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Objetivo inicial :

 Desenvolver um instrumento para estimativa da


capacidade intelectual de crianças com paralisia
cerebral (déficits verbais ou motores).
Tarefa simples, com instruções fáceis, exigindo um
mínimo de expressão verbal ou motora.
 O Colúmbia também passou a ser útil para crianças
com qualquer problema de comunicação (audição e
linguagem) e estrangeiros.
Histórico
 Autores: Bessie B. Burgemeister
Lucille Hollander Blum
Irving Lorge

 A Escala de Maturidade Mental Colúmbia começou a ser


desenvolvida em 1947.
 1ª publicação do teste - 1954
 2ª edição em 1959 (Revisão - EUA)
 3ª edição em 1972 – divisão em níveis de idade
(Revisão – EUA)
 Padronização Brasileira da 3ª Edição Americana
Alves & Duarte (Universidade de São Paulo)
 Normas regionais:
Município de São Paulo.
Pressuposto: São Paulo maior cidade do país.
Amostra: 1535 crianças, 13 faixas etárias (amplitude de
6 meses – 3 anos e 6 meses a 9 anos e 11 meses);
variável sexo não foi considerada; raça difícil controle;
Aplicação individual
Característica da 3ª Edição
 8 NÍVEIS
 Cada nível mede a mesma amplitude de capacidades.

 Foram planejados para propiciar o uso mais eficiente


do tempo de aplicação.

 A criança só responde ao nível correspondente à sua


faixa etária, mantendo a motivação durante a
aplicação.
Idade cronológica Nível Itens do teste

3-6 a 3-11 A 1-55

4-0 a 5-5 B 1-62

5-6 a 5-11 C 10-74

6-0 a 6-5 D 15-74

6-6 a 7-5 E 20-77

7-6 a 7-11 F 20-85

8-0 a 8-5 G 27-87

8-6 a 9-11 H 27-92


Aplicação
 A criança identifica qual o desenho que não pertence ao
conjunto apresentado.

 Resposta verbal simples ou motora mínima.

 Aplicação rápida: entre 15 a 20 minutos; a criança deve


responder aos itens correspondentes à sua faixa etária,
independentemente da ocorrência de acertos ou erros.
Os itens podem ser corretamente respondidos por meio das
seguintes estratégias:

1) Discriminação com base em critérios perceptivos: cor, tamanho


e forma

2) Categorização ou classificação

Os itens possuem um de dois tipos de agrupamentos:


 1 figura diferente, as demais idênticas.
 1 figura diferente e dois subgrupos de pares.
1 figura diferente, demais iguais
1 figura diferente, demais iguais
1 figura diferente, demais iguais
1 figura diferente, demais iguais
1 figura diferente, dois pares iguais
1 figura diferente e 2 pares iguais
Discriminação com base em critérios
perceptivos: cor, tamanho e forma

a) A figura certa se destaca das outras


em relação a todos os atributos (cor,
tamanho e forma)
Discriminação com base em critérios
perceptivos: cor, tamanho e forma

b) A figura certa é semelhante às


demais em relação a um atributo ou
mais, e difere quanto a outro
atributo ou quanto a um detalhe;
Exemplo: discriminação
Categorização ou classificação
a) A figura certa é excluída do conjunto
pelo critério de classificação, que se
torna cada vez mais abstrato.
Exemplo: categorização ou
classificação
Exemplo: categorização ou
classificação
Exemplo: categorização ou
classificação
Categorização ou classificação

b) A figura certa é excluída da


relação analógica que une os outros
elementos do item.
Exemplo: analogia
Exemplo: analogia
Resultados – Avaliação Quantitativa
 ESCORE BRUTO - total de itens respondidos
corretamente.
 RESULTADO PADRÃO DE IDADE (RPI) - Indica o
quanto o desempenho de uma criança desvia do desempenho
médio das crianças de sua idade cronológica.
 ÍNDICE DE MATURIDADE (IM) Informação
interpretativa adicional.
- Esse índice designa o grupo etário mais semelhante ao da
criança. É um indicador do estágio de desenvolvimento.
Resultados – Avaliação Qualitativa
 Capacidade de raciocínio geral;
 Capacidade de discernir as relações entre vários tipos de
símbolos; (ambas qualidades necessárias para um bom
desempenho escolar); formação de conceitos
 Maturidade intelectual.
 Inteligência fluida (Teoria CHC): capacidade de resolver
problemas novos, relacionar ideias, induzir conceitos
abstratos, compreender implicações, extrapolações e
reorganização de informações
Resultados – Avaliação Qualitativa

 Análise da capacidade da criança de resolver problemas


utilizando o pensamento abstrato e ao mesmo tempo o
pensamento conceitual – formação de conceitos.
Utilização Clínica
 Avaliação de crianças com problemas de
aprendizagem;
 Nestes casos avaliar os acertos e erros: raciocínio
abstrato ou aquisição de conceitos.
 Avaliação da capacidade de raciocínio geral e
maturidade intelectual de crianças; boa medida de
avaliação cognitiva de pré-escolares.
 Relacionar com a queixa.
Desenho da Figura
Humana
DFH-III
De 1 a 3 anos
 É a idade das famosas garatujas:
simples riscos ainda desprovidos de
controle motor, a criança ignora os
limites do papel e mexe todo o
corpo para desenhar.
 As primeiras garatujas são linhas
longitudinais que, com o tempo,
vão se tornando circulares e, por
fim, se fecham em formas
independentes.
 No final dessa fase, é possível que
surjam os primeiros indícios de
figuras humanas, como cabeças
com olhos.
De 1 a 3 anos
De 3 a 4 anos

Já conquistou a forma e seus


desenhos têm a intenção de
reproduzir algo.
A criança também respeita
melhor os limites do papel.
Mas o grande salto é ser
capaz de desenhar um ser
humano reconhecível, com
pernas, braços.
De 3 a 4 anos
De 4 a 5 anos

É uma fase de temas


clássicos do desenho
infantil, como paisagens,
casinhas, flores, super-
heróis, veículos e animais.
Suas figuras humanas já
dispõem de novos detalhes,
como pescoço, tronco,
cabelos, pés e mãos.
De 4 a 5 anos
De 5 a 6 anos

 Os desenhos sempre se
baseiam em roteiros com
começo, meio e fim.
 As figuras humanas aparecem
vestidas e a criança dá grande
atenção a detalhes como as
cores.
 Os temas variam e o fato de
não terem nada a ver com a
vida dela são um indício de
desprendimento e capacidade
de contar histórias sobre o
mundo.
De 5 a 6 anos
HISTÓRICO

 Início: 1906- estudos sistematizados sobre o desenho da figura


humana.

 Objetivo: Comparação de desenhos de diferentes crianças a fim


de encontrar pontos em comum em seus traçados e conceitos.

 Interesse: aspectos evolutivos e a relação entre a habilidade para


o desenho e capacidade intelectual da criança.

 1926 – estudos de Florence Goodenough – método para


estudar a maturidade intelectual da criança por meio do
desenho da figura humana.
HISTÓRICO

Critério de Escolha da Figura Humana:


1. A figura humana é familiar a todas as crianças;
2. Em seus aspectos essenciais apresenta a menor variabilidade
possível;
3. Uma tarefa simples que pode ser executada por crianças
muito pequenas e suficientemente complicada em seus
detalhes para avaliar capacidade de crianças maiores.
4. Um tema de interesse, garantindo assim, a motivação das
crianças.
HISTÓRICO

 Adaptação de Dale Harris (1963): critica a utilização do


desenho como “medida de inteligência”; testes de
inteligência avaliam mais de uma dimensão e uma série de
processos

 Adaptação: modificação nos critérios de avaliação e


inclusão do desenho da mulher.
DFH - Adaptação de D. Harris

 D. Harris: medida da maturidade intelectual ou maturidade conceitual – as


crianças inicialmente desenham o que sabem e não o que veem.

 Formação de Conceitos:

1. Capacidade de perceber e discriminar semelhanças;

2. Capacidade de abstrair ou classificar os objetos de acordo com suas


semelhanças e diferenças;

3. Capacidade de generalizar a partir da classificação dos objetos.


DFH III
PADRONIZAÇÃO BRASILEIRA

O DESENHO DA FIGURA HUMANA – DFH III


 Validação população brasileira
 1996- Primeira padronização brasileira.
2003 - Re-padronização e reavaliação do sistema de
correção
Novas tabelas
 Inclusão de amostras de mais regiões brasileiras

 3ª Edição ampliada e atualizada - 2003


Solange Muglia Wechsler
PUC - Campinas
DFH III
PADRONIZAÇÃO BRASILEIRA

 Avaliação do desenvolvimento cognitivo infantil, maturidade de


conceitos, habilidade visuomotora e de discriminação visual;
relação com medidas não verbais de inteligência

 Faixa etária: 5 a 12 anos de idade;

 Aplicação: individual ou coletiva;

 Tipo de resposta: gráfica, não verbal;

 Não pode ser considerado isoladamente mas sim, como um


dos instrumentos componentes de uma avaliação psicológica.
DFH III

 Os desenhos da figura
masculina e feminina são
corrigidos utilizando-se o
manual.
 Cada figura será avaliada
conforme alguns itens.
 A presença de cada item
será assinalada com um X
na folha de correção.
FIGURA DO SEXO MASCULINO
 1. CABEÇA
 2. CABELO
 3. OLHOS
 4. NARIZ
 5. BOCA
 6. ORELHA
 7. PESCOÇO
 8. ROSTO
 9. QUEIXO
 10. MÃOS
 11. BRAÇOS
 12. OMBROS
 13. PERNAS
 14. PÉS
 15. TRONCO – CORPO
 16.COORDENAÇÃO
MOTORA
 17. PERFIL OU FRENTE
 18. VESTIMENTA
FIGURA DO SEXO FEMININO
 1. CABEÇA
 2. CABELO
 3. OLHOS
 4. NARIZ
 5. BOCA
 6. ORELHA
 7. PESCOÇO
 8. ROSTO
 9. MÃOS
 10. BRAÇOS
 11. OMBROS
 12. PERNAS
 13. PÉS
 14. TRONCO – CORPO
 15. QUADRIL
 16.COORDENAÇÃO
MOTORA
 17. VESTIMENTA
• Itens esperados: encontrados
em 85-100% crianças da faixa
etária
• Itens comuns: 51-84%
• Itens incomuns: 16-50%
• Itens excepcionais: 1-15%
DFH III
Resultados
 A partir dos resultados brutos obtidos pela criança
de acordo com seu sexo e o tipo de figura
desenhada obtemos os seguintes resultados:
- Resultado padronizado
- Resultado em percentil;
- Intervalo de confiança;
- Faixas desenvolvimentais.
DFH III
Caso Clínico
Dúvidas?
Próxima aula - Prova
 Toda a matéria depois da Avaliação I
 Uma questão sobre interpretação da WISC (Práticas)

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