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MANUAL DE MANUTENÇÃO

MM P56B/2006

EMISSÃO – 10/07/06

PAULISTINHA P56B/B-1
ESTA PUBLICAÇÃO É APLICÁVEL ÀS
AERONAVES P56-B E P56-B1 “PAULISTINHA”
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ou parcial deste Manual.

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INDÚSTRIA AERONÁUTICA NEIVA LTDA
MANUAL DE MANUTENÇÃO
AERONAVES PAULISTINHA P56B E P56B-1

ÍNDICE

Generalidades Página

Índice ..............................................................................................................1
Lista de Páginas em Vigor ..............................................................................3

Descrição Técnica do Avião............................................................................7

Tipo ..................................................................................................7
Motor e Instalação ..........................................................................................7
Asas ..................................................................................................7
Nervuras ..................................................................................................7
Arcos das Pontas das Asas ............................................................................7
Suportes dos Ailerons.....................................................................................7
Revestimento ..................................................................................................7
Ferragens da Ligação Asa-Fuselagem ...........................................................8
Fuselagem ..................................................................................................8
Berço do Motor ...............................................................................................8
Amortecedor ..................................................................................................8
Comando ..................................................................................................8
Comandos do Motor .......................................................................................8
Instrumentos de Bordo....................................................................................8
Ailerons ..................................................................................................9
Estabilizador ..................................................................................................9
Profundor ..................................................................................................9
Deriva ..................................................................................................9
Leme de Direção.............................................................................................9
Comando do Profundor...................................................................................10
Comando do Leme de Direção .......................................................................10
Comando dos Ailerons....................................................................................10
Comando do Compensador............................................................................10
Trem de Pouso ...............................................................................................11
Pneus ..................................................................................................11
Rodas ..................................................................................................11
Freios ..................................................................................................11
Bequilha ..................................................................................................11
Tanques de Combustível ................................................................................11
Aquecedor do Carburador ..............................................................................11
Filtro de Ar ..................................................................................................12
Filtro de Gasolina............................................................................................12
Sistema de Ignição .........................................................................................12
Dimensões ..................................................................................................12
Áreas ..................................................................................................12

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Regulagem do Avião.......................................................................................13
Nivelamento ..................................................................................................13
Diedro ..................................................................................................13
Incidência ..................................................................................................14
Empenagem ..................................................................................................14
Montantes ..................................................................................................14
Ailerons ..................................................................................................14
Curso dos Comandos .....................................................................................15

Tanques de Combustível ................................................................................15

Tanque Inferior................................................................................................15
Tanque Superior .............................................................................................16

Sistema de Freio.............................................................................................16

Inspeção e Revisão ........................................................................................17

Inspeção de Pista ...........................................................................................17


Revisão de 25 horas .......................................................................................18
Revisão de 100 horas .....................................................................................19
Revisão de 750 horas .....................................................................................19
Tabela 1 – Lubrificação de Célula cada 25 horas ...........................................20
Tabela 2 – Lubrificação do Motor....................................................................21

Decalcomanias ...............................................................................................22

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Lista de Páginas em Vigor

Página Data Página Data Página Data


Rosto 10/07/06
Verso Rosto 10/07/06
1 10/07/06
2 10/07/06
3 10/07/06
4 10/07/06
5 10/07/06
6 10/07/06
7 10/07/06
8 10/07/06
9 10/07/06
10 10/07/06
11 10/07/06
12 10/07/06
13 10/07/06
14 10/07/06
15 10/07/06
16 10/07/06
17 10/07/06
18 10/07/06
19 10/07/06
20 10/07/06
21 10/07/06
22 10/07/06
23 10/07/06
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PAULISTINHA 56B/B 1

Designa-se por PAULISTINHA 56-B1 a


aeronave derivada do Paulistinha 56-B, com
modificação estrutural a fim de permitir aumentar o
porta bagagem e com modificação do sistema de
compensação do leme de profundidade.
A manutenção das aeronaves
PAULISTINHA 56-B e PAULISTINHA 56 B-1 se fará de
acordo com este Manuel de manutenção, serviços e
reparos.
As aeronaves com números de série de
1002 a 1020, inclusive, são designadas PAULISTINHA
56-B.
A aeronave com número de série 1078 e
as com número de série de 1179 a 1186, inclusive, são
designadas PAULISTINHA 56-B1.

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DESCRIÇÃO TÉCNICA DO AVIÃO

TIPO:
Avião terrestre, monoplano, asa alta, monomotor, biplace – em tandem de cabina, duplo
comando.

MOTOR E INSTALAÇÃO:
Lycoming 100 HP, instalado à frente da fuselagem.

ASAS:
A estrutura da asa é de madeira, tipo estaiado, ligada à fuselagem por dois parafusos
resistentes ao cizalhamento.
São constituídas por duas longarinas maciças de freijó, estaiadas internamente com corda de
piano de arame de aço e tubos de compressão. Perfil USA 35 B.

NERVURAS:
São de freijó, do tipo Warren, em número de 20, sendo 18 normais e 2 menores. As ligações
são feitas com – contraplacado de pinho colocado com caseína.

ARCOS DAS PONTAS DAS ASAS:


São construídos de lâminas de freijó, unindo as duas longarinas e o bordo – de ataque ao de
fuga.

SUPORTES DOS AILERONS:


Os ailerons são articulados a três suportes, 2 parafusados na longarina traseira e o central
em ambas as longarinas.

REVESTIMENTO:
O bordo de ataque é revestido de contraplacado de pinho, com colagem à prova d’água,
sendo o restante da asa, revestida de tela especial para aviões leves.

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FERRAGENS DA LIGAÇÃO ASA – FUSELAGEM:


São confeccionadas com chapas de aço SAE 1025 e são presas às longarinas por parafusos
AN.

FUSELAGEM:
A fuselagem é constituída de tubos de aço SAE 1025, sem costura, soldados, formando uma
estrutura rígida. A estrutura está protegida contra oxidação por uma camada de tinta
protetora.
Remover freqüentemente a poeira e detritos que se acumulam sobre os tubos da fuselagem
para evitar absorção de umidade e conseqüente corrosão.
Aconselha-se verificar periodicamente os tubos longitudinais da fuselagem, na parte da
empenagem, especialmente na parte inferior próximo da fixação da bequilha.

BERÇO DO MOTOR:
É constituído de modo idêntico à fuselagem.

AMORTECEDOR:
Tipo de amortecedor elástico (sandow) com pneus de baixa pressão e freios hidráulicos de
tambor. Bequilha comandável com roda de borracha maciça.

COMANDO:
Duplo, constituído por manches e pedais, com ligação por meio de cabos de aço entre as
superfícies de comando e a cabine.

COMANDOS DO MOTOR:
Todos os controles estão situados do lado esquerdo da cabine.

INSTRUMENTOS DE BORDO:
Velocímetro, Altímetro, Manômetro, Termômetro de óleo, Bússola, Tacômetro e Indicador de
bola.

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AILERONS:
A estrutura do aileron é de alumínio, com revestimento de tela. Uma chapa dobrada serve de
longarina e de fixação para as nervuras e a chapa que reveste o bordo de ataque. A fixação
é feita por meio de rebites de alumínio e duralumínio.

ESTABILIZADOR:
É constituído por duas metades fixadas à fuselagem e ligados à deriva por meio de estais. A
estrutura é toda metálica, formada por longarinas dianteira e traseira de tubos de aço e
ligação de chapas perfiladas. O revestimento é feito de tela.
Deve-se tomar cuidado para que o avião não seja levantado pelo bordo de ataque do
estabilizador, mas sim, pelas alças apropriadas que são colocadas próximo dele na parte
inferior da fuselagem.

PROFUNDOR:
É constituído de duas metades, cada uma constituída de tubo de torção, nervuras de chapa
de aço dobradas e bordo de fuga de tubo. É revestido com tela e é articulado ao bordo de
fuga do estabilizador por meio de buchas soldadas.
Um compensador metálico, entelado, é montado no profundor direito.

DERIVA:
É constituída de tubos de aço e revestimento de tela, sendo solidária à fuselagem e ligada
por meio de estais ao estabilizador.

LEME DE DIREÇÃO:
A estrutura é metálica com revestimento de tela.
É articulado na deriva por meio de dois suportes soldados.
Quanto a empenagem, um cuidado especial deve-se ter em relação aos estais, no que se
refere à tensão e frenagem dos mesmos.

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COMANDO DO PROFUNDOR:
Os esforços do manche são transmitidos aos profundores por meio de uma haste que passa
pelo interior de um tubo de torção e que transmite os movimentos do manche a um guinhol;
dois cabos de aço de 1/8” unem esse guinhol ao profundor.

COMANDO DO LEME DE DIREÇÃO:


O comando é muito simples e requer poucos cuidados. Inspecionar os cabos de controle em
locais em que os mesmos são visíveis adiante do assento posterior e também onde
atravessam o revestimento de tela.

COMANDOS DOS AILERONS:


Os esforços laterais do manche fazem girar o tubo de torção no qual está fixado um braço
que transmite os esforços aos cabos. Estes, passando por roldanas, sobem pelas paredes
da cabine ao lado do assento traseiro e, passando diante da longarina traseira, vão ligar-se a
uma ferragem que transmite os esforços ao guinhol do aileron por meio de uma haste.

COMANDO DO COMPENSADOR:
O comando do compensador é feito por meio de uma alavanca situada no lado esquerdo da
cabine. A alavanca atua como um guinhol ao qual estão fixados dois cabos de aço. Esses
cabos de aço unem a alavanca ao guinhol do compensador. Há um esticador em cada um
desses cabos, na altura da empenagem, que servem para regular sua tensão.
NOTA: No Paulistinha 56-B o comando do compensador é feito por meio de um dispositivo
colocado no lado esquerdo da cabine. Esse dispositivo aciona um cabo de aço que é ligado a
um outro cabo que atua no guinhol colocado dentro do profundor. Uma mola atuando sobre o
guinhol interno do profundo provê a tensão do sistema de cabos. Há um esticador no cabo
da fuselagem, na altura da empenagem.

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TREM DE POUSO:
O trem de pouso principal compõe-se de duas pernas, um triangulo central e duas pernas
elásticas.
É inteiramente construído de tubos e chapas de ao SAE 4130. os amortecedores do trem de
pouso são independentes e contém o sistema de absorção, que é do tipo elástico (sandow).

PNEUS:
Utiliza-se o tipo 8.00 x 4. A pressão correta que é de 12 psi (0,845 Kg/cm2).

RODAS: São de alumínio fundido, com rolamentos.

FREIOS:
O sistema de freio é hidráulico e independentemente para cada roda. Os pedais e os freios
são acionados pelo calcanhar e são montados na cabine, de cada lado, logo atrás dos
pedais do leme de direção.

BEQUILHA:
Consiste de uma roda com pneu de borracha de 2,00 x 6, montada, sobre rolamentos, num
eixo de fácil remoção.
A bequilha é montada na extremidade de uma mola de chapa e é comandada, por meio de
molas helicoidais, pelo leme de direção.
Tanto o eixo vertical como o horizontal, possuem pinos para lubrificação.

TANQUES DE COMBUSTÍVEL:
Dois tanques de alumínio com capacidade total de 92 litros estão localizados um na parte
dianteira entre o painel de instrumentos e a parede de fogo e outro na parte superior da
cabine. Ambos os tanques têm capacidade para 46 litros cada um.

AQUECEDOR DO CARBURADOR:
Está instalado no motor e seu comando se situa no lado esquerdo da cabine. Por meio dele o
piloto pode regular a entrada de ar quente para o carburador.

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FILTRO DE AR:
O avião está equipado com filtro de ar do carburador.

FILTRO DE GASOLINA:
Situa-se no compartimento do motor e funciona por processo de decantação.

SISTEMA DE IGNIÇÃO:
Compõe-se de dois magnetos cujos interruptores de contato estão instalados no lado
esquerdo superior da cabine.

DIMENSÕES:
ENVERGADURA............................ 10,76 m
COMPRIMENTO ............................ 6,76 m
ALTURA ......................................... 2,08 m

ÁREAS:
ASA ................................................ 16,68 m2
EMPENAGEM HORIZONTAL ........ 2,34 m2
ESTABILIZADOR ........................... 1,26 m2
PROFUNDOR ................................ 1,04 m2
COMPENSADOR ........................... 0,04 m2
EMPENAGEM VERTICAL.............. 0,862 m2
LEME.............................................. 0,276 m2
DERIVA .......................................... 0,586 m2

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REGULAGEM DO AVIÃO:

NIVELAMENTO:
Levantar a parte dianteira do avião com as rodas tocando levemente o solo e mantê-lo nessa
posição por meio de cavaletes colocados sob a fixação dianteira do trem de pouso. Levantar
a causa até que o avião fique em linha de vôo.

Nivelar o avião pelo seguinte processo:

a) Lateralmente – colocando um nível de aproximadamente 69 cm de


comprimento através do assento dianteiro, com as
extremidades apoiadas nos tubos laterais inferiores das
duas janelas triangulares dianteiras.
b) Longitudinalmente – colocando o nível sobre o tubo que passa na parte inferior
da janela, no lado esquerdo da cabine.

DIEDRO:
Para verificar o diedro, esticar um cordel entre as pontas das asas, sobre as longarinas
dianteiras.
Para o diedro correto, a distância vertical entre a parte superior da primeira nervura da raiz
da asa, medida sobre a longarina, até o cordel, deve ser de 7,0 cm. Essa distância é obtida
ajustando-se os montantes dianteiros.
Para se obter igual diedro em ambas as asas, utiliza-se um nível colocando-o na parte
inferior da asa ao longo da longarina dianteira, entre as fixações do montante e do
intermontante com pequeno calço no lado da ponta da asa. Deslocar o calço até que a bolha
esteja centrada: marcar a posição do calço no nível e verificar a outra asa.
Reajustar os montantes dianteiros até que ambas as asas apresentem o mesmo diedro, o
que é obtido dando sempre o mesmo número de voltas nos garfos terminais, porém em
sentido inverso.

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INCIDÊNCIA:
Para verificar a incidência na ponta das asas, colocar uma régua de 150 cm pela parte
inferior da asa, junto à fuselagem, aproximadamente na primeira nervura, tocando a parte
inferior da longarina dianteira e o bordo de fuga de asa. Ao lado dessa régua, prender com
um grampo um nível e fazê-lo girar até que a bolha fique centrada. Então, apertar mais o
grampo até que o nível fique solidamente preso à régua.
Em seguida, remover a régua e colocá-la sob a última nervura normal na ponta da asa,
colocando um pequeno calço de 15 mm de espessura entre o bordo de fuga da asa e a
régua. Ajustar o comprimento do montante traseiro até que a bolha do nível fique novamente
na posição central.

EMPENAGEM:
Com o avião em nível, o estabilizador deve ser nivelado pelo tubo traseiro. A linha de
articulação do profundor deve ser reta de ponta a ponta.

MONTANTES:
Os montantes, de tubos fuselados de aço SAE 1025, são fixados às asas e à parte inferior da
fuselagem e possuem em garfo regulável na ponta inferior, para ajuste de comprimento no
que se refere a diedro e incidência das pontas das asas.

AILERONS: Para a regulagem dos ailerons adotar o seguinte procedimento:


a) Colocar o manche em posição neutra;
b) Fazer coincidir o bordo de fuga da asa com o de um aileron, no lado da
ponta da asa;
c) Se o outro aileron ficar muito alto, despertar o esticador do cabo superior e
apertar o inferior; se o aileron ficar baixo, proceder ao contrário. A tolerância
máxima entre o bordo de fuga do aileron e o bordo de fuga da asa em cada
um dos ailerons e com o manche no centro, é para mais ou menos 1/4”;
d) Verificar se o comando do aileron está apertado ou frouxo movendo o
manche.

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Essa verificação deverá ser feita com a mão no manche e olhando


diretamente o aileron; a ação sobre o manche deve corresponder a um
movimento instantâneo do aileron.
Se for observada elasticidade ou demora na resposta ao comando, o cabo
está frouxo. Se os cabos, por outro lado, tiverem muito tensos, nota-se uma
rigides ao adicionar o sistema de comando.
e) Frenar os esticadores e contrapinar os parafusos.

CURSO DOS COMANDOS:

Para cima Para baixo


Ailerons..................................................... 15º 10º
Profundor .................................................. 30º 30º
Compensador ........................................... 25º 25º

TANQUES DE COMBUSTÍVEL

Dois tanques de alumínio com capacidade total de 92 litros estão localizados, um na parte
dianteira entre o painel de instrumentos e a parede de fogo e outro na parte superior da
cabine. Ambos os tanques têm capacidade para 46 litros cada um.
No caso em que seja necessária a remoção de qualquer dos tanques o procedimento deverá
ser o seguinte:

TANQUE INFERIOR

1) Remover o bujão;
2) Remover as cintas da junção asa-fuselagem;
3) Remover o pára-brisa;
4) Remover o revestimento superior da seção dianteira da fuselagem;
5) Colocar a torneira de combustível na posição “AMBOS”;

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6) Através do dreno do filtro, drenar toda a gasolina do sistema, com o avião em linha de
vôo;
7) Desconectar o tubo de saída do tanque;
8) Remover as cintas superiores de fixação do tanque;
9) Remover o tanque.

TANQUE SUPERIOR

1) Remover as cintas da junção asa-fuselagem;


2) Remover o pára-brisa;
3) Remover o entelamento da parte delimitada na cabana;
4) Remover dois tensores de madeira por sobre o tanque;
5) Colocar a torneira de combustível na posição de “AMBOS”;
6) Com o avião em linha de vôo, drenar toda a gasolina, através do dreno do filtro;
7) Desconectar os tubos das duas saídas do tanque, através das janelas de inspeção
existentes no estofamento do teto da cabine;
8) Soltar os 8 parafusos das orelhas de fixação do tanque;
9) Remover o tanque;

Para reinstalação dos tanques, proceder na ordem inversa da acima apontada, onde
aplicável.
Durante a revisão, verificar se os parafusos que fixam os tanques e suas conexões estão
apertados e livres de oxidação.

SISTEMA DE FREIO

O sistema de freio é hidráulico e independentemente para cada roda. Os pedais do freio são
acionados pelo calcanhar e são montados na cabine, de cada lado, logo atrás dos pedais do
leme.
Deve sempre ser usado óleo para sistema hidráulico de automóvel e de base vegetal.

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Quando os freios estão fracos, isto é, o pedal indo muito ao fundo sem que o avião freie com
eficiência, pode ser existência de ar no sistema.
Para remover o ar (sangrar o sistema), siga o seguinte procedimento:
1) O avião no solo na atitude de três pontos;
2) Encher cada reservatório do burrinho mestre com óleo indicado. Para isso pode ser
usada uma seringa de borracha. (Tabela I);
3) Colocar uma vasilha limpa em baixo da válvula de sangragem, localizada junto à
conexão da linha de óleo com a roda;
4) Pressionar o pedal vagarosamente enquanto outra pessoa abre a válvula da
sangragem. Fechar a válvula de sangragem antes que o pedal atinja o fim do curso;
5) Deixar o pedal retornar à sua posição inicial, com a válvula de sangramento fechada;
6) Experimentar o pedal para ver se apresenta aumento de pressão, o que poderá
representar boa frenagem. Pode ser necessário repetir as operações nºs 4 e 5 por
diversas vezes. O óleo drenado da válvula de sangramento e recolhido no vasilhame
poderá ser usado se não recebeu matérias estranhas, tais como sujeira, areia ou pó.

INSPEÇÃO E REVISÃO

INSPEÇÃO DE PISTA:
Antes de colocar o avião em serviço, proceder, diariamente, as seguintes inspeções:

a) Berço e suas fixações no motor e na fuselagem;


b) Fixação dos tubos de admissão e de descarga;
c) Drenar o filtro de gasolina;
d) Hélice, quanto a avarias e fixação;
e) Comandos, quanto ao movimento livre, mas sem folga excessiva;
f) Montantes, quanto a parafusos, porcas e contra-pinos, inclusive os
intermontantes;
g) Pinos de articulação dos ailerons, quanto ao estado dos mesmos e dos
contra-pinos;

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h) Pinos de articulação das superfícies da empenagem, estais e ferragens,


quanto a frenagem, tensão e bom estado;
i) Parafusos e porcas do trem de aterragem, quanto ao estado e frenagem;
j) Verificar o estado e a pressão dos pneus;
k) Verificar o entelamento;
l) Verificar a bequilha;
m) Verificar a tensão dos estais da empenagem o aperto das porcas de
frenagem.

REVISÃO DE 25 HORAS:

a) Todos os itens da inspeção de pista;


b) Lubrificar todos os pontos móveis dos comandos, do trem de
aterragem e rolamentos das rodas e da bequilha. (tabela I);
c) Verificar o nível de óleo do freio, completando-o se necessário
(tabela I);
d) Retirar as camisas do cano de descarga e verificar se não
existem rachaduras ou excesso de oxidação;
e) Verificar todos os comandos e tubulações do motor;
f) Limpar o compartilhamento do motor retirando o óleo e toda a
sujeira acumulada;
g) Verificar os elementos da bequilha quanto a folgas e fixação.
Lubrificar o eixo da roda e eixo de articulação;
h) Retirar as janelas de inspeção da cauda e inspecionar os
terminais dos cabos do profundor e compensador e o estado da
estrutura na região da fixação da bequilha.

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REVISÃO DE 100 HORAS:

a) Repetir todos os itens da inspeção de 25 horas;


b) Inspecionar todos os cabos de comando nas passagens pela
guias e polias;
c) Retirar as janelas de inspeção do piso e paredes da cabine, para
exame e lubrificação dos comandos;
d) Retirar as cintas de revestimento entre a asa e a fuselagem e
verificar o estado dos parafusos, porcas e contra-pinos da fixação
das asas;
e) Retirar todas as carenagens da empenagem e verificar as
fixações quanto a aperto e frenagem;
f) Verificar o sistema de comando dos ailerons, através das janelas
de inspeção do teto da cabine e das pontas das asas, pelo
extradorso;
g) Inspecionar a estrutura e fixação dos assentos e do
compartimento de bagagem;
h) Verificar a segurança da fixação dos tanques de combustível e
conexões de saída;
i) Retirar as rodas para inspeção, limpeza e lubrificação;
j) Examinar os rolamentos e freios;
k) Desmontar a bequilha para limpeza, inspeção e lubrificação.

REVISÃO DE 750 HORAS:

Desmontagem e revisão completa do avião.

Edição: 10/07/06 Pág. 19 de 24


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TABELA I

LUBRIFICAÇÃO DA CÉLULA
CADA 25 HORAS

PARTE A SER LUBRIFICADA LUBRIFICANTES


TIPO ESPECIFICAÇÃO
Gonzos e pinos dos ailerons Óleo AN-O-6a
Guinhois e juntas universais dos ailerons ” ”
Gonzos e pinos dos lemes verticais, horizontal e
compensador ” ”
Guinhol do comando do leme horizontal ” ”
Mancais do tubo de torção dos manches ” ”
Pinos da articulação dos pedais ” ”
Roldanas de todos os comandos ” ”
Articulações do trem de pouso principal ” ”
Articulações da bequilha Graxa AN-G-15a
Rolamentos das rodas principais e bequilha ” ”
Mecanismo de comando do compensador ” ”
Sistema de freio Óleo de freio de base
vegetal

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TABELA II

LUBRIFICAÇÃO DO MOTOR

PARTE LUBRIFICAÇÃO
Verificar se está no nível de 8 litros antes de cada vôo e
completar, se necessário.
RESERVATÓRIO
DO Drenar o reservatório cada 20 a 30 horas e reenchê-lo com
MOTOR óleo novo, de viscosidade SAE 40 quando a temperatura
do óleo se mantiver – acima de 4,4ºC (40ºF) ou SAE 50
quando abaixo dessa temperatura.
Retirar o filtro cada 25 horas, lavar em gasolina, deixar
FILTRO DE AR secar, embeber ambos os lados com óleo NA 1120 (SAE
DO CARBURADOR 60) e deixar escorrer durante uma hora, no mínimo, antes
de reinstalar. Fazer a operação acima diariamente, quando
o avião for utilizado em local de muita poeira.

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DECALCOMANIA

Deve o utilizador do Paulistinha 56 procurar manter nos lugares certos no avião e em forma
legível os dizeres a que se refere à tabela abaixo:

LOCALIZAÇÃO DIZERES SIGNIFICADO


É proibido fazer Este Avião não é de categoria acrobática. As
acrobacias manobras permitidas encontram-se na página
2 do manual de operação.
ATENÇÃO
Na posição Na posição AMBOS a torneira seletora torna
“AMBOS” cuidado intercomunicantes os tanques de combustível.
Painel para não transbordar Como há diferenças de nível entre os tanques,
o tanque inferior o inferior poderá transbordar.
De Nunca ultrapassar Velocidade que nunca deve ser excedida pela
220 km/h aeronave. Ver pág. 4 do manual de operação.
Instrumentos Não O acondicionamento interno da cabine não é
Fumar totalmente a prova de fogo, havendo algum
material inflamável.
Nunca voar solo no O vôo solo deve ser feito com o piloto no
assento dianteiro assento traseiro.
Nesta posição do comando a regulagem da
Comando RICA mistura ar/gasolina no carburador é rica.
Nesta mistura do comando a regulagem da
Da POBRE mistura ar/gasolina no carburador é pobre.

Mistura
A Nesta posição do comando o carburador está
Comando sendo suprido de ar quente.

Do F Nesta posição do comando o carburador não


está sendo suprido de ar quente.
Ar quente

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LOCALIZAÇÃO DIZERES SIGNIFICADO


Nesta posição do comando o compensador do
Comando Cabrado profundor está atuando no sentido de cabrar o
avião.
Do N Posição neutra da superfície de comando.
Nesta posição do comando o compensador do
Compensador Picado profundor está atuando no sentido de picar o
avião.
Direito Magneto do lado direito do motor.
Chaves
Esquerdo Magneto do lado esquerdo do motor.
Dos Ligado Magneto ligado.

Magnetos Desligado Magneto desligado.


Aberto Nesta posição do comando o motor está todo
Manete acelerado.

Do Fechado Nesta posição do comando o motor está em


marcha lenta.
Acelerador
Tanque Nesta posição da torneira seletora o tanque
Superior superior está em comunicação direta com o
Torneira 46 litros motor. O número de litros é o da capacidade
total do tanque.
Seletora Tanque Nesta posição da torneira seletora o tanque
Inferior inferior está em comunicação direta com o
Dos 46 litros motor. O número de litros é o da capacidade
total do tanque.
Tanques Ambos Nesta posição ambos os tanques estão em
comunicação com o motor e
intercomunicantes.
Nesta posição não há comunicação entre os
Fechado tanques e o motor nem entre os tanques entre
si.
Porta Max. 30 kg Peso máximo com que é permitido carregar o
Bagagem porta bagagem.

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LOCALIZAÇÃO DIZERES SIGNIFICADO


Montante Os montantes não devem ser usados como
Do lado Não apoio para os pés para entrar e sair da
Da porta cabine. Esse procedimento incorreto danifica
pisar a proteção antioxidante dos montantes e dos
garfos.
Ao lado da boca O avião só deve ser reabastecido de gasolina
de cada um dos Gás 80 Oct. com índice mínimo de 80 octanas. O número
tanques de 46 litros de litros é o da capacidade total do tanque.
combustível

Óleo O motor só deve


Parede de fogo ser reabastecido
defronte boca Temperatura média Viscosidade Do ar de óleo
do reservatório recomendada conforme a
de óleo tabela dada. O
Acima de 4,4ºC (40ºF) –SAE.30 (Aviação número de litros
100) é o da
Abaixo de 4,4ºC (40ºF)–SAE.40 (Aviação capacidade total
80) do tanque.

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