Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. Conceito de Economia
Você já deve ter ouvido falar a palavra “economia” milhares de vezes, não é
mesmo? Desde que era criança, ouvia seus pais dizerem que é preciso fazer
economia, e depois que passou a entender melhor o mundo, ouviu essa
palavra ser pronunciada por uma porção de pessoas e com as mais diversas
utilizações. Tem economia financeira, economia política, microeconomia,
macroeconomia... Ufa!
Isso me forçou a uma rápida reflexão: meus avós não tinham automóvel,
televisão, telefone, micro-ondas, TV por assinatura, celular, computador,
máquina de lavar roupas etc. Sem contar que não tinham qualquer conforto
em sua residência, como chuveiro elétrico, banheiro interno, água tratada,
esgoto, fogão a gás etc. Também tinham pouco acesso ao lazer, não
viajavam, não iam ao cinema, ao teatro, ou a algum show musical, aliás,
pouco sabiam da existência de artistas.
Dá para entender facilmente por que meus ganhos são insuficientes, não é
mesmo? Eu tenho outras necessidades, e olha que elas são infinitas, ou
melhor, não basta mais eu ter um automóvel, que deveria ser o sonho de
consumo dos meus avós, um automóvel para a família inteira. As famílias
modernas possuem a necessidade de um automóvel para cada membro da
família. A vida nos impõe isso.
Agora, vamos sair do plano individual para o plano coletivo. Nesse plano,
quando você ouvir falar de necessidade, esteja certo de que alguém está se
referindo aos bens e serviços que garantem a nossa sobrevivência enquanto
espécie.
Alimentos;
Vestuário;
Moradia;
Móveis para a casa;
Água tratada e saneamento básico;
Eletricidade;
Utensílios domésticos;
Eletrodomésticos;
Transporte;
Lazer e recreação;
Educação;
Saúde;
Segurança;
Cultura.
Você deve estar se perguntando: onde a economia entra em tudo isso? Isso
que você acabou de ler diz respeito à escassez. A maioria das pessoas que
conseguem acesso aos itens da lista de necessidades básicas o faz à custa de
muito trabalho e luta, por todo o tempo das suas vidas. Esteja certo disso.
Você já deve ter percebido que todos os recursos da produção, qualquer que
seja a classificação, são escassos. Isso ocorre porque a natureza é finita, não
dispõe dos recursos de forma abundante e não os disponibiliza em todos os
lugares. O petróleo, por exemplo, é encontrado em apenas algumas regiões
do mundo.
Você já deve ter deparado com uma fila em uma agência bancária, correto? A
fila se forma porque o caixa não consegue atender todos os clientes na
mesma velocidade de chegada destes, ou seja, no intervalo de tempo em
que o caixa está atendendo o primeiro da fila, chegam mais dois ou três
clientes. Se você estiver na fila, normalmente reclama com a gerência do
banco, que deveria abrir mais pontos de atendimento, mais caixas.
Você não tem uma ideia clara do que sejam bens e serviços? Não se
preocupe, isso é confuso mesmo. Afinal existem bens de consumo, bens de
capital, bens duráveis etc. Mas aqui vão algumas dicas para esclarecer suas
dúvidas:
SAIBA MAIS
Espero que, após as dicas, você tenha entendido as diferenças entre bens e
serviços. Para sedimentar mais ainda essa compreensão, veja a Figura 1. Ela
apresenta as características que diferenciam os bens e os serviços. Observe
que no centro do gráfico existem “bolas divididas”, ou melhor, tipos de
produção que atuam tanto como bens quanto serviços, ou seja, atividades
que englobam características tangíveis e intangíveis. É o caso dos
restaurantes, que servem um bem (o alimento físico) e o serviço
(atendimento do garçom).
Figura 1 – Escala de tangibilidade.
Fonte: HOFFMAN et al., 2010, p. 6.
#PraCegoVer A imagem é composta por uma linha reta, que em sua parte superior
possui seis dados classificados como “Predominantemente Tangíveis”, que se
encontram conectados à reta por uma linha na vertical. São eles, respectivamente:
sal, refrigerantes, detergentes, automóveis, cosméticos e lojas de fast food. Na parte
inferior, encontramos, também, seis dados classificados como “Predominantemente
Intangíveis”, conectados à reta por uma linha na vertical. São eles, respectivamente:
lojas de fast food, agências de propaganda, linhas aéreas, gerência de investimentos,
consultoria e ensino.
Mas esteja atento porque isso não para por aí. Os bens são subdivididos em
quatro grupos:
Agora, preste muita atenção: você acredita que existem produtos que
podem tanto ser classificados como bens de capital quanto como bens de
consumo duráveis? Pois é, o automóvel é um desses casos. Imagine um
motorista de táxi. Se ele adquirir um automóvel para seu trabalho diário, é
um bem de capital, mas se adquirir um automóvel para o lazer de sua
família, é um bem de consumo durável.
O que produzir? Esta é uma decisão que vai além dos limites da
economia. A resposta para essa questão está no centro da sociedade. É
ela quem deve decidir se produz maiores quantidades de bens de
capital ou de bens de consumo.
Por sua vez, para que esse fluxo real de mercadorias que suprem as
necessidades humanas seja efetivado em um sistema econômico, há a
necessidade do estabelecimento do fluxo monetário: ninguém “trabalha” de
graça, assim como nenhum produto é gratuito.
Guarde bem esse conceito do Fluxo Circular de Renda, pois ele será muito
importante durante o curso. Outro conceito de importância ímpar é a Curva
das Possibilidades de Produção, também conhecida como “Fronteira das
Possibilidades de Produção”.
Imagine uma economia tão simplificada que produz apenas dois tipos de
bens: máquinas agrícolas (bens de capital) e alimentos (bens de consumo).
Todo alimento produzido será utilizado para as necessidades de nutrição das
pessoas, e não poderá ser estocado para ser usado no dia seguinte ou no
futuro.
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
Outro autor bastante influente foi David Ricardo, que discutiu o rendimento
das terras mais férteis quando comparado à produtividade das terras menos
férteis e a questão do comércio internacional.
Vale ressaltar que Adam Smith criou a Teoria das Vantagens Absolutas, no
comércio internacional, enquanto David Ricardo criou a Teoria das
Vantagens Comparativas. Assim, ambos trabalharam teorias a respeito desse
comércio.
SAIBA MAIS
JEAN BAPTISTE SAY (1768-1832): criou a Lei de Say: “A oferta cria sua própria
procura“, ou seja, o aumento da produção transforma-se-ia em renda dos
trabalhadores e empresários, que seria gasta na compra de outras
mercadorias e serviços.
THOMAS MALTHUS (1766-1834): a causa de todos os males da sociedade
reside no excesso polulacional. Enquanto a população cresce em progresso
geométrico, a produção de alimentos segue em progresso aritmético. Assim,
o potencial da população esxcede em muito o potencial da terra na
produção de alimentos.
2.3 Marxismo
Karl Marx (1818-1883) foi o principal crítico dos métodos clássicos, fundando
uma escola de pensamento que leva o seu nome. Em especial, criticava o
tom “a-histórico” das teorias econômicas. Ao desenvolver a Teoria do Valor-
Trabalho, contudo, apropriou-se de alguns conceitos da corrente clássica,
particularmente, de David Ricardo.
SAIBA MAIS
2.4 Keynesianismo
Para entender a obra de John Maynard Keynes e a sua Teoria Geral do
Emprego, dos Juros e da Moeda, vamos fazer uma viagem no tempo e voltar
aos anos 1930, quando o mundo vivia a Grande Depressão, que teve início
com a quebra da Bolsa de Valores de Nova York em 1929.
A Economia e a Política
A Economia e a Sociologia
Os estudos ligados à Economia e a Sociologia também são bastante
próximos, afinal ambas as áreas de pensamento visam estudar organizações
sociais.
A Economia e a História
A Economia e a Geografia
SAIBA MAIS
A Economia e a Matemática
Muito embora a Economia seja uma ciência social, ela é limitada pela
escassez de recursos, ocupando-se de cálculos de quantidades físicas dos
recursos e da distribuição equilibrada destes, como o estabelecimento das
quantidades de bens e serviços a serem produzidos e as quantidades de
recursos de produção a serem utilizados no processo produtivo.
A interação entre Economia e Matemática é tão forte que existe uma área de
estudos em que os modelos são quantificados, denominada “Econometria”,
uma combinação de Estatística, Matemática e Economia.
SAIBA MAIS
Faça uma pesquisa sobre “consumo nacional“ e “renda nacional“. Você seria
capaz de estabelecer uma relação matemática entre esses dois
componentes econômicos.
A Economia e o Direito
SAIBA MAIS
Sucesso!
Referências Bibliográficas
VASCONCELLOS, M. A. S.; TONETO JÚNIOR, R. (Org.). Introdução à Economia
. São Paulo: Saraiva, 2011.