Instituto Federal do Norte de Minas Gerais - IFNMG Campus Salinas
Curso de Licenciatura em Pedagogia
Política da Educação: Organização da Educação Brasileira Janielle Pereira de Jesus - 6º Período RESUMO AZEVEDO, J. M. L DE. A educação como política pública. 3. ed. Campinas. SP: Autores Associados, 2004. GIANEZINI, K.; et. al. POLÍTICAS PÚBLICAS: definições, processos e constructos no século XXI. Revista de Políticas Públicas, 21(2), 1065. 2018. HÖFLING, E. D. M. Estado e políticas (públicas) sociais. Cadernos CEDES, v. 21, n. 55, p. 30–41, nov. 2001. A ideia de política pública é abordada como algo complexo por não haver uma teoria completa e definida sobre o tema, mas sim vários conceitos que formam o que pode ser traduzido como política pública. Segundo os autores, as políticas públicas estão diretamente associadas ao Estado. Contudo, há outros atores que agem na construção delas, tanto de cunho privado como público. A partir de constatações que foram elencadas nos textos pelos autores, as políticas públicas foram definidas como espaços (ou campos) (SOUZA, 2006) que contemplam conhecimentos teóricos – da parte da academia – e empíricos – emanados mediante discursos de cidadãos que procuram promover a ação governamental ou recomendar possíveis alterações nessas ações. Conclui-se que, as políticas públicas são, em verdade, as intenções governamentais que produzirão transformações profundas ou artificiais no mundo real. Entende-se por políticas públicas aqueles cujos projetos se voltam em tomadas de decisões, quais escolhas serão realizadas, quais os caminhos traçados para as implementações traçados pelo governo e que modelos de avaliações serão aplicados (HÖFLING, 2001). Os textos colocam em foco a educação como política pública de corte social e trazem uma importante contribuição presuntiva sobre caminhos teórico-metodológicos para esse campo de investigação. Apresenta-se a educação como prática social que apresenta graves problemas por conta, dentre outros fatores, da inadequação das políticas educacionais que estão em ação. Há o reconhecimento de que as mudanças sociais em curso exigem novas demandas de formação e de conhecimento e destaca-se o impasse da atualidade: não está se assegurando o direito à escolarização fundamental de qualidade para todos. Isso porque as mudanças sociais impressas pela doutrina neoliberal geram mais desigualdades, atingindo os processos de produção do conhecimento científico, originando novas configurações das práticas sociais. Os projetos políticos públicos como o da educação estão na categoria de políticas sociais, que são aquelas que, segundo Höfling (2001), se referem a ações que determinam o padrão de proteção social implementado pelo Estado, voltadas, em princípio, para a redistribuição dos benefícios sociais visando a diminuição das desigualdades estruturais produzidas pelo desenvolvimento socioeconômico.