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LÍNGUA PORTUGUESA

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SUMÁRIO

Compreensão e interpretação de textos 3


Tipologia textual 7
Ortografia oficial 12
Acentuação gráfica 22
Emprego das classes de palavras 26
Emprego do sinal indicativo de crase 39
Sintaxe da oração e do período 45
Pontuação 51
Concordância nominal e verbal 54
Regência nominal e verbal 64
Significação das palavras 67
Redação de correspondências oficiais 68

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Compreensão e interpretação de textos

A leitura é o meio mais importante para chegarmos ao conhecimento, portanto, precisamos


aprender a ler e não apenas “passar os olhos sobre algum texto”. Ler, na verdade, é dar
sentido à vida e ao mundo, é dominar a riqueza de qualquer texto, seja literário, informativo,
persuasivo, narrativo, possibilidades que se misturam e as tornam infinitas. É preciso, para
uma boa leitura, exercitar-se na arte de pensar, de captar ideias, de investigar as palavras…
Para isso, devemos entender, primeiro, algumas definições importantes:

Texto
O texto (do latim textum: tecido) é uma unidade básica de organização e transmissão de
ideias, conceitos e informações de modo geral. Em sentido amplo, uma escultura, um
quadro, um símbolo, um sinal de trânsito, uma foto, um filme, uma novela de televisão
também são formas textuais.

Interlocutor
É a pessoa a quem o texto se dirige.

Texto-modelo
“Não é preciso muito para sentir ciúme. Bastam três – você, uma pessoa amada e uma
intrusa. Por isso todo mundo sente. Se sua amiga disser que não, está mentindo ou se
enganando. Quem aguenta ver o namorado conversando todo animado com outra menina
sem sentir uma pontinha de não-sei-o-quê? (…) É normal você querer o máximo de atenção
do seu namorado, das suas amigas, dos seus pais. Eles são a parte mais importante da sua
vida.” (Revista Capricho)

Modelo de Perguntas
1) Considerando o texto-modelo, é possível identificar quem é o seu interlocutor
preferencial? Um leitor jovem.

2) Quais são as informações (explícitas ou não) que permitem a você identificar o


interlocutor preferencial do texto? Do contexto podemos extrair indícios do interlocutor
preferencial do texto: uma jovem adolescente, que pode ser acometida pelo ciúme.
Observa-se ainda, que a revista Capricho tem como público-alvo preferencial: meninas
adolescentes. A linguagem informal típica dos adolescentes.

09 DICAS PARA MELHORAR A INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

01) Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;

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02) Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura;
03) Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos duas vezes;
04) Inferir;
05) Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
06) Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor;
07) Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor compreensão;
08) Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;
09) O autor defende ideias e você deve percebê-las;
Fonte:
http://portuguesemfoco.com/09-dicas-para-melhorar-ainterpretacao-de-textos-em-provas/

Não saber interpretar corretamente um texto pode gerar inúmeros problemas,


afetando não só o desenvolvimento profissional, mas também o desenvolvimento pessoal. O
mundo moderno cobra de nós inúmeras competências, uma delas é a proficiência na língua,
e isso não se refere apenas a uma boa comunicação verbal, mas também à capacidade de
entender aquilo que está sendo lido. O analfabetismo funcional está relacionado com a
dificuldade de decifrar as entrelinhas do código, pois a leitura mecânica é bem diferente da
leitura interpretativa, aquela que fazemos ao estabelecer analogias e criar inferências. Para
que você não sofra mais com a análise de textos, elaboramos algumas dicas para você
seguir e tirar suas dúvidas.
Uma interpretação de texto competente depende de inúmeros fatores, mas nem por
isso deixaremos de contemplar alguns que se fazem essenciais para esse exercício. Muitas
vezes, apressados, descuidando-nos das minúcias presentes em um texto, achamos que
apenas uma leitura já se faz suficiente, o que não é verdade. Interpretar demanda paciência
e, por isso, sempre releia, pois uma segunda leitura pode apresentar aspectos
surpreendentes que não foram observados anteriormente. Para auxiliar na busca de
sentidos do texto, você pode também retirar dele os tópicos frasais presentes em cada
parágrafo, isso certamente auxiliará na apreensão do conteúdo exposto. Lembre-se de que
os parágrafos não estão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira aleatória,
se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários, estabelecendo uma relação
hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias supracitadas ou apresentando
novos conceitos.
Para finalizar, concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo autor: os
textos argumentativos não costumam conceder espaço para divagações ou hipóteses,
supostamente contidas nas entrelinhas. Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer
dizer que você precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental que não
criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas. Quem lê com cuidado
certamente incorre menos no risco de tornar-se um analfabeto funcional e ler com atenção é
um exercício que deve ser praticado à exaustão, assim como uma técnica, que fará de nós
leitores proficientes e sagazes. Agora que você já conhece nossas dicas, desejamos a você
uma boa leitura e bons estudos!
Fonte:
http://portugues.uol.com.br/redacao/dicas-para-uma-boainterpretacao-texto.html
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Questões

O uso da bicicleta no Brasil

A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil ainda conta com poucos
adeptos, em comparação com países como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a
bicicleta é um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez mais pessoas
começam a acreditar que a bicicleta é, numa comparação entre todos os meios de
transporte, um dos que oferecem mais vantagens.
A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas e a outros veículos que, por
lei, devem andar na via e jamais na calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos
considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e prioridade sobre os
automotores.
Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à bicicleta no dia a dia são: a
valorização da sustentabilidade, pois as bikes não emitem gases nocivos ao ambiente, não
consomem petróleo e produzem muito menos sucata de metais, plásticos e borracha; a
diminuição dos congestionamentos por excesso de veículos motorizados, que atingem
principalmente as grandes cidades; o favorecimento da saúde, pois pedalar é um exercício
físico muito bom; e a economia no combustível, na manutenção, no seguro e, claro, nos
impostos.
No Brasil, está sendo implantado o sistema de compartilhamento de bicicletas. Em
Porto Alegre, por exemplo, o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da Prefeitura, em
parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, com quase um ano de operação. Depois de
Rio de Janeiro, São Paulo, Santos, Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país
aderirem a esse sistema, mais duas capitais já estão com o projeto pronto em 2013: Recife
e Goiânia. A ideia do compartilhamento é semelhante em todas as cidades. Em Porto
Alegre, os usuários devem fazer um cadastro pelo site. O valor do passe mensal é R$ 10 e o
do passe diário, R$ 5, podendo-se utilizar o sistema durante todo o dia, das 6h às 22h, nas
duas modalidades. Em todas as cidades que já aderiram ao projeto, as bicicletas estão
espalhadas em pontos estratégicos.
A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção não está consolidada em
nossa sociedade. Muitos ainda não sabem que a bicicleta já é considerada um meio de
transporte, ou desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de um trânsito
caótico numa cidade grande, carros, motocicletas, ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se,
causando, muitas vezes, discussões e acidentes que poderiam ser evitados.
Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A verdade é que, quando
expostos nas vias públicas, eles estão totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas.
Por isso é tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A maior parte dos
motoristas de carros, ônibus, motocicletas e caminhões desconhece as leis que abrangem
os direitos dos ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos e deveres.
Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de vida e usá-la como meio de locomoção
precisa compreender que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para poder
trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, as bicicletas devem,

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obrigatoriamente, ser equipadas com campainha, sinalização noturna dianteira, traseira,
lateral e nos pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo.
(Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. Adaptado)

01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de locomoção nas
metrópoles brasileiras
(A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra devido à falta de
regulamentação.
(B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido incentivado em várias cidades.
(C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela maioria dos moradores.
(D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com os demais meios de
transporte.
(E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade arriscada e pouco salutar.

02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos objetivos centrais do texto é
(A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do ciclista.
(B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é mais seguro do que dirigir
um carro.
(C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta no Brasil.
(D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio de locomoção se
consolidou no Brasil.
(E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista deve dar prioridade ao
pedestre.

03. Considere o cartum de Evandro Alves.


Afogado no Trânsito

(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br)

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Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto concluir que um dos
temas diretamente explorados no cartum é
(A) o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas.
(B) a má qualidade da pavimentação em algumas ruas.
(C) a arbitrariedade na definição dos valores das multas.
(D) o número excessivo de automóveis nas ruas.
(E) o uso de novas tecnologias no transporte público.

Respostas
1. (B) / 2. (A) / 3. (D)

Tipologia textual

Gênero textual é um conceito que busca compreender e explicar a


materialização dos inúmeros textos que utilizamos na vida diária, desde mensagens
telefônicas e posts em redes sociais até entrevistas de emprego, artigos científicos e
outros.
Os gêneros e tipos textuais relacionam-se, pois aqueles se utilizam destes na
sua estrutura. Além disso, outros elementos caracterizam os gêneros, como
interlocutor, contexto, função social e linguagem.
Tipos e gêneros textuais
Existem duas grandes categorias no estudo dos textos:
● tipos textuais
● gêneros textuais
Ambas existem de modo paralelo, mas partem de posicionamentos distintos,
por isso contemplam aspectos diversos e complementares para categorizar e
organizar a variedade de textos que existe em nossas sociedades.
A tipologia textual é uma categoria que se refere aos aspectos sequenciais e
composicionais dos textos, como suas características sintáticas, lexicais e
estruturais. Desse modo, o que se pretende, com essa categoria, é analisar a forma
como os textos organizam-se linguisticamente para cumprirem suas funções
comunicativas.
O gênero textual, por sua vez, é outra categoria que prioriza os traços
comunicativos, contextuais e sociais que influenciam, também, na organização dos
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textos. Essa categoria classifica os textos por suas funções sociocomunicativas,
considerando-se, além da estrutura linguística, os aspectos extralinguísticos.
Os gêneros textuais são fluidos e mutáveis, sempre se adequando às novas
necessidades sociais, entretanto, todos eles obedecem às regras de natureza
linguística e textual que se apresentam em todos os gêneros, ou seja, os tipos
textuais são aplicados na construção e modificação dos gêneros textuais.
Por meio dessa relação, é possível estabelecer-se combinações entre tipos e
gêneros textuais. É importante ressaltar que um único gênero pode conter diversos
tipos textuais, com predominância de um ou mais. Em alguns casos, é possível
encontrar gêneros com uma tipologia específica.
Segue uma lista com os principais tipos textuais e as possíveis relações entre
os tipos e gêneros textuais:

Um mesmo gênero pode abarcar mais de um tipo textual, isso demonstra que
utilizamos diversas sequências linguísticas para construir nossos textos, sempre as
mesclando para potencializar a nossa escrita. Além disso, é importante lembrar que,
a depender da intenção do autor, os tipos textuais podem ser utilizados em
hierarquias e arranjos diversos.
Por exemplo, uma notícia pode ter predominância do tipo narrativo, pois conta
um fato. Entretanto, a depender do fato a ser contado, o autor pode utilizar o tipo
expositivo para explicar contextos prévios ao acontecimento em questão, ou ainda
utilizar o tipo descritivo para apresentar uma cena do ocorrido ou acrescentar
detalhes a alguma informação.
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Elementos dos gêneros textuais
Gêneros textuais são um conceito amplo e intencionalmente vago que procura
caracterizar os textos, primordialmente, pela sua função sociocomunicativa. Desse
modo, ao debruçar-se nos elementos que caracterizam os gêneros, é possível
identificar aspectos referentes a contexto, interlocutores, intenção comunicativa,
função social e outros.
O primeiro elemento dos gêneros é a sua função social, ou seja, identificamos
qual a finalidade, utilidade ou importância que determinados textos cumprem nas
sociedades e suas culturas. É importante considerar que o estudo do gênero
valoriza a linguagem como ação comunicativa ou ação social, logo, todo texto nasce
de um intuito, de uma necessidade, pessoal ou coletiva, por isso é essencial
considerar esse elemento na análise dos gêneros.
Partindo dessas considerações, o segundo elemento essencial do gênero é o
que envolve os participantes da interação, ou seja, autor/locutor e leitor/ouvinte.
Todo indivíduo possui uma identidade, um status, ou outros valores que marcam a
sua posição social em determinada cultura, desse modo, a identidade dos sujeitos
envolvidos influencia tanto na produção quanto na recepção dos textos. Os
interlocutores, por isso, são elemento essencial dos gêneros textuais. É necessário
considerar-se quem escreve e para quem se escreve.
Outro elemento é o contexto de uso, que se refere ao local cultural, no qual o
texto está inserido. Por exemplo, uma fala dentro do contexto jurídico exige certas
adequações que são próprias desse ambiente, por isso os textos sofrem essa
exigência. De modo semelhante, outro exemplo é a produção de diferentes falas,
nos mesmos interlocutores, a depender de estarem em um ambiente pessoal ou
profissional. Sendo assim, considerar o contexto de uso é imprescindível para
identificar e categorizar os gêneros.
Após a identificação dos elementos anteriores, ainda é importante observar
dois outros: a linguagem e o meio de divulgação. Nem todo texto utiliza a linguagem
verbal, e outros ainda mesclam diversos tipos de linguagem, sendo assim, é
necessário considerar também quais são os tipos de linguagem utilizados em cada
gênero. Além disso, o lugar de divulgação dos textos também interfere, por exemplo:
um post no Twitter possui um limite de caracteres que condensa as informações
divulgadas.

Diferenças entre tipo e gênero textual


Como mencionado, as categorias tipo e gênero, no tocante aos estudos do
texto, referem-se a classificações distintas e, em certa medida, complementares. É
importante, assim, saber distinguir os limites que cada classificação possui para
analisar melhor os textos e, com isso, amadurecer os domínios de produção e
interpretação textual.

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Tipo textual é uma categoria da organização estrutural dos textos, fornecendo
classificações de sequências disponíveis para construir-se os variados gêneros
textuais existentes. Em outras palavras, o autor, a depender do seu contexto
comunicativo, vai escolher lançar mão do tipo narrativo, descritivo, expositivo,
argumentativo ou outro, no intuito de alcançar seu objetivo.
Os gêneros textuais, por sua vez, classificam os textos com base em suas
condições de uso bem como na influência dessas condições na estrutura do texto.
Sendo assim, ao falarmos de gênero textual, buscamos identificar aspectos
contextuais, características dos interlocutores, função social do texto, tipo e
adequação da linguagem, canal de transmissão, entre outros. Ao considerarmos
esses elementos, é sempre importante estabelecermos a relação deles com a
caracterização do gênero.
A seguir, um modelo de possíveis modos de analisar-se determinado gênero e
relacioná-lo com seus tipos textuais.

Gêneros textuais e gêneros literários


Nos estudos dos gêneros textuais literários, existem algumas especificidades
que não são comuns aos outros gêneros, por isso cabe uma análise mais específica
desta categoria. A princípio os gêneros literários diferem-se, principalmente, por seu
teor artístico, de modo que a estética torna-se elemento fundamental para seus
diversos gêneros.
Romance, conto e filme são gêneros que possuem algumas semelhanças,
como a predominância do tipo narrativo, entretanto, cada um deles possui estruturas
bem diferentes. Um conto propõe-se a ser uma leitura mais rápida que um romance,

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logo, a condensação das informações, a redução de fatos, e as estratégias estéticas
alinham-se a essa necessidade.
Além disso, é importante lembrar-se de que, diferentemente dos outros
gêneros, os textos literários não possuem uma função prática na sociedade, logo, os
critérios de análise diferem-se para essa categoria. É importante considerar, nos
gêneros literários, os aspectos tipológicos (narração, descrição, exposição); a
configuração em prosa ou poesia; e outros tópicos, como tamanho, veículos de
divulgação, linguagens utilizadas, que podem demonstrar-se relevantes na estética
literária.

Questão 1 – (Enem)

Ao circularem socialmente, os textos realizam-se como práticas de linguagem,


assumindo funções específicas, formais e de conteúdo. Considerando o contexto em
que circula o texto publicitário, seu objetivo básico é
A) definir regras de comportamento social pautadas no combate ao
consumismo exagerado.
B) influenciar o comportamento do leitor, por meio de apelos que visam à
adesão ao consumo.
C) defender a importância do conhecimento de informática pela população de
baixo poder aquisitivo.
D) facilitar o uso de equipamentos de informática pelas classes sociais
economicamente desfavorecidas.
E) questionar o fato de o homem ser mais inteligente que a máquina, mesmo
a mais moderna.
Resolução
Alternativa B. O enunciado priorizou o aspecto contextual, elemento dos
gêneros textuais, para perguntar ao aluno qual o objetivo desse gênero,
considerando-se essa informação. A questão trata do gênero publicitário, o qual tem
como função apresentar marcas e produtos e convencer o seu público a adquiri-los.

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Sendo assim, a alternativa correta é a que afirma que a finalidade é a de influenciar
e convencer os leitores a comprarem o seu produto.

Questão 2 – (Enem)
Câncer 21/06 a 21/07
O eclipse em seu signo vai desencadear mudanças na sua autoestima e no
seu modo de agir. O corpo indicará onde você falha — se anda engolindo sapos, a
área gástrica se ressentirá. O que ficou guardado virá à tona, pois este novo ciclo
exige uma “desintoxicação”. Seja comedida em suas ações, já que precisará de
energia para se recompor. Há preocupação com a família, e a comunicação entre os
irmãos trava. Lembre-se: palavra preciosa é palavra dita na hora certa. Isso ajuda
também na vida amorosa, que será testada. Melhor conter as expectativas e ter
calma, avaliando as próprias carências de modo maduro. Sentirá vontade de olhar
além das questões materiais — sua confiança virá da intimidade com os assuntos da
alma.
Revista Cláudia. Nº 7, ano 48, jul. 2009.
O reconhecimento dos diferentes gêneros textuais, seu contexto de uso, sua
função específica, seu objetivo comunicativo e seu formato mais comum
relacionam-se com os conhecimentos construídos socioculturalmente. A análise dos
elementos constitutivos desse texto demonstra que sua função é:
A) vender um produto anunciado.
B) informar sobre astronomia.
C) ensinar os cuidados com a saúde.
D) expor a opinião de leitores em um jornal.
E) aconselhar sobre amor, família, saúde, trabalho.
Resolução
Alternativa E. O enunciado retoma as questões pertinentes ao estudo dos
gêneros textuais e, em seguida, solicita que o aluno responda qual a função do
gênero apresentado, com base nessas considerações. Desse modo,
considerando-se que o gênero orienta o leitor a respeito dos seus comportamentos
em nas áreas de amor, família, saúde e trabalho, a resposta correta é a E.

Ortografia oficial
A ortografia se caracteriza por estabelecer padrões para a forma escrita das
palavras. Essa escrita está relacionada tanto a critérios etimológicos (ligados à
origem das palavras) quanto fonológicos (ligados aos fonemas representados). É
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importante compreender que a ortografia é fruto de uma convenção. A forma de
grafar as palavras é produto de acordos ortográficos que envolvem os diversos
países em que a língua portuguesa é oficial. A melhor maneira de treinar a ortografia
é ler, escrever e consultar o dicionário sempre que houver dúvida.

O Alfabeto
O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras. Cada letra
apresenta uma forma minúscula e outra maiúscula. Veja:
a A (á)
b B (bê)
c C (cê)
d D (dê) e E (é)
f F (efe) g G (gê ou guê)
h H (agá)
i I (i)
j J (jota)
k K (cá)
l L (ele)
m M (eme)
n N (ene)
o O (ó)
p P (pê)
q Q (quê)
r R (erre)
s S (esse)
t T (tê)
u U (u)
v V (vê)
w W (dáblio)
x X (xis)
y Y (ípsilon)
z Z (zê)

Observação: emprega-se também o ç, que representa o fonema /s/ diante das


letras: a, o, e u em determinadas palavras.

Emprego das letras K, W e Y


Utilizam-se nos seguintes casos:
a) Em antropônimos originários de outras línguas e seus derivados.
Exemplos: Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Taylor, taylorista.

b) Em topônimos originários de outras línguas e seus derivados.


Exemplos: Kuwait, kuwaitiano.

c) Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras adotadas como unidades de


medida de curso internacional.
Exemplos: K (Potássio), W (West), kg (quilograma), km (quilômetro), Watt.

Emprego de X e Ch
Emprega-se o X:

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1) Após um ditongo. Exemplos: caixa, frouxo, peixe Exceção: recauchutar e
seus derivados

2) Após a sílaba inicial “en”.


Exemplos: enxame, enxada, enxaqueca
Exceção: palavras iniciadas por “ch” que recebem o prefixo “en-” Exemplos:
encharcar (de charco), enchiqueirar (de chiqueiro), encher e seus derivados
(enchente, enchimento, preencher...)

3) Após a sílaba inicial “me-”.


Exemplos: mexer, mexerica, mexicano, mexilhão Exceção: mecha

4) Em vocábulos de origem indígena ou africana e nas palavras inglesas


aportuguesadas.
Exemplos: abacaxi, xavante, orixá, xará, xerife, xampu

5) Nas seguintes palavras:


bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar, rixa, oxalá,
praxe, roxo, vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara, xale, xingar, etc.

Emprega-se o dígrafo Ch:


1) Nos seguintes vocábulos:
bochecha, bucha, cachimbo, chalé, charque, chimarrão, chuchu, chute,
cochilo, debochar, fachada, fantoche, ficha, flecha, mochila, pechincha, salsicha,
tchau, etc.
Para representar o fonema /j/ na forma escrita, a grafia considerada correta é
aquela que ocorre de acordo com a origem da palavra. Veja os exemplos:
gesso: Origina-se do grego gypsos jipe: Origina-se do inglês jeep.

Emprega-se o G:
1) Nos substantivos terminados em -agem, -igem, -ugem
Exemplos: barragem, miragem, viagem, origem, ferrugem
Exceção: pajem

2) Nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio


Exemplos: estágio, privilégio, prestígio, relógio, refúgio

3) Nas palavras derivadas de outras que se grafam com g


Exemplos: engessar (de gesso), massagista (de massagem), vertiginoso (de
vertigem)

4) Nos seguintes vocábulos:


algema, auge, bege, estrangeiro, geada, gengiva, gibi, gilete, hegemonia,
herege, megera, monge, rabugento, vagem.

Emprega-se o J:
1) Nas formas dos verbos terminados em -jar ou -jear
Exemplos: arranjar: arranjo, arranje, arranjem despejar: despejo, despeje,
despejem gorjear: gorjeie, gorjeiam, gorjeando enferrujar: enferruje, enferrujem
viajar: viajo, viaje, viajem

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2) Nas palavras de origem tupi, africana, árabe ou exótica
Exemplos: biju, jiboia, canjica, pajé, jerico, manjericão, Moji

3) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam j


Exemplos: laranja- laranjeira
loja- lojista
lisonja - lisonjeador
nojo- nojeira
cereja- cerejeira
varejo- varejista
rijo- enrijecer
jeito- ajeitar

4) Nos seguintes vocábulos:


berinjela, cafajeste, jeca, jegue, majestade, jeito, jejum, laje, traje, pegajento

Emprego das Letras S e Z


Emprega-se o S:
1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam s no radical
Exemplos: análise- analisar
catálise- catalisador
casa- casinha, casebre
liso- alisar

2) Nos sufixos -ês e -esa, ao indicarem nacionalidade, título ou origem


Exemplos: burguês- burguesa
inglês- inglesa
chinês- chinesa
milanês- milanesa

3) Nos sufixos formadores de adjetivos -ense, -oso e -osa


Exemplos: catarinense
gostoso- gostosa
amoroso- amorosa
palmeirense
gasoso- gasosa
teimoso- teimosa

4) Nos sufixos gregos -ese, -isa, -osa


Exemplos: catequese, diocese, poetisa, profetisa, sacerdotisa, glicose,
metamorfose, virose

5) Após ditongos
Exemplos: coisa, pouso, lousa, náusea

6) Nas formas dos verbos pôr e querer, bem como em seus derivados
Exemplos: pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, pusesse, puséssemos quis,
quisemos, quiseram, quiser, quisera, quiséssemos repus, repusera, repusesse,
repuséssemos

7) Nos seguintes nomes próprios personativos:


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Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, Resende, Sousa, Teresa,
Teresinha, Tomás

8) Nos seguintes vocábulos:


abuso, asilo, através, aviso, besouro, brasa, cortesia, decisão,despesa,
empresa, freguesia, fusível, maisena, mesada, paisagem, paraíso, pêsames,
presépio, presídio, querosene, raposa, surpresa, tesoura, usura, vaso, vigésimo,
visita, etc.

Emprega-se o Z:
1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam z no radical
Exemplos: deslize- deslizar
razão- razoável
vazio- esvaziar
raiz- enraizar
cruz-cruzeiro

2) Nos sufixos -ez, -eza, ao formarem substantivos abstratos a partir de


adjetivos
Exemplos: inválido- invalidez
limpo-limpeza
macio- maciez
rígido- rigidez
frio- frieza
nobre- nobreza
pobre-pobreza
surdo-surdez

3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao formar substantivos


Exemplos: civilizar- civilização
hospitalizar- hospitalização
colonizar- colonização
realizar- realização

4) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita


Exemplos: cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito, avezita

5) Nos seguintes vocábulos:


azar, azeite, azedo, amizade, buzina, bazar, catequizar, chafariz, cicatriz,
coalizão, cuscuz, proeza, vizinho, xadrez, verniz, etc.

6) Nos vocábulos homófonos, estabelecendo distinção no contraste entre o S


eoZ
Exemplos: cozer (cozinhar) e coser (costurar)
prezar( ter em consideração) e presar (prender)
traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior)
Observação: em muitas palavras, a letra X soa como Z. Veja os exemplos:
exame exato exausto exemplo existir exótico inexorável

Emprego de S, Ç, X e dos
Dígrafos Sc, Sç, Ss, Xc, Xs
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Existem diversas formas para a representação do fonema /S/.
Observe:

Emprega-se o S:
Nos substantivos derivados de verbos terminados em “andir”,”ender”, “verter”
e “pelir”
Exemplos: expandir- expansão pretender- pretensão verterversão expelir-
expulsão estender- extensão suspender- suspensão converter - conversão repelir-
repulsão

Emprega-se Ç:
Nos substantivos derivados dos verbos “ter” e “torcer”
Exemplos: ater- atenção
torcer- torção
deter- detenção
distorcer-distorção
manter- manutenção
contorcer- contorção

Emprega-se o X:
Em alguns casos, a letra X soa como Ss
Exemplos: auxílio, expectativa, experto, extroversão, sexta, sintaxe, texto,
trouxe

Emprega-se Sc:
Nos termos eruditos
Exemplos: acréscimo, ascensorista, consciência, descender, discente,
fascículo, fascínio, imprescindível, miscigenação, miscível, plebiscito, rescisão,
seiscentos, transcender, etc.

Emprega-se Sç:
Na conjugação de alguns verbos
Exemplos: nascer- nasço, nasça
crescer- cresço, cresça
descer- desço, desça

Emprega-se Ss:
Nos substantivos derivados de verbos terminados em “gredir”, “mitir”, “ceder”
e “cutir”
Exemplos: agredir- agressão
demitir- demissão
ceder- cessão
discutir- discussão
progredir- progressão
transmitir- transmissão
exceder- excesso
repercutir- repercussão

Emprega-se o Xc e o Xs:
Em dígrafos que soam como Ss
Exemplos: exceção, excêntrico, excedente, excepcional, exsudar
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Observações sobre o uso da letra X
1) O X pode representar os seguintes fonemas:
/ch/ - xarope, vexame
/cs/ - axila, nexo
/z/ - exame, exílio
/ss/ - máximo, próximo
/s/ - texto, extenso

2) Não soa nos grupos internos -xce- e -xci


Exemplos: excelente, excitar

Emprego das letras E e I


Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i / pode não ser
nítida. Observe:

Emprega-se o E:
1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -oar, -uar
Exemplos: magoar - magoe, magoes
continuar- continue, continues

2) Em palavras formadas com o prefixo ante- (antes, anterior)


Exemplos: antebraço, antecipar

3) Nos seguintes vocábulos:


cadeado, confete, disenteria, empecilho, irrequieto, mexerico, orquídea, etc.

Emprega-se o I :
1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -air, -oer, -uir
Exemplos: cair- cai
doer- dói
influir- influi

2) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra)


Exemplos: Anticristo, antitetânico

3) Nos seguintes vocábulos:


aborígine, artimanha, chefiar, digladiar, penicilina, privilégio, etc.

Emprego das letras O e U


Emprega-se o O/U:
A oposição o/u é responsável pela diferença de significado de algumas
palavras. Veja os exemplos:
comprimento (extensão) e cumprimento (saudação, realização)
soar (emitir som) e suar (transpirar)

Grafam-se com a letra O: bolacha, bússola, costume, moleque.

Grafam-se com a letra U: camundongo, jabuti, Manuel, tábua

Emprego da letra H
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Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético.
Conservou-se apenas como símbolo, por força da etimologia e da tradição
escrita. A palavra hoje, por exemplo, grafa-se desta forma devido a sua origem na
forma latina hodie.

Emprega-se o H:
1) Inicial, quando etimológico
Exemplos: hábito, hesitar, homologar, Horácio

2) Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh, nh


Exemplos: flecha, telha, companhia

3) Final e inicial, em certas interjeições


Exemplos: ah!, ih!, eh!, oh!, hem?, hum!, etc.

4) Em compostos unidos por hífen, no início do segundo elemento, se


etimológico
Exemplos: anti-higiênico, pré-histórico, super-homem, etc.

Observações:
1) No substantivo Bahia, o “h” sobrevive por tradição. Note que nos
substantivos derivados como baiano, baianada ou baianinha ele não é utilizado.

2) Os vocábulos erva, Espanha e inverno não possuem a letra “h” na sua


composição. No entanto, seus derivados eruditos sempre são grafados com h. Veja:
herbívoro, hispânico, hibernal.

Emprego das Iniciais Maiúsculas e Minúsculas


1) Utiliza-se inicial maiúscula:
a) No começo de um período, verso ou citação direta.
Exemplos: Disse o Padre Antonio Vieira: “Estar com Cristo em qualquer lugar,
ainda que seja no inferno, é estar no Paraíso.”
“Auriverde pendão de minha terra, Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que à luz do sol encerra As promessas divinas da Esperança…” (Castro
Alves)

Observações: - No início dos versos que não abrem período, é facultativo o


uso da letra maiúscula.

Por Exemplo: “Aqui, sim, no meu cantinho,


vendo rir-me o candeeiro,
gozo o bem de estar sozinho
e esquecer o mundo inteiro.”

- Depois de dois pontos, não se tratando de citação direta, usase letra


minúscula.
Por Exemplo: “Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro,
incenso, mirra.” (Manuel Bandeira)

b) Nos antropônimos, reais ou fictícios.


Exemplos: Pedro Silva, Cinderela, D. Quixote.
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c) Nos topônimos, reais ou fictícios.
Exemplos: Rio de Janeiro, Rússia, Macondo.

d) Nos nomes mitológicos.


Exemplos: Dionísio, Netuno.

e) Nos nomes de festas e festividades.


Exemplos: Natal, Páscoa, Ramadã.

f) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais.


Exemplos: ONU, Sr., V. Ex.ª.

g) Nos nomes que designam altos conceitos religiosos, políticos ou


nacionalistas.
Exemplos: Igreja (Católica, Apostólica, Romana), Estado, Nação, Pátria,
União, etc.

Observação: esses nomes escrevem-se com inicial minúscula quando são


empregados em sentido geral ou indeterminado.
Exemplo: Todos amam sua pátria.

Emprego FACULTATIVO de letra maiúscula:


a) Nos nomes de logradouros públicos, templos e edifícios.
Exemplos: Rua da Liberdade ou rua da Liberdade
Igreja do Rosário ou igreja do Rosário
Edifício Azevedo ou edifício Azevedo

2) Utiliza-se inicial minúscula:


a) Em todos os vocábulos da língua, nos usos correntes.
Exemplos: carro, flor, boneca, menino, porta, etc.

b) Nos nomes de meses, estações do ano e dias da semana.


Exemplos: janeiro, julho, dezembro, etc. segunda, sexta, domingo, etc.
primavera, verão, outono, inverno

c) Nos pontos cardeais.


Exemplos: Percorri o país de norte a sul e de leste a oeste.
Estes são os pontos colaterais: nordeste, noroeste, sudeste, sudoeste.

Observação: quando empregados em sua forma absoluta, os pontos cardeais


são grafados com letra maiúscula.
Exemplos: Nordeste (região do Brasil)
Ocidente (europeu)
Oriente (asiático)

Lembre-se:
Depois de dois-pontos, não se tratando de citação direta, usa-se letra
minúscula.

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Exemplo: “Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso,
mirra.” (Manuel Bandeira)

Emprego FACULTATIVO de letra minúscula:


a) Nos vocábulos que compõem uma citação bibliográfica.
Exemplos: Crime e Castigo ou Crime e castigo
Grande Sertão: Veredas ou Grande sertão: veredas
Em Busca do Tempo Perdido ou Em busca do tempo perdido

b) Nas formas de tratamento e reverência, bem como em nomes sagrados e


que designam crenças religiosas.
Exemplos: Governador Mário Covas ou governador Mário Covas
Papa João Paulo II ou papa João Paulo II
Excelentíssimo Senhor Reitor ou excelentíssimo senhor reitor
Santa Maria ou santa Maria.

c) Nos nomes que designam domínios de saber, cursos e disciplinas.


Exemplos: Português ou português
Línguas e Literaturas Modernas ou línguas e literaturas modernas
História do Brasil ou história do Brasil
Arquitetura ou arquitetura

Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/ fono24.php

Emprego do Porquê

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1. Por que (pergunta)
2. Porque (resposta)
3. Por quê (fim de frase: motivo)
4. O Porquê (substantivo)

Questões

01. Que mexer o esqueleto é bom para a saúde já virou até sabedoria
popular. Agora, estudo levanta hipóteses sobre ........................ praticar atividade
física..........................benefícios para a totalidade do corpo. Os resultados podem
levar a novas terapias para reabilitar músculos contundidos ou mesmo para
.......................... e restaurar a perda muscular que ocorre com o avanço da idade.
(Ciência Hoje, março de 2012)

As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:

(A) porque … trás … previnir


(B) porque … traz … previnir
(C) porquê … tras … previnir
(D) por que … traz … prevenir
(E) por quê … tráz … prevenir

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02. Assinale a opção que completa corretamente as lacunas da frase abaixo:
Não sei o _____ ela está com os olhos vermelhos, talvez seja _____ chorou.
(A) porquê / porque;
(B) por que / porque;
(C) porque / por que;
(D) porquê / por quê;
(E) por que / por quê.

Respostas
01. D/02. B

Acentuação gráfica
Acentuação
A acentuação é um dos requisitos que perfazem as regras estabelecidas pela
Gramática Normativa. Esta se compõe de algumas particularidades, às quais
devemos estar atentos, procurando estabelecer uma relação de familiaridade e,
consequentemente, colocando-as em prática na linguagem escrita.

Regras básicas – Acentuação tônica

A acentuação tônica implica na intensidade com que são pronunciadas as


sílabas das palavras. Aquela que se dá de forma mais acentuada, conceitua-se
como sílaba tônica. As demais, como são pronunciadas com menos intensidade, são
denominadas de átonas.

De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas como:

Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a última sílaba.
Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel

Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica se evidencia na penúltima


sílaba.
Ex.: útil – tórax – táxi – leque – retrato – passível

Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica se evidencia na


antepenúltima sílaba.
Ex.: lâmpada – câmara – tímpano – médico – ônibus

Como podemos observar, mediante todos os exemplos mencionados, os


vocábulos possuem mais de uma sílaba, mas em nossa língua existem aqueles com
uma sílaba somente: são os chamados monossílabos, que, quando pronunciados,
apresentam certa diferenciação quanto à intensidade.

Tal diferenciação só é percebida quando os pronunciamos em uma dada


sequência de palavras. Assim como podemos observar no exemplo a seguir:

“Sei que não vai dar em nada, seus segredos sei de cor”.
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Os monossílabos em destaque classificam-se como tônicos; os demais, como
átonos (que, em, de).

Os Acentos Gráficos

acento agudo (´) – Colocado sobre as letras “a”, “i”, “u” e sobre o “e” do
grupo “em” - indica que estas letras representam as vogais tônicas de palavras como
Amapá, caí, público, parabéns. Sobre as letras “e” e “o” indica, além da tonicidade,
timbre aberto.
Ex.: herói – médico – céu(ditongos abertos)

acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e” e “o” indica, além
da tonicidade, timbre fechado.
Ex.: tâmara – Atlântico – pêssego – supôs

acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com artigos e pronomes.
Ex.: à – às – àquelas – àqueles

trema (¨) – De acordo com a nova regra, foi totalmente abolido das palavras.
Há uma exceção: é utilizado em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros.
Ex.: mülleriano (de Müller)

til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais nasais.
Ex.: coração – melão – órgão – ímã

Regras fundamentais:

Palavras oxítonas:
Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”, “o”, “em”, seguidas ou
não do plural(s):
Pará – café(s) – cipó(s) – armazém(s)

Essa regra também é aplicada aos seguintes casos:

Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, seguidos ou não de “s”.


Ex.: pá – pé – dó – há

Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, seguidas de lo, la, los,
las.
respeitá-lo – percebê-lo – compô-lo

Paroxítonas:
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em:
- i, is
táxi – lápis – júri
- us, um, uns
vírus – álbuns – fórum
- l, n, r, x, ps
automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps
- ã, ãs, ão, ãos
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ímã – ímãs – órfão – órgãos

- Dica: Memorize a palavra LINURXÃO. Para quê? Repare que essa palavra
apresenta as terminações das paroxítonas que são acentuadas: L, I N, U (aqui
inclua UM =fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim ficará mais fácil a memorização!

- ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de “s”.

água – pônei – mágoa – jóquei

Regras especiais:

Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” ( ditongos abertos), que antes eram
acentuados, perderam o acento de acordo com a nova regra, mas desde que
estejam em palavras paroxítonas.

Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma palavra oxítona (herói)


ou monossílaba (céu) ainda são acentuados. Mas caso não sejam ditongos perdem
o acento.
Ex.: assembléia - assembleia
idéia - ideia
jibóia - jiboia
apóia (verbo apoiar) - apoia

Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acompanhados ou não de “s”,
haverá acento:
Ex.: saída – faísca – baú – país – Luís

Observação importante:
Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando hiato quando vierem
depois de ditongo.
Ex.: bocaiúva - bocaiuva
feiúra - feiura

O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi abolido.


Ex.: crêem - creem
vôo - voo

- Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos que, no plural,


dobram o “e”, mas que não recebem mais acento como antes: CRER, DAR, LER e
VER.

Repare:
1-) O menino crê em você
Os meninos creem em você.
2-) Elza lê bem!
Todas leem bem!
3-) Espero que ele dê o recado à sala.
Esperamos que os dados deem efeito!
4-) Rubens vê tudo! Eles veem tudo!

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- Cuidado! Há o verbo vir:
Ele vem à tarde!
Eles vêm à tarde!
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quando seguidos, na mesma
sílaba, de l, m, n, r ou z:

Ra-ul, ru-im, con-tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz

Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estiverem seguidas do


dígrafo nh:
ra-i-nha, ven-to-i-nha.

Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem precedidas de vogal
idêntica:
xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba

As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, com “u” tônico
precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i” não serão mais acentuadas.
Ex.: apazigúe (apaziguar) - apazigue
argúi (arguir) - argui

Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa do plural de:


ele tem – eles têm
ele vem – eles vêm (verbo vir)

A regra prevalece também para os verbos conter, obter, reter, deter, abster.
ele contém – eles contêm
ele obtém – eles obtêm
ele retém – eles retêm
ele convém – eles convêm

Não se acentuam mais as palavras homógrafas que antes eram acentuadas


para diferenciá-las de outras semelhantes (regra do acento diferencial). Apenas em
algumas exceções, como:

A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do modo


indicativo) ainda continua sendo acentuada para diferenciar-se de pode (terceira
pessoa do singular do presente do indicativo).
Ex: Ela pode fazer isso agora.
Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou...

O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da preposição por.

- Quando, na frase, der para substituir o “por” por “colocar”, então estaremos
trabalhando com um verbo, portanto: “pôr”; nos outros casos, “por” preposição.
Ex: Faço isso por você.
Posso pôr (colocar) meus livros aqui?

Questões

01. “Cadáver” é paroxítona, pois:


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A) Tem a última sílaba como tônica.
B) Tem a penúltima sílaba como tônica.
C) Tem a antepenúltima sílaba como tônica.
D) Não tem sílaba tônica.

02. Assinale a alternativa correta.


A palavra faliu contém um:
A) hiato
B) dígrafo
C) ditongo decrescente
D) ditongo crescente

03. Em “O resultado da experiência foi, literalmente, aterrador.” a palavra


destacada encontra-se acentuada pelo mesmo motivo que:
A) túnel
B) voluntário
C) até
D) insólito
E) rótulos

Respostas 1-B / 2-C / 3-B

Emprego das classes de palavras

Ao todo, são dez as classes de palavras:


● substantivo (nomeiam);
● adjetivos (caracterizam);
● artigos (acompanham os substantivos, indefinindo ou definindo-os);
● numerais (quantificam e posicionam);
● pronomes (substituem ou acompanham termos);
● verbos (materializam ações, estados, fenômenos);
● advérbios (circunstanciam);
● interjeições (expressam sensações humanas);
● conjunções (unem palavras e orações, coordenando ou subordinando-as);
● preposições (conectam termos).
As seis primeiras categorias modificam as suas formas, conforme o contexto
de uso, mas as demais se mantêm intactas, independentemente da situação na qual
elas estejam.

Tipos de classes de palavras


→ Palavras variáveis

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Os substantivos, adjetivos, artigos, numerais, pronomes e verbos são
palavras variáveis, pois têm a constituição modificada para marcar alguns elementos
gramaticais, como o
gênero (masculino/feminino);
número (singular/plural);
pessoa (primeira, segunda e terceira);
tempo (pretéritos, presente, futuros);
modo (indicativo, subjuntivo, imperativo).
→ Palavras invariáveis
Os advérbios, as preposições, as conjunções e as interjeições são palavras
invariáveis, já que não comportam transformações em suas formas.

Substantivo
Substantivo é uma classe gramatical cuja função é nomear os seres em geral.
Apesar de essa conceituação estar presente em vários locais, há que se destacar a
sua incompletude, já que o substantivo pode também ser responsável por
denominar:
ações (abraço, chute);
postulados físicos (inércia);
aspectos emocionais e psicológicos (covardia, esquizofrenia, ansiedade, amor,
ódio);
elementos socioculturais (pobreza, inteligência), entre outros.
→ Classificações dos substantivos
Comum: é responsável por nomear a generalidade dos seres da mesma espécie,
dos elementos abstratos, dos objetos e dos fenômenos da natureza.
Exemplos: casa, ódio, neve.
Próprio: faz referência a um ser específico.
Exemplos: Maria, Panela de Barro Restaurante (no caso, panela de barro identifica
um restaurante determinado).
Primitivo: termos que não se originaram de outros existentes na mesma língua.
Exemplos: maçã, porta, livro.
Derivado: palavras que provêm de outras.
Exemplos: macieira (árvore) – maçã (fruta), portaria – porta, livreiro – livro.
Simples: são constituídos por apenas um radical (parte da palavra que carrega o
sentido principal dela).
Exemplos: garrafa, tênis, feijão.
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Compostos: têm mais de um radical em sua estrutura.
Exemplos: beija-flor, passatempo (verbo passar + substantivo tempo).
Concreto: nomeiam seres de existência própria, isto é, figuras independentes que
fazem parte de um universo real ou imaginário.
Exemplos: caneta, vampiro (entidade), São Paulo (cidade), Ministério da Saúde
(instituição).
Abstrato: designam qualidades, ações, sentimentos, estados, sensações.
Exemplos: soberba, riso, solidão, juventude, conforto.

Artigo
O artigo é a palavra que precede os substantivos a fim de determiná-los, tanto
de maneira particular, por meio do uso de o, a, os, as, quanto de modo vago, ao
utilizar um, uma, uns, umas.
→ Classificações dos artigos
Definido: individualiza o substantivo, ou seja, leva o interlocutor a saber do que se
trata especificamente.
Exemplos:
- O amor de Antônia era forte (não é qualquer amor, sabe-se que é um
específico).
- A história revelará a verdade (refere-se à história da humanidade).
- Os bandidos atacaram novamente (sabe-se que são as mesmas pessoas
que cometeram os crimes).
- As rosas do jardim estão secas (o sujeito que fez tal afirmação fez menção a
determinadas flores).
Indefinido: generaliza o substantivo.
Exemplos:
- Falta um cantor para completar o espetáculo (pode ser o João, o José, o
Miguel, qualquer um que cante).
- Gostaria de saber se há uma lanchonete na região (no caso, a pessoa não
especificou qual a lanchonete, podendo ser a do João, a da Maria, entre outras)
- Em cima da mesa, estão uns biscoitos (a informação impossibilita saber a
marca, o tipo das bolachas).
- Seria ótimo conhecer umas atrizes famosas (não se sabe quais atrizes são).

Adjetivo

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O adjetivo é uma palavra ou locução (iniciada por preposições: de, em, com,
sem) que confere características, estados, qualidades aos seres. Também pode
instituir relações de tempo, de espaço, de finalidade, de procedência com o
substantivo.
Exemplos:
- Banca de revistas (locução adjetiva)
- Avaliação semanal (tempo)
- Cidade estrangeira (espaço)
- Vinho chileno (procedência)
- Emergência ortopédica (finalidade)
→ Classificações dos adjetivos
Primitivos: não advêm de outro termo existente na língua e possuem apenas um
radical. Ressalta-se que existem poucos adjetivos primitivos.
Exemplos: azul, roxo, verde, branco, grande, escuro, liso, feliz, triste.

Derivados: são originados de outras palavras. Assim, são acrescentados afixos


(partes das palavras que carregam um sentido complementar ao principal, por
exemplo, infeliz, em que o in significa não) ao radical.
Exemplos:
- desfavorável - favor
- esverdeado - verde
- europeia - Europa
Simples: tem apenas um radical.
Exemplos: azul, desfavorável, escuro.
Compostos: possuem mais de um radical.
Exemplos: amarelo-canário, sociopolítico.

Numeral
O numeral é responsável por quantificar, de forma exata, os seres (pessoas,
objetos, entre outros). Além disso, também tem a função de identificar a posição
ocupada por um ser em um contexto específico.
→ Classificações dos numerais
Cardinais: apresentam o número preciso de algo. Destaca-se o fato de que, mesmo
que os numerais sejam considerados palavras variáveis, nesta categoria, apenas o
termo um, o dois e os referentes às centenas a partir de duzentos são modificados.

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Exemplos:
- Encontrei apenas um lápis no estojo.
- Na sala de cirurgia, havia uma enfermeira e quatro médicos.
- Recebi duzentas moedas.
Ordinais: conforme a própria palavra já anuncia, diz respeito à ordem, assim sempre
se estabelecerá uma relação entre vários seres.
Exemplos:
- O segundo a alcançar a linha de chegada é goiano.
- É a milésima vez que digo isso.

Pronome
O pronome, além de estabelecer quais são os seres que fazem parte
diretamente da interlocução (1ª e 2ª pessoas), ainda são empregados para indicar
os demais presentes no discurso (3ª pessoa), ou seja, essa classe gramatical faz
referência a quem fala, com quem se fala e a de quem ou do que se fala. Diante
dessa característica, normalmente substituem os substantivos.
Exemplo:
Luíza (substantivo) comprou um carro. Agora, ela (pronome) chega mais
rapidamente aos lugares.
→ Classificações dos pronomes
● Pronomes pessoais: representam as pessoas gramaticais.
Caso reto Caso oblíquo
(função de sujeito) (função de complemento)
Átonos Tônicos
(sem preposição) (com preposição)
Singular eu me mim
Singular tu te ti
Singular ele/ela se, o, a, lhe si, ele/ela
Plural nós nos nós
Plural vós vos vós
Plural eles/elas Se, os, as, lhes si, eles/elas

Exemplos:
- Eu fui ao shopping hoje.
- Os professores nos auxiliaram a entender a matéria.
- A informação não foi enviada a eles.

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● Pronomes possessivos: determinam uma relação de posse, de algo
pertencente às pessoas do discurso.

Um possuidor Vários possuidores


Vários Vários
Um objeto Um objeto
objetos objetos
Nossos/nossa
1ª pessoa Meu/minha Meus/minhas Nosso/nossa
s
2ª pessoa Teu/tua Teus/tuas Vosso/vossa Vossos/vossas
3ª pessoa Seu/sua Seus/suas Seu/sua Seus/suas

Exemplos:
- Nossas férias foram especiais.
- João, onde está a sua tarefa?
● Pronomes demonstrativos: são utilizados para determinar as distâncias
tanto físicas quanto cronológicas de algo em relação às pessoas do discurso.

Variáveis Invariáveis
este, esta, estes, estas isto
esse, essa, esses, essas isso
aquele, aquela, aqueles, aquelas aquilo

Exemplos:
- Este joelho só serve para doer. (proximidade de quem fala)
Finalmente chegou esta hora. (atualidade)
- O grande acontecimento de hoje foi este: ir ao supermercado. (introduz uma ideia)
- Nossa, essa pulseira é linda. (proximidade de quem ouve)
- Nesse intervalo, eu fiz muitas coisas. (tempo que está imediatamente antes do
presente)
- Comprei um celular, mas esse não funciona muito bem. (retoma uma informação)
- Você conhece aquela cachoeira? (distância tanto de quem fala quanto de quem
ouve)
- Consegui construir um celeiro e um lago. Este ficou bem feito, entretanto aquele
não. (elemento referido anteriormente a outro)
- Naquela década, as mulheres não podiam votar. (tempo distante)
Obs: contração da preposição em + pronome aquela = naquela.
● Pronomes indefinidos: fazem referência, de maneira vaga, à 3ª pessoa
gramatical.
Exemplos:

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- Algum membro da plateia gostaria de falar?
- Todas as flores estão belíssimas durante a primavera.
- Certas pessoas não praticam os exercícios certos.
Pronome (antes do substantivo) adjetivo (depois do substantivo)
● Pronomes relativos: iniciam novas orações ao substituírem um substantivo
ou mesmo um pronome antecedente.
Exemplos:
- Visitamos a cidade onde minha avó mora.
- Fui eu quem escolheu a decoração.
- Caíram as ações cuja liquidez era tida como certa.
● Pronomes interrogativos: são observados em frases ou orações
interrogativas, sejam elas diretas, ou seja, cuja conclusão se dá por meio do
uso de ponto de interrogação e o início mediante a colocação do pronome,
sejam elas indiretas, isto é, terminadas por ponto-final e entremeadas pelos
termos de teor questionador.
Exemplos:
- Quanto custa esta dúzia de bananas?
- Eu gostaria de saber quem teve a brilhante ideia de pintar a parede.
- Qual é o dia da Proclamação da República?

Verbo
Os verbos são palavras que expressam uma ação, um estado, um fenômeno, os
quais se encontram situados cronologicamente. Essa classe de palavras é uma das
que mais flexiona, pois se adapta à pessoa, ao número, ao tempo, ao modo, além
de conter as formas nominais.
→ Formas nominais
● Infinitivo: expressa o fato verbal em si, portanto não há pistas do início ou
término da ação, estado ou fenômeno. Assim, adquire valor de substantivo.
Exemplo: Nadar é um ótimo esporte.
● Gerúndio: determina o processo, ou seja, algo que está acontecendo no
momento do discurso.
Exemplo: Victor está caminhando.
● Particípio: marca a conclusão de um fato. Muitas vezes adquire valor de
adjetivo.
O concurso não aceita os gabaritos preenchidos a lápis.

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caracteriza gabaritos
→ Conjugações
● 1ª conjugação: verbos terminados em -ar. Exemplos: cantar, beijar, mascarar.
● 2ª conjugação: verbos terminados em -er. Exemplos: beber, comer, fazer.
● 3ª conjugação: verbos terminados em -ir. Exemplos: partir, dividir, rir.
→ Modos
● Indicativo: exprime certeza.
Exemplo: Eu paguei a conta da internet.
● Subjuntivo: apresenta hipóteses, dúvidas.
Exemplo: Se eu quisesse, estudaria muito mais.
● Imperativo: manifesta ordem, pedido, sugestão.
Exemplo: Faça a sua tarefa, Rodrigo.
→ Tempos
Presente: o instante no qual ocorre a ação verbal coincide com o do discurso.
Exemplo: Eu amo você.
Passado: o momento em que acontece a ação verbal é anterior ao do discurso.
- Pretérito perfeito: o fato exposto tem final bem delimitado e concluído antes de ser
exteriorizado, por meio do uso da língua.
Exemplo: Eu corri durante a manhã de hoje.
- Pretérito imperfeito: o episódio exteriorizado pelo verbo não foi finalizado quando
um novo aconteceu.
Exemplo: No momento em que começamos a ler, havia o barulho da reforma.
Além disso, também apresenta fatos passados que eram habituais.
Exemplo: Andrea cuidava de seus animais diariamente.
- Pretérito mais-que-perfeito: a ocorrência contida no verbo é anterior à outra que
também é situada no passado.
Degustei a sobremesa feita pela Fernanda, mas, antes disso, eu comera um
macarrão.
- Futuro do presente: indica episódios cujas ocorrências serão concretizadas
depois da fala ou da escrita.
Exemplo: Amanhã viajarei para a praia.
- Futuro do pretérito: expressa um fato futuro, mas conectado a um segundo que
está situado no passado.
Exemplo: A cabeleireira confirmou que viria agora.
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→ Classificações dos verbos
● Regulares: independentemente da conjugação, o verbo segue o paradigma,
ou seja, mantém o seu radical, e as desinências (final da palavra) seguem um
padrão.
Exemplos:
- Eu amo, tu amas, ele ama, nós amamos, vós amais, eles amam.
- Eu abraço, tu abraças, ele abraça, nós abraçamos, vós abraçais, eles abraçam.
Perceba que o radical am- e abraç- permanecem os mesmos, e as desinências
coincidem entre os dois verbos.
● Irregulares: não estão de acordo com o paradigma, assim podem sofrer
modificação tanto o radical quanto as desinências.
Exemplo:
- Eu faço, tu fazes, ele faz, nós fazemos, vós fazeis, eles fazem.
Observe que o radical faz foi modificado na conjugação da 1ª pessoa do singular:
faço.
● Anômalos: apresentam substanciais irregularidades em seus radicais.
Exemplo:
verbo ir – eu vou (presente do indicativo), eu ia (pretérito imperfeito do indicativo), eu
fui (pretérito perfeito do indicativo), quando eu for (futuro do subjuntivo).
● Defectivos: são verbos cuja conjugação não existe em determinadas
pessoas do discurso.
Exemplo: eu chovo (inexistente).
● Abundantes: apresentam mais de uma forma para uma flexão específica.
Exemplo: particípio de matar — matado e morto.

Advérbio
São palavras que se conectam aos verbos a fim de apresentar uma circunstância
relativa à ação, estado, fenômeno verbal. Além disso, podem associar-se aos
adjetivos, conferindo uma determinação das qualidades expressas por eles. Por fim,
são capazes de se juntar a outros advérbios, o que desencadeia uma
intensificação dos sentidos ali presentes.
→ Principais classificações dos advérbios
● Modo: advérbios que acrescentam ao verbo, adjetivo ou a outro advérbio a
maneira como aconteceu o que eles expressam.
Exemplos: bem, mal, assim, depressa, devagar, tranquilamente, facilmente.

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- Rosana pegou rapidamente a vassoura.
● Intensidade: constituem uma maximização ou minimização da ideia
manifestada pelo termo a que se ligou.
Exemplos: muito, pouco, meio, bastante, ainda, bem, mal, quase, apenas.
- Jônatas gritou bastante no show.
● Afirmação: confirmam a mensagem transmitida.
Exemplos: certamente, realmente, seguramente, sim, efetivamente.
- A classe desistiu realmente de fazer a atividade.
● Negação: trazem uma ideia contrária à existente no verbo, adjetivo ou
advérbio.
Exemplos: jamais, não, absolutamente.
- Não quero comer sanduíche.
● Dúvida: transmitem uma incerteza relativa ao que está previsto na oração.
Exemplos: acaso, provavelmente, eventualmente, quiçá, talvez, porventura.
- O evento, provavelmente, será cancelado.
● Tempo: situam a ação, a qualidade ou a circunstância no tempo.
Exemplos: amanhã, sempre, cedo, tarde, hoje, nunca, antes, depois, outrora, então,
aí.
- Farei isso depois.
● Lugar: marcam o local no qual ocorreu um episódio, ou onde se percebeu
uma qualidade, ou circunstância.
Exemplos: lá, ali, aqui, aí, longe, onde, perto, abaixo, acima.
- Nossa, como você está longe de casa.

Conjunção
Conjunção é um elemento gráfico, sonoro e semântico que estabelece uma união
entre orações ou entre palavras, desde que estas exerçam idênticas funções
sintáticas e estejam na mesma oração. Essa classe de palavras pode ser dividida
em:
● subordinativas: conecta duas orações, sendo uma delas fundamental para a
construção do sentido completo da outra;
● coordenativas: que liga elementos independentes, ou seja, une orações ou
termos de idêntica função gramatical detentores de sentido completo.
→ Tipos de conjunções coordenativas

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● Aditiva: expressa soma.
Exemplo: Fui ao cinema e comi pipoca.
● Adversativa: estabelece uma oposição entre as orações.
Exemplo: As crianças gostam do Natal, mas as famílias estão cada vez mais
descrentes.
● Alternativa: constrói uma alternância de ideias, mas também exclui uma para
que a outra vigore.
Exemplo: Independência ou morte! (D. Pedro)
● Conclusiva: introduz uma consequência e um fechamento do raciocínio
desenvolvido na oração anterior.
Exemplo: Os cachorros brincaram na lama, portanto eles se sujaram.
● Explicativa: apresenta uma justificativa.
Exemplo: Não assisto mais aos DVDs, pois vejo filmes on-line.

→ Tipos de conjunções subordinativas


● Causais: insere a causa de um acontecimento presente na outra oração.
Exemplo: Reescreva este trecho da redação porque está confuso.
● Condicionais: estabelece um requisito para a concretização de algo.
Exemplo: Se eu fizer exercícios físicos, emagrecerei.
● Conformativa: expressa uma concordância.
Exemplo: Segundo a notícia do jornal, a pandemia gerou muitos mortos.
● Concessiva: manifesta uma ideia que contrapõe a existente na oração
anterior, mas não tem a força de anulá-la.
Exemplo: Só beberei água quando chegar em casa, embora esteja com sede.
● Comparativa: faz um paralelo.
Exemplo: Tomás levanta da cama como um urso sai de sua toca no inverno.
● Consecutiva: apresenta um desdobramento.
Exemplo: A opulência era tamanha que os olhos dela brilharam.
● Proporcionais: constrói uma relação de igualdade entre os fatos contidos em
cada uma das orações.
Exemplo: À medida que as pessoas desmatavam a floresta, crescia o buraco na
camada de ozônio.
● Temporais: expressa uma circunstância de tempo.

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Exemplo: Quando o relógio apontar dez horas, tomarei o meu café.
● Finais: expõe o objetivo de algo presente na outra oração.
Exemplo: Estude bastante para que você tenha sucesso.

Preposição
A preposição é o termo que conecta duas outras palavras, construindo relações
de sentido e dependência entre elas.
→ Classificação das preposições
● Essenciais: exercem apenas a função de preposição.
Exemplos: a, ante, contra, de, entre, sob, sobre.
- A agenda está sobre a mesa.
- A filha de Antenor se retirou do recinto.
● Acidentais: palavras de classes diversas que, às vezes, desempenham a
função prepositiva.
Exemplos: como, conforme, mediante, segundo, senão, visto.
- Isabela vai à casa do namorado todos os dias, fora segunda-feira.
Interjeição
São as palavras ou um grupo delas que marcam, de maneira forte e abrupta, as
reações, os sentimentos, as emoções.
Exemplos:
- Puxa!
- Cuidado!
- Ufa!
- Nossa!
- Tomara!
- Credo!

Questão 1- (UFES - adaptada)


O fragmento onde a palavra que é pronome relativo é:
A) (...) a tuberculose está mais próxima do que imaginamos (...) (linha 2)
B) A estimativa de órgãos oficiais é de que hoje em dia cerca de um terço da
população mundial (...) (linha 11)

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C) (...) a pessoa que tem o bacilo, mas não desenvolveu a doença (...) (linhas
12-13)
D) (...) a expectativa é de que a chance de desenvolvimento da doença seja
apenas 10% (...) (linha 14)
E) (...) sendo que, ao final de 10 anos, a grande maioria (...) (linha 17)
Resolução
Alternativa C. Nesse trecho, "que" é pronome relativo porque retoma o termo
imediatamente anterior, "pessoa", sendo sujeito do verbo "tem"; além disso, introduz
uma oração.
Questão 2 (UPE – 2015 - adaptada) Acerca de algumas relações semânticas
presentes nas frases e orações a seguir, assinale a alternativa correta.
A) Ao afirmar: “Gosto de trabalhar com o português, embora inglês seja a que
eu mais leio.”, o entrevistado faz uma afirmação e, em seguida, apresenta uma
causa para o que foi afirmado.
B) Com o trecho: “Shakespeare fez muita besteira, mas tem três ou quatro
obras perfeitas”, o locutor faz uma declaração e, em seguida, introduz a explicação
do conteúdo declarado.
C) No trecho: “Aprendi desde cedo a ter o cuidado de não rimar ao escrever
uma frase.”, o segmento destacado tem valor temporal.
D) O trecho: “Se todo mundo erra na crase é a regra da crase que está
errada, como aliás está.” é introduzido por um segmento que tem valor concessivo.
E) No trecho: “insistiram que o certo é ‘veado’ quando o Brasil inteiro
pronuncia ‘viado’”, os segmentos estão interligados por uma relação de causa e
consequência.
Resolução
Alternativa C. No trecho, o segmento destacado tem valor semântico
temporal, ou seja, seu sentido indica uma circunstância de tempo na qual se situa
uma ação, no caso, o cuidado que o autor revela ter "ao escrever uma frase”.

Emprego do sinal indicativo de crase


Crase

A palavra crase é de origem grega e significa «fusão», «mistura». Na língua


portuguesa, é o nome que se dá à «junção» de duas vogais idênticas. É de grande
importância a crase da preposição “a” com o artigo feminino “a” (s), com o “a”inicial
dos pronomes aquele(s), aquela (s), aquilo e com o “a” do relativo a qual (as quais).
Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a crase. O uso apropriado do
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acento grave depende da compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental
também, para o entendimento da crase, dominar a regência dos verbos e nomes
que exigem a preposição “a”. Aprender a usar a crase, portanto, consiste em
aprender a verificar a ocorrência simultânea de uma preposição e um artigo ou
pronome.

Observe:
Vou a + a igreja.
Vou à igreja.

No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição “a”, exigida pelo verbo


ir (ir a algum lugar) e a ocorrência do artigo “a” que está determinando o substantivo
feminino igreja. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e elas se unem, a
união delas é indicada pelo acento grave. Observe os outros exemplos:

Conheço a aluna.
Refiro-me à aluna.
No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer algo ou alguém),
logo não exige preposição e a crase não pode ocorrer. No segundo exemplo, o
verbo é transitivo indireto (referir-se a algo ou a alguém) e exige a preposição “a”.
Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja feminino e admita o
artigo feminino “a” ou um dos pronomes já especificados.
Veja os principais casos em que a crase NÃO ocorre:

1-) diante de substantivos masculinos:


Andamos a cavalo.
Fomos a pé.

2-) diante de verbos no infinitivo:


A criança começou a falar.
Ela não tem nada a dizer.

Obs.: como os verbos não admitem artigos, o “a” dos exemplos acima é
apenas preposição, logo não ocorrerá crase.

3-) diante da maioria dos pronomes e das expressões de tratamento, com


exceção das formas senhora, senhorita e dona:
Diga a ela que não estarei em casa amanhã.
Entreguei a todos os documentos necessários.
Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem.

Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes podem ser
identificados pelo método: troque a palavra feminina por uma masculina, caso na
nova construção surgir a forma ao, ocorrerá crase. Por exemplo:

Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me ao mesmo indivíduo.)


Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao senhor.)
Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao próprio Cláudio para
sair mais cedo.)

4-) diante de numerais cardinais:


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Chegou a duzentos o número de feridos
Daqui a uma semana começa o campeonato.

Casos em que a crase SEMPRE ocorre:

1-) diante de palavras femininas:


Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega.
Sempre vamos à praia no verão.
Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores.
Sou grata à população.
Fumar é prejudicial à saúde.
Este aparelho é posterior à invenção do telefone.

2-) diante da palavra “moda”, com o sentido de “à moda de” (mesmo que a
expressão moda de fique subentendida):
O jogador fez um gol à (moda de) Pelé.
Usava sapatos à (moda de) Luís XV.
Estava com vontade de comer frango à (moda de) passarinho.
O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro.

3-) na indicação de horas:


Acordei às sete horas da manhã.
Elas chegaram às dez horas.
Foram dormir à meia-noite.

4-) em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam


palavras femininas. Por exemplo:

Crase diante de Nomes de Lugar

Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do artigo “a”. Outros,


entretanto, admitem o artigo, de modo que diante deles haverá crase, desde que o
termo regente exija a preposição “a”. Para saber se um nome de lugar admite ou
não a anteposição do artigo feminino “a”, deve-se substituir o termo regente por um
verbo que peça a preposição “de” ou “em”. A ocorrência da contração “da” ou “na”
prova que esse nome de lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase.
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Por exemplo: Vou à França. (Vim da [de+a] França. Estou na [em+a] França.)
Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.)
Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália)
Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Porto Alegre.)

- Minha dica: use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou A volto DE, crase
PRA QUÊ?”
Ex: Vou a Campinas. = Volto de Campinas.
Vou à praia. = Volto da praia.

- ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado, ocorrerá crase.


Veja:
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo que, pela regrinha
acima, seja a do “VOLTO DE” Irei à Salvador de Jorge Amado.

Crase diante dos Pronomes Demonstrativos Aquele (s), Aquela (s), Aquilo

Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo regente exigir a
preposição “a”. Por exemplo:

Refiro-me àquele atentado.

O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo indireto referir


(referir-se a algo ou alguém) e exige preposição, portanto, ocorre a crase. Observe
este outro exemplo:
Aluguei aquela casa. O verbo “alugar” é transitivo direto (alugar algo) e não
exige preposição. Logo, a crase não ocorre nesse caso.
Veja outros exemplos:
Dediquei àquela senhora todo o meu trabalho.
Quero agradecer àqueles que me socorreram.
Refiro-me àquilo que aconteceu com seu pai.
Não obedecerei àquele sujeito.

Crase com os Pronomes Relativos

A Qual, As Quais A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e


as quais depende do verbo. Se o verbo que rege esses pronomes exigir a
preposição «a», haverá crase. É possível detectar a ocorrência da crase nesses
casos utilizando a substituição do termo regido feminino por um termo regido
masculino.
Por exemplo: A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade.
O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade

Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a crase.


Veja outros exemplos: São normas às quais todos os alunos devem
obedecer.
Esta foi a conclusão à qual ele chegou.
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Várias alunas às quais ele fez perguntas não souberam responder nenhuma
das questões.
A sessão à qual assisti estava vazia.

Crase com o Pronome Demonstrativo “a”

A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo “a” também pode ser


detectada através da substituição do termo regente feminino por um termo regido
masculino.
Veja: Minha revolta é ligada à do meu país.
Meu luto é ligado ao do meu país.
As orações são semelhantes às de antes.
Os exemplos são semelhantes aos de antes.
Suas perguntas são superiores às dele.
Seus argumentos são superiores aos dele.
Sua blusa é idêntica à de minha colega.
Seu casaco é idêntico ao de minha colega.

A Palavra Distância

Se a palavra distância estiver especificada, determinada, a crase deve


ocorrer.
Por exemplo: Sua casa fica à distância de 100 Km daqui. (A palavra está
determinada)
Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco. (A palavra está
especificada.)

Se a palavra distância não estiver especificada, a crase não pode ocorrer.


Por exemplo: Os militares ficaram a distância.
Gostava de fotografar a distância.
Ensinou a distância.
Dizem que aquele médico cura a distância.
Reconheci o menino a distância.

Observação: por motivo de clareza, para evitar ambiguidade, pode-se usar a


crase.
Veja: Gostava de fotografar à distância.
Ensinou à distância.
Dizem que aquele médico cura à distância.

Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA

1-) diante de nomes próprios femininos:


Observação: é facultativo o uso da crase diante de nomes próprios femininos
porque é facultativo o uso do artigo. Observe:
Paula é muito bonita.
Laura é minha amiga.
A Paula é muito bonita.
A Laura é minha amiga.

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Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo feminino diante de
nomes próprios femininos, então podemos escrever as frases abaixo das seguintes
formas:
Entreguei o cartão a Paula.
Entreguei o cartão a Roberto.
Entreguei o cartão à Paula.
Entreguei o cartão ao Roberto.

2-) diante de pronome possessivo feminino:


Observação: é facultativo o uso da crase diante de pronomes possessivos
femininos porque é facultativo o uso do artigo. Observe:
Minha avó tem setenta anos.
Minha irmã está esperando por você.
A minha avó tem setenta anos.
A minha irmã está esperando por você.

Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de pronomes possessivos


femininos, então podemos escrever as frases abaixo das seguintes formas:
Cedi o lugar a minha avó.
Cedi o lugar a meu avô.
Cedi o lugar à minha avó.
Cedi o lugar ao meu avô.

3-) depois da preposição até:


Fui até a praia ou Fui até à praia.
Acompanhe-o até a porta. ou Acompanhe-o até à porta.
A palestra vai até as cinco horas da tarde. ou A palestra vai até às cinco horas
da tarde.

Questões

01. No Brasil, as discussões sobre drogas parecem limitarse ______aspectos


jurídicos ou policiais. É como se suas únicas consequências estivessem em
legalismos, tecnicalidades e estatísticas criminais. Raro ler ____respeito envolvendo
questões de saúde pública como programas de esclarecimento e prevenção, de
tratamento para dependentes e de reintegração desses____ vida. Quantos de nós
sabemos o nome de um médico ou clínica ____quem tentar encaminhar um drogado
da nossa própria família?

(Ruy Castro, Da nossa própria família. Folha de S.Paulo, 17.09.2012.


Adaptado)

As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:


(A) aos … à … a … a
(B) aos … a … à … a
(C) a … a … à … à
(D) à … à … à … à
(E) a … a … a … a

02. Leia o texto a seguir.

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Foi por esse tempo que Rita, desconfiada e medrosa, correu ______
cartomante para consultá-la sobre a verdadeira causa do procedimento de Camilo.
Vimos que ______ cartomante restituiulhe ______ confiança, e que o rapaz
repreendeu-a por ter feito o que fez.
(Machado de Assis. A cartomante. In: Várias histórias. Rio de Janeiro: Globo,
1997, p. 6)

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:


A) à – a – a
B) a – a – à
C) à – a – à
D) à – à – a
E) a – à – à

03 “Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ problemas já expostos ___


V. Sª ___ alguns dias”.
a) à - àqueles - a - há
b) a - àqueles - a - há
c) a - aqueles - à - a
d) à - àqueles - a - a
e) a - aqueles - à - há

Respostas
1-B / 2-A / 3-B

Sintaxe da oração e do período

“Habilidade” resume todos os requisitos dos quais devemos dispor quando o


assunto diz respeito à produção textual. De forma indiscutível, em se tratando da
modalidade escrita da linguagem, tal pressuposto parece “soar” ainda com mais
intensidade. Dada essa importância, iremos tratar acerca de um deles, ora
demarcado pela organização sintática.
Tal fator, por sua vez, parece demonstrar seu aspecto valorativo não somente
no que tange à escrita, acima de tudo, mas também no que diz respeito à
modalidade oral. Dessa forma, no intuito de exemplificarmos o que estamos
afirmando, analisemos a assertiva expressa a seguir:
Imagine que você tenha domínio das regras ortográficas, utilizando-as de
forma adequada sempre que necessário. Entretanto, mostra-se inábil no sentido de
organizar seu pensamento e expor suas ideias de forma clara e precisa, não
importando qual seja a circunstância comunicativa (oralidade...escrita, enfim). Tal
fato, com certeza, o impedirá de estabelecer uma relação concreta com seus
interlocutores, haja vista que a comunicação se manifestará de forma truncada,
incompreensível até.

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Chegamos enfim ao ponto central de nossa discussão: pelo que se define a
organização sintática?
Em termos mais claros, ela se define pela sua habilidade de colocar cada
“coisa” no seu devido lugar. Perceba este exemplo:
Esforçou ocupar cargo tal se bastante para.
O que fazer diante desse emaranhado de palavras desconexas? Coloquemos,
portanto, nossa habilidade em ação, no sentido de reorganizar as ideias:
Esforçou-se bastante para ocupar tal cargo.

Temos um período composto, formado por duas orações, no qual os termos


que o compõe se encontram devidamente distribuídos – o que resulta numa
mensagem perfeitamente compreensível.
Isso é organização sintática, ou seja, a habilidade da qual o emissor dispõe
(ou pelo menos deverá dispor) em saber articular as partes de um enunciado, de
modo a torná-lo claro para o leitor.
A gramática normativa da língua portuguesa prevê, além da frase e da
oração, outro tipo de unidade sintática: o período.
O período é um enunciado com sentido completo construído por uma ou mais
orações. Quando há apenas uma oração, ou seja, um verbo, ele é chamado de
período simples; quando há dois ou mais verbos, ele é chamado de período
composto.
Os períodos, os quais representam unidades sintáticas, têm o início e o fim
marcados, na fala, pela entonação, e, na escrita, pela letra maiúscula inicial e a
pontuação que delimita sua extensão.
Observe alguns exemplos de períodos simples e compostos e veja a
diferença entre eles:
● Os dias de verão são muito quentes. (um verbo – uma oração – período
simples)
● Acorda, dona Maria! (um verbo – uma oração – período simples)
Não sei quantos exercícios havia na prova. (dois verbos – duas orações – período
composto)
Neste artigo, tratamos, especificamente, do período simples.

→ Período simples
Os períodos simples são aqueles constituídos por uma oração, ou seja, um
enunciado com apenas um verbo e sentido completo. Nesse caso, a oração é
chamada de absoluta.
Observe os exemplos:
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Viajarei sempre nas minhas férias de janeiro.
Observe os pássaros nos galhos das árvores.
Minha irmã vai agora ao aeroporto.
Meu médico saiu de férias em agosto.
Note que todos os enunciados são compostos por apenas uma oração
absoluta. Viu como é interessante estudar os períodos? Para ampliar ainda mais
seus conhecimentos, veja também a respeito dos períodos compostos por
coordenação e por subordinação.

→ Período Composto

É aquele constituído por mais de uma oração.

O período composto pode ser:

Período composto por coordenação

No período composto por coordenação as orações se ligam pelo sentido, mas


não existe dependência sintática entre elas.

As orações coordenadas subdividem-se em:

Assindéticas- Não são introduzidas por conjunção.

Ex.: Trabalhou, sempre irá trabalhar.

Sindéticas - São introduzidas por conjunção.


Esse tipo de oração se subdivide em:

1- Aditiva: ideia de adição, acréscimo. Principais conjunções usadas: e, nem, (não


somente)... como também.

Ex.: O professor não somente elaborou exercícios como também uma extensa
prova.

2- Adversativa: ideia de contraste, oposição. Principais conjunções usadas: mas,


contudo, entretanto, porém...

Ex.: O professor elaborou um exercício simples, mas a prova foi bastante complexa.

3- Alternativa: ideia de alternância, exclusão. Principais conjunções usadas:


quer...quer, ora...ora, ou...ou.

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Ex.: Ou o professor elabora o exercício ou desiste de aplicar a prova.

4- Conclusiva: ideia de dedução, conclusão. Principais conjunções usadas:


portanto, pois, logo...

Ex.: O professor não elaborou a prova, logo não poderá aplicá-la na data planejada.

5- Explicativa: ideia de explicação, motivo. Principais conjunções usadas: pois,


porque.

Ex.: O professor não elaborou a prova, porque ficou doente.

Dicas:

A conjunção “pois” pode introduzir orações conclusivas ou explicativas. Quando tiver


dúvidas, procure substituí-la por outras conjunções.

Período composto por subordinação

No período composto por subordinação existe pelo menos uma oração


principal e uma subordinada. A oração principal é sempre incompleta, ou seja,
alguma função sintática está faltando. As orações subordinadas desempenham a
função sintática que falta na principal: objeto direto, indireto, sujeito, predicativo,
complemento nominal...

Ex.: O rapaz gostava / de que todos olhassem para ele.

Oração principal: O rapaz gostava


Oração subordinada: de que todos olhassem para ele.

A oração principal está incompleta, pois falta objeto indireto para o verbo gostar.
Sendo assim, a oração subordinada desempenha a função de objeto indireto da
principal.

As orações subordinadas subdividem-se em:

Orações subordinadas substantivas

As orações subordinadas substantivas exercem funções específicas do substantivo:


sujeito, objeto, predicativo...

Dicas:

As orações subordinadas substantivas desenvolvidas são introduzidas pelas


conjunções integrantes “se” ou “que” e possuem verbos conjugados. As orações
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subordinadas substantivas reduzidas não são introduzidas por conjunções e
possuem verbos na formas nominais (particípio, gerúndio ou infinitivo).

Exemplos:
É possível que eu fracasse. (oração desenvolvida)
É possível fracassar. (oração reduzida de infinitivo)

As orações subordinadas substantivas podem ser:

1. Orações subordinadas substantivas objetivas diretas

Exercem a função de objeto direto do verbo da oração principal.

Ex.: "Paulo José observa que o anti-heroísmo é uma característica forte dos
personagens da cultura latino-americana. (EM. 01.10.00)

2. Orações subordinadas substantivas objetivas indiretas

Exercem a função de objeto indireto do verbo da oração principal.

Ex.: A nova máquina necessitava de que os funcionários supervisionassem mais o


trabalho.

3. Orações subordinadas substantivas predicativas

Exercem a função de predicativo do sujeito da oração principal.

Ex.: Meu consolo era que o trabalho estivesse no fim.

4. Orações subordinadas substantivas subjetivas

Exercem a função de sujeito da oração principal.

Ex.: É difícil que ele venha.

Dicas:
O verbo da oração principal sempre estará na 3ª pessoa do singular quando a
oração subordinada por subjetiva.

5. Orações subordinadas substantivas completivas nominais

Exercem a função de complemento nominal da oração principal.

Ex.: Sua falha trágica é a dificuldade de ser maleável em relação à realidade.

6. Orações subordinadas substantivas apositivas

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Exercem a função de aposto de algum nome da oração principal.

Ex.: Há nas escolas uma norma: que os alunos sejam respeitados.

Dicas:
A oração apositiva sempre estará pontuada ou entre vírgulas ou depois de
dois-pontos.

Orações subordinadas adjetivas

Podem ser:

1. Restritivas

Exercem a função de adjunto adnominal da oração principal, restringem o nome ao


qual se referem e não são separadas por vírgulas.

Ex.: O trabalho que realizei ontem foi produtivo.

2. Explicativas

Exercem a função de aposto da oração principal, explicam o nome ao qual se


referem e são sempre separadas por vírgulas.

Ex.: O computador, que é um meio rápido de comunicação, está conquistando todas


as famílias.

Dicas:
As orações subordinadas adjetivas sempre serão introduzidas por pronomes
relativos.

Orações subordinadas adverbiais:

1. Causais
Expressam a causa da consequência expressa na oração principal.

Ex.: Chegou atrasado ao encontro, porque estava em uma reunião.

2. Consecutivas
Expressam a consequência, o resultado da causa expressa na oração principal.

Ex.: A reunião atrasou tanto que ele se atrasou para o encontro.

3. Proporcionais
Expressam proporção.
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Ex.: À medida que a reunião avançava, ele se atrasava para o encontro.

4. Temporais
Expressam tempo.

Ex.: Logo que ele chegou, arrumou os trabalhos.

5. Finais
Expressam finalidade, objetivo.

Ex.: Professores, tenham mais argumentos para pedir aumento salarial.

6. Condicionais
Expressam condição, obstáculo.

Ex.: Se ele partir, o projeto será cancelado.

7. Comparativas
Expressam comparação.

Ex.: Sua família é tão importante quanto seu trabalho.

8. Concessivas
Expressam uma concessão.

Ex.: Mesmo que trabalhe muito, não será recompensada.

9. Conformativas
Expressam um acordo, uma conformidade.

Ex.: Segundo havíamos combinado, a viagem será cancelada.

As orações desenvolvidas são aquelas nas quais o verbo está conjugado em algum
tempo: presente, pretérito e futuro.
Ex.: Esperamos que passe de ano.

As orações reduzidas são aquelas nas quais o verbo está em uma das formas
nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
Ex.: Só sei cantar em italiano.

Pontuação

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Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem para compor a
coesão e a coerência textual, além de ressaltar especificidades semânticas e
pragmáticas. Vejamos as principais funções dos sinais de pontuação conhecidos
pelo uso da língua portuguesa.

Ponto
1- Indica o término do discurso ou de parte dele.
- Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em que se encontra.
- Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite.
- Acordei. Olhei em volta. Não reconheci onde estava.

2- Usa-se nas abreviações - V. Exª. - Sr.

Ponto e Vírgula ( ; )
1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma importância.
- “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo pão a fazenda; os de
espíritos generosos dão pelo pão a vida; os de nenhum espírito dão pelo pão a
alma...” (VIEIRA)

2- Separa partes de frases que já estão separadas por vírgulas.


- Alguns quiseram verão, praia e calor; outros montanhas, frio e cobertor.

3- Separa itens de uma enumeração, exposição de motivos, decreto de lei,


etc.
- Ir ao supermercado;
- Pegar as crianças na escola;
- Caminhada na praia;
- Reunião com amigos.

Dois pontos
1- Antes de uma citação
- Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:

2- Antes de um aposto
- Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à tarde e calor à noite.

3- Antes de uma explicação ou esclarecimento


- Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo a rotina de
sempre.

4- Em frases de estilo direto


Maria perguntou:
- Por que você não toma uma decisão?

Ponto de Exclamação
1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, susto, súplica, etc.
- Sim! Claro que eu quero me casar com você!

2- Depois de interjeições ou vocativos


- Ai! Que susto!
- João! Há quanto tempo!
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Ponto de Interrogação
Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres. “- Então? Que é isso?
Desertaram ambos?” (Artur Azevedo)

Reticências
1- Indica que palavras foram suprimidas.
- Comprei lápis, canetas, cadernos…

2- Indica interrupção violenta da frase.


“- Não... quero dizer... é verdad... Ah!”

3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida


- Este mal... pega doutor?

4- Indica que o sentido vai além do que foi dito


- Deixa, depois, o coração falar...

Vírgula
Não se usa vírgula
*separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-se diretamente
entre si:

a) entre sujeito e predicado.


Todos os alunos da sala foram advertidos.
Sujeito predicado

b) entre o verbo e seus objetos.


O trabalho custou sacrifício aos realizadores.
V.T.D.I. O.D. O.I.
c) entre nome e complemento nominal; entre nome e adjunto adnominal.
A surpreendente reação do governo contra os sonegadores despertou
reações entre os empresários.
adj. adnominal nome adj. adn. complemento nominal

Usa-se a vírgula:

- Para marcar intercalação:


a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abundância, vem caindo de
preço.
b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão produzindo, todavia,
altas quantidades de alimentos.
c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias não querem abrir
mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir mão dos lucros altos.

- Para marcar inversão:


a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração): Depois das sete horas,
todo o comércio está de portas fechadas.
b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos pesquisadores, não
lhes destinaram verba alguma.
c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio de 1982.
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- Para separar entre si elementos coordenados (dispostos em enumeração):
Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais.

- Para marcar elipse (omissão) do verbo:


Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco.

- Para isolar:
- o aposto:
São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui um trânsito caótico.

- o vocativo:
Ora, Thiago, não diga bobagem.

Questões

01. Assinale a alternativa em que a pontuação está corretamente empregada,


de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora, experimentasse,
a sensação de violar uma intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando
encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.
(B) Diante, da testemunha o homem abriu a bolsa e, embora experimentasse
a sensação, de violar uma intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando
encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.
(C) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora experimentasse
a sensação de violar uma intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando
encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.
(D) Diante da testemunha, o homem, abriu a bolsa e, embora experimentasse
a sensação de violar uma intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando,
encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora, experimentasse
a sensação de violar uma intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando,
encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.

02. Assinale a opção em que está corretamente indicada a ordem dos sinais
de pontuação que devem preencher as lacunas da frase abaixo:
“Quando se trata de trabalho científico ___ duas coisas devem ser
consideradas ____ uma é a contribuição teórica que o trabalho oferece ___ a outra é
o valor prático que possa ter.
A) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula
B) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula;
C) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
D) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
E) ponto e vírgula, vírgula, vírgula.

03. Os sinais de pontuação estão empregados corretamente em:


A) Duas explicações, do treinamento para consultores iniciantes receberam
destaque, o conceito de PPD e a construção de tabelas Price; mas por outro lado,
faltou falar das metas de vendas associadas aos dois temas.

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B) Duas explicações do treinamento para consultores iniciantes receberam
destaque: o conceito de PPD e a construção de tabelas Price; mas, por outro lado,
faltou falar das metas de vendas associadas aos dois temas.
C) Duas explicações do treinamento para consultores iniciantes receberam
destaque; o conceito de PPD e a construção de tabelas Price, mas por outro lado,
faltou falar das metas de vendas associadas aos dois temas.
D) Duas explicações do treinamento para consultores iniciantes, receberam
destaque: o conceito de PPD e a construção de tabelas Price, mas, por outro lado,
faltou falar das metas de vendas associadas aos dois temas.
E) Duas explicações, do treinamento para consultores iniciantes, receberam
destaque; o conceito de PPD e a construção de tabelas Price, mas por outro lado,
faltou falar das metas, de vendas associadas aos dois temas.

Resposta
1-C 2-C 3-B

Concordância nominal e verbal

Concordância nominal
Regra geral:

O artigo, o numeral, o adjetivo e o pronome adjetivo concordam com o


substantivo a que se referem em gênero e número.

Ex.: Dois pequenos goles de vinho e um calçado certo deixam qualquer


mulher irresistivelmente alta.

Concordâncias especiais:

Ocorrem quando algumas palavras variam sua classe gramatical, ora se


comportando como um adjetivo (variável), ora como um advérbio (invariável).

Mais de um vocábulo determinado:

1- Pode ser feita a concordância gramatical ou a atrativa.


Exemplos:

Comprei um sapato e um vestido pretos. (gramatical - o adjetivo concorda


com os dois substantivos)

Comprei um sapato e um vestido preto. (atrativa, apesar de o adjetivo se


referir aos dois substantivos, ele concordará apenas com o núcleo mais próximo)

Um só vocábulo determinado:

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1- Um substantivo acompanhado (determinado) por mais de um adjetivo: os
adjetivos concordam com o substantivo

Ex.: Seus lábios eram doces e macios.

2- Bastante - bastantes

Quando adjetivo, será variável, e quando advérbio, será invariável


Exemplos:

Há bastantes motivos para sua ausência. (bastantes será adjetivo de motivos)

Os alunos falam bastante. (bastante será advérbio de intensidade,


referindo-se ao verbo)

3- Anexo, incluso, obrigado, mesmo, próprio

São adjetivos que devem concordar com o substantivo a que se referem.


Exemplos:

A fotografia vai anexa ao curriculum.

Os documentos irão anexos ao relatório.

Dicas:
Quando precedido da preposição em, fica invariável.

Ex.: A fotografia vai em anexo.

Envio-lhes, inclusas, as certidões./ Incluso segue o documento.

A professora disse: muito obrigada./ O professor disse: muito obrigado.

Ele mesmo fará o trabalho./ Ela mesma fará o trabalho.

Dicas:
“Mesmo” pode ser advérbio quando significa realmente, de fato. Será,
portanto, invariável.
Exemplos:

Maria viajará mesmo para os EUA.

Ele próprio fará o pedido ao diretor./ Ela própria fará o pedido ao diretor.

4- Muito, pouco, caro, barato, longe, meio, sério, alto

São palavras que variam seu comportamento, funcionando ora como


advérbios (sendo assim invariáveis), ora como adjetivos (variáveis).
Exemplos:
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Os homens eram altos./ Os homens falavam alto.
Poucas pessoas acreditavam nele./ Eu ganho pouco pelo meu trabalho.
Os sapatos custam caro./ Os sapatos estão caros.
A água é barata./ A água custa barato.
Viajaram por longes terras./ Eles vivem longe.
Eles são homens sérios./ Eles falavam sério.
Muitos homens morreram na guerra./ João fala muito.
Ele não usa meias palavras./ Estou meio gorda.

5 - É bom, é necessário, é proibido

Só variam se o sujeito vier precedido de artigo ou outro determinante.


Exemplos:

É proibido entrada de estranhos./ É proibida a entrada de estranhos.

É necessário chegar cedo./ É necessária sua chegada.

6 - Menos, alerta, pseudo

São sempre invariáveis.


Exemplos:

Havia menos professores na reunião./Havia menos professoras na reunião.

O aluno ficou alerta./ Os alunos ficaram alerta.

Era um pseudomédico./ Era uma pseudomédica.

7 - Só, sós

Quando adjetivos, serão variáveis, quando advérbios, serão invariáveis.


Exemplos:

A criança ficou só./ As crianças ficaram sós. (adjetivo)

Depois da briga, só restaram copos e garrafas quebrados. (advérbio)

Dicas:
A locução adverbial “a sós” é invariável.

Ex.: Preciso falar a sós com ele.

8 - Concordância dos particípios

Os particípios concordarão com o substantivo a que se referirem.


Exemplos:

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Os livros foram comprados a prazo./ As mercadorias foram compradas a
prazo.

Dicas:
Se o particípio pertencer a um tempo composto, será invariável.
Exemplos:

O juiz tinha iniciado o jogo de vôlei./ A juíza tinha iniciado o jogo de vôlei.

Concordância verbal
Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com o seu sujeito.
Exemplos:

Ele gostava daquele seu jeito carinhoso de ser./ Eles gostavam daquele seu jeito
carinhoso de ser.

Casos de concordância verbal:

1) Sujeito simples

Regra geral:
O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa.

Ex.: Nós vamos ao cinema.


O verbo (vamos) está na primeira pessoa do plural para concordar com o sujeito
(nós).

Casos especiais:

a) O sujeito é um coletivo - o verbo fica no singular.

Ex.: A multidão gritou pelo rádio.

Atenção:
Se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural.

Ex.: A multidão de fãs gritou./ A multidão de fãs gritaram.

b) Coletivos partitivos (metade, a maior parte, maioria, etc.) – o verbo fica no singular
ou vai para o plural.

Ex.: A maioria dos alunos foi à excursão./ A maioria dos alunos foram à excursão.

c) O sujeito é um pronome de tratamento - o verbo fica sempre na 3ª pessoa (do


singular ou do plural).

Ex.: Vossa Alteza pediu silêncio./ Vossas Altezas pediram silêncio.


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d) O sujeito é o pronome relativo "que" – o verbo concorda com o antecedente do
pronome.

Ex.: Fui eu que derramei o café./ Fomos nós que derramamos o café.

e) O sujeito é o pronome relativo "quem" - o verbo pode ficar na 3ª pessoa do


singular ou concordar com o antecedente do pronome.

Ex.: Fui eu quem derramou o café./ Fui eu quem derramei o café.

f) O sujeito é formado pelas expressões: alguns de nós, poucos de vós, quais de...,
quantos de..., etc. - o verbo poderá concordar com o pronome interrogativo ou
indefinido ou com o pronome pessoal (nós ou vós).

Ex.: Quais de vós me punirão?/ Quais de vós me punireis?

Dicas:
Com os pronomes interrogativos ou indefinidos no singular, o verbo concorda com
eles em pessoa e número.

Ex.: Qual de vós me punirá.

g) O sujeito é formado de nomes que só aparecem no plural - se o sujeito não vier


precedido de artigo, o verbo ficará no singular. Caso venha antecipado de artigo, o
verbo concordará com o artigo.

Ex.: Estados Unidos é uma nação poderosa./ Os Estados Unidos são a maior
potência mundial.

h) O sujeito é formado pelas expressões: mais de um, menos de dois, cerca de...,
etc. – o verbo concorda com o numeral.

Ex.: Mais de um aluno não compareceu à aula./ Mais de cinco alunos não
compareceram à aula.

i) O sujeito é constituído pelas expressões: a maioria, a maior parte, grande parte,


etc. - o verbo poderá ser usado no singular (concordância lógica) ou no plural
(concordância atrativa).

Ex.: A maioria dos candidatos desistiu./ A maioria dos candidatos desistiram.

j) O sujeito tiver por núcleo a palavra gente (sentido coletivo) - o verbo poderá ser
usado no singular ou plural, se este vier afastado do substantivo.

Ex.: A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanece em casa./ A gente


da cidade, temendo a violência da rua, permanecem em casa.

2) Sujeito composto
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Regra geral
O verbo vai para o plural.

Ex.: João e Maria foram passear no bosque.

Casos especiais:

a) Os núcleos do sujeito são constituídos de pessoas gramaticais diferentes - o


verbo ficará no plural seguindo-se a ordem de prioridade: 1ª, 2ª e 3ª pessoa.

Ex.: Eu (1ª pessoa) e ele (3ª pessoa) nos tornaremos (1ª pessoa plural) amigos.
O verbo ficou na 1ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª.

Ex: Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) vos tornareis (2ª pessoa do plural) amigos.
O verbo ficou na 2ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª.

Atenção:
No caso acima, também é comum a concordância do verbo com a terceira pessoa.

Ex.: Tu e ele se tornarão amigos. (3ª pessoa do plural)

Se o sujeito estiver posposto, permite-se também a concordância por atração com o


núcleo mais próximo do verbo.

Ex.: Irei eu e minhas amigas.

b) Os núcleos do sujeito estão coordenados assindeticamente ou ligados por “e” - o


verbo concordará com os dois núcleos.

Ex.: A jovem e a sua amiga seguiram a pé.

Atenção:
Se o sujeito estiver posposto, permite-se a concordância por atração com o núcleo
mais próximo do verbo.

Ex.: Seguiria a pé a jovem e a sua amiga.

c) Os núcleos do sujeito são sinônimos (ou quase) e estão no singular - o verbo


poderá ficar no plural (concordância lógica) ou no singular (concordância atrativa).

Ex.: A angústia e ansiedade não o ajudavam a se concentrar./ A angústia e


ansiedade não o ajudava a se concentrar.

d) Quando há gradação entre os núcleos - o verbo pode concordar com todos os


núcleos (lógica) ou apenas com o núcleo mais próximo.

Ex.: Uma palavra, um gesto, um olhar bastavam./ Uma palavra, um gesto, um olhar
bastava.
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e) Quando os sujeitos forem resumidos por nada, tudo, ninguém... - o verbo
concordará com o aposto resumidor.

Ex.: Os pedidos, as súplicas, o desespero, nada o comoveu.

f) Quando o sujeito for constituído pelas expressões: um e outro, nem um nem


outro... - o verbo poderá ficar no singular ou no plural.

Ex.: Um e outro já veio./ Um e outro já vieram.

g) Quando os núcleos do sujeito estiverem ligados por ou - o verbo irá para o


singular quando a ideia for de exclusão, e para o plural quando for de inclusão.
Exemplos:

Pedro ou Antônio ganhará o prêmio. (exclusão)


A poluição sonora ou a poluição do ar são nocivas ao homem. (adição, inclusão)

h) Quando os sujeitos estiverem ligados pelas séries correlativas (tanto... como/


assim... como/ não só... mas também, etc.) - o que comumente ocorre é o verbo ir
para o plural, embora o singular seja aceitável se os núcleos estiverem no singular.
Exemplos:

Tanto Erundina quanto Collor perderam as eleições municipais em São Paulo.

Tanto Erundina quanto Collor perdeu as eleições municipais em São Paulo.

Outros casos:

1) Partícula “SE”:

a- Partícula apassivadora: o verbo ( transitivo direto) concordará com o sujeito


passivo.

Ex.: Vende-se carro./ Vendem-se carros.

b- Índice de indeterminação do sujeito: o verbo (transitivo indireto) ficará,


obrigatoriamente, no singular.
Exemplos:

Precisa-se de secretárias.
Confia-se em pessoas honestas.

2) Verbos impessoais

São aqueles que não possuem sujeito. Portanto, ficarão sempre na 3ª pessoa do
singular.
Exemplos:

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Havia sérios problemas na cidade.
Fazia quinze anos que ele havia parado de estudar.
Deve haver sérios problemas na cidade.
Vai fazer quinze anos que ele parou de estudar.

Dicas:
Os verbos auxiliares (deve, vai) acompanham os verbos principais.
O verbo existir não é impessoal. Veja:

Existem sérios problemas na cidade.


Devem existir sérios problemas na cidade.

3) Verbos dar, bater e soar

Quando usados na indicação de horas, possuem sujeito (relógio, hora, horas,


badaladas...), e com ele devem concordar.
Exemplos:

O relógio deu duas horas.


Deram duas horas no relógio da estação.
Deu uma hora no relógio da estação.
O sino da igreja bateu cinco badaladas.
Bateram cinco badaladas no sino da igreja.
Soaram dez badaladas no relógio da escola.

4) Sujeito oracional

Quando o sujeito é uma oração subordinada, o verbo da oração principal fica na 3ª


pessoa do singular.

Ex.: Ainda falta dar os últimos retoques na pintura.

5) Concordância com o infinitivo

a) Infinitivo pessoal e sujeito expresso na oração:

- não se flexiona o infinitivo se o sujeito for representado por pronome pessoal


oblíquo átono.

Ex.: Esperei-as chegar.

- é facultativa a flexão do infinitivo se o sujeito não for representado por pronome


átono e se o verbo da oração determinada pelo infinitivo for causativo (mandar,
deixar, fazer) ou sensitivo (ver, ouvir, sentir e sinônimos).
Exemplos:

Mandei sair os alunos.


Mandei saírem os alunos.

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- flexiona-se obrigatoriamente o infinitivo se o sujeito for diferente de pronome átono
e determinante de verbo não causativo nem sensitivo.

Ex.: Esperei saírem todos.

b) Infinitivo pessoal e sujeito oculto

- não se flexiona o infinitivo precedido de preposição com valor de gerúndio.


Ex.: Passamos horas a comentar o filme. (comentando)

- é facultativa a flexão do infinitivo quando seu sujeito for idêntico ao da oração


principal.
Ex.: Antes de (tu) responder, (tu) lerás o texto./Antes de (tu) responderes, (tu) lerás o
texto.

- é facultativa a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente do sujeito da oração
principal e está indicado por algum termo do contexto.
Ex.: Ele nos deu o direito de contestar./Ele nos deu o direito de contestarmos.

- é obrigatória a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente do sujeito da oração
principal e não está indicado por nenhum termo no contexto.
Ex.: Não sei como saiu sem notarem o fato.

c) Quando o infinitivo pessoal está em uma locução verbal

- não se flexiona o infinitivo, sendo este o verbo principal da locução verbal, quando
em virtude da ordem dos termos da oração, sua ligação com o verbo auxiliar for
nítida.

Ex.: Acabamos de fazer os exercícios.

- é facultativa a flexão do infinitivo, sendo este o verbo principal da locução verbal,


quando o verbo auxiliar estiver afastado ou oculto.
Exemplos:

Não devemos, depois de tantas provas de honestidade, duvidar e reclamar dela.


Não devemos, depois de tantas provas de honestidade, duvidarmos e reclamarmos
dela.

6) Concordância com o verbo ser:

a - Quando, em predicados nominais, o sujeito for representado por um dos


pronomes: tudo, nada, isto, isso, aquilo - o verbo “ser” ou “parecer” concordarão com
o predicativo.
Exemplos:

Tudo são flores.

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Aquilo parecem ilusões.

Dicas:
Poderá ser feita a concordância com o sujeito quando se quer enfatizá-lo.

Ex.: Aquilo é sonhos vãos.

b - O verbo ser concordará com o predicativo quando o sujeito for os pronomes


interrogativos: que ou quem.
Exemplos:

Que são gametas?


Quem foram os escolhidos?

c - Em indicações de horas, datas, tempo, distância - a concordância será feita com


a expressão numérica
Exemplos:

São nove horas.


É uma hora.

Dicas:
Em indicações de datas, são aceitas as duas concordâncias, pois subentende-se a
palavra dia.
Exemplos:

Hoje são 24 de outubro.


Hoje é (dia) 24 de outubro.

d - Quando o sujeito ou predicativo da oração for pronome pessoal, a concordância


se dará com o pronome.

Ex.: Aqui o presidente sou eu.

Dicas:
Se os dois termos (sujeito e predicativo) forem pronomes, a concordância será com
o que aparece primeiro, considerando o sujeito da oração.

Ex.: Eu não sou tu

e - Se o sujeito for pessoa, a concordância nunca se fará com o predicativo.

Ex.: O menino era as esperanças da família.

f - Nas locuções: é pouco, é muito, é mais de, é menos de, junto a especificações de
preço, peso, quantidade, distância e etc., o verbo fica sempre no singular.
Exemplos:

Cento e cinquenta é pouco.


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Cem metros é muito.

g - Nas expressões do tipo: ser preciso, ser necessário, ser bom, o verbo e o
adjetivo pode ficar invariável (verbo na 3ª pessoa do singular e adjetivo no masculino
singular) ou concordar com o sujeito posposto.
Exemplos:

É necessário aqueles materiais.


São necessários aqueles materiais.

h - Na expressão: é que, usada como expletivo, se o sujeito da oração não aparecer


entre o verbo “ser” e o “que”, ficará invariável. Se aparecer, o verbo concordará com
o sujeito.
Exemplos:

Eles é que sempre chegam atrasados.


São eles que sempre chegam atrasados.

Regência nominal e verbal

Chamamos de regência verbal e regência nominal a relação de subordinação


existente entre um verbo ou um nome e seus complementos.
Você sabe o que é regência verbal? E regência nominal? Se você ainda não
sabe, é tempo de aprender. Entender sobre esse assunto é indispensável para quem
deseja escrever adequadamente, respeitando, assim, a sintaxe da língua
portuguesa. Vamos lá?
Você já deve ter percebido que, em uma oração, as palavras estabelecem
relações entre si. Graças a essa relação, somos capazes de construir os sentidos da
mensagem, uma vez que as palavras são interdependentes. Essa relação de
complementação entre os termos da oração é chamada de regência, que pode ser
verbal ou nominal. Chamamos de termo regido a palavra que depende de outra para
obter sentido completo e de termo regente a palavra a que se subordina o termo
regido.
Achou complicado? Parece, mas não é. Fique atento à explicação e aos
exemplos que o sítio de Português preparou para você. Depois desta leitura,
certamente todas as dúvidas serão esclarecidas. Bons estudos!
Regência verbal
Chamamos de regência verbal a relação que se estabelece entre os verbos e
os termos que os complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou
caracterizam (adjuntos adverbiais). Os verbos podem ser intransitivos e transitivos.

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Os verbos intransitivos não exigem complemento. Isso acontece porque são
verbos que fazem sentido por si só, ou seja, possuem sentido completo. Em alguns
casos, eles são acompanhados por adjuntos adverbiais, elementos que não podem
ser considerados como objetos. O adjunto adverbial é um termo acessório da oração
cuja função é modificar um verbo, um adjetivo ou um advérbio, indicando uma
circunstância (tempo, lugar, modo, intensidade etc.). Sendo um termo acessório,
pode ser retirado da frase sem alterar sua estrutura sintática. Veja alguns exemplos:
Choveu muito ontem.
↓ ↓
verbo impessoal adjunto adverbial de intensidade e de
tempo
(intransitivo)
Chegamos no voo das onze horas.
↓ ↓
verbo intransitivo adjunto adverbial de meio e de tempo
Verbos transitivos diretos
Chamamos de verbos transitivos aqueles que precisam de um complemento,
uma vez que não possuem sentido quando sozinhos. Eles podem ser transitivos
diretos e indiretos. Os transitivos diretos são acompanhados por objetos diretos e
não exigem preposição para o correto estabelecimento da relação de regência. Veja
os exemplos:
Quero bolo!
↓ ↓
verbo transitivo direto objeto direto
Amo aquele rapaz.
↓ ↓
verbo transitivo direto objeto direto
Para facilitar o reconhecimento dos verbos transitivos diretos, você poderá
fazer algumas perguntas para eles (quero o quê/quero quem? Amo o quê/amo
quem?). As respostas serão os objetos diretos.
Verbos transitivos indiretos
Os verbos transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos, isto
é, exigem uma preposição para o estabelecimento da relação de regência. Veja:
preposição 'de' + artigo 'a' = da

Gostamos da prova.
↓ ↓
verbo transitivo indireto objeto indireto
Outro exemplo:
preposição + artigo = às

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Respondi às questões.
↓ ↓
verbo transitivo indireto objeto indireto
Você também pode fazer perguntas para o verbo para assim identificar se ele
é ou não transitivo indireto (gostaram de quê/gostaram de quem? Respondeu a
quê/respondeu a quem?). Note que, ao fazer a pergunta com o uso de uma
preposição, o objeto responderá também com uma preposição (gostamos da prova/
respondi às questões).
Verbos transitivos diretos e indiretos
Antigamente, os verbos transitivos diretos e indiretos eram chamados de
bitransitivos. Essa nomenclatura, entretanto, não é mais utilizada. São verbos
acompanhados de um objeto direto e um objeto indireto. Observe:
a (preposição) + os = aos

Agradeço aos ouvintes a audiência.
↓ ↓ ↓
verbo transitivo direto e indireto Objeto indireto objeto direto ('a' é artigo)
Quem agradece, agradece a alguém algo.
Outro exemplo:
preposição + artigo = à

Entreguei a flor à professora.
↓ ↓ ↓
verbo transitivo direto e indireto Objeto direto objeto indireto

Regência nominal
Chamamos de regência nominal o nome da relação existente entre um nome
(substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa relação
é sempre intermediada por uma preposição. Veja alguns exemplos (vale lembrar que
existem muitos outros):
Substantivos:
Admiração a/por
Devoção a/ para/ com/ por
Medo de
Respeito a/ com/ para com/ por
Adjetivos:
Necessário a
Acostumado a/com
Nocivo a

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Agradável a
Equivalente a
Advérbios:
Longe de/ Perto de
Obs.: Os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos
adjetivos de que são formados:
Paralela a; paralelamente a
Relativa a; relativamente a.

Significação das palavras


Na língua portuguesa, uma PALAVRA (do latim parabola, que por sua vez
deriva do grego parabolé) pode ser definida como sendo um conjunto de letras ou
sons de uma língua, juntamente com a ideia associada a este conjunto.

Sinônimos: são palavras de sentido igual ou aproximado.


Exemplo: - Alfabeto, abecedário.
- Brado, grito, clamor.
- Extinguir, apagar, abolir, suprimir.
- Justo, certo, exato, reto, íntegro, imparcial.

Na maioria das vezes não é indiferente usar um sinônimo pelo outro. Embora
irmanados pelo sentido comum, os sinônimos diferenciam-se, entretanto, uns dos
outros, por matizes de significação e certas propriedades que o escritor não pode
desconhecer. Com efeito, estes têm sentido mais amplo, aqueles, mais restrito
(animal e quadrúpede); uns são próprios da fala corrente, desataviada, vulgar,
outros, ao invés, pertencem à esfera da linguagem culta, literária, científica ou
poética (orador e tribuno, oculista e oftalmologista, cinzento e cinéreo).
A contribuição Greco-latina é responsável pela existência, em nossa língua,
de numerosos pares de sinônimos.
Exemplos: - Adversário e antagonista.
- Translúcido e diáfano.
- Semicírculo e hemiciclo.
- Contraveneno e antídoto.
- Moral e ética.
- Colóquio e diálogo.
- Transformação e metamorfose.
- Oposição e antítese.
O fato linguístico de existirem sinônimos chama-se sinonímia, palavra que
também designa o emprego de sinônimos.

Antônimos: são palavras de significação oposta.


Exemplos: - Ordem e anarquia.
- Soberba e humildade.
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- Louvar e censurar.
- Mal e bem.

A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido oposto ou negativo.


Exemplos: Bendizer/maldizer, simpático/ antipático, progredir/regredir,
concórdia/discórdia, explícito/ implícito, ativo/inativo, esperar/desesperar, comunista/
anticomunista, simétrico/assimétrico, pré-nupcial/pós-nupcial.

Redação de correspondências oficiais

Ainda na escola, você aprende uma série de regras para entregar seus textos
de forma apresentável ao professor – e leva isso ao fim do ensino médio, quando
precisa escrever a redação do Enem. Mas quem está na carreira pública ou precisa
ter algum tipo de interface com esse ambiente, também precisa se adequar ao estilo
próprio de escrita e comunicação, o que é conhecido por redação oficial.

Os canais para direcionar cada mensagem oficial também carregam suas


próprias características. A seguir, confira quais são os principais tipos de
documentos na Correspondência Oficial.

Tipo:

Ata

Relato fiel de fatos ocorridos e decisões tomadas durante reuniões e


assembleias, segundo pauta previamente estabelecida, garantindo a posterior
execução dos acordos ali tratados. É geralmente registrada em livro próprio e, ao
final da reunião, costuma ser assinada pelos participantes.

Atestado

Documento assinado por servidor em virtude de seu cargo ou função


exercida. A ideia é declarar algum fato a favor da pessoa declarada. Um exemplo
disso é fornecer a declaração de que um indivíduo realizou certas atividades em um
período x.

Ato

Por meio dessa ferramenta, dirigentes de órgãos e entidades da


Administração Direta, Indireta e Fundacional declaram um fato ou uma situação com
base na lei.

Certidão

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Declaração que tem por objetivo comprovar ato ou registro de processo, livro
ou documento existente em repartições públicas. Quando autenticadas, têm o
mesmo valor do documento original.

Consulta

Também chamada de carta-consulta, é uma das formas de correspondência


interna e geralmente diz respeito a determinados orçamentos para a captação de
financiamento de projetos.

Convocação

Essa forma de comunicação escrita tem por objetivo convidar o público-alvo


para determinada reunião ou assembleia. Por isso, traz informações-chave, como
local, data e finalidade do encontro.

Decisão

Solução dada por meio de despacho ou sentença para determinada situação.

Decreto

Sua finalidade é detalhar e especificar a lei, facilitando a sua execução e


esclarecendo seus mandamentos.

Despacho

Documento redigido para dar sequência a algum assunto que foi


encaminhado para apreciação da autoridade. Pode comunicar uma decisão, ordem
ou recomendar o prosseguimento de um processo.

Edital

Ato escrito oficial que inclui aviso, determinação ou citação, publicado por
autoridade competente, e divulgado na imprensa oficial e em outros órgãos, de
modo a ser facilmente acessado por todos. Geralmente comunica novos concursos
públicos, intimações e convocações, que exigem ampla divulgação.

Informação

Documento no qual servidores subordinados prestam esclarecimentos ou


elucidam questões imprecisas sobre determinada situação, a pedido de alguma
autoridade.

Lei

O objetivo dessa espécie normativa, prevista pela Constituição Federal, é


disciplinar uma variedade de ações. Ela tem como características a generalidade e a
abstração e só pode ser utilizada pelo Poder Legislativo.

Memorando
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Comunicação ágil e fundamentalmente interna, feita entre unidades
administrativas de um mesmo órgão, sendo elas de mesmo nível ou de níveis
diferentes. O caráter pode ser administrativo ou envolver projetos, ideias e diretrizes
a serem adotados em certa instância do serviço público.

Moção

Proposta referente a alguma questão levantada durante reunião ou decorrente


de algum incidente que tenha acontecido nela. Seu caráter pode ser de simpatia,
apelo ou repúdio, por exemplo.

Parecer

Avaliação feita por órgãos especializados a respeito de situações que lhes


foram colocadas para essa apreciação. Deve indicar a solução ou as razões e
fundamentos necessários para a tomada de decisão por órgão competente.

Portaria

Documento pelo qual a autoridade inferior ao chefe do Executivo estabelece


normas para disciplinar a conduta de seus subordinados. Assinada, por exemplo,
por presidente, diretor-geral, entre outros.

Processo

É o desenvolvimento de um expediente, ao qual são inseridos pareceres,


anexos e despachos, que darão suporte à sua tramitação.

Requerimento

Documento pelo qual o indivíduo interessado solicita ao Poder Público algo


que ele acredite que lhe pertença ou que deva usufruir, ou ainda para se defender
de determinada prática ou situação que o lese de alguma maneira.

Relatório

Submetido à autoridade superior, traz um panorama das atividades realizadas


pelo funcionário, no que diz respeito ao período em exercício no cargo. É geralmente
adotado para prestações de conta ou para expor o avanço de determinadas
iniciativas planejadas.

Ofício

É como são feitas as comunicações administrativas entre autoridades ou


entre autoridades e particulares, tendo como foco assuntos oficiais.

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Material elaborada pelo Conc. RN/84. CNPJ- 47673655000194.
Todos os direitos de edição e reprodução reservados.

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