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AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA

PROVAS PARA O DIAGNÓSTICO OPERATÓRIO

Cascavel, 25 de Junho de 2022


Dados pessoais:
Nome: Gabriel Kilemand Tasca
Data de nascimento: 16/02/2008
Idade: 14 anos
Sexo: M
Natural: Cascavel PR
Série: 9º ano
Escola: Escola Municipal Costa e Silva

I - INSTRUMENTOS UTILIZADOS
*Entrevista de Anamnese;
*Entrevista com o professor;
*Entrevista Operativa Centrado na Aprendizagem (EOCA);
*Aprendizagem familiar exploratória;
*Avaliação do Material Escola (Desenho da família e redação);
*Faz de Conta;
*Sondagens Pedagógicas;
*Provas Piagetianas
*Teste de Desempenho Escolar
*Avaliação de Dificuldades da Escrita - ADAPE;
*Teste Diagnóstico Linguístico;
*Teste de Discriminação Auditiva;

II-ANÁLISE DE RESULTADOS NAS DIFERENTES ÁREAS


*COGNITIVO – NÍVEL-
*AFETIVO- SOCIAL-
*CORPORAL-
III-DINAMICA FAMILIAR
IV- HIPÓTESE DIAGNÓSTICA
V- PROGNÓSTICO

PROVAS PARA O DIAGNÓSTICO OPERATÓRIO

Resultados apresentados nas provas Piagetianas. Critérios propostos por Piaget.


PROVAS NÍVEL

I II III
Prova de Classificação X

Prova de Seriação X

Prova de Conservação de Comprimento X

Prova de Conservação de Massa X

Prova de Conservação de Líquido X

Prova de Conservação de Quantidades Discretas X

Prova de Inclusão de Classes X

Prova de Equidistância X

Prova de Posições de Dado sobre um Suporte X

Prova de Imagem Mental X

1) Prova de Classificação:
NÍVEL I: o adolescente tende a organizar o material classificável, não numa hierarquia de
classes e subclasses baseada em semelhança e diferença entre os objetos, mas de acordo com
o que Piaget chama de coleções figurais. Segundo a classificação não obedece a um plano
geral e a coleção finalmente formada não é uma classe lógica, mas uma configuração
complexa.
*NÍVEL II: utiliza pelo menos dois critérios de classificação (cor, forma).
NÍVEL III: a classificação é formada de classes propriamente lógicas, subdivididas em
subclasses e com quantificação das inclusões. A ela se acrescentam a mobilidade nas
mudanças possíveis de critério e a facilidade de construir sistemas multiplicativos (tabelas de
dupla entrada, etc.).

2) Na Prova de Seriação:
*NIVEL I: o adolescente não possui noção de seriação operatória quando não tem êxito na
construção da série.
NIVEL II: está no estágio de transição quando acerta algumas das fases e em outras erra,
apresenta-se no nível II b.
NIVEL III: Possui a noção de conservação operatória quando tem êxito sistemático na
construção da série. Alem disso deve compreender que em qualquer um dos elementos
medianos da série é ao mesmo tempo maior do que o seu antecessor e menor do que o seu
sucessor.

3) Prova de Conservação de Comprimento:


*NIVEL I: (Não Conservação); o adolescente julga os comprimentos conforme o critério da
coincidência das extremidades. Dessa forma, após a mudança da configuração de uma das
fileiras passa a negar que ambas tenham o mesmo comprimento.
NIVEL II: (Não Conservação): o adolescente ora diz que as fileiras têm o mesmo
comprimento, ora diz que não tem.
NIVEL III: (Conservação): o adolescente começa a afirmar que as duas fileiras têm o
mesmo comprimento, mesmo que ambas possuam configurações diferentes.

4) Prova de Conservação de Massa:


*NIVEL I: (Não Conservação). Não tem noção de conservação de massa quando admite a
quantidade de massa se altera quando a bolinha é transformada.
NIVEL II: (Condutas Intermediárias) está em fase de transição quando admite a conservação
de massa em algumas situações e nega em outras.
NIVEL III: (Conservação) tem noção de conservação de massa quando afirma que as
bolinhas transformadas continuam tendo a mesma quantidade de massa e justifica suas
afirmações com argumentos lógicos de identidade, reversibilidade simples e reversibilidade
por reciprocidade.
5) Prova de Conservação de Líquido:
*NIVEL I: o adolescente não possui a noção de conservação quando afirma que a quantidade
de água não é a mesma em B e C.
NIVEL II: o adolescente está em fase intermediária ou de transição quando admite a
conservação da quantidade em alguns transvasamentos e nega outros.

NIVEL III: possui a noção de conservação de líquido quando afirma que os copos A e B e A
e C tem a mesma quantidade de água e para justificar suas afirmações apresenta os seguintes
argumentos:
Identidade“Tem a mesma quantidade de água porque não se pôs nem tirou”.
Reversibilidade simples: “Tem a mesma quantidade porque se pusermos a água deste copo
(B) neste (A) fica tudo igual outra vez”
Reversibilidade por reciprocidade: “Tem a mesma quantidade porque este copo (B) é estreito
e nele a água sobe e este é mais largo e a água fica mais baixa”.

6) Prova de Conservação de Quantidades Discretas


NIVEL I: (Não-conservação): o adolescente não tem conservação de quantidades discretas
quando admite que o número de fichas se altera após a transformação de uma das fileiras
(espaçamento de fichas).
Nível II: (Condutas Intermediárias) está em fase de transição quando admite a conservação
de quantidades discretas em algumas situações e nega outras.
*NIVEL III: (Conservação): o adolescente tem a conservação de quantidades discretas
quando afirma que mesmo após a transformação de uma das fileiras continua existindo o
mesmo número de fichas.

7) Prova de Inclusão de Classes:


NIVEL I: (Ausência de quantificação inclusiva): o adolescente mostra-se incapaz de
comparar o número de elementos de uma subclasse ao de uma classe mais geral na qual ela
está inclusa; ela faz sistematicamente a comparação das suas subclasses, respondendo então
que há mais quadrados rosa (ou azuis dependendo da questão) do que quadrados.
NIVEL II: (Condutas intermediárias) a criança hesita diante da questão que lhe é feita e, ora
responde que tem mais quadrados rosa (ou azuis dependendo da questão).
NIVEL III: (Acerto da Quantificação inclusiva): todas as perguntas obtêm respostas
corretas.
8) Prova de Equidistância:
NIVEL I: o adolescente faz uma reunião dos animais, seja através de um alinhamento
vertical ou horizontal, figuras em curva, ziguezague, animais em desordem e perto da lagoa.
*NIVEL II: o adolescente trabalha, predominantemente, com formas, podendo apresentar o
círculo como solução, ou não, mas considerando uma forma entre outras.
NIVEL III: as únicas construções aceitas são o círculo e o semicírculo, que já aparecem
desde as primeiras construções, e as únicas variações são aquelas nas quais a criança aumenta
ou diminui a raio do círculo.

9) Prova das Posições dos Dados sobre um suporte:


NIVEL I: o adolescente combina pequenas diferenças com semelhanças (procedimentos
analógicos), e seus argumentos caracterizam-se pela presença de pseudonecessidades. Além
disso, ela trabalha apenas com uma família de co-possíveis.
*NIVEL II: o adolescente busca mais variações e apresenta co-possíveis antecipados. Neste
nível, ela já trabalha com três famílias de co-possíveis.
NIVEL III: a criança argumenta que existem maneiras ilimitadas de colocar os dados (co-
possíveis quaisquer).

10) Prova de Imagem mental:


NIVEL I: o adolescente se revela incapaz de representar planos. Assim, a água na garrafa
representada por uma garatuja, na qual é impossível discernir qualquer nível, em qualquer
orientação.
*NIVEL II: Os níveis representados toscamente, tendo como referencial a própria garrafa, e
não as coordenadas externas. Deste modo, o nível de água é quase sempre considerado como
perpendicular aos lados, independentemente da maneira como a garrafa está inclinada. Para
representar o que pensa, geralmente desenha a água paralela à base da garrafa se em algumas
situações a criança representa o nível da água corretamente, em outras acaba por representá-
lo incorretamente.
NIVEL III: os adolescentes deste estágio, em suas construções, baseiam-se na referencia
espacial mais ampla, usando, por exemplo, o nível da mesa como um guia na previsão do
nível da água.

No cognitivo encontra-se no Nível Inferior


TDE - TESTE DE DESEMPENHO ESCOLAR
Resultados Escore Bruto Classificação
Escrita 20 menor ou igual a 30 - inferior
Aritmética 16 menor ou igual a 23 - inferior
Leitura 64 menor ou igual a 65 - inferior
Resultado: Total 100 classificação 83
Total (EBT) ideal 122 Total- Inferior

Previsão Escore Bruto (EB) a partir da idade


Escrita: maior ou igual a 30
Aritmética: maior ou igual a 23
Leitura: maior ou igual 68
Resultado maior ou igual 119, ideal maior a 121
Abaixo da média para sua faixa etária.

FAZ DE CONTA

Conforme o questionário respondido, o mesmo não se socializa, tem baixa autoestima,


falta de afetividade. Sente-se rejeitado pelos colegas da escola, tem agressividade contida,
sente-se menos inteligente, vínculo negativo com a aprendizagem e isolamento social,
vínculo negativo com a escola.
Sente insegurança, sozinho e sente rejeição, não aceita os hábitos do pai. Ele é tímido,
sente-se preso ao ambiente familiar, sente-se pressionado e incompreendido. Sente vontade
de ser livre, tem preocupação com a família.
Vê-se com idade menor, vontade de sentir-se forte e tristeza contida.

Erros: 21
22-49-Categoria 3. DA_ Déficit de Atenção Média
AVALIAÇÃO PEDAGÓGICA
AVALIAÇÃO DE DIFICULDADES DA ESCRITA - ADAPE

Uma tarde no campo

José ficou bastante alegre quando lhe contaram sobre a festinha na chácara da dona
Vanda. Era o aniversário de Amparo.
Chegou o dia. Todos comeram, beberam e fizeram muitas brincadeiras engraçadas.
Seus companheiros, Cássio, Márcio e Adão iam brincar com o burrico. As crianças
gostam muito dos animais, mas não chegam perto do Jumbo, o cachorro do vizinho. Ele é
mau e sai correndo atrás da gente.
Mário caiu jogando bola e machucou o joelho. O médico achou necessário passar
mercúrio e colocou esparadrapo.
Valter estava certo. Foi difícil voltar para casa, pois estava divertido.
Pensando em um dia quente de verão, tenho vontade de visitar meus velhos amigos

Total de Erros:
Dificuldades de aprendizagem em escrita.
Total de erros: 21
Categoria: 20 a 49 erros
DA (Dificuldade de Aprendizagem Média)

TESTE DIAGNÓSTICO LINGUÍSTICO

Dificuldade na leitura e escrita, falta de compreensão. Erros ortográficos, mas é esforçado e


faz o que tem a fazer, apresentando muita ansiedade.
Erros: 23 – Início as 11 h término 11h10mts
Ditado: 21 erros
Teste de Discriminação Auditiva

De 60 questões apresentadas para a leitura de Igual e diferente, obteve 59 acertos.

Aspectos Orgânicos

No cognitivo apresenta-se no Nível Inferior.


O mesmo se enquadra com TEA (Transtorno Espectro Autista) e TDAH Transtorno
do Déficit de Atenção/Hiperatividade) apresenta inicialmente aspectos ligados a falta de
concentração, dificuldade na leitura, escrita e matemática muito ansioso ao executar as
atividades, presta a atenção, mas com dificuldade de absorver e logo esquece, dificuldade de
memorização. Toda a atividade tem que ser em tempo curto, logo desvia a atenção, esquece
facilmente as atividades, no atendimento não necessita ser cobrado. Tem a língua geográfica
(tudo o mesmo sabor). Seu interesse é de fazer orientação de trilhas com o pai, assistir
televisão e jogar vídeo game.
É um menino amável, carinhoso, preocupado com os outros, faz vínculo facilmente.
Gosta de vir as sessões, gosta de jogar, dinâmica que usamos para concentração, vibra muito
quando ganha, embora prefira sempre o mesmo jogo.
Segundo o diagnóstico, o mesmo apresenta ansiedade, em alguns momentos fica
impaciente nervoso com as atividades propostas, como escrita, leitura e cálculos. Atraso em
algumas matérias.

*AFETIVO- SOCIAL-
*CORPORAL-
*FAMILIAR-

O Gabriel apresenta necessidade em obter aceitação social, sentimento de menos valia


muito ligado ao pai, o mesmo é sua referência. Fala pouco da mãe, só a atividade domestica
que lhe são cobradas. No desenho da família esqueceu-se de desenhar a mãe e o namorado da
irmã, Ao ser indagado sobre a falta de algum familiar, desenhou a figura da mãe, mas o
cunhado disse que não tinha espaço no papel. Talvez represente o desejo de ter a mãe mais
presente e receber afeto, já o cunhado ou representa rejeição, ou algo que o incomode. Mas
quando perguntei o que cada um gosta falou bem da mãe. Fala muito da irmã grávida.
Apresenta certa dificuldade de expressão do esquema corporal que pode estar
representando imaturidade afetiva e dificuldade de relacionamento interpessoal.

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

De acordo com os resultados obtidos no decorrer do atendimento psicopedagógico,


(Intervenção) pode-se avaliar que o mesmo apresentou avanços na elaboração de algumas
atividades, demonstra interesse, consegue manter-se sentado em atividades que desperte seu
interesse. Apresenta muita ansiedade na aplicação das atividades, tosse o tempo todo e tem
dor de barriga e vai ao banheiro. Às vezes é necessário interromper a atividade. Conforme
seu desempenho será aplicado outros testes no decorrer das sessões.
Gosta muito de jogar e escolhe os jogos, gosta de desafios e de ganhar. Os jogos são
importantes para mantê-lo parado, acalmar sua ansiedade e trabalhar o raciocíneo.
Uma avaliação psicopedagógica cautelosa é o primeiro passo para diagnosticar a causa
do problema de aprendizagem e definir o plano de intervenção para tratamento clínico. Além
de avaliar e intervir clinicamente, o psicopedagogo trabalha em conjunto com outros
profissionais que atendem o adolescente. Também atua em parceria com a escola, de modo à
melhor adequar o ensino às necessidades do paciente, levando em conta suas dificuldades e,
principalmente, suas potencialidades.
Sugere-se continuar com acompanhamento psicopedagógico duas vezes semanal e reforço
escolar e acompanhamento com pape.
Continuar com atendimento Psicopedagógico duas vezes na semana e
acompanhamento neurológico e manter os medicamentos recomendados.

Mairi Lourdes Marschall


Pedagoga com Ênfase em Recursos Humanos
Pós-Graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional MEC/1580
Pós-Graduada em Neuropsicologia e Educação CNE/MEC 847/08
Cursando ABA
Clínica Anima
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

SISTO, F. F. Dificuldade de aprendizagem em escrita: um instrumento de avaliação


(ADAPE). In: SISTO, F. F. ET AL (orgs). Dificuldades de aprendizagem no contexto
psicopedagógico. Petrópolis: Vozes, 2001.
VISCA, J. Técnicas Projectivas Psicopedagógicas. Buenos Aires: AG Servicios Gráficos,
1994.
YAEGASHI, S. F. R. O fracasso escolar nas séries iniciais: um estudo com crianças de
escolas públicas. Campinas: Faculdade de Educação / UNICAMP, 1997 (Teste de Doutorado
em Psicologia Educacional
TEXTOS DE REFERENCIA PARA OS PAIS E PROFESSORES

Algumas dicas do Dr Drauzio Varela para ajudar os pais: Crianças portadoras do


transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH),
Geralmente, essas queixas caracterizam os portadores do transtorno de déficit de
atenção e hiperatividade (TDAH), uma doença que acomete as crianças, mas que pode
prosseguir pela a vida adulta, comprometendo o desempenho profissional, familiar e afetivo
dessas pessoas.
À medida que a criança vai crescendo, aumenta o nível de exigência sobre ela. No
entanto, o típico é o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) ficar evidente
quando ela vai para a escola. Normalmente, a criança consegue permanecer sentada na
carteira da sala de aula, prestar atenção no que a professora fala, tomar nota, fazer exercícios e
aprender as lições. A hiperativa, no entanto, com déficit de atenção não para quieta e comete
erros por distração. Muitas vezes, fica evidente que ela sabe a matéria, mas não acerta as
repostas, porque está distraída.
Existem casos mais leves da doença que eventualmente podem ser contornados apenas
com medidas pedagógicas e há os mais graves que exigem tratamento.
Para fazer o diagnóstico de déficit de atenção e hiperatividade, os sintomas precisam
manifestar-se em dois ambientes distintos. Em geral, eles ocorrem em casa e na escola. A
mãe, que geralmente acompanha a criança nos deveres de casa, percebe a agitação e a demora
para fazer as tarefas. A professora nota o mesmo comportamento na escola. Por isso, pais e
professores são bons informantes para ajudar o médico que observa a criança no consultório.
Por definição, a criança já nasce com a doença, tanto que para fazer o diagnóstico em outras
fases da vida é preciso investigar como foi à evolução da enfermidade na infância.
O TDAH jamais se inicia quando o indivíduo é adulto. Ao contrário. Em geral, evolui
com melhora dos sintomas, tanto que até alguns anos atrás acreditava-se que desaparecia com
o crescimento. Hoje se sabe que, apesar de diminuírem o número e a intensidade dos sintomas
nos adolescentes e adultos, parte das crianças continua com o problema por toda a vida e
apresenta as dificuldades decorrentes da doença.
É importante lembrar que, quando se fala hiperatividade, estamos nos referido a dois
sintomas agregados: a hiperatividade propriamente dita e a impulsividade.
Basicamente na criança, a hiperatividade está ligada à motricidade, aos movimentos. É
a criança agitada, que não para quieta um segundo sequer, com o bicho carpinteiro, como
dizem as pessoas. Já a impulsividade se caracteriza pelo agir sem pensar. Crianças hiperativas
se machucam mais, sofrem mais acidentes, porque são intempestivas. Não têm paciência
nenhuma, interrompem quem está falando, intrometem-se na conversa alheia. Esse é um
sintoma que se manifesta também nos adolescentes e adultos.
A síndrome tem esses dois sintomas básicos. Pode predominar um deles, mas em boa
parte dos casos tanto o déficit de atenção quanto a hiperatividade estão presentes.
Essa é uma situação bastante comum. Há pessoas com déficit de atenção e hiperatividade que
passam a vida toda sem terem sido diagnosticadas. Dá para imaginar quantos obstáculos
precisaram vencer para chegar à universidade, por exemplo?
Na verdade, as queixas dos adultos são as mesmas das crianças: distração, dificuldade
para concentrar-se, baixo rendimento no trabalho, impulsividade. Agem sem pensar e depois
se arrependem do que fizeram.
O primeiro passo para o diagnóstico nessa faixa de idade é levantar uma história e
tentar obter o máximo possível de dados sobre a infância da pessoa. É importante saber se, na
escola, a professora reclamava de sua indisciplina, se era desorganizada, apresentava lições
malfeitas, tinha os cadernos soltos, bagunçados e o material em desordem.
Nem sempre é fácil conseguir tais informações. Às vezes, a própria pessoa não tem
lembrança clara de como eram as coisas. Uma saída é recorrer a informantes que lhe sejam
próximos. Se os pais estão vivos, podem ser fonte importante de consulta.
Para o diagnóstico, levam-se em conta também as queixas atuais: o trabalho que não
rende, a dificuldade para concentrar-se na leitura de um texto mais longo ou realizar as tarefas
do dia a dia, o incômodo por ficar sentada numa reunião mais prolongada ou monótona, a
dificuldade para assistir a uma aula na faculdade ou a um curso que exija concentração e
permanência numa posição constante. Tudo isso somado ao fato de que se esquece dos
compromissos e de pagar as contas. Delinear esse conjunto de dados possibilita reconhecer
um quadro de déficit de atenção e hiperatividade no adulto.
Existem de fato alguns casos que estão no limite entre o que seria, digamos, o
esperado para a população adulta no momento e o patológico que exige tratamento. Vale
destacar que, no adulto, a dificuldade e as queixas vêm da infância. Mais velho, quando o
quadro da doença é bem definido, ele se compara com seus pares e percebe que os colegas
fazem o mesmo trabalho na metade do tempo, não esquecem a maioria dos compromissos,
não atrasam. Já ele é um atrasado contumaz, um desorganizado. A conta está em cima da
mesa, mas ele se esquece de levá-la e perde o prazo do pagamento. Não são coisas que
acontecem de vez em quando. Acontecem sempre e passam a sensação de fracasso constante,
de rendimento inferior à real capacidade de produzir.
A genética tem papel importante na incidência do TDAH, embora sozinha não seja
suficiente para explicar a doença. Quando se rastreia a família de um paciente, é muito
comum encontrar outros casos de déficit de atenção e hiperatividade. Às vezes, enquanto
fazemos o diagnóstico de uma criança, os pais percebem que também foram ou são portadores
daqueles sintomas e os prejuízos que podem ter causado em suas vidas.
Os fatores ambientais são menos conhecidos. Imagina-se serem fatores que atuem de
alguma forma no sistema nervoso central, no cérebro, na fase de desenvolvimento
embrionário ou talvez no início da vida. No entanto, eles não foram claramente definidos.
Existem trabalhos que mostram diferenças em áreas do cérebro nas crianças com
TDAH, se comparadas com um grupo de crianças sem a doença. Entretanto, é importante
salientar que o diagnóstico é eminentemente clínico, baseado nas queixas da pessoa e em sua
história de vida. Exames radiológicos, raios X, tomografia ou eletroencefalograma (exame
pedido com muita frequência) não ajudam a esclarecer o diagnóstico, seja em crianças, seja
em adultos.
É típico do TDAH estar associado a outras doenças qualquer que seja a faixa de idade
do paciente. Nas crianças, além da ansiedade, aparecem os transtornos de conduta que não
decorrem só da distração. São dificuldades de aprendizado específicas como dislexia
(dificuldade para compreender o que lê), disgrafia (dificuldade para escrever), discalculia
(dificuldade para fazer cálculos).
Nos adolescentes, o problema maior é a tendência ao abuso de drogas. Não existe uma
explicação clara para o fato. Os estudos mostram, porém, que a partir da adolescência o uso
de drogas nos portadores de TDAH é mais frequente, se comparados com os indivíduos
sadios.
Na infância, o tratamento é mais complexo e envolve frequentemente equipe
multidisciplinar, pois requer também a aplicação de medidas pedagógicas e comportamentais.
Se o paciente é uma criança, o ideal é acompanhar a evolução do caso para ver se há
melhora com o crescimento. Estudos mostram que até a idade adulta os sintomas diminuem e
que, em metade dos portadores de TDAH, desaparecem espontaneamente. Se persistirem no
adulto, provavelmente o quadro estará estabilizado.
Como não faz muito tempo que os adultos portadores de TDAH estão sendo
estudados, temos pouca informação de como evoluem até os 70 ou 80 anos. No entanto, a
hipótese é que os sintomas continuam sempre os mesmos por toda a vida. Desse modo, pode-
se afirmar que o tratamento deve ser mantido.
De maneira geral, os efeitos colaterais são leves e ocorrem no início do tratamento. Depois, o
organismo se ajusta e é boa a tolerância aos medicamentos. Isso depende do medicamento que
está sendo usado. Geralmente, em algumas semanas, o paciente percebe melhora na atenção e
na capacidade de ficar sentado. Percebe que passou a produzir melhor no trabalho e a não
cometer os erros que cometia antes. TDAH é uma doença psiquiátrica cujo tratamento dá
resultados bastante satisfatórios nas crianças, adolescentes e adultos.
Soa paradoxal, mas atende ao que se supõe ser o mecanismo da doença: a falta de uma
ação inibitória do sistema nervoso central sobre algumas áreas. Portanto, quando se estimula a
inibição, aumenta o controle da atenção, da atividade motora e da impulsividade.
Pode-se dizer que, na infância, há prevalência dos meninos sobre as meninas. No
entanto há os que discutem essa afirmação, alegando que TDAH fica mais evidente nos
meninos, porque eles são naturalmente mais hiperativos e incomodam mais do que as garotas.
Argumentam, ainda, que elas tendem mais à distração, sem apresentar o componente da
hiperatividade. Desse modo, nelas, o risco de que o problema passe despercebido é maior.
O fato é que estudos epidemiológicos feitos em clínicas que recebem esses pacientes
revelam a prevalência um pouco maior da doença nos meninos. Quando chega a idade adulta,
porém, a incidência de TDAH é aparentemente igual nos dois sexos.

Que dicas você dá aos portadores de TDAH?


Muitas vezes, as pessoas não reconhecem suas falhas de atenção como uma doença
passível de tratamento. Elas as incorporam como características de personalidade, como seu
jeitão de ser. Admitir que possam ser sintomas de uma doença é o primeiro passo para buscar
ajuda e tratamento e contornar o problema.
Além disso, é fundamental criar estratégias para compensar a desorganização natural e
a falta de atenção dessas pessoas. Quanto mais rotineiras e sistemáticas forem, melhor será
seu desempenho nas diferentes áreas.
De modo geral, os adultos com déficit de atenção e hiperatividade já desenvolveram
algumas técnicas para lidar com as próprias dificuldades. Como sabem que são distraídos,
anotam com cuidado os compromissos na agenda, criam hábitos como deixar os objetos
sempre no mesmo lugar e estabelecem determinadas rotinas na vida.
Em relação às crianças, desenvolver essas atitudes comportamentais irá ajudá-las a
organizar-se melhor. Outra dica importante é reconhecer os danos à autoestima que a doença
provocou e procurar uma abordagem psicológica.
Publicado em 05/01/2012
PSICOPEDAGOGA CLÍNICA MAIRI LOURDES MARSCHALL

COMO DIAGNOSTICAR NA CRIANÇA DEFICIÊNCIAS NO PROCESSO ENSINO-

APRENDIZAGEM:

Diferenciação dos que sofrem um baixo rendimento;

 Ensino inadequado ou insuficiente;

 Baixa motivação;

Não encontrar a forma adequada para desenvolver ajuste ás necessidades da criança;

A necessidade de utilizar métodos diversos, eficazes e eficientes na leitura.

A mensagem, o conteúdo educativo deve ser adequado á idade mental da criança, deve ser

clara e precisa ser bem entendida.

Quanto à deficiência visual não se deve estabelecer diferenças entre os colegas de classe,

como altura, cor dos cabelos, se é mais gordo ou mais magro.

A falta de experiência do professor nos fatores: condição de saúde e mental, inteligência;

ambiente estimulador no lar; grau de maturidade emocional; ajustamento social.

Pode ser a causa de insucessos e dos problemas de aprendizagem que irão surgindo:

A criança deve ter condições necessárias para a aprendizagem: saúde mental, motivação,

prévio domínio, maturação, inteligência, concentração ou atenção, memória.

O primeiro mês de aula conhecido como o período preparatório, deve ser reservado para essas

provas de avaliação. De acordo com a característica individual do aluno, o professor poderá

definir os tipos de testes a que deverá ser submetido para atingir um bom nível de

aprendizagem. Será evitado futuro distúrbio de aprendizagem.

Sendo constatadas as dificuldades, o professor deverá pedir a assistência de um especialista

adequado para o caso: psicopedagogo, fonoaudióloga; psicólogo, médico pediatra,

oftalmologista, otorrinolarinlogista e outros.


Depois de colher o maior número possível de dados sobre o aluno como deficiências físicas,

condições mentais, experiências educacionais anteriores e história de seus fracassos e

sucessos o professor, orientado pelo especialista, poderá executar o programa de remediação

específico para a dificuldade de aprendizagem diagnosticada.

Nem sempre o professor das séries iniciais tem a formação necessária para diagnosticar

graves distúrbios de aprendizagem através da observação, ele poderá detectar diferenças ou

falhas nos desempenhos de seus alunos, por exemplo, observando cuidadosamente:

- Se um aluno tem dificuldades de movimentos ao executar tarefas que os outros realizam

com facilidade;

- Se tem problemas de fala.

- Se não consegue ler de certa distância as palavras escritas no quadro de giz;

- Se não entende bem o ditado;

- Se é superexcitado ou então muito quieto, desanimado, distraído;

- Se não consegue aprender ler nem a escrever até o final do ano letivo;

Se o professor constatar alguma dessas dificuldades, deverá registrá-las para a ficha individual

do aluno.

A dislexia causa dificuldade de leitura e escrita e se não for diagnosticada, pode afastar o

jovem do sistema escolar.

- Não exclua o disléxico do ambiente da sala de aula;

- Estimule o aluno a fazer todos os exercícios e parabenize-os sempre pelo esforço e pelos

sucessos;

- Pergunte se não ficou alguma dúvida na exposição da matéria;

- Lembre-o de anotar datas de provas, tarefas e pesquisas;

- Peça que ele tome nota de determinadas explicações ou dicas que não constem no texto;
- Dê mais tempo durante as provas, lendo sempre o enunciado em voz alta e certificando-se de

que ele entendeu o que foi pedido. Uma boa saída é fazer provas orais.

Fonte: Associação Brasileira de Dislexia.

AS PRINCIPAIS DIFICULDADES DE LEITURA:

Podem ser de três tipos:

1. Atraso geral de leitura: ocasionado por baixa inteligência. Dificuldade de leitura de

palavras isoladas, dificuldade de compreensão do texto, também atrasa em todas as outras

aprendizagens.

2. Atraso específico da leitura: não entende dificuldades na leitura de palavras isoladas e na

compreensão do texto. Não significa que a criança não seja inteligente para outras

aprendizagens. Seu atraso é apenas em leitura e escrita.

3. Dificuldades de compreensão, que apenas se referem à dificuldade para entender o texto,

embora ela consiga ler textos ou palavras isoladas.

DIFICULDADES DE ORTOGRAFIA:

Podem ser de dois tipos:

1. Atraso de leitura e ortografia, que consiste na dificuldade de ler e escrever palavras

isoladas.

2. Atraso de ortografia, que se refere apenas ao atraso na escrita.

Na dislexia persiste em geral a dificuldade até a idade adulta. Podendo aparecer em qualquer

idade. A incapacidade de ler está intimamente ligada aos seguintes fatores:

- Capacidade intelectual (inteligência);

- Percepção visual e auditiva (boa visão e boa audição);

- Noção de esquema corporal (conhecimento das partes do corpo);

- Orientação no tempo e no espaço (sucessão de acontecimentos ou eventos);


- Linguagem e conhecimento do código lingüístico (conhecimento das letras, dos sinais);

- Fatores emocionais que acompanham todos os outros.

SUGESTÕES PARA AJUDAR A CRIANÇA DISLÉXICA, EM CASA OU NA

ESCOLA.

- Explique a criança o seu problema;

- Sente-se ao lado dela;

- Não force o aluno a aceitar a lição do dia;

- Não pressione com o tempo, nem estabeleça competições com os outros;

- Seja flexível quanto ao conteúdo das lições;

- A criança pode tentar disfarçar seus erros, através da caligrafia ilegível;

- Faça críticas construtivas;

- Estimule o aluno a escrever em linhas alternadas, o que permite a leitura da caligrafia

imprecisa;

- Certifique-se de que a tarefa de casa foi entendida pela criança;

Peça aos pais que releiam com ela as instruções;

- Evite anotar todos os erros na correção. Dê mais importância ao conteúdo;

- Não corrija com lápis vermelho, isso fere a suscetibilidade da criança com problemas de

aprendizagem;

- Procure descobrir os interesses da criança;

- Procure leituras que interessem à criança.

O objetivo deste manual é colocar a disposição dos professores, conhecimentos básicos

sobre cuidados que podem ser tomados com os olhos, como primeiro passo para prevenir e

evitar situações que possam levar a cegueira.


PROBLEMAS INTELECTUAIS:

DISTÚRBIOS EMOCIONAIS:

A angústia e a depressão podem aparecer desde a infância, muitas vezes originadas

pela separação dos pais, perda de alguém da família no caso (luto), mudança de cidade ou de

escola. É a sensação de insegurança que mais perturba as crianças. Estes sentimentos podem

ser causados pela própria família ou pela escola. Os pais muitos severos, exigentes ou

ansiosos podem originar na criança medo do professor, fobia da escola ou insegurança. A

escola por sua vez, por seu ambiente de disciplina, de estudo obrigatório, de regras e ordens,

pode ter uma influência negativa na criança.

Exemplo:

* Excessivo absenteísmo (falta de atenção, alheamento, distração);

* Carência cultural: é o que se convencionou chamar de falta de um currículo oculto

(bagagem de conhecimentos considerados pré-requisitos para a alfabetização)

* Se a família tiver um vocabulário pobre (código lingüístico restrito), com muitas palavras

incorretamente pronunciadas, essa criança, terá como modelo a fala dos pais.

MÉTODOS E TÉCNICAS DE ENSINO DEFICIENTES:

Trata-se de falhas próprias do professor como, por exemplo:

*Método difícil;

*Aula monótona;

*Desatenção aos interesses das crianças;

*Falta de exercícios para desenvolver as habilidades necessárias à alfabetização (coordenação

motora, atenção, movimento dos dedos).

*Métodos que não atendam às diferenças individuais;

*Falta de preparo do professor em técnicas de alfabetização;


*Dificuldade em manter a disciplina da classe;

*Desconhecimento dos recursos de ensino, e muitas outras deficiências.

FALTA DE MOTIVAÇÃO FAMILIAR (estímulos visuais e auditivos)

*Material concreto e de atividades variadas com esse material;

*Um ambiente agradável, bem arejado e bem iluminado.

FALTA DE MOTIVAÇÃO DOS ALUNOS.

Devida a fatores emocionais as crianças ficam perturbadas e não conseguem aprender, quando

tem qualquer distúrbio emocional.

FATORES SOCIAIS E ECONÔMICOS GERAIS.

*Sociais muito baixos;

*Estrutura de linguagem falada e escrita;

*Dificuldade que as crianças têm de ler.

Os fatores sócio-econômicos muito baixos tendem a se relacionar com os níveis mais baixos

de aquisição da linguagem. Isto se observa principalmente nas escolas do Ensino Fundamental

da periferia das cidades.

No entanto é preciso ressaltar que no Brasil há grupos minoritários vindos de países

desenvolvidos, para os quais a educação formal é muito valorizada. Assim, imigrantes

alemães, italianos, japoneses, coreanos, sírios e outros grupos menores conseguem educar

seus filhos, mandá-los para a escola de Ensino Fundamental e Ensino Médio e, na maioria das

vezes, fazê-los chegar às universidades. O fator cultural tem, portanto, influencia na questão

das oportunidades educacionais e da aprendizagem geral.

A estrutura da linguagem, quanto à relação entre linguagem falada e escrita, parece ter

também influencia na dificuldade que as crianças têm para aprender a ler.


PROBLEMAS DE LEITURA E ESCRITA E DE APRENDIZAGEM

* retardamento mental devidos a distúrbios neurológicos;

* lesão cerebral;

* ausências ou disritmias (focos);

* disfunção cerebral mínima (DCM);

* dislexia;

* distúrbios da motricidade.

DE LEITURA:

Incapacidade geral de aprender, problemas de inteligência muito baixo rendimento.

* imaturidade para aprender, ligada à imaturidade do sistema nervoso (não só do

neurológico).

* alterações físicas perdas graves da visão e audição, doenças e desnutrição crônica.

* distúrbio da fala;

* carência cultural;

*métodos e técnicas de ensino deficiente;

* falta de motivação ambiental devido à escola;

* falta de motivação dos alunos;

* fatores sociais e econômicos gerais.

COMPORTAMENTAL

Características da criança com disfunção Cerebral Mínima (DCM)

Pode apresentar:

Distúrbios Neurológicos – a criança não possui coordenação motora voluntária, não domina

os movimentos.

Hiperatividade ou hipercinesia.
Distúrbios de inteligência: Essas crianças fogem um pouco da faixa normal da inteligência –

dificuldade de fixar a atenção, distúrbios cognitivos e a um conjunto de dificuldades escolares

decorrentes deles.

Problemas de Comportamento: O convívio com essas crianças é difícil para seus familiares

e professores.

Problemas Escolares: A criança com DCM tem dificuldade de concentração – não consegue

prestar atenção nas aulas e, embora seja inteligente, não aprende. É uma criança que “vive no

mundo da lua”.

Outras dificuldades associadas à DCM:

Disgrafia: É a dificuldade na utilização dos símbolos gráficos para exprimir idéias.

Caracteriza-se pelo traçado irregular das letras e pela má distribuição das palavras no papel. A

criança consegue copiar um texto, porém quando esse mesmo texto é ditado, ou então quando

esse texto é dissertação, surgem sérios problemas de escrita.

Disortografia: É a incapacidade de apresentar uma correta, com o uso adequado dos

símbolos gráficos. A criança não respeita a individualidade das palavras. Junta palavras, troca

sílabas e omite sílabas ou palavras.

Discalculia: É o termo usado para indicar dificuldade em Matemática. O aluno pode

automatizar os aspectos operatórios (as quatro operações, contas, tabuada), mas encontra

dificuldade em aplicá-lo em problemas. Às vezes não consegue entender o enunciado do

problema, porque tem dificuldade do mesmo.

COMO SE DEVE AGIR:

*A criança com (DCM) luta contra a intolerância dos colegas e professores e em casa contra a

impaciência dos familiares.

*Quando o seu nível mental é bom, ela consegue superar essas perturbações, mas poderão

persistir alguns sintomas como:


Hiperatividade;

Desajeitamento;

Desorientação espacial;

Dislexia;

Disgrafia;

Discalculia.

O professor deve ter muito cuidado ao fazer um “diagnóstico” com base nestes sintomas, pois

ocorre o risco de rotular a criança injustamente.

Às vezes a falha está na escola e não na criança.

Pode ser uma falha no método de ensino, na falta de motivação das aulas, na falta de

animação do professor ou na sua falta de experincia em alfabetizar.

A quem o professor deve encaminhar:

Quando uma criança apresentar os sintomas acima descritos, convém encaminhá-la a uma

equipe psicopedagógica, ou seja, a uma equipe de profissionais especializados em problemas

de aprendizagem: neurologista, psiquiatra infantil, psicólogo, psicopedagogo e fonoaudiólogo.

AS CRIANÇAS COM (DCM) TÊM OS SEGUINTES COMPORTAMENTOS DE

VERBALIZAÇÃO:

*Geralmente falam muito alto;

*conversam ininterruptamente;

*reclamam dos colegas;

*respondem ao professor sem serem chamados;

*dão palpite em tudo, mesmo não sendo solicitados;

*choram, gritam, cantam, assobiam e riem muito sem motivo;

*xingam os colegas sem serem provocadas;


*dizem palavrões;

*ameaçam bater nos colegas e mesmo no professor.

Segundo o relato dos professores, essas crianças apresentam os seguintes comportamentos

motores:

*levantam da cadeira sem motivo;

*ficam de pé durante a aula;

*correm na sala ou saltitam no mesmo lugar;

*perambulam pela classe;

*algumas crianças destroem o seu material escolar, o dos colegas, mordem os colegas e até

mesmo o professor.

Observação: As crianças podem apresentar deficiências na faixa etária de 5 a 13 anos,

cursando da 1ª à 4ª série do ensino Fundamental.

Mairi Lourdes Marschall

Pedagoga com Ênfase em Recursos Humanos

Especializações:

Psicopedagoga Clínica e Institucional MEC/1580

Neuropsicóloga e Educação CNE/MEC 847/08

Clínica nima Cel: 45 998086181

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