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MM P56B/2006
EMISSÃO – 10/07/06
PAULISTINHA P56B/B-1
ESTA PUBLICAÇÃO É APLICÁVEL ÀS
AERONAVES P56-B E P56-B1 “PAULISTINHA”
Direitos Autorais reservados.
Proibida a reprodução total
ou parcial deste Manual.
ÍNDICE
Generalidades Página
Índice ..............................................................................................................1
Lista de Páginas em Vigor ..............................................................................3
Tipo ..................................................................................................7
Motor e Instalação ..........................................................................................7
Asas ..................................................................................................7
Nervuras ..................................................................................................7
Arcos das Pontas das Asas ............................................................................7
Suportes dos Ailerons.....................................................................................7
Revestimento ..................................................................................................7
Ferragens da Ligação Asa-Fuselagem ...........................................................8
Fuselagem ..................................................................................................8
Berço do Motor ...............................................................................................8
Amortecedor ..................................................................................................8
Comando ..................................................................................................8
Comandos do Motor .......................................................................................8
Instrumentos de Bordo....................................................................................8
Ailerons ..................................................................................................9
Estabilizador ..................................................................................................9
Profundor ..................................................................................................9
Deriva ..................................................................................................9
Leme de Direção.............................................................................................9
Comando do Profundor...................................................................................10
Comando do Leme de Direção .......................................................................10
Comando dos Ailerons....................................................................................10
Comando do Compensador............................................................................10
Trem de Pouso ...............................................................................................11
Pneus ..................................................................................................11
Rodas ..................................................................................................11
Freios ..................................................................................................11
Bequilha ..................................................................................................11
Tanques de Combustível ................................................................................11
Aquecedor do Carburador ..............................................................................11
Filtro de Ar ..................................................................................................12
Filtro de Gasolina............................................................................................12
Sistema de Ignição .........................................................................................12
Dimensões ..................................................................................................12
Áreas ..................................................................................................12
Regulagem do Avião.......................................................................................13
Nivelamento ..................................................................................................13
Diedro ..................................................................................................13
Incidência ..................................................................................................14
Empenagem ..................................................................................................14
Montantes ..................................................................................................14
Ailerons ..................................................................................................14
Curso dos Comandos .....................................................................................15
Tanque Inferior................................................................................................15
Tanque Superior .............................................................................................16
Sistema de Freio.............................................................................................16
Decalcomanias ...............................................................................................22
PAULISTINHA 56B/B 1
TIPO:
Avião terrestre, monoplano, asa alta, monomotor, biplace – em tandem de cabina, duplo
comando.
MOTOR E INSTALAÇÃO:
Lycoming 100 HP, instalado à frente da fuselagem.
ASAS:
A estrutura da asa é de madeira, tipo estaiado, ligada à fuselagem por dois parafusos
resistentes ao cizalhamento.
São constituídas por duas longarinas maciças de freijó, estaiadas internamente com corda de
piano de arame de aço e tubos de compressão. Perfil USA 35 B.
NERVURAS:
São de freijó, do tipo Warren, em número de 20, sendo 18 normais e 2 menores. As ligações
são feitas com – contraplacado de pinho colocado com caseína.
REVESTIMENTO:
O bordo de ataque é revestido de contraplacado de pinho, com colagem à prova d’água,
sendo o restante da asa, revestida de tela especial para aviões leves.
FUSELAGEM:
A fuselagem é constituída de tubos de aço SAE 1025, sem costura, soldados, formando uma
estrutura rígida. A estrutura está protegida contra oxidação por uma camada de tinta
protetora.
Remover freqüentemente a poeira e detritos que se acumulam sobre os tubos da fuselagem
para evitar absorção de umidade e conseqüente corrosão.
Aconselha-se verificar periodicamente os tubos longitudinais da fuselagem, na parte da
empenagem, especialmente na parte inferior próximo da fixação da bequilha.
BERÇO DO MOTOR:
É constituído de modo idêntico à fuselagem.
AMORTECEDOR:
Tipo de amortecedor elástico (sandow) com pneus de baixa pressão e freios hidráulicos de
tambor. Bequilha comandável com roda de borracha maciça.
COMANDO:
Duplo, constituído por manches e pedais, com ligação por meio de cabos de aço entre as
superfícies de comando e a cabine.
COMANDOS DO MOTOR:
Todos os controles estão situados do lado esquerdo da cabine.
INSTRUMENTOS DE BORDO:
Velocímetro, Altímetro, Manômetro, Termômetro de óleo, Bússola, Tacômetro e Indicador de
bola.
AILERONS:
A estrutura do aileron é de alumínio, com revestimento de tela. Uma chapa dobrada serve de
longarina e de fixação para as nervuras e a chapa que reveste o bordo de ataque. A fixação
é feita por meio de rebites de alumínio e duralumínio.
ESTABILIZADOR:
É constituído por duas metades fixadas à fuselagem e ligados à deriva por meio de estais. A
estrutura é toda metálica, formada por longarinas dianteira e traseira de tubos de aço e
ligação de chapas perfiladas. O revestimento é feito de tela.
Deve-se tomar cuidado para que o avião não seja levantado pelo bordo de ataque do
estabilizador, mas sim, pelas alças apropriadas que são colocadas próximo dele na parte
inferior da fuselagem.
PROFUNDOR:
É constituído de duas metades, cada uma constituída de tubo de torção, nervuras de chapa
de aço dobradas e bordo de fuga de tubo. É revestido com tela e é articulado ao bordo de
fuga do estabilizador por meio de buchas soldadas.
Um compensador metálico, entelado, é montado no profundor direito.
DERIVA:
É constituída de tubos de aço e revestimento de tela, sendo solidária à fuselagem e ligada
por meio de estais ao estabilizador.
LEME DE DIREÇÃO:
A estrutura é metálica com revestimento de tela.
É articulado na deriva por meio de dois suportes soldados.
Quanto a empenagem, um cuidado especial deve-se ter em relação aos estais, no que se
refere à tensão e frenagem dos mesmos.
COMANDO DO PROFUNDOR:
Os esforços do manche são transmitidos aos profundores por meio de uma haste que passa
pelo interior de um tubo de torção e que transmite os movimentos do manche a um guinhol;
dois cabos de aço de 1/8” unem esse guinhol ao profundor.
COMANDO DO COMPENSADOR:
O comando do compensador é feito por meio de uma alavanca situada no lado esquerdo da
cabine. A alavanca atua como um guinhol ao qual estão fixados dois cabos de aço. Esses
cabos de aço unem a alavanca ao guinhol do compensador. Há um esticador em cada um
desses cabos, na altura da empenagem, que servem para regular sua tensão.
NOTA: No Paulistinha 56-B o comando do compensador é feito por meio de um dispositivo
colocado no lado esquerdo da cabine. Esse dispositivo aciona um cabo de aço que é ligado a
um outro cabo que atua no guinhol colocado dentro do profundor. Uma mola atuando sobre o
guinhol interno do profundo provê a tensão do sistema de cabos. Há um esticador no cabo
da fuselagem, na altura da empenagem.
TREM DE POUSO:
O trem de pouso principal compõe-se de duas pernas, um triangulo central e duas pernas
elásticas.
É inteiramente construído de tubos e chapas de ao SAE 4130. os amortecedores do trem de
pouso são independentes e contém o sistema de absorção, que é do tipo elástico (sandow).
PNEUS:
Utiliza-se o tipo 8.00 x 4. A pressão correta que é de 12 psi (0,845 Kg/cm2).
FREIOS:
O sistema de freio é hidráulico e independentemente para cada roda. Os pedais e os freios
são acionados pelo calcanhar e são montados na cabine, de cada lado, logo atrás dos
pedais do leme de direção.
BEQUILHA:
Consiste de uma roda com pneu de borracha de 2,00 x 6, montada, sobre rolamentos, num
eixo de fácil remoção.
A bequilha é montada na extremidade de uma mola de chapa e é comandada, por meio de
molas helicoidais, pelo leme de direção.
Tanto o eixo vertical como o horizontal, possuem pinos para lubrificação.
TANQUES DE COMBUSTÍVEL:
Dois tanques de alumínio com capacidade total de 92 litros estão localizados um na parte
dianteira entre o painel de instrumentos e a parede de fogo e outro na parte superior da
cabine. Ambos os tanques têm capacidade para 46 litros cada um.
AQUECEDOR DO CARBURADOR:
Está instalado no motor e seu comando se situa no lado esquerdo da cabine. Por meio dele o
piloto pode regular a entrada de ar quente para o carburador.
FILTRO DE AR:
O avião está equipado com filtro de ar do carburador.
FILTRO DE GASOLINA:
Situa-se no compartimento do motor e funciona por processo de decantação.
SISTEMA DE IGNIÇÃO:
Compõe-se de dois magnetos cujos interruptores de contato estão instalados no lado
esquerdo superior da cabine.
DIMENSÕES:
ENVERGADURA............................ 10,76 m
COMPRIMENTO ............................ 6,76 m
ALTURA ......................................... 2,08 m
ÁREAS:
ASA ................................................ 16,68 m2
EMPENAGEM HORIZONTAL ........ 2,34 m2
ESTABILIZADOR ........................... 1,26 m2
PROFUNDOR ................................ 1,04 m2
COMPENSADOR ........................... 0,04 m2
EMPENAGEM VERTICAL.............. 0,862 m2
LEME.............................................. 0,276 m2
DERIVA .......................................... 0,586 m2
REGULAGEM DO AVIÃO:
NIVELAMENTO:
Levantar a parte dianteira do avião com as rodas tocando levemente o solo e mantê-lo nessa
posição por meio de cavaletes colocados sob a fixação dianteira do trem de pouso. Levantar
a causa até que o avião fique em linha de vôo.
DIEDRO:
Para verificar o diedro, esticar um cordel entre as pontas das asas, sobre as longarinas
dianteiras.
Para o diedro correto, a distância vertical entre a parte superior da primeira nervura da raiz
da asa, medida sobre a longarina, até o cordel, deve ser de 7,0 cm. Essa distância é obtida
ajustando-se os montantes dianteiros.
Para se obter igual diedro em ambas as asas, utiliza-se um nível colocando-o na parte
inferior da asa ao longo da longarina dianteira, entre as fixações do montante e do
intermontante com pequeno calço no lado da ponta da asa. Deslocar o calço até que a bolha
esteja centrada: marcar a posição do calço no nível e verificar a outra asa.
Reajustar os montantes dianteiros até que ambas as asas apresentem o mesmo diedro, o
que é obtido dando sempre o mesmo número de voltas nos garfos terminais, porém em
sentido inverso.
INCIDÊNCIA:
Para verificar a incidência na ponta das asas, colocar uma régua de 150 cm pela parte
inferior da asa, junto à fuselagem, aproximadamente na primeira nervura, tocando a parte
inferior da longarina dianteira e o bordo de fuga de asa. Ao lado dessa régua, prender com
um grampo um nível e fazê-lo girar até que a bolha fique centrada. Então, apertar mais o
grampo até que o nível fique solidamente preso à régua.
Em seguida, remover a régua e colocá-la sob a última nervura normal na ponta da asa,
colocando um pequeno calço de 15 mm de espessura entre o bordo de fuga da asa e a
régua. Ajustar o comprimento do montante traseiro até que a bolha do nível fique novamente
na posição central.
EMPENAGEM:
Com o avião em nível, o estabilizador deve ser nivelado pelo tubo traseiro. A linha de
articulação do profundor deve ser reta de ponta a ponta.
MONTANTES:
Os montantes, de tubos fuselados de aço SAE 1025, são fixados às asas e à parte inferior da
fuselagem e possuem em garfo regulável na ponta inferior, para ajuste de comprimento no
que se refere a diedro e incidência das pontas das asas.
TANQUES DE COMBUSTÍVEL
Dois tanques de alumínio com capacidade total de 92 litros estão localizados, um na parte
dianteira entre o painel de instrumentos e a parede de fogo e outro na parte superior da
cabine. Ambos os tanques têm capacidade para 46 litros cada um.
No caso em que seja necessária a remoção de qualquer dos tanques o procedimento deverá
ser o seguinte:
TANQUE INFERIOR
1) Remover o bujão;
2) Remover as cintas da junção asa-fuselagem;
3) Remover o pára-brisa;
4) Remover o revestimento superior da seção dianteira da fuselagem;
5) Colocar a torneira de combustível na posição “AMBOS”;
6) Através do dreno do filtro, drenar toda a gasolina do sistema, com o avião em linha de
vôo;
7) Desconectar o tubo de saída do tanque;
8) Remover as cintas superiores de fixação do tanque;
9) Remover o tanque.
TANQUE SUPERIOR
Para reinstalação dos tanques, proceder na ordem inversa da acima apontada, onde
aplicável.
Durante a revisão, verificar se os parafusos que fixam os tanques e suas conexões estão
apertados e livres de oxidação.
SISTEMA DE FREIO
O sistema de freio é hidráulico e independentemente para cada roda. Os pedais do freio são
acionados pelo calcanhar e são montados na cabine, de cada lado, logo atrás dos pedais do
leme.
Deve sempre ser usado óleo para sistema hidráulico de automóvel e de base vegetal.
Quando os freios estão fracos, isto é, o pedal indo muito ao fundo sem que o avião freie com
eficiência, pode ser existência de ar no sistema.
Para remover o ar (sangrar o sistema), siga o seguinte procedimento:
1) O avião no solo na atitude de três pontos;
2) Encher cada reservatório do burrinho mestre com óleo indicado. Para isso pode ser
usada uma seringa de borracha. (Tabela I);
3) Colocar uma vasilha limpa em baixo da válvula de sangragem, localizada junto à
conexão da linha de óleo com a roda;
4) Pressionar o pedal vagarosamente enquanto outra pessoa abre a válvula da
sangragem. Fechar a válvula de sangragem antes que o pedal atinja o fim do curso;
5) Deixar o pedal retornar à sua posição inicial, com a válvula de sangramento fechada;
6) Experimentar o pedal para ver se apresenta aumento de pressão, o que poderá
representar boa frenagem. Pode ser necessário repetir as operações nºs 4 e 5 por
diversas vezes. O óleo drenado da válvula de sangramento e recolhido no vasilhame
poderá ser usado se não recebeu matérias estranhas, tais como sujeira, areia ou pó.
INSPEÇÃO E REVISÃO
INSPEÇÃO DE PISTA:
Antes de colocar o avião em serviço, proceder, diariamente, as seguintes inspeções:
REVISÃO DE 25 HORAS:
TABELA I
LUBRIFICAÇÃO DA CÉLULA
CADA 25 HORAS
TABELA II
LUBRIFICAÇÃO DO MOTOR
PARTE LUBRIFICAÇÃO
Verificar se está no nível de 8 litros antes de cada vôo e
completar, se necessário.
RESERVATÓRIO
DO Drenar o reservatório cada 20 a 30 horas e reenchê-lo com
MOTOR óleo novo, de viscosidade SAE 40 quando a temperatura
do óleo se mantiver – acima de 4,4ºC (40ºF) ou SAE 50
quando abaixo dessa temperatura.
Retirar o filtro cada 25 horas, lavar em gasolina, deixar
FILTRO DE AR secar, embeber ambos os lados com óleo NA 1120 (SAE
DO CARBURADOR 60) e deixar escorrer durante uma hora, no mínimo, antes
de reinstalar. Fazer a operação acima diariamente, quando
o avião for utilizado em local de muita poeira.
DECALCOMANIA
Deve o utilizador do Paulistinha 56 procurar manter nos lugares certos no avião e em forma
legível os dizeres a que se refere à tabela abaixo:
Mistura
A Nesta posição do comando o carburador está
Comando sendo suprido de ar quente.