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CAPACITAÇÃO EM EXPOSIÇÃO

OCUPACIONAL AO BENZENO EM
POSTOS REVENDEDORES DE
COMBUSTÍVEIS
ANEXO II – NR-09 PROGRAMA DE PREVENÇÃO E RISCO
AMBIENTAL

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SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO DO CURSO .............................................................................................. 5
2 CONCEITOS BÁSICOS ......................................................................................................... 6
2.1 Posto Revendedor de combustível .............................................................................................6
2.2 Gasolina .....................................................................................................................................7
2.3 Óleo diesel .................................................................................................................................7
2.4 Etanol.........................................................................................................................................8
2.5 Gás Natural Veicular ..................................................................................................................9
2.6 Benzeno ...................................................................................................................................10
3 DISPOSITIVOS LEGAIS SOBRE O BENZENO ....................................................................12
3.1 Acordo sobre Benzeno .............................................................................................................12
3.2 NR 7 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional ..................................................13
3.3 NR 9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais ............................................................13
3.4 NR 15 - Atividades e Operações Insalubres - Anexo N.º 13-A .................................................14
3.5 Anexo 2 – NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais ...........................................14
Sumário..........................................................................................................................................................14
1. Objetivo e Campo de Aplicação .................................................................................................................15
2. Responsabilidades .....................................................................................................................................15
4. Da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA ..........................................................................16
5. Da Capacitação dos Trabalhadores ...........................................................................................................16
6. Do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO .........................................................17
7. Da Avaliação Ambiental .............................................................................................................................18
8. Procedimentos Operacionais.....................................................................................................................18
9. Atividades Operacionais ............................................................................................................................19
10. Ambientes de Trabalho Anexos ...............................................................................................................20
11. Uniforme..................................................................................................................................................20
12. Equipamentos de Proteção Individual (EPI) ............................................................................................21
13. Sinalização referente ao Benzeno ...........................................................................................................21
14. Controle Coletivo de Exposição durante o abastecimento .....................................................................21
4 MONITORAMENTO AMBIENTAL, BIOLÓGICO E DE SAÚDE ............................................22
4.1 Monitoramento do ambiente .....................................................................................................22
4.1.2 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais ....................................................................................23
4.2 Monitoramento de saúde ..........................................................................................................24
4.2.1 Programa de Controle Médico Ocupacional ........................................................................................24
4.3 Monitoramento Biológico ..........................................................................................................25
4.3.1 Indicador Biológico de Exposição IBE ...................................................................................................25
5 CARACTERIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES E PONTOS DE POSSÍVEIS EMISSÃO DE BENZENO
.................................................................................................................................................28
5.1 Bomba da Abastecimento ........................................................................................................29
5.1.1 Bico Automático ...................................................................................................................................29

Capacitação em Exposição Ocupacional ao Benzeno em Postos Revendedores de Combustíveis


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5.2 Sistema de Armazenamento Subterrâneo de Combustível (SASC) .........................................30


5.2.1 Tanques de Combustíveis .....................................................................................................................30
5.2.2 Tubulações ............................................................................................................................................30
5.2.3 Linha de Respiro ...................................................................................................................................31
5.3 Pontos de Descarga de Combustíveis .....................................................................................31
5.4 Tanque de Recolhimento e Guarda de Óleo Lubrificante Usado .........................................31
5.6 Edificação ................................................................................................................................32
5.7 Sistema de Drenagem Oleosas e Pluviais ...........................................................................32
5.8 Equipamentos de Proteção e Controle ........................................ Erro! Indicador não definido.
5.9 Equipamentos de Segurança Contra Incêndios e Explosões. ..................................................33
6 ATIVIDADES E RISCOS NO PROCESSO ............................................................................34
6.1 Recebimento do Combustível ..................................................................................................35
6.1.1 Conferencia do Produto no caminhão-tanque no ato do descarregamento .......................................35
6.1.2 Coleta de amostras no caminhão-tanque com amostrador específico ...............................................36
6.1.3 Medição volumétrica de tanque subterrâneo com régua....................................................................38
6.1.4 Estacionamento do caminhão, Aterramento e Procedimentos de Descarga ......................................40
6.1.5 Procedimentos de Descarga do Caminhão-tanque (CT).......................................................................41
6.2 Abastecimento de Combustível ................................................................................................45
6.2.1 Abastecimento de Combustível para Veículos .....................................................................................46
6.2.2 Abastecimento de motocicletas, triciclos ou similares ........................................................................48
6.2.3 Abastecimento de combustíveis em recipientes certificados ..............................................................48
6.3 Análise Físico-químicas para Controle de Qualidade dos Produtos Comercializados ..............49
6.4 Limpeza e Esgotamento...........................................................................................................50
6.4.1 Limpeza de válvulas, bombas e seus compartimentos de contenção de vazamentos ........................50
6.4.2 Esgotamento e limpeza de caixas separados .......................................................................................50
6.4.3 Limpeza de caixas de passagem e canaletas ........................................................................................51
6.5 Aferição de Bombas de Abastecimento ....................................................................................52
6.6 Manutenção de Bombas e Sistemas ........................................................................................52
7 RISCOS DE EXPOSIÇÃO AO BENZENO .............................................................................53
7.1 Gerenciamento de Riscos ........................................................................................................53
8 VIAS DE ABSORÇÃO ...........................................................................................................55
9 SINAIS E SINTOMAS DE INTOXICAÇÃO OCUPACIONAL POR BENZENO ......................58
9.1 Síndrome Clínica da Intoxicação pelo Benzeno .......................................................................60
9.1.1 Efeitos Agudos ......................................................................................................................................61
9.1.2 Efeitos Crônicos: Principais Agravos à Saúde .......................................................................................61
9.2 Parâmetros Clínicos Laboratoriais............................................................................................62
10 MEDIDAS DE PREVENÇÃO ...............................................................................................64
10.1 Uso de Uniformes ..................................................................................................................64
10.2 Uso de Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva .......................................................65
10.2.1 Equipamentos de Proteção Individual................................................................................................65
10.2.3 Equipamentos de Proteção Coletiva ..................................................................................................71
10.3 Sinalização .............................................................................................................................72
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11 PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA...............................................................................73
11.1 Ação em caso de Emergência................................................................................................73
11.2 Vazamento .............................................................................................................................74
11.3 Derramamento de Produto .....................................................................................................74
11.4 Incêndio ou Explosão .............................................................................................................75
11.5 Envolvimento de Pessoas ......................................................................................................76
11.6 NR-15 Situações de Emergência com Benzeno .....................................................................76
11.7 NR-20 - Plano de Atendimento a Emergências para Postos de Combustíveis – PAE/PC ......76
12 REFERÊNCIAS ...................................................................................................................78

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1 APRESENTAÇÃO DO CURSO

A Capacitação em Exposição Ocupacional ao Benzeno em Postos Revendedores de


Combustíveis do INBRAEP tem como finalidade educar para prática de Segurança do
Trabalho com Benzeno.
Devido ao risco que a exposição ocupacional ao Benzeno causa a segurança e saúde
do trabalhador surgiu a necessidade de implantação de um anexo da NR-09 - Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais, que estabelece requisitos mínimos de segurança e saúde
no trabalho para as atividades com exposição ocupacional ao benzeno em postos
revendedores de combustíveis contendo essa substancias, enfatizando a identificação das
situações de risco de exposição ao benzeno e as medidas de prevenção nas atividades de
maior risco.
Enfim, trabalhar o elemento humano é fator complexo, mas possível, uma vez que
humanizar uma coletividade de trabalho e torná-la tão compreensiva quanto eficiente,
consequentemente, consistirá na continuidade do trabalho operacional seguro.
O INBRAEP deseja um bom proveito no curso!

Diogo Ramon Garcia Stupp


Eng de Seg do Trabalho
CREA-SC 076981-5

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2 CONCEITOS BÁSICOS

Para que se possa iniciar os estudos, torna-se relevante conhecer um pouco sobre os
conceitos que norteiam os processos dentro de um posto revendedor de combustível.

2.1 Posto Revendedor de combustível

Segundo a NR-09 Postos Revendedores de combustíveis são Postos Revendedores


de Combustíveis - PRC contendo benzeno o estabelecimento localizado em terra firme que
revende, a varejo, combustíveis automotivos e abastece tanque de consumo dos veículos
automotores terrestres ou em embalagens certificadas pelo INMETRO.

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2.2 Gasolina

Gasolina é o combustível mais consumido no mundo.


A gasolina é uma mistura de hidrocarbonetos obtidos do petróleo bruto através da
destilação.
No Brasil, a ANP – Agência Nacional do Petróleo especifica as gasolinas comerciais
em três tipos diferentes: Tipo A, B e C.
 A gasolina tipo A é produzida pelas refinarias e entregue às distribuidoras, e é
composta por uma mistura de naftas.
 A gasolina tipo B é de uso exclusivo das Forças Armadas Brasileiras, e não
pode ser comercializada.
 A gasolina tipo C é a mesma gasolina do Tipo A, que recebe a adição de
álcool etílico anidro (AEAC) e é encontrada nos postos de combustíveis
revendedores, já a gasolina aditivada comercializada nos postos de
combustíveis é a do tipo A, que possui em sua composição a inclusão de álcool
etílico e aditivos detergentes e dispersantes e de um corante, afim de evitar
fraudes.

2.3 Óleo diesel

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O óleo diesel tem como características ser incolor, não conter elementos em
suspensão, e possuir odor característico.
Destaca-se, ainda, que o óleo diesel é formado essencialmente por uma mistura de
hidrocarbonetos totais de petróleo (HTPs), sendo substâncias mais pesadas que na
gasolina.

A seguir a classificação do óleo diesel de acordo com sua aplicação:

 O Extra Diesel Aditivado contém aditivos com objetivo de manter limpo o


sistema de alimentação de combustível, reduzir o desgaste dos bicos injetores,
proporcionar maior proteção anticorrosiva a todo o sistema de alimentação,
além de aumentar a vida útil do motor.
 O óleo diesel de referência é produzido especialmente para as companhias
montadoras de veículos a diesel, que o utilizam como padrão para a
homologação, ensaios de consumo, desempenho e teste de emissão.
 O óleo diesel Tipo "Metropolitano", como o próprio nome indica, é utilizado
nas regiões com as maiores frotas em circulação, em geral nas capitais que
requerem maior controle das emissões. Possui menor índice de enxofre para
minimizar os poluentes resultantes da combustão do óleo diesel
 O óleo diesel Tipo "Interior" é usado nas regiões onde não se tem um fluxo
muito grande de veículos, como nas cidades do interior. Esse combustível
contém uma porcentagem maior de enxofre.

2.4 Etanol

Álcool é um dos combustíveis destaque da matriz energética do Brasil, constituindo-


se por compostos orgânicos caracterizados pela presença do grupo hidroxila (R-OH), que
por sua vez se encontra ligado a uma cadeia de átomos de carbonos saturados.
É importante destacar que existe o álcool etílico anidro, que é utilizado na gasolina do
tipo A, e o álcool etílico hidratado, que é o combustível comercializado nos postos de
combustíveis.

Vantagens do etanol:

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1- Alto índice de octonas: Chamamos octonagem o poder de resistência à


compressão da mistura ar-vapor de combustível dentro do motor.
2- Libera grande quantidade de energia ao ser queimado: O poder calorífico do
álcool combustível é de 6300 cal/g. Num motor de combustão interna, é o vapor de
combustível que sofre combustão, por isso, um combustível é bom quanto maior for sua
facilidade em passar para o estado gasoso.
3 - Apresenta preço acessível: O álcool foi uma solução brasileira como alternativa
ao petróleo, é um combustível ecologicamente correto, o álcool não afeta a camada de
ozônio e é obtido de fonte renovável.

2.5 Gás Natural Veicular

O Gás Natural Veicular (GNV) é um combustível gasoso cujas propriedades químicas


se adaptam bem à substituição dos combustíveis tradicionais para motores que funcionam
através da ignição por centelhamento, sejam motores de quatro tempos (ciclo Otto) ou
motores de dois tempos.
O gás natural veicular surge como uma alternativa eficaz para reduzir a dependência
do petróleo, além de ser uma fonte menos agressiva ao meio ambiente. A utilização desse
combustível reduz em 65% a emissão de gases poluentes (sobretudo o dióxido de carbono)
responsáveis pela intensificação do efeito estufa.
Outro aspecto positivo do gás natural veicular (GNV) é com relação à economia
financeira, visto que seu custo é inferior ao da gasolina e do álcool, além de apresentar
rendimento superior: um metro cúbico de gás natural veicular (GNV) é suficiente para um
automóvel percorrer treze quilômetros, enquanto um carro a álcool percorre,
aproximadamente, sete quilômetros com um litro do combustível.

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Para receber o gás natural veicular (GNV), o automóvel deve ser adaptado. É
essencial que essa conversão ocorra em locais autorizados e especializados, garantindo,
assim, segurança. O valor desse procedimento não é barato, entretanto, o retorno é rápido,
visto que o gás natural veicular (GNV) é muito mais rentável se comparado aos outros
combustíveis.
O gás natural veicular (GNV) deve ser armazenado em um cilindro adequado para
receber tal combustível e visando garantir a segurança do consumidor, esse cilindro é
submetido a um processo de tratamento denominado têmpera, no qual é aquecido em altas
temperaturas e recebe algumas substâncias para reforçar a resistência.
O gás natural veicular (GNV) é considerado um combustível extremamente eficaz na
busca por alternativas menos agressivas à natureza. Entre os aspectos positivos estão: não
é tóxico, tem valor inferior ao da gasolina e do álcool, não possui impurezas, emite menos
poluentes, etc.

2.6 Benzeno

Benzeno é um hidrocarboneto aromático que se apresenta como um líquido incolor,


lipossolúvel, volátil, inflamável, de odor característico, perceptível a concentrações da ordem
de 12 ppm, cuja fórmula molecular é C6H6.
No entanto, o vapor não deve ser aspirado já que ele é altamente tóxico, seus
vapores causam de imediato, tonturas e, em grande quantidade, até inconsciência.
Em longo prazo, a inalação de benzeno é associada, inclusive, como causa de certos
tipos de câncer, como leucemia. Outros compostos aromáticos são o naftaleno, antraceno,
tolueno, fenol e etc. Todos estes possuem, em sua estrutura, anéis benzênicos.

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Descoberto por Michael Faraday, em 1825, este produto se tornou um composto


presente em diversos aspectos da vida da sociedade. O principal deles é nos combustíveis
fósseis. O melhor tipo de petróleo, o petróleo aromático, possui compostos aromáticos em
abundância em sua composição.
Na natureza, o benzeno é liberado por processos naturais, como o vulcanismo e as
queimadas, mas a maior parte da liberação de benzeno provém da atividade humana.
Constituinte do petróleo, o benzeno é muito utilizado em laboratórios químicos, como
matéria-prima nas indústrias químicas, nas indústrias petroquímicas, de refino de petróleo e
nas companhias siderúrgicas. É também encontrado na gasolina, na fumaça do cigarro e
para fabricação de outros compostos, como: os plásticos, lubrificantes, borrachas, tintas,
detergentes, medicamentos, agrotóxicos, refrigerantes, entre outros.
Para a organização mundial da saúde o benzeno é um dos dez maiores problemas
químicos para a saúde pública, sendo que é sexta prioridade entre a lista de 275 produtos
considerados tóxicos pela EPA (Agência de Proteção Ambiental).

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3 DISPOSITIVOS LEGAIS SOBRE O BENZENO

Silencioso, invisível e letal. Os riscos à saúde causados pelo benzeno, substância


cancerígena presente nos combustíveis.
Tendo em vista que o benzeno é um líquido que causa muitos problemas para a
saúde, há várias normatizações que ancoram a utilização e manipulação do mesmo.
A seguir serão apresentadas algumas normas utilizadas na segurança e saúde do
trabalhador na utilização do benzeno.

3.1 Acordo sobre Benzeno

Objetiva a formalização de compromisso assumido entre os signatários, contendo um


conjunto de ações, atribuições e procedimentos para a prevenção da exposição ocupacional
ao benzeno, visando a proteção da saúde do trabalhador.

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3.2 NR 7 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os


empregadores e instituições, que admitam trabalhadores como empregados do Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e
preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores.

3.3 NR 9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e


implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam
trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA,
visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da
antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos
ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em
consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.

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3.4 NR 15 - Atividades e Operações Insalubres - Anexo N.º 13-A

O anexo tem como objetivo regulamentar ações, atribuições e procedimentos de


prevenção da exposição ocupacional ao benzeno, visando à proteção da saúde do
trabalhador, visto se trata de um produto comprovadamente cancerígeno.

3.5 Anexo 2 – NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

ANEXO 2
(Aprovado pela Portaria MTb n.º 1.109, de 21 de setembro de 2016)
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO BENZENO EM POSTOS REVENDEDORES DE
COMBUSTÍVEIS

Sumário

1. Objetivo e Campo de Aplicação


2. Responsabilidades
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3. Dos Direitos dos Trabalhadores


4. Da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA
5. Da Capacitação dos Trabalhadores
6. Do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO
7. Da Avaliação Ambiental
8. Procedimentos Operacionais
9. Atividades Operacionais
10. Ambientes de Trabalho Anexos
11. Uniformes
12. Equipamentos de Proteção Individual - EPI
13. Sinalização referente ao Benzeno
14. Controle Coletivo de Exposição durante o abastecimento

1. Objetivo e Campo de Aplicação


1.1 Este anexo estabelece os requisitos mínimos de segurança e saúde no trabalho para as
atividades com exposição ocupacional ao benzeno em Postos Revendedores de Combustíveis - PRC
contendo essa substância. Estes requisitos devem complementar as exigências e orientações já
previstas na legislação de Segurança e Saúde no Trabalho – SST em vigor no Brasil.
1.1.1 Para fins deste anexo, consideram-se Postos Revendedores de Combustíveis - PRC
contendo benzeno o estabelecimento localizado em terra firme que revende, a varejo, combustíveis
automotivos e abastece tanque de consumo dos veículos automotores terrestres ou em embalagens
certificadas pelo INMETRO.

2. Responsabilidades
2.1 Cabe ao empregador:
2.1.1 Cumprir e fazer cumprir o presente anexo.
2.1.2 Só permitir a contratação de serviços de outras empresas desde que faça constar no
contrato a obrigatoriedade do cumprimento das medidas de SST previstas neste anexo.
2.1.2.1 Os PRC devem adequar os contratos de prestação de serviços vigentes às
disposições desta norma.
2.1.3 Interromper todo e qualquer tipo de atividade que exponha os trabalhadores a condições
de risco grave e iminente para a sua segurança ou saúde.
2.1.4 Fornecer às empresas contratadas as informações sobre os riscos potenciais e às
medidas preventivas de exposição ao benzeno, na área da instalação em que desenvolvem suas
atividades.
2.1.5 Prestar as informações que se fizerem necessárias, quando solicitadas formalmente
pelos órgãos fiscalizadores competentes com relação às disposições objeto deste anexo.
2.1.6 Informar os trabalhadores sobre os riscos potenciais de exposição ao benzeno que
possam afetar sua segurança e saúde, bem como as medidas preventivas necessárias.
2.1.7 Manter as Fichas com Dados de Segurança de Produto Químico dos combustíveis à
disposição dos trabalhadores, em local de fácil acesso para consulta.
2.1.8 Dar conhecimento sobre os procedimentos operacionais aos trabalhadores com o
objetivo de informar sobre os riscos da exposição ao benzeno e as medidas de prevenção
necessárias.
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2.2 Cabe aos trabalhadores:


2.2.1 Zelar pela sua segurança e saúde ou de terceiros que possam ser afetados pela
exposição ao benzeno.
2.2.2 Comunicar imediatamente ao seu superior hierárquico as situações que considerem
representar risco grave e iminente para sua segurança e saúde ou para a de terceiros.
2.2.3 Não utilizar flanela, estopa e tecidos similares para a contenção de respingos e
extravasamentos, conforme previsto no item 9.7 deste anexo.
2.2.4 Usar os Equipamentos de Proteção Individual - EPI apenas para a finalidade a que se
destinam, responsabilizando-se pela sua guarda e conservação, devendo comunicar ao empregador
qualquer alteração que o torne impróprio para o uso, bem como cumprir as determinações do
empregador sobre o uso adequado.

3. Dos Direitos dos Trabalhadores


3.1 São direitos dos trabalhadores, além do previsto na legislação vigente:
3.1.1 Serem informados sobre os riscos potenciais de exposição ao benzeno que possam
afetar sua segurança e saúde, bem como as medidas preventivas necessárias.
3.1.2 Quando o trabalhador tiver convicção, fundamentada em sua capacitação e experiência,
de que exista risco grave e iminente para a sua segurança e saúde ou para a de terceiros, deve
suspender a tarefa e informar imediatamente ao seu superior hierárquico para que sejam tomadas
todas as medidas de correção adequadas. Após avaliar a situação e se constatar a existência da
condição de risco grave e iminente, o superior hierárquico manterá a suspensão da tarefa, até que
venha a ser normalizada a referida situação.

4. Da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA


4.1 Aplicam-se aos PRC as disposições da NR-5.
4.1.1 O conteúdo do treinamento referente ao item 5.33 da NR-5, dado aos membros da CIPA
ou designado, nos PRC que operem com combustíveis líquidos contendo benzeno, deve enfatizar
informações sobre os riscos da exposição ocupacional a essa substância, assim como as medidas
preventivas, observando o conteúdo do item 5.1.1 deste anexo.

5. Da Capacitação dos Trabalhadores


5.1 Os trabalhadores que exerçam suas atividades com risco de exposição ocupacional ao
benzeno devem receber capacitação com carga horária mínima de 4 (quatro) horas.
5.1.1 O conteúdo da capacitação a que se refere o item 5.1 deve contemplar os seguintes
temas:
a) riscos de exposição ao benzeno e vias de absorção;
b) conceitos básicos sobre monitoramento ambiental, biológico e de saúde;
c) sinais e sintomas de intoxicação ocupacional por benzeno;
d) medidas de prevenção;
e) procedimentos de emergência;
f) caracterização básica das instalações, atividades de risco e pontos de possíveis emissões
de benzeno;
g) dispositivos legais sobre o benzeno.

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5.1.1.1 A capacitação referida no item 5.1 deve enfatizar a identificação das situações de
risco de exposição ao
benzeno e as medidas de prevenção nas atividades de maior risco abaixo elencadas:
a) conferência do produto no caminhão-tanque no ato do descarregamento;
b) coleta de amostras no caminhão-tanque com amostrador específico;
c) medição volumétrica de tanque subterrâneo com régua;
d) estacionamento do caminhão, aterramento e conexão via mangotes aos tanques
subterrâneos;
e) descarregamento de combustíveis para os tanques subterrâneos;
f) desconexão dos mangotes e retirada do conteúdo residual;
g) abastecimento de combustível para veículos;
h) abastecimento de combustíveis em recipientes certificados;
i) análises físico-químicas para o controle de qualidade dos produtos comercializados;
j) limpeza de válvulas, bombas e seus compartimentos de contenção de vazamentos;
k) esgotamento e limpeza de caixas separadoras;
l) limpeza de caixas de passagem e canaletas;
m) aferição de bombas de abastecimento;
n) manutenção operacional de bombas;
o) manutenção e reforma do sistema de abastecimento subterrâneo de combustível (SASC);
p) outras operações e atividades passíveis de exposição ao benzeno.
5.2 A capacitação referida no item 5.1 deve ser renovada com a periodicidade de 2 (dois)
anos.
5.3 A capacitação referida no item 5.1 poderá ser realizada na modalidade de ensino a
distância, desde que haja previsão em acordo ou convenção coletiva.

6. Do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO


6.1 Aplicam-se aos PRC as disposições da NR-7 e adicionalmente o que se segue.
6.2 Os trabalhadores que exerçam suas atividades com risco de exposição ocupacional ao
benzeno devem realizar, com frequência mínima semestral, hemograma completo com contagem de
plaquetas e reticulócitos, independentemente de outros exames previstos no PCMSO.
6.2.1 Os casos de dispensa de aplicação dos exames previstos no item 6.2 devem ser
justificados tecnicamente nos PPRA e PCMSO dos PRC.
6.3 Os resultados dos hemogramas devem ser organizados sob a forma de séries históricas,
de fácil compreensão, com vistas a facilitar a detecção precoce de alterações hematológicas.
6.4 As séries históricas dos hemogramas devem ficar em poder do Médico Coordenador do
PCMSO.
6.5 Ao término de seus serviços, o Médico Coordenador do PCMSO, responsável pela guarda
das séries históricas, deve repassá-las ao médico que o sucederá na função.
6.6 Os resultados dos hemogramas semestrais e a série histórica atualizada devem ser
entregues aos trabalhadores, mediante recibo, em no máximo 30 dias após a emissão dos
resultados.
6.7 Ao final do contrato de trabalho, a série histórica dos hemogramas deve ser entregue ao
trabalhador.

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6.8 Aplicam-se aos trabalhadores dos PRC as disposições da Portaria n.° 776, de 28/04/2004,
do Ministério da Saúde, e suas eventuais atualizações, especialmente, no que tange aos critérios de
interpretação da série histórica dos hemogramas.

7. Da Avaliação Ambiental
7.1 Aplicam-se aos PRC as disposições da NR-9 e adicionalmente o que se segue.
7.2 O documento base do PPRA, referido no item 9.2.2 da NR-9, deve conter o
reconhecimento de todas as atividades, setores, áreas, operações, procedimentos e equipamentos
onde possa haver exposição dos trabalhadores a combustíveis líquidos contendo benzeno, seja pela
via respiratória, seja pela via cutânea, incluindo as atividades relacionadas no subitem 5.1.1.1 deste
anexo, no que couber.
7.2.1 As informações a serem levantadas na fase de reconhecimento devem incluir os
procedimentos de operação normal, os de manutenção e os de situações de emergência.

8. Procedimentos Operacionais
8.1 Os PRC devem possuir procedimentos operacionais, com o objetivo de informar sobre os
riscos da exposição ao benzeno e as medidas de prevenção necessárias, para as atividades que se
seguem:
a) abastecimento de veículos com combustíveis líquidos contendo benzeno;
b) limpeza e manutenção operacional de:
- reservatório de contenção para tanques (sump de tanque);
- reservatório de contenção para bombas (sump de bombas);
- canaletas de drenagem;
- tanques e tubulações;
- caixa separadora de água-óleo (SAO);
- caixas de passagem para sistemas eletroeletrônicos;
- aferição de bombas.
c) de emergência em casos de extravazamento de combustíveis líquidos contendo benzeno,
atingindo pisos, vestimentas dos trabalhadores e o corpo dos trabalhadores, especialmente os olhos;
d) medição de tanques com régua e aferição de bombas de combustível líquido contendo
benzeno;
e) recebimento de combustíveis líquidos contendo benzeno, contemplando minimamente:
- identificação e qualificação do profissional responsável pela operação;
- isolamento da área e aterramento;
- cuidados durante a abertura do tanque;
- equipamentos de proteção coletiva e individual;
- coleta, análise e armazenamento de amostras;
- descarregamento.
f) manuseio, acondicionamento e descarte de líquidos e resíduos sólidos contaminados com
derivados de petróleo contendo benzeno.
8.2 Os PRC devem exigir das empresas contratadas para prestação de serviços de
manutenção técnica a apresentação dos procedimentos operacionais, que informem os riscos da
exposição ao benzeno e as medidas de prevenção necessárias, para as atividades que se seguem:
a) troca de tanques e linhas;
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b) manutenção preventiva e corretiva de equipamentos;


c) sistema de captação e recuperação de vapores;
d) teste de estanqueidade;
e) investigação para análise de risco de contaminação de solo;
f) remediações de solo.
8.3 Os procedimentos citados nos itens 8.1 e 8.2 devem ser mantidos, por escrito, no local de
trabalho, à disposição da fiscalização e para consulta dos trabalhadores.
8.4 Os conteúdos dos procedimentos citados nos itens 8.1 e 8.2 podem ser incluídos no
documento sobre os procedimentos operacionais exigidos pelo item 20.7.1 da NR-20.

9. Atividades Operacionais
9.1 Os PRC que entrarem em operação após a vigência deste item devem possuir sistema
eletrônico de medição de estoque.
9.2 Os PRC em operação e que já possuem tanques de armazenamento com viabilidade
técnica para instalação de sistemas de medição eletrônica devem instalar o sistema eletrônico de
medição de estoque.
9.2.1 Os tanques de armazenamento com viabilidade técnica para a instalação de sistemas
de medição eletrônica são aqueles que possuem boca de visita e que já realizaram obras para
adequação ambiental.
9.2.2 Os PRC não enquadrados nos itens 9.1 e 9.2 devem adotar o sistema eletrônico de
medição de estoque quando da reforma com troca dos tanques de armazenamento.
9.3 A medição de tanques com régua é admitida nas seguintes situações:
a) para aferição do sistema eletrônico;
b) em situações em que a medição eletrônica não puder ser realizada por pane temporária do
sistema;
c) para a verificação da necessidade de drenagem dos tanques;
d) para fins de testes de estanqueidade.
9.3.1 Nas situações em que a medição de tanques tiver que ser realizada com o uso de
régua, é obrigatória a utilização dos EPIs referidos no item 12 deste anexo.
9.4 Todas as bombas de abastecimento de combustíveis líquidos contendo benzeno devem
estar equipadas com bicos automáticos.
9.5 Ficam vedadas nos PRC as seguintes atividades envolvendo combustíveis líquidos
contendo benzeno:
a) transferência de combustível líquido contendo benzeno de veículo a veículo automotor ou
de quaisquer recipientes para veículo automotor com uso de mangueira por sucção oral;
b) transferência de combustível líquido contendo benzeno entre tanques de armazenamento
por qualquer meio, salvo em situações de emergência após a adoção das medidas de prevenção
necessárias e com equipamentos intrinsecamente seguros e apropriados para áreas classificadas;
c) armazenamento de amostras coletadas de combustíveis líquidos contendo benzeno em
áreas ou recintos fechados onde haja a presença regular de trabalhadores em quaisquer atividades;
d) enchimento de tanques veiculares após o desarme do sistema automático, referido no item
9.4, exceto quando ocorrer o desligamento precoce do bico, em função de características do tanque
do veículo;
e) comercialização de combustíveis líquidos contendo benzeno em recipientes que não sejam
certificados para o seu armazenamento;
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f) qualquer tipo de acesso pessoal ao interior de tanques do caminhão ou de tubulações por


onde tenham circulado combustíveis líquidos contendo benzeno;
g) abastecimento com a utilização de bicos que não disponham de sistema de desarme
automático.
9.6 Para a contenção de respingos e extravasamentos de combustíveis líquidos contendo
benzeno durante o abastecimento e outras atividades com essa possibilidade, só podem ser
utilizados materiais que tenham sido projetados para esta finalidade.
9.7 Cabe ao empregador proibir a utilização de flanela, estopa e tecidos similares para a
contenção de respingos e extravasamentos nas atividades referidas no item 9.6.
9.8 Para a limpeza de superfícies contaminadas com combustíveis líquidos contendo
benzeno, será admitido apenas o uso de tolhas de papel absorvente, desde que o trabalhador esteja
utilizando luvas impermeáveis apropriadas.
9.8.1 O material referido no item 9.8 só pode ser utilizado uma única vez, devendo, a seguir,
ser acondicionado para posterior descarte em recipiente apropriado para esta finalidade, que deve
estar disponível próximo à área de operação.
9.9 As análises físico-químicas de combustíveis líquidos contendo benzeno devem ser
realizadas em local ventilado e afastado das outras áreas de trabalho, do local de tomada de
refeições e de vestiários.
9.9.1 As análises em ambientes fechados devem ser realizadas sob sistema de exaustão
localizada ou em capela com exaustão.

10. Ambientes de Trabalho Anexos


10.1 Os PRC devem dispor de área exclusiva para armazenamento de amostras coletadas de
combustíveis líquidos contendo benzeno, dotada de ventilação e temperatura adequadas e afastada
de outras áreas de trabalho, dos locais de tomada de refeições e de vestiários.
10.2 Os PRC devem adotar medidas para garantir a qualidade do ar em seus ambientes
internos anexos às áreas de abastecimentos, de descarregamento e de respiros de tanques de
combustíveis líquidos contendo benzeno, como escritórios, lojas de conveniência e outros.
10.2.1 Os sistemas de climatização que captam ar do ambiente externo ou outro de igual
eficiência devem ser instalados de forma a evitar a contaminação dos ambientes internos por
vapores de combustíveis líquidos contendo benzeno provenientes daquelas áreas.

11. Uniforme
11.1 Aplicam-se aos PRC as disposições da NR-24, especialmente, no que se refere à
separação entre o uniforme e aquelas vestimentas de uso comum.
11.2 Aos trabalhadores de PRC com atividades que impliquem em exposição ocupacional ao
benzeno, serão fornecidos, gratuitamente, pelo empregador, uniforme e calçados de trabalho
adequados aos riscos.
11.3 A higienização dos uniformes será feita pelo empregador com frequência mínima
semanal.
11.4 O empregador deverá manter à disposição, nos PRC, um conjunto extra de uniforme,
para pelo menos 1/3 (um terço) do efetivo dos trabalhadores em atividade expostos a combustíveis
líquidos contendo benzeno, a ser disponibilizado em situações nas quais seu uniforme venha a ser
contaminado por tais produtos.
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12. Equipamentos de Proteção Individual (EPI)


12.1 Aplicam-se aos PRC as disposições da NR-6, da Instrução Normativa n.° 1, de 11 de
abril de 1994, e adicionalmente o que se segue.
12.1.1 Os trabalhadores que realizem, direta ou indiretamente, as atividades críticas listadas
no subitem 5.1.1.1, exceto as alíneas “d”, “g” e “h”, e, inclusive, no caso de atividade de descarga
selada, alínea “e”, devem utilizar equipamento de proteção respiratória de face inteira, com filtro para
vapores orgânicos e fator de proteção não inferior a 100, assim como, equipamentos de proteção
para a pele.
12.1.1.1 Quando o sistema de exaustão previsto no item 9.9.1 estiver sob manutenção, deve
ser utilizado o equipamento de proteção respiratória de forma provisória, atendendo à especificação
do item 12.1.1.
12.1.1.2 O empregador pode optar por outro equipamento de proteção respiratória, mais
apropriado às características do processo de trabalho do PRC do que aquele sugerido no item
12.1.1, desde que a mudança represente uma proteção maior para o trabalhador.
12.1.1.3 A substituição periódica dos filtros das máscaras é obrigatória e deve obedecer às
orientações do fabricante e da IN n.º 01/94 do MTE.
12.2 Os trabalhadores que realizem a atividade de abastecimento de veículos, citada nas
alíneas “g” e “h” do item 5.1.1.1, em função das características inerentes à própria atividade, estão
dispensados do uso de equipamento de proteção respiratória.

13. Sinalização referente ao Benzeno


13.1 Os PRC devem manter sinalização, em local visível, na altura das bombas de
abastecimento de combustíveis líquidos contendo benzeno, indicando os riscos dessa substância,
nas dimensões de 20 x 14 cm com os dizeres: “A GASOLINA CONTÉM BENZENO, SUBSTÂNCIA
CANCERÍGENA. RISCO À SAÚDE.”

14. Controle Coletivo de Exposição durante o abastecimento


14.1 Os PRC devem instalar sistema de recuperação de vapores.
14.2 Para fins do presente anexo, considera-se como sistema de recuperação de vapores um
sistema de captação de vapores, instalado nos bicos de abastecimento das bombas de combustíveis
líquidos contendo benzeno, que direcione esses vapores para o tanque de combustível do próprio
PRC ou para um equipamento de tratamento de vapores.
14.3 Os PRC novos, aprovados e construídos após três anos da publicação deste anexo,
devem ter instalado o sistema previsto no item 14.1.

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4 MONITORAMENTO AMBIENTAL, BIOLÓGICO E DE SAÚDE

Monitoramento é o processo periódico e sistemático da avaliação ambiental do


benzeno.

4.1 Monitoramento Ambiental

O monitoramento do ambiente é a avaliação de agentes no ambiente de trabalho para


quantificar a exposição dos trabalhadores e avaliar o risco à saúde, comparando os
resultados com referências apropriadas.
Monitoramento Ambiental consiste na realização de medições e/ou observações
específicas, dirigidas a alguns poucos indicadores e parâmetros, com a finalidade de
verificar se determinados impactos ambientais estão ocorrendo, podendo ser
dimensionada sua magnitude e avaliada a eficiência de eventuais medidas preventivas
adotadas (Bitar & Ortega, 1998).

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4.1.2 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

A aplicação da NR-09, que estabelece a obrigatoriedade da elaboração e


implementação do programa de prevenção de riscos ambientais o PPRA, por parte de todos
os empregadores e instituições, que admitam trabalhadores como empregados do Programa
de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da
integridade dos trabalhadores, por meio da antecipação, do reconhecimento, da avaliação e
consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir
no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos
recursos naturais, faz-se necessária aplicação em todos os estabelecimentos revendedores
de combustível.
Este deve conter o reconhecimento de todas as atividades, setores, áreas, operações,
procedimentos e equipamentos em que possa haver exposição dos trabalhadores com
combustíveis líquidos contendo benzeno, seja pela via respiratória, seja pela via cutânea.

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4.2 Monitoramento de saúde

O monitoramento de saúde consiste no exame médico periódico de trabalhadores


expostos com o objetivo de proteger a saúde e prevenir o aparecimento de doenças
relacionadas com o trabalho. A detecção de doenças já instaladas está fora do escopo desta
definição.

4.2.1 Programa de Controle Médico Ocupacional

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Todos os Postos Revendedores de Combustível devem aplicar as disposições da NR-


07, que estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os
empregadores e instituições, que admitam trabalhadores como empregados, do Programa
de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e
preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores.
Nos locais em que os trabalhadores exerçam suas atividades com risco de exposição
ocupacional ao benzeno devem realizar, com frequência mínima semestral, hemograma
completo com contagem de plaquetas e reticulócitos, independentemente, de outros exames
previstos no PCMSO.
Os resultados devem ser organizados sob forma de séries históricas, de fácil
compreensão, com vistas a facilitar a detecção precoce de alterações hematológicas, em
que a série histórica dos hemogramas deve ser entregue aos trabalhadores, mediante
recibo, em até trinta dias após a emissão dos resultados. Em caso de fim de contrato de
trabalho, a série histórica dos hemogramas deve ser entregue ao trabalhador.

4.3 Monitoramento Biológico

Monitoramento Biológico consiste na avaliação de agentes químicos ou seus


metabólitos em tecidos, secreções, excreções, ar exalado ou qualquer combinação destes
para avaliar o risco à saúde, quando comparados com referências apropriadas;

4.3.1 Indicador Biológico de Exposição IBE

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Os Indicadores Biológicos de Exposição (IBE) são ferramentas utilizadas na prática


de higiene do trabalho e como instrumento auxiliar de vigilância à saúde.
Segundo a legislação brasileira, o indicador de exposição adotado, no Brasil, para o
benzeno é o ácido trans, trans mucônico na urina.
O indicador biológico de exposição envolve ferramentas utilizadas na prática de
higiene do trabalho e como instrumento auxiliar de vigilância à saúde. A importância do uso
destes biomarcadores, como parâmetros biológicos de exposição às substâncias químicas,
ocorre devido ao fato de que estes são mais diretamente relacionados aos efeitos na saúde
do que os parâmetros ambientais. Por isso, podem oferecer uma melhor estimativa do risco.
A avaliação biológica leva em consideração a absorção por diferentes vias e rotas de
exposição de um agente químico, permitindo avaliar a exposição global do indivíduo ou
população.
Poderá, portanto, ser utilizado para:
1. correlação com os resultados de avaliações da exposição ocupacional na zona
respiratória do trabalhador, obtidas pela higiene ocupacional;
2. dedução, a partir dos resultados obtidos, da parcela de benzeno absorvida após
exposição do trabalhador;
3. verificação de mudanças qualitativas do perfil de exposição do grupo homogêneo
estudado (mudanças de processo, de procedimentos ou de equipamentos);
4. verificação de outras vias de penetração do benzeno no organismo, que não a
inalatória, por exemplo, pela pele ou por ingestão; e
5. verificação indireta da eficácia dos dispositivos de proteção usados.

O IBE só deve ser utilizado, quando se tem bem definidos os objetivos de sua
determinação e estabelecidos os critérios de interpretação dos resultados. Pode ter pouco
significado a determinação do IBE, em datas pré-agendadas, como nos exames periódicos,
por exemplo, que podem coincidir com períodos em que o trabalhador não executou
nenhuma atividade relacionada com o benzeno.
Resultados individuais do grupo homogêneo muito discrepantes do conjunto não
devem ser tratados como provável dano à saúde e devem ser apurados estatisticamente da
análise grupal, procedimento de rotina em estudos estatísticos. Devem, no entanto, ser
investigados visando desencadear ações corretivas de higiene industrial e de vigilância à
saúde individual, específicas para a ocorrência. Um valor alterado individual pode ter sido
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ocasionado por um procedimento de trabalho inadequado, como a colocação do "paninho"


usado por frentistas de postos de gasolina sobre o ombro ou o braço.
Em casos de investigação de exposições potencialmente excessivas ou não
rotineiras, tais como emergências ou vazamentos, qualquer valor deve ser avaliado
individualmente para verificação de possível sobre-exposição.

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5 CARACTERIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES E PONTOS DE POSSÍVEIS


EMISSÃO DE BENZENO

O projeto é o ponto base para a construção de um posto de revenda de combustível,


para que tudo comece bem o projeto deve ser muito bem elaborado, devendo mostrar, em
detalhes, os locais para os armazenamentos, as instalações elétricas, hidráulicas, o sistema
de descarga atmosférica e de combate a incêndio.
Para que o posto de revenda de combustível entre em ação, a inspeção deve ser
realizada para verificar se todos os equipamentos estão funcionando de acordo com o
desejado, caso algum equipamento ou peça não esteja funcionando, os mesmos são
separados e o fornecedor deve ser avisado para que o fabricante faça a autorização para a
manutenção.
A estrutura de um posto revendedor de combustíveis é composta basicamente, por
uma área coberta para o atendimento dos clientes, conhecida como pista. É nela que os
frentistas e os veículos circularão. Em baixo dessa cobertura, são instaladas as bombas de
combustível, um balcão para o caixa, e uma pequena área onde são armazenados produtos
complementares, como óleo e lubrificantes. Subterraneamente são instalados os tanques
onde os combustíveis são armazenados.
Abaixo iremos detalhar os principais itens de um posto revendedor de combustíveis:

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5.1 Bomba da Abastecimento

A unidade de abastecimento de veículos ou bomba de abastecimento é o principal


equipamento de trabalho dentro de um posto de combustível.
A bomba "de verdade" não está na parte que a gente vê: ela fica no nível do solo, e
utiliza um motor para sugar a gasolina direto dos tanques subterrâneos. Na parte superior,
um sensor medidor de vazão transmite a um microprocessador a quantidade de combustível
e o valor total que o cliente deve pagar.
É um equipamento destinado ao abastecimento dos veículos, indicando volume,
preço unitário e valor a pagar.

5.1.1 Bico Automático

Dispositivo instalado na mangueira da unidade abastecedora que interrompe o fluxo


de combustível quando o tanque do veículo que está sendo abastecido estiver cheio, este
equipamento auxilia o trabalho a não sofrer contaminação devido ao vazamento de benzeno.

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5.2 Sistema de Armazenamento Subterrâneo de Combustível (SASC)

É o conjunto de tanque, tubulações e acessório, interligados.

5.2.1 Tanques de Combustíveis

O tanque subterrâneo é um reservatório de aço carbono com capacidade para até 30


mil litros.
Segundo a NBR 13312 os tanques podem ter até dois compartimentos internos para
armazenar até dois produtos diferentes (gasolina, álcool e diesel) e subcompartimentos para
as variedades (comum, aditivada e premium).
Os tanques subterrâneos podem ser simples ou de parede dupla.

5.2.2 Tubulações

São tubos para condução de fluidos sob pressão positiva ou vácuo, em linhas de
suprimento primário, enchimento à distância, respiro, recuperação de vapores, eliminador de
ar e retorno do filtro de óleo diesel.
Comunicam o ponto de descarga com o reservatório e o mesmo com as bombas de
abastecimento.

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5.2.3 Linha de Respiro

Trecho subterrâneo e aéreo de tubulação que interliga o ar atmosférico ao interior do


tanque, cuja função é permitida a entrada de ar ou saída de vapores quando em operação
normal do tanque.

5.3 Pontos de Descarga de Combustíveis

São pontos onde os veículos de transporte descarregam o combustível no


empreendimento.

5.4 Tanque de Recolhimento e Guarda de Óleo Lubrificante Usado

Esses tanques subterrâneos são utilizados para o armazenamento temporário de


óleos lubrificantes provenientes das trocas efetuadas nos veículos, até a sua destinação final
adequada.
Geralmente, por se tratar de resíduos com pouco valor comercial, não são
dispensados os mesmos cuidados dados aos tanques de armazenamento de combustíveis
automotivos e o controle de estoque não costuma ser rigoroso e, raramente, são efetuados
testes nesses tanques, com o intuito de confirmar a sua estanqueidade.
Ainda são encontrados vários postos de revenda de combustíveis que, para essa
finalidade, ainda utilizam caixas subterrâneas construídas em alvenaria, as quais são

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absolutamente inadequadas, uma vez que os óleos lubrificantes podem permear as paredes
internas e atingir, facilmente, o subsolo.

5.5 Edificação e Área de Bombas

Onde se localizam os geralmente o escritório, loja de conveniência, sanitários, entre


outros.
As áreas de abastecimento deverão ter cobertura para evitar a exposição a sol e
chuva.
A cobertura também impede que a água da chuva, venha lavar a área de
abastecimento, diminuindo o escoamento de água para o sistema de escoação da água e
óleo.

5.7 Sistema de Drenagem Oleosas e Pluviais

Os separadores de óleo / combustível são usados para proteger a água e os sistemas


de esgoto da sujeira através de óleos minerais.
Graças ao princípio da gravidade, os componentes minerais quase insolúveis sobem
para o topo das águas residuais devido à sua baixa gravidade específica e se acumulam na
superfície.

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5.8 Equipamentos de Segurança Contra Incêndios e Explosões.

Para que os trabalhos sejam realizados é necessário que os trabalhadores sejam


autorizados, habilitados e com treinamento específico.

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6 ATIVIDADES E RISCOS NO PROCESSO

Em um posto de revenda de combustíveis existem riscos consideráveis aos quais os


trabalhadores estão expostos, destacando a exposição ao benzeno, o risco de incêndio e de
explosão e exposição aos produtos químicos e ruído do lavador de carros.
Os componentes presentes na gasolina e no diesel, como os hidrocarbonetos e o
benzeno são altamente prejudiciais à saúde, podendo ocasionar, no trabalhador exposto,
doenças no aparelho respiratório, pele e olhos, com a possibilidade de evolução até ao
câncer.
Devido aos elevados riscos causados pela exposição do trabalhador em postos de
combustível, cabe explanar as principais atividades e os riscos gerados nas atividades
nestes estabelecimentos.

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6.1 Recebimento do Combustível

As atividades de recebimento de combustíveis incluem:


 Conferência do produto no caminhão-tanque no ato do descarregamento;
 Coleta de amostras no caminhão-tanque com amostrador específico;
 Medição volumétrica de tanque subterrâneo com a régua;
 Estacionamento do caminhão, aterramento e conexão via mangotes aos
tanques subterrâneos;
 Descarregamento de combustíveis para os tanques subterrâneos;
 Desconexão dos mangotes e retirada do conteúdo residual.

A liberação do benzeno é maior durante a transferência da carga de combustível do


caminhão para os tanques reservatórios. Por isso, toda a área de abrangência do posto de
combustível é passível de contaminação. Gerentes fazem a aferição do caminhão de
combustíveis sem máscara. Alguns usam óculos de proteção e luvas, mas não usam a
máscara.

6.1.1 Conferencia do Produto no caminhão-tanque no ato do descarregamento

O Revendedor Varejista somente poderá receber no Posto Revendedor, combustível


automotivo líquido de caminhão-tanque cujos compartimentos de entrada e saída, bocais de
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entrada ou escotilha superior e válvulas dos bocais de descarga, estejam lacrados pelo
distribuidor de combustíveis derivados de petróleo, álcool combustível, biodiesel, mistura de
óleo diesel/biodiesel.

6.1.2 Coleta de amostras no caminhão-tanque com amostrador específico

O Regulamento Técnico ANP nº 1/2007, anexo à Resolução Nº 9, de 07/03/2007,


estabelece que o Revendedor Varejista fica obrigado a coletar amostra de cada
compartimento do caminhão-tanque que contenha o combustível a ser recebido.
O Revendedor Varejista poderá não efetuar a análise dos combustíveis recebidos.
Dessa forma, o Registro de Análise da Qualidade deverá, obrigatoriamente, ser preenchido
com os dados enviados pelo Distribuidor, assumindo o Revendedor Varejista a
responsabilidade dos dados da qualidade do produto informados pelo Distribuidor.
No caso de recebimento de gasolina em que o Revendedor Varejista tenha optado
pela não realização da análise, este deverá solicitar que o Distribuidor informe o teor de
álcool etílico anidro combustível - AEAC contido na gasolina de modo que possa ser
transcrito no Registro de Análise da Qualidade.
Os Registros de Análise da Qualidade correspondentes ao recebimento de
combustível dos últimos 6 (seis) meses deverão ser, obrigatoriamente, mantidos nas
dependências do Posto Revendedor.

Procedimentos para coleta de amostras:

 Amostra para análise do produto

1º Abrir o bocal do compartimento do caminhão-tanque referente ao produto a ser


recebido;

2º Retirar, aproximadamente, 10 litros do produto em balde apropriado e limpo;

3º Coletar, aproximadamente, 1 litro do combustível para proceder a análise.

 A amostra-testemunha

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O Regulamento Técnico ANP nº 1/2007, anexo à Resolução Nº 9, de 07/03/2007,


estabelece que as amostras-testemunha devem ser coletadas de todos os compartimentos
que contenham combustíveis a serem recebidos.
As amostras serão coletadas em frascos de vidro escuro, com um litro de capacidade
cada. Os frascos serão fechados com batoque, tampa plástica, acondicionados em
envelopes de segurança e armazenados em lugar arejado, sem incidência direta de luz e
sufi cientemente distantes de fonte de calor.
O envelope de segurança deve ser confeccionado com três películas de polietileno,
duas de baixa densidade e uma de alta densidade, dispostas alternadamente, coextrusado,
com as seguintes dimensões: 260 mm de largura, 360 mm de comprimento e 0,075 mm de
espessura das paredes.

Modelo de formulário a ser impresso na parte externa do envelope de segurança da


amostra-testemunha:

AMOSTRA-TESTEMUNHA

Produto: Data da Coleta:


Número do Lacre: Distribuidor:
CNPJ do Distribuidor:
Número da Nota Fiscal de Recebimento:
Transportador:
CNPJ do Transportador:
Nome do Motorista:
Número do RG do Motorista:
Placa do Caminhão–tanque/Reboque:
Razão Social do Posto Revendedor:
CNPJ do Posto Revendedor:
Responsável pelo Recebimento:

Assinatura do Motorista:

Assinatura do Responsável pelo Recebimento:

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6.1.3 Medição volumétrica de tanque subterrâneo com régua

A medição de estoque físico de combustível pode ser realizada, manualmente, ou


através de sistema automatizado.

6.1.3.1 Medição manual

A medição de volume pode ser executada usando a régua de medição e a tabela


volumétrica específica do tanque.
Segundo a norma regulamentadora NR-09 somente é permitida a medição de
tanques com régua é admitida nos seguintes casos:
 Para aferição do sistema eletrônico;
 Em situações em que a medição eletrônica não puder ser realizada por pane
temporária do sistema;
 Para a verificação da necessidade de drenagem dos tanques;
 Para fins de testes de estanqueidades;

Régua de medição

A régua de medição é um instrumento com marcação em metros, centímetros e


milímetros, com escala indicada em zero, destinado a medições dos produtos nos tanques
de armazenamento.

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As leituras da régua de medição devem ser convertidas em volume de produto com


base
na mesma tabela volumétrica.
As leituras resultantes dos procedimentos abaixo devem ser registradas nas fichas de
Registro Diário.
A utilização da régua de medição e da tabela volumétrica deve atender aos seguintes
procedimentos:
a) espalhar uma fina camada de pasta de combustível sobre a faixa da régua onde
espera-se
encontrar o nível do produto, para facilitar a sua leitura;
b) a régua deve ser introduzida perpendicularmente e lentamente pelo tubo de carga
do tanque, devendo tocar de forma suave o fundo do tanque. Assim que tocar o fundo, deve
ser retirada
rapidamente para que a marcação obtida não seja alterada, devido às oscilações da
superfície
do combustível;
c) para identificar a presença de água, deve-se espalhar uma fina camada de pasta
de água
na régua usada para medir o volume nos compartimentos de óleo diesel, querosene ou
gasolina.
O volume de água no interior do tanque deve ser registrado, retirado e acompanhado.
Na retirada da água, este volume deve ser registrado e abatido da movimentação diária em
questão, visando justificar a variação de volume;
d) na medição de biodiesel, a régua deve ser exclusiva, evitando contaminações.

Tabela volumétrica

Todo tanque possui tabela volumétrica própria fornecida pelo fabricante, que deve ser
adequada à sua geometria, permitindo a conversão direta da medida obtida com a régua em
volume do produto existente no tanque.
Quando a medição de um tanque apresentar variação anormal, deve-se considerar a
construção, por necessidade, de uma nova tabela volumétrica do tanque.

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6.1.3.1 Medição automática

A medição automática de volumes deve ser executada por meio de equipamento


instalado e operado de acordo com as recomendações do fabricante quanto à manutenção e
aferição periódica, garantindo a sua precisão e funcionalidade.
As leituras resultantes da medição automática devem ser registradas no documento
de registro diário.
Quando o equipamento instalado não possuir a funcionalidade de quantificar a
presença de água, a medição deve ser complementada pela medição manual com régua e
pasta d’água, conforme item acima.
O volume de água no interior do tanque deve ser registrado, retirado e acompanhado.
Na retirada da água, este volume deve ser registrado e abatido da movimentação diária em
questão, visando justificar a variação de volume no documento de registro diário.

6.1.4 Estacionamento do caminhão, Aterramento e Procedimentos de Descarga

6.1.4.1 Estacionamento do Caminhão

Durante o processo de recebimento do combustível o responsável pelo recebimento


de caminhões do posto deve orientar o motorista a estacionar, no local de descarga.
O caminhão deve ser estacionado de forma que possa sair rapidamente em caso de
emergência, sem necessidade de manobras ou marcha ré.
Certifique-se que não há qualquer fonte (geladeira, freezer, equipamentos elétricos,
soldas e etc.) próxima ao local de descarregamento (raio de no mínimo 3 metros do ponto de
descarga) que possa causar explosão.

6.1.4.2 Aterramento do Caminhão

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O sistema de aterramento direciona para a terra toda a eletricidade estática


acumulada em estruturas, suportes e equipamentos em geral.
Para fazer o aterramento utiliza-se um cabo de cobre que é ligado a uma haste,
também de cobre, localizada no chão do posto.
O atrito do caminhão tanque com o ar, e até mesmo o movimento do combustível
dentro do compartimento geram cargas elétricas que são acumuladas e podem atingir
intensidade elevada. Este aumento de cargas elétricas faz com que o potencial em relação a
terra seja demasiadamente elevado, até valores em que pode haver uma descarga súbita
provocando uma centelha com energia suficiente para provocar ignição na fase vapor no
interior do tanque. Por este motivo faz-se necessário a utilização do aterramento durante a
descarga do combustível.
O sistema de aterramento deve ser testado anualmente por uma empresa
especializada para se assegurar que sua condição de projeto está mantido. O resultado do
teste deve ser mantido e arquivado na documentação do posto.

6.1.5 Procedimentos de Descarga do Caminhão-tanque (CT)

a) antes de iniciar a descarga, verificar a necessidade de drenagem e limpeza no


interior da câmara de contenção da descarga de combustível;

b) antes da descarga do combustível, o atendente do posto revendedor de


combustível veicular deve assegurar que nenhum veículo ou equipamento esteja
posicionado na área onde o CT e os mangotes de descarga ficam localizados;
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c) o motorista deve estacionar o CT de tal forma que seja possível retirá-lo facilmente,
principalmente visando facilitar a fuga em uma eventual ocorrência de emergência;

d) o local de descarga deve ser isolado com cones de sinalização de tráfego ou


outras barreiras apropriadas, devendo ser colocados pelo motorista do CT, impedindo que
outros veículos ou pedestres passem nesta área;

e) o motorista deve posicionar estrategicamente as placas de “NÃO FUME” e os


extintores.
Os extintores do CT devem ser posicionados na área de descarga, junto ao motorista,
estando facilmente acessíveis e disponíveis para operação durante a descarga;

f) assegurar-se previamente de que o produto seja descarregado no compartimento


correto, evitando a contaminação de combustível;

g) Identificar o dispositivo antitransbordamento do tanque subterrâneo;

h) havendo mais que um ponto para descarga, para o mesmo compartimento, os


bocais que não estiverem sendo utilizados devem permanecer hermeticamente fechados.
Nos casos em que houver bocais exclusivos para a medição, estes também devem
permanecer fechados durante a descarga;

i) efetuar a equalização de potencial do CT com o tanque subterrâneo, conectando o


cabo terra sempre primeiramente no ponto de descarga de combustível do tanque
subterrâneo ou a um ponto de aterramento indicado na instalação para, em seguida,
conectar no CT;

j) no dispositivo de descarga selada, deve-se acoplar o cachimbo da mangueira do


CT (também chamado de joelho ou canhão) ao bocal do tanque subterrâneo. Sem o
cachimbo a descarga não pode ser realizada; é proibido introduzir o mangote de descarga
no tubo de carga do tanque;

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k) conectar primeiramente o cachimbo de descarga no colar da descarga selada do


tanque subterrâneo e em seguida no CT;

l) o motorista do CT deve acompanhar toda a operação de descarga, não se


afastando das válvulas de fluxo do CT e do ponto de conexão do tubo de enchimento
durante a descarga do produto no tanque subterrâneo;

m) deve ser proibida a entrada de pessoas estranhas à operação, na área de


descarga;

n) interromper a descarga de combustível, nos seguintes casos:


n. 1) vazamento na conexão da mangueira do CT ou no dispositivo de descarga
selada ou ainda em qualquer ponto da linha de descarga;
n. 2) ser ejetado líquido pela extremidade da linha de respiro;
n. 3) transbordamento de combustível pela unidade de filtragem, quando existir;
n. 4) transbordamento de combustível pelo eliminador de ar da unidade abastecedora;

o) a operação dos dispositivos antitransbordamentos deve ser conforme segue,


contemplando pelo menos um dos dispositivos abaixo:
o. 1) válvula antitransbordamento:
 ao atingir 95 % da capacidade nominal do tanque subterrâneo, o
acionamento da válvula bloqueia o fluxo, que é percebido pelo visor do joelho da
mangueira, devendo a válvula do CT ser fechada; deve-se aguardar a drenagem
automática da mangueira antes de desengatar as conexões;
 caso o tanque subterrâneo possua descarga à distância, as demais
conexões do
tanque devem ser mantidas fechadas, para evitar o transbordamento quando do
acionamento da válvula;
o. 2) válvula de retenção de esfera flutuante:
 ao atingir 90 % da capacidade nominal do tanque subterrâneo, o
acionamento da válvula restringe o fluxo, que é percebido pelo visor do joelho da
mangueira, devendo a válvula do CT ser imediatamente fechada, deve-se
aguardar a drenagem da mangueira antes de desengatar as conexões;
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 caso não seja possível a drenagem da mangueira, por falha nos


procedimentos de descarga, é necessário acionar a unidade abastecedora
correspondente ao tanque subterrâneo, para reduzir o nível de combustível,
permitindo drenar e desacoplar a mangueira do CT;
 caso o tanque subterrâneo possua descarga à distância, as demais
conexões do tanque devem ser mantidas fechadas, para evitar o
transbordamento quando do acionamento da válvula;
o. 3) alarme de transbordamento:
 ao atingir 90 % da capacidade nominal do tanque subterrâneo, o
acionamento do alarme sonoro e visual deve ser percebido na área de descarga
de combustível, devendo a válvula do CT ser imediatamente fechada e a
mangueira drenada antes de desengatar as conexões;
NOTA Caso a válvula do CT não seja fechada, pode ocorrer transbordamento do
tanque subterrâneo.
 o alarme deve ser silenciado após a descarga;

p) desconectar o cabo terra primeiramente no CT e em seguida no ponto de descarga


do tanque subterrâneo;

q) assegurar-se de que a tampa do dispositivo de descarga selada e a da câmara da


descarga tenham sido devidamente recolocadas nos respectivos locais;

r) não deve ser acionada a unidade abastecedora interligada ao tanque subterrâneo


que estiver recebendo produto;

s) Assegurar-se de que o compartimento do CT descarregado tenha sido totalmente


esvaziado;

t) após a descarga, verificar a necessidade de drenagem e limpeza no interior da


câmara de contenção da descarga de combustível.

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6.1.6 Passos para Descarga do Caminhão Tanque

Fique atento durante a descarga do caminhão-tanque, evite riscos durante o processo


siga corretamente os passos baixo:

1º- Orientar o motorista na manobra do caminhão, evitando colisões em bombas de


abastecimento ou outros veículos;
2º- Isolar a área, evitando a passagem de pedestres e veículos;
3º- Garantir que o motorista do caminhão tanque realize as ações de segurança
necessárias: usar os EPI’s, acionar o freio de mão, desligar o motor, aterrar o caminhão,
posicionar sinalização de segurança e extintores;
4º- Antes de subir no caminhão, vistoriar os bolsos da camisa e da calça, de modo a
garantir que não exista nenhum objeto no seu interior;
5º- Ao subir no caminhão para verificar o nível do combustível, usar botas com solado
de borracha sem partes metálicas e utilizar lanterna a prova de explosão;
6º- Paralisar as bombas de abastecimento correspondentes ao tanque subterrâneo ou
ao compartimento que for receber o produto.

6.2 Abastecimento de Combustível

O abastecimento é a atividade principal em um posto de combustíveis, o


abastecimentos pode ser realizado em veículos ou recipientes certificados.
O principal agente de risco desta atividade são os vapores exalados no momento do
abastecimento podendo ser inalados pelo operador e ocasionar risco de explosão e
incêndio.

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O pátio de abastecimento deve possuir uma boa ventilação natural facilitando a


dispersão dos vapores e dificultando a formação de atmosfera explosiva. No entanto,
durante o abastecimento a utilização de aparelhos causadores de faísca, como o telefone
celular e o uso de cigarro podem iniciar um incêndio ou mesmo explosão.
Os trabalhadores que realizam esta atividade estão expostos, diretamente, aos
combustíveis, seja através dos vapores, que podem ser inalados ou mesmo pelo contato
direto com o líquido. Além dos riscos, citados anteriormente, que podem ser causados pelo
contato direto com os combustíveis, existe um agravante, no caso da gasolina, que é o
benzeno.
O benzeno é uma substância química altamente perigosa e causadora de câncer. O
trabalhador pode ser contaminado por essa substância, por meio dos vapores da gasolina
liberados durante o abastecimento e inalados pelo frentista e por contato. Por exemplo, no
caso do manuseio de um pano que é utilizado durante o abastecimento para não deixar que
o produto escorra pelo carro o colaborador pode entrar em contato direto com o benzeno
presente na gasolina.
No abastecimento se faz imprescindível a utilização de Equipamentos de Proteção
Individual para assegurar a saúde e a qualidade de vida do trabalhador.
Para esta atividade é necessária a utilização do calçado de segurança e luvas
apropriadas para a proteção contra o contato direto com os combustíveis.

6.2.1 Abastecimento de Combustível para Veículos

A operação de abastecimento somente deve ser iniciada quando:

a) não houver fonte de ignição na área de abastecimento e as


instalações/equipamentos elétricos estiverem com as normas regulamentadoras;
b) o motor do veículo estiver desligado;
c) não existir pessoas fumando;
d) o atendente confirmar com o motorista o combustível a ser abastecido no veículo; e
e) o mostrador mecânico ou display da unidade abastecedora estiver totalmente
zerado.

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Para iniciar o abastecimento, deve-se posicionar o veículo de forma conveniente para


o abastecimento, evitando-se que a mangueira permaneça transpassada por baixo do
veículo, inclusive quando o veículo possuir dois ou mais bocais de abastecimento.

O atendente deve:
a) acionar manualmente os teclados da unidade abastecedora eletrônica, nunca
utilizando canetas ou outros objetos;
b) retirar do suporte da unidade abastecedora o bico de abastecimento, posicionando
a ponteira do bico para cima;
c) operar manualmente a alavanca de acionamento da unidade abastecedora
mecânica, nunca utilizando o bico de abastecimento ou outros objetos;
d) manter a mangueira estendida, evitando a formação de pequenos laços, não
tracionando-a nem torcendo-a excessivamente; e
e) inserir o bico de abastecimento no bocal do tanque do veículo.

Durante o abastecimento, o atendente deve:


a) manter o contato entre o bico de abastecimento e o bocal do tanque do veículo até
que o abastecimento seja concluído;
b) permanecer na área de abastecimento, podendo realizar outras tarefas inerentes à
atividade, quando o abastecimento for efetuado por meio de bico automático;
c) operar de maneira contínua quando o abastecimento, for efetuado por meio de bico
simples, sendo proibida a utilização de qualquer tipo de objeto para travamento do gatilho e
não podendo realizar outras tarefas inerentes à atividade; e
d) interromper imediatamente a operação, em caso de derramamentos, iniciando
prontamente a remoção do produto derramado, utilizando toalha de papel absorvente, desde
que o trabalhador esteja utilizando luvas impermeáveis apropriadas.

Após o abastecimento, o atendente deve:


a) destravar o bico automático de abastecimento, caso ainda esteja acionado;
b) retirar o bico de abastecimento do bocal do veículo, mantendo a ponteira do bico
para cima; e
c) desligar a unidade abastecedora recolocando o bico de abastecimento no suporte
da unidade.
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d) em caso de anormalidade constatada no abastecimento, o responsável pelo posto


revendedor veicular deve ser imediatamente comunicado, devendo ser os equipamentos
inspecionados.

6.2.2 Abastecimento de motocicletas, triciclos ou similares

O abastecimento de motocicletas, triciclos, bicicletas motorizadas ou outros veículos


de pequeno porte deve ser feito conforme 6.2.1, no que couber, devendo ainda ser
realizado:

a) sem pessoas sentadas no veículo;


b) cuidadosamente e com a vazão lenta da unidade abastecedora, diretamente no
tanque do veículo, sem o auxílio de funil ou outro recipiente auxiliar; e
c) mantendo o contato entre o bico e o bocal durante o abastecimento.

6.2.3 Abastecimento de combustíveis em recipientes certificados

Os recipientes para armazenamento e transporte de combustíveis (etanol hidratado


combustível, gasolina C ou óleo diesel B), metálicos ou não metálicos, devem ser rígidos,
fabricados com material que permita a sua reutilização, devidamente certificados pelo
INMETRO e fabricados para este fm.
Na operação de descarte desses recipientes, devem ser considerados os seus prazos
de validade ou de vida útil, determinado pelo fabricante e as legislações vigentes nos
âmbitos federal, estadual ou municipal.
O abastecimento desses recipientes deve ser feito conforme 6.2.1, no que couber. Os
recipientes devem ser abastecidos até 95 % de sua capacidade nominal para permitir a
expansão por dilatação do produto, evitando o transbordamento. O escoamento do produto
deve ser direcionado para a parede do recipiente, para que o produto seja descarregado
próximo ao fundo, de forma a minimizar a geração de eletricidade estática. No caso de
recipientes metálicos, deve-se observar ainda a instrução de manter o contato entre o bico e
o bocal do recipiente para permitir o escoamento da eletricidade estática.

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6.2.3.1 Recipientes com capacidade de armazenamento de até 50 L, inclusive

Esses recipientes podem ser metálicos ou não metálicos, com capacidade de até 50
L, inclusive, tendo como finalidade o armazenamento e o transporte de combustíveis, em
situações que seja necessário fazer o abastecimento dos veículos automotivos e/ou
equipamentos fora das instalações do posto revendedor. Esses recipientes devem ser
abastecidos no posto revendedor, fora dos veículos automotivos, apoiados sobre o piso,
com a vazão mínima da unidade abastecedora e embutindo ao máximo possível a ponteira
do bico dentro do recipiente, após sua colocação no chão.

6.2.3.2 Recipientes metálicos com capacidade de armazenamento superior a 50 L e


inferior a 200 L, inclusive

Esses recipientes devem ser metálicos, com capacidade superior a 50 L e inferior a


200 L, inclusive, tendo como finalidade o armazenamento e o transporte de combustíveis,
em situações que seja necessário fazer o abastecimento dos veículos automotivos e/ou
equipamentos fora das instalações do posto revendedor. Esses recipientes devem ser
abastecidos nos posto revendedor, sobre a carroçaria do veículo, desde que garantida a
continuidade elétrica do aterramento durante o abastecimento, observando-se no mínimo o
contato do bico com o bocal do recipiente.

6.3 Análise Físico-químicas para Controle de Qualidade dos Produtos


Comercializados

A análise Físico-química visa garantir a manutenção da qualidade do combustível


desde a produção até o consumo, são realizados pelo Centro de Pesquisas e Análises
Tecnológicas (CPT) e pelas instituições de ensino e/ou de pesquisa contratadas pela ANP
por meio de processo licitatório.
As análises físico-química são utilizadas para o Programa de Monitoramento da
Qualidade dos Combustíveis - PMQC da ANP que é um mecanismo destinado ao
levantamento de dados da qualidade dos principais combustíveis líquidos comercializados
no País.

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O Programa é importante ferramenta para o controle da qualidade dos combustíveis


comercializados em todo o território nacional e colabora de maneira essencial para a
redução contínua dos índices de não conformidade desses produtos.
A coleta das amostras são realizadas diretamente de bomba medidora identificada,
após a coleta, preferencialmente no mesmo dia, a amostra é encaminhada ao laboratório.
Após o término das análises, os resultados são enviados eletronicamente à
Superintendência de Biocombustíveis e Qualidade de Produtos (SBQ), por meio de sistema
próprio da Agência.

6.4 Limpeza e Esgotamento

A manutenção da boa arrumação e limpeza é indispensável para que as operações


no posto de serviços sejam conduzidas de forma segura. Torna-se necessário uma
constante supervisão para que, em casos onde sejam identificados atos e condições
inseguras, ações imediatas sejam tomadas para eliminar as causas. A pronta ação da
direção e gerência do posto quando se identificam tarefas e procedimentos inadequados,
são importantes para a redução da ocorrência de acidentes envolvendo funcionários e
clientes, além de contribuir para a boa imagem do posto de serviços.

6.4.1 Limpeza de válvulas, bombas e seus compartimentos de contenção de vazamentos

Ao realizar manutenção em válvulas, bombas e seus compartimentos de contenção


de vazamentos deve-se observar:
 Se não está sendo realizada a descarga do combustível.
 Isolar a ilha de bombas com cones de sinalização e placa: "Não Fume”.
Posicionar pelo menos 1(um) extintor de pó químico no local;
 Verificar se não existe no local nenhuma fonte potencial de ignição. Limpar
quaisquer resíduos de combustíveis no solo;
 Desligar os disjuntores de alimentação de energia da ilha de bombas, sinalizá-los
com etiqueta de advertência e bloqueio: “Não ligue - Equipamento em manutenção;

6.4.2 Esgotamento e limpeza de caixas separados

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Existem dois tipos de caixas separadoras de água e óleo: um tipo formado por
compartimentos que funcionam como barreiras separando a água de sólidos grosseiros
(areia e lodo) de compostos oleosos utilizando o processo de decantação (caixa de areia e
caixas de separação água e óleo) e outro tipo considerado mais eficiente, utilizando um
sistema de placas coalescentes que promovem a decantação acelerada de componentes
oleosos da água, além de separar também sólidos grosseiros.
No caso de caixas do tipo de separação por decantação, as caixas da pista e do box
de lavagem possuem como componentes duas caixas de separação de água e óleo e uma
caixa de inspeção. A caixa do lavador automático é normalmente composta da caixa de
areia ligada diretamente à caixa de inspeção.
Durante o procedimento de limpeza de caixas deve-se utilizar os equipamento de
proteção individual.
Sempre que for necessário abrir as caixas, a área deverá ser isolada com cones de
sinalização para evitar passagem de veículos e pedestres.
Deve ser verificado o nível de óleo no interior de todos os compartimentos da caixa
separadora. Caso se observe aumento de nível acima do normal, em relação ao dia anterior,
efetuar uma investigação e análise da causa, pois pode ter havido algum vazamento ou
derrame de produto.
Após a ocorrência de derrame de produto, a caixa separadora deve ser monitorada, e
no caso do derrame ter sido de grandes proporções, o produto recolhido no compartimento
de coleta de óleo da caixa deve ser monitorado e esgotado sempre que o seu nível chegar
ao máximo. Este esgotamento deve ser realizado com o uso de uma bomba de sucção e
acondicionado em tambor com tampa, até ser providenciado o seu descarte. Se necessário,
solicitar à empresa especializada, a limpeza da caixa e o descarte do produto.

6.4.3 Limpeza de caixas de passagem e canaletas

As canaletas de drenagem oleosa devem estar sempre livres de sólidos grosseiros


(como folhas, papéis e etc.), que possam impedir o fluxo do líquido, ou mesmo entupir as
canaletas, podendo causar transbordamentos.
Toda a operação de limpeza das canaletas deve ser feita com a área isolada e com
sinalização visível através dos cones de sinalização e da placa de “Não Fume”.

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6.5 Aferição de Bombas de Abastecimento

A aferição deve atender na íntegra as prescrições das Portarias do INMETRO,


referentes ao perfeito funcionamento dos equipamentos medidores de abastecimento
instalados no posto revendedor veicular.
Para cada bico aferido, através da coleta de combustível na medida padrão aprovada
pelo INMETRO, deve ser providenciado o devido registro do volume e combustível utilizado
na aferição, no qual devem constar a saída e o retorno para o tanque subterrâneo do volume
utilizado, nas mesmas quantidades.
No caso de anormalidade constatada na aferição dos medidores, o responsável pelo
posto revendedor de combustível veicular deve imediatamente paralisar a utilização do
equipamento. Entende-se como paralisação de equipamentos o atendimento às seguintes
atividades:
a) lacrar o bico de abastecimento no receptáculo do bico, com cadeado;
b) sinalizar onde estiver o bico de abastecimento interditado;
c) comunicar à empresa autorizada para a manutenção de equipamentos.

No caso da ocorrência de danos aos equipamentos durante a sua operação, uma


aferição extraordinária deve ser feita.

6.6 Manutenção de Bombas e Sistemas

A manutenção de bombas e sistemas é classificada como de alto risco. Esta tarefa


somente deve ser realizada por empresa qualificada.
 Manutenção operacional de bombas
 Manutenção e reforma do sistema de abastecimento subterrâneo de
combustível (SASC)

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7 RISCOS DE EXPOSIÇÃO AO BENZENO

A exposição ao benzeno em ambientes de trabalho, muitas vezes, está acompanhada


do não cumprimento das normas de segurança do trabalho, da legislação de saúde vigente,
de informação deficiente ou inexistente sobre os riscos inerentes ao agente tóxico,
fiscalização inadequada, e ausência ou uso indevido de equipamentos de proteção individual
ou coletiva.
Para pensar em segurança, antes, é preciso pensar nos riscos. O benzeno expõe o
trabalho ao risco de intoxicações agudas ou crônicas, irritação da pele, dos olhos, das
mucosas e das vias respiratórias.
Com a análise do risco é possível antecipar, reconhecer e avaliar as possibilidades de
ocorrências e, por consequência, controlá-las ou minimizá-las.

7.1 Gerenciamento de Riscos

A avaliação de riscos pode ser entendida como um processo, cujos passos básicos
são: identificação de riscos, análise de riscos, avaliação de riscos, implementação de um
plano de controle/redução dos riscos, comunicação e monitoração e realimentação periódica
do plano.
A identificação de risco é a etapa do processo de gestão do risco, na qual os
potenciais riscos são listados. Estes riscos são extrapolados, a partir das análises de
cenários e reconhecimento de potenciais fontes geradoras (máquinas, equipamentos,
processos industriais, combustíveis, substâncias químicas).

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Na etapa de análise, os riscos identificados são discutidos, criticados e entendidos.


Esta etapa se caracteriza por um processo sistemático de discussões e busca de
informações para compreender a natureza do risco e deduzir o seu nível. Analisar um risco é
discutir todas as possibilidades de ocorrência do acidente, na tentativa de se evitar que isto
aconteça.
A avaliação de riscos é a etapa destinada a comparar os diversos riscos entre si,
estabelecer prioridades, níveis de risco e orientar a alocação de recursos para as medidas
mitigadoras mais relevantes.
A análise preliminar de riscos (APR) é uma ferramenta de análise de risco baseada
em uma metodologia multicritérios, estruturada para identificar, analisar e avaliar
(classificar), preliminarmente, os riscos existentes em instalações, equipamentos ou
sistemas existentes.
O tratamento de riscos decorre dos resultados das avaliações, sendo traçado plano
de ação para suavizar os riscos, utilizando as prioridades definidas pelos graus de riscos
para os diversos eventos avaliados. Este tratamento é caracterizado pelo processo de
seleção e implementação de medidas para modificar um risco. O elemento principal do
tratamento de riscos é o controle e/ou diminuição dos riscos.
Assim que a equipe especializada fizer o gerenciamento dos riscos, muitos problemas
podem ser evitados no ambiente de trabalho.

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8 VIAS DE ABSORÇÃO

A respiração é a via mais importante de absorção do benzeno, pois a área do sistema


respiratório humano é grande e se mostra capaz de absorver o benzeno.

Além disso, é mais difícil evitar que a pessoa respire o produto que está disperso no
ar do que controlar a penetração pela pele ou a ingestão.
O benzeno e os produtos que o contêm (gasolina, por exemplo), quando em contato
com a pele, são absorvidos e passam para a corrente sanguínea podendo provocar os
mesmos danos de quando é inalado. A absorção de vapor de benzeno pela pele, no entanto,
é muito baixa e não excede 1% do que é absorvido pela respiração na mesma condição,
mas por se tratar de substância cancerígena, é significante do ponto de vista do risco à
saúde.
A absorção pode ser mais rápida no caso de pele com ferimento e o benzeno pode
ser mais rapidamente absorvido se estiver presente em uma mistura (gasolina, por exemplo)
ou como contaminante em solventes (OSHA).
A absorção pela pele é diversa nas diferentes partes do corpo.

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Esta diferença de absorção, pelas diferentes partes do corpo, pode também ser
observada no Gráfico 1 “comparação da absorção de substâncias químicas por diferentes
partes do corpo”.

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O produto também pode entrar pela boca. Em geral, ocorre acidentalmente quando se
tem o hábito de comer, de beber ou de fumar no ambiente de trabalho ou devido às práticas
inadequadas, como “puxar” gasolina do tanque com a boca. Pode ser ingerido também por
meio de água contaminada (por exemplo, poço artesiano ou mesmo poço comum nas
redondezas de um posto de gasolina ou de parque industrial, em que este agente pode ser
ou pode ter sido utilizado).

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9 SINAIS E SINTOMAS DE INTOXICAÇÃO OCUPACIONAL POR BENZENO

O benzeno é um mielotóxico regular, leucemogênico e cancerígeno, mesmo em


baixas concentrações, outras alterações também poderão ser vistas.
O benzeno não deixa sinais ou sintomas patognomônicos da intoxicação.
O conjunto de sinais, sintomas e complicações decorrentes da exposição aguda ou
crônica ao benzeno é chamado de Benzenismo.
As complicações podem ser agudas, quando ocorre exposição a altas concentrações
com presença de sinais e sintomas neurológicos, ou crônicas, com sinais e sintomas clínicos
diversos, podendo ocorrer complicações em médio ou em longo prazo, sendo estas
localizadas, principalmente, no sistema hematopoiético (formador de sangue).

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9.1 Síndrome Clínica da Intoxicação pelo Benzeno

Considera-se toxicidade do benzeno ou benzenismo quando a pessoa apresenta um


conjunto de sinais e sintomas e que tenha sido exposta ao benzeno.
O quadro clínico de toxicidade ao benzeno se caracteriza por uma repercussão
orgânica múltipla, em que o comprometimento da medula óssea é o componente mais
frequente e significativo, sendo a causa básica de diversas alterações hematológicas.
Os sinais e sintomas ocorrem em aproximadamente 60% dos casos. São estes:
 Astenia;
 Mialgia;
 Sonolência;
 Tontura;
 Sinais infecciosos de repetição;
 Fadiga;
 Euforia inicial, seguida de sintomas depressivos do sistema nervoso central;
 Dor de Cabeça;
 Náuseas;
 Hemorragias;
 Leucopenia;
 Anemia plasmática;
 Leucemia;
 Morte.

Os dados laboratoriais hematológicos mais relevantes são representados pelo


aparecimento de neutropenia, leucopenia, eosinofilia, linfocitopenia, monocitopenia,
macrocitose, pontilhado basófilo, pseudo pelger e plaquetopenia.
O diagnóstico de benzenismo, de natureza ocupacional, é eminentemente clínico e
epidemiológico, fundamentando-se na história de exposição ocupacional e na observação de
sintomas e sinais clínicos e laboratoriais descritos anteriormente.
Entende-se como exposição ocupacional a exposição acima de níveis populacionais,
decorrente de atividades laborais.
Em pessoas potencialmente expostas ao benzeno, todas as alterações hematológicas
devem ser valorizadas, investigadas e justificadas.
A toxicidade do benzeno pode ser aguda ou crônica. Em cada um desses casos há
sinais e sintomas clínicos que são descritos a seguir.

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9.1.1 Efeitos Agudos

O benzeno é um irritante moderado das mucosas e a aspiração deste produto em


altas concentrações pode provocar edema pulmonar. Os vapores são, também, irritantes
para as mucosas oculares e respiratórias.
A absorção do benzeno provoca efeitos tóxicos para o sistema nervoso central,
causando, de acordo com a quantidade absorvida, narcose e excitação, seguida de
sonolência, tonturas, cefaleia, náuseas, taquicardia, dificuldade respiratória, tremores,
convulsões, perda da consciência e morte.

9.1.2 Efeitos Crônicos: Principais Agravos à Saúde

Alterações Hematológicas: vários tipos de alterações sanguíneas, isoladas ou


associadas estão relacionados à exposição ao benzeno. Em virtude da lesão do tecido da
medula óssea (local de produção de células sanguíneas), essas alterações correspondem,
sobretudo, a hipoplasia, displasia e aplasia.

O aparecimento de macrocitose, pontilhado basófilo, hipossegmentação dos


neutrófilos (pseudo Pelger), eosinofilia, linfocitopenia e macro plaquetas são alterações
precocemente apreciadas na toxicidade benzênica.

A hipoplasia da medula óssea pode ocasionar, no sangue periférico, citopenia(s). A


leucopenia com neutropenia corresponde à principal repercussão hematológica da
hipoplasia secundária ao benzeno e, em menor frequência, a plaquetopenia isolada ou
associada à neutropenia. Estudos realizados em medula óssea de trabalhadores com
benzenismo evidenciaram a relação entre a neutropenia periférica e a hipoplasia
granulocítica, em uma mediana de quatro anos de exposição. Estudo posterior, realizado
com a mesma corte de pacientes, após o afastamento da exposição, demonstrou um tempo
médio de cinco anos para a recuperação hematológica periférica.
A aplasia da medula óssea, que corresponde à depressão de todas as
linhagens hematológicas se expressa no sangue periférico, por meio de pancitopenia
(leucopenia, plaquetopenia e anemia).
O caráter leucemogênico do benzeno é amplamente reconhecido. As transformações
leucêmicas, precedidas ou não por alterações mielodisplásicas, são objeto de diversas
publicações, sendo a leucemia mieloide aguda, entre todos os tipos, a mais frequente,
embora outras variantes sejam também descritas.
Além de leucemogênica, a toxicidade por benzeno está também relacionada ao
surgimento de outras formas de doenças onco-hematológicas, como linfoma não-Hodgkin,
mieloma múltiplo e mielofibrose, embora em menor frequência.
Alterações Neuropsicológicas e Neurológicas podem ser observadas, conforme as
alterações em registro de:
 Atenção;
 Percepção;
 Memória;
 habilidade motora;
 viso-espacial;
 viso-construtiva;
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 função executiva;
 raciocínio lógico;
 linguagem;
 aprendizagem;
 humor.

Além dessas disfunções cognitivas, surgem outras alterações como:

 astenia;
 cefaleia;
 depressão;
 insônia;
 agitação;
 alterações de comportamento.

São também descritos quadros de polineuropatias periféricas e mielites transversas.


No sistema auditivo podem aparecer alterações tanto periféricas como centrais,
podendo ser observadas:
 perdas auditivas neurossensoriais;
 zumbidos;
 vertigens;
 dificuldades no processamento auditivo.

Outras alterações podem ocorrem, uma vez que foram observadas alterações
cromossômicas numéricas e estruturais em linfócitos e células da medula óssea de
trabalhadores expostos ao benzeno, sendo possível fazer avaliação de danos
cromossomiais através de técnicas citogenéticas.
Podem ocorrer alterações dermatológicas, tais como: eritema e dermatite irritativa de
contato por exposições ocupacionais repetidas e prolongadas ao benzeno.
Outras formas de câncer podem ser observadas devido à associação da exposição do
benzeno com gás de coqueria e de vazamentos em indústrias, que manipulam correntes de
naftas ou produtos petroquímicos.

9.2 Parâmetros Clínicos Laboratoriais

O diagnóstico de Benzenismo, de natureza ocupacional, é eminentemente clínico e


epidemiológico, fundamentando-se na história de exposição ocupacional e na observação de
sintomas e sinais clínicos e laboratoriais descritos anteriormente.
O trabalhador deve passar por exames periódicos clínicos e laboratoriais. Entre os
exames de laboratório, é necessário fazer um hemograma completo e plaquetas
semestralmente. O hemograma é um dos principais instrumentos laboratoriais para detecção
de alterações sanguíneas causadas por efeitos na medula óssea em casos de exposição ao
benzeno.
O resultado do hemograma deve ser comparado com valores de referências
qualitativos (quanto à forma e ao tamanho das células) e quantitativos (quanto ao número
dos diversos tipos de células do sangue). Esses valores devem ser os do próprio indivíduo
em período prévio à exposição a qualquer agente mielotóxico (que provoca danos à medula
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óssea). Do ponto de vista prático, caso estes valores sejam desconhecidos, admite-se como
supostamente anormal toda leucopenia para a qual, após ampla investigação, nenhuma
outra causa tenha sido encontrada que a justifique. O diagnóstico é feito por exclusão.
Deve-se salientar que todos os trabalhadores expostos ao benzeno, portadores de
leucopenia isolada ou associada à outra alteração hematológica são, em princípio, suspeitos
de serem portadores de lesão da medula óssea mediada pelo benzeno. A partir desse ponto
de vista, na ausência de outra causa, a leucopenia deve ser atribuída à toxicidade por essa
substância.
Os resultados de hemogramas devem ser organizados na forma de série histórica.
A série histórica é o registro dos resultados dos hemogramas ao longo do tempo,
permitindo a comparação sistemática e permanente dos dados e a análise de alterações
eventuais ou persistentes.
Além do benzenismo, as principais causas de leucopenia estão listadas abaixo:

PRINCIPAIS CAUSAS DE LEUCOPENIA

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10 MEDIDAS DE PREVENÇÃO

Considerando-se as características do produto como toxicidade e carcinogenicidade,


as ações preventivas são as que se apresentam como sendo de maior relevância na
proteção da saúde. Assim, o ambiente e o processo de trabalho devem assegurar sempre a
menor exposição ocupacional possível, com a utilização do uniforme, os equipamentos de
proteção coletiva e individual e os sistemas de sinalização.
A melhor forma de prevenção é a não exposição, que pode ser por substituição de
benzeno por outros produtos ou pelo uso de tecnologia adequada para evitar a exposição.

10.1 Uso de Uniformes

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Os trabalhadores de Postos Revendedores de Combustíveis com atividades, que


impliquem em exposição ocupacional ao benzeno, deverão receber do empregador,
gratuitamente, uniforme e calçados de trabalho, adequados aos riscos.
Segundo a NR-24 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho, em
todos os estabelecimentos nos quais se exige troca de roupas, ou seja, imposto o uso de
uniforme ou guarda-pó, haverá local apropriado para vestiário dotado de armários
individuais, observada a separação de sexos.
A higienização do uniforme deverá ser feita pelo empregador com frequência mínima
semanal.
O empregador deverá manter a disposição, um conjunto extra de uniforme, para pelo
menos 1/3 do efetivo dos trabalhadores em atividade expostos a combustíveis líquidos
contendo benzeno, a ser disponibilizado em situações, nas quais seu uniforme venha a ser
contaminado por tais produtos.

10.2 Uso de Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva

Medidas de proteção coletiva adotadas no processo de trabalho, minimizando a


exposição ou eliminando o agente, e medidas de proteção individual contribuem,
decididamente, na prevenção de intoxicação.

10.2.1 Equipamentos de Proteção Individual

De acordo com a NR-6 Equipamentos de Proteção Individual do Ministério do


Trabalho, os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) variam de acordo com a função do
trabalhador.
No posto de combustível, os equipamentos obrigatórios são: uniforme (com tecidos a
prova de fogo), boné, calçados de proteção contra riscos de origem mecânica e química,
avental impermeável para trabalhos realizados em lugares úmidos ou encharcados, além de
óculos, creme protetor ou uso de luvas nitrílicas e máscara com filtro químico para exposição
a substâncias químicas prejudiciais à saúde (de acordo com a convenção trabalhista de
cada Estado) e aqueles previstos no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
(PCMSO) e Programas de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) da empresa.
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Cabe ao funcionário usar os Equipamentos de Proteção Individual utilizando-o apenas


para a finalidade a que se destina, responsabilizar-se pela guarda e conservação, comunicar ao
empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso e cumprir as determinações do
empregador sobre o uso adequado.
E cabe ao empregador adquirir o adequado ao risco de cada atividade, exigir seu uso,
fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho, orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado,
guarda e conservação, substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado,
responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e, comunicar ao MTE qualquer
irregularidade observada e registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser
adotados livros, fichas ou sistema eletrônico.

10.2.1.1 Equipamento de Proteção Respiratória

A proteção respiratória é destinada à utilização em áreas confinadas e sujeitas a


emissão de gases e poeiras.

O uso de equipamentos de proteção respiratória é obrigatório nos seguintes


momentos, conforme se registra abaixo:

 conferência do produto no caminhão-tanque no ato do descarregamento;


 coleta de amostras no caminhão-tanque com amostrador específico;
 medição volumétrica de tanque subterrâneo com régua;
 descarregamento de combustíveis para os tanques subterrâneos;
 desconexão dos mangotes e retirada do conteúdo residual;
 análises físico-químicas para o controle de qualidade dos produtos comercializados;
 limpeza de válvulas, bombas e seus compartimentos de contenção de vazamentos;
 esgotamento e limpeza de caixas separadoras;
 limpeza de caixas de passagem e canaletas;
 aferição de bombas de abastecimento;
 manutenção operacional de bombas;
 manutenção e reforma do sistema de abastecimento subterrâneo de combustível
(SASC);
 outras operações e atividades passíveis de exposição ao benzeno.

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No caso do descarregamento de combustíveis para os tanques subterrâneos deve-se


utilizar o equipamento de proteção respiratória de face inteira, com filtro para vapores
orgânicos, assim como equipamentos de proteção para a pele.

Ficam isentas da utilização do equipamento de proteção respiratória as


seguintes atividades:

 estacionamento do caminhão, aterramento e conexão via mangotes aos tanques


subterrâneos;
 abastecimento de combustível para veículos;
 abastecimento de combustíveis em recipientes certificados.

A substituição periódica dos filtros das máscaras é obrigatória e esta deve obedecer
às orientações do fabricante e da Instrução Normativa – I.N. estabelecida em Regulamento
Técnico sobre o uso de equipamentos para proteção respiratória.

10.2.1.2 Equipamento de Proteção dos Membros Superiores

Os trabalhos com combustíveis envolvem na grande maioria das vezes as mãos, o


contato direto com substancias que podem contaminar o trabalhador.
A dermatite é uma doença que deixa a pele inflamada por falta de proteção. A origem
pode estar em alergias ou irritações provocadas pelo contato com produtos químicos,
ácidos, resinas e/ou cimento. Para se prevenir contra esse problema, é preciso usar luvas
impermeáveis e cremes protetores. Lave as mãos sempre, com água e sabão. A pele é a
primeira defesa contra germes e bactérias. Ou seja, qualquer lesão, por menor que seja,
precisa de tratamento de primeiros socorros.
Para a proteção dos membros superiores, podemos destacar os seguintes
equipamentos:

 Luvas

Para evitar a contaminação dos frentistas pelo benzeno, o Ministério do Trabalho e


Emprego estabeleceu a obrigatoriedade do uso de luvas impermeáveis apropriadas que
protegem contra a contaminação por combustíveis líquidos, contendo benzeno.

Segundo o Anexo 3 da NR-09:


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O frentista nunca deverá utilizar flanelas, estopas e tecidos similares para a


contenção de respingos e extravasamento, devendo a contenção de
respingos e extravasamentos de combustíveis líquidos contendo benzeno
durante o abastecimento e outras atividades só podem utilizar materiais que
tenham sido projetados para esta finalidade.
Sendo permitido a limpeza apenas com papel absorvente desde que o
mesmo esteja utilizando luvas impermeáveis apropriadas.

Dicas de como escolher a luva mais adequada deve observar vários pontos
importantes. Abaixo segue uma lista de alguns destes pontos:

 Verificar as condições físicas para qual a luva estará sujeita, e determinar quais
os tipos de resistência se mostram os mais importantes: abrasão, corte, furos, temperatura,
entre outros. As condições físicas podem influenciar a resistência química de uma luva;
 Considerar as características importantes para a aplicação, tais como: desenho
do punho, comprimento da luva, forração interna, superfície externa lisa ou corrugada,
material de confecção, outros;
 Selecionar a luva que ofereça maior grau de proteção contra agentes químicos e
físicos;
 Verificar a resistência química da luva para os materiais, que podem entrar em
contato durante a execução da atividade em questão;
 Selecionar uma luva fina para uma atividade, na qual é necessário tactilidade e
destreza, sendo uma luva mais grossa e robusta para atividades mais severas e sempre
considerar o conforto do usuário;
 Verificar se o tipo de acabamento da luva é adequado à atividade, isto é, se a luva
apresenta superfície lisa, áspera, corrugada, outros;
 Selecionar o comprimento do punho da luva de acordo com o tipo de atividade,
verificando a profundidade de imersão da luva e um comprimento extra para eventuais
respingos;
 Verificar a vida útil da luva e seu custo. Muitas vezes, uma luva mais cara é
economicamente mais viável que outros modelos mais baratos;
 Muitas vezes, a cor da luva pode ser utilizada para indicar contaminação ou áreas
críticas de uso. Selecionar o estilo que encontra as necessidades.

 Creme Protetor

Uma das melhores formas de se evitar as dermatoses e proteger a saúde dos


trabalhadores perante os agentes químicos é a utilização dos cremes de proteção.

 Creme para facilitar a limpeza da pele;


 Creme protetor para proteger as mãos contra substâncias irritantes;
 Creme protetor para obstruir os poros e impedir a entrada de substâncias irritantes;
 Creme contra agentes químicos fotossensíveis;

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 Creme contra poeiras inertes;

10.2.1.3 Equipamento para Proteção de Olho e Face

Óculos de segurança, protetores faciais e máscaras de solda protegem olhos ou


face do trabalhador contra impactos de partículas volantes multidirecionais, respingos de
líquidos, luminosidade intensa e radiações ultravioleta e infravermelha.

Óculos de segurança

Equipamento destinado à proteção contra elementos que venham a prejudicar a


visão. Proteção dos olhos contra impactos mecânicos, partículas volantes e raios
ultravioletas.
A higienização dos óculos é feita sendo este lavado com água e sabão neutro e
sendo seco com papel absorvente. (O papel não poderá ser friccionado na lente para não
riscá-la.)

10.2.1.4 Equipamento para Proteção da Cabeça

Proteção da cabeça do usuário contra impactos provenientes de queda ou projeção


de objetos.

 Capacete

O uso de capacete é um método simples e eficaz para evitar ou minimizar os


problemas ocasionados pelo impacto, respingos de produtos químicos e choques elétricos
ocorridos na região da cabeça. Especificar um capacete de segurança, a primeira vista,
pode parecer uma tarefa fácil, porém proteger sua cabeça significa proteger sua vida e isto
merece muita atenção para decidir realmente qual a melhor solução para a sua proteção.

10.2.1.5 Equipamento para Proteção do Tronco

Nos serviços em que haja risco de lesão no tronco é obrigatório o uso de proteção
adequada.

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As vestimentas de proteção para operações onde haja presença de produtos


químicos agressivos, como efluentes residuais de indústrias e pesticidas. Deve ser
impermeável e adequado ao agente tóxico presente no ambiente.
Deve apresentar informações de:

 Prazo de validade, caso um envelhecimento ocorrer dentro da embalagem original;


 Forma apropriada para guarda e transporte;
 Instruções sobre procedimentos de colocação e retirada;
 Instruções sobre o uso, armazenamento, higienização e manutenção corretos, bem
como sobre higienização e descontaminação;
 Número máximo de ciclos de limpeza pelos quais as propriedades do material podem
ser mantidas e vida útil ou periodicidade de substituição.

10.2.1.6 Equipamento para Membros Inferiores

Os pés são protegidos por diferentes calçados de uso profissional que são
conhecidos como calçados de segurança, botas de segurança, botinas de segurança e tênis
de segurança. Já as pernas do trabalhador são protegidas por perneiras de segurança.

Calçado de proteção tipo botina de couro

O calçado protege os pés contra impactos de objetos que caem ou são projetados,
impacto contra objetos imóveis e contra perfurações.

Os calçados também protegem os pés contra torção, escoriações, derrapagens e


umidade.

Calçado de proteção tipo bota de couro (cano longo)

A bota de couro de cano longo, além de ser utilizada para minimizar as


consequências de impactos de objetos que caem ou são projetados, protege os pés e as
pernas contra torção, escoriações, derrapagens e umidade, o calçado cano longo protege
também contra o ataque de animais peçonhentos.

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Para uma melhor conservação e higienização dos calçados de proteção, estes devem
ser armazenados em local limpo, livre de poeira e de umidade, se forem molhados devem
ser secos a sombra e engraxados com pasta adequada para a conservação de couros.

10.2.3 Equipamentos de Proteção Coletiva

Os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) devem incluir extintores de incêndio,


chuveiro lava olhos, kit de primeiros socorros e placas sinalizadoras de alerta e segurança
com indicações do tipo: “é proibido fumar”, “desligue o motor”, “desligue o celular” e
“inflamável”, conforme já descrito em itens anteriores, botoeiras de emergência, mapa de
risco entre outros.

10.2.3.1 Formas de Controle Coletivo

A Eliminação da fonte de perigo é a melhor forma de controle de riscos, sendo que no


posto de serviço, não é possível eliminar perigo, porque manusearmos produtos inflamáveis,
que são perigosos por natureza.
Com não podemos eliminar os riscos com inflamáveis e combustíveis dos postos,
deve-se atuar com o gerenciamento dos riscos que essas substancias envolvem, através do
controle de engenharia e administrativo.
O controle de engenharia envolvem a utilização dos seguintes equipamentos:
 Bombas que possuem ligação elétricas seladas e são corretamente aterradas,
de forma a garantir que não haja explosão devido a faíscas;
 Tubulações subterrâneas para os combustíveis, feitas de materiais resistentes
a corrosão;
 Áreas das bombas de abastecimento cobertas, ventilada e com piso
antiderrapante;
 Sistema de Reocupação de vapores, sendo este um sistema destinado à
captação de vapores, instalados nos bicos de abastecimento das bombas de
combustíveis líquidos, contendo benzeno. Assim, este sistema deve direcionar
esses vapores para o tanque de combustível do próprio Posto Revendedor de
Combustíveis – PRC ou para um equipamento de tratamento de vapores.
Existem dois tipos de sistema de recuperação:
 O primeiro serve para recuperar o combustível para o tanque, quando ele está em
uma situação de equilíbrio entre as fases gasosa e líquida. É composto por uma
válvula de pressão, um engate rápido, a válvula da boia e a esfera.

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 Já o segundo sistema visa, especificamente, a redução dos índices de benzeno na


atmosfera dos postos de combustível.
Os sistemas de recuperação de vapores no bico, além de serem benéficos
para a saúde podem representar uma economia significativa, pois os vapores
de gasolina perdidos podem representar algo em torno de 0,4% de todo o
combustível comprado. O sistema recupera cerca de 90% do combustível.

O controle coletivo de tipo administrativo busca reduzir os riscos por meio da gestão
de segurança, assim, age com procedimentos e manuais de operação, treinamentos, uso de
equipamentos e rotinas de trabalho, inspeção e manutenção de equipamentos,
procedimentos da emergência e alarmes, sinalizações de segurança e controle de acesso e
determinadas áreas.

10.3 Sinalização

Os PRC devem manter sinalização, em local visível, na altura das bombas de


abastecimento de combustíveis líquidos contendo benzeno, indicando os riscos dessa
substância, nas dimensões de 20X14 cm com os dizeres: “A GASOLINA CONTÉM
BENZENO, SUBSTÂNCIA CANCERÍGENA. RISCO À SAÚDE”.

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11 PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA

Procedimentos de Emergência são conjuntos de procedimentos e técnicas de atuação


a adotar pelos envolvidos durante algum caso de emergência.
As situações de emergência que podem ocorrer dentro de um posto de combustível são
incêndios e explosões, vazamentos e derramamentos, batidas, atropelamento e quedas.

11.1 Ação em caso de Emergência

O modo mais eficiente de enfrentar uma situação de emergência é com uma equipe
treinada e preparada, tendo recursos adequados para agir de modo organizado conforme os
procedimentos estabelecidos.
É necessário planejamento e recursos para uma ação competente e rápida em caso
de emergência. Por isso, os postos de abastecimento devem possuir e divulgar seu plano de
emergência.
O Plano de Resposta ou Atendimento a Emergências é um documento elaborado pelo
posto que engloba as normas, os procedimentos e as informações com as respostas a
diferentes casos de emergência e como agir em cada caso.

Os procedimentos básicos em caso de emergência são:

1. Sempre manter a calma;


2. Seguir as orientações do Responsável para evitar tumulto;
3. Não correr riscos;
4. Usar equipamentos de proteção individual;
5. Deixar que a equipe de respostas a emergência tome as providencias
necessárias.

Resposta básica em emergências consistem em:

1. Acionar o Alarme
2. Ativação do Plano de comunicação (que será realizado pelos responsáveis)
3. Ativação do plano de ação (que será realizado pelos responsáveis)

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11.2 Vazamento

Procedimentos a serem tomados

 Avisar o corpo de bombeiros em caso de risco imediato de incêndio ou


explosão;
 Avisar o órgão ambiental local caso o produto alcance o meio ambiente;
 Avisar a defesa civil em caso da ameaça a comunidade vizinha;
 Avisar a empresa especializada no atendimento a emergências, caso
contratada;
 Avisar o proprietário ou operador do posto;
 Avisar a companhia distribuidora a que estiver vinculado.

11.3 Derramamento de Produto

Precauções individuais

 Usar equipamento de proteção individual.


 Evitar a respiração do vapor/névoa/gás.
 Assegurar ventilação adequada.
 Retirar todas as fontes de ignição.
 Evacuar o pessoal para áreas de segurança.

Atenção com a acumulação de vapores, que podem formar concentrações explosivas.


Os vapores podem se acumular nas áreas baixas.

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Precauções ambientais

 Prevenir dispersão ou derramamento ulterior se for mais seguro assim.


 Não permitir a entrada do produto no sistema de esgotos.

Limpeza

Controlar e recuperar o líquido derramado com um produto absorvente não


combustível (por exemplo, areia, terra, terra diatomácea, vermiculite) e por o líquido dentro
de contentores para eliminação de acordo com as regulamentações locais/nacionais.

11.4 Incêndio ou Explosão

 Inicialmente, acione os bombeiros e informe a situação.


 Retire todas as pessoas do local.
 Extinguir com pó químico seco, espuma ou dióxido de carbono.
 Esfriar os recipientes expostos com água, uma vez que o vapor pode explodir
se a ignição ocorrer em área fechada.

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11.5 Envolvimento de Pessoas

Contato com a pele: tire a roupa contaminada. Lave as partes atingidas com
bastante água corrente e sabão.

Contato com os olhos: lave-os com água corrente, em abundância, no mínimo, por
15 minutos.

Inalação: remover as pessoas contaminadas para local arejado.

Ingestão: deite a vítima com a cabeça virada para o lado. Se consciente forneça água
ou leite. Não provoque vômito. Deve-se procurar, imediatamente, um médico.

11.6 NR-15 Situações de Emergência com Benzeno

Segundo a NR-15 Atividades e Operações Insalubres, Anexo XIII-A, sempre que


houver situações de emergência devem ser seguidas as seguintes orientações:

14. Quando da ocorrência de situações de emergência, situação anormal que


pode resultar em uma imprevista liberação de benzeno que possa exceder o VRT-
MPT, devem ser adotados os seguintes procedimentos:
a) após a ocorrência de emergência, deve-se assegurar que a área envolvida
tenha retornado à condição anterior através de monitorizações sistemáticas. O tipo de
monitorização deverá ser avaliado dependendo da situação envolvida;
b) caso haja dúvidas das condições das áreas, deve-se realizar uma bateria
padronizada de avaliação ambiental nos locais e dos grupos homogêneos de
exposição envolvidos nestas áreas;
c) o registro da emergência deve ser feito segundo o roteiro que se segue: -
descrição da emergência - descrever as condições em que a emergência ocorreu
indicando:
- atividade; local, data e hora da emergência;
- causas da emergência;
- planejamento feito para o retorno à situação normal;
- medidas para evitar reincidências;
- providências tomadas a respeito dos trabalhadores expostos.

11.7 NR-20 - Plano de Atendimento a Emergências para Postos de Combustíveis


– PAE/PC

A NR20 exige que toda instalação que trabalhe com combustíveis elabore um Plano
de Atendimento a Emergências (PAE) e treine funcionários e contratados em exercícios
simulados, isto é, exercícios que imitam uma emergência e todos reagem conforme suas
atribuições, testando a efetividade do PAE.
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O principal objetivo do Plano de Ação de Emergência é orientar, disciplinar e


determinar os procedimentos a serem adotados pelos funcionários e colaboradores, em
geral, durante a ocorrência de situações de emergência nas instalações do
empreendimento.
O PAE é composto por dois planos menores:
Plano de Comunicação que orienta como notificar e comunicar responsáveis e
autoridades rapidamente.
Plano de Ação que define o que fazer em cada caso de emergência.

O PAE deve ser elaborado e implantado por empresas especializadas ou profissionais


habilitados e ser descrito em um documento-base.
A PAE/PC deverá ser de fácil acesso e de pleno conhecimento de todos os
empregados, nos diversos níveis hierárquicos da organização.
O plano deverá ser testado, periodicamente, por ocasião dos exercícios simulados da
brigada de incêndio, devendo ser emitido relatório de performance, com destaque para as
falhas verificadas na execução do simulado e as respectivas medidas corretivas. O relatório
deverá ser inserido como anexo ao documento-base.

A não ser que o responsável pelo posto tenha determinado uma função específica
para você, sua função é manter a calma e seguir as orientações do Líder da Equipe de
Atendimento a emergências.

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12 REFERÊNCIAS

ARAUJO, Giovanni Moraes de. Normas Regulamentadoras Comentadas: Legislação de


Segurança e Saúde no Trabalho. Rio de Janeiro: Editora Gerenciamento Verde Consultoria.
4ª ed., 2003/2004. 1.540 p.
AYRES, J. A., NITSCHE, M. J. T. - Primeiros socorros: guia básico. São Paulo: UNESP,
2000, 33 p.
BRASIL. Código de Processo Civil. Colaboração de Antonio L. de Toledo Pinto, Márcia V.
dos Santos.
BRASIL. Código Penal. Colaboração de Antonio L. de Toledo Pinto, Márcia V. dos Santos
Wíndt e Lívia Céspedes. 39ª ed. São Paulo: Saraiva 2001, 794.p.
BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho. Colaboração de Antonio L. de Toledo Pinto,
Mércia V. dos Santos Windt e Lívia Céspedes. 29ª ed. atual e aum. São Paulo: Saraiva,
2002. 1167p.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Colaboração de Antonio L. de
Toledo Pinto.
Caderno de Primeiros Socorros – Cruz Vermelha Brasileira – São Paulo - 1996
CAMILO JUNIOR, Abel Batista - Manual de Prevenção e Combate a Incêndios – 5ª ed. -
São Paulo – Editora SENAC São Paulo, 2004.
CERJ. Manual e Procedimentos de Segurança. Rio de Janeiro. 2003.
CETESB. Manual de orientação para a elaboração de estudos de análise de riscos. São
Paulo, 1994.
DENIPOTTI, Cláudio Sergio - Os Aspectos legais da responsabilidade do trabalho e a
saúde ocupacional dos seus empregados. / Monografia: Bacharelado em Direito, Centro
Universitário de Araras – Doutor Edmundo Ulson, 2004.
DINIS, Ana P. 5. Machado. Saúde no Trabalho - Prevenção, Dano, Reparação, São Paulo:
LTR, 2003.
DINIZ, Maria Helena. Código Civil Anotado, São Paulo: Saraiva, 2002. 1526p.
FARBER, José Henrique - Técnicas de Análise de Risco - Ed 1991.
FORD. Atendimento pré-hospitalar: suporte básico da vida. São Bernardo do Campo, SP,
[s.d.]. 39 p.
IMAP - Instituto Municipal de Administração Pública: Manual Básico - Segurança do
Trabalho em Prevenção de Acidentes em Alturas, Curitiba 2009
INTERNATIONAL SAFETY COUNCIL. First aid and CPR: procedimentos em situação de
emergência. 2ª Ed - São Paulo - Randal Fonseca. 1993. 92 p.
Manual de Fundamentos de Bombeiros / Corpo de Bombeiros - São Paulo - 1998
MARTINS, Felipe José Aidar. Manual do socorro básico de emergência. 7a ed. Belo
Horizonte, 2004.
MTE. NR-23. Proteção contra incêndios. Brasília, 1978

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SENAC, Primeiros Socorros, como agir em situações de emergência, Rio de Janeiro, 2002
– Senac
SÉRIE DIDÁTICA. São Paulo, Instituto Butantã, n. 1-8, [s,d].

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