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COVID
Uso de
-19
1. Leia o manual do curso na íntegra. Poderá esclarecer as suas questões com o instrutor
durante o curso.
2. Veja o nosso vídeo demonstrativo de SBV-DAE em www.daex.pt/pcr
3. O curso tem uma avaliação prática realizada em 2 simulações:
• Para ser aprovado, necessita ter nota igual ou superior a 10 valores, em pelo menos uma
simulação de SBV-DAE;
• A nota final é a melhor das 2 simulações realizadas.
Aguardamos ansiosamente a sua presença no curso. Caso tenha alguma dúvida por favor entre em
contacto com o Departamento de Formação através do número 214 140 700 (dias úteis das 9∶00 às
19∶00) ou do e-mail info@renata.pt
Atenciosamente,
OM-013-06ABR21
TÍTULO
Manual de Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa
AUTOR
INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica
DFEM – Departamento de Formação em Emergência Médica
DESIGN e PAGINAÇÃO
INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica
GMC – Gabinete de Marketing e Comunicação
ILUSTRAÇÕES
João Rui Pereira
© copyright
2 | INEM
ÍNDICE
I. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 5
II. A DESFIBRILHAÇÃO AUTOMÁTICA EXTERNA EM PORTUGAL ............................................... 6
Programa Nacional de DAE (PNDAE) ................................................................................... 6
Licenciamento de Programas DAE ...................................................................................... 7
Requisitos para o licenciamento de um Programa DAE ..................................................... 7
III. A CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA............................................................................................... 8
Ligar 112 - Reconhecimento Precoce .................................................................................. 8
Reanimar - Suporte Básico de Vida (SBV) ........................................................................... 9
Desfibrilhar - Desfibrilhação precoce .................................................................................. 9
Estabilizar - Suporte Avançado de Vida (SAV) precoce e cuidados pós-reanimação.......... 9
SUPORTE BÁSICO DE VIDA - ADULTO ................................................................................. 10
Avaliar as Condições de Segurança ................................................................................... 10
Avaliar o Estado de Consciência ........................................................................................ 11
Permeabilizar a Via Aérea ................................................................................................. 12
Avaliar Ventilação - VOS .................................................................................................... 12
Ligar 112 ............................................................................................................................ 12
Realizar Compressões Torácicas ....................................................................................... 13
Realizar Insuflações ........................................................................................................... 14
Manter SBV........................................................................................................................ 15
V. A DESFIBRILHAÇÃO E O DESFIBRILHADOR AUTOMÁTICO EXTERNO (DAE)........................ 17
DAE: O que é e para que serve .......................................................................................... 17
Como usar um DAE ............................................................................................................ 17
SBV DAE com dois reanimadores ...................................................................................... 19
Remoção e transporte da vítima em PCR por Equipas de Emergência. ........................... 19
Utilização de DAE em crianças .......................................................................................... 20
VI. POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA (PLS) ........................................................................... 23
Técnica de colocação da vítima em PLS ............................................................................ 23
VII. OBSTRUÇÃO DA VIA AÉREA (OVA) ...................................................................................... 25
Classificação da OVA quanto à gravidade: ........................................................................ 25
Algoritmo de desobstrução da Via Aérea ......................................................................... 26
VIII. PONTOS A RETER ................................................................................................................ 28
IX. SIGLAS ................................................................................................................................. 29
X. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................... 30
Apêndice 1 – Equipamento de Equipas de Emergência ............................................................... 32
INEM | 3
Via Aérea ........................................................................................................................... 32
Ventilação .......................................................................................................................... 33
Dispositivos mecânicos de compressão torácica .............................................................. 35
Apêndice 2 - Número Europeu de Emergência - 112 ................................................................... 36
O Número Europeu de Emergência .................................................................................. 36
Os Centros Operacionais 112 (CO112) .............................................................................. 36
Apêndice 3 – SBV DAE adaptado COVID-19 para socorristas leigos ............................................ 38
Anexo I – Registo Nacional de PCR (RNPCR) ................................................................................ 39
ÍNDICE DE FIGURAS
Fig. 1 - Símbolo que assinala a presença de um DAE ..................................................................... 7
Fig. 2 - Cadeia de Sobrevivência ..................................................................................................... 8
Fig. 3 - Avaliação do estado de consciência ................................................................................. 11
Fig. 4 - Permeabilização da via aérea ........................................................................................... 12
Fig. 5 - Ver, Ouvir e Sentir (VOS)................................................................................................... 12
Fig. 6 - Posição Lateral de Segurança ........................................................................................... 12
Fig. 7 - Compressões Torácicas ..................................................................................................... 13
Fig. 8 - Insuflações boca-máscara ................................................................................................. 14
Fig. 9 - Insuflação boca-a-boca ..................................................................................................... 15
Fig. 10 - Algoritmo de SBV ............................................................................................................ 16
Fig. 11 - Exemplo de pacemaker implantado debaixo da clavícula esquerda ............................. 18
Fig. 12 - Elétrodos no tórax da vítima........................................................................................... 18
Fig. 13 - Mantenha as manobras de SBV DAE .............................................................................. 19
Fig. 14 – SBV DAE com dois reanimadores ................................................................................... 19
Fig. 15 - Algoritmo de SBV DAE .................................................................................................... 22
Fig. 16 - Estenda as pernas da vítima ........................................................................................... 23
Fig. 17 - Coloque o braço da vítima em ângulo reto com o corpo ............................................... 23
Fig. 18 - Dorso da mão da vítima na hemiface mais próxima do reanimador ............................. 24
Fig. 19 - Vítima rodada - em PLS ................................................................................................... 24
Fig. 20 - Levante a perna da vítima, dobrando-a ......................................................................... 24
Fig. 21 - Compressões abdominais (Manobra de Heimlich)......................................................... 26
Fig. 22 - Pancadas interescapulares ............................................................................................. 26
Fig. 23 - Algoritmo de Obstrução da Via Aérea ............................................................................ 27
Fig. 24 - Tubo Orofaríngeo............................................................................................................ 32
Fig. 25 - Aspirador de secreções ................................................................................................... 33
Fig. 26 - Insuflador Manual ........................................................................................................... 33
Fig. 27 - Técnica “C” + “E” para selagem da máscara ................................................................... 34
Fig. 28 - Máscara de Bolso ............................................................................................................ 34
Fig. 29 - Exemplos de compressores torácicos mecânicos........................................................... 35
Fig. 30 - Chamada 112 .................................................................................................................. 37
Fig. 31 - Adaptação de Algoritmo SBV DAE COVID19 Publicado pelo ERC 2020 11 ...................... 38
Fig. 32 - Ficha de Registo Nacional de PCR Acesso Público .......................................................... 39
Fig. 33 - Ficha de Registo Nacional de PCR SIEM .......................................................................... 40
Fig. 34 - Ecrã de login para RNPCR Pré-hospitalar........................................................................ 41
4 | INEM
Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa
I. INTRODUÇÃO
Constitui-se assim como fundamental a intervenção rápida de quem presencia uma PCR,
com base em procedimentos específicos e devidamente enquadrados - a cadeia de
sobrevivência. i
i
Ver Capítulo III – Cadeia de Sobrevivência
INEM | 5
A Desfibrilhação Automática Externa em Portugal
i
Ver Anexo I - Registo Nacional de PCR (RNPCR)
INEM | 7
A Cadeia de Sobrevivência
i
Ver Apêndice 2 - Número Europeu de Emergência
8 | INEM
Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa
Estabilizar
INEM | 9
Suporte Básico de Vida - Adulto
i
Ver Apêndice 3 – SBV DAE adaptado para Covid19
10 | INEM
Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa
INEM | 11
Suporte Básico de Vida - Adulto
Ligar 112
Avaliar Ventilação - VOS
Se a vítima não responde e não respira
Mantendo a VA permeável, verifique se a normalmente ative de imediato o serviço de
vítima respira normalmente, realizando o emergência médica, ligando 112:
VOS (Ver, Ouvir e Sentir) até 10 segundos: • Quando liga 112, deverá informar o
• Ver os movimentos torácicos; local com exatidão e o tipo de situação
• Ouvir os sons respiratórios saídos da (emergência médica). Posteriormente,
boca/nariz; após transferência da chamada para o
• Sentir o ar expirado na face do CODU, deverá complementar a
reanimador. informação já transmitida,
designadamente no que respeita à
i
Ver capítulo VI – Posição Lateral de Segurança
12 | INEM
Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa
INEM | 13
Suporte Básico de Vida - Adulto
Realizar Insuflações
Após 30 compressões, efetuar 2 insuflações.
• A insuflação eficaz provoca uma
elevação do tórax (semelhante à
respiração normal), devendo ter a
duração de apenas 1 segundo;
• Não demorar mais que 10 segundos
para realizar as duas insuflações; 1
• Evitar insuflações abruptas e com ar em Fig. 8 - Insuflações boca-máscara
i
Ver Apêndice 1 – Equipamento de Equipas de
Emergência.
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Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa
INEM | 15
Suporte Básico de Vida - Adulto
Condições de segurança
Estado de consciência
Ligar 112
30 Compressões
2 Insuflações
Fig. 10 - Algoritmo de SBV
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Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa
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A Desfibrilhação e o Desfibrilhador Automático Externo
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A Desfibrilhação e o Desfibrilhador Automático Externo
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Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa
Mitigue riscos:
• Ambientais (ex. choque elétrico, derrocada, explosão,
ASSEGURE CONDIÇÕES DE tráfego);
SEGURANÇA • Toxicológicos (ex. exposição a gás, fumo, tóxico);
• Infeciosos (ex. tuberculose, hepatite, Sars-Cov2).
Use equipamento de proteção, se aplicável.
AVALIE O ESTADO DE
• Abane os ombros com cuidado e pergunte em voz alta:
CONSCIÊNCIA
“Está-me a ouvir?”
• Coloque em PLS;
SE RESPIRAÇÃO NORMAL,
• Ligue 112;
COLOQUE EM PLS
• Mantenha vigilância.
Informe:
SE NÃO RESPIRA, • “Estou com uma pessoa que não respira e tenho DAE”;
• Forneça a sua localização (com pontos de referência);
LIGUE 112 • Responda a todas as perguntas que forem colocadas;
• Desligue apenas quando indicado.
INEM | 21
A Desfibrilhação e o Desfibrilhador Automático Externo
FAÇA 2 INSUFLAÇÕES
Realize 2 insuflações, garantindo uma expansão eficaz do
tórax.
Não demore mais de 10 seg.
APÓS CHOQUE
Após aplicar o choque ou se choque não indicado,
OU
recomece de imediato SBV e continue a seguir as
SE CHOQUE NÃO
indicações do DAE.
INDICADO – INICIE SBV
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Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa
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Posição Lateral de Segurança
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Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa
A obstrução da via aérea por corpo estranho apresenta-se como uma causa de PCR
acidental potencialmente reversível.
O reconhecimento precoce da obstrução da via aérea é fundamental para o sucesso da
evolução da situação de emergência.
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Obstrução da Via Aérea - OVA
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Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa
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Obstrução da Via Aérea - OVA
Em caso de emergência, ligue 112 e colabore nas questões que lhe são colocadas;
O bom funcionamento da cadeia de sobrevivência permite salvar vidas em risco;
Todos os elos da cadeia de sobrevivência são igualmente importantes;
É fundamental saber como e quando pedir ajuda e iniciar precocemente o SBV;
É fundamental garantir que o SBV é executado de forma ininterrupta e com qualidade;
O atraso na desfibrilhação pode comprometer irremediavelmente a reanimação de uma
vítima em paragem cardiorrespiratória;
As vítimas inconscientes que respiram devem ser colocadas em PLS, desde que não haja
suspeitas de trauma;
A colocação em PLS permite manter a permeabilidade da via aérea;
A obstrução da via aérea é uma situação emergente que pode levar à morte da vítima
em poucos minutos;
Reconhecer a situação e iniciar de imediato medidas adequadas pode evitar a paragem
cardiorrespiratória e salvar uma vida.
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Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa
IX. SIGLAS
INEM | 29
Referências Bibliográficas
X. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa
Documentos consultados:
https://www.abc.med.br/fmfiles/index.asp/::places::/abcmed/Marcapasso-como-
ele-funciona-Quando-e-necessario-2.jpg
https://www.ecgmedicaltraining.com/wp-content/uploads/2016/12/mechanical-cpr-
devices.jpg
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Equipamento de Equipas de Emergência
Tubo Orofaríngeo
O tubo orofaríngeo, também conhecido por Fig. 24 - Tubo Orofaríngeo
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Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa
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Equipamento de Equipas de Emergência
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Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa
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Equipamento de Equipas de Emergência
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Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa
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SBV DAE adaptado COVID-19 para socorristas leigos
Segurança
Estado de Consciência
Ligar 112
Fig. 31 - Adaptação de Algoritmo SBV DAE COVID19 Publicado pelo ERC 2020 11
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Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa
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Registo Nacional de PCR (RNPCR)
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Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa
INEM | 41
SIEM
SISTEMA INTEGRADO DE
EMERGÊNCIA MÉDICA
SISTEMA INTEGRADO DE
EMERGÊNCIA MÉDICA
2
SIEM
1. o sistema
integrado de
emergência
médica
SIEM
3
Deteção
Corresponde ao momento em que alguém se apercebe
da existência de uma ou mais vítimas de doença
súbita ou acidente.
Alerta
É a fase em que se contactam os serviços de
emergência, utilizando o Número Europeu de
Emergência - 112.
Pré-socorro
Conjunto de gestos simples que podem e devem ser
efetuados até à chegada do socorro.
Figura 1
Socorro
Corresponde aos cuidados de emergência iniciais
efetuados às vítimas de doença súbita ou de acidente,
com o objetivo de as estabilizar, diminuindo assim a
morbilidade e a mortalidade.
Transporte
Consiste no transporte assistido da vítima numa
ambulância com características, tripulação e carga bem
definidas, desde o local da ocorrência até à unidade
de saúde adequada, garantindo a continuidade dos
cuidados de emergência necessários.
Tratamento na
Unidade de Saúde
Esta fase corresponde ao tratamento no serviço de
Figura 2: Bastão de Asclépio
saúde mais adequado ao estado clínico da vítima.
Em alguns casos excecionais, pode ser necessária a
intervenção inicial de um estabelecimento de saúde
onde são prestados cuidados imprescindíveis para Asclépio é o deus da medicina e da
a estabilização da vítima, com o objetivo de garantir cura da mitologia greco-romana.
um transporte mais seguro para um hospital mais O bastão de Asclépio, consiste num
diferenciado e/ou mais adequado à situação. bastão envolvido por uma serpente. É
um símbolo antigo, relacionado com a
astrologia e com a cura dos doentes
através da medicina.
Tornou-se o símbolo da medicina.
SISTEMA INTEGRADO DE
EMERGÊNCIA MÉDICA
4
SIEM
2.organização
do siem
Organização do SIEM
5
CODU
notas:
notas:
CIAV TRANSPORTE
O Centro de Informação Antivenenos (CIAV) é um
centro médico de informação toxicológica. Presta
INTER-HOSPITALAR
informações referentes ao diagnóstico, quadro clínico, PEDIÁTRICO (TIP)
toxicidade, terapêutica e prognóstico da exposição a O Subsistema de Transporte de Recém-Nascidos de
tóxicos em intoxicações agudas ou crónicas. Alto Risco e Pediatria é um serviço de transporte inter-
O CIAV presta um serviço nacional, cobrindo a totalidade hospitalar de emergência, permitindo o transporte e
do país. Tem disponíveis médicos especializados, 24 estabilização de bebés prematuros, recém-nascidos
horas por dia, que atendem consultas de médicos, e crianças em situação de risco de vida, dos 0 aos
outros profissionais de saúde e do público em geral. 18 anos de idade, para hospitais com Unidades de
Neonatologia, Cuidados Intensivos Pediátricos e/ou
VMER notas:
HELICÓPTEROS
Os helicópteros de emergência médica do INEM
são utilizados no transporte de doentes graves entre
unidades de saúde ou entre o local da ocorrência e
a unidade de saúde. Estão equipados com material
de SAV, sendo a tripulação composta por um médico,
um enfermeiro e dois pilotos. Figura 7: Ambulância SIV
Figura 8: VMER
notas:
MOTAS
As motas de Emergência são tripuladas por um TAE
e graças à sua agilidade no meio do trânsito citadino,
permitem a chegada mais rápida do primeiro socorro
junto de quem dele necessita. Reside aqui a sua
principal vantagem relativamente aos meios de socorro
tradicionais.
Naturalmente limitada em termos de material a deslocar,
a carga da moto inclui DAE, oxigénio, adjuvantes da
via aérea e ventilação, equipamento para avaliação
de sinais vitais e glicemia capilar entre outros. Tudo
isto permite ao TAE a adoção das medidas iniciais,
necessárias à estabilização da vítima até que estejam
reunidas as condições ideais para o seu eventual
transporte.
Em caso de acidente ou doença súbita ligue, a qualquer hora, 112. A sua colaboração é essencial
para permitir um rápido e eficaz socorro às vítimas, pelo que é fundamental que faculte toda a
informação que lhe seja solicitada.
Os CODU coordenam:
• Ambulâncias de socorro dos Bombeiros e da CVP;
• Ambulâncias SBV e SIV do INEM;
• Motociclos de Emergência;
• UMIPE;
• VMER;
• Helicópteros.
Organização do SIEM
9
SISTEMA INTEGRADO DE
EMERGÊNCIA MÉDICA
10
SIEM
3. a cadeia de
sobrevivÊncia
A cadeia de sobrevivência
11
notas:
Reconhecimento precoce e
pedido de ajuda para prevenir
a paragem cardiorrespiratória
(PCR)
Os serviços de emergência devem ser chamados de
imediato se se suspeitar por exemplo de um enfarte
agudo do miocárdio, ou de uma PCR. O número
universal de emergência nos países da união europeia
é o 112.
SIEM
4. DESFIBRILHAÇÃO
AUTOMÁTICA
EXTERNA EM
PORTUGAL
DAE em Portugal
13
Figura 14
SIEM
5. CRONOLOGIA DA
EMERGÊNCIA
MÉDICA
PRÉ-HOSPITALAR
EM PORTUGAL
Cronologia da Emergência Médica
15
1971 1982
É iniciado no mês de março o primeiro “Curso para
É criado, a 22 de novembro, no Ministério do Interior
Tripulantes de Ambulância”, com a duração de cinco
e da Saúde e Assistência, o Serviço Nacional de
semanas completas. Durante este ano foram realizados
Ambulâncias (SNA) com o objetivo de “assegurar a
mais dois cursos deste tipo, para um total de 60
orientação, coordenação e eficiência das atividades
tripulantes.
respeitantes à prestação de primeiros socorros
Foram celebrados acordos com a PSP e o SNB e
a sinistrados e doentes, bem como ao respetivo
feitos os primeiros contactos com a Cruz Vermelha
transporte”. Foram criados os postos de Ambulâncias
Portuguesa (CVP) com vista à implementação efetiva
do SNA, dotados com ambulâncias medicalizáveis,
de um SIEM.
equipamento sanitário e de telecomunicações e
Foi realizada a cobertura, em termos de Emergência
entregues à colaboração da Polícia de Segurança
Médica, da primeira visita do Papa João Paulo II a
Pública (PSP) nas cidades de Lisboa, Porto, Coimbra
Portugal, no mês de maio.
e Setúbal. Nas restantes áreas, as ambulâncias foram
É criado, no mês de junho, o Centro de Informação
entregues a corporações de bombeiros.
Antivenenos (CIAV) do INEM, centro de elevado nível
técnico no apoio informativo e no aconselhamento
1977 ao tratamento a vítimas de intoxicações (dos
Portugal aderiu ao símbolo "Estrela da Vida" (desenhada medicamentos aos pesticidas e cosméticos) bem
por Leo Schwart em 1973). O SNA regista o direito como na orientação terapêutica e visão prognóstica
de uso exclusivo deste símbolo pelos serviços de aos clínicos, tanto no ambulatório como nas unidades
emergência médica portugueses hospitalares.
1980 1983
A Resolução nº 84 do Conselho de Ministros de 11 O INEM organiza vários tipos de formação como forma
de março cria o Gabinete de Emergência Médica de melhorar o sistema de socorro nacional. Elementos
(GEM) que tinha como principal objetivo desenvolver da PSP e dos bombeiros são abrangidos, num total
e coordenar um Sistema Integrado de Emergência de 1.496 participantes.
Médica (SIEM). Sai o número zero (0) da revista “Emergência Médica”,
O SNA organiza as primeiras jornadas de emergência do INEM. Custa 50 escudos.
médica.
Em 25 de agosto de 1980 é celebrado um protocolo
entre o Ministério da Saúde (através do GEM) e o
1984
É publicado o decreto-lei 278/84 de 13 de agosto que
Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos
cria o Conselho Nacional de Planeamento Civil de
Estados Unidos da América (EUA) que veio estabelecer
Emergência na dependência do Primeiro-Ministro.
um programa no campo da emergência médica pré-
O INEM passa a acompanhar comitivas de Chefes
hospitalar que visava apoiar a implementação do
de Estado e outras entidades internacionais de visita
sistema português.
a Portugal.
1981 1985
Através do decreto-lei 234/81 de 3 de agosto é criado o
Coube ao INEM a proteção na área da saúde a todas
INEM enquanto “organismo coordenador das atividades
as visitas oficiais ao país. Destacam-se de entre outras
de Emergência Médica a executar pelas diversas
individualidades, a Rainha de Inglaterra, Isabel II, e o
entidades do sistema”. É tutelado pelo Ministério dos
Presidente dos Estados Unidos da América, Ronald
Assuntos Sociais e da Saúde.
Reagan.
O SNA, então tutelado pelo Ministério da Defesa,
passa a integrar o INEM.
O INEM herda, fundamentalmente, as redes SNA de
telecomunicações (115) e de transporte (ambulâncias
disponibilizadas aos bombeiros e PSP) que cobriam
o território nacional.
SISTEMA INTEGRADO DE
EMERGÊNCIA MÉDICA
16
notas:
1987 do INEM, vendo o Instituto alargadas as suas
É fundado o Centro de Orientação de Doentes Urgentes responsabilidades.
(CODU) na sede do INEM em Lisboa. Em proximidade Os hospitais de São Francisco Xavier, em Lisboa, e
física com o CIAV, cedo justificou a sua importância no de Cascais, recebem cada um, uma VMIR.
SIEM com funções de centro orientador, regulador e
coordenador das ações de socorro. As chamadas de 1992
emergência passam a ser atendidas por 23 médicos Toma posse como Presidente do INEM o cirurgião
que encaminham cada caso 24 horas por dia. Foi João Luís Malato Correia.
inaugurado pela Ministra da Saúde, Leonor Beleza.
É criado o subsistema de transporte de recém-nascidos
na região de Lisboa. Destinava-se a socorrer recém- 1995
nascidos em risco de vida para transporte adequado A presidência do INEM passa a ser ocupada por
a uma unidade de neonatologia de referência. Ficou Custódio Joaquim Brás.
inicialmente sediado no Hospital de Santa Maria e, Inauguração, em setembro, do CODU Centro,
mais tarde, na Maternidade Alfredo da Costa. antecedida pela formação do pessoal médico e dps
operadores de central.
Início de atividade da VMIR do Centro Hospitalar de
1988 Vila Nova de Gaia.
Extensão do subsistema de transporte de recém- É decidida a criação de um sistema informático para
nascidos à região norte do país - Hospital de São João. o registo dos verbetes de socorro e transporte.
A prestação de socorro então limitado à via pública,
por razões logísticas, estende-se ao domicílio.
1996
É estabelecido um acordo com o Instituto de
1989 Engenharia de Sistemas e Computadores (INESC) com
Extensão do subsistema de transporte de recém- vista à implementação de um sistema de informação
nascidos à região centro do país. geográfica no CODU.
Entra em funcionamento a primeira Viatura Médica de É concebida a Viatura de Intervenção em Catástrofe
Intervenção Rápida (VMIR). Fica sediada em Lisboa, (VIC).
na Rua Infante D. Pedro, na Sede do INEM. Entra em funcionamento a VMIR do Hospital de Santo
A rede rádio das Ambulâncias 115 foi reestruturada com António, no Porto, num total de quatro entregues ao
nova aparelhagem e os hospitais foram incluídos no CODU Norte.
sistema de telecomunicações com meios mais eficazes. As VMIR passam a designar-se por Viaturas Médicas
de Emergência e Reanimação (VMER).
1990 Inicia-se no Verão o serviço de helitransporte de
É publicado o Decreto-Lei que institucionalizou o doentes com o patrocínio da OPEL e o apoio do
número 115 como Número Nacional de Socorro. Hospital de S. Francisco Xavier para a evacuação de
Começa a funcionar no CODU uma secção diferenciada, sinistrados e doentes urgentes na zona sul do País.
embora com a mesma filosofia, mas dirigida ao apoio Entra em funcionamento a VMER do CODU Centro,
aos doentes no mar: o CODU-Mar. Este serviço com Sede naquela delegação do INEM.
providenciava simultaneamente auxílio em questões
de evacuação marítima e de acolhimento em terra. 1997
Os técnicos de telecomunicações de emergência Dois helicópteros juntam-se à rede de meios do INEM.
passam a exercer funções no CODU, deixando os Sediados no aeródromo de Tires e no Hospital Pedro
Médicos de atender chamadas e ativar os meios de Hispano, no Porto, prestam serviço 12 horas por dia,
emergência. entre as 8 e as 20 horas.
Entra em funcionamento uma VMIR no eixo Amadora- Entram em funcionamento as VMER do Hospital de
Cacém. São João, no Porto, e do Hospital Garcia de Orta,
em Almada.
1991
É publicado o decreto-lei 153/91 de 23 de abril que 1998
revê o decreto-lei 278/84 de 13 de Agosto, que Tem início o processo para interligação das centrais
criara o Conselho Nacional de Planeamento Civil de de emergência 112 às centrais telefónicas do CODU.
Emergência na dependência do Primeiro-Ministro. É aplicado o protocolo entre o INEM e a PSP do Porto:
Esta nova legislação define um novo sistema nacional todas as chamadas relativas à saúde recebidas na
de planeamento civil de emergência e assegura, ao central 112 da PSP são transferidas para o CODU Norte.
mesmo tempo, a participação portuguesa na NATO. Inaugurado, em novembro, o Centro de Formação
É inaugurado o CODU Norte, abrangendo uma do Porto.
população de cerca de 1 milhão e 200 mil habitantes. Entra em funcionamento a VMER do Hospital da
É publicado o decreto-lei 326/91 de 31 de agosto que Figueira da Foz.
vem rever alguns ‘preceitos’ do diploma (decreto-lei
384/81 de 3 de agosto) que aprovou os estatutos
Cronologia da Emergência Médica
17
1999
notas:
do Sousa, Santarém, Santa Maria (Lisboa) e Chaves.
Os meios do INEM adotam a sua cor atual, o amarelo
Abertura da VMER do Hospital Pedro Hispano, no
RAL 1016.
Porto.
É iniciado o processo de desativação das ambulâncias
Estabelecido um protocolo de colaboração com a
operadas pela PSP.
Linha Saúde 24 (designada por Linha “Trim, Trim, Dói,
É criado o Centro de Apoio Psicológico e Intervenção
Dói”), criada para apoio pediátrico. Esta linha recorreu
em Crise (CAPIC), dirigido à população e às equipas
com frequência ao CIAV, colocando em contacto o
de emergência.
consultante com o médico de serviço no INEM.
Estão disponíveis mais três Viaturas de Intervenção
em Catástrofe, que ficam localizadas no Porto, em
2000 Coimbra e em Faro.
Inauguração do CODU Algarve, que recebe 34761 A mota passa a ser um dos meios de emergência ao
chamadas nesse ano. serviço do INEM.
A rede VMER alarga-se aos hospitais de Leiria, Guarda,
Viseu, Aveiro, Setúbal, Faro e Centro Hospitalar de
Coimbra.
2005
Abrem novas VMER nos Hospitais de Curry Cabral
e de Castelo Branco, e nos Centros Hospitalares da
2001 Cova da Beira (Covilhã) e do Médio-Tejo (Abrantes).
José Manuel França Gouveia torna-se o novo A Delegação Regional de Lisboa e Vale do Tejo muda
Presidente do INEM. de instalações, passando a funcionar junto à sede
Entra em funcionamento a VMER do Hospital do do INEM.
Barlavento Algarvio.
Início do registo nacional de paragem cardiorrespiratória
pré-hospitalar (RNPCR-PH).
2006
A Delegação Regional do Algarve muda de instalações
para um novo espaço com 12 áreas distintas, incluindo
2002 o CODU, respetiva zona de apoio, salas de formação
É alargado o horário de serviço dos 2 helicópteros e base para a tripulação das ambulâncias que operam
de emergência do INEM, passando a funcionar 24 no distrito de Faro.
horas por dia. A partir do mês de agosto, os CODU abrangem
Os Hospitais de Vila Franca de Xira e Caldas da Rainha 100 % da população nacional, assegurando um dos
passam a ter VMER. grandes objetivos do INEM: todas as chamadas 112
É publicado o primeiro número da Newsletter do INEM referentes à saúde passam a ser atendidas e tratadas
“Via Verde para a Vida”. por profissionais de saúde com formação específica.
Três novas VMER entram em funcionamento nos
2003 hospitais distritais de Bragança e Beja e no Centro
de Saúde de Albufeira.
A Delegação Regional do Norte do INEM inaugura
novas instalações, em março, com a presença do
Ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira. 2007
Aprovada a Lei Orgânica do INEM, em julho. Realiza-se em Portugal o primeiro curso de Intervenção
Abertura da VMER do Hospital de Guimarães. Psicológica em Situações de Crise/Catástrofe, dirigido
As VIC são reformuladas, passando a dispor de um a psicólogos da Segurança Social e do Exército,
Posto Médico Avançado e de uma célula autónoma assim como a Técnicos de Ambulância do INEM e
de telecomunicações. licenciados em Psicologia.
Os CODU do INEM passam a abranger 75% da Entram em funcionamento as VMER do Hospital
população. do Espírito Santo em Évora e do Hospital Dr. José
É criado o Centro de Intervenção e Planeamento de Maria Grande em Portalegre. Todos os distritos do
Situações de Exceção (CIPSE), estrutura não formal país passam assim a dispor de um meio de suporte
focada no planeamento na área da catástrofe. avançado de vida do INEM.
Após o sismo que assolou a cidade de Bam, no Irão, o Revisão da Lei orgânica do INEM aprovada pelo
INEM enviou uma equipa de 10 elementos que assistiu decreto-lei 220/2007 de 29 de maio que define a
um total de 273 vítimas. missão e as atribuições do INEM.
É instalada uma ambulância piloto de suporte
2004 avançado de vida no Alentejo (SAV), com vista à
futura implementação do modelo de ambulâncias de
Em fevereiro, Luís Manuel Cunha Ribeiro assume a
suporte imediato de vida (SIV).
presidência do INEM.
O American Journal of Emergency Medicine, publicação
Início do Programa de Desfibrilhação Automática
de referência mundial na área da emergência médica,
Externa (PDAE) do INEM
publica um artigo do INEM sobre a experiência nacional
Entram em funcionamento as VMER dos Centros
de utilização das motas de emergência.
Hospitalares do Alto Minho (Viana do Castelo) e Vila
É lançada a campanha publicitária “Seja mais rápido
Real (Peso da Régua) e dos Hospitais de Braga, Vale
que…” pelo Alto Comissariado da Saúde com o apoio
SISTEMA INTEGRADO DE
EMERGÊNCIA MÉDICA
18
2012
É publicada a 14 de fevereiro, pelo decreto-lei 34/2012,
a lei orgânica do INEM. De entre as alterações
verificadas, destaca-se o reforço das atribuições
relativas à definição, coordenação e certificação da
formação em emergência médica dos elementos
do SIEM, e a manutenção da estrita fiscalização da
atividade de transporte de doentes.
No mês de março, o INEM é galardoado com mais um
prémio de boas práticas no sector da saúde, desta
feita o "1º Prémio Kaizen Lean 2011 - Excelência no
Sector da Saúde". O projeto premiado foi o "Centro de
Orientação de Doentes Urgentes (CODU) - Nacional".
Em Outubro, a Agência da Calidad Sanitaria da
Andalucia (ACSA) concedeu ao INEM a Certificação
de Qualidade de Nível Avançado. Esta certificação
seguiu o modelo adotado pelo Ministério da Saúde
Português para a Acreditação de Unidades de Saúde
e abrange a totalidade da atividade de emergência
médica do INEM (Centros de Orientação de Doentes
Urgentes e meios de emergência médica).
SIEM
Versão 2.0
1ª Edição, 2013