da democracia incluem a utilização de legislação
existente ou nova para fortalecer as instituições estatais e restringir os extremistas, fortalecer o bloco centrista de partidos
e prevenir deserções para os extremos, e talvez constituir uma nova liderança política que estará mais bem equipada para
gerir a crise. O pecado capital que deve ser evitado é tentar cooptar os extremistas convidando-os para o governo. O
julgamento tático superior às vezes é atribuído a características pessoais não observadas dos líderes.

Relevância para o retrocesso: A hipótese explica a sobrevivência ou o colapso da democracia, dado que os partidos
políticos extremistas aproveitam a competição eleitoral para ganhar força, mas permanecem empenhados em derrubar a
democracia. A hipótese tem relevância indirecta para o retrocesso porque observamos frequentemente partidos
antidemocráticos que utilizam o processo eleitoral, mas que não estão empenhados em sustentar a democracia se forem
eleitos para o cargo. Esperamos que os líderes políticos sejam chamados a exercer um julgamento táctico para combater
tais ameaças numa ampla variedade de contextos, e que a aplicação bem sucedida de tal julgamento possa evitar
retrocessos.

Lições para intervenção: Não existe uma análise sistemática de como os líderes fazem as escolhas tácticas apropriadas.
Isto torna difícil retirar lições para a intervenção, especialmente dada a natureza específica do contexto dos desafios
enfrentados e as contramedidas que serão necessárias.

Avaliação: Os estudos desta hipótese estão intimamente ligados às condições específicas enfrentadas pelas democracias
europeias entre guerras, limitando a generalização das suas lições. Em geral, apresentavam atenção insuficiente à
tomada de decisões dos líderes; descrevem as ações tomadas, mas não analisam como os líderes fizeram essas
escolhas. Por exemplo, nas democracias que sobreviveram às crises do entreguerras, os líderes de muitos partidos
recusaram-se a desertar do bloco centrista. Foram esses atos de pura vontade ou foram respostas racionais a incentivos?
Seria certamente um erro atribuir as acções à perspicácia política ou à personalidade dos líderes, a menos que
disponhamos de algum instrumento para medir esses atributos ex ante. Caso contrário, será muito fácil e possivelmente
enganoso inferir atributos de ações. Responder a estas questões é fundamental, tanto para validar totalmente a hipótese
como para gerar lições sobre estruturas de incentivos e a possibilidade de manipulá-las para gerar resultados superiores.

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1.2. INTERAÇÃO ESTRATÉGICA I: COMPROMISSO DE ELITE

Hipótese: Dada uma luta política prolongada e inconclusiva entre grupos políticos, de outra forma unidos por um
sentido de unidade nacional, um pequeno grupo de líderes pode decidir que o compromisso é um resultado superior
a uma luta prolongada.

Método primário: estudos de caso breves e ilustrativos da Suécia e da Turquia.

Autor principal: Dwankart Rustow.

Resumo: A hipótese assume a forma de um modelo de quatro fases: (1) uma condição de fundo de unidade nacional, tal que
a maioria dos cidadãos sintam que pertencem à mesma comunidade política; (2) uma fase preparatória caracterizada por uma
luta política prolongada e inconclusiva; (3) uma fase de decisão em que os protagonistas determinam que as regras
democráticas de resolução de conflitos são um resultado superior à luta contínua; e (4) uma fase de habituação em que uma
decisão inicialmente desagradável torna-se mais palatável. Um ponto fundamental é que a luta prolongada não produz
automaticamente uma transição democrática; os líderes podem decidir continuar a sua luta indefinidamente, talvez por
acreditarem que podem obter uma vitória plena sem compromissos.

Relevância para o retrocesso: A hipótese não aborda diretamente o retrocesso. Alega, no entanto, que a decisão inicial de
aceitar as regras democráticas deve ser seguida por um período de “habituação”, de modo que as regras inicialmente aceites
com relutância se tornem mais geralmente aceites como legítimas. O retrocesso poderia, portanto, ocorrer se a habituação for
de alguma forma impedida ou se o consenso da elite for rompido.

Lições para intervenção: A hipótese não especifica as condições que tornam mais provável o compromisso ou a habituação da
elite e, portanto, dá pouca orientação sobre como fabricar esses resultados. Uma possível lição é que é mais provável que as
elites cheguem a compromissos se acreditarem que não podem vencer os seus oponentes nem ser derrotadas por eles. Os
esforços para promover um equilíbrio de poder entre grupos rivais poderiam, assim, cultivar uma maior propensão para o
compromisso.

Avaliação: Esta hipótese dirige de forma útil a nossa atenção para a existência de “rixas familiares” como motivo para o
compromisso da elite sobre a resolução democrática de conflitos. Parece razoável supor que uma elite unificada não procurará
novas medidas de resolução de conflitos e que uma elite profundamente dividida e antagónica não chegará a compromissos
na maioria das circunstâncias. A hipótese fornece pouca orientação adicional, entretanto; não consegue identificar ou prever
que tipos de conflitos serão qualificados como rixas familiares apropriadas.
A hipótese nunca foi declarada de forma testável e as provas apresentadas em seu nome não foram sistematicamente
recolhidas e analisadas. No entanto, vemos ecos desta hipótese em muitos trabalhos subsequentes.

Caixa II. 1

As leituras convencionais do retrocesso no Egipto, que muitas vezes se concentram na liderança dos presidentes Morsi
(2012-2013) e Sisi (2014-presente), ilustram como as teorias da elite podem fazer afirmações muito diferentes sobre como as
decisões da elite levam ao retrocesso. Aqueles que se concentram em Morsi apontam para o seu estilo de liderança fraco, a
incapacidade de reinar noutras forças dentro da Irmandade Muçulmana e os erros subsequentes ao ultrapassar limites que
acabaram por desencadear uma revolta contra ele (Debeuf 2013, Samaan 2015).

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Em contraste, as explicações da elite para o retrocesso sob Sisi argumentam que o seu forte estilo de liderança, a posição
intransigente em relação à Irmandade Muçulmana e a determinação geral de eliminar a oposição explicam o retrocesso após o
golpe militar de Junho de 2013. (Hendawi 2014, Mansour 2015).

1.3. INTERAÇÃO ESTRATÉGICA II: TRANSIÇÕES NEGOCIADAS

Hipótese: As transições democráticas ocorrem quando os defensores da linha branda dentro dos regimes negociam com
os moderados dentro da oposição.

Método primário: Material breve e ilustrativo das transições democráticas da terceira onda.

Autores principais: Guillermo O'Donnell e Philippe Schmitter, Adam Przeworski, Nancy Bermeo.

Resumo: No final do século XX, os regimes autoritários dividiram-se inevitavelmente entre os da linha dura, que querem manter a
ditadura existente, e os da linha suave, que querem chegar à oposição para fornecer uma base mais ampla para o regime não
democrático. A oposição, no entanto, está dividida entre moderados, dispostos a chegar a um acordo que permita algumas reformas
liberalizantes, e radicais, que querem uma transição plena, geralmente acompanhada de reformas socioeconómicas. Tanto os linha-
dura como os radicais podem inviabilizar as negociações entre os linha-dura e os moderados. Caso contrário, os defensores da linha
branda poderão perder o controlo sobre as reformas liberalizantes e poderá ocorrer uma transição democrática plena. Isto ocorre
frequentemente quando as elites dos regimes sobrestimam a sua probabilidade de ganhar eleições, pelo que a transição
democrática pode ser inadvertida. Uma via complementar para uma transição bem sucedida ocorre quando os líderes dos partidos
extremistas aprendem com os seus erros passados a valorizar a democracia em detrimento dos objectivos substantivos do seu
partido, tornando-se menos extremistas e, portanto, menos ameaçadores para a democracia.

Relevância para o retrocesso: O foco principal está nos processos que terminam com uma transição democrática plena, mas o foco
na complexidade do processo de negociação oferece uma visão sobre as formas como as reformas liberalizantes podem ser
revertidas.

Lições para a intervenção: Os possíveis mecanismos de intervenção consistem em fortalecer os defensores da linha suave nos
regimes autocráticos, fortalecer os moderados na oposição e enfraquecer os extremistas e os defensores da linha dura.

Avaliação: Esta hipótese está intimamente ligada a casos de transição negociada “de cima para baixo” (isto é, transições conduzidas
pelas elites nas quais os cidadãos desempenham um papel marginal) na América Latina. A dinâmica da transição democrática
parecia muito diferente noutros lugares. Não se pode presumir que as elites autocráticas se dividirão em linhas suaves e linhas
duras, e que a dinâmica entre estes dois grupos será em todo o lado o principal impulso para as transições. Pelo contrário, temos
amplas provas extraídas de casos em que a elite permaneceu relativamente unificada, mas foi derrubada ou forçada a fazer
concessões democráticas através de uma acção colectiva determinada. Ver, por exemplo, a discussão das hipóteses 2.4 e 6.2.

1.4. SUPERPRESIDENCIALISMO

Hipótese: Presidentes em busca de poder, sem restrições de instituições poderosas ou centros de poder concorrentes,
iniciam o retrocesso.

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Método primário: estudos de caso estatísticos e ilustrativos da Europa pós-comunista e da Ásia Central; Material de caso
ilustrativo das democracias africanas contemporâneas.

Autores principais: Steven Fish, Nicolas van de Walle

Resumo: A versão Fish desta hipótese, baseada nos casos pós-comunistas, faz uma suposição comportamental de que os
presidentes pós-comunistas preferem sempre arrogar mais poder para si próprios. A oportunidade de estabelecer uma posição
mais poderosa ocorre sob o “superpresidencialismo”, um “sistema constitucional que concentrava o poder no presidente e que
poderia ser facilmente manipulado de uma forma que facilitasse essa concentração de poder”. O resultado é um retrocesso,
onde um retrocesso é um país que recebeu uma pontuação de 5 ou menos da Freedom House (ou seja, mais democrático)
desde o início da década de 1990, mas que mais recentemente recebeu uma pontuação mais alta (pior) do que a melhor
pontuação recebida em um ano anterior. A versão van de Walle desta hipótese, baseada na política africana, não faz a
suposição explícita de que os presidentes preferem sempre arrogar mais poder para si próprios, embora esta pareça ser uma
suposição tácita. As democracias de África são esmagadoramente presidencialistas com legislaturas muito fracas; e a elite
política é estreita e baseada em laços pessoais com o presidente. Consequentemente, os presidentes estão em grande parte
“acima da lei” e são livres para prosseguir políticas que neutralizem as oposições e consolidem o seu mandato.

Relevância para o retrocesso: A versão Fish da hipótese trata explicitamente do retrocesso e, portanto, tem relevância direta.
A versão van de Walle explica porque é que tantas democracias africanas são não competitivas e não liberais; na medida em
que estas características das democracias africanas contemporâneas estão associadas ao retrocesso, a hipótese é
directamente relevante.

Lições para intervenção: A hipótese sublinha a necessidade de fornecer incentivos aos presidentes para contrabalançar a sua
preferência pelo poder monopolizador. Alternativamente, a hipótese aborda a necessidade de corrigir qualquer desequilíbrio
de poder entre presidentes, outros agentes governamentais e a sociedade civil, para que outras forças políticas possam
contrariar o poder do presidente.

Avaliação: Esta hipótese marca uma transição crítica em direção ao estudo da agência usando as ferramentas padrão dos
métodos das ciências sociais. A autonomia da elite relativamente a factores estruturais é demonstrada estatisticamente, e não
afirmada. Alguns problemas permanecem, no entanto. A primeira é a suposição de que os líderes querem sempre monopolizar
o poder e diminuir as restrições. Esta suposição entra em conflito com suposições feitas por outras hipóteses sobre liderança
política; A hipótese 1.5., por exemplo, identifica explicitamente líderes com compromissos normativos com a democracia. Em
segundo lugar, esta hipótese identifica o superpresidencialismo como a estrutura institucional que pode ser explorada por
presidentes que maximizam o poder. Somos assim levados a perguntar por que é que algumas democracias têm estruturas
institucionais superpresidenciais e outras não. Para discussão mais aprofundada, veja as hipóteses 3.1 e 3.6 abaixo.

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1.5 PREFERÊNCIAS NORMATIVAS DOS LÍDERES

Hipótese: A democracia sobrevive quando os líderes políticos procuram políticas moderadas e têm uma preferência normativa
pela democracia.

Método primário: Análise estatística das democracias latino-americanas; Estudos de caso intensivos da Argentina e El Salvador.

Autores principais: Scott Mainwaring e Anibal Perez-Linan

Resumo: Os actores políticos, e não as estruturas económicas ou culturais, são fundamentais para a sobrevivência democrática. Duas
características dos actores políticos são centrais para a análise: o grau de radicalismo das suas preferências políticas e o seu compromisso
normativo com a democracia. As preferências políticas podem ser organizadas num continuum esquerda-direita. As preferências políticas
são moderadas quando estão relativamente próximas das preferências de outros actores políticos; são radicais quando estão distantes
das preferências de outros atores. A característica principal não é a colocação absoluta das preferências políticas, mas a sua posição
relativa face a outros intervenientes. Os intervenientes têm um compromisso normativo com a democracia quando valorizam a democracia
por si só e não simplesmente como um instrumento para alcançar preferências políticas. Os actores com preferências normativas pela
democracia não sacrificarão, portanto, a democracia para alcançar os seus objectivos políticos instrumentais. Esta abordagem generaliza
muitas das hipóteses anteriores, muitas das quais assumem implicitamente a moderação política ou um compromisso normativo com a
democracia, ou ambos.

Relevância para o retrocesso: As democracias cujos líderes têm preferências políticas radicais ou não têm compromissos normativos com
a democracia, ou ambos, serão mais frágeis e vulneráveis ao colapso. Estas democracias também podem ser vulneráveis ao retrocesso,
uma vez que os intervenientes podem procurar atingir os seus objectivos políticos sem abolir formalmente a democracia.

Lições para a intervenção: uma intervenção bem-sucedida teria de induzir a moderação política e aumentar os compromissos normativos
com a democracia, mas a hipótese não oferece uma visão sobre os instrumentos que poderão efetuar estas mudanças.

Avaliação: Esta hipótese é estudada com cuidado exemplar para demonstrar que os líderes variam em termos das suas preferências
políticas e compromissos normativos; não precisamos ficar satisfeitos com suposições não testadas sobre líderes. Observe como esta
hipótese se encaixa com hipóteses anteriores que não foram testadas sistematicamente; a afirmação sobre preferências políticas
moderadas, por exemplo, é um instrumento para testar afirmações sobre “rixas familiares” que não foram testadas na Hipótese 1.2. O
problema desta hipótese é explicar as fontes das preferências da elite. A estabilidade nas preferências dos actores é generalizada, por
isso precisamos de perguntar porque é que mudaram ao longo do tempo para se tornarem mais propícias à democracia.

A teoria predominante é a da atualização cognitiva, à medida que os atores aprendem com o passado para atualizar as suas preferências.
Esta teoria, no entanto, ainda está em estágios iniciais de desenvolvimento.

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2. HIPÓTESES SOBRE A CULTURA POLÍTICA

2.1. CULTURA CÍVICA

Hipótese: As sociedades cujos cidadãos apresentam cultura cívica têm maior probabilidade de experimentar transições
democráticas e estabilidade democrática.

Método primário: inquéritos transnacionais para medir o grau de cultura cívica; modelos estatísticos transversais para testar a
relação entre consciência cívica e democracia desde meados da década de 1980.

Autores principais: Ronald Inglehart e Christian Welzel.

Resumo: A democracia sustentada só é possível se os cidadãos possuírem uma cultura cívica. A cultura cívica tem dois
componentes: uma ênfase nos valores seculares sobre os valores tradicionais e uma ênfase na auto-expressão.
valores acima dos valores de sobrevivência. A mudança cultural é produzida por mudanças económicas anteriores. A mudança a
longo prazo das economias agrícolas para as industriais gera uma mudança dos valores tradicionais para os valores seculares .
A subsequente mudança das economias industriais para as pós-industriais gera uma nova mudança da economia de sobrevivência
valores para valores autoexpressivos . Empiricamente, com este gráfico bidimensional de valores culturais, os autores são
capazes de localizar praticamente todos os países do mundo de acordo com os seus valores médios em cada dimensão cultural.
Surpreendentemente, esta geografia de valores culturais mostra uma associação muito forte entre rendimento e valores culturais.
O passo final do argumento é vincular os valores culturais à democracia. É a extensão dos valores de auto-expressão, com a
consequente ênfase na autonomia e na emancipação, e não nos valores racionais seculares, que está ligada à emergência da
democracia: à medida que aumenta a proporção da sociedade que enfatiza os valores de auto-expressão, as instituições
democráticas são mais provavelmente será observado.

Relevância para o retrocesso: O retrocesso ou a ruptura democrática poderiam ocorrer se a democracia fosse estabelecida numa
sociedade sem cultura cívica: neste caso, há incongruência entre as instituições políticas e a cultura política de massas, de tal
forma que a “oferta” excede a “procura”. Esta incongruência é vista como uma fonte potencial de retrocesso democrático, à
medida que os líderes minam lentamente a responsabilização vertical sem temerem o protesto público.

Lições para intervenção: Direcionar intervenções para alterar atitudes culturais de massa. Na prática, não é claro que a mudança
cultural possa ocorrer na ausência de uma mudança económica estrutural prévia, nem é claro que a intervenção externa possa
induzir uma mudança cultural em grande escala, de modo a que as atitudes das massas mudem.

Quadro II.2. Confiança interpessoal, mobilização e retrocesso

Uma vertente do argumento de que a vida associativa promove a democratização baseia-se na noção de que tais associações
promovem a confiança interpessoal. Espera-se que a confiança ajude a estabelecer pontes entre grupos sociais, facilitando a
cooperação dos grupos na mobilização para fazer exigências, bem como na resolução de problemas através de negociações e
compromissos, em vez de conflitos.

No Egipto, na Rússia e na Bolívia, a confiança interpessoal é relativamente baixa. Por exemplo, a World Values Surveys descobriu
que numa escala de 1 a 2, onde 1 representava concordância com a afirmação de que “a maioria das pessoas é confiável” e 2
era concordância com a afirmação de que “ninguém pode ser muito cuidadoso”, a

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a confiança média na Rússia (1995) e no Egito (2008) foi ambas de 1,8. Na Bolívia, apenas 18% das pessoas entrevistadas
numa pesquisa do LatinBarometer (2010) concordaram que “a maioria das pessoas é confiável”. Além disso, um índice de
confiança interpessoal de 2008 concluiu que a Bolívia obteve uma pontuação consideravelmente inferior à média da América
Latina (Diez Medrano, sd).

Até que ponto isto contribui para o retrocesso permanece uma questão em aberto. Tal como demonstraram os acontecimentos
no Egipto em 2011, a acção colectiva pode (pelo menos no imediato) promover sentimentos de confiança e unidade entre
diversos segmentos da população. A fraca confiança interpessoal também pode tornar mais fácil para as elites unificarem os
seus eleitores no que são então considerados jogos de soma zero, apoiando o desmantelamento das liberdades democráticas.
As experiências no Egipto e na Bolívia sugerem que este mecanismo pode estar em jogo. Os Presidentes Sisi e Morales
afirmaram que são necessárias ações antidemocráticas para a defesa contra segmentos da população, explorando e
provavelmente exacerbando os baixos níveis de confiança entre a população.

Avaliação: Os esforços para fundamentar esta hipótese continuam a enfrentar obstáculos assustadores. Em primeiro lugar,
a recolha sistemática de dados sobre a mudança cultural data apenas da década de 1980, pelo que a hipótese não pode ser
testada em períodos anteriores. Em segundo lugar, vários estudos afirmam que a medida da cultura cívica é falha. Terceiro,
a hipótese deve separar os efeitos da mudança económica e da mudança cultural; lembre-se de que a mudança econômica
precede e causa a mudança cultural, de acordo com a hipótese. No entanto, a mudança económica também pode causar
directamente mudanças políticas. Este é um desafio assustador a ser superado pelos modelos estatísticos e o consenso
acadêmico é que os esforços existentes não foram bem-sucedidos. Também encontramos muitas evidências contrárias ou
mesmo contraditórias. Por um lado, os académicos têm encontrado consistentemente fortes níveis de apoio à democracia
em países que não possuem culturas cívicas modernas; essas descobertas foram repetidas várias vezes nas últimas duas
décadas. Por outro lado, os países onde foram identificados os ingredientes culturais apropriados sofreram subsequentemente
retrocessos. A investigação realizada na Rússia no início da década de 1990, por exemplo, identificou o forte desenvolvimento
de redes da sociedade civil que gerariam a confiança e o envolvimento necessários para uma consolidação democrática
bem sucedida. Os acontecimentos subsequentes não apoiaram esta previsão optimista.

2.2. CAPITAL SOCIAL

Hipótese: Os cidadãos podem envolver-se em ações coletivas e responsabilizar os governantes quando possuem
capital social.

Método primário: Análise estatística dos governos regionais italianos; análise histórica da evolução cultural no norte e sul da
Itália.

Autor principal: Robert Putnam

Resumo: A cultura cívica gera capital social, o que torna a acção colectiva mais acessível aos cidadãos.
A cultura cívica é uma combinação de atitudes e participação em organizações; pode ser medido por pesquisas. O capital
social não é observado diretamente; é a expectativa generalizada de reciprocidade, que torna a acção colectiva mais provável
ao criar uma aversão normativa ao “parasitismo”, permitindo que outros paguem os custos do fornecimento de bens e
serviços públicos. A cultura cívica e o capital social que ela gera são

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não são subprodutos do desenvolvimento económico; são produtos de uma longa evolução histórica e não podem ser facilmente
fabricados a curto prazo. Dado que o norte de Itália goza de um capital social generalizado, as agências governamentais
regionais respondem muito bem às exigências dos cidadãos por melhores serviços; sem capital social, os italianos do sul
sofrem com a falta de resposta e o mau desempenho das agências governamentais.

Relevância para o retrocesso: O estudo histórico baseou-se nos governos regionais italianos após 1970, um período em que a
Itália era democrática a nível nacional. Mas a teoria tem relevância para além do desempenho governamental; o capital social
facilita a acção colectiva dos cidadãos, o que deverá, por sua vez, ter uma série de consequências políticas à medida que os
cidadãos se unem para exigir a responsabilização do governo. A ausência de capital social prevê menos acção colectiva pró-
democrática e, portanto, uma maior probabilidade de retrocesso.

Lições para intervenção: Se as raízes do capital social são profundamente históricas, então é pouco provável que as
intervenções provoquem mudanças culturais.

Avaliação: Esta hipótese baseia-se num âmbito empírico relativamente restrito: o estudo do desempenho do governo em 18
governos regionais italianos. Os defensores elogiaram os resultados e a teoria do capital social foi amplamente citada e
endossada. Nas últimas duas décadas, contudo, evidências contraditórias acumularam-se rapidamente. Por um lado, temos
provas substanciais de sociedades com uma vida associativa vigorosa e uma cultura cívica concomitante, embora movimentos
explicitamente não democráticos tenham chegado ao poder; esses estudos são agora difundidos no estudo da Alemanha de
Weimar, por exemplo. Por outro lado, temos exemplos abundantes de acção colectiva generalizada em sociedades que não
foram previamente identificadas como possuidoras de grandes reservas de capital social. Isto é particularmente verdadeiro para
os países que participaram na Primavera Árabe, onde a procura de democracia não se baseou no capital social e não conduziu
uniformemente à oferta de democracia.

Quadro II.3 Associações Cívicas e Retrocessos na Rússia e no Egito

A Rússia e o Egipto registaram um enorme crescimento na vida associativa na década anterior ao retrocesso.
A Rússia, que albergava apenas 30-40 associações registadas em 1987, tinha 237.935 organizações registadas em Dezembro
de 1998, com cerca de um quarto destas envolvidas em questões cívicas, tais como direitos humanos e protecção social
(USAID 2000). O Egipto registou um aumento no número de organizações de 13.000 em 1991 para 45.000 em 2011 (USAID
2011). No entanto, esses números podem ser enganosos. Muitas associações foram registadas no papel, mas inexistentes ou
ineficazes na prática; estavam agrupados nas capitais e em regiões selecionadas, e muitas vezes funcionavam com hierarquias
fechadas e exclusividade, replicando e reforçando assim as normas existentes, em vez de promover a confiança interpessoal e
o apoio à democracia. Tendo isto em conta, poder-se-ia argumentar que pode ser menos surpreendente que a Rússia e o
Egipto tenham testemunhado retrocessos, apesar deste crescimento significativo na vida associativa.

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2.3. EDUCAÇÃO CÍVICA

Hipótese: A cultura cívica pode ser ensinada; os participantes em programas de educação cívica têm maior probabilidade
de participar no governo local.

Método primário: Análise estatística de participantes e não participantes em programas de educação cívica na Polónia, República
Dominicana, África do Sul e Quénia.

Autor principal: Steven Finkel.

Resumo: Em contraste com as hipóteses 2.1 e 2.2, ambas as quais concebem a cultura como relativamente estática no curto
prazo, esta hipótese argumenta que os programas de educação cívica podem inculcar os valores, competências e atitudes
considerados cruciais para a democracia. A cultura política, então, é mais maleável do que propõem outras teorias. Em
comparação com os não participantes, observou-se que os participantes em programas de educação cívica são muito mais
activos na política local, especialmente em termos de interacção com as autoridades locais para resolver problemas locais. Isto
é verdade, embora os programas de educação cívica não tenham aumentado o apoio expresso pelos participantes à democracia.
Um estudo de acompanhamento analisou o impacto da educação cívica no Quénia; concluiu que um programa concluído antes
da eclosão da violência eleitoral em 2007 teve alguns efeitos positivos no apoio expresso à resolução pacífica da violência étnica
e política.

Relevância para o retrocesso: O primeiro conjunto de estudos investigou os efeitos dos programas na acção política a nível
local, e não o impacto nos níveis de democracia. O segundo estudo analisa a capacidade dos programas de educação cívica
para terem um efeito que sobreviva a um período de crise política, mas não faz afirmações sobre a capacidade de tais programas
para dissuadir a crise política. Esta conclusão sugere que a educação cívica pode reduzir alguns dos efeitos negativos do
retrocesso democrático, mas não podemos extrapolar que a educação cívica dissuadiria o próprio retrocesso.

Lições para intervenção: Alguns comportamentos podem ser ensinados. Duas questões críticas dizem respeito à expansão
destas lições para o nível nacional. Podem as atitudes das massas ser mudadas através destas intervenções intensivas? Se
assim for, irão as novas atitudes das massas aumentar a probabilidade de democracia?

Avaliação: Os estudos sobre os efeitos dos programas de educação cívica são metodologicamente exemplares. No entanto,
também exemplificam as deficiências das teorias do lado da procura. Podemos demonstrar que os programas de educação
cívica aumentam a participação política local, por exemplo; mas simplesmente não há provas de que estes programas sejam
ampliados para produzir qualquer mudança a nível nacional em termos de consolidação democrática.

Caixa II.4 Apoio à democracia: crenças profundamente arraigadas e estáveis? Evidências do Egito e da América Latina

Os resultados das sondagens do Egipto sugerem que o apoio à democracia pode ser mais maleável do que as teorias da cultura
política poderiam prever. As sondagens do Pew concluíram que o apoio à democracia entre os egípcios caiu desde 2011,
quando 71% concordaram que a democracia era a melhor forma de governo, até 2013, quando apenas 66% o fizeram. Além
disso, apenas cerca de metade dos egípcios (52%) viam a democracia como a solução para os problemas do país em 2013, em
comparação com 43% que favoreciam um líder forte. Isto também representou um declínio em relação a 2011, quando 64% dos
egípcios viam a governação democrática como a solução para os problemas do país, vs.

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34% que eram a favor de um líder forte. Além disso, uma grande percentagem de egípcios está disposta a sacrificar a
democracia por uma economia melhor. Estas atitudes são particularmente prevalecentes entre os pobres: 31% são a favor
de garantir a democracia, enquanto 66% preferem uma economia forte (Pew Research Center 2014). Isto não é totalmente
surpreendente, uma vez que uma Pesquisa sobre Governação Transicional (2013) concluiu que a maioria dos Egípcios
(70%) afirmou que a característica mais importante da democracia era reduzir o fosso entre ricos e pobres ou garantir que as
necessidades básicas fossem fornecidas para todos. . Isto sugere que os cidadãos encaram a democracia em termos
instrumentais e que o seu apoio à democracia pode mudar mais rapidamente do que muitas teorias da cultura política
poderiam prever, dependendo dos resultados económicos e sociais associados às experiências democráticas.

Os dados do Barómetro Latino mostram uma instabilidade semelhante. Entre 2009 e 2010, a percentagem da população que
apoia a democracia aumentou 21 pontos percentuais no Equador (de 43% para 64%) e 11 pontos percentuais na Colômbia
(de 49% para 60%). Ao mesmo tempo, diminuiu 9 pontos em El Salvador (68% para 59%) e 7 pontos no Uruguai (82% para
75%). (Barômetro Latino 2010)

2.4. ABUSO ELEITORAL E AÇÃO COLETIVA

Hipótese: Os abusos eleitorais cometidos pelos líderes em exercício podem ser suficientes para desencadear uma
acção colectiva pró-democrática, mesmo na ausência de cultura cívica.

Métodos primários: Diversos modelos estatísticos e estudos de caso.

Autores principais: Joshua Tucker, Svitlana Chernykh, Emily Beaulieu.

Resumo: Embora possa ser verdade que o capital social é uma solução para o problema da acção colectiva, este conjunto
de estudos sugere outras soluções possíveis. Os abusos eleitorais altamente visíveis podem funcionar como um “ponto
focal”, de modo que grandes porções do grande público recebam informações simultâneas que os levem a esperar que
outros fiquem igualmente indignados e dispostos a envolver-se em acções colectivas. Quando as expectativas convergem
para estes pontos focais – quando cada participante potencial acredita que outros participarão – os custos percebidos da
participação são reduzidos e a probabilidade percebida de sucesso aumenta.
Portanto, os protestos podem ocorrer, mesmo quando a cultura cívica e o capital social são visivelmente fracos.

Relevância para o retrocesso: Estes estudos sugerem que protestos em massa contra práticas autocráticas podem ocorrer
na ausência de cultura cívica; estes estudos não nos permitem observar directamente as consequências destes protestos,
pelo que a ligação entre a acção colectiva e o retrocesso não é directamente observada.

Lições para intervenção: Intervenções que tornem a informação sobre abusos eleitorais mais amplamente disponível podem
ajudar a facilitar a acção colectiva anti-autocrática.

Avaliação: Os estudos desta hipótese demonstram as deficiências das hipóteses político-culturais.


Temos excelentes provas de que o abuso eleitoral pode motivar a acção colectiva, mesmo em ambientes que não apresentam
cultura cívica ou capital social. Temos menos provas, no entanto, de que a acção colectiva face aos abusos eleitorais actue
como um impedimento significativo ao retrocesso.

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3. HIPÓTESES SOBRE INSTITUIÇÕES POLÍTICAS

3.1. DEMOCRACIAS PRESIDENCIAIS

Hipótese: As democracias presidencialistas são mais propensas ao colapso do que as democracias parlamentares.

Método primário: Estudos de casos ilustrativos e alguns modelos estatísticos.

Autor principal: Juan Linz

Resumo: As democracias parlamentares e presidenciais distinguem-se em essência pela natureza da responsabilidade: o


governo é responsável perante uma legislatura eleita de forma independente ou é independente dela? De acordo com esta
hipótese, os sistemas presidencialistas têm quatro características que os tornam mais propensos à crise política e ao colapso
democrático: dividem a legitimidade entre executivos e legisladores, têm mandatos fixos nos cargos executivos e, portanto,
não têm meios eleitorais para responder rapidamente ao impasse político, têm um conjunto de regras em que o vencedor leva
tudo e cultivam um estilo presidencial autoritário.
Vários estudos subsequentes fornecem apoio empírico adicional através de modelos estatísticos que controlam os níveis de
riqueza e outras possíveis variáveis de confusão. Observe que a hipótese 3.1 é distinta da hipótese 1.4. A hipótese 1.4
pressupõe que os líderes querem estabelecer o controlo hegemónico sobre o sistema político e vêem os sistemas
“superpresidenciais” como proporcionando a oportunidade apropriada para o fazer. A hipótese 3.1, por outro lado, não faz
nenhuma suposição análoga sobre as preferências políticas dos líderes; A crise é totalmente produzida pela configuração
institucional das democracias presidencialistas.

Relevância para o retrocesso: A hipótese foi inicialmente desenvolvida para explicar as rupturas democráticas. É uma
inferência razoável a partir desta hipótese que as democracias presidencialistas seriam mais vulneráveis ao retrocesso do
que as democracias parlamentares.

Lições para intervenção causal: O design institucional é importante. Os esforços devem ser orientados para a selecção
institucional inicial ou para a reforma institucional nas democracias estabelecidas.

Avaliação: Vários estudos confirmaram inicialmente a conclusão de que as democracias presidencialistas eram mais
propensas ao colapso do que as democracias parlamentares. Mas esta conclusão foi posteriormente minada. Muitos destes
primeiros estudos compararam regimes parlamentares estáveis entre países economicamente avançados com sistemas
presidencialistas não estáveis no mundo em desenvolvimento. Além disso, um terço das democracias parlamentares estáveis
nestas amostras tinha populações inferiores a 1 milhão; quatro deles tinham populações abaixo de 100.000. Cheibub (2007)
reporta as seguintes conclusões que confirmam fortemente as suspeitas de que os sistemas parlamentares foram
seleccionados em contextos que, de outra forma, seriam altamente propícios à estabilidade democrática. As democracias que
se seguem a ditaduras civis apresentam um risco elevado de colapso democrático em relação às democracias que se seguem
a ditaduras militares. Além disso, as democracias que seguem ditaduras militares têm uma probabilidade muito maior de
serem sistemas presidencialistas, enquanto as democracias que seguem ditaduras civis têm muito mais probabilidade de
serem sistemas parlamentaristas. Uma vez que a análise leva em conta este mecanismo de “seleção”, simplesmente não há
efeito causal significativo do sistema presidencial versus parlamentar. Esta análise mina fatalmente a hipótese presidencial
versus parlamentar; ao fazê-lo, fornece uma ilustração vívida da necessidade de contabilizar a seleção das instituições antes
de determinar as consequências das instituições.

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Caixa II. 5 Presidencialismo e retrocesso no Egito

O Egipto é um exemplo de retrocesso num regime presidencial que emergiu de um regime autoritário apoiado pelos
militares. Não foi surpreendente que os argumentos dos analistas de que o Egipto deveria desenvolver um sistema
parlamentar (por exemplo, Bruce Ackerman, “To Save Egypt, Drop the Presidency”, New York Times, 10 de Julho de 2013)
tenham sido ignorados. As forças políticas fortes não tinham interesse no parlamentarismo e os cidadãos comuns – há muito
habituados a um presidente forte após o Movimento dos Oficiais Livres de 1952 – viam tal sistema como estrangeiro. Em
Em suma, a escolha do presidencialismo foi motivada por factores que, de forma independente, pressagiavam mal a
democratização.

3.2. DEMOCRACIA CONSOCIACIONAL

Hipótese: Em sociedades “plurais”, as instituições consociacionais criam uma maior probabilidade de sobrevivência
democrática.

Método primário: Pequeno número de breves estudos de caso de democracias europeias e não europeias.

Autor principal: Arend Lijphart.

Resumo: Nas sociedades plurais (que são discutidas mais abaixo na hipótese 5.4), as clivagens étnicas foram politicamente
mobilizadas, de modo que a política se tornou um jogo de alocação étnica. Os perdedores neste jogo estão em desvantagem
demográfica e, por isso, têm incentivos para procurar alterar as regras do jogo de formas que são prejudiciais à sobrevivência
democrática e à ordem política. Esta hipótese argumenta que sistemas eleitorais e instituições de governo cuidadosamente
concebidos podem mitigar o problema da fragmentação étnica e da competição política que constituem sérios desafios à
democracia. A democracia consociacional refere-se a um conjunto de instituições cujos mecanismos formais incorporam o
princípio do consenso e da partilha de poder. Central para o consociacionalismo é a grande coligação, na qual os governos
garantem a participação de partidos que representam todos os grupos étnicos, incluindo a possibilidade de quotas em todos
os principais ramos e agências do governo. As outras características principais do consociacionalismo são a proporcionalidade,
o veto mútuo e o federalismo.

Relevância para o retrocesso: O Consociacionalismo foi proposto como um contrapeso institucional à instabilidade política
generalizada e à concorrência desenfreada, incluindo o colapso democrático e as guerras civis. Pode ser considerado, de
forma credível, como uma medida preventiva contra a degradação crescente da democracia.

Lições para intervenção: Em sociedades etnicamente divididas, as instituições de partilha de poder, tais como as grandes
coligações, ajudam a prevenir o retrocesso.

Avaliação: O apoio empírico à hipótese da democracia consociacional é muito fraco. A declaração original da hipótese
forneceu quatro estudos de caso ilustrativos, nenhum dos quais constituiu um teste da hipótese. Estes estudos nacionais
incluíram o Líbano, que sofreu duas intensas guerras civis, e a Nigéria, que sofreu uma série de colapsos democráticos: é
difícil ver como estes estudos apoiam esta hipótese.

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3.3. INSTITUIÇÕES ELEITORIAIS INCLUSIVAS

Hipótese: Nas novas democracias, as instituições eleitorais baseadas na representação proporcional podem gerar
estabilidade política.

Método primário: Modelo estatístico transnacional de aproximadamente 60 países recentemente democráticos.

Autor principal: Andrew Reynolds.

Resumo: A concepção e a estrutura das instituições eleitorais podem mitigar os conflitos étnicos e promover a estabilidade
política. Basicamente, as instituições inclusivas e de partilha de poder são favorecidas em detrimento das instituições
maioritárias. A conclusão mais importante é que os sistemas eleitorais baseados na representação proporcional podem impedir
que as eleições exacerbem os conflitos étnicos, porque criam incentivos para os políticos se acomodarem uns aos outros.

Relevância para o retrocesso: Os indicadores de estabilidade política incluíam pontuações desagregadas do Polity IV, o que
inclui tanto o retrocesso incremental como o colapso democrático.

Lições para intervenção: O desenho institucional é importante e o âmbito da reforma institucional não é tão grande como nas
versões originais da democracia consociacional (3.2).

Avaliação: Os modelos estatísticos apresentados como suporte para esta hipótese não atendem aos padrões contemporâneos.
Por exemplo, o estado da arte consiste em minimizar o número de variáveis de controlo, para evitar modelos de “lata de lixo”
que incluam todas as variáveis de controlo concebíveis. Reynolds possui dados transversais sem componente longitudinal e,
portanto, possui apenas 56 observações. Os modelos contêm quase duas dúzias de variáveis de controle, tornando-os muito
difíceis de interpretar. Além disso, a variável dependente que mede a estabilidade democrática é uma média pouco ortodoxa de
duas medidas omnibus, o Índice dos Estados Falidos e o Índice de Estabilidade Política do Banco Mundial. Cada uma destas
medidas é um composto altamente agregado de múltiplos indicadores, muitos dos quais não estão relacionados com a
democracia. Além disso, as duas medidas remontam apenas a 2004 e 1996, respetivamente. Finalmente, estes modelos
estatísticos não controlam de forma alguma o tratamento estatístico, mesmo que os casos ilustrativos que acompanham os
modelos estatísticos indiquem claramente que os governantes políticos estratégicos selecionam frequentemente as instituições
eleitorais que mais prejudicarão as suas oposições.

3.4. FRACIONALIZAÇÃO DO SISTEMA PARTIDÁRIO

Hipótese: Altos níveis de fracionamento do sistema partidário geram instabilidade política.

Método primário: Análise estatística.

Autores principais: G. Bingham Powell, Scott Mainwaring.

Resumo: Os estudiosos dos sistemas partidários nas democracias estabelecidas identificam quatro atributos que podem estar
relacionados com os níveis de estabilidade política. A fracionamento refere-se ao grau em que apenas alguns ou muitos partidos
políticos dominam um sistema partidário. O alinhamento refere-se ao grau em que os partidos políticos estão intimamente
enraizados em grupos sociais, especialmente grupos étnicos, comunidades religiosas ou classes. Extremismo

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refere-se à presença de partidos que buscam mudanças radicais, incluindo a derrubada do sistema político existente.
A volatilidade, por último, refere-se a mudanças no apoio dos eleitores aos partidos durante as eleições. Destes quatro
atributos, o fraccionamento tem sido o mais estreitamente associado à instabilidade crescente. Os sistemas partidários
podem ser equilibrados igualmente entre dois partidos; ter um único partido dominante; ou ser dividido entre vários
partidos mais pequenos, nenhum dos quais pode comandar uma pluralidade eleitoral por si só. Esta hipótese sugere
que tanto os sistemas bipartidários como os sistemas de “multipartidarismo” moderado são os mais estáveis, de modo
que, uma vez que o número de partidos ultrapassa um limiar de moderação, a fracionamento gera instabilidade. A
maioria dos académicos, contudo, acredita que versões extremas do multipartidarismo são prejudiciais para a
estabilidade democrática apenas em interacção com outras instituições, como o presidencialismo.

Relevância para o retrocesso: A hipótese é formulada em termos de instabilidade política, o que não é precisamente
equivalente ao retrocesso. Contudo, o aumento dos níveis de instabilidade política pode ser considerado como indicador
ou preditor de retrocesso.

Lições para a intervenção: Em princípio, a intervenção poderia visar a consolidação do sistema partidário através da
fusão, embora não tenhamos provas da eficácia de tais medidas.

Avaliação: Vários estudos fornecem testes estatísticos desta hipótese: os resultados são inconclusivos. A maioria dos
estudos testa efeitos de interacção complexos – por exemplo, observando a interacção de diferentes níveis de
fraccionamento nos sistemas presidencialista versus parlamentar e explorando depois a estabilidade democrática sob
condições de expansão e contracção económica. Nenhuma das descobertas foi replicada usando diferentes conjuntos
de dados ou modelos. Os resultados são interessantes e sugestivos, mas não conclusivos.

3.5 COLAPSO DO SISTEMA DE PARTIDO

Hipótese: O colapso de um sistema partidário tradicional cria uma oportunidade para a democracia ser
subvertida a partir de cima.

Métodos primários: Estudos de caso intensivos do Peru e da Venezuela, acompanhados de modelos estatísticos e
experimentos.

Autor principal: Jason Seawright.

Resumo: Seawright traça uma longa cadeia causal na qual o colapso do sistema partidário tradicional no Peru e na
Venezuela é a causa imediata do retrocesso democrático. A crise económica gera elevados níveis de ansiedade entre
os cidadãos, o que por sua vez aumenta a sua atenção para questões de governação e problemas de sub-representação
política. Quando cidadãos ansiosos enfrentam a corrupção e os seus partidos políticos tradicionais estão fechados às
suas queixas, eles experimentam um declínio na identificação partidária, uma aceitação crescente do risco e, portanto,
abertura para apoiar novos partidos. O resultado é o colapso do sistema partidário, à medida que os partidos tradicionais
que dominaram a política eleitoral durante décadas experimentam uma perda vertiginosa de apoio. Altamente relevante
para os nossos objectivos é que o colapso do sistema partidário tradicional tornou possível que Hugo Chávez e Alberto
Fujimori chegassem ao poder e, à sua maneira, subvertessem a democracia a partir de cima.

Relevância para o retrocesso: Os resultados aqui estudados são dois casos bem conhecidos de retrocesso.

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Lições para intervenção: Dadas as condições de fundo de crise económica, corrupção endémica e sistemas partidários
tradicionais que não respondiam às queixas, uma intervenção dirigida directamente ao sistema partidário seria muito
provavelmente ineficaz. Seria provavelmente necessário um conjunto mais amplo de intervenções destinadas à reforma
económica e à eliminação da corrupção.

Avaliação: O suporte empírico para esta hipótese é amplo e profundo. Mas o cenário é adaptado ao contexto latino-
americano; a hipótese explica o colapso do apoio aos partidos tradicionais num sistema partidário duradouro. Este ponto
de partida inicial não descreve muitos sistemas partidários fora da América Latina.

3.6. SISTEMAS DE PARTIDO DOMINANTE NA ÁFRICA

Hipótese: Os sistemas de partidos dominantes produzem baixos níveis de competitividade e praticamente


nenhuma alternância no poder.

Método primário: Estudos de vários países.

Autores principais: Leonardo Arriola, Adrienne LeBas e Rebecca Riedl.

Resumo: Um sistema de partido dominante é aquele em que um único partido dominante compete contra um grande
número de partidos mais pequenos e relativamente efémeros, resultando em fraccionamento e volatilidade, mas não num
elevado grau de competitividade e praticamente nenhuma alternância do partido no poder. A principal preocupação quanto
ao destino da democracia é que os poderosos governantes irão simplesmente sufocar os seus oponentes.

Relevância para o retrocesso: Estes estudos centram-se principalmente na ausência de uma verdadeira concorrência
multipartidária; no entanto, a emergência de um partido dominante num sistema anteriormente competitivo poderia ser um
preditor de retrocesso.

Lições para intervenção: Estes estudos destacam múltiplos mecanismos através dos quais a oposição política pode tornar-
se mais potente e colocar um freio ao poder irrestrito dos titulares. Um mecanismo é um maior apoio aos partidos políticos,
num esforço para efectuar o desenvolvimento de coligações mais amplas e multiétnicas. Um segundo mecanismo é o
apoio a instituições e organizações, como os sindicatos, que abrangem clivagens étnicas e regionais.

Avaliação: Existe algum debate sobre a forma adequada de contar o número de partidos num sistema partidário; portanto,
há algum debate sobre se a maioria dos sistemas partidários africanos são de facto sistemas partidários dominantes,
embora os críticos desta proposição sejam uma minoria. A hipótese é mais descritiva do que causal, no seu atual estado
de desenvolvimento nascente. Existem várias explicações para os sistemas de partidos dominantes em diferentes casos
africanos, mas ainda não existe uma hipótese mais geral, a nível continental, que tenha sobrevivido a testes rigorosos.

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3.7 ASSIMETRIA MOBILIZACIONAL

Hipótese: O desenvolvimento democrático pode ser ameaçado por sistemas partidários desequilibrados, criando
o potencial para retrocessos.

Método primário: Estudos nacionais do Egito, Tunísia, Iraque e Líbia.

Autores principais: Ellen Lust e David Waldner

Resumo: A democracia multipartidária pode exigir que os partidos possuam um equilíbrio aproximado na capacidade de
mobilizar apoiantes e promover programas políticos. Não é o fraccionamento em si que ameaça as democracias, mas sim
a convergência de partidos “novatos” organizacionalmente fracos e partidos programáticos mais fortes que evoluem a
partir da mobilização e organização de base. A assimetria mobilizacional que se segue pode ser particularmente prejudicial
para as novas democracias quando os partidos mais poderosos expressam compromissos ideológicos que são um
anátema para os sectores da sociedade que carecem de partidos fortes para defender os seus interesses. Um exemplo é
a recente derrubada militar do governo islâmico democraticamente eleito do Egito.

Relevância para retrocesso: Direto. As forças políticas ameaçadas por partidos rivais com maior capacidade de mobilização
têm incentivos para minar sistematicamente a democracia.

Lições para intervenção: Destaca a necessidade de um maior equilíbrio entre as partes, mas não fornece lições claras
sobre como conseguir um maior equilíbrio na capacidade de mobilização.

Avaliação: Esta hipótese também está em um estágio inicial de desenvolvimento. O apoio empírico dos dois casos
principais, Egipto e Tunísia, é forte. Resta saber se a hipótese tem aplicabilidade mais geral e se medidas e dados podem
ser recolhidos para testar a hipótese num modelo estatístico multivariado.

Caixa II.6 Capacidade de mobilização desigual no Egito

Os dados do inquérito sugerem que, no período de transição de 2011-2013, a política egípcia era bastante equilibrada
dividido entre aqueles que mantinham posições consistentemente “secularistas” ou “islamistas”. No entanto, no sistema
partidário lotado mas desequilibrado do Egipto, os partidos do movimento – e especialmente os partidos Liberdade e
Justiça e Nour – eram organizacionalmente muito mais poderosos. Não é de surpreender que a Irmandade tenha feito
uma campanha superior à dos seus homólogos,11 levando o Partido Liberdade e Justiça a obter 213 assentos (43%) e o
partido Nour a obter 107 assentos (21%) nas primeiras eleições parlamentares pós-Mubarak no Egipto.

O sucesso dos partidos islâmicos deu a ambos os lados incentivos para minar as instituições políticas liberais.
Os secularistas permaneceram complacentes quando o tribunal superior decidiu, em Junho de 2012, dissolver o parlamento
liderado pelos islamitas por motivos técnicos; Os islamistas ignoraram a recusa da sua oposição em participar na
assembleia constituinte no Outono de 2012, acabando por forçar a aprovação da Constituição num referendo instantâneo
no final do ano; a sua oposição, por sua vez, saiu às ruas, o que acabou por levar à destituição do presidente eleito, Morsi,
em Junho de 2013. O forte desequilíbrio entre as capacidades do movimento e dos partidos relíquias para mobilizar os
eleitores criou tensões políticas que minaram a sua capacidade de desempenhar papéis constitutivos necessário para a
democracia” (extraído de Lust e Waldner 2014).

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3.8. REGIMES HÍBRIDOS

Hipótese: As “semidemocracias” híbridas são menos estáveis do que as democracias plenas ou as autocracias plenas.

Método primário: modelos estatísticos TSCS.

Autores principais: Jack Goldstone, et. al.

Resumo: Os sistemas políticos “inconsistentes” ou híbridos têm algumas características democráticas, mas são geralmente
deficientes em liberdades civis, responsabilização ou ambos. Estes regimes híbridos podem parecer mais vulneráveis do que
as democracias plenas a uma série de consequências adversas, incluindo retrocessos.

Relevância para o retrocesso: Esta hipótese baseia-se na criação de cinco categorias de regime baseadas nas medidas do
Polity IV: autocracia plena, autocracia parcial, democracia parcial, democracia parcial com partidarismo e democracia plena.
Em relação à autocracia total, todos os três tipos de regime parcial aumentam significativamente a probabilidade de uma
mudança de regime. Este resultado é, portanto, muito mais amplo do que o retrocesso democrático e ainda não está claro se
podemos identificar um efeito de retrocesso mais específico.

Lições para intervenção: Os regimes híbridos, sendo mais vulneráveis ao retrocesso, devem ser priorizados para intervenções
destinadas a reduzir os riscos ou a combater o retrocesso.

Avaliação: Esta hipótese é apoiada por modelos estatísticos multivariados bem executados. Parece bastante
É claro que as democracias parciais têm muito mais probabilidade de sofrer retrocessos do que as democracias consolidadas
(ou plenas).

3.9. REVISÃO JUDICIAL

Hipótese: A difusão de poder entre partidos políticos relativamente equilibrados conduz ao desenvolvimento da
revisão judicial.

Método primário: Estudos de três países: República da China, Mongólia e Coreia.

Autor principal: Thomas Ginsburg.

Resumo: A revisão judicial é um mecanismo de responsabilização horizontal e, como tal, é um baluarte potencialmente
poderoso contra o retrocesso democrático. Esta hipótese analisa as origens da revisão judicial nas novas democracias:
porque é que os políticos permitem a criação de uma instituição que os restringe? A resposta é um modelo de “seguro”.
Líderes políticos que não têm certeza sobre o seu futuro mandato
podem procurar um seguro contra futuras perdas eleitorais, capacitando várias instituições minoritárias, como a revisão
judicial. A concorrência de poderosos partidos da oposição geraria tal incerteza. Por outro lado, um líder que acredita que
governará indefinidamente não desejará ser constrangido e não cederá à revisão judicial e poderá, de facto, tentar miná-la.
Os horizontes temporais, por sua vez, são sensíveis ao equilíbrio de poder: o apoio político dos titulares políticos será maior
quando o poder político for difundido entre vários partidos do que quando existir um único partido dominante no momento da
concepção constitucional. Observe que esta hipótese complementa outras nesta família de teorias que associam retrocessos
a equilíbrios desiguais de poder.

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Relevância para o retrocesso: Embora a presença de revisão judicial possa salvaguardar contra o retrocesso, isto não foi
estabelecido e, na verdade, não é o foco da hipótese.

Lições para a intervenção: Tal como acontece com outros membros desta família teórica, as intervenções devem procurar corrigir
equilíbrios de poder altamente desiguais entre os titulares e as oposições.

Avaliação: O apoio empírico está actualmente limitado a três estudos de caso da Ásia Oriental, e estes estudos de caso centram-
se na emergência da revisão judicial e não na sua função subsequente como obstáculo ao retrocesso. Ainda assim, o modelo é
muito plausível; combinada com outras hipóteses desta família de teorias, instrui-nos a olhar atentamente para o equilíbrio de
poder entre as forças políticas para compreender, pelo menos parcialmente, a selecção das instituições políticas.

HIPÓTESES SOBRE ECONOMIA POLÍTICA

4.1. NÍVEIS DE RENDA

Hipótese: Níveis mais elevados de rendimento aumentam a probabilidade de democracia.

Método primário: modelos estatísticos TCSC

Autores principais: Adam Przeworski, et. para o.; Carles Boix e Susan Stokes.

Resumo: Os teóricos políticos há muito que acreditam que níveis mais elevados de desenvolvimento socioeconómico estão
associados à democracia. O estudo desta relação acelerou nas últimas duas décadas por duas razões. Em primeiro lugar, os
estudiosos reconheceram que existem dois mecanismos distintos através dos quais o aumento do rendimento pode causar a
democracia. O aumento dos rendimentos pode levar ao colapso de ditaduras e transições democráticas, ou o aumento dos
rendimentos pode aumentar a sobrevivência de democracias cujas origens não estão relacionadas com o rendimento, ou ambos.
O primeiro mecanismo é de mudança endógena , enquanto o segundo mecanismo é de mudança exógena . Em segundo lugar, o
desenvolvimento do poder computacional e de conjuntos de dados mais complexos, descritos acima como conjuntos de dados
TCSC, permite testes de hipóteses mais precisos. Estes conjuntos de dados podem variar em tamanho, desde 190 países
observados desde 1946, ou cerca de 9.000 observações, até conjuntos de dados cuja primeira observação é em 1800 e contêm
mais de 16.000 observações país-ano.

Relevância para o retrocesso: Muitos conjuntos de dados de última geração codificam a democracia como uma variável binária (1
para democracia, 0 para ditadura) e, portanto, não podem medir o retrocesso. Existem críticas muito sérias a conjuntos de dados
como o Polity IV ou o Freedom House, que medem a democracia numa escala de intervalo e, portanto, poderiam, em princípio, ser
usados para testar hipóteses sobre retrocessos. Até à data não existe nenhuma investigação publicada que procure associações
entre níveis de rendimento e retrocesso. Portanto, não podemos inferir directamente uma relação entre baixos níveis de rendimento
e uma maior probabilidade de retrocesso, embora a inferência seja plausível.

Lições para intervenção: Esta hipótese sugere a importância de intervenções sistémicas a longo prazo para melhorar os padrões
de vida e a independência económica dos cidadãos.

Avaliação: Na versão endógena, o aumento do rendimento provoca o fracasso das autocracias e o surgimento de democracias.
Na versão exógena, o aumento do rendimento não provoca o surgimento de democracias; a transição para a democracia é
independente do nível de rendimento. No entanto, quando um país se torna democrático,

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o aumento da renda aumenta a probabilidade de sobrevivência democrática. Essas relações foram estudadas
extensivamente. Existem evidências a favor da versão endógena: no entanto, o efeito endógeno parece atenuar-se
ao longo do tempo, com a dimensão do efeito a aproximar-se de zero após 1950. Como já foi observado, o aumento
dos rendimentos não precedeu a onda de transições democráticas que atravessou o último quarto do século XX.
século. Existe um apoio generalizado à versão exógena: quando um país se torna democrático, seja por que meio for,
o aumento dos rendimentos tende a tornar menos frequentes as rupturas democráticas. Contudo, a literatura não
explorou completamente a hipótese implícita de que as transições democráticas num contexto de escassez económica
produzem democracias de baixa qualidade que são mais susceptíveis ao retrocesso. Uma posição minoritária nega
qualquer relação entre rendimento e democracia; na opinião destes estudiosos, tanto o desenvolvimento como a
democracia são efeitos conjuntos de um conjunto anterior de variáveis relacionadas com variáveis políticas e
económicas mais fundamentais.

4.2. DISTRIBUIÇÃO DE RENDA

Hipótese: Em níveis elevados de desigualdade económica, as transições democráticas são menos prováveis
e, se ocorrerem, as rupturas democráticas são mais prováveis.

Método primário: modelos estatísticos TCSC

Autores principais: Carles Boix; Daron Acemoglu e James Robinson

Resumo: Em níveis mais elevados de desigualdade de rendimentos, os cidadãos ricos antecipam que os eleitores
relativamente pobres exigiriam níveis mais elevados de tributação redistributiva; portanto, em níveis mais elevados de
desigualdade, os ricos opõem-se à democracia, aderindo à democracia apenas se anteciparem que os pobres podem
ascender na revolução e impor custos mais elevados do que o nível de tributação previsto. Mas mesmo que ocorram
transições democráticas, os ricos trabalharão assiduamente para regressar à autocracia quando surgir a oportunidade.

Relação com o retrocesso: Uma suposição razoável é que, em níveis elevados de desigualdade sob a democracia,
os cidadãos ricos trabalharão para minar a capacidade dos eleitores pobres de impor impostos elevados ou, de outra
forma, concordarão com os esforços dos governantes eleitos para diminuir as restrições eleitorais.

Lições para intervenção: Esta hipótese sugere a importância de intervenções sistémicas a longo prazo para melhorar
uma distribuição de rendimento altamente desigual.

Avaliação: Os estudos empíricos sobre os efeitos da desigualdade de rendimentos na democracia são em grande
parte paralelos aos estudos sobre o nível de rendimentos e os seus efeitos na democracia: a desigualdade pode
influenciar a probabilidade de uma transição democrática e pode afectar a probabilidade de um colapso democrático.
Alguns estudos identificam ambos os efeitos; outros identificam apenas um ou outro. Também aqui encontramos
apoio para a afirmação de que a desigualdade e a democracia estiveram mais estreitamente relacionadas em meados
do século XX, mas que este efeito se atenuou ao longo do tempo. Vários estudos relatam que as transições
democráticas mais recentes ocorreram em níveis relativamente elevados de desigualdade. Por exemplo, nas últimas
décadas do século XX, a percentagem de países do quintil mais pobre que fizeram uma transição para a democracia
aumentou de 25% para 37%. Suspeitamos que o resultado seja a transição para democracias de baixa qualidade e
não consolidadas, mais suscetíveis ao retrocesso, mas nenhum estudo publicado ainda abordou esta hipótese.

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4.3. A RENDA DO PETRÓLEO Atrapalha A DEMOCRACIA

Hipótese: A forte dependência do Estado das receitas do petróleo ou de outras receitas das indústrias extractivas torna
a democracia menos provável.

Método primário: modelos estatísticos TCSC.

Autor principal: Michael Ross

Resumo: As imensas receitas petrolíferas que revertem directamente para o Estado e constituem a maior parte das receitas do
Estado constituem um obstáculo à democracia. A intuição básica é que quando as receitas do Estado se baseiam principalmente
nas receitas do petróleo, os chamados Estados “rentistas” não precisam de financiar as suas actividades através de impostos; o
inverso de “Não há tributação sem representação”, então, é “Não há representação sem tributação”.
Os académicos propuseram uma série de outros mecanismos através dos quais as receitas do petróleo podem constituir um
obstáculo à democracia, quer tornando menos prováveis as transições democráticas, quer tornando mais prováveis as rupturas
democráticas. A maioria das versões desta hipótese enfatiza o primeiro mecanismo; as receitas do petróleo tornam as autocracias
mais resilientes e, portanto, tornam as transições democráticas menos prováveis.

Relevância para o retrocesso: A hipótese afirma que o petróleo torna as transições democráticas menos prováveis, os estados
petrolíferos serão autocracias e, portanto, não propensos ao retrocesso democrático. Se a hipótese é que o petróleo torna mais
prováveis os colapsos democráticos, então existe uma ligação indirecta ao retrocesso, na medida em que o retrocesso pode ser
um passo provisório e talvez reversível que precede o colapso democrático total.

Lições para intervenção: Esta hipótese sugere a importância de intervenções sistémicas de longo prazo que reduzam a
dependência económica das exportações de petróleo.

Avaliação: Os prováveis efeitos causais das receitas petrolíferas também são sensíveis ao período estudado. O estudo mais
abrangente remonta ao século XIX e concluiu que o petróleo tem um efeito ligeiramente positivo nas transições democráticas.
Contudo, quando olhamos mais de perto para o período mais recente, os efeitos das receitas do petróleo nos países do mundo
em desenvolvimento são mais claramente negativos. Pode-se argumentar fortemente que desde a década de 1970, quando
muitos países do mundo em desenvolvimento nacionalizaram as empresas petrolíferas e garantiram assim que enormes
quantidades de receitas acumulassem directamente para o Estado, tudo num contexto de baixos níveis de desenvolvimento
económico e baixos níveis de política desenvolvimento institucional (por exemplo, Estados fracos, Estado de direito limitado,
elevados níveis de corrupção, etc.), os efeitos do petróleo são altamente prejudiciais para as transições democráticas. Contudo,
é necessário ter alguma cautela: há provas muito credíveis de que os efeitos prejudiciais do petróleo para a democracia estão
condicionados a outros factores, incluindo a propriedade pública do petróleo e uma economia não diversificada.

4.4. RENDA PETROLÍFERA E RETROCESSO DEMOCRÁTICO

Hipótese: O rendimento do petróleo induz retrocesso.

Método primário: Material ilustrativo de casos da Argentina, Bolívia, Equador e Venezuela.

Autor principal: Sebastian Mazzuca

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Resumo: Na Argentina, na Bolívia, no Equador e na Venezuela, o aumento das receitas do petróleo ajudou a gerar o “populismo
rentista”, através do qual os líderes esquerdistas eleitos usaram as receitas estatais do petróleo para fazer pagamentos aos
cidadãos que trabalham em sectores económicos informais. Estes eleitores apoiaram então mecanismos plebiscitários que
diminuíram a responsabilização vertical. Consequentemente, estas democracias têm alguma semelhança incómoda com as
“democracias superpresidenciais” dos antigos países comunistas, discutidas acima em hipótese
1.4.

Relevância para o retrocesso: Esta hipótese é um excelente exemplo do refinamento de uma hipótese que não se tratava
originalmente de retrocesso para explicar casos de degradação democrática, mas não necessariamente de colapso democrático
completo, embora o processo possa continuar através do retrocesso até ao colapso.

Lições para intervenção: Idem a 4.3. Esta hipótese sugere a importância de intervenções sistémicas de longo prazo que reduzam a
dependência económica das exportações de petróleo.

Avaliação: Esta hipótese recebe sólido apoio empírico de breves estudos de caso de alguns casos latino-americanos. Aguarda
pesquisas mais extensas, tanto sobre os casos originais como talvez como uma hipótese mais geral.

4.5. DESEMPENHO MACROECONÔMICO

Hipótese: O desempenho macroeconómico de curto prazo, especialmente as taxas de crescimento e de inflação, estão
associados a mudanças no regime político.

Métodos primários: modelos estatísticos TCSC.

Autores principais: Ethan Kapstein e Converse.

Resumo: Taxas mais elevadas de crescimento do PIB estão associadas a riscos mais baixos de reversão autoritária, enquanto
taxas elevadas de inflação em qualquer ano aumentam substancialmente o risco de reversão para a autocracia.

Relevância para o retrocesso: A hipótese liga o mau desempenho ao colapso democrático, mas é razoável inferir que o fraco
desempenho – baixo crescimento, inflação elevada, ou ambos – também está associado ao retrocesso democrático, embora
nenhum estudo formal desta relação tenha sido publicado .

Lições para intervenção: Esta hipótese sugere a importância de intervenções sistemáticas e de curto prazo que afectam o
desempenho económico.

Avaliação: Existe um apoio estatístico substancial para a família de hipóteses que ligam as transições democráticas e a
sobrevivência democrática às condições macroeconómicas, especialmente se a economia estiver a atravessar um período de
expansão ou estiver em contracção. Mas as descobertas são altamente contextuais. Em alguns estudos, o efeito depende do tipo
de democracia, presidencial ou parlamentar; noutros, depende da ideologia do governo; e em outros ainda, os efeitos são
específicos de cada década. Um estudo recente sobre “novas” democracias conclui que taxas elevadas de crescimento estão
associadas a riscos mais baixos de reversão autoritária, enquanto taxas elevadas de inflação aumentam substancialmente os riscos
de reversão.

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HIPÓTESES SOBRE ESTRUTURA SOCIAL E COALIZÕES POLÍTICAS

5.1. A BURGUESIA E A DEMOCRACIA

Hipótese: Sem burguesia, sem democracia.

Método primário: estudos de caso comparativos da Grã-Bretanha, França, EUA, China, Japão e Índia.

Autor principal: Barrington Moore Jr.

Resumo: Este é um exemplo inicial da utilização de estudos de caso históricos comparativos para comparar processos de
desenvolvimento político a longo prazo e explorar os determinantes a longo prazo da democracia liberal e os resultados
alternativos que ocorreram quando as condições não eram propícias à democracia liberal. A intuição central é que, ao sair de
uma Europa feudal, a democracia liberal estaria ameaçada por uma coroa hegemónica ou por uma coroa fraca cercada por
uma aristocracia desenfreada. Por defeito, o único actor de classe capaz de quebrar alguma forma de aliança hegemónica
coroa-nobreza foi a burguesia emergente, basicamente comerciantes com controlo autónomo dos recursos económicos e,
portanto, com o incentivo e a capacidade para se distanciarem da classe dominante dominante. E na ausência de uma
burguesia forte, o resultado só poderia ser o fascismo, à medida que o Estado empreendesse uma modernização conservadora
que não poderia ser liderada por uma burguesia fraca, ou pelo comunismo, quando os camponeses fossem mobilizados em
nome da mudança revolucionária. A hipótese baseia-se fundamentalmente num pressuposto tácito de equilíbrio de poder: a
democracia só é possível se existir uma força social com os incentivos e a capacidade para impor a democracia.

Relevância para o retrocesso: A democracia liberal estável só é possível se os recursos económicos não forem monopolizados
por forças sociais antidemocráticas. Sem esse equilíbrio social de poder, a democracia permanecerá continuamente em perigo,
sendo o retrocesso um resultado possível.

Lições para a intervenção: Importância de intervenções sistemáticas, de longo prazo, do lado da procura, que distribuam os
recursos económicos de forma mais equitativa.

Avaliação: Praticamente nenhum cientista social contemporâneo concordaria com a afirmação “sem burguesia, sem democracia”.
Mas há provas dispersas de que quando o sector privado é ofuscado pelo sector público, de modo que os governantes têm um
controlo extensivo sobre uma economia em grande parte não diversificada, os capitalistas são politicamente fracos e não podem
representar um contrapeso aos detentores do poder que maximizam o poder. Por exemplo, uma afirmação importante sobre os
sistemas partidários dominantes em África é que os empresários dependentes do crédito fornecido pelo Estado não podem
tornar-se patrocinadores de coligações multiétnicas de oposição. Dito de outra forma, uma burguesia africana independente
com controlo autónomo sobre os recursos económicos e independência proporcional do Estado poderia ser um catalisador para
movimentos de oposição mais poderosos, capazes de restringir os titulares e efetuar a alternância no poder.

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5.2 A CLASSE TRABALHADORA E A DEMOCRACIA

Hipótese: O pleno desenvolvimento da democracia liberal exigiu o surgimento de uma classe industrial organizada.

Método primário: Casos ilustrativos da Europa e da América Latina.

Autores principais: Dietrich Rueschemeyer, Eveleyn Stephens e John Stephens.

Resumo: Nas sociedades pré-industriais, os grandes proprietários com preferências antidemocráticas são actores políticos
poderosos. As classes médias podem lutar pela sua própria inclusão política, mas geralmente não lutarão pelo direito de
voto universal. Apenas a classe trabalhadora industrial tem preferências seguramente pró-democráticas; com um
desenvolvimento industrial suficiente, o equilíbrio do poder político e económico muda a favor das classes média e
trabalhadora e dos partidos que as representam. O desenvolvimento económico produz assim democracia porque transforma
a estrutura de classes e torna possíveis novas coligações políticas para apoiar a democracia.

Relevância para o retrocesso: As transições para a democracia sem uma base de classe substancial entre os trabalhadores
industriais e as classes médias podem ser mais propensas ao retrocesso.

Lições para a intervenção: Importância de intervenções sistemáticas, de longo prazo, do lado da procura, que distribuam os
recursos económicos de forma mais equitativa.

Avaliação: Os primeiros estudos desta hipótese não apoiaram totalmente a afirmação de que uma classe trabalhadora
industrial forte era o actor-chave na transição final para a democracia de massas. A competição eleitoral com direito de voto
universal é generalizada no mundo em desenvolvimento, muito mais do que se poderia prever com base na força da classe
trabalhadora industrial. Há evidências, no entanto, de que as classes trabalhadoras organizadas podem desempenhar um
papel crítico no desenvolvimento de uma sociedade civil forte, capaz de restringir os poderosos. Assim, embora não
possamos afirmar que esta hipótese tenha sido confirmada por numerosos estudos, acreditamos que é importante considerar
o desenvolvimento de organizações que representam os trabalhadores como ingredientes potencialmente poderosos no
desenvolvimento da sociedade civil.

5.3. CAMPONESES E ORDEM POLÍTICA

Hipótese: A ordem política nas nações em desenvolvimento requer uma aliança política com o meio rural.

Método primário: Breve material de caso ilustrativo.

Autor principal: Samuel Huntington.

Resumo: Nas nações em desenvolvimento, a participação política geralmente supera a institucionalização política; resultados
de desordem política. O mecanismo mais importante para alcançar a ordem política é criar uma coligação com o campo. Os
governos com amplo apoio rural poderão então lidar de forma mais eficaz com os desafios políticos urbanos, especialmente
os movimentos de esquerda. O controlo do campo também impede os movimentos camponeses-comunistas.

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Relevância para o retrocesso: A desordem política abrange uma vasta gama de fenómenos, desde golpes de estado e motins
até guerras civis. Podemos apenas inferir que passar da desordem política para a ordem torna o retrocesso menos provável,
embora a inferência pareça muito plausível.

Lições para a intervenção: As intervenções de promoção da democracia poderiam considerar o incentivo a coligações mais
amplas que pudessem ajudar a distribuir os recursos económicos de forma mais equitativa.

Avaliação: Um número significativo de estudos de caso confirma a afirmação de que as coligações com os camponeses
reduzem a instabilidade política. Modelos estatísticos recentes e ainda não publicados demonstram que estas coligações
urbano-rurais reduzem a possibilidade de fracasso tanto para as autocracias como para as democracias. Esta hipótese é,
portanto, muito geral e não está totalmente claro como adaptá-la ao estudo do retrocesso. Contudo, o apoio qualitativo e
quantitativo a esta hipótese reforça a intuição de que a natureza das coligações políticas desempenha um papel importante e
ainda pouco teorizado na dinâmica democrática.

5.4. COMPETIÇÃO ÉTNICA E POLARIZAÇÃO

Hipótese: A relevância política das clivagens étnicas produz instabilidade democrática.

Método primário: Modelo formal; modelos estatísticos.

Autores principais: Alvin Rabushka e Kenneth Shepsle; Roberto Bates.

Resumo: Nas sociedades “plurais”, as identidades étnicas têm uma importância política esmagadora, de tal forma que a
lealdade é ao grupo comunitário e não à nação, e as preferências comunitárias são intensas. Haverá uma forte pressão sobre
os políticos ambiciosos para apelarem directamente aos membros da sua própria comunidade, um processo conhecido como
“overbidding”, que mina as coligações multiétnicas. O resultado esperado da superação das licitações é o aumento do
chauvinismo étnico, a polarização étnica, o colapso das instituições democráticas e, muito possivelmente, a violência política
interétnica.

Relevância para o retrocesso: Esta hipótese prevê ataques sistemáticos às práticas e instituições democráticas. Prevê-se que
o retrocesso democrático inicial acelere e conduza ao colapso democrático e possivelmente à violência.

Lições para intervenção: Direcionar incentivos para construir coligações multiétnicas; considerar instituições que possam
facilitar coligações multiétnicas.

Avaliação: A afirmação de que a política de base étnica leva à degradação da política é generalizada. A preocupação
comummente expressa é que, à medida que os políticos abandonem qualquer pretensão de plataformas programáticas
nacionais para atender a grupos específicos, a responsabilização vertical será inevitavelmente enfraquecida, uma vez que os
eleitores que dependem dos políticos para a sua generosidade toleram níveis mais elevados de abuso e perdem assim a sua
capacidade de restringir os governantes. No entanto, estudos explicitamente concebidos para observar esta relação são
extremamente raros. Uma via mais indirecta pela qual a etnicidade pode minar a responsabilização democrática é que as
comunidades etnicamente homogéneas usufruam de normas e instituições que geram cooperação e sancionam os não
cooperadores. Dado este mecanismo, podemos esperar que as medidas tomadas pelos políticos para mobilizar os seus co-
étnicos criarão um ciclo vicioso que mina as instituições e impede a acção colectiva em grande escala entre os grupos étnicos.
Assim, os políticos da oposição não têm incentivo para se unirem em partidos maiores

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que possa equilibrar os partidos dominantes, e os cidadãos têm meios ou motivos limitados para exigir partidos
mais abrangentes. Um resultado surpreendente é a quase completa ausência de clivagens ideológicas entre
partidos e a ausência de partidos baseados em interesses. Concluímos que os partidos de clientelismo de base
étnica representam um poderoso obstáculo à construção de instituições fortes da sociedade civil. Finalmente,
notamos que a mera presença da fraccionamento étnica não é em si necessariamente um obstáculo à democracia:
é a politização deliberada das clivagens culturais, e não as clivagens em si, que cria políticas étnicas que muitos
consideram prejudiciais à democracia. Assim, os estudos estatísticos que incluem medidas numéricas do grau de
fraccionamento étnico não conseguem reportar que esta variável reduz os resultados de democracia observados.

Caixa II.9 Partes Fracas: Zâmbia

Van de Walle (2007) observa a incrível escassez de partidos na Zâmbia que defendem os interesses agrários. Nas
eleições nacionais da Zâmbia de 1996, por exemplo, o Partido Nacional de Lima promoveu-se activamente como
defensor dos interesses rurais. Foi liderado por vários políticos proeminentes; e recebeu o endosso da Associação
de Agricultores da Zâmbia. No entanto, não conseguiu conquistar um único assento na legislatura.

HIPÓTESES SOBRE FATORES INTERNACIONAIS

6.1. Alavancagem e ligação internacional

Hipótese: A alavancagem e a ligação ocidentais estão associadas à democratização de regimes autoritários


competitivos.

Método primário: Estudos de país.

Autor principal: Steven Levitsky e Lucan Way.

Resumo: Esta hipótese refere-se à possibilidade de democratização de regimes autoritários competitivos.


Trata-se de regimes híbridos em que existem instituições democráticas formais e estruturam o acesso e o exercício
do poder, mas nos bastidores, os titulares do poder exploram vantagens inerentes à competição eleitoral, ao poder
legislativo, ao poder judicial e aos meios de comunicação social, para garantir, em grande medida, que nenhuma
oposição pode competir significativamente com eles. As duas principais variáveis causais são a alavancagem e a
ligação. A alavancagem ocidental refere-se à vulnerabilidade do regime autoritário à pressão democratizadora
externa; a elevada alavancagem aumenta assim os custos de sustentar o autoritarismo. A extensão da
alavancagem baseia-se na dimensão do estado e da economia; a existência de interesses ocidentais concorrentes
que podem ser disputados entre si; e a existência de poderes compensatórios, ou “Cavaleiros Negros”, que apoiam
os autocratas. A ligação é uma importante variável mediadora que determina a eficácia da pressão ocidental. A
ligação refere-se à densidade dos laços económicos, políticos, diplomáticos e sociais, juntamente com os fluxos
transfronteiriços de capital, informação, bens, serviços e pessoas. A ligação funciona moldando as preferências
internas para a reforma, moldando a distribuição interna de recursos, fortalecendo os democratas e enfraquecendo
os autocratas, e aumentando as repercussões internacionais do abuso autocrático. Quando a alavancagem e a
ligação são elevadas, existe uma pressão forte e consistente para a democratização; quando ambos estão baixos, há fraqueza exter

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pressão; e quando estão misturados (alto/baixo ou baixo/alto) há sinais mais fracos e mais intermitentes
pressão.

Relevância para o retrocesso: A ausência de influência permitiria que regimes autoritários competitivos evitassem pressões de
democratização; isso pode ser visto como uma forma particular de retrocesso. Para hipóteses potencialmente mais relevantes, ver 6.2
e 6.3.

Lições para intervenção: O aumento dos níveis de alavancagem e de ligação são potenciais obstáculos para autocratas ambiciosos.
No entanto, estes autocratas ambiciosos podem evitar deliberadamente a alavancagem e a ligação, pelo que é necessário um estudo
mais aprofundado dos seus determinantes.

Avaliação: O estudo primário da alavancagem e ligação internacional estuda os seus efeitos sobre regimes autoritários competitivos;
não há razão para que os mesmos factores não devam exercer influência sobre a probabilidade de retrocesso democrático. Existem
vários problemas centrais, no entanto. Primeiro, ainda não temos uma declaração completa e testável sobre como os diferentes níveis
de alavancagem e ligação interagem para produzir resultados. Em segundo lugar, há um problema de equivalência observacional: os
casos de elevada ligação podem reflectir o desenvolvimento económico a longo prazo, como no México e em Taiwan; assim, a
democratização poderá reflectir estes factores puramente internos. Finalmente, a alavancagem e a ligação funcionam através de
variáveis internas, das quais a vulnerabilidade do regime é a mais importante. Mas esta afirmação dirige a nossa atenção de volta para
as fontes da vulnerabilidade do regime – por outras palavras, voltamos à nossa preocupação central com o equilíbrio de poder interno.

Caixa II.10 Distinguir Ajuda de Alavancagem e Ligação

O Egipto constitui um excelente exemplo de como mesmo os países fortemente dependentes da ajuda podem ser países com fraca
ligação e alavancagem. O Egipto recebeu uma quantidade extraordinária de ajuda dos Estados Unidos, de organizações internacionais
e dos Estados do Golfo. No entanto, como observam Levitsky e Way, o Egipto é um caso de baixa ligação, dados os laços económicos
e sociais com a comunidade internacional, que de outra forma seriam fracos. Além disso, o Egipto tem conseguido tirar partido da
concorrência entre estes intervenientes, bem como da importância relativamente baixa que atribuem à democratização face à
estabilidade. Mesmo quando o Egipto retrocedeu visivelmente na transição democrática, primeiro Morsi e depois Sisi não enfrentaram
qualquer problema internacional real.
pressão.

6.2. DIFUSÃO INTERNACIONAL

Hipótese: Uma proporção maior de vizinhos democráticos diminui a probabilidade de uma autocracia sobreviver e aumenta a
probabilidade de uma democracia sobreviver.

Método primário: modelos estatísticos TCSC.

Autores principais: Kristian Gleditsch e Michael Ward.

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Resumo: As democracias e as transições democráticas estão espacialmente agrupadas. Canais difusos de influência
internacional podem, portanto, afectar a probabilidade de transições democráticas e a durabilidade. Por exemplo,
um movimento pró-democrático bem sucedido num país pode persuadir os cidadãos dos países vizinhos de que o
seu movimento pró-democrático também poderia ser bem sucedido.

Relevância para o retrocesso: Os estudos desta hipótese não utilizaram diretamente medidas de retrocesso.

Lições para intervenção: Não há lições diretas sobre instrumentos de intervenção. Intervenções bem-sucedidas num
país podem desencadear involuntariamente reações em cadeia regionais.

Avaliação: Os estudos de difusão internacional ainda não possuem uma base empírica sólida. Por exemplo,
sabemos que protestos pró-democráticos em massa surgiram na Tunísia antes de surgirem no Egipto; mas a
precedência temporal não garante influência causal. A evidência de uma ligação causal direta é altamente
impressionista. Além disso, é bastante claro que nem todos os países são igualmente susceptíveis ao mesmo
conjunto de acontecimentos internacionais: os egípcios podem ter seguido o caminho inicialmente traçado pela
Tunísia; A Argélia certamente não o fez. Parece claro que as diferenças nos factores internos têm um forte efeito na
probabilidade de ocorrer difusão internacional. Além disso, os regimes podem empenhar-se na “proteção à difusão”,
tomando medidas preventivas que reduzam a sua vulnerabilidade aos efeitos da difusão. Embora esta hipótese seja
plausível e tenha evidências impressionistas em seu apoio, a hipótese ainda requer muito desenvolvimento e testes.

6.3. ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS

Hipótese: Ser membro de organizações internacionais impede o retrocesso.

Método primário: Modelos estatísticos.

Autores principais: Jon Pevehouse; Philip Levitz e Grigore Pop-Eleches.

Resumo: A adesão a organizações internacionais ajuda a consolidar as reformas democráticas.


A adesão à União Europeia, por exemplo, gera alavancagem e ligação ocidentais. Esta hipótese está portanto
relacionada com a Hipótese 6.1.

Relevância para o retrocesso: O estudo do efeito da adesão à União Europeia utiliza uma medida direta do
retrocesso.

Lições para intervenção: A adesão a organizações internacionais pode facilitar a promoção da democracia.

Avaliação: Os estudos estatísticos desta hipótese não abordaram completamente o problema da seleção. A decisão
prévia de aderir a uma organização internacional regional pode ser apenas um indicador do compromisso prévio da
liderança política com a democracia. Se os líderes pró-democráticos aderirem às organizações e os líderes mais
ambivalentes se abstiverem de aderir, observaremos uma associação entre a adesão e o compromisso com as
reformas democráticas, mas a relação não será causal. Da mesma forma, embora a adesão à UE esteja
estatisticamente associada a uma menor probabilidade de retrocesso, permanece o desafio de a UE ter fornecido
os incentivos mais fortes precisamente aos países cujos legados históricos internos

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foram mais auspiciosos para reformas democráticas. Afinal de contas, a UE não apresentou uma oferta de candidatura a uma
amostra aleatória de países, pelo que as provas de que os países pós-adesão não sofreram retrocessos ainda não são
suficientes para estabelecer um efeito causal para a influência internacional.

6.4. AJUDA EXTERNA

Hipótese: A ajuda externa reduz a dependência dos governantes dos seus cidadãos para obter receitas fiscais e,
assim, elimina um ingrediente primário da responsabilização democrática.

Método primário: modelos estatísticos TCSC.

Autores principais: Simeon Djankov, Jose Montalvo e Marta Reynal-Querol.

Resumo: A ajuda externa é análoga às rendas do petróleo (Hipótese 4.3): estimula o comportamento de procura de renda e
restringe a capacidade dos cidadãos de responsabilizar os governantes. Os elevados níveis de ajuda externa estão, portanto,
associados a medidas de retrocesso.

Relevância para o retrocesso: Isto tem uma relevância direta para o retrocesso. O efeito da ajuda na democracia é medido
em pequenos incrementos numa escala de intervalo.

Lições para intervenção: A ajuda externa deve ser complementada por intervenções sistemáticas e de longo prazo que
aumentem os recursos disponíveis para os cidadãos; caso contrário, a ajuda externa poderá induzir um desequilíbrio de poder
entre governantes e cidadãos.

Avaliação: Existe um apoio misto para esta hipótese, com resultados muito sensíveis à forma como o modelo estatístico é
construído. Um estudo que utilizou dados do TSCS entre 1960 e 1999 concluiu que a ajuda externa actua de forma análoga
às rendas do petróleo; a ajuda de grande magnitude reduz um índice de democracia de dez pontos em até um ponto. Outros
estudos, no entanto, não replicaram esse resultado.

6.5. MONITORAMENTO ELEITORAL INTERNACIONAL

Hipótese: A monitorização internacional das eleições pode impedir a fraude eleitoral.

Método primário: Modelo estatístico.

Autor principal: Susan Hyde.

Resumo: Os observadores eleitorais internacionais das eleições presidenciais arménias de 2003 dissuadiram fortemente a
fraude eleitoral.

Relevância para o retrocesso: A fraude eleitoral é um mecanismo de retrocesso. Contudo, os esforços para dissuadir a fraude
eleitoral podem induzir os governantes a procurar outros mecanismos para consolidar o seu mandato.

Lições para intervenção: A intervenção direta nas eleições pode funcionar, mas pode induzir
consequências.

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Avaliação: Hyde (2007) é a demonstração mais forte de que a monitorização internacional das eleições pode impedir
a fraude eleitoral. No seu estudo sobre as eleições presidenciais arménias de 2003, ela determina que os monitores
eleitorais foram designados para monitorizar os distritos eleitorais através de um mecanismo que parece ter sido
quase aleatório. Dada esta aleatorização “como se”, podemos estar bastante confiantes de que qualquer diferença
na percentagem de votos do titular em distritos não monitorizados versus distritos monitorizados – uma diferença
bastante grande nas eleições arménias – é directamente causada pela presença ou ausência de monitores.
Pesquisas subsequentes, no entanto, demonstram uma relação complexa entre a monitorização internacional e a
condução das eleições. Kelley (2009) demonstra que os observadores eleitorais internacionais respondem a
incentivos complexos, com preocupações pela sua credibilidade e pela promoção da democracia, por vezes
acotovelando-se com preocupações com os interesses dos seus estados membros, o desejo de prevenir a violência
relacionada com as eleições e até preferências organizacionais. Portanto, os monitores eleitorais endossam, por
vezes, eleições falhadas. Num trabalho subsequente, Kelley (2012) expande estas ameaças à monitorização eleitoral
credível, observando a emergência de um “mercado paralelo” de organizações de monitorização mais brandas que
permitem aos países “escolher” os seus monitores. Além disso, Kelley considera a possibilidade de os políticos
alterarem o seu menu de trapaça, passando para formas mais dissimuladas de manipulação eleitoral. Kelley não
encontra fortes evidências para esta mudança: os trapaceiros raramente são sutis, conclui ela. Beaulieu e Hyde
(2009) encontram, no entanto, provas indirectas de que a manipulação pré-eleitoral por parte dos titulares do poder aumentou.

PARTE QUATRO: AVALIAÇÃO RESUMO DE FAMÍLIAS TEÓRICAS E HIPÓTESES

ELITES POLÍTICAS

O retrocesso envolve a manipulação e transformação das regras formais e informais da política eleitoral. Pareceria
razoável que actores poderosos com um incentivo para alterar o nível de restrições sobre os líderes eleitos tivessem
alguma liberdade de acção para escolher aquilo que Schedler (2002) chama de menu de manipulação. Ainda assim,
há razões para avançar com cautela antes de atribuir um papel analítico proeminente às elites políticas na explicação
do retrocesso. Em primeiro lugar, as teorias das elites políticas enfrentam o difícil desafio de demonstrar que as
elites não são substancialmente influenciadas por factores estruturais.
Estes factores estruturais podem influenciar o incentivo à manipulação das regras para degradar a responsabilização
democrática, a capacidade de manipular essas regras, ou ambos. O principal problema que atravessa a literatura
existente é, portanto, o subdesenvolvimento teórico. Na ausência de uma teoria robusta da agência, muitos destes
trabalhos parecem assumir que os líderes políticos têm relativa autonomia em relação às condições estruturais, em
vez de demonstrarem essa autonomia. Na verdade, muitos dos primeiros trabalhos carecem de hipóteses concretas
que sejam testadas sistematicamente usando métodos credíveis. Felizmente, trabalhos recentes estão começando
a corrigir os defeitos de trabalhos anteriores.

CULTURA POLÍTICA

As teorias da cultura política permanecem logicamente incompletas; na sua forma actual, não implicam logicamente
os resultados que pretendem explicar. Isto acontece porque quase todas as teorias da cultura política centram-se
exclusivamente no lado da procura, nas exigências dos cidadãos por um governo mais responsável. Não fornecem
um lado da oferta paralelo que explique como as elites políticas respondem a estas pressões, optando por vezes
por acomodar as exigências, mas muitas outras vezes reprimindo os movimentos pró-democracia.
Consideremos a sequência de desenvolvimentos que uma teoria da cultura política teria de demonstrar em

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a fim de dar conta da transição democrática, por exemplo: (1) uma evolução a longo prazo nas atitudes e
comportamentos políticos de massa, de alguma forma de cultura tradicional de capital não social para alguma forma
de cultura moderna ou vida associativa, tudo sob auspícios não democráticos; (2) a emergência de reivindicações de
democracia baseadas nas massas, nas quais estávamos convencidos de que eram os segmentos “modernos” da
sociedade que lideravam os movimentos de protesto (ver o problema da falácia ecológica no apêndice: brevemente,
se soubermos que algum subconjunto da sociedade é moderno; e sabemos que algum subconjunto da sociedade se
envolve em protestos pró-democráticos; não podemos assumir automaticamente que os dois subconjuntos se
sobrepõem substancialmente); e (3) a transição para a democracia em resposta directa à procura de massa. Os
relatos existentes fazem esforços muitas vezes heróicos para cumprir a primeira condição, mas mesmo aqui os seus esforços são dificult
a infra-estrutura para pesquisas modernas e transnacionais tem apenas algumas décadas. As contas existentes
simplesmente não registaram progressos significativos no cumprimento das duas segundas condições. Se a condição
nº 2 não for cumprida, o lado da demanda da equação fica incompleto; com a condição nº 3 não cumprida, o lado da
oferta da equação não é satisfeito. Não é, portanto, surpreendente que os estudos sobre as democracias
contemporâneas, novas e não consolidadas, não pareçam basear-se fortemente em teorias da cultura política. A
cultura política pode, evidentemente, contribuir para o retrocesso sem o determinar totalmente; não temos nenhum
trabalho empírico, entretanto, que apóie essa conjectura. Pelo contrário, o trabalho existente sugere fortemente que
nenhuma forma anterior de cultura política é necessária para o surgimento de movimentos de massas que exigem
maior democracia.

INSTITUIÇÕES POLÍTICAS

Os estudos das instituições políticas enfrentam um problema metodológico espinhoso. Sabemos que as instituições
estruturam processos e resultados políticos; por essa mesma razão, os actores políticos poderosos têm fortes
incentivos para moldar as instituições de modo a favorecer as suas preferências. As instituições não são simplesmente
instrumentos exógenos que exercem pressão autónoma sobre os actores políticos; são também objecto de
manipulação por parte de actores estratégicos precisamente porque podem tornar mais provável a ocorrência de resultados favoráveis.
Metodologicamente, este é o problema da seleção: se as causas da instituição também estão sistematicamente
relacionadas com os resultados que procuramos explicar, então a própria instituição pode não exercer qualquer
influência causal. Mais concretamente, os resultados podem ser causados directamente por actores poderosos que
influenciam simultaneamente a natureza das instituições políticas. Estudos recentes, como Negretto (2013) e Pepinsky
(2013), sugerem que este é frequentemente o caso em domínios tão diversos como a concepção de constituições e a
concepção de instituições autoritárias. A análise institucional, então, só será válida na medida em que estabeleça
explicitamente que as origens causais das instituições são independentes dos resultados.12 Não é surpreendente,
portanto, que encontremos apenas um apoio fraco para argumentos sobre o presidencialismo, o consociacionalismo
e a inclusão. regimes eleitorais.

Esta crítica metodológica não se aplica com igual força a todas as hipóteses institucionais, porque nem todas as
instituições são uniformemente suscetíveis à manipulação por parte de atores estratégicos. Os actores poderosos têm
mais influência sobre as regras eleitorais do que sobre os atributos do sistema partidário, por exemplo. Ao mesmo
tempo, vemos evidências de que muitos destes atributos do sistema partidário são sensíveis ao equilíbrio de poder
entre as forças políticas. Na verdade, uma lição destas hipóteses parece ser que o retrocesso democrático é altamente
sensível ao equilíbrio de poder entre os titulares, os partidos da oposição e os cidadãos que apoiam a oposição.
Hipóteses sobre partidos políticos e sistemas partidários são um excelente ponto de vista para estudar essa relação.

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ECONOMIA POLÍTICA

Quatro das cinco hipóteses discutidas nesta família de teorias foram objeto de testes extensivos por dezenas de estudiosos, cada
um fazendo uso de grandes conjuntos de dados TCSC e modelos estatísticos sofisticados. Estes estudos fornecem um apoio
substancial para cada hipótese, mas há também um conjunto considerável de pesquisas que relatam resultados inconsistentes.
Ao avaliar estudos estatísticos, é importante ter em mente a gama de escolhas que os estudiosos individuais devem fazer,
escolhas cuja superioridade relativa sobre as alternativas não pode ser estabelecida de forma decisiva. Há uma boa quantidade
de arte misturada com esta ciência. Portanto, ao interpretar relatórios de resultados inconsistentes, tenha em mente estas
possíveis fontes de inconsistência. Primeiro, a medida de democracia utilizada; os vários conjuntos de dados que medem a
democracia estão correlacionados entre si, mas estão longe de ser idênticos. Resultados divergentes podem refletir esta escolha
do conjunto de dados. Em segundo lugar, a inclusão de diferentes variáveis de controlo que podem afectar o sinal, a magnitude
e a significância estatística das medidas das variáveis económicas. Terceiro, o uso de medidas alternativas (fontes de dados)
para variáveis de controle. Quarto, a construção espacial e temporal do conjunto de dados; por exemplo, alguns conjuntos de
dados começam aproximadamente em 1950, outros remontam ao século XIX.

Não devemos esperar resultados idênticos de dois estudos utilizando conjuntos de dados diferentes. Quinto e finalmente, o
conjunto de pressupostos que especificam um modelo estatístico específico. Suposições diferentes geralmente produzem
resultados diferentes.

Dada a heterogeneidade de alguns dos resultados relatados acima, sugerimos os seguintes julgamentos sumários. Em primeiro
lugar, há poucas razões para acreditar que o aumento dos níveis de rendimento tenha causado transições democráticas na
Terceira Onda nas décadas anteriores. O efeito do aumento dos rendimentos nas transições democráticas parece ser limitado
temporal e geograficamente; o efeito é forte antes de 1925 na Europa e na América Latina, mas desaparece em grande parte
depois. Na verdade, foi o péssimo desempenho económico da maioria das ditaduras que levou a transições democráticas. Em
segundo lugar, apesar das evidências de que níveis mais elevados de rendimento predizem a sobrevivência democrática,
suspeitamos que esta relação não explica a ausência de uma terceira vaga “inversa” em grande escala de rupturas democráticas.
Suspeitamos, antes, que, na perspectiva dos líderes militares, o valor instrumental dos golpes de Estado diminuiu; que as normas
e sanções internacionais elevaram o custo da ditadura a níveis que dissuadem todos, exceto os autocratas mais entusiastas, de
seguir este caminho; e que muitos líderes encontraram formas de combinar a política eleitoral com outros mecanismos que
preservam o poder e os privilégios. Terceiro, democrático

ocorreram transições em meio a altos níveis de desigualdade de renda. Sugerimos duas razões para isso.
Primeiro, em grande medida, as forças do mercado internacional têm impedido governos declaradamente de esquerda de
embarcarem em projectos redistributivos massivos, como defende Bermeo (2009); Weyland, Madri e Hunter (2010); e Homem-
Peixe (2014). Em segundo lugar, as classes ricas e os seus representantes políticos preferiram minar a responsabilização num
quadro democrático em vez de fazer o investimento mais dispendioso para derrubar a democracia. Por outras palavras, as
transições democráticas entre baixos níveis de riqueza e elevados níveis de desigualdade produzem democracias fracas e não
consolidadas, propensas ao retrocesso. Quarto, o acesso às receitas do petróleo faz pender a balança de poder a favor dos
titulares e agrava os problemas de responsabilização vertical e horizontal. Isto pode ser verdade mesmo que, a longo prazo, a
relação entre as receitas do petróleo e a democracia não seja decisivamente antidemocrática.

Por fim, notamos que os estudos das hipóteses político-económicas não resolveram completamente o problema da causalidade
reversa, ou endogeneidade. A hipótese afirma que a relação causal vai das condições económicas à democracia; mas é bastante
plausível que democracias e autocracias produzam diferentes níveis de desenvolvimento.

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ESTRUTURA SOCIAL E COALIZÕES POLÍTICAS

A maioria das teorias “clássicas” de estrutura social, coligações políticas e democracia baseiam-se fortemente em teorias
informais e em narrativas de estudos de caso não disciplinadas. Eles não satisfazem os padrões contemporâneos de
desenvolvimento de teorias, de derivação de hipóteses, de seleção de casos ou de análise causal qualitativa. Além disso,
um ponto fraco fundamental destes estudos de caso qualitativos é a incapacidade de generalizar os resultados para além
do pequeno número de casos incluídos num estudo. Ainda vale a pena considerar essas hipóteses, no entanto. Como
vimos em vários momentos deste Livro Branco, muitas hipóteses assentam num quadro implícito de equilíbrio de poder
para explicar democracias de baixa qualidade que são vulneráveis a retrocessos ou outros males. Acreditamos que estes
argumentos sócio-estruturais podem desempenhar um papel no desenvolvimento e refinamento deste quadro de equilíbrio
de poder.

Em contraste, os estudos sobre política étnica são abundantes. No entanto, o que permanece escasso são hipóteses
explícitas e testáveis que liguem a política étnica e a competição partidária que ela incentiva à dinâmica democrática.
Suspeitamos fortemente que a política de clientelismo baseada na etnicidade é um factor principal no domínio de muitos
titulares entre as novas democracias, e que este tipo de política elimina incentivos para construir organizações partidárias
fortes e sistemas partidários mais equilibrados. Mas é prematuro tratar esta afirmação como uma conclusão; é mais um
apelo para mais pesquisas sobre este tema.

HIPÓTESES SOBRE FATORES INTERNACIONAIS

Queremos enfatizar duas conclusões sobre fatores internacionais. Em primeiro lugar, não pode haver dúvidas de que os
factores internacionais são importantes. Mas, em segundo lugar, é igualmente evidente que os factores internacionais
actuam esmagadoramente pela sua influência sobre os factores internos abrangidos pelas primeiras cinco famílias de
teorias. Assim, houve ainda um progresso limitado no desenvolvimento de hipóteses generalizáveis sobre factores internacionais.
Existem duas fontes básicas de heterogeneidade. Por um lado, os mecanismos pelos quais os factores internacionais
exercem influência podem diferir de país para país. Por outro lado, a susceptibilidade às influências internacionais pode
diferir de país para país.

Talvez a heterogeneidade da influência internacional ajude a explicar o desequilíbrio entre teoria e evidência nesta família
de teorias. Algumas teorias da influência internacional fizeram progressos no sentido da coerência lógica – consideremos,
por exemplo, as teorias dos efeitos de demonstração internacional, que apresentam declarações logicamente consistentes
sobre os efeitos das cascatas de informação. No entanto, há pouco mais do que provas impressionistas que apoiam estas
teorias. Em contraste, há uma quantidade razoável de evidências sobre o papel da alavancagem e da ligação sem uma
teoria correspondentemente logicamente coerente. Assim, o nosso julgamento sumário deve ser muito hesitante: embora
a intervenção internacional possa por vezes ser eficaz, as nossas melhores perspectivas para desenvolver as nossas
intuições teóricas sobre as fontes do retrocesso terão de se concentrar nos determinantes a nível interno.

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MATRIZ TEORIA

FAMÍLIA DE TEORIA 1: LIDERANÇA POLÍTICA

As teorias desta família identificam atributos (ou seja, traços pessoais como sabedoria, julgamento ou determinação) e ações (ou seja, processos moldados por atributos como negociações com oposições)
por parte das elites políticas como os principais agentes causais do retrocesso democrático.

Nome da hipótese Declaração de hipótese Perguntas para análise dos profissionais Avaliação e Evidência

As democracias sobrevivem quando os líderes


Baixo – Os atributos de liderança são difíceis
tomam medidas adequadas contra as de identificar e medir ex.
ameaças representadas por partidos tendo em vista.

extremistas antidemocráticos. O líder tem um histórico de adoção de táticas de


1.1 Julgamento Tático
O colapso da democracia é da exclusão para promover a sua própria agenda?
responsabilidade dos líderes políticos que tomam
Linz (1978) e Capoccia (2007): colapso das
decisões tácticas erradas que não conseguem democracias na Europa entre guerras
marginalizar os extremistas.

Dada uma luta política prolongada e inconclusiva entre Moderado – Estas ideias ainda não foram testadas
Quais são as questões importantes sobre as quais
grupos políticos, de outra forma unidos por um sistematicamente. Parece que as transições
o consenso é menos provável?
1.2 Interação sentimento de unidade nacional, um pequeno grupo de democráticas não
As posições sobre estas questões são suficientemente
Estratégica I: líderes pode decidir que o compromisso é um resultado exigem divisões entre a elite política autocrática e
divisivas para ameaçar a integridade do sistema?
Compromisso de Elite superior a uma luta prolongada. Sob condições políticas que tais transições podem ser desencadeadas por
Existem questões em que os defensores da linha suave do
dificuldades económicas.
regime se alinham mais estreitamente com a oposição?

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Nome da hipótese Declaração de hipótese Perguntas para análise dos profissionais Avaliação e Evidência

luta, dado um sentido de identidade partilhada e


reconhecimento de que nenhuma posição de
compromisso é possível, um pequeno grupo de
líderes pode decidir que uma democracia é Rustow (1970); Schmitter e
superior a outras formas de governo. O retrocesso O'Donnell (1986)
é provável se o consenso da elite for impedido.

As transições democráticas ocorrem quando Quão coesos são os membros da oposição e do Baixo — Afirmação teórica importante sem

os defensores da linha branda dentro dos regime? Existem fortes forças antidemocráticas suporte empírico substancial.

regimes negociam com os moderados da oposição. em um ou em ambos? Existe um consenso básico


1.3 Interações As perspectivas de democracia são fracas se ou uma estrutura acordada sobre como conduzir a
Estratégicas II: não houver aliança entre os linhas-duras e política? As forças que lutam para controlar o país
Transições Negociadas os linha-duras, ou se os linhas-duras no governo concordam com um conjunto básico de regras para
O'Donnell e Schmitter (1986),
ou na oposição forem demasiado fortes. a competição política?
Przeworski, Bermeo (2003)
O retrocesso é, portanto, mais provável.

1.4 Existem freios e contrapesos na constituição?


Presidentes em busca de poder, Moderado —Fortes evidências da
Superpresidencialismo O executivo goza de apoio suficiente ou exerce
sem restrições de instituições relação entre o superpresidencialismo
controle suficiente no legislativo e no judiciário
poderosas ou centros de poder concorrentes, e o retrocesso, mas permanecem questões
(Referência cruzada: para estabelecer freios e contrapesos “formais”?
iniciam o retrocesso. Os presidentes sem sobre a origem do superpresidencialismo.
Instituições políticas
restrições formais e informais tomarão
teoria número 3.2) irrelevante?
medidas para

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Nome da hipótese Declaração de hipótese Perguntas para análise dos profissionais Avaliação e Evidência

concentrar o poder executivo.


Instituições que concentram
Fish (2002): retrocesso entre políticas pós-
a autoridade executiva corroer as instituições
comunistas
democráticas.

Baixo —É questionável se as preferências


A democracia sobrevive quando os líderes
e os compromissos normativos
políticos procuram políticas moderadas e têm Os líderes políticos estão comprometidos
são verdadeiramente exógenos às estruturas
1.5 Normativo dos Líderes uma preferência normativa pela democracia. O com os princípios democráticos?
sociais, económicas, culturais e
Preferências retrocesso é provável quando as elites políticas Estarão as elites políticas dispostas a fazer concessões institucionais.
adoptam posições extremas e antidemocráticas. para preservar a democracia?

Mainwaring e Pere-Linan (2013)

Os presidentes, desde Baixo – A teoria é baseada em uma


que limitados Se forem confrontados com restrições Quais são os suposição comportamental comum
constrangimentos limitadas, é mais provável que os poderes do a todos os líderes.
Verificações formais e informais fracas
institucionais, podem executivos tomem medidas que limitem a executivo
no executivo.
prosseguir políticas que competição política e a versus o
neutralizem as suas oposições e consolidem a sua promovendo assim o retrocesso.
responsabilização, legislativo? van de Walle (2003)
incumbência.

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FAMÍLIA DE TEORIA 2: CULTURA POLÍTICA

As teorias desta família explicam os resultados políticos através de atitudes, crenças, normas, práticas e rituais que são amplamente partilhados, têm profunda ressonância emocional e
separam o comportamento apropriado e socialmente sancionado do comportamento inadequado.

Nome da hipótese Declaração de hipótese Perguntas para análise dos profissionais Avaliação e Evidência

As sociedades cujos cidadãos apresentam cultura cívica Baixo —É difícil separar os efeitos da
têm maior probabilidade de experimentar transições mudança cultural dos efeitos da mudança
democráticas e estabilidade democrática. A mudança de económica. Muitos estudos revelam um
Que percentagem de cidadãos tem uma
regime está ligada a valores sociais. As sociedades terão desajuste entre a exigência popular de democracia
orientação tradicional e/ou religiosa?
maior probabilidade de experimentar uma e o regime real. A cultura política é considerada
Quão desenvolvida está a economia do país?
democracia sustentada se os cidadãos possuírem uma cultura cívica. relativamente estável.
Existe uma incongruência entre as
2.1 Cultura Cívica Ou seja, eles preferem valores seculares aos tradicionais
instituições políticas e a cultura política
e auto-expressivos aos valores de sobrevivência. A
de massas, de tal forma que a “oferta” excede a
mudança para a cultura cívica ocorre devido à
“procura”, ou vice-versa?
mudança económica e à mudança das economias
industriais para as economias pós-industriais.

Inglehart e Welzel (2005)


O retrocesso pode ocorrer numa sociedade cujos
membros carecem de cultura cívica (ou seja, preferem o
tradicional ao secular e a sobrevivência aos valores auto-

expressivos).
Os cidadãos podem envolver-se em ações coletivas e Quantos cidadãos participam em organizações Moderado – O impacto da falta de capital
responsabilizar os governantes quando possuem capital da sociedade civil? social no retrocesso democrático
social. ainda não foi testado.
2.2 Capital Social
A participação é baixa e a apatia é alta? Ênfase exagerada no “lado da procura” da
A mudança de regime está ligada ao Se sim, quem é apático e por quê? política sem atenção concomitante ao
envolvimento dos cidadãos na política e na sociedade. Se os cidadãos “lado da oferta”.

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Nome da hipótese Declaração de hipótese Perguntas para análise dos profissionais Avaliação e Evidência

envolvem-se em ações coletivas e participam em Qual é o nível de confiança dos cidadãos em um A cultura política é considerada

organizações da sociedade civil, desenvolvem outro e com instituições? relativamente estável.


capital social, o que lhes permite responsabilizar os
funcionários públicos. Isto, por sua vez, evita Além do voto, existem outros mecanismos para
retrocessos democráticos. que os cidadãos sejam informados e

participem na vida cívica?


O retrocesso pode ocorrer se os cidadãos não tiverem
capital social e se a confiança nas instituições e
entre si for baixa. Nestas circunstâncias, os cidadãos
Putnam (1994)
não se envolvem em ações coletivas e não
responsabilizam os funcionários públicos.

Baixa – A teoria carece de estudos que


A cultura cívica pode ser ensinada; os participantes em examinem se as atitudes das massas podem
programas de educação cívica têm maior probabilidade Existem programas de educação cívica ou outras ser mudados através de intervenções a nível
de participar no governo local. Participantes iniciativas lideradas por governos ou nacional, e se as atitudes alteradas das
Os que participam em programas de educação cívica ONGs para incentivar os cidadãos a massas afectam a probabilidade de
têm maior probabilidade de participar no governo adquirirem atitudes pró-democracia? democracia.
2.3 Educação Cívica
local e de reforçar a consolidação democrática.

Os programas de educação cívica permitem


É menos provável que ocorra retrocesso se os cidadãos oportunidades de participar em
Steven Finkel (2007, 2011 e 2012)
forem activamente encorajados a instituições ou processos democráticos?
adquirir atitudes pró-democracia.

Os abusos eleitorais cometidos pelos líderes em exercício As informações sobre possíveis abusos eleitorais Baixa – Ainda não sabemos em que
2.4 Abuso Eleitoral podem ser suficientes para desencadear uma estão amplamente acessíveis? condições os cidadãos se mobilizam ou
e Ação Coletiva acção colectiva pró-democrática, mesmo na ausência de não se mobilize após fraude
cultura cívica. Foram realizadas eleições fraudulentas? eleições. Aplicabilidade ao retrocesso

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Nome da hipótese Declaração de hipótese Perguntas para análise dos profissionais Avaliação e Evidência

Os abusos eleitorais cometidos pelos líderes em não está claro.

exercício podem ser suficientes para


desencadear uma acção colectiva pró-democrática,
mesmo na ausência de cultura cívica. No
entanto, onde existe fragmentação entre os cidadãos
ou condições repressivas, é menos provável
que os cidadãos superem os problemas de acção
Tucker (2007), Chernykh (2014),
colectiva e se mobilizem após eleições fraudulentas.
Beaulieu (2014)
O retrocesso pode ser mais provável após
eleições fraudulentas que não desencadearam protestos
em massa.

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FAMÍLIA DE TEORIA 3: INSTITUIÇÕES POLÍTICAS

As teorias desta família estudam as instituições políticas como “regras do jogo” que restringem e sancionam as ações dos atores políticos de forma diferente e, assim, afetam os
resultados políticos.

Nome da hipótese Declaração de hipótese Guia para análise de profissionais Avaliação e Evidência

As democracias presidenciais são mais propensas ao Baixa - Uma vez que a análise leva em
colapso do que as democracias parlamentares. Os sistemas conta este mecanismo de “selecção”,
presidencialistas têm quatro características que os tornam Este é um sistema presidencialista? simplesmente não existe nenhum
mais propensos à crise política e ao colapso democrático: Existe um equilíbrio de poder entre os efeito causal significativo do
dividem a legitimidade entre executivos e legisladores, têm ramos do governo e entre o governo sistema presidencial versus parlamentar.
3.1 Presidencial mandatos fixos nos cargos executivos e, portanto, não têm central e local?
democracias meios eleitorais para responder. rapidamente para um
impasse político, têm um conjunto de regras em que o Será o sistema propenso a um
vencedor leva tudo e cultivam um estilo presidencial impasse político entre o executivo e Linz (1990)
autoritário. legislaturas?

Nas sociedades “plurais”, as instituições consociacionais Existem fortes clivagens étnicas ou Moderado—Relevância apenas
criam uma maior probabilidade de sobrevivência democrática. religiosas na sociedade? As instituições estão indirecta para o retrocesso; a
3.2 Consociacional
As instituições que promovem a partilha de poder (grande organizadas de tal forma que o aplicação ao retrocesso deve ser
Democracia
coligação, proporcionalidade, poderes de veto mútuo e poder está concentrado entre poucos inferida; o consociacionalismo exigiria
federalismo) podem prevenir o retrocesso democrático. ou amplamente partilhado com diferentes grupos? a reforma simultânea de um grande
Existem cotas dentro dos partidos número de instituições.
políticos ou legisladas pelo estado para

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O retrocesso é, portanto, mais provável de ocorrer incentiva ou exige a participação de candidatos


em sociedades “plurais” se o desenho institucional for de grupos específicos?
não-consociacional, isto é, desproporcional e unitário, e Quais são os mecanismos através dos
Lijfart (1977)
permitir que alguns grupos étnicos, religiosos ou outros quais o poder e os recursos são
grupos sociais conquistem outros. transferidos para o nível subnacional?

Nas novas democracias, as instituições eleitorais baseadas Baixo — O viés de seleção


na representação proporcional podem gerar estabilidade do desenho institucional não é levado
política. Qual é o sistema eleitoral do país de em consideração.
interesse? Quão competitivo
A concepção e a estrutura das instituições eleitorais baseadas está na prática? Que forças limitam a
3.3 Eleições Inclusivas
na representação proporcional podem mitigar competitividade do sistema? Estão partes da
Instituições
conflitos e promover a estabilidade política. As população excluídas, formal ou
Reynolds (2011)
instituições maioritárias que concentram o informalmente, de uma participação
poder político podem aumentar a probabilidade de política significativa?
retrocesso democrático.

Altos níveis de fracionamento do sistema partidário geram Moderado – Níveis aumentados de


instabilidade política. Quantos partidos concorrem a cargos instabilidade política são indicadores
públicos e estão representados no ou preditores de retrocesso.
Altos níveis de fracionamento do sistema partidário parlamento? Qual é a distância ideológica
3.4 Fracionamento (ou seja, o grau em que um sistema partidário é entre eles?
do Sistema Partidário dominado por apenas alguns ou muitos partidos políticos)
geram instabilidade política. Que forças promovem ou dificultam o
Powell (1982) Mainwaring (1993)
consenso entre os partidos políticos?
Altos níveis de fracionamento do sistema partidário podem
levar a retrocessos democráticos.
O colapso de um sistema partidário tradicional cria uma Quão estável é o sistema partidário Moderado – O estudo no qual isto se
3.5 Colapso do oportunidade para a democracia ser subvertida a partir de existente? O sistema partidário baseia é excepcional, mas não
sistema partidário cima. tradicional responde às queixas sabemos até que ponto ele
populares? generaliza.

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O colapso dos sistemas partidários tradicionais, Para além das eleições, como é que os
induzido, por exemplo, por elevados níveis de funcionários públicos são responsabilizados pelas suas

corrupção ou crises económicas, cria oportunidades ações e quem são os principais atores que as

para a democracia ser subvertida a partir de cima. realizam? Qual é a natureza da relação entre
os líderes políticos/decisores políticos Seawright (2012)
e a sociedade como um todo?
O retrocesso torna-se mais provável se os partidos
tradicionais entrarem em colapso, permitindo aos líderes
políticos subverterem a democracia.
Os sistemas de partidos dominantes produzem baixos níveis de Moderado – A emergência de um partido
competitividade e praticamente nenhuma alternância na Existe competição significativa entre as dominante num sistema anteriormente
poder. partes em um país? competitivo pode ser um preditor de
Houve alternância de poder entre os retrocesso.
3.6 Sistemas de partidos Um sistema de partido dominante (isto é, um sistema em diferentes partidos?
dominantes em África que um único partido dominante compete contra um Existem restrições institucionais sobre

número relativamente grande de partidos mais pequenos e o executivo que impede os líderes políticos de
Arriola, LeBas, Riedl
relativamente efémeros) pode encorajar os líderes a sufocar dominarem os seus oponentes?
os seus oponentes, tornando assim mais provável o
retrocesso.
O desenvolvimento democrático pode ser ameaçado por sistemas Moderado – Sem lições claras

partidários desequilibrados, criando potencial para retrocessos. sobre como criar maior equilíbrio na
Até que ponto os partidos têm diferentes capacidade de mobilização.
3.7 Mobilização forças organizacionais?
Assimetria Quão polarizadas são as posições pelas quais
O retrocesso pode ocorrer quando os sistemas partidários competem?
Luxúria e Waldner (2014)
estão desequilibrados, com alguns partidos
sendo organizacionalmente fracos e outros fortes.
As “semidemocracias” híbridas são menos estáveis do que as Elevado — Fortes evidências de
O país de interesse é claramente
democracias plenas ou as autocracias plenas. que os regimes híbridos são instáveis
3.8 Regimes Híbridos democrático ou apresenta características
são bem apoiadas em modelos
tanto democráticas como autocráticas?
A qualidade da democracia e a estabilidade do estatísticos.

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democracia estão relacionados. Esta teoria postula que os


regimes híbridos, semidemocráticos ou inconsistentes,
que têm características tanto democráticas como
autocráticas, são menos estáveis do que as democracias
plenas ou as autocracias plenas. Goldstone et al. (2010)

É mais provável que o retrocesso ocorra em regimes


híbridos do que em democracias plenas.

A difusão de poder entre partidos políticos relativamente Moderado – As teorias existentes parecem

equilibrados conduz ao desenvolvimento da revisão judicial. Isto, na falta de independência


por sua vez, poderá estabilizar as democracias e evitar judicial como predicativo.
retrocessos.

Quão forte e imparcial é o judiciário do


3.9 Avaliação judicial
país?
O retrocesso é mais provável se um país não tiver um Ginsburgo (2003)
poder judicial forte, que impeça a acumulação
de poderes executivos e garanta os direitos das
minorias.

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FAMÍLIA DE TEORIA 4: ECONOMIA POLÍTICA

As teorias desta família estudam a ligação entre as estruturas económicas e o desenvolvimento económico, por um lado, e a consolidação democrática e o retrocesso, por outro.

Guia para Praticantes


Nome da hipótese Declaração de hipótese Avaliação e Evidência
Análise

Níveis mais elevados de rendimento aumentam a Moderado – Os estudos existentes concentram-se principalmente
probabilidade de democracia. Fazem-no reduzindo a na democratização ou usam uma abordagem dicotômica
Quão desenvolvida está a
probabilidade de colapso democrático ou aumentando classificação de democracia/autocracia.
4.1 Níveis de economia do país? A
as possibilidades de democratização. Os baixos níveis de
Renda economia está crescendo de
rendimento per capita aumentam a probabilidade de
forma constante? De acordo com Przeworski et al. (2000), Boix e Stokes
retrocesso democrático.
(2003).

Em níveis elevados de desigualdade económica, as transições Moderado – Encontramos apoio para a afirmação de
Como a renda é
democráticas são menos prováveis e, se ocorrerem, as rupturas que a desigualdade e a democracia estiveram mais
distribuída na sociedade?
democráticas são mais prováveis. Com elevados níveis de estreitamente relacionadas em meados do século XX,
Qual é o nível de
desigualdade de rendimentos, os cidadãos ricos temem a mas vários estudos relatam que as transições
igualdade (isto é, o
democratização porque esperam que os eleitores mais pobres democráticas mais recentes ocorreram em
coeficiente de Gini) no
4.2 Distribuição de exijam a redistribuição. Por isso, opõem-se às transições níveis relativamente elevados de desigualdade.
país em geral e entre
Renda democráticas e apoiam o retrocesso democrático.
diferentes regiões do

país?
Quanto rendimento possuem
O retrocesso democrático é mais provável se o rendimento for Boix (2003), Acemoglu e Robinson (2006)
as camadas mais pobres
distribuído de forma desigual na sociedade.
da sociedade?

A forte dependência do Estado das receitas do petróleo torna a Que percentagem das Moderado – As receitas petrolíferas podem pôr em
4.3 Renda Petrolífera
democracia menos provável. Como os governos não precisam receitas do governo provém perigo a democracia e aumentar a probabilidade de
Dificulta
de financiar as suas actividades através de impostos, os cidadãos da exportação de petróleo e colapso.
Democracia
exigem menos responsabilização e, portanto, gás? Michael Ross (vários anos)

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não exija democracia. Quanto da economia


do país
O aumento das receitas petrolíferas pode pôr os recursos são

em perigo a democracia e levar ao colapso democrático. controladas pelas


autoridades políticas ou por
aqueles que delas dependem?

A receita do petróleo induz retrocesso. O aumento das Qual foi a variação na Moderado — Apoio sólido de três breves estudos de
4.4 Renda Petrolífera receitas do petróleo gera um “populismo rentista” que diminui percentagem das receitas do caso; não está claro se o argumento é aplicável de
e Democrata a responsabilização vertical e induz o retrocesso democrático. governo provenientes da forma mais ampla.
Retrocesso exportação de petróleo e gás?
Mazuca (2013)

O desempenho macroeconómico de curto prazo, Moderado — Infere-se a relevância do retrocesso.


especialmente as taxas de crescimento e de inflação, estão A hipótese liga o mau desempenho ao
associados a mudanças no regime político. Qual é a tendência colapso democrático, mas é razoável inferir que o mau
As crises económicas estão associadas a recente de crescimento desempenho também está associado ao
4,5
mudanças no regime político. Taxas mais elevadas de económico? retrocesso.
Macroeconômico
crescimento do PIB estão associadas a riscos mais
Desempenho
baixos de reversão autoritária, enquanto taxas Qual é o nível de
elevadas de inflação em qualquer ano aumentam inflação?
Kapstein e Converse (2008)
substancialmente o risco de reversão para a autocracia.

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FAMÍLIA DE TEORIA 5: ESTRUTURA SOCIAL E COALIZÕES POLÍTICAS

As teorias desta família estudam as bases da formação de grupos entre os cidadãos (principalmente a estrutura económica, bem como as estruturas socioculturais
ou étnicas), o potencial de conflito entre estes grupos e as implicações da formação de grupos e do conflito intergrupal para o retrocesso democrático.

Hipótese Guia para Praticantes


Declaração de hipótese Avaliação e Evidência
Nome Análise

Sem burguesia, sem democracia. O único ator de classe que


Moderado – Existem evidências significativas
historicamente apoiou a democracia é a burguesia.
e diversas que apoiam a relação entre a
Isto é, uma burguesia forte –
classe média e a democracia.
comerciantes com controle autônomo da economia
5.1 O
recursos e, portanto, com o incentivo e a capacidade de
Burguesia e Qual é a força da classe média?
se distanciar da classe dominante dominante – apoia a
democracia.
Democracia
Moore (1966)
Infere-se, assim, que ter uma burguesia fraca aumenta a
probabilidade de retrocesso democrático.

O pleno desenvolvimento da democracia liberal exigiu o Moderado – Evidência moderadamente forte de que a
surgimento de uma classe industrial organizada. Apenas a classe trabalhadora é fundamental na criação
classe trabalhadora industrial tem preferências seguramente de uma cidadania poderosa que exige
pró-democráticas. À medida que o responsabilização.
5.2 O
desenvolvimento industrial altera o equilíbrio do poder político Quão forte é a classe
Classe
e económico em favor das classes média e trabalhadora, a trabalhadora industrial em termos de
Trabalhadora e
democracia torna-se mais provável. força organizacional?
Democracia
Rueschemeyer et al. (1992)
A falta de uma classe industrial organizada coloca a
democracia em risco.

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Hipótese Guia para Praticantes


Declaração de hipótese Avaliação e Evidência
Nome Análise

A ordem política nas nações em desenvolvimento exige uma Moderado – Aplicabilidade apenas aos países
aliança política com o meio rural. Quando a participação política em desenvolvimento.
ultrapassa a institucionalização política, resulta a desordem
política, o que, por sua vez, põe em perigo a sobrevivência
democrática. A ordem política pode ser alcançada através de uma Quanto apoio rural um governo tem?
coligação com o campo. A participação política é
5.3 Camponeses
superior à força institucional?
e Políticos
Huntington (1968)
Ordem
Pode-se inferir que os governos com amplo apoio rural podem Quão ampla é a atual
lidar de forma mais eficaz com os desafios políticos urbanos e coalizão governante?
especialmente com os movimentos de esquerda.
Assim, em tais casos, as democracias têm maior probabilidade
de sobreviver.

Quão fortes são as clivagens Moderado — Estudos estatísticos que incluem


A relevância política das clivagens étnicas produz instabilidade
étnicas na sociedade? Existe as medidas numéricas do grau de fracionamento
democrática. A importância política dos grupos étnicos produz
consenso sobre o multi- étnico não informam que esta variável reduz as pontuações
instabilidade democrática, porque as pessoas são leais ao seu
natureza étnica do país? de democracia observadas. No entanto, há evidências de
grupo comunitário e não à nação, e há pressão sobre os políticos
Existe respeito entre os cidadãos que não é a existência de clivagens étnicas, mas a sua
5.4 para apelarem directamente aos membros da sua própria
pela multietnicidade? politização por parte de empresários políticos que é
Competição comunidade. Isto reduz as perspectivas de construção de uma
Os políticos apelam às prejudicial à democracia.
coligação multiétnica.
diferenças étnicas na sociedade?
Étnica e Polarização
Os políticos distribuem bens
públicos e realizam políticas a
O retrocesso democrático é mais provável em sociedades
favor do seu próprio grupo? Existem Rabuskha e Shepsle (1972), Bates (1974)
etnicamente heterogéneas, onde as divisões étnicas são
coligações multiétnicas?
politizadas.

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FAMÍLIA DE TEORIA 6: FATORES INTERNACIONAIS

As teorias desta família ligam factores externos (isto é, internacionais e regionais) ao retrocesso democrático. Supõem que uma análise dos factores internos por si só não é
suficiente para explicar o retrocesso, uma vez que as mudanças de regime ocorrem frequentemente em ondas e as regiões do mundo são frequentemente caracterizadas por
regimes semelhantes. A maioria das teorias desta família, contudo, argumenta que os factores internacionais afectam as mudanças de regime apenas em interacção com
factores internos.

Hipótese
Declaração de hipótese Guia para análise de profissionais Avaliação e Evidência
Nome

A alavancagem e a ligação ocidentais estão associadas à Moderado – Há razoável


democratização de regimes autoritários competitivos. A há evidências de que a alavancagem e a ligação
democratização de regimes autoritários competitivos (isto é, podem impactar a democratização, mas até o
regimes que permitem uma competição multipartidária momento há poucas evidências de retrocessos.
limitada, em que existem instituições democráticas formais, Até que ponto o Ocidente é capaz de
mas os titulares do poder exploram vantagens inerentes) é exercer eficazmente pressão sobre o
6.1
mais provável se o país for vulnerável à pressão ocidental país? Quão densos são os laços
Internacional
(alavancagem) e se existirem fortes redes económicas, laços económicos, sociais, políticos e
Alavancagem e
políticos, sociais e diplomáticos entre o país e o Ocidente diplomáticos entre o país e o Ocidente?
Ligação
(ligação). Estarão as nações ocidentais a explorar Levitsky e Way (2002, 2010)
esta vantagem?

A ausência de ligação e influência ocidentais pode


facilitar o retrocesso democrático.

6.2 Uma maior proporção de vizinhos democráticos diminui Qual é a natureza da mudança política Baixo – A teoria não fala sobre canais de
Internacional a probabilidade de uma autocracia sobreviver e aumenta na vizinhança de um país? transmissão e como
Difusão a probabilidade de uma teste-os.

62
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Hipótese
Declaração de hipótese Guia para análise de profissionais Avaliação e Evidência
Nome

a democracia sobreviverá. As mudanças de regime num O bairro é geralmente democrático


país também afectam as mudanças nos países adjacentes. ou autocrático?
Uma proporção mais elevada de vizinhos democráticos
diminui a probabilidade de retrocesso e aumenta a Gleditsch e Ward (2006)
probabilidade de uma democracia sobreviver.

Moderado – Nem todas as organizações

A adesão a organizações internacionais impede o retrocesso. internacionais parecem defender


O país é membro de organizações
Relacionado com 6.1: A reformas democráticas. Quando um país se torna
internacionais que defendem a
6.3 adesão a organizações internacionais cria ligações e membro, as organizações internacionais
democracia? Os compromissos
Internacional alavancagem, o que ajuda a induzir e consolidar reformas podem ter menos capacidade de
com a reforma democrática são exigidos
Organizações democráticas e, assim, impedir retrocessos monitorizar a implementação das reformas do
como membro e, em caso afirmativo, como
que antes de um país se tornar membro.
são aplicados?
Pevehouse (2002), Levitz e Pop-Eleches
(2002)
A ajuda externa reduz a dependência dos governantes dos Moderado—Há suporte misto para esta hipótese,
seus cidadãos para obter receitas fiscais e, assim, elimina um com resultados muito sensíveis à forma
ingrediente primário da responsabilização democrática. como o modelo estatístico é
Os efeitos da ajuda externa directa a um governo são construído.
semelhantes aos das rendas do petróleo: estimula o O país recebe ajuda externa significativa?
6.4 Ajuda Externa comportamento de procura de renda e restringe a capacidade Até que ponto a ajuda externa substitui a
dos cidadãos de responsabilizar os governos. Reduz a tributação?
dependência dos governantes dos seus cidadãos para Djankov et al. (2008)
receitas fiscais.

A ajuda externa directa a um governo pode levar a

63
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Hipótese
Declaração de hipótese Guia para análise de profissionais Avaliação e Evidência
Nome

retrocesso.

Moderado – O papel da monitorização


A monitorização internacional das eleições pode impedir a eleitoral internacional é contestado na
6,5 Os monitores internacionais observam
fraude eleitoral. Isto pode aumentar a qualidade das literatura; uma eleição de alta qualidade não
Internacional as eleições? Qual é a qualidade e
eleições e, assim, evitar retrocessos democráticos. significa que não ocorrerão retrocessos.
Eleição independência do esforço de
Monitoramento monitorização?
Hyde (2009)

64
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APÊNDICE TÉCNICO 1: GLOSSÁRIO DE TERMOS TEÓRICOS

• Responsabilidade
o Responsabilidade horizontal: refere-se à noção clássica de freios e contrapesos, em que agências estatais
independentes responsabilizam umas às outras. o Responsabilidade
vertical: responsabilidade exercida por intervenientes não estatais – como cidadãos,
associações civis ou a mídia – em agentes estatais.
• Sobrevivência autoritária (resiliência)
o Indica que não está a ocorrer nenhuma mudança de regime; um regime autoritário permanece
autoritário.
o Se o regime autoritário persistir durante um longo período de tempo, incluindo a passagem
de crises políticas, falamos de resiliência autoritária.
• Autocracia [também: regime autoritário; ditadura]
o Um regime político que se caracteriza pela ausência de eleições competitivas para cargos executivos e
legislativos, pela violação dos direitos políticos e das liberdades civis e/ou pela incapacidade dos
cidadãos de responsabilizar o seu governo e de exercer influência política sobre a elite política.

o Uma não-democracia.
• Autocratização
o Mudanças nas instituições políticas formais de um regime político que reduzem a capacidade dos cidadãos
de fazer reivindicações executáveis ao governo. Abrange todas as formas de colapso democrático,
restauração autoritária e reversão autoritária.
o O processo de um regime político se tornar uma autocracia ou mais autoritário.
• Cultura cívica
o Forma de cultura política que se caracteriza pela participação ativa de sujeitos políticos
no processo político.
• Ditadura civil
o Forma de autocracia em que o chefe efetivo do governo não é membro do
militar nem monarca.
o Seguindo a classificação de Cheibub et al. (2010).
• Aula
o Uma classe social ou socioeconómica compreende pessoas que têm o mesmo estatuto social, económico,
profissional ou educacional numa sociedade. O conceito de classes sociais está relacionado com
estratificação social – isto é, as classes descrevem a composição socioeconómica de uma sociedade.
Os membros da mesma classe envolvem-se frequentemente nas mesmas actividades e pensa-se que têm
crenças (políticas) semelhantes.
o O mais comum é a classificação dos indivíduos em classes de acordo com o seu rendimento (classe baixa,
classe média, classe alta) ou com a sua formação profissional ou educacional (camponeses, classe
trabalhadora urbana, burguesia, aristocracia).
• Decote
o Uma clivagem é uma divisão duradoura entre diferentes indivíduos ou grupos num sistema político.
Esta divisão afecta as decisões e acções políticas destes indivíduos ou grupos e leva a comportamentos
opostos ao longo das linhas em que a clivagem foi originalmente formada.
o Podem formar-se clivagens políticas ou económicas, mas também étnicas, sectárias, religiosas ou
linhas regionais.

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• Clientelismo [partidos clientelistas vs. partidos programáticos]


o Um modo de intercâmbio normalmente entre eleitores e políticos que se baseia em (1) condicionalidade e (2)
aplicação. (1) Os eleitores só recebem um benefício do político ou da administração se retribuirem o favor com
o seu voto ou outra forma de apoio político. (2) Os políticos são capazes de punir os eleitores pela deserção
deste acordo informal. Os partidos cuja estratégia política se baseia no clientelismo são chamados de
clientelistas.
festas. Em contraste, os partidos programáticos seguem um modo diferente de intercâmbio com os eleitores e
de distribuição de bens públicos. Eles seguem regras de distribuição claras e públicas e não são capazes de
excluir certos eleitores dos benefícios.
• Aliança
o É criado quando os empresários políticos activam estruturas de clivagem específicas, mobilizando círculos
eleitorais para os apoiar com base na promessa de cumprir interesses comuns definidos ao longo da estrutura
de clivagem e organizando esses círculos eleitorais em partidos políticos e movimentos sociais. o
Representação organizacional altamente
partidária (no sentido de que são seletivas) de um subconjunto de clivagens.

• Conflito
o Dois grupos políticos estão em conflito quando procuram fins diferentes, e o seu conflito é intenso quando os
seus objectivos concorrentes são incomensuráveis, militando fortemente contra o compromisso.

• Democracia Consociacional
o Cluster de instituições cujos mecanismos formais incorporam o princípio do consenso e
divisão do poder.
o Central para o consociacionalismo é a grande coligação, na qual os governos garantem a participação de partidos
que representam todos os grupos étnicos, incluindo a possibilidade de quotas em todos os principais ramos e
agências do governo.
• Golpe
o “Tentativas evidentes por parte dos militares ou de outras elites dentro do aparelho estatal para destituir o chefe
de Estado em exercício usando meios inconstitucionais” (Powell & Thyne 2011: 252).
o A maioria dos golpes são encenados pelos militares, embora às vezes os civis possam encenar um golpe como
bem.
• Autoritarismo competitivo
o Regimes híbridos em que existem instituições democráticas formais e estruturam o acesso e o exercício do
poder, mas nos bastidores, os titulares exploram vantagens inerentes à competição eleitoral, ao poder
legislativo, ao poder judicial e aos meios de comunicação social, em grande parte para garantir que nenhuma
oposição possa competir significativamente com eles.
• Constituição

o A constituição de um país reúne as regras fundamentais segundo as quais o país é


governado.
• Impasse
o Uma situação que pode ocorrer em sistemas presidencialistas e que se caracteriza pela imobilidade política
quando o partido ou coligação de partidos do presidente não controla todas as casas da legislatura. Nesse
caso, a elaboração de políticas exige negociações e negociações extensas, o que conduz, na melhor das
hipóteses, a reformas incrementais. Se o sistema político num impasse for exposto a tensões exógenas (por
exemplo, devido a crises económicas), o impasse pode ter consequências graves tanto para os resultados
políticos como para o sistema político como um todo.

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• Desdemocratização
o O oposto da democratização. Sinônimo de autocratização. o Termo utilizado por
Charles Tilly, que defende a estreita ligação entre desigualdade e desdemocratização.

• Deliberalização (política)
o Processo de mudança institucional que se caracteriza por um declínio nos direitos políticos (ou seja, o direito de
participar numa comunidade política) e nas liberdades civis (ou seja, os direitos que regem a liberdade de
acção, expressão, expressão) e um fechamento geral da política arena. A liberalização reduz a capacidade
dos cidadãos de expressarem a oposição e responsabilizarem os seus governos.

• Lado da demanda e lado da oferta


o O lado da procura refere-se a todas as ações que os cidadãos ou grupos de cidadãos empreendem para expressar
as suas necessidades, exigências e desejos, com o objetivo de alcançar a satisfação de algumas ou de todas
as suas exigências.
o O lado da oferta, por outro lado, refere-se a todas as ações do governo, da administração pública ou da burocracia
para conceder políticas ou fornecer recursos destinados ao público em geral ou a grupos específicos. •
Democracia [também: regime democrático]

o Governar pela vontade do povo. o


Está associada à participação igualitária dos cidadãos no sistema político, à utilização de eleições competitivas para
cargos executivos e legislativos, nas quais vários partidos competem e os partidos se alternam no cargo, e
estão presentes responsabilidades verticais e horizontais.
• Retrocesso democrático
o Mudanças nas instituições políticas formais e nas práticas políticas informais que reduzem significativamente a
capacidade dos cidadãos de fazer reivindicações executáveis ao governo.

• Colapso democrático
o Forma de mudança de regime: Um regime autoritário substitui uma democracia.
• Sobrevivência democrática (consolidação)
o Denota a ausência de mudança de regime numa democracia – um regime democrático permanece
democrático.
o Se um regime democrático sobrevive por um período de tempo relativamente longo, falamos de consolidação
democrática.
• Transição democrática

o Forma de mudança de regime: O regime autoritário é substituído por uma democracia anterior à
após observação anual.
• Democratização
o O processo de um regime político se tornar menos autoritário e mais democrático, ou
evoluindo para uma democracia plena.
o Abrange todas as formas de mudança de regime que fortalecem as instituições políticas democráticas de um
regime político e aumentam a capacidade dos cidadãos de fazerem reivindicações executáveis ao governo.

• Efeito de demonstração
o A probabilidade de um evento ocorrer num país ser afetada pela ocorrência do mesmo evento ou de um evento
semelhante noutro país. Certos acontecimentos, como as revoluções, não são causados apenas por factores
internos, mas também são afectados por factores internacionais.
o Veja também: efeito de difusão.

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• Efeito de difusão
o A difusão é o processo pelo qual crenças, ideias, estratégias ou políticas políticas atravessam as fronteiras
nacionais. Segue-se o pressuposto de que é mais provável que um Estado adopte uma política ou um
determinado comportamento político se outros Estados – e especialmente os seus vizinhos imediatos –
já adotaram esta política ou comportamento.
o A difusão envolve fluxos de informação, redes de comunicação e alavancagem.
o Veja também: efeito demonstração. •
Competição eleitoral
o As leis que regem a capacidade dos partidos de organizar e participar em eleições, e as
existência de órgãos eleitorais independentes.
• Elite
o Um grupo na sociedade que abrange todas as pessoas que têm acesso ou controle sobre uma parte
substancial de bens materiais (como ativos econômicos, fatores de produção ou dinheiro) ou imateriais
(como autoridade religiosa, moral ou política ou influência sobre funcionários ou parte dos meios de
comunicação social) no país e, portanto, têm influência política e são capazes de afectar os resultados
da elaboração de políticas nacionais. • Fragmentação (também: fracionamento) o
Grau de heterogeneidade dentro de um
determinado grupo ou entidade. Normalmente, mede a probabilidade de dois representantes do grupo de
interesse pertencerem a dois subgrupos distintos (por exemplo, duas etnias, denominações religiosas,
partidos políticos diferentes, etc.).

o As medidas comuns de fragmentação (fraccionamento) analisam o grau de fragmentação religiosa, étnica


ou linguística numa sociedade. Valores mais elevados nestas pontuações indicam uma maior
probabilidade de duas pessoas escolhidas aleatoriamente pertencerem a dois grupos distintos
(religiosos, étnicos ou linguísticos) e, portanto, um maior grau de fragmentação (fraccionamento). •
Linha-dura

o Num cenário político caracterizado pelo conflito entre uma coligação governante e a oposição, os linha-
dura são os membros de qualquer grupo que se opõem ao compromisso com o outro grupo.

o Os membros de uma coligação governante autocrática que se opõem à democratização por qualquer
significa.

o Os membros de uma oposição que se opõem à colaboração com o regime e


defender uma derrubada radical da ordem política atual.
• Regime híbrido (também: semidemocracia)
o Forma de regime político que contém elementos democráticos e autoritários.
o Por exemplo, democracias iliberais, democracias delegativas e democracias autoritárias competitivas
regimes.
o Por vezes, estes regimes são referidos como regimes inconsistentes (democráticos ou autocráticos), uma
vez que a sua configuração institucional não depende completamente de instituições e princípios
democráticos ou autocráticos, mas é uma mistura de ambos.
• Instituições
o As instituições são as regras formais e informais do jogo. o Eles são
autoritários no sentido de que são capazes de sancionar não-conformidades
comportamento.

• Institucionalização (da democracia)

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o De modo geral, o termo institucionalização refere-se ao processo de incorporação de normas sociais e à


estrutura de interações entre indivíduos, grupos e países em instituições formais e informais.

o A institucionalização da democracia refere-se à elaboração e adoção de uma constituição democrática. Este


processo é caracterizado por um elevado nível de fluidez, uma vez que as normas e instituições do
regime antecessor do novo sistema político foram suspensas, enquanto novas regras ainda têm de ser
negociadas e definidas. • Mudança intra-regime

o Forma de mudança de regime que descreve a melhoria da deterioração da democracia


qualidade num regime que não está associado a uma mudança de regime.
• Aproveitar
o Grau em que os governos estrangeiros têm influência sobre a política de um determinado país. Descreve o
grau em que os governos nacionais são vulneráveis à pressão externa. Os exemplos incluem
vulnerabilidade devido a condicionalidades estrangeiras, sanções e força militar externa (ver Levitsky e
Way 2006). • Democracia liberal

o Forma de democracia que se caracteriza por um respeito substancial pelos direitos políticos e pelas
liberdades civis. Outros atributos da democracia liberal abrangem o Estado de direito, eleições livres e
justas, a separação de poderes e a protecção dos direitos humanos, civis e políticos do indivíduo.

• Liberalização (política)
o Processo de mudança institucional que se caracteriza por um aumento dos direitos políticos e das liberdades
civis e por uma abertura geral da arena política. A liberalização aumenta a capacidade dos cidadãos para
expressarem a oposição e responsabilizarem os seus governos.
• Ligação o
Densidade de laços e fluxos transfronteiriços entre um determinado país e outros países.
Existem cinco dimensões de ligações: (1) económicas (por exemplo, comércio, fluxos de ajuda); (2)
geopolítica (por exemplo, alianças, tratados, organizações internacionais); (3) sociais (por exemplo,
migração, turismo, refugiados); (4) informação (por exemplo, Internet e telecomunicações transfronteiriças);
e (5) ligações transnacionais da sociedade civil (por exemplo, organizações não governamentais, grupos
religiosos) (ver Levitsky e Way 2006).
• Sistema democrático majoritário/instituições majoritárias
o Forma de regime democrático ou conjunto de instituições que se caracteriza pela concentração do poder
político. Isto é conseguido através da fusão do poder executivo e legislativo (forma parlamentar de
governo) e de um regime de partido único disciplinado (sistemas eleitorais maioritários/eleições em
distritos uninominais) (ver Bernhard et al. 2001).

o Veja também: sistema democrático pluralista.


• Ditadura militar
o Forma de autocracia em que o chefe de governo efetivo é um militar. Muitas vezes, as ditaduras militares
são caracterizadas pelo governo de uma junta militar que compreende os chefes dos diferentes ramos
das forças armadas (exército, marinha e força aérea). • Modernização

o Modernização refere-se a (1) o processo de transição de um país não desenvolvido (tradicional) para um
país desenvolvido (moderno), ou (2) o processo de melhorias (incrementais) em
o ambiente socioeconômico de um país.

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o Frequentemente associado a um aumento da riqueza económica e da prosperidade e, em geral,


desenvolvimento socioeconômico.
• Teoria da modernização
o Uma teoria que liga o desenvolvimento socioeconómico à democratização e à democracia
estabilidade.
o Na versão endógena da teoria da modernização, o aumento da renda faz com que as autocracias
falhar e as democracias emergirem.
o Na versão exógena da teoria da modernização, o aumento do rendimento não provoca o surgimento de
democracias; a transição para a democracia é independente do nível de rendimento e ocorre de forma
exógena. Contudo, quando um país se torna democrático, o aumento do rendimento aumenta a probabilidade
de sobrevivência democrática.
• Partidos do movimento
o Os partidos do movimento originam-se de movimentos sociais que lideraram a oposição clandestina durante a
era autoritária. Eles são organizacionalmente poderosos e desfrutam de amplo e profundo apoio social (ver
Lust e Waldner 2014).
o Veja também: festas de novatos e festas de relíquias.
• Grupos de novatos
o Os partidos novatos são novos partidos formados após a transição para a democracia. Caracterizam-se por
laços fracos com os eleitores e muitas vezes desaparecem rapidamente. Originam-se de activistas da
sociedade civil, de líderes de partidos políticos anteriormente exilados ou silenciados, ou de empresários
políticos anteriormente silenciados (ver Lust e Waldner 2014).
o Veja também: festas de movimento e festas de relíquias.
• Parlamentarismo
o Forma de democracia em que o governo é responsável perante uma legislatura eleita de forma independente.
Existe apenas uma eleição no sistema político; os cidadãos só votam nas eleições parlamentares – e esta
eleição decide sobre a formação do governo do país.
o Veja também presidencialismo.
• Responsabilidade plebiscitária
o Formas plebiscitárias de responsabilização podem ser encontradas em regimes caracterizados pelo que
Mazzuca (2013) chama de populismo rentista: Dado o apoio do sector informal, que é conseguido através
da redistribuição dos ganhos inesperados provenientes das exportações de recursos naturais, o poder
político tende a concentrar-se em A presidência. Isto enfraquece a responsabilização horizontal, mas
fortalece a responsabilização vertical ou pelo menos o apoio popular do sector informal ao presidente. A
popularidade do presidente, contudo, dura apenas enquanto as transferências fluem para o sector informal.
Isto torna o sistema político especialmente vulnerável a choques exógenos (como um declínio nos preços
mundiais ou um aumento repentino nos custos de exploração).

• Sistemas democráticos pluralistas


o Forma de regime democrático que se caracteriza pela dispersão do poder político.
Isto é conseguido através da separação das funções executivas e legislativas (forma presidencial de governo)
e de legislaturas altamente fraccionadas (sistemas eleitorais proporcionais) (ver Bernhard et al. 2001).

o Veja também: sistema democrático majoritário. •


Agência política
o Até que ponto as ações dos atores, e não as condições estruturais, afetam os resultados políticos.
• Cultura política

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o Refere-se à distribuição de valores políticos e crenças políticas e às orientações resultantes em relação às


instituições políticas, aos processos políticos e aos resultados políticos entre os indivíduos num determinado
sistema político.
• Economia política
o O estudo da relação recíproca entre a organização e exercício do poder, por um lado, e a produção e troca de
bens e serviços consumíveis, por outro.

• Presidencialismo
o Forma de democracia em que o governo é independente da legislatura. A cabeça
do estado é eleito independentemente da legislatura nacional.
o Veja também: parlamentarismo. •
Festas programáticas
o Veja: clientelismo.
• Regime
o “O conjunto de regras e procedimentos formais e informais para selecionar líderes nacionais e
políticas” (Geddes 1999: nota 1).
• Mudança de regime
o Um processo que sujeita um regime político a mudanças que resultam num (sub)tipo de regime diferente: as
regras formais ou informais do jogo são alteradas de tal forma que o processo pelo qual os líderes nacionais
são seleccionados ou as políticas são feitas muda fundamentalmente.
• Festas de relíquias
o Os partidos relíquias são os descendentes organizacionais dos partidos que existiram sob o regime autoritário
antecessor. Seu poder reside mais naquilo que realizaram no passado do que naquilo que podem fazer no
presente. Os partidos relíquias são antigos partidos no poder que perderam o seu estatuto hegemónico ou
antigos partidos de oposição leais (ver Lust e Waldner 2014).

o Veja também: partidos de movimento e partidos novatos. •


Estado rentista
o Um estado rentista é um estado que retira uma parte substancial das suas receitas nacionais de
fontes externas ou a venda de recursos internos.
o As rendas referem-se a ganhos com a venda de produtos superiores aos custos reais de produção.
Normalmente, os estados rentistas recebem rendas da venda de recursos naturais (especialmente petróleo,
gás, diamantes ou pedras preciosas). Devido à escassez destes recursos, juntamente com os elevados
preços mundiais, as receitas provenientes da venda destes produtos excedem em muito os custos reais de
produção. Contudo, a ajuda internacional ao desenvolvimento também pode ser conceptualizada como
renda se constituir a principal fonte de receitas do governo e for utilizada para financiar uma vasta gama de
serviços governamentais.
o De acordo com a literatura sobre o rentismo, os estados rentistas são caracterizados por uma menor
necessidade de tributar os cidadãos, o que pode diminuir a responsabilidade pública, diminuir as
perspectivas de democratização ou estabilidade democrática de um país, e pode também reduzir o
crescimento económico, deteriorar a prestação de serviços sociais e aumentar a probabilidade de conflito civil.
• Populismo rentista
o De acordo com Mazzuca (2013), o populismo rentista refere-se a um novo modo de governo nos estados
rentistas , em que especialmente os governos latino-americanos redistribuem os ganhos inesperados da
exportação de recursos naturais para os setores informais e os desempregados – que muitas vezes
constituem a maioria (mais pobre). na América Latina – em troca de seu apoio político

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apoiar. As rendas são extraídas dos proprietários dos recursos naturais – empresas privadas que
constituem os principais perdedores deste mecanismo de troca condicional.
• Ditadura real (também: monarquia)
o Forma de autocracia em que o chefe efetivo do governo é um monarca (rei, imperador, duque, etc.) e
reivindica o poder através da legitimidade tradicional, sucessão hereditária e/ou ascendência divina.

• Seletorado
o De acordo com a Teoria do Seletorado (Bueno de Mesquita et al. 2003), o seletorado compreende todos
os cidadãos que têm influência na seleção dos líderes políticos. o Veja também: coalizão
vencedora.
• Semi-democracia
o Ver: regime híbrido. •
Semipresidencialismo
o Forma de democracia que combina características dos sistemas de governo parlamentar e presidencial:
Tanto a legislatura como o presidente são eleitos popularmente em eleições independentes. Embora o
presidente não tenha autoridade sobre a legislatura, o seu governo precisa de aprovação legislativa
para permanecer no poder. • Capital social

o Contém atitudes e participação em organizações. o Hábito de vida


associativa: envolver-se em ações coletivas para o bem-estar social e político.
• Forros macios
o Num cenário político caracterizado pelo conflito entre uma coligação governante e a oposição, os soft-
liners são os membros de qualquer grupo que apoiam o compromisso com o outro grupo.

o Os membros de uma coligação governante autocrática que concordariam com a democratização (parcial),
desde que considerem a democratização inevitável ou que beneficiem da cooperação com a oposição
(por exemplo, através de acordos de partilha de poder).
o Os membros de uma oposição que não se opõem à colaboração com o regime.
• Superpresidencialismo
o Subcategoria do presidencialismo em que as disposições constitucionais praticamente não impõem
restrições aos presidentes.
• Transição
o Num sentido lato, refere-se a qualquer mudança de regime que resulte na passagem da democracia para
a autocracia ou vice-versa.
o Num sentido mais restrito, refere-se exclusivamente a uma mudança de regime que resulta na
democratização de um regime político anteriormente autocrático.
• Valores
o Os princípios fundamentais de comportamento, crenças políticas e morais e atitudes de uma pessoa
em relação à sociedade e ao tratamento dispensado aos seus semelhantes.
o Os valores podem diferir em duas dimensões: enquanto os valores seculares derivam das crenças morais
e éticas de uma pessoa, independentemente das suas convicções religiosas, os valores tradicionais
derivam, em grande parte, de crenças religiosas ou de convicções de longa data e difíceis de mudar.
Por outro lado, os valores podem ser orientados tanto para a sobrevivência quanto para a
autoexpressão. Os valores de sobrevivência priorizam as necessidades fisiológicas e de segurança
em detrimento da autoestima e da autorrealização, enquanto os valores de autoexpressão consideram
estas últimas mais importantes do que as primeiras. Normalmente, os indivíduos começam a enfatizar a autoexpressão

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valores, uma vez que a sua sobrevivência já não esteja em risco imediato porque adquiriram
abrigo adequado, abastecimento alimentar suficiente e uma rede social.
• Coalizão Vencedora
o De acordo com a Teoria do Seleccionado (Bueno de Mesquita et al. 2003), a coligação vencedora
compreende todos os cidadãos cujo apoio é necessário para a continuação do mandato de um
líder.
o Veja também: seletor.

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APÊNDICE TÉCNICO 2: CONCEITOS METODOLÓGICOS

• Condições antecedentes
o Ou uma condição que deve ser atendida para que uma relação causa-efeito específica funcione, ou uma
condição que determina o efeito de uma variável sobre outra.
• Acordo entre múltiplas medidas
o Denota até que ponto diferentes medidas de retrocesso democrático concordam
se um evento de retrocesso democrático ocorreu ou não.
o Calculado como a soma de todas as medidas que indicam retrocesso para um determinado ano-país, dividida pelo
número total de medidas disponíveis para esse respectivo ano-país.
o Varia de 0 a 100%, com valores mais altos denotando maior concordância.
• Conceituação
o O processo de identificação e definição dos atributos relevantes do fenómeno sob investigação.

• Correlação
o Denota o fato ou a extensão em que dois fatores variam concomitantemente.
• Endogeneidade
o Em modelos estatísticos, uma variável é endógena quando existe uma correlação diferente de zero
entre esta variável e o termo de erro.
o Em termos gerais, uma variável num modelo teórico é endógena se o seu valor for (parcial ou totalmente)
determinado por outras variáveis incluídas neste modelo (oposto: ver exogeneidade) o A endogeneidade é um
problema grave sempre que existe uma terceira variável que tem um tem efeito sobre as variáveis dependentes e
independentes, mas não está incluído em um modelo teórico. Neste caso de viés de variável omitida, a
correlação entre variáveis independentes e dependentes pode sugerir que existe uma relação causal entre
ambas as variáveis, embora a correlação seja causada por uma terceira variável não controlada.

• Distribuição de termos de erro


o Supondo que exista alguma função que possa descrever perfeitamente a relação entre as variáveis independentes
e dependentes, nas análises estatísticas o termo de erro denota o desvio de um valor observado de seu valor
verdadeiro (não observado).
o Os termos de erro podem ser distribuídos de acordo com diferentes distribuições (por exemplo, distribuições
normais ou de Poisson). As suposições sobre esta distribuição orientam a escolha do modelo de regressão.

• Validade externa
o Indica até que ponto os resultados de um estudo podem ser aplicados a outros casos, ambientes, períodos de
tempo, etc. • Exogeneidade

o Uma variável é exógena a um modelo explicativo se nenhum outro fator neste modelo a determinar. Ou seja, suas
alterações são causadas por fatores não incluídos no modelo.
Variáveis exógenas são determinadas por forças externas.
• Forma funcional
o A forma específica de uma função usada para descrever a relação entre uma ou mais variáveis explicativas e o
resultado de interesse. Por exemplo, a forma funcional pode ser linear se assumirmos que com cada aumento
de uma unidade na variável independente, a variável dependente aumenta no mesmo número de unidades,
independentemente de

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os valores das variáveis explicativas ou dependentes. A forma funcional também poderia ser
exponencial se assumirmos que, para cada alteração de uma unidade na variável independente, a
variável dependente muda em mais unidades com valores mais elevados na variável independente.

• Hipótese
o Uma declaração testável sobre a relação observável entre duas ou mais variáveis,
ou medidas de algum recurso ou característica.
o Substituir medidas concretas e particulares pelas categorias abstratas da teoria.
• Validade interna
o Por exemplo, a exclusão de variáveis explicativas importantes, a especificação incorreta das condições
do âmbito ou a escolha de um modelo teórico ou estatístico inadequado podem introduzir
enviesamentos sistemáticos num estudo. Se um estudo evita viés sistemático, diz-se que ele tem
alta validade interna. o A
validade interna denota, então, até que ponto um modelo teórico ou estatístico se baseia em
pressupostos metodologicamente sólidos e até que ponto podem ser usados para explicar a
questão de investigação sob investigação. •
Medição [também: operacionalização]
o O processo de escolha de indicadores para medir os aspectos relevantes de um fenómeno tal como
é conceptualizado. o
Veja também: conceituação.
• Especificação modelo
o A definição de um modelo de regressão. o
Engloba a escolha do tipo de modelo de regressão (forma funcional) e das covariáveis incluídas e
excluídas (como medidas de hipóteses particulares), entre outras.
• Equivalência observacional
o Duas teorias são observacionalmente equivalentes se todas as suas implicações empiricamente
mensuráveis forem as mesmas. Isto é, dados os dados empíricos disponíveis, não podemos
discernir a validade de ambas as teorias e não podemos determinar qual teoria é
“certa”. o A equivalência observacional está frequentemente associada à subdeterminação teórica:
Dada a evidência empírica disponível, existe outra teoria que é pelo menos tão capaz de explicar o
fenómeno sob investigação como a primeira teoria.
• Resultado
o O efeito de uma causa; o resultado de um processo.
• Condições do escopo
o Definir os limites do subconjunto de casos que uma teoria é capaz de explicar. o
Por exemplo, tempo, espaço e condições iniciais podem definir os limites explicativos
de uma teoria.
• Viés de seleção
o Um tipo de viés em um estudo científico que resulta de um erro na escolha das unidades
incluído no estudo.
o Por exemplo, são incluídas no estudo unidades que não são representativas do universo de unidades
para as quais os investigadores pretendem generalizar as suas conclusões, ou a inclusão de
unidades afeta o efeito da variável independente de interesse.
• Significado estatístico
o Denota a probabilidade de obter resultados pelo menos tão extremos quanto os estimados numa
análise de regressão, dado que a hipótese nula é verdadeira.
o Indica até que ponto os resultados obtidos poderiam ter ocorrido apenas pela mudança.

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• Condições estruturais
o As condições estruturais podem ter um impacto no resultado de interesse.
o Em contraste com as acções ou instituições individuais, as condições estruturais não podem ser facilmente alteradas
pelas acções (políticas) de indivíduos ou grupos, mas estão, no máximo, sujeitas a mudanças incrementais a longo
prazo.
o Os exemplos incluem a composição de classes da sociedade, variáveis geográficas e o nível
do desenvolvimento socioeconómico.
• Significância substantiva
o Denota a magnitude do efeito de uma única variável independente sobre a variável dependente, dado que todas as
outras variáveis são mantidas constantes. Diz-se que uma variável tem alta significância substantiva se uma
mudança de uma unidade nela estiver associada a uma grande mudança na variável dependente, sendo todo o
resto igual.
o Observe que uma variável pode ser altamente significativa estatisticamente, mas ter apenas uma pequena
impacto substantivo no resultado de interesse. • Teoria o Um
sistema de
afirmações, conceitos ou ideias sobre a realidade que explicam um fenômeno. Uma teoria é uma ferramenta analítica
que nos ajuda a compreender, explicar e prever um fenômeno e nos permite derivar hipóteses empiricamente
testáveis.
o Uma teoria agencial coloca a maior parte da carga explicativa sobre algumas características ou ações contingentes de
atores ou agentes políticos. Estas teorias assumem que os atores têm um elevado grau de liberdade de escolha.

o Uma teoria estrutural explica um resultado com referência a factores ou condições preexistentes que são resistentes à
mudança, pelo menos a curto prazo.
• Conjunto de dados transversais de séries temporais (TSCS)
o Um conjunto de dados que representa diversas observações por entidade/caso. Muitas vezes, um TSCS contém
observações anuais para cada país em análise durante um determinado período de tempo.
• Variável
o Um fator que pode assumir mais de um valor. Por exemplo, a variável “democracia” pode ser “sim” (o regime num
determinado ano é democrático) ou “não” (o regime num determinado ano não é democrático).

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APÊNDICE TÉCNICO 3: CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Este white paper avalia cada família de teorias de acordo com três critérios: (1) Relevância explicativa e relação
com outras teorias: a teoria explica de forma plausível os resultados que queremos explicar, ou seja, um ou mais
dos três subtipos de retrocesso; (2) Coerência Lógica: uma teoria pode ter um desempenho fraco neste critério se
contiver elementos mutuamente contraditórios, de modo que previsões contraditórias possam ser derivadas dela;
ou se faltar elementos críticos que, embora não contraditórios, não prevejam o resultado em questão; e (3) Apoio
Probatório, com o qual nos referimos à extensão e à robustez dos resultados da investigação. Este terceiro
apêndice discute cada um desses três critérios de forma mais completa. O apêndice começa com uma discussão
sobre coerência lógica; teorias que não possuem essa propriedade não podem ser testadas.
Em segundo lugar, o apêndice discute testes de hipóteses utilizando métodos quantitativos e qualitativos.
Finalmente, para aquelas hipóteses que satisfazem a coerência lógica e sobrevivem a testes rigorosos, este
apêndice considera a relevância explicativa relativa: quanto “trabalho” a teoria realiza? Qual é o seu “valor
agregado” explicativo em relação a outras teorias?

Deve-se enfatizar que distinguimos uma teoria de uma hipótese. Uma teoria estabelece relações entre variáveis
“latentes” inobserváveis que têm grande generalidade como fenómenos políticos: mais obviamente, a própria
democracia é inobservável, tal como a cultura política. Para testar teorias, derivamos hipóteses específicas
contendo indicadores empíricos que tornam manifestos e observáveis os atributos do conceito subjacente. Embora
uma teoria possa ligar o conceito de desenvolvimento económico ao conceito de democracia, uma hipótese
específica pode associar níveis mais elevados de produto interno bruto a uma classificação na medida Polity IV.

Coerência Lógica. O núcleo do método científico é o teste de hipóteses. Contudo, começamos com a propriedade
da coerência lógica porque as teorias que carecem de coerência não podem ser testadas rigorosamente.
A coerência tem dois componentes principais: consistência e integridade.

Consistência. Uma teoria é internamente consistente quando as hipóteses dela derivadas não fazem previsões
que se contradigam. Consideremos como exemplo um esforço para teorizar a relação entre o rendimento pessoal
e a propensão para votar. Uma teoria poderia afirmar que o aumento do rendimento aumenta a propensão para
votar porque o indivíduo com rendimentos mais elevados tem maior interesse em reduzir a sua taxa marginal de
imposto; mas uma teoria também poderia afirmar que rendimentos mais elevados implicam custos de oportunidade
mais elevados e, portanto, uma menor propensão para votar.13 Uma teoria que simplesmente afirmasse ambas
as proposições sem de alguma forma as reconciliar seria internamente inconsistente; seria consistente com
observações de propensões a votar tanto mais elevadas como mais baixas! Observe que aplicamos o critério de
consistência a famílias inteiras de teorias, e não a afirmações individuais de uma teoria. Se dois estudiosos que
trabalham dentro da mesma família teórica derivam hipóteses que fazem previsões antitéticas, então não podemos
trabalhar retroativamente a partir dos seus testes empíricos até à validade da teoria abrangente. Embora possa
parecer fácil identificar incoerência teórica, note que a procura de coerência implica uma propriedade chamada
homogeneidade causal, o princípio de que uma causa tem o mesmo efeito em diversos contextos e em múltiplas
unidades (indivíduos, estados, etc.). Esta suposição muitas vezes não é atendida e, portanto, uma tarefa é
14
identificar as condições Porrelevantes
exemplo, do escopo. concluir que o desenvolvimento económico melhora a democracia
poderíamos
entre as economias industriais avançadas, mas não entre as economias que enriquecem com a exploração dos
recursos naturais. Mas note que estas condições de âmbito não podem ser invocadas de forma ad hoc para
proteger uma teoria; eles próprios devem ser justificados teoricamente e testados de forma independente.15

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Completude. Uma teoria está completa quando uma hipótese determinada pode ser derivada de cada uma das
premissas da teoria. Mais importante ainda, pelo menos uma das premissas da teoria deve ter como consequência
lógica o resultado a ser explicado. No Livro Branco, observamos, da teoria de Schmitter e O'Donnell sobre cisões e
transições entre elites, que “uma transição democrática plena não é uma implicação necessária deste quadro”. Se
uma transição não é uma implicação lógica da divisão (porque a divisão é uma condição necessária, mas não
suficiente), então faz pouco sentido testar a relação entre divisões e transições, porque a ausência de tal relação não
contradiz a teoria ; para usar a linguagem que apresentaremos abaixo, a teoria não é falsificável.

Em resumo, então, uma teoria (família de teorias) deve satisfazer tanto a coerência como a completude para ser
qualificada para testes empíricos rigorosos.

Teste de hipóteses e suporte de evidências. O método científico incorpora a lógica do método hipotético-dedutivo,
um método desenvolvido em meados do século XIX, dada a sua declaração mais importante na década de 1920 pelo
filósofo Karl Popper, que argumentou que o princípio que demarca a ciência da não-ciência era a falsificabilidade .
Resumindo rapidamente, o método hipotético-dedutivo contém três etapas: (1) a partir de uma teoria contendo
apenas termos teóricos não observáveis, derivar logicamente uma ou mais hipóteses empíricas; (2) de cada hipótese
empírica, derivar logicamente uma ou mais previsões ou observações que devem ser feitas (dada a viabilidade) se a
hipótese for verdadeira; (3) fazer as observações relevantes e determinar se elas corroboram ou falsificam a hipótese
relevante.16 Segundo a maioria dos relatos, o padrão-ouro dos testes empíricos é o experimento no qual o
investigador controla a atribuição aos grupos de tratamento e controle por meio de algum instrumento de
randomização. Na literatura sobre retrocessos democráticos, os investigadores utilizam métodos quantitativos ou
qualitativos, ou ambos.

Testes Empíricos via Métodos Quantitativos. Um modelo estatístico utiliza técnicas de otimização para encontrar a
função linear ou não linear que melhor caracteriza os dados (coleção de observações). Nos modelos lineares mais
conhecidos, a otimização encontra a linha que minimiza os erros quadráticos – minimiza os erros que alguém
cometeria ao prever os dados com base na linha. Várias formas de estimativa de máxima verossimilhança, nas quais
são encontradas funções não lineares que melhor se aproximam da distribuição dos dados, substituíram em grande
parte esses modelos. Cada um desses modelos nos fornece duas informações importantes: (1) os parâmetros do
modelo, que nos fornecem informações sobre a significância substantiva
conhecidas como as “causas das variáveis do “(ou seja, os preditores ou as variáveis independentes, também
lado direito” do modelo); e (2) o cálculo da incerteza do modelo , ou sua significância estatística.

Significado substantivo. Na álgebra do ensino médio, aprendemos como trabalhar com funções da forma y = mx + b,
onde x e y são um par ordenado que representa uma localização em uma grade bidimensional; eu
é o coeficiente de inclinação, vagamente definido como “ascensão ao longo da corrida”, e b é a interceptação, ou o
valor de y quando x = 0. Os modelos estatísticos lineares são simplesmente uma extensão desta equação central
para abranger múltiplas causas possíveis. Para cada variável x, o modelo estima um coeficiente de inclinação
equivalente a m. A interpretação deste coeficiente é simples: para uma variação de uma unidade no valor de x, quanto varia y ?
Para continuar com o nosso exemplo corrente, seja x o produto interno bruto e y uma pontuação de democracia; o
modelo estima o quanto a pontuação da democracia muda para uma mudança unitária no produto interno bruto.
Podemos usar essas estimativas de parâmetros para testes de hipóteses rudimentares. Suponhamos que a nossa
teoria implique uma relação positiva entre rendimento e nível de democracia; estamos, com efeito, prevendo que o
nosso modelo estatístico produzirá um coeficiente de inclinação positivo. Duas coisas podem correr mal (adiando,
até um pouco abaixo, a significância estatística): (1) o modelo pode produzir um coeficiente de inclinação estimado
igual a zero, implicando a ausência de qualquer relação sistemática entre rendimento e democracia17; (2) nosso modelo pode

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estimar um coeficiente de inclinação diferente de zero, mas com sinal negativo, o que implica que o aumento da renda deprime os
resultados da democracia.

Significado estatístico. Imagine por um momento que realizamos uma pesquisa de opinião entre 1.000 egípcios adultos selecionados
aleatoriamente de uma população de dezenas de milhões. As respostas que receberemos estarão condicionadas à amostra específica
que extrairmos; repetir a pesquisa com uma amostra diferente provavelmente nos daria respostas diferentes, embora não muito
diferentes, dado o grande tamanho da nossa amostra e a nossa atenção à seleção aleatória dos entrevistados. Agora vamos imaginar
extrair um grande número de amostras, cada uma contendo 1.000 egípcios; à medida que o tamanho da amostra se torna cada vez
maior e compilamos cada vez mais conjuntos de respostas, teremos uma distribuição de probabilidade de respostas da amostra.
Agora estenda essa lógica para um modelo estatístico que estime parâmetros de coeficientes; para cada parâmetro estimado,
podemos imaginar uma distribuição amostral hipotética que ocorreria se repetíssemos nossa análise um número infinito de vezes.18
Agora faça esta pergunta hipotética: Suponha que eu tenha um coeficiente de inclinação estimado diferente de zero: qual é a
probabilidade de eu ter observou um coeficiente de inclinação pelo menos tão grande ou maior se o coeficiente de inclinação
“verdadeiro” for zero? Isto é chamado de hipótese nula e representa o nosso grau de certeza de que qualquer coeficiente de inclinação
diferente de zero não é simplesmente um produto do acaso nascido da amostra específica que observamos. Por convenção
conservadora, definimos o valor P como 0,05, de modo que se este valor for superior a 0,05, concluímos que não podemos rejeitar a
hipótese nula. Assim, poderíamos ver um coeficiente estimado diferente de zero, mas ainda assim concluir que nosso teste de
hipótese não o corrobora, porque não podemos rejeitar a hipótese de que o valor “verdadeiro” é zero.

Como vimos, então, um teste quantitativo de uma hipótese pode rejeitá-la por uma de três razões: (1) retorna um coeficiente de
inclinação zero; (2) retorna um coeficiente de inclinação diferente de zero com sinal errado; e (3) retorna um coeficiente de inclinação
diferente de zero que não pode ser distinguido, no sentido estatístico que acabamos de descrever, de zero.

Mas suponha que tenhamos um coeficiente de inclinação diferente de zero e estatisticamente significativo? A hipótese foi corroborada?
Infelizmente, a resposta é “sim” e “não”. “Sim”, porque nenhuma das condições que acabamos de declarar foi satisfeita, pelo que
podemos rejeitar a hipótese nula e reportar resultados consistentes com uma hipótese. Mas “não” porque os resultados dos modelos
estatísticos são frágeis a uma série de considerações, todas vagamente agrupadas sob a rubrica “especificação do modelo”:

(1) Erro de medição: é bastante provável, até mesmo provável, que uma ou mais de nossas variáveis seja medida com erro aleatório
(sem padrão) ou não aleatório (enviesado em uma direção ou outra). Os efeitos do erro de medição não são fáceis de prever.
Em modelos simples bivariados e lineares, o erro de medição nos preditores tende a atenuar os coeficientes de inclinação
estimados. Mas em modelos mais complexos com múltiplos preditores (e talvez com funções não lineares), os erros de medição
podem ter efeitos imprevisíveis.

(2) Viés de variável omitida: se uma variável-chave de controle tiver sido omitida, não podemos prever com certeza o que teria
acontecido se ela fosse incluída. A inclusão de variáveis omitidas pode levar a grandes alterações nos coeficientes (incluindo a
alteração do sinal!), nos intervalos de confiança ou em ambos.
(3) Especificação do modelo: muito depende de como modelamos a distribuição dos erros, o funcional
formulário, etc.

Escusado será dizer que nunca é fácil julgar estas questões, porque muitas vezes assentam em suposições não testáveis. Portanto,
é prática padrão adiar o julgamento até que um fluxo de publicações ataque um problema semelhante a partir de múltiplos pontos de
vista. Infelizmente, o que isto muitas vezes resulta, como vimos no Livro Branco, são conclusões contraditórias. É por esta razão que
é cada vez mais considerado

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boas práticas para complementar a análise quantitativa com a análise qualitativa, especialmente quando os dois métodos são
elaborados para testar a validade das suposições feitas pelo outro (Seawright, no prelo).

Testes Empíricos via Métodos Qualitativos. Os estudiosos recorrem cada vez mais a métodos qualitativos para fazer julgamentos
independentes sobre a validade da teoria ou para complementar modelos quantitativos. O raciocínio nos estudos qualitativos
espelha o método hipotético-dedutivo, mas há uma carga maior colocada na elaboração de hipóteses. Basicamente, os modelos
estatísticos investigam associações entre duas ou mais variáveis, X e Y. Os métodos qualitativos chamados rastreamento de
processos exploram as ligações intermediárias que conectam X e Y. Na medida em que as ligações não podem ser observadas
nos dados, uma hipótese pode ser falsificada.19 Há Existem três tipos de ligações que podem ser teorizadas e observadas:
variáveis intervenientes, eventos intervenientes,
e mecanismos causais. Assim, poderíamos dizer de uma hipótese que, para ir da causa última ao resultado, devemos fazer
observações de um conjunto de variáveis, eventos e mecanismos.20 Além disso, usando o raciocínio bayesiano básico, podemos
tentar avaliar o valor probatório relativo de uma única prova. Na medida em que a evidência é altamente surpreendente, dado o
conhecimento prévio, acrescenta mais à confirmação da hipótese do que a evidência regularmente observada. Hipóteses que
preveem observações altamente surpreendentes que são então feitas podem receber um enorme impulso de confiança cognitiva.
Finalmente, podemos organizar as nossas observações empíricas em termos de necessidade e suficiência. Consideremos a
investigação básica de homicídio: para que um suspeito seja culpado, é necessário que tenha estado fisicamente próximo do crime;
o suspeito que prova ter escalado montanhas no Nepal não pode ter sido culpado de cometer um crime em Washington, DC
(deixando de lado as reviravoltas na trama de Hitchcock). Por outro lado, as provas de que o suspeito estava presente perto da
cena do crime não são logicamente suficientes para um veredicto de culpa.

Para suficiência, consideramos formas da proverbial arma fumegante. Este tipo de prova altamente discriminatória não é necessária;
um veredicto de culpa pode ser alcançado através da acumulação meticulosa de provas.
Mas quando encontradas, as provas incontestáveis são suficientes para um veredicto de culpa. A análise qualitativa segue em
grande parte esta lógica central.21

Relevância Explicativa e Relações Interteóricas. Um recente estudo quantitativo sobre democratização realizado por estudiosos
altamente respeitados conclui:

Os nossos resultados indicam que os determinantes mais importantes da democratização ou da falta dela são
a proporção de muçulmanos na população, o grau de fracionamento religioso, o tamanho do país, o nível de
desenvolvimento socioeconómico, o desempenho, a difusão democrática entre os estados vizinhos, a adesão
a organizações regionais democráticas. organizações e a frequência de manifestações pacíficas
antigovernamentais. No entanto, no seu conjunto, estes determinantes apresentam um desempenho explicativo
surpreendentemente fraco no curto prazo. . . . No entanto, numa perspectiva de longo prazo, o desempenho
explicativo pode ser considerado bastante satisfatório.

Duas características deste resumo devem ser motivo de alguma preocupação para os profissionais: primeiro, a longa lista de
determinantes é extremamente heterogénea e as ligações entre os determinantes não são declaradas; e em segundo lugar, mesmo
esta longa lista de ingredientes explica pouco a curto prazo (ou seja, dadas as observações anuais) e apenas “razoavelmente
satisfatória” a longo prazo (ou seja, ao longo de muitas décadas de observações).
Estes são os problemas gêmeos das relações interteóricas e da relevância explicativa. É por esta razão que cada família de
teorias é considerada ao longo destas duas dimensões. Não afirmaríamos que estas considerações pragmáticas superam
questões de desenho de investigação e análise de dados. Em vez disso, sugerimos que, na medida em que as agendas
políticas procurem apoio na investigação académica, favoreçamos os programas teóricos que tenham um apoio probatório
sólido e um historial comprovado de relevância explicativa.

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APÊNDICE TÉCNICO 4: ESTUDOS DE CASO ILUSTRATIVOS

ESTUDO DE CASO 1: DISTINGUINDO CRISES POLÍTICAS DE DEMOCRÁTICAS


RETROCESSO, QUÊNIA 2007

A crise queniana de 2007-2008 abalou o mundo. Um confronto entre o Presidente em exercício Kibaki e o principal
candidato, Raila Odinga, sobre os resultados resultou em violência. Num mês, estima-se que 1.300 quenianos
morreram e quase 600.000 foram deslocados; igrejas, lojas, casas e bancos foram saqueados e queimados. Os
custos humanos e materiais foram horríveis. No entanto, apesar disso, não é correcto considerar este episódio
como um retrocesso democrático.22

A crise começou imediatamente após as eleições, quando as autoridades anunciaram o presidente em exercício
Kibaki como vencedor, enquanto o Movimento Democrático Laranja (ODM) declarou a vitória de Raila Odinga.
Odinga pediu uma recontagem e recusou-se a levar o caso aos tribunais, afirmando acreditar que eles não eram
independentes de Kibaki. Kibaki respondeu que os resultados das eleições devem ser respeitados para estabilizar
o país. Assim, em meio a acusações de fraude e manipulação eleitoral, ele foi empossado quase em segredo,
tarde da noite.

A medida não apaziguou a oposição nem trouxe estabilidade. Ao longo do mês seguinte, as tentativas de
negociação entre Odinga e Kibaki nasceram mortas; Odinga recusou-se a reunir-se com Kibaki, a menos que ele
deixasse o cargo, e Kibaki recusou-se a fazê-lo. Odinga apelou aos quenianos para se mobilizarem em seu apoio
e as forças de segurança – no que a Human Rights Watch considerou uma política de “atirar para matar” 23 –
enfrentaram os manifestantes com canhões de água, gás lacrimogéneo e balas. Também eclodiu violência étnica
direcionada, predominantemente dirigida contra os Kikuyus, o grupo étnico historicamente privilegiado do qual Kibaki provém.
O Vale do Rift (uma área dominada pelos Kikuyus) testemunhou cenas horríveis, incluindo o massacre de quase
50 mulheres e crianças desarmadas, trancadas numa igreja e queimadas vivas. As zonas sul e centro também
assistiram à violência e aos saques motivados por tensões étnicas e desigualdades socioeconómicas.

A situação era insustentável, com a violência a aumentar, as duas partes relutantes em negociar directamente e
as pressões regionais e internacionais a aumentarem. Em 24 de janeiro, as duas partes reuniram-se pela primeira
vez com o antigo secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan. Durante o mês seguinte, Annan mediou uma
resolução para a crise. Em 28 de fevereiro de 2008, Kibaki e Odinga concordaram com um acordo de partilha de
poder, a Lei de Acordo e Reconciliação Nacional. A lei, aprovada pela Assembleia Nacional, estabeleceu um
cargo de primeiro-ministro e um governo de coligação. Ao resolver a crise, a Assembleia Nacional aprovou
também três outros projetos de lei: um para alterar a constituição; estabelecer uma comissão de verdade, justiça
e reconciliação; e para resolver questões étnicas.

As negociações e a legislação demoraram quase dois meses a serem concluídas, mas em 17 de Abril o próximo
governo do Quénia tomou posse. Raila Odinga ocupou o cargo de primeiro-ministro, liderando um governo com
40 ministros e 50 vice-ministros, o maior da história do Quénia. Os problemas fundamentais que desencadearam
a crise permaneceram: a fraqueza do Estado e as tensões sociais de longa data não foram resolvidas. No entanto,
a crise imediata acabou.

A crise deixou no seu rasto uma série de instituições e processos destinados a assegurar melhores processos
eleitorais no futuro. A nova constituição, aprovada através de referendo nacional em 4 de agosto,

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2010, com 67% de aprovação, criou uma comissão eleitoral independente. A Comissão Independente Eleitoral e de Fronteiras
(IEBC) tem o mandato de supervisionar o registo de eleitores, regular os partidos políticos, implementar a educação eleitoral,
reformar os processos eleitorais e resolver disputas. Em suma, é agora uma comissão independente encarregada de garantir
que as eleições sejam livres, justas e credíveis.

A constituição e a nova legislação também implementaram reformas eleitorais adicionais. O mapa eleitoral do Quénia foi
reorganizado em 47 condados geográficos distintos, cada um com um governador, um senador e uma assembleia distrital
eleitos, e foi atribuído às mulheres um assento reservado em cada distrito. Para contrariar as políticas étnica e geograficamente
centradas que têm atormentado o Quénia, a nova legislação também exigia que um candidato presidencial bem sucedido
obtivesse a maioria dos votos populares nas eleições gerais, incluindo pelo menos um quarto dos votos em metade dos 47
distritos do Quénia.

A violência eleitoral de 2007-2008 também desencadeou esforços para garantir a igualdade das liberdades civis e políticas.
A Comissão de Inquérito sobre a Violência Pós-Eleitoral (CIPEV), também conhecida como Comissão Waki em homenagem
ao seu presidente, Ministro Philip Waki, foi incumbida de examinar o contexto mais amplo da violência eleitoral e, a este
respeito, destacaram a papel que a mobilização étnica e as disparidades sociais desempenharam na violência eleitoral desde
a década de 1990.24 Isto contribuiu para os esforços para instituir uma reforma do sector de segurança, destinada a garantir
a liberdade e a segurança dos cidadãos, conduzindo sobretudo a um projecto de lei de 2011 que estabelece uma autoridade
de supervisão civil. A reforma do sector da segurança tem demorado a ser implementada, mas a base para a reforma está
definida.25 Da mesma forma, a nova constituição deu aos cidadãos quenianos uma declaração de direitos e estabeleceu uma
base para a reforma agrária.

O rescaldo da crise também assistiu a medidas de responsabilização mais fortes. O CIPEV desempenhou um papel importante
ao ajudar a estabelecer a noção de responsabilização; em Julho de 2009, após duas tentativas falhadas de constituir um
tribunal no Quénia, o comité enviou os nomes dos seis indivíduos que considerou serem os maiores responsáveis pela violência
ao Tribunal Penal Internacional em Haia.26 Como resultado, o procurador Louis Moreno Ocampo indiciou os seis e iniciou as
investigações. Da mesma forma, a Constituição de 2010 reforçou a responsabilização, conferindo maior poder ao governo local
e impondo maiores limites à presidência.

As eleições de 2013 testaram a democracia do Quénia, mas também demonstraram os progressos que o Quénia tinha feito
desde 2007. O contexto eleitoral foi particularmente tenso, dadas as memórias dos confrontos de 2007-2008 e das investigações
em curso do TPI sobre a violência. Dois candidatos, Uhuru Kenyatta e William Ruto, tinham casos activos no TPI. Embora os
seus apoiantes se tivessem envolvido em violência uns contra os outros em 2007 e os seus grupos étnicos, Kikuyu e Kalenjin,
fossem adversários de longa data, uniram-se na Coligação Jubileu num esforço para derrotar Raila Odinga, que chefiou a
Coligação para a Reforma e a Democracia. (CORDÃO). As investigações do TPI e a mobilização de identidades étnicas
desempenharam papéis proeminentes nas campanhas, exacerbando as tensões. E a corrida foi acirrada. À medida que as
eleições se aproximavam, as duas coligações estavam cabeça a cabeça, e ambos os lados esperavam que chegassem às
segundas voltas presidenciais.

Em suma, muitos dos ingredientes de 2007 permaneceram em 2013: as identidades étnicas foram mobilizadas e as tensões
foram elevadas. O dia das eleições decorreu relativamente bem; embora tenham surgido confrontos em algumas áreas e os
monitores internacionais tenham notado algumas irregularidades, a participação foi elevada, atingindo mais de 85%. Mas,
quando as urnas foram encerradas, Kenyatta foi declarado vencedor, com 50,07% – ultrapassando por pouco o limiar da
maioria necessária para evitar um segundo turno. E, tal como em 2007, Odinga rejeitou os resultados.

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Contudo, ao contrário de 2007, Odinga recorreu ao Supremo Tribunal para apresentar o seu caso. A IEBC confirmou os
resultados em 9 de Março, e o Supremo Tribunal seguiu o exemplo, rejeitando as alegações feitas por Odinga e outros
opositores. A oposição expressou “consternação”, mas também optou por aceitar a decisão do tribunal.27 Falando perante
uma multidão de apoiantes – muitos deles dispostos a sair às ruas novamente como fizeram antes – Odinga explicou: “Embora
possamos não concordar com alguns dos Segundo as conclusões [do tribunal], a nossa crença no constitucionalismo
permanece suprema... Devemos continuar firmes na nossa determinação de reformar a nossa política e as nossas
instituições.”28

Em 2013, havia boas evidências de que, embora o colapso das eleições como meio de competição política tenha estimulado
a crise em 2007, a crise em si não minou a democracia. Em vez de conduzir à instituição de mudanças que restringem a
participação eleitoral, as liberdades civis e a responsabilização, a crise levou ao desenvolvimento de novas instituições que
reforçaram a prática eleitoral, destinadas a garantir a igualdade de participação e a aprofundar a responsabilização. Assim,
em vez de encarar o episódio como um retrocesso democrático, é mais apropriado vê-lo como a revelação de tensões e
fraquezas subjacentes que serviram de catalisador para o fortalecimento democrático.

ESTUDO DE CASO 2: GOLPE MILITAR E TOMADA EXECUTIVA: INÍCIO DIFERENTE


PONTOS, PROCESSOS SEMELHANTES NO EGITO E NA RÚSSIA

Os golpes militares e a tomada do poder pelo executivo implicam pontos de partida muito diferentes para o retrocesso
democrático, mas os processos são notavelmente semelhantes. Os golpes militares são facilmente aparentes, enquanto o
início de uma tomada de poder pelo executivo é muito mais difícil de identificar. Contudo, ambos podem resultar na deslocação
de um segmento de coligações governamentais, através de um processo que envolve a limitação das liberdades civis, o
enfraquecimento das eleições como mecanismo de competição política e o enfraquecimento dos mecanismos de responsabilização.

Uma comparação entre o processo de retrocesso na Rússia e no Egipto demonstra as semelhanças. Nenhum dos países era
uma democracia consolidada antes do retrocesso começar, mas ambos tinham vivido eleições relativamente livres e justas e
a esperança de democratização. Na Rússia, Gorbachev tinha instigado a perestroika e Iéltzin parecia, pelo menos no início,
determinado a levar a democracia adiante. No Egito, a queda de Mubarak
resultou nas primeiras eleições parlamentares e presidenciais livres, levando Mohammed Morsi à presidência em Julho de
2012. No entanto, apenas 12 meses depois, no meio de revoltas populares, os militares retiraram-no do poder.

O retrocesso no Egipto e na Rússia parece ter um apoio considerável, pelo menos nas suas fases iniciais. Tanto na Rússia
como no Egipto, verificamos que o público expressa apoio à democracia, com a maioria dos inquiridos a afirmar que a
democracia é a melhor forma de governo.29 É importante, no entanto, que pelo menos no Egipto, os inquiridos muitas vezes
igualem a democracia ao bem-estar económico. Na verdade, um inquérito ACPSS/DEDI realizado em 2012 concluiu que
quase 70% dos egípcios acreditavam que a característica mais importante da democracia está relacionada com a melhoria do
bem-estar económico.30

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Certamente, os cidadãos também valorizam as liberdades e as instituições democráticas, e reconhecem o fosso entre o ideal
e a realidade da Rússia, como mostram as figuras 1 e 2.31 No entanto, quando os cidadãos consideram que a democracia
traz instabilidade e declínio económico, o seu entusiasmo pela democracia diminui. Em 2012, as pesquisas Pew32
descobriram que os russos valorizavam mais um líder forte do que a democracia (60% contra 29% em 2009 e 57% contra
32% em 2012).
Então, também,
um forte

a economia supera uma boa democracia (80% vs. 11% em 2002, 78% vs. 14% em 2009 e 75% vs. 19% em 2012). Muito
simplesmente, as pessoas preocupam-se mais com a economia e a estabilidade do que com liberdade e democracia.

A evidência desta lógica é encontrada numa pesquisa realizada por James Gibson (1997). Questionado se os cidadãos
concordariam ou não com uma situação hipotética, em que o governo impusesse a lei marcial face à agitação eleitoral
generalizada, encontrou um apoio considerável para a medida. Isso o levou a concluir:

Uma das ameaças mais importantes à consolidação da democracia na Rússia é a relutância das pessoas
comuns em suportar a cacofonia e a desordem política na sua democracia nascente. Se o povo russo
estiver de facto disposto a seguir uma “mão forte” – um líder autoritário que suspenderia muitos dos
ingredientes essenciais da democracia – então as perspectivas de consolidação da democracia na Rússia
são realmente sombrias” (p. 272).

A evidência é menos segura no Egipto, mas uma lógica semelhante é aparente. Muitos elogiam o Presidente Sisi pela sua
força, pela sua capacidade de manter a ordem e, esperam, proporcionar crescimento e bem-estar. O apoio à democracia em
abstracto certamente existiu, mas quando confrontados com a escolha entre estabilidade ou incerteza, crescimento económico
ou liberdades civis, muitos preferem a primeira. Na verdade, em 2013-2014, a popularidade de Sisi após a derrubada da
presidência liderada pela Irmandade Muçulmana atingiu um nível nunca visto desde os tempos de Gamal Abdel Nasser.
Muitos o viam como o restaurador da ordem e da esperança de crescimento económico.

O retrocesso implica restrições às liberdades civis, seja na sequência de golpes militares ou como parte da tomada de poder
pelo executivo. Até certo ponto, os titulares podem recrutar cidadãos para silenciar a oposição. Por exemplo, como um

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Segundo o activista do partido egípcio, ao estimular sentimentos nacionalistas, o regime criou um ambiente fascista no qual os
cidadãos reprimem veementemente (e por vezes violentamente) opiniões alternativas. Se um grupo saísse para se manifestar
ou exprimir exigências anti-regime, a ameaça não é simplesmente a de que o Estado os reprimiria, mas também a de que as
pessoas comuns os espancassem.33

Os regimes também (ou especialmente) tomam medidas proactivas para reprimir a oposição. Em 2002, o Kremlin de Putin
pressionou os meios de comunicação independentes, silenciando alguns que anteriormente tinham criticado o governo (Freedom
House, 2003), e, em 2003, assumiu o controlo da última rede de televisão independente, substituindo-a por um canal desportivo.
O declínio da liberdade de imprensa continuou ao longo da década, como pode ser visto na Figura 1. Assim também no Egipto,
o governo de Sisi fechou vários canais de televisão, de tendências políticas variadas; deteve arbitrariamente dezenas de
jornalistas, incluindo quatro da Al-Jazeera English; e intimidou outros a seguirem a nova linha do partido. As universidades
também estão sob ataque. O governo de Sisi também proibiu atividades políticas nos campi universitários e, quando isso não
conseguiu deter os manifestantes, disparou gás lacrimogêneo e balas. Finalmente, o regime procurou reprimir as manifestações
dos cidadãos comuns, muitos vindos do interior para apoiar o Presidente Morsi e a Irmandade Muçulmana.

A violência mais mortal ocorreu em 14 de agosto de 2013, quando a polícia disparou contra manifestantes na Praça Rabaa,
deixando cerca de 700 egípcios mortos. E as repressões continuam, não só contra a Irmandade Muçulmana, mas também
contra outros que se opõem às medidas cada vez mais draconianas do regime.

É importante ressaltar que os regimes revertem as liberdades democráticas não apenas através de medidas repressivas, mas
também através de novas instituições. Por exemplo, entre a litania de medidas observadas nos relatórios da Freedom House
sobre a Rússia, descobrimos que o governo de Putin aprovou nova legislação sobre os meios de comunicação social em 2005,
que restringiu a liberdade de expressão, e legislação antiterrorismo em 2006, que ajudou o governo a reprimir os adversários políticos.
Após as revoltas de 2011, o governo de Putin impôs sanções mais severas às assembleias públicas, às ONG e à Internet, e
alterou uma lei sobre traição para permitir que uma vasta gama de actividades aparentemente inócuas fossem consideradas
actividades criminosas – tornando assim mais fácil eliminar os opositores.

Nos últimos dois anos, o Egipto também assistiu à institucionalização de restrições às liberdades civis. Decreto Presidencial n.º
34
107 de 2013 (lei antiprotesto) três dias antes de uma exige que as reuniões públicas notifiquem a polícia pelo menos
campanha com informação específica sobre o local de concentração ou percurso da procissão; o horário de início e término do
evento; o tema, as reivindicações e os slogans adotados no evento; e os nomes das pessoas ou grupos organizadores do
evento, com local de residência e dados de contato (artigo 8º). Assim, também, uma lei que rege as associações que não foi
implementada foi reativada; o Ministério da Solidariedade Social emitiu um comunicado no jornal estatal Al-Ahram

alertando que todas as associações internacionais e nacionais devem ter permissão explícita para operar dentro de 45 dias (até
2 de setembro de 2014) ou estariam violando a lei. Em Outubro, associações como o ICG, a Human Rights Watch, o Carter
Center e diversas associações locais tinham fechado.

O retrocesso também envolve a manipulação das eleições, tanto através da lei como da sua implementação. Tanto na Rússia
como no Egipto, as autoridades prejudicam a qualidade das eleições através de práticas repressivas. Por exemplo, antes das
eleições de 2004, as autoridades russas perseguiram um magnata conhecido por apoiar candidatos da oposição, criando um
declínio acentuado nos preços das acções; antes das eleições de 2007 e 2012, intensificaram as restrições aos partidos da
oposição, levando, neste último caso, as pessoas a saírem às ruas. Da mesma forma, no Egipto, a procura de Sisi por uma
elevada participação eleitoral nas eleições presidenciais de 2014, na esperança de legitimar o seu governo, levou a um
prolongamento do período de votação e teria enviado ameaças por mensagens de texto contra aqueles que se abstiveram de
votar.

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Tais medidas são importantes, mas, mais uma vez, o retrocesso tem mais consequências quando também são implementadas
mudanças institucionais. Na Rússia, por exemplo, a lei eleitoral de 2004 para as eleições (legislativas) da Duma determinou um
sistema de lista partidária, com um limite eleitoral de 7%; a medida foi claramente concebida para assegurar ao partido no
poder uma maioria de assentos, mostrada na Tabela 1 (Colton e Skach, 2005, p. 123).

No Egipto, o regime liderado pelos militares concebeu uma lei que fragmentaria em grande parte a legislatura de 540 lugares.
Apenas 120 assentos (22,2%) foram eleitos através de um sistema fechado de lista majoritária, e estes foram em quatro
grandes círculos eleitorais (dois de 15 assentos e dois de 45 assentos). A lei eleitoral também prejudica o desenvolvimento dos
partidos políticos, favorece aqueles com acesso a financiamento substancial e, portanto, favorece aqueles com apoio estatal e/
ou ligações empresariais. Além disso, dado que as listas que obtiverem 50% mais um voto conquistarão todos os assentos no
distrito (seja na primeira volta ou na segunda volta), reduz a possibilidade de forças políticas pluralistas conquistarem assentos
parlamentares. Como observou um activista de um partido político, o resultado não é a competição entre partidos políticos, mas
sim um mecanismo de negociação política e conluio antes das eleições. A grande proporção de assentos individuais favorece
as elites locais tradicionais (por exemplo, tribais, familiares), aquelas com ligações comerciais ou financeiras e aquelas com
apoio estatal.

Além disso, no Egipto, o campo eleitoral foi limitado pela dissolução do Partido Liberdade e Justiça, da Irmandade Muçulmana
e do Movimento Juvenil 6 de Abril, bem como pelas detenções de milhares de membros e activistas. É difícil dizer o número
exacto de membros e apoiantes da Irmandade Muçulmana que estão efectivamente privados de direitos, mas há razões para
acreditar que os números são substanciais.35

O retrocesso implica mudanças que minam os mecanismos de responsabilização. Na Rússia, a monopolização do poder em
torno da presidência começou em 1993. A nova constituição concentrou o poder na presidência, eliminou o presidium legislativo
e um presidente parlamentar forte, dissolveu a câmara baixa e deu ao presidente o controlo sobre todas as nomeações
ministeriais, exceto o primeiro-ministro. ministro. Também deu ao presidente e à burocracia imunidade contra a supervisão do
legislativo e permitiu ao presidente o direito de declarar decretos. Em 2005, a Rússia introduziu mudanças que fizeram com
que os governadores fossem nomeados, em vez de eleitos, funcionários, fortalecendo ainda mais a presidência e minando a
responsabilização vertical entre os cidadãos e o Estado. Como observaram Colton e Skach (2005: 120): “Se medirmos os
poderes de jure dos presidentes da Rússia, da Quinta República Francesa e da Alemanha de Weimar, o presidente Russo é
constitucionalmente quase duas vezes mais poderoso que o presidente da Quinta República”. , e pelo menos um terço mais
poderoso do que o presidente da República de Weimar.”

Três anos depois, Putin continuou a provar que eles estavam certos. Confrontado com limites de mandato, procurou alargar a
sua influência, se não o seu cargo. Putin manipulou as eleições, instalando Dmitry Medvedev como sucessor e mantendo o
poder na sua posição de primeiro-ministro. Este acordo minou as estruturas constitucionais ao recorrer a relações informais.
Quando Putin regressou ao cargo, quatro anos mais tarde, tinha um poder quase desenfreado.

O golpe egípcio é interessante no que diz respeito à responsabilização. A deposição de Morsi e a dissolução do Conselho
Consultivo em Julho de 2013 deixaram o Egipto sem representantes eleitos, tanto no poder legislativo como no executivo. A
legislação foi aprovada na forma de decretos e houve pouca supervisão ou transparência.
Coube então a Sisi e à sua administração conceber e reforçar a responsabilização, em vez de a minar.

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Sisi procurou ostensivamente reforçar as práticas/legitimidade democráticas – apelando a um referendo


constitucional, eleições presidenciais e depois eleições parlamentares – mas na realidade manteve ou enfraqueceu
os mecanismos de responsabilização que o precederam. A constituição inclina o poder para os poderes militar,
judiciário e executivo, em detrimento do legislativo. Uma revisão da Constituição de 2014 concluiu que a
Constituição formaliza “privilégios extraordinários para as Forças Armadas e o Poder Judiciário”.36 Também
transfere o poder para a presidência, permitindo ao executivo convocar um referendo sobre qualquer assunto que
envolva “interesses supremos do Estado”. (que pode incluir o início de uma emenda constitucional),37 vetando
projetos de lei, exigindo assim uma maioria de dois terços de todos os membros da Câmara dos Representantes
para superá-la; e nomear até 5% dos membros da Câmara (até 27 dos 540 membros), sem referência a qualquer
critério.38

Além disso, o presidente também goza de maior poder para responsabilizar a Câmara do que a Câmara para
verificar o poder do presidente. O presidente pode dissolver a Câmara dos Representantes desde que uma “decisão
fundamentada” sustente a dissolução e o motivo seja diferente daquele apresentado para a decisão de dissolver a
Câmara anterior (Artigo 137), enquanto a Câmara pode retirar a confiança do primeiro-ministro e do presidente. Em
ambos os casos, a dissolução é submetida a referendo popular para aprovação. No entanto, embora a Câmara
seja dissolvida se o referendo não conseguir sustentar a destituição do primeiro-ministro ou do presidente, o
presidente não corre esse risco.

Ou seja, a Constituição confere poder potencial à Câmara dos Representantes, mas exige um parlamento pluralista
e capaz para poder desempenhar eficazmente este papel. A revisão da constituição pelo Carter Center descreve
este dilema:

Em suma, o novo quadro institucional do Egipto pode ser caracterizado como um sistema semi-
presidencialista em que o Presidente exerce poderes consideráveis e domina o poder executivo,
mas em que a Câmara dos Representantes mantém uma influência significativa através da sua
função legislativa e do envolvimento em questões-chave como estados de emergência e
declarações de guerra. Contudo, o exercício desta autoridade e a obtenção do equilíbrio
institucional entre os poderes executivo e legislativo do governo dependerão do desenvolvimento
de uma cultura política aberta e crítica na Câmara dos Representantes. Mesmo com uma
legislatura mais assertiva, o sistema é desequilibrado pela extraordinária influência e independência
do poder judicial e pelo estatuto privilegiado das Forças Armadas. No geral, a Constituição de
2014 não fornece uma receita para o governo civil.
39

Em suma, quer o retrocesso seja motivado a partir de dentro pela tomada de poder pelo executivo ou na sequência
de um golpe militar, o processo é em grande parte paralelo. O retrocesso envolve degradações nas qualidades
democráticas, nas várias dimensões, através das instituições e da prática. Os dois casos por si só não produzem
lições claras sobre a sequência da mudança ou o seu significado relativo. O que parece claro é que se trata de
processos interligados, transcorridos ao longo do tempo. Isto é importante, pois o que podem parecer múltiplos
“casos” de retrocesso deve muitas vezes ser entendido como um só. Além disso, os golpes militares muitas vezes
não são o ponto final do retrocesso, mas sim o início.

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Figura 1. Liberdade de Imprensa na Rússia

Tabela 1.
Visão Geral: Eleições na Rússia
(1) Eleições Presidenciais
Ano Data Eleito do presidente Participação na votação
Presidente Festa
1991 12 de junho de 1991 Boris Yeltsin Independente 58,6% 74,4%

(primeiro turno)
1996 16 de junho de Boris Ieltsin Independente 54,4% 69,7%
1996 (primeiro turno); (segundo
3 de julho de turno) (primeiro
1996 turno)
(segundo turno) 68,8%
(segundo turno)
2000 26 de março Vladimir Putin Independente 53,4% 68,6%
de 2000

(primeiro turno)
2004 14 de março Vladimir Putin Independente 71,9% 64,3%
de 2004

(primeiro turno)
2008 2 de março Dmitri Rússia Unida 71,2% 69,7%
de 2008 Medvedev
(primeiro turno)
2012 4 de março Vladimir Putin Rússia Unida 63,6% 65,3%
de 2012

(primeiro turno)

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(2) Eleições para a Duma


Primeira festa Segunda festa
Ano Data Nome % voto % assento % assento Nome % voto Vire para fora

(RP) (RP)
1990 4 de março de PCUS NA 86% 14% Independentes NA 77%
1990
1993 dezembro da Rússia 15,51% 21,3% 15,6% Partido Liberal Democrata
22,92% AGORA
12, 1993 Escolha
1995 17 de dezembro Comunista 22,3% 34,9% 11,3% Partido Liberal Democrata 11,18% 64,4%
de 1995 Festa
1999 19 de dezembro Comunista 24,29% 25,1% 16,2% Unidade 23,32% 61,7%
de 1999 Festa
2003 7 de dezembro Unido 37,47% 49,6% 11,6% Comunista 12,61% 55,7%
de 2003 Rússia Festa
2007 2 de dezembro Unido 64,3% 70% 12,7% Comunista 11,57% 63,71%
de 2007 Rússia Festa
2011 4 de dezembro Unido 49,32% 52,9% 20,4% Comunista 19,19% 60,1%
de 2011 Rússia Festa

ESTUDO DE CASO 3: RETIRADA REPETIDA E RECONCILIAÇÃO SOBRE NÃO RESOLVIDAS

LUTAS ÉTNICAS NA BOLÍVIA

A Bolívia reflecte tensões não resolvidas, com a combinação de conflitos étnicos e de classe a permanecerem sementes de
instabilidade. O fracasso na resolução destas tensões deixou o país oscilando entre a democracia e a autocracia, um local de
repetidos retrocessos e reconstruções.40

Desde o período colonial, a Bolívia foi caracterizada por divisões étnicas, com duas áreas amplamente homogêneas: uma
região andina rica em minerais no oeste, onde vive a maioria dos 55% da população indígena do país; e uma região agrícola
rica em hidrocarbonetos no leste, habitada principalmente pela população europeia mestiça e branca. As clivagens étnicas
foram ofuscadas pelas lutas de classes, que no início da década de 1980 se centraram em visões fundamentalmente diferentes
das relações entre o Estado e a economia.

Após a derrubada do Coronel Hugo Banzer Suárez em 1978 e depois do contragolpe “democrático” naquele mesmo ano, as
tensões de classe e étnicas lançaram a Bolívia em turbulência. Os três anos seguintes assistiram a eleições inconclusivas e
manchadas; golpes e contragolpes; e a escalada da agitação popular, impulsionada em parte por queixas económicas.41 A
luta de classes do início da década de 1980 foi ideológica, centrada nas diferenças fundamentais entre os trabalhadores que
procuravam protecções estatais contínuas e as elites políticas que se voltavam para políticas neoliberais. O início da década
de 1980 assistiu assim a políticas repressivas e ao desmantelamento das infra-estruturas do poder da classe popular,
particularmente à destruição dos sindicatos de mineiros de estanho e ao desmantelamento efectivo da empresa mineira estatal,
COMIBOL, deixando dezenas de milhares de mineiros sem trabalho. Mineiros desempregados fugiram para o campo. Eles
encontraram trabalho como pequenos agricultores ou
vendedores e, valendo-se das suas competências organizacionais, contribuíram para o estabelecimento e fortalecimento de
42
organizações que representam camponeses, pequenos agricultores e comerciantes informais.

A repressão sindical e o encerramento de minas, combinados com a expulsão dos mineiros para o campo, colocaram os
líderes partidários na posição de mobilizar a população indígena rural. O movimento cocalero

89
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surgiu, combinando tradições revolucionárias-marxistas dos ex-mineiros realocados e as tradições indígenas de libertação das
comunidades camponesas Quechuas locais43 O Movimiento al Socialismo (MAS), formado por organizações como a Confederação
44
dos Povos Indígenas da Bolívia, mais tarde
45
forças com a Confederação Sindical Unificada dos Trabalhadores Rurais da Bolívia juntou-se ao Sindicalista
46 que se formou nesta época.47
Confederação de Comunidades Interculturais da Bolívia,

Em 1998, esses movimentos evoluíram para dois partidos políticos principais que se mobilizaram cada vez mais em questões
indígenas. O Movimento Indígena Pachakuti (MIP), liderado por Felipe Quispe, apelou principalmente aos indígenas aimarás do
altiplano, e o Instrumento Político para a Soberania dos Povos (IPSP), liderado por Evo Morales, apelou a uma abordagem mais
ampla, interétnica e cruzada. -base social indígena regional.48 O IPSP não foi autorizado a registar-se como partido oficial na
arena eleitoral e, portanto, assumiu o nome de Movimiento al Socialismo (MAS). O MAS ajudou a “indianizar” o nacionalismo
boliviano, trazendo as questões indígenas para o centro da vida política, inspirando-se no legado do movimento indígena
catarista49 da década de 1970.50 Através de ações eleitorais e extraparlamentares, ajudou a trazer as clivagens étnicas para o
centro. do debate político.

Na década de 2000, estas clivagens de identidade animavam partidos indígenas e tradicionais, e as controvérsias centravam-se
cada vez mais na distribuição de recursos. As controvérsias no mandato de Carlos Mesa, presidente da Bolívia, de 17 de outubro
de 2003 a 6 de junho de 2005, centraram-se no controle regional sobre os recursos. Isto incluiu o conflito do gás boliviano,51 que
tirou impulso da Guerra da Água de Cochabamba, ambos reflectindo disputas entre a população indígena e o governo sobre o
controlo dos recursos.52 O Presidente Mesa respondeu resistindo às exigências indígenas, mas também tentando manter
instituições democráticas. . Ele usou gás lacrimogêneo, balas de borracha e canhões de água para reprimir a insurreição indígena
de esquerda, mas resistiu ao uso de força letal. À medida que a revolta aumentava no final de maio e início de junho de 2005, as
forças de direita das terras baixas orientais (o bloco burguês oriental) abandonaram Mesa; eles queriam que os movimentos
fossem esmagados. Mesa renunciou em 6 de junho de 2005, o país avançou para novas eleições e Evo Morales venceu com
maioria absoluta de 54%.53

A primazia dos conflitos baseados em exigências redistributivas e identitárias trouxe novos desafios à democracia. Em 2008, a
Bolívia entrou em crise entre grupos centrados na região indígena andina ocidental e na região mestiça branca das planícies
orientais conhecida como “Media Luna”. Morales tentou reformar a Constituição, nacionalizando recursos, mas também
redistribuindo recursos e poder político para as áreas indígenas. A oposição, a “cívica”, acusou Morales de políticas populistas
destinadas a promover uma exclusão regional e etnocêntrica da população não indígena. Procuraram defender a criação de
governos provinciais autónomos, através de

54
referendos de autonomia, e rejeitar as reformas constitucionais (nacionalização dos hidrocarbonetos,
redistribuição de terras, etc.) Por sua vez, o MAS chamou a oposição de “fascista” e “racista”, acusou a oposição de promover o
separatismo, para formar um Estado nos territórios mais ricos em que os indígenas são a minoria, para que eles permanecem
marginalizados. O conflito não ameaçou os princípios liberais e democráticos, mas antes lançou o país na instabilidade,
repercutindo-se nos países vizinhos. Depois de um ano de política constitucional
a reforma era 55
crise, aprovado.

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4
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NOTAS FINAIS

1
Para uma discussão mais detalhada dos problemas de medição, consulte Lueders, Lust e Waldner (2015).

2
Cf. Gasiorowski (1995), Barraca (2004), Gates et al. (2006), Levitz & Pop-Eleches (2010).
3
Para Tilly, estas são condições necessárias, mas não suficientes, para o retrocesso. A discussão de Dan Slater (2013)
sobre a “inclinação democrática” também enfatiza a importância da responsabilização. Ele define a cambaleação como
“instabilidade política desencadeada por intenso conflito entre actores partidários que implementam visões concorrentes
de responsabilização democrática. . . Quando os actores que argumentam que a democracia exige uma inclusão
substancial de toda a população (responsabilidade vertical) entram em conflito com rivais que defendem a democracia
pelas suas restrições contra concentrações excessivas de poder irresponsável, particularmente no executivo político
(responsabilidade horizontal).” Como salienta, a instabilidade causada por um cabo de guerra sobre a primazia da
responsabilização vertical e horizontal pode potencialmente conduzir ao retrocesso.

4
Ver também Fish (2001) para uma abordagem semelhante à nossa.
5
Seawright (2012) é uma análise indispensável do declínio do sistema partidário tradicional que
permitiu que Fujimori chegasse ao poder pela primeira vez.
6
Kienle (2001) é a melhor pesquisa sobre o período de “deliberalização” do Egito. Blaydes (2010) é um
análise exaustiva do uso e abuso das eleições pelos governantes autocráticos do Egito.
7
Ver Karlekar (2014). Para efeito de comparação, a China, o Irão e a Coreia do Norte receberam pontuações de 84, 90,
e 97 respectivamente.
8
Esta visão contrasta com a de Gates et al. (2006), que consideram “consistente” e
instituições “inconsistentes” dentro dos regimes, vendo o papel destas instituições como bastante estático ao longo do
tempo. Para eles, “Consistência significa um conjunto de instituições que se reforçam mutuamente. Tanto para as democracias
como para as autocracias, estas instituições reforçadoras apoiam-se mutuamente, servindo assim para perpetuar o
regime” (p. 894).
9
Omitimos a discussão sobre a intervenção directa através de esforços abertos ou secretos por parte de agências militares ou
de segurança para desencadear mudanças políticas através de ocupação militar, assassinato, patrocínio de golpes de estado, etc.
10
É claro que o retrocesso também pode ocorrer num regime autocrático.
11
Lust, Soltan e Wichmann (2013), cap. 5.
12
Mais tecnicamente, as instituições devem ser “exógenas” ao resultado. Reconhecemos que todos os argumentos causais
são vulneráveis à endogeneidade; mas pensamos que este problema é particularmente pronunciado nos argumentos
institucionais precisamente porque os actores poderosos e estratégicos têm um forte interesse e capacidade para moldar a
formação de instituições. Uma questão relacionada que não abordamos diretamente aqui é que atores poderosos podem
subverter ou escapar das restrições institucionais –
na verdade, esta é uma maneira de pensar sobre o retrocesso.
13
O exemplo vem de Morton (1999).
14
Por exemplo, dizemos que a água ferve a 212° ao nível do mar.
15
Para nos referirmos ao exemplo da água fervente, a justificativa teórica da condição de escopo em
a nota de rodapé anterior é que o ponto de ebulição é definido como a temperatura na qual o

1
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a pressão de vapor da água é igual à pressão que envolve o líquido, de modo que pressões atmosféricas mais elevadas
impõem pontos de ebulição mais elevados.
16
Note-se que a assimetria entre falsificação, que implica um grau de finalidade, e
corroboração, o que implica, pelo menos na importante formulação de Popper, nada mais do que a ausência provisória de
falsificação. Abordamos a verdade assintoticamente, tentando e falhando em falsificar hipóteses.

17
Um coeficiente de inclinação zero significa uma linha horizontal, tal que y2 – y1 = 0. À medida que x muda, y
continua sem alteração.
18
Isso pode parecer estranho para você. Embora tenhamos amostrado apenas 1.000 dos 65 milhões de egípcios adultos, em
num estudo sobre democracia e rendimento, poderíamos incluir praticamente todos os países, por isso temos um
censo, não uma amostra. Pense desta forma: se para cada país tivermos dados sobre o rendimento e sobre cinco variáveis
de controlo: então teremos observações de apenas um subconjunto das combinações possíveis
dessas seis variáveis. Se, tal como o rendimento, outras variáveis são também variáveis contínuas (por exemplo, a
fragmentação étnica é um número entre 0 e 1), então existe um enorme número de combinações potenciais de variáveis
e observamos apenas um pequeno subconjunto do número total de variáveis contrafactuais. combinações que, se tivessem
sido observadas, poderiam ter produzido diferentes estimativas de parâmetros.

19
Aqui é necessário voltar à discussão da coerência da teoria; ao lidar com
ligações intermediárias, o fardo de demonstrar consistência e integridade aumenta proporcionalmente.

20
Variáveis, eventos e mecanismos não são sinônimos um do outro, embora o uso atual
não é tão preciso quanto se gostaria. Omitimos a discussão aqui; para detalhes, ver Waldner (2014).
21
Há mais que pode ser dito sobre a inferência causal qualitativa. De acordo com propostas recentes de Waldner
(2014), a inferência causal pode ser alcançada através da elaboração de inferências de mapas históricos de eventos
para gráficos causais.
22
Vale a pena notar que outros observadores discordam. Veja Madeiras (2010).
23
Human Rights Watch (2008).
24
Relatório Waki (2008).
25
Anistia Internacional (2013)
26
Esses indivíduos, que passaram a ser conhecidos como Ocampo Six, incluíam Uhuru Kenyatta, Francis Muthaura
e Mohammed Ali do PNU e William Ruto, Henry Kosgey e Joshua Sang do ODM.

27Coligação Internacional para a Responsabilidade de Proteger (2014).


28
Notícias da BBC (2013)
29
Sobre a Rússia, ver Colton e McFaul (2002). Descobriram que 62,9% dos russos apoiam a democracia, mais
de dois terços acreditam que o parlamento deveria ser pelo menos tão poderoso quanto o presidente, quase 86% acreditam
que eleger funcionários públicos e votar nas eleições é importante e quase 80% valorizam a liberdade dos meios de
comunicação social.

Pew (2008) sugere conclusões semelhantes, embora os entrevistados sejam a favor de um governo de estilo soviético
com democracia. No Egito, consulte Transtionalgovernanceproject.com.

2
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30
Isto é semelhante aos resultados das análises dos dados do Barómetro Árabe. Ver Jamal e Tessler (2008).
31
Ver também McFaul e Colton (2001), que consideram que “a maioria dos russos (56,2%) acredita que não tem
voz naquilo que o actual governo faz. Finalmente, 71,5% dos russos estão insatisfeitos com a forma como a
democracia funciona na Rússia. No entanto, uma sólida maioria (58,4%) dos russos pensa que um sistema
democrático é uma forma apropriada de governar a Rússia, em oposição a apenas 24,4% que acreditam que é
uma má forma de governar o país.” Da mesma forma, o Pew Research Center (2008) conclui que cerca de metade
dos entrevistados que valorizam a democracia acreditam que a Rússia a alcançou e a outra metade não.

32
Centro de Pesquisa Pew (2008).
33
Entrevista com o autor, Cairo, agosto de 2014.
34
A Lei de Protesto promulgada em 24 de novembro de 2013 está em contradição com os compromissos
internacionais do Egito com a liberdade de reunião (Artigo 20 da Declaração Universal dos Direitos Humanos) e o
Artigo 73 da Constituição, que concede direitos para “organizar reuniões públicas, marchas, manifestações
e outros protestos pacíficos com notificação prévia das autoridades, desde que estejam desarmados. Assembleias
privadas pacíficas podem ser realizadas sem notificação prévia e gozam de proteção expressa contra vigilância
por parte de agências de segurança ou de inteligência.” (Carter Center 2014, p. 21.)

Isto abre a possibilidade para uma série de interpretações (negativas) do Artigo 7, que “proíbe reuniões públicas,
procissões ou protestos se os interesses de terceiros forem afetados ou se o tráfego rodoviário for obstruído” (Carter
Center 2014, p. 21). .
35
Os observadores sugerem que representa 20% do eleitorado, ou quase 8 milhões dos cerca de 40 milhões de
eleitores elegíveis.
36
Centro Carter (2014), pág. 8
37
Ver discussão do Artigo 157 em Ibid., p. 25.
38
Ver discussão do Artigo 102 em Ibid., pp. 107-1 25-2
39
Ibidem.

40
Os indicadores quantitativos indicam que a Bolívia passou por cinco retrocessos, em 1974, 1980,
1995, 2002 e 2003, e viu golpes militares em 1951, 1964, 1969, 1970, 1971, 1974 e 1980, dependendo da
medida.
41
Kohut e Vilella (2010).
42
Webber (2011).
43
Ibidem.

44
A Confederação dos Povos Indígenas da Bolívia (CIDOB) é uma organização representativa nacional do movimento
indígena boliviano. Foi fundada em outubro de 1982 em Santa Cruz de la Sierra como Confederação de

O presente estudo é baseado nos resultados da Conferência IEEE Transactions on Electrical Engineering (TEE) de
2013.
Atualmente, a CIDOB reúne 34 pessoas que vivem nas Terras Baixas da Bolívia, em sete dos nove departamentos da
Bolívia: Santa Cruz, Beni, Pando, Tarija, Chuquisaca, Cochabamba e La Paz.

3
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Entre as principais mobilizações desde a sua criação, a Confederação dos Povos Indígenas da Bolívia participou em
marchas pela reforma agrária, pela autonomia indígena e por um Estado plurinacional. (Chávez 2010).

45
A Confederação Sindical Unificada dos Trabalhadores Rurais da Bolívia (espanhol: Confederación Sindical Única
de Trabajadores Campesinos de Bolivia, CSUTCB) é o maior sindicato de camponeses da Bolívia. A CSUTCB foi
formada em 1979 em oposição aos sindicatos camponeses patrocinados pelo governo e imediatamente substituiu a
Confederação Nacional dos Trabalhadores Camponeses da Bolívia.
Sob a liderança do Movimento Revolucionário Tupaj Katari, o CSUTCB tornou-se uma organização independente. A
CSUTCB envolveu-se na federação trabalhista Central Obrera Boliviana (COB) e (devido ao declínio da federação
dos mineiros) tornou-se uma força dirigente na COB. Através da pressão da CSUTCB, a COB ultrapassou um foco
puramente de classe para abordar também as exigências indígenas. Durante a década de 1990, a CSUTCB foi além
da sua base de apoio de povos indígenas de língua aimará, trazendo para suas fileiras indígenas de língua guarani
e quíchua. A CSUTCB desempenhou um papel significativo na série de manifestações que derrubaram o presidente
Carlos Mesa em 2005. A CSUTCB apoiou a nacionalização das reservas de gás natural da Bolívia e opôs-se à
privatização da água.

46
A Confederação de Comunidades Interculturais da Bolívia (CSCIB) é uma união camponesa de comunidades
rurais nas terras baixas da Bolívia, cujos membros incluem pessoas de origem nas terras altas. É liderado por Pedro
Calderon e inclui federações em seis departamentos: La Paz, Cochabamba, Santa Cruz, Tarija, Chuquisaca e Beni.

47
Stefanoni, P. e Hervé D. (2006).
48
O líder do MAS, Evo Morales, nasceu em 26 de outubro de 1959, na província de Sud Carangas, no departamento
de Oruro. Quatro de seus sete irmãos indígenas aimarás morreram de doenças relacionadas à pobreza e à ausência
de uma infraestrutura de saúde adequada na região. Sua família, como muitos outros, migrou para o norte da
Argentina em busca de trabalho. Na Argentina, Morales abandonou a escola devido a dificuldades com a língua
espanhola. Ele foi criado exclusivamente em aimará. Acabaria por regressar à escola em Oruro, trabalhando em
vários pontos como padeiro e trompetista na conhecida Banda Real Imperial. No início da década de 1980, sua
família foi forçada a migrar para o Chapare devido a uma grande seca no altiplano .

(Stefanoni e Do Alto 2006, pp. 53–6). Hoje, sua língua principal é o espanhol e, embora também seja relativamente
fluente em quíchua (devido ao tempo que passou no Chapare), ele não fala mais o aimará com segurança. No
Chapare, Morales iniciou sua ascensão gradual nas fileiras dos sindicatos camponeses cocaleros , tornando-se
secretário-geral das Seis Federações em 1988. Dez anos depois, foi eleito líder do MAS e mantém este cargo desde
então.
49
Katarismo (espanhol: Katarismo) é uma tendência política na Bolívia, em homenagem ao líder indígena do século
XVIII, Túpaj Katari. O movimento catarista começou a articular-se publicamente no início da década de 1970,
recuperando uma identidade política do povo aimará. O movimento centrou-se em torno de dois entendimentos
principais: que o legado colonial continuou nas repúblicas latino-americanas após a independência e que a população
indígena constituía a maioria demográfica (e, portanto, essencialmente, a política) na Bolívia. O Katarismo sublinha
que os povos indígenas da Bolívia sofrem tanto de opressão de classe (no sentido económico marxista) como de
opressão étnica.

4
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A reforma agrária de 1953 permitiu que um grupo de jovens aimarás iniciasse estudos universitários em La
Paz na década de 1960. Na cidade enfrentaram preconceitos e pensamentos cataristas começaram a
surgir entre os estudantes. Eles foram inspirados pela retórica da revolução nacional e também por Fausto
Reinaga, escritor e fundador do Partido Indígena da Bolívia.[3] O grupo formou o Movimento Universitário
Julian Apansa, MUJA, que se organizou em torno de demandas culturais como a educação bilíngue. O seu
líder mais destacado foi Jenaro Flores Santos (que em 1965 regressou ao campo, para liderar as lutas
camponesas). Outra figura de destaque foi Raimundo Tambo.

No Sexto Congresso Nacional Camponês de 1971, o congresso da Confederação Nacional Camponesa,


os cataristas emergiram como uma importante facção de oposição contra as forças pró-governo. O
massacre de Tolata em 1973 (no qual foram mortos pelo menos 13 camponeses quíchuas) radicalizou o
movimento catarista. Após o massacre, os Kataristas emitiram o Manifesto Tiwanaku de 1973, que via o
povo Quechua como explorado economicamente e oprimido cultural e politicamente. Nesta visão, a
consciência de classe camponesa e a consciência étnica Aymara e Quechua eram complementares porque
viam o capitalismo, bem como o colonialismo, como a raiz da exploração.

O Katarismo fez o seu avanço político no final da década de 1970, através do papel de liderança que os
cataristas desempenharam no CSUTCB. Os Kataristas pressionaram o CSUTCB a tornar-se mais
indigenizado. Eventualmente, os Kataristas se dividiram em dois grupos. O primeiro, de vertente mais
reformista, foi liderado por Victor Hugo Cardenas, que mais tarde serviu como vice-presidente de Gonzalo
Sanchez de Lozada, liderando os esforços para institucionalizar um multiculturalismo neoliberal liderado
pelo Estado. Uma segunda linha articulou um caminho de nacionalismo aimará. Uma ala política do
movimento, o Movimento Revolucionário Tupaj Katari (MRTK), também foi lançada. Esta corrente radical
do catarismo foi representada por Felipe Quispe (também conhecido como El Mallku), que participou na
fundação do Exército Guerrilha Tupaj Katari na década de 1980. Este grupo mais tarde tornou-se o MIP
(Movimento Indígena Pachakuti), que se tornou um crítico declarado do Consenso neoliberal de Washington
e se uniu em torno da solidariedade de base étnica. Quispe defendeu a criação de um novo país soberano,
a República de Quillasuyo, em homenagem a uma das quatro regiões do antigo império onde os Incas
conquistaram os Aymaras. O atual vice-presidente da Bolívia, Alvaro Garcia Linera, fazia parte deste grupo.
A organização Katarista foi enfraquecida institucionalmente durante a década de 1980. Neste contexto as
ONGs começaram a se apropriar dos símbolos cataristas. Partidos populistas, como o CONDEPA, também
começaram a integrar símbolos cataristas em seu discurso. Depois de o Movimento Nacionalista
Revolucionário (MNR) ter incorporado temas cataristas na sua campanha eleitoral de 1993, outros partidos
tradicionais seguiram o exemplo (mais notavelmente o Movimento de Esquerda Revolucionária). (Sanjinés,
pp. 14-15; Stern, pp. 390-391; Van Cott, p. 55)
50
Stefanoni, P. & Hervé D. (2006), pp. 64–9.
51
A Guerra do Gás centrou-se na controversa decisão do partido Movimento Revolucionário Nacional
(MNR) de exportar gás boliviano através dos portos chilenos que haviam sido tomados pelo Chile na
Guerra do Pacífico da década de 1870. O então presidente Gonzalo Sánchez de Lozada 'Goni' renunciou
e fugiu para os Estados Unidos. O vice-presidente Carlos Mesa sucedeu Goni. Ele foi então forçado a
renunciar em meio a novos protestos generalizados em El Alto, La Paz e Cochambamba em junho de
2005. Isto levou à escolha do juiz Eduardo Rodriguez como chefe de um governo interino, que proporcionou
um cenário para novas eleições em dezembro de 2005. vários novos partidos entraram no quadro político.
O partido MAS de Evo Morales foi eleito e começou a implementar a Agenda de Outubro, um conjunto de
reivindicações do movimento social decorrentes da Guerra do Gás.
52
Vibeke (2008).

5
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53
Ibidem.

54
Referendos sobre estatutos de autonomia departamental foram realizados em quatro departamentos da Bolívia—
Beni, Pando, Santa Cruz e Tarija — em Maio e Junho de 2008. Estes quatro departamentos, conhecidos como Media Luna,
votaram a favor da autonomia nas eleições de Junho de 2006. O Tribunal Nacional Eleitoral bloqueou os referendos, por
serem inconstitucionais, uma vez que a constituição em vigor na altura não previa a autonomia departamental (ao abrigo da
Lei-Quadro da Autonomia, aprovada em 2010, os estatutos de autonomia devem ser harmonizados com a Constituição de
2009 antes sendo promulgada).

O primeiro referendo sobre autonomia foi realizado no Departamento de Santa Cruz em 4 de maio de 2008. Referendos
sobre autonomia foram realizados no Departamento de Beni e no Departamento de Pando, na Bolívia, em 1º de junho de 2008.
Ambos os departamentos aprovaram a autonomia com pouco mais de 80% dos votos. A participação foi de apenas 34,5%
em Beni e pouco mais de 50% em Pando. Um referendo semelhante foi realizado no departamento de Tarija em 22 de
junho de 2008.
55
A Reforma Constitucional foi aprovada por 164 dos 255 deputados.

A Constituição de 2009 define a Bolívia como um estado unitário, plurinacional e secular (em vez de católico, como antes),
formalmente conhecido como Estado Plurinacional da Bolívia. Exige uma economia mista de propriedade estatal, privada e
comunitária; restringe a propriedade privada de terras a um máximo de 5.000 hectares (12.400 acres); reconhece uma
variedade de autonomias em nível local e departamental. Eleva as autoridades eleitorais a um quarto poder constitucional,
introduz a possibilidade de revogação de eleições para todos os funcionários eleitos e amplia o Senado. O Judiciário será
reformado e os juízes serão eleitos no futuro e não serão mais nomeados pelo Congresso Nacional. Declara que os recursos
naturais são domínio exclusivo do povo boliviano, administrados pelo Estado. Sucre será reconhecida como a capital da
Bolívia, mas as instituições permanecerão onde estão (executivo e legislativo em La Paz, judiciário em Sucre). As
autoridades eleitorais ficarão situadas em Sucre.

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