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Metodologia Científica
RESUMO
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sistemas quantitativos nos estudos. Ele afirma que a “quantificação” pode ser
definida por três áreas de conceito e emprego da mesma: medida, que é geralmente
o conceito usado na ciência política, de forma errada; manipulação estatística e
tratamento matemático. Assim, ele determina que “as regras de formação do
conceito são independentes”, pois mostra a ideia de que a “quantificação” só pode
ser usada após o significado ser formado. Além disso, também mostra que essas
regras “não podem ser derivadas das regras as quais governam o tratamento de
quantidades e relações quantitativas”, pois as questões amparadas pelos números
não podem ser produzidas pela “quantificação” em si.
Portanto, chega-se à conclusão de que a “quantificação” não pode resolver
todos os problemas e, por isso, há a necessidade de se voltar à formação dos
conceitos. Assim, o autor traz o conceito de “escada da abstração”, fazendo uma
relação com os níveis de análise e trazendo três níveis de abstração – nível alto
(HL), nível médio (ML) e nível baixo (LL). Ele mostra que, para “subir nessa escada”,
ou seja, aumentar o nível de abstração, há duas formas: aumentando a extensão do
conceito, “reduzindo sua conotação” e assim obtendo um conceito mais geral, mas
ainda preciso; ou aumentando a denotação para encobrir a “conotação”, o que gera
um conceito genérico.
Já em relação a diferença entre estrutura e função, o autor mostra que elas
se relacionam de forma que a função pode ser considerada uma “atividade” da
estrutura; por causa da sua correlação, muitas vezes, um pesquisador não consegue
desassociar esses dois conceitos. Assim, define que há uma razão para a existência
das estruturas quando determina que elas têm “funções”, entretanto possuem o
problema de nem sempre serem comportadas pelas instituições e/ou corpos
políticos. Além disso, o autor estabelece três pontos sobre as estruturas e as
funções: não há estrutura com uma sozinha função; as estruturas podem possuir
numerosas funções; e uma mesma função possui estruturas intercaladas. Assim, ele
identifica quatro níveis diferentes de análise: “Princípios estruturais, condições
estruturais, padrões organizacionais e estruturas organizacionais específicas”. O
autor chega a conclusão, ao final do artigo, que não se deve esperar do “pensador
inconsciente” um enfrentamento dos problemas que surgem com da expansão das
comparações globais, mas não se deve incentivar o “pensador superconsciente”
com padrões excessivamente ambiciosos.