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SECRETARIA DE ESTADO DE

EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTES


Diretoria de Ensino
Departamento de Modalidades Educacionais Especiais
Divisão de Educação Especial

PLANO PEDAGÓGICO DA
EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA
ATIVIDADES NÃO PRESENCIAIS
NO PERÍODO DE PANDEMIA NA
REDE PÚBLICA DE ENSINO DO
ESTADO DO ACRE

Acre
2020
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 02
2 ORGANOGRAMA FUNCIONAL DA DIVISÃO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL ............... 03
3 DADOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NA REDE ESTADUAL DE ENSINO .................... 03
4 MARCOS LEGAIS, POLÍTICOS E PEDAGÓGICOS .......................................................... 04
5 PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E ATRIBUIÇÕES ................................... 05
5.1 Atribuições do Professor do AEE ............................................................................................06
5.2 Atribuições dos Profissionais de Apoio .................................................................................. 07
5.2.1 Professor tradutor intérprete de Libras/Língua Portuguesa............................................. 07
5.2.2 Professor de Libras................................................................................................................08
5.2.3 Professor Mediador.............................................................................................................. 09
5.2.4 Assistente Educacional..........................................................................................................10
6 AULAS NÃO PRESENCIAIS, ATENDIMENTO EDUCACIONAL
ESPECIALIZADO E O TRABALHO COLABORATIVO .......................................................10
7 ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA AS ATIVIDADES NÃO PRESENCIAIS..........12
7.1 Orientações Gerais da Divisão de Educação Especial ...........................................................12
7.2 Orientações sobre Adaptações Razoáveis .............................................................13
7.3 Orientações sobre Situações Adversas .....................................................................15
7.4 Orientações aos Professores das Classes Hospitalares e Atendimento
Pedagógico Domiciliar ...................................................................................................................15
7.4.1. Classe Hospitalar ..................................................................................................................15
7.4.2. Atendimento Pedagógico Domiciliar ...................................................................................17
8. AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM ....................................................................................18
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................20
10. ANEXOS ...................................................................................................................................21
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PLANO PEDAGÓGICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ATIVIDADES NÃO


PRESENCIAIS NO PERÍODO DE PANDEMIA NA REDE PÚBLICA DE ENSINO DO
ESTADO DO ACRE

1. INTRODUÇÃO
A Divisão de Educação Especial está ligada ao Departamento de Modalidades Educacionais
Especiais e à Diretoria de Ensino da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes do Estado do Acre,
sendo responsável por desenvolver ações inerentes às políticas públicas em educação especial para
garantir condições de acesso, participação, permanência e aprendizagem no ensino comum dos
estudantes com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento/transtorno do espectro autista,
altas habilidades/superdotação, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade – TDAH, dislexia,
discalculia, disortografia, disgrafia e distúrbio do processamento auditivo central.
Para tanto, a Educação Especial se realiza em todos os níveis, etapas e modalidades de ensino
da Educação Básica, com abrangência na capital Rio Branco e nos 21 municípios do estado por
meio do atendimento educacional especializado (AEE) que configura-se como parte do processo
educacional, sendo realizado no turno de escolarização, em sala de aula, com o trabalho
colaborativo dos profissionais de apoio e no turno inverso, em salas de recursos multifuncionais.
Neste momento de pandemia do novo Coronavírus, o distanciamento social se apresenta como uma
das únicas alternativas de combate ao vírus, sendo por esse motivo necessária a suspensão temporária das aulas
presenciais no ambiente escolar, respaldada pelo Decreto Governamental nº 5.465, de 16 de março de 2020.
A partir de então, a educação assume o desafio de preparar novas estratégias para oferecer aos
estudantes da rede estadual a possibilidade de acesso ao conhecimento, a continuidade das atividades escolares
e manter o vínculo com as famílias, mesmo que de forma remota.
Nesse contexto, a Educação Especial soma esforços para promover o Atendimento
Educacional Especializado (AEE) de forma não presencial, apoiando as unidades escolares na
orientação de procedimentos e adaptações curriculares que possam atender as necessidades do
público-alvo, nesse período de aulas remotas.
Para subsidiar as unidades de ensino na organização e funcionamento do atendimento
educacional especializado, a Divisão de Educação Especial conta com o apoio do Núcleo de
Formação Especializada, do Núcleo de Acompanhamento e Orientação Pedagógica Especializada e
dos Núcleos /Centros de Apoio à Inclusão e apresenta o Plano Pedagógico da Educação Especial
para Atividades Não Presenciais no Período de Pandemia na Rede Pública de Ensino do
Estado do Acre.
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2. ORGANOGRAMA FUNCIONAL DA DIVISÃO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO - SEE

DIRETORIA DE ENSINO

DEPARTAMENTO DE MODALIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS

DIVISÃO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

NÚCLEO DE
NÚCLEO DE
ACOMPANHAMENTO
NETA FORMAÇÃO NAPI/CZS
E ORIENTAÇÃO
ESPECIALIZADA
PEDAGÓGICA
ESPECIALIZADA

DOM NAAHS/
CAP/AC CAS/AC NAAHS/AC CAP/CZS CAS/CZS
BOSCO czs

3. DADOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NA REDE ESTADUAL DE ENSINO

Fonte: Censo Escolar 2019/Divisão de Gestão e Monitoramento de Dados Escolares/SEE-AC


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MAPEAMENTO GERAL
Escolas Inclusivas 355
Alunos matriculados 8.729
Alunos em Sala de Recursos Multifuncionais 4.633
Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) 215
Professor de SRM 366
Professor Mediador 314
Professor Intérprete 55
Professor de Libras 5
Professor do Atendimento Pedagógico Domiciliar (APD) 47
Professor de Classe Hospitalar 4
Assistente Educacional 940
Escolas com Atendimento Pedagógico Domiciliar 42
Alunos do APD 75
Classe Hospitalar 4

4. MARCOS LEGAIS, POLÍTICOS E PEDAGÓGICOS


As ações e serviços realizados pela Divisão de Educação Especial do Estado do Acre
fundamentam-se nos seguintes marcos legais, políticos e pedagógicos:
1988 – Constituição Federal de 1988:
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: III –
atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na
rede regular de ensino;
1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente;
1990 – Declaração Mundial de Educação para Todos;
1994 – Declaração de Salamanca;
1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional;
1999 – Convenção de Guatemala;
2001 – Diretrizes Nacionais da Educação Especial na Educação Básica;
2004 – Decreto nº5.296/2004, que estabelece critérios para promoção de acessibilidade das pessoas
com deficiência ou com mobilidade reduzida;
2005 – Decreto nº 5.626 de 22 de dezembro de 2005, que dispõe sobre a Língua Brasileira de
Sinais – Libras;
2008 – Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva – MEC, 2008,
que estabelece diretrizes gerais para a educação especial;
2009 – Resolução CNE/CEB nº 4 de 2 de outubro de 2009, que institui diretrizes operacionais para
o atendimento educacional especializado – AEE , na educação básica;
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2010 – Lei Federal Nº 12.319 de 1º de setembro de 2010, que regulamenta a profissão de tradutor e
intérprete da língua brasileira de sinais – LIBRAS;
2011 – Decreto 7.611 de 17 de novembro de 2011, que dispõe sobre o apoio da união e a política
de financiamento do Atendimento Educacional Especializado;
2012 – Lei 12.764 de 27 de dezembro de 2012, institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos
da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista;
2014 – Lei nº 13.005 de 25 de junho de 2014, aprova o Plano Nacional de Educação (PNE);
2015 – LBI nº 13.146 de 06 de julho de 2015, institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência);
2015 – Lei nº 2.965 de 02 de julho de 2015, aprova o Plano Estadual de Educação (PEE);
2015 – Lei Estadual nº 2.976 de 22 de julho de 2015 – institui a política estadual de proteção dos
direitos da pessoa com Transtorno do Espectro Autista – TEA e estabelece diretrizes para sua
consecução;
2015 – Lei nº 3.112 de 29 de dezembro de 2015, dispõe sobre a identificação, o diagnóstico,
acompanhamento integral e atendimento educacional escolar para estudantes da educação básica
com transtorno do déficit de atenção com hiperatividade – TDAH;
2015 – Lei nº 13.234 de 29 de dezembro de 2015, dispõe sobre a identificação, o cadastramento e o
atendimento na educação básica e na educação superior, de alunos com altas
habilidades/superdotação;
2017 – Resolução CEE/AC Nº 277/2017, estabelece normas para a Educação Especial, no tocante
ao atendimento de pessoa com deficiência ou altas habilidades nas Escolas de Educação Básica do
Estado do Acre;
2018 – Instrução Normativa Nº. 001 de 30 de janeiro de 2018, regulamenta diretrizes pedagógicas
e administrativas sobre o atendimento educacional especializado, no âmbito da educação básica no
Estado do Acre;
2020 - Decreto Nº 10.502, de 30 de setembro de 2020, que institui a Política Nacional de Educação
Especial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da Vida.

5. PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E ATRIBUIÇÕES


O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes
disponibiliza os profissionais da educação especial para atender aos alunos em suas necessidades
específicas e a Divisão de Educação Especial realiza a formação continuada, o acompanhamento e
a orientação pedagógica desses profissionais. Esse é um trabalho conjunto que continua em curso,
porém para atender a nova realidade ocasionada pela pandemia do novo Coronavírus, as ações e
atribuições já existentes somam-se a outras adaptadas e flexibilizadas para o contexto atual,
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assumindo um trabalho colaborativo entre todos os envolvidos no processo educacional dos alunos
público-alvo da Educação Especial. A seguir apresentamos a relação de profissionais e suas
respectivas atribuições, conforme previsto na Instrução Normativa da SEE Nº 01/2018 e outras
atribuições adaptadas para o período de pandemia:

 Professor do atendimento educacional especializado;


 Professor tradutor e intérprete para o ensino fundamental II e ensino médio;
 Professor de Libras;
 Assistente educacional;
 Professor Mediador.

5.1. Atribuições do Professor do AEE


a) Identificar, por meio do estudo de caso, as potencialidades e necessidades do estudante, para
planejar as intervenções pedagógicas a serem realizadas de forma colaborativa com os profissionais
da escola;
b) Participar do planejamento, da organização do trabalho pedagógico, dos procedimentos de
avaliação da aprendizagem, dentre outros;
c) Realizar o atendimento educacional especializado (individual ou em pequenos grupos), de acordo
com o cronograma divulgado junto à equipe pedagógica e à família, objetivando a complementação
e/ou suplementação do currículo;
d) Desenvolver uma proposta de trabalho articulada com os professores do ensino comum, para
fortalecer o processo de inclusão;
e) Identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de acessibilidade e
estratégias, considerando as necessidades específicas dos
estudantes;
f) Elaborar e executar plano do AEE, avaliando a funcionalidade e aplicabilidade dos recursos
pedagógicos e de acessibilidade;
Acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade na
sala de aula comum do ensino regular, bem como em outros ambientes da escola;
g) Estabelecer parcerias com as áreas intersetoriais na elaboração de estratégias e na
disponibilização de recursos de acessibilidade;
h) Orientar professores e famílias/responsáveis sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade
utilizados pelo estudante;
i) Ensinar a usar a tecnologia assistiva de forma a ampliar habilidades funcionais dos estudantes,
promovendo autonomia e participação;
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j) Desenvolver proposta de trabalho articulada com os profissionais de apoio aos alunos com
deficiência;
l) Colaborar com a formação continuada dos profissionais de apoio aos alunos com deficiência e
demais profissionais da escola;
m) Realizar intervenções na unidade de ensino, quando solicitado pela Coordenação de Educação
Especial.
 Durante o período de pandemia, o professor do AEE deverá também:
 Apoiar o processo não presencial de ensino e aprendizagem dos alunos público-alvo;
 Fazer levantamento dos alunos que possuem recursos tecnológicos e acesso à internet e dos
alunos que não possuem;
 Elaborar plano de atendimento especializado;
 Monitorar a participação dos alunos nas atividades propostas;
 Manter contato frequente com a família/responsável do aluno;
 Auxiliar os professores regentes de forma colaborativa nas adaptações curriculares, quando
necessário;
 Registrar o acompanhamento do aluno;
 Orientar de forma colaborativa os professores regentes, os assistentes educacionais e/ou
mediadores nas atividades a serem realizadas com os alunos;
 Participar da formação continuada online pela plataforma https://educ.see.ac.gov.br;
 Elaborar relatório de trabalho;
 Participar dos planejamentos da escola de forma a colaborar com o processo de ensino e
aprendizagem do aluno.
5.2. Atribuições dos Profissionais de Apoio
5.2.1 Professor tradutor intérprete de Libras/Língua Portuguesa
a) Efetuar comunicação entre surdos e ouvintes, por meio da Libras para a língua oral e vice-versa;
b) Interpretar, em Língua Brasileira de Sinais - Língua Portuguesa, as atividades didático-
pedagógicas e culturais desenvolvidas nas instituições de ensino nos níveis fundamental e médio de
forma a viabilizar o acesso aos conteúdos curriculares;
c) Manter contato com a família orientando e tirando as dúvidas sobre os procedimentos adotados
pela escola nesse período de aulas remotas;
d) Promover a acessibilidade comunicativa aos serviços e as atividades-fim da instituição de ensino;
e) Participar dos planejamentos com o coordenador pedagógico, com os professores do ensino
comum e da SRM;
f) Participar das formações oferecidas pela SEE e dos grupos de estudos realizados na escola.
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 Durante o período de pandemia, o professor intérprete deverá também:


 Apoiar a equipe gestora na comunicação com os alunos, orientação às famílias e outras ações
referentes ao público com deficiência auditiva/surdez;
 Apoiar nas filmagens dos materiais acessíveis disponibilizados pelo professor regente para
alunos com deficiência auditiva/surdez;
 Realizar a interpretação em Libras/Português/Libras nas interações no ambiente virtual de
aprendizagem, quando houver;
 Promover acessibilidade em Libras e materiais adaptados de forma colaborativa com o
professor do AEE e professor regente;
 Participar da formação continuada online pela plataforma https://educ.see.ac.gov.br;
 Elaborar relatório de trabalho;
 Participar dos planejamentos da escola de forma a colaborar com o processo de ensino e
aprendizagem do aluno;
 Gravar vídeos e/ou vídeoaulas, quando solicitados pela escola ou pela secretaria de
educação.

5.2.2 Professor de Libras


a) Atuar em parceria com o professor do AEE, por meio do ensino colaborativo, na promoção do
desenvolvimento lingüístico, emancipação social e autonomia do estudante com surdez;
b) Ministrar aulas de Libras como primeira língua no atendimento educacional especializado na
educação básica para estudantes surdos;
c) Utilizar a Libras como língua de instrução, complemento e suplemento curricular no Atendimento
Educacional Especializado;
d) Proporcionar a expansão da Libras, atuando como agente de apoio na incorporação dessa língua
no contexto escolar;
e) Contribuir para o desenvolvimento linguístico e cultural a partir de uma perspectiva dialógica de
suas vivências;
f) Participar dos planejamentos com o coordenador pedagógico, com os professores do ensino
comum e da SRM;
g) Participar das formações oferecidas pela SEE e dos grupos de estudos realizados na escola.

 Durante o período de pandemia, o professor de libras deverá também:


 Apoiar o processo não presencial de ensino e aprendizagem dos alunos surdos de forma
colaborativa com o professor do AEE e o professor regente;
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 Elaborar atividades para o ensino de Libras em formato digital e/ou versão em formato
impresso;
 Fornecer uma lista de sugestão de acesso a conteúdo digital elaborado em Libras, como
livros, filmes, jornais, jogos e outros;
 Participar da formação continuada online pela plataforma https://educ.see.ac.gov.br;
 Elaborar relatório de trabalho;
 Participar dos planejamentos da escola de forma a colaborar com o processo de ensino e
aprendizagem do aluno.

5.2.3 Professor Mediador


a) Apoiar os estudantes nas atividades pedagógicas, lúdicas, culturais e desportivas;
b) Manter a interlocução com os professores da sala de aula, do atendimento educacional
especializado e com a família, contribuindo para a eliminação de barreiras que prejudiquem o
processo de escolarização;
c) Participar das formações oferecidas pela SEE e dos grupos de estudos realizados na escola;
d) Auxiliar o professor regente na realização das atividades escolares, evitando o estabelecimento
de rotinas inadequadas, tais como: horário reduzido, alimentação em horário diferenciado e aulas
em espaços separados;
e) Auxiliar, quando necessário, nos hábitos de higiene e cuidados pessoais, promovendo
independência e autonomia no decorrer da rotina;
f) Acompanhar os estudantes em todos os ambientes e eventos realizados pela escola orientando-o
durante a entrada, intervalo e saída;
g) Observar, avaliar e registrar, em parceria com o professor regente, o desempenho dos estudantes
durante as atividades.

 Durante o período de pandemia, o professor mediador deverá também:


 Apoiar o processo não presencial de ensino e aprendizagem dos alunos de forma
colaborativa com o professor do AEE e o professor regente;
 Promover, em regime de colaboração com o professor regente e o professor do AEE,
acessibilidade curricular por meio das adaptações razoáveis;
 Manter contato com a família orientando e tirando as dúvidas sobre os procedimentos
adotados pela escola nesse período de aulas remotas;
 Participar dos planejamentos da escola de forma a colaborar com o processo de ensino e
aprendizagem do aluno;
 Participar da formação continuada online pela plataforma https://educ.see.ac.gov.br;
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 Elaborar relatório de trabalho.


5.2.4 Assistente Educacional
a) Realizar os cuidados de higiene de preferência na presença de uma segunda pessoa da escola;
b) Auxiliar na locomoção do aluno nos espaços escolares;
c) Realizar mudanças de posição na cadeira e massagens de conforto;
d) Estimular e ajudar na alimentação;
e) Escutar, ajudar e ser solidário com o aluno;
f) Estar atento à chegada e saída do aluno na escola;
g) Acompanhar a participação do aluno em todas as ações vivenciadas no contexto escolar;
h) Participar das formações oferecidas pela SEE para o aprimoramento das suas atribuições como
Assistente educacional;
i) Manter-se em constante interlocução com os professores da sala de aula comum, com o professor
do Atendimento Educacional Especializado – AEE, bem como, com os demais professores que
atendem o aluno;
j) Manter diálogo com a família e profissionais da saúde a fim de seguir as orientações necessárias
nos casos em que o estudante estiver em tratamento de saúde;
k) Auxiliar o estudante que tem grande comprometimento motor no registro das atividades
escolares.
 Durante o período de pandemia, o assistente educacional deverá também:
 Apoiar o processo não presencial de ensino e aprendizagem dos alunos de forma
colaborativa com o professor do AEE e o professor regente;
 Manter contato com a família orientando e tirando as dúvidas sobre os procedimentos
adotados pela escola nesse período de aulas remotas;
 Participar da formação continuada online na plataforma da Secretaria Estadual de Educação;
 Elaborar relatório de trabalho;
 Participar dos planejamentos da escola de forma a colaborar com o processo de ensino e
aprendizagem do aluno.

6. AULAS NÃO PRESENCIAIS, ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO E


O TRABALHO COLABORATIVO
As atividades pedagógicas não presenciais aplicam-se aos alunos de todos os níveis, etapas
e modalidades educacionais. Portanto, é extensivo àqueles que possuem necessidades específicas
no âmbito escolar, entre os quais os que apresentam deficiências, transtornos globais do
desenvolvimento/transtorno do espectro autista (TEA), altas habilidades/superdotação, transtorno
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do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), dislexia, discalculia, disortografia, disgrafia e


distúrbio do processamento auditivo central, atendidos pela modalidade de Educação Especial.
O Atendimento Educacional Especializado (AEE) deve também ser garantido no período de
emergência, mobilizado e orientado por professores especializados em regime de colaboração com
os professores regentes e profissionais de apoio, em articulação com as famílias para a organização
e realização das atividades pedagógicas não presenciais. Os professores do AEE atuarão com os
professores regentes da rede, articulados com a equipe escolar, desempenhando suas funções na
adequação de materiais, provimento de orientações específicas às famílias e apoios necessários,
segundo a singularidade dos alunos.
O Atendimento Educacional Especializado, que abrange o conjunto de atividades, recursos
de acessibilidade e pedagógicos organizados institucionalmente e prestados de forma complementar
ou suplementar à escolarização, durante o período de suspensão das aulas presenciais, deverá estar
centrado na identificação e eliminação das barreiras no processo de aprendizagem, visando a plena
participação dos estudantes acima mencionados nos termos da Resolução 4/2009/MEC/CNE/CEB
e da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.
Para tanto, o atendimento educacional especializado levará em consideração as adaptações
razoáveis, entendidas como modificações e ajustes necessários e adequados para assegurar que os
alunos com deficiência possam gozar ou exercer, em igualdade de condições e oportunidades com
os demais alunos, todos os direitos e liberdades fundamentais, nos termos do artigo 3º, inciso IV e
VI, da Lei Brasileira de Inclusão e da Resolução nº 277 do Conselho Estadual de Educação.
Para os alunos identificados com altas habilidades/superdotação, os profissionais da sala de
recursos buscarão ofertas de atendimentos suplementares com atividades de enriquecimento
curricular, conforme estabelece as Políticas de Educação Especial Inclusiva em interface com o
Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAAHS).
Em todos os casos, faz-se necessário o trabalho colaborativo, em que o professor do
atendimento educacional especializado atua junto com o professor do ensino regular e com os
profissionais de apoio, possibilitando acessibilidade ao currículo, produção de conhecimentos e
consequentemente, a aprendizagem dos estudantes. No contexto atual, essa articulação é necessária
para acompanhar o envio e orientação das atividades pedagógicas não presenciais, preenchimento
de formulários, plano de atendimento especializado e ferramentas de tecnologias assistivas
disponibilizadas, de acordo com a realidade peculiar de cada comunidade escolar, atendendo as
especificidades de cada área da Educação Especial.
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7. ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA AS AULAS NÃO PRESENCIAIS


7.1. Orientações Gerais da Divisão de Educação Especial
 A unidade de ensino deve prevê em seu plano de trabalho estratégias pedagógicas e
ações que contemplem o público-alvo da educação especial, considerando as
especificidades de cada estudante;
 A escola buscará meios para manter o vínculo com as famílias e podem dispor dos
profissionais da educação especial nessa articulação para orientar e direcionar os
pais/responsáveis sobre as atividades disponibilizadas por meio das redes sociais:
whatsapp, email, aplicativos ou conforme orientações da escola;
 A Divisão de Educação Especial está disponível para oferecer suporte à equipe
gestora e aos profissionais da Educação Especial por meio da assessoria pedagógica
de cada zoneamento. Essa assessoria vem desenvolvendo, dentre outras ações:
 o acompanhamento e a orientação aos professores do atendimento educacional
especializado;
 reuniões online com a gestão para orientar e dirimir dúvidas sobre o
atendimento remoto, adaptações de atividades, avaliação dos alunos dentre
outras demandas;
 reuniões presenciais, quando necessário, tomando todas as medidas de
prevenção recomendadas;
 levantamento de dados diversos e preenchimento de planilhas sobre o trabalho
desenvolvido;
 participação em grupos de estudos em parceria com o núcleo de formação,
solicitados pelas escolas;
 participação em webnários específicos da Educação Especial;
 mediação de conflitos entre escola e família, dentre outras demandas que
surgirem.
 Os Centros e Núcleos de apoio à inclusão (Centro de apoio ao Surdo-CAS/Ac, Centro
de Apoio Pedagógico para Atendimento a Pessoa com Deficiência Visual do Acre-
CAP/Ac, Centro de Ensino Especial Dom Bosco, Núcleo de Atividades de Altas
Habilidades/Superdotação-NAAHS/Ac e o Núcleo de Apoio à Inclusão – NAPI/CzS, )
também oferecem suporte por meio dos canais de comunicação disponíveis na
plataforma https://educ.see.ac.gov.br onde tem sugestões, links, vídeos e outros, que
podem contribuir para a elaboração das atividades;
 A plataforma https://educ.see.ac.gov.br também possui um material específico de
orientação, estratégias e recursos de como atender os alunos com deficiência visual,
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deficiência auditiva, deficiência intelectual, transtorno do espectro autista e altas


habilidades elaborado pelos respectivos centros e núcleos de apoio à inclusão para
uso das escolas nesse período de aulas remotas;
 Todas as atividades propostas devem ser analisadas pelo coordenador pedagógico e
profissionais da educação especial antes de serem enviadas aos estudantes;
 O coordenador pedagógico, professor regente, professor da sala de recursos
multifuncionais e os profissionais de apoio que atuam com os alunos público -alvo
da educação especial devem planejar e elaborar atividades impressas e/ou on-line
para serem disponibilizadas aos pais/responsáveis, com as adaptações razoáveis que
atendam as especificidades de cada aluno.
 Os casos omissos devem ser tratados diretamente com a Divisão de Educação Especial,
cabendo uma decisão coletiva entre escola, família e educação especial.

7.2. Orientações sobre Adaptações Razoáveis


• Os professores regentes e a coordenação pedagógica têm o apoio dos profissionais da
educação especial (professor da sala de recursos multifuncionais, professor mediador,
professor intérprete e professor de libras) na elaboração, execução e acompanhamento das
atividades, de forma a garantir aos estudantes acessibilidade curricular por meio das
adaptações razoáveis;
• As adaptações estão previstas em legislação federal para assegurar aos alunos com
deficiência o pleno acesso ao currículo em igualdade de oportunidade e devem atender as
seguintes recomendações:
1. Planejar atividades flexíveis, respeitando as potencialidades e limitações de desempenho de
cada aluno;
2. Elaborar atividades de modo claro e objetivo, simplificando e acrescentando elementos que
direcionem a atenção do aluno para o objeto em estudo e que contribuam para seu êxito
como, por exemplo: acrescentar recursos visuais, destacar a palavra chave do que está sendo
solicitado, usar setas, colocar figuras e outras sinalizações e dicas visuais;
3. Realizar o planejamento em conjunto: o professor regente deve planejar as atividades em
colaboração com o professor da sala de recursos multifuncionais e o professor mediador;
4. Na seleção de conteúdos específicos, promover as seguintes adaptações conforme a
necessidade do aluno:
a) adaptar o número de atividades, reduzindo sua quantidade, se necessário;
b) adaptar as atividades, proporcionando aos alunos, sempre que possível, a compreensão e
execução com autonomia.
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5. Flexibilizar o prazo de entrega das atividades respeitando o ritmo que o aluno necessita para
a conclusão das mesmas;
6. Garantir para o aluno surdo a disponibilização dos conteúdos por meio da Língua Brasileira
de Sinais (LIBRAS), sua língua de instrução, podendo produzir, por exemplo, vídeoaulas e
fazer uso de recursos visuais para as atividades;
7. Garantir para os alunos cegos que fazem uso do Braille, a disponibilização de materiais
impressos em Braille;
8. Ao propor as atividades para o aluno cego, use o recurso da audiodescrição, transformando
as imagens em palavras mesmo em uma vídeoaula, em uma gravação de um podcast;
9. Elaborar tarefas curtas ou intercaladas para os alunos com TDAH para que eles possam
concluí-las antes de se dispersarem;
10. Conversar com o aluno e os pais sobre o método mais fácil de estudo em casa. Isso facilita
muito a vida dos que têm TDAH ou autismo. Deve-se propor aos pais alguns “experimentos”
de formas de estudos diferentes até que seja encontrada a mais adequada para o aluno;
11. Disponibilizar recursos de comunicação aumentativa e alternativa para aqueles alunos que
necessitam;
12. Utilizar materiais didáticos acessíveis, garantindo o pleno desenvolvimento das atividades
pedagógicas;
13. Promover situações de aprendizagem potencialmente significativas levando em conta o
contexto de vida do estudante e a utilização prática do objeto em estudo;
14. Usar linguagem simples e familiar, e frases curtas e concisas;
15. Apresentar novas habilidades e conceitos de forma variada, usando materiais concretos,
práticos e visuais sempre que possível;
16. Oferecer atividades diversificadas sobre o mesmo conteúdo, com ênfase no desenvolvimento
de habilidades;
17. Levar em conta que, algumas adaptações curriculares dizem respeito a temporalidade,
organização do espaço, conteúdos e objetivos, procedimentos didáticos, recursos
pedagógicos e atividades . Apresentamos a seguir como utilizar cada tópico:
a) Temporalidade: considerar o tempo que o estudante necessita para atingir os objetivos
educacionais e realizar suas tarefas, viabilizando tempo adicional nos prazos de entrega;
b) Organização do espaço: orientar a família na escolha e organização do melhor espaço
para a realização das tarefas, evitando barulhos e distrações que prejudiquem a atenção
e a concentração no momento de aprendizagem;
c) Conteúdos e objetivos: disponibilizar o mesmo conteúdo, traçando objetivos
específicos de acordo com as necessidades e potencialidades de cada estudante,
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retomando sempre que possível esses conteúdos para garantir a aprendizagem através da
mediação;
d) Procedimentos didáticos, recursos pedagógicos e atividades: identificar as
necessidades de cada estudante para escolher os procedimentos, os recursos e as
atividades que atendam melhor suas especificidades;
 Para pôr em prática todas as orientações, é indispensável que o professor conheça em
primeiro lugar o aluno na sua individualidade e interaja com a família, a fim de perceber e
buscar a melhor forma de aprendizagem.

7.3. Orientações sobre Situações Adversas


• Nos casos em que o aluno não tem acesso à internet, não tem o apoio efetivo dos
pais/responsáveis na execução das atividades impressas por motivos diversos, se recusa a
fazer as tarefas e a família não tem condições de ajudá-lo ou situações afins, recomenda-se
o agendamento de datas e horários de atendimento individual na própria escola, para que o
professor regente e/ou profissionais da educação especial auxiliem esse aluno na execução
das atividades, seguindo todos os protocolos de segurança e com o consentimento dos
responsáveis mediante termo de autorização por escrito para o atendimento presencial;
• Nos casos de alunos que se mudaram para a zona rural ou por algum motivo perderam o
contato, recomenda-se que seja feito o registro nas atividades desse aluno, constando a data,
as tentativas de contato e as circunstâncias das ocorrências. O registro é primordial para
resguardar e respaldar a escola nas tomadas de decisões;

7.4. Orientações aos Professores das Classes Hospitalares e Atendimento Pedagógico


Domiciliar
7.4.1. Classe Hospitalar
Denomina-se classe hospitalar o atendimento pedagógico-educacional que ocorre em
ambientes de tratamento de saúde, seja na circunstância de internação, como tradicionalmente
conhecida, seja na circunstância do atendimento em hospital-dia e hospital-semana ou em serviços
de atenção integral à saúde mental. Cumpre às classes hospitalares elaborar estratégias e orientações
para possibilitar o acompanhamento pedagógico-educacional do processo de desenvolvimento e
construção do conhecimento de crianças, jovens e adultos matriculados ou não nos sistemas de
ensino regular, no âmbito da educação básica e que encontram-se impossibilitados de frequentar a
escola, temporária ou permanentemente e, garantir a manutenção do vínculo com as escolas por
meio de um currículo flexibilizado e/ou adaptado, favorecendo seu ingresso, retorno ou adequada
integração ao seu grupo escolar correspondente, como parte do direito de atenção integral.
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Este atendimento educacional apresenta-se como fundamental, uma vez que oportuniza ao
aluno a participação em um sistema de ensino estruturado e contribui com os processos de
desenvolvimento e aprendizagem ao manter o vínculo com a realidade fora do ambiente familiar. O
professor torna-se o mediador em vários aspectos, pois, além de assegurar o desenvolvimento
intelectual, auxilia na apropriação dos conteúdos das disciplinas da série a qual o aluno pertence,
contribui para minimizar o estresse causado pela situação da doença, favorece a redução no período
de recuperação da saúde em virtude dos efeitos secundários benéficos que geram repercussões
emocionais positivas e oferece oportunidades educacionais planejadas articuladas ao currículo da
escola que o aluno está matriculado ou atividades lúdicas pedagógicas de acordo com sua faixa
etária ou nível de conhecimento que se encontra, visto que algumas crianças atendidas na classe
hospitalar ainda não tem vínculo com nenhuma escola, pois são crianças dos mais variados lugares,
cidades e estados diversos.

Nessa compreensão, durante o período de pandemia, as classes hospitalares estão


funcionando de forma presencial com agendamentos individuais duas vezes por semana, seguindo
todas as medidas de prevenção contra a Covid-19, e de forma não presencial para que alcance o
maior número de estudantes possíveis. Dessa forma, apoiado em uma concepção de currículo
flexível e/ou adaptado, o professor da classe hospitalar deve planejar suas ações com base nas
orientações a seguir:

1. Para o grupo de alunos da classe hospitalar sem vínculo com a escola:


 Identificar o quantitativo de pais/responsáveis que tem acesso a internet e aplicativos como
WhatsApp; e o quantitativo que não tem esses recursos;
 Organizar atividades pedagógicas, de acordo com a idade/série do aluno, e disponibilizá-las
aos responsáveis com as devidas orientações, por meio do WhatsApp, para o grupo que
possui esse recurso;
 Organizar atividades pedagógicas e disponibilizá-las em material impresso para os pais que
não possuem WhatsApp, para serem realizadas no hospital enquanto estiverem aguardando
seu atendimento de saúde, seja consulta e/ou exames como é o caso da Unidade de alta
complexidade do Acre - UNACON ou internados no caso do Hospital da Criança;
 Manter contato frequente com os pais, dando devolutiva das atividades e tirando dúvidas,
quando necessário;
 Registrar em relatórios todas as ações realizadas nesse período.
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2. Para o grupo de alunos da classe hospitalar matriculados na escola:


 Estabelecer contato com a escola e com o professor do atendimento pedagógico domiciliar
para que os recursos de aulas remotas disponibilizados aos demais alunos estejam
disponíveis também para o aluno da classe hospitalar;
 Definir com a família a melhor forma de acesso às atividades seja material impressa ou
online;
 Manter contato frequente com os pais, dando devolutiva das atividades e tirando dúvidas,
quando necessário;
 Registrar em relatório todas as ações realizadas nesse período.
Vale ressaltar que, devido a rotatividade de alunos que frequentam as classes hospitalares,
em idades e séries diferentes, alguns sem vínculo com a escola, outros matriculados nas mais
variadas unidades de ensino e as peculiaridades de cada um, o atendimento se torna um grande
desafio para o professor, pois a educação nessas classes tem como princípio o apoio personalizado,
onde se trabalha uma proposta pedagógica com as necessidades, por isso é essencial a variação de
atividades, de estratégias, de recursos, de metodologias utilizados tão somente para atender as
especificidades de cada aluno e oportunizar a aprendizagem em situações adversas.

7.4.2 Atendimento Pedagógico Domiciliar


O Atendimento Pedagógico Domiciliar é um serviço educacional especializado
desenvolvido na residência do aluno que não pode participar das aulas nos espaços escolares, por
tempo determinado pelo médico, por motivo de doença que impossibilita sua permanência e
frequência às aulas (BRASIL, 2002,P.13) Os alunos são matriculados nos sistemas de ensino e
recebem o atendimento educacional em sua residência tendo acesso ao currículo e o direito de
aprender e permanecer na escola.
Os alunos do Ensino Fundamental I são atendidos duas vezes por semana e Fundamental II
e Médio quatro vezes (ajustado de acordo com as possibilidades de cada aluno). Porém,
considerando o cenário atual sobre a necessidade de reorganizar as atividades acadêmicas por conta
de ações preventivas a propagação da COVID-19, os professores seguem com as mesmas
orientações dos professores da sala comum, tendo em vista que se trata de conteúdos curriculares
da escola. Estão encaminhando as atividades por diversos meios e canais como whatsapp, email,
aplicativos para aqueles que têm acesso a esse recurso e disponibilizando o material impresso para
aqueles que não têm acesso a internet. As atividades são as mesmas da sala comum, porém com
adequações para atender às necessidades específicas dos alunos e orientações para a família que tem
sido um agente colaborador neste processo, auxiliando os alunos na execução das tarefas e dando a
devolutiva desse trabalho através de vídeos e mensagens após a realização destas.
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8. AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM
A avaliação de aprendizagem deve ser considerada como um processo contínuo que deve
ocorrer em vários momentos da prática pedagógica. Nesse período de aulas não presenciais, o
professor deve registrar a participação, o interesse e desempenho do aluno nas atividades propostas,
considerando as habilidades, as potencialidades e as peculiaridades do momento em que vivemos.
A seguir selecionamos alguns trechos de documentos legais que podem nortear a escola em seus
procedimentos avaliativos:

“A avaliação é parte integrante e inseparável do processo de ensino e aprendizagem.


Desta forma, o projeto político pedagógico de uma escola inclusiva deve conceber a
avaliação como um processo contínuo, por meio do qual, as estratégias pedagógicas
são definidas, reorientadas ou aprimoradas, de acordo com as especificidades
educacionais dos estudantes. O processo de avaliação deve ser, assim, diversificado,
objetivando o aprendizado e não a classificação, retenção ou promoção dos
estudantes”. ( NOTA TÉCNICA Nº 06/2011/MEC/SEESP/DPEE)
“As escolas devem adotar procedimentos de avaliação acessíveis, seja em termo de
tempo ou de competências e habilidades, como: relatórios bimestrais com observações
individuais e coletivas, portfólios com anotações diárias, nos quais devem estar
contidas todas as observações e estratégias utilizadas com os estudantes durante a
execução das suas atividades entre outros instrumentos. Estes registros poderão
também colaborar expressivamente nos conselhos de classe, e nas decisões da equipe
escolar em relação as avaliações de desempenho do estudante.”(IN 001/2018,
SEE/AC, art. 25)
“Os órgãos federais, municipais e estaduais, ao aplicarem exames de avaliação
institucional ou de desempenho estudantil, devem assegurar as condições necessárias
para o pleno acesso e participação de estudantes com deficiência, considerando os
princípios da acessibilidade e possibilitando a todos condições de igualdade para a
realização desses processos (...) (NOTA TÉCNICA Nº 08/2011/MEC/SEESP/GAB)
“V – a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período
sobre os de eventuais provas finais.” (LDB 9394/96, art. 24)
Nesse contexto, os documentos legais supracitados, com destaque para a Lei de Diretrizes
e Bases da Educação, propõem que os aspectos qualitativos da avaliação prevaleçam sobre os
aspectos quantitativos, isso significa dizer que ao invés de atribuir notas de 0 a 10 baseadas em
índices de acertos e erros por meio de provas objetivas ou subjetivas, é possível utilizar também
outros instrumentos de avaliação que considerem e atendam as potencialidades e as especificidades
dos estudantes público-alvo da educação especial. Dentre os instrumentos avaliativos destacam-se:
 Realização de atividades propostas;
 Registro de observações com base nos objetivos traçados para o aluno;
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 Análise de produção escolar;


 Relatórios;
 Portifólios;
 Instrumento que registre a participação do aluno durante as aulas remotas em diferentes
momentos da prática pedagógica;
 Projetos, trabalhos de pesquisas ou outros meios que contribuam para o avanço na
aprendizagem;
 Atividades que valorizem as habilidades e potencialidades;
 Dentre outros instrumentos que o professor julgar pertinente, conforme as especificidades
de cada educando, que seja possível verificar qualitativamente os progressos alcançados.
O Professor deverá considerar também todos os avanços alcançados durante este percurso
no que se refere:
 Aos aspectos do desenvolvimento (biológico, emocional, comunicação, social, etc);
 A motivação;
 A capacidade de atenção;
 As novas estratégias que o aluno desenvolveu para solucionar e/ou superar determinados
desafios.
Nos casos em que os alunos não conseguem alcançar os objetivos, conteúdos e componentes
propostos na grade curricular, em decorrência de situações de dificuldades orgânicas associadas a
déficits permanentes que comprometem o funcionamento cognitivo, psíquico e sensorial, propõem-
se a realização de adequações significativas no currículo, indicando conteúdos curriculares de
caráter mais funcional e prático, que envolvem atividades relacionadas ao desenvolvimento de
habilidades básicas, à consciência de si, aos cuidados pessoais e de vida diária, ao treinamento
multissensorial, ao exercício da independência e ao relacionamento interpessoal, dentre outras
habilidades.
Esses currículos funcionais e ecológicos não levam em conta as aprendizagens acadêmicas
para aqueles alunos que, apesar de inúmeras tentativas propostas pela escola, não conseguiram
alcançar êxito devido as dificuldades impostas pela deficiência, pois trata-se de um currículo
elaborado para atender as reais necessidades do aluno em face de suas condições pessoais
identificadas. Nesses casos, é imprescindível para a elaboração e execução de uma proposta dessa
natureza, o trabalho colaborativo entre os profissionais comprometidos com a aprendizagem desse
aluno e a participação da família, além de um acompanhamento eficaz das práticas pedagógicas e
da avaliação de desempenho como forma de estimar os resultados, redimensionar o trabalho,
planejar e replanejar quantas vezes for necessário e garantir a participação e a aprendizagem desse
público na escola.
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9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A suspensão das aulas presenciais foi uma medida importante do governo do Estado do Acre
para colaborar no combate a essa pandemia, uma vez que o espaço da escola é um ambiente propício
para o vírus. Apesar da forma inesperada como tudo ocorreu, sendo necessário para todas as frentes
de trabalho o replanejamento de ações e estratégias que possam atender essa nova realidade, a
Divisão de Educação Especial continua em funcionamento com toda a equipe dos Centros/Núcleos
e de assessores pedagógicos a disposição da secretaria estadual de educação, das unidades de ensino
e das famílias para colaborar com a educação nesse período de enfrentamento de novos desafios.
Segundo a Declaração de Salamanca, "O princípio fundamental da escola inclusiva consiste
em que todas as pessoas devem aprender juntos, onde quer que isto seja possível, não importam
quais dificuldades ou diferenças elas possam ter. Escolas inclusivas precisam reconhecer e
responder às necessidades diversificadas de seus alunos, acomodando os diferentes estilos e ritmos
de aprendizagem e assegurando educação de qualidade para todos mediante currículos apropriados,
mudanças organizacionais, estratégias de ensino, uso de recursos e parcerias com suas
comunidades."
Compartilhamos do mesmo pensamento e estamos trabalhando para cumprir a missão de
garantir aos alunos público da educação especial o direito de ingressar, permanecer, participar e
aprender com qualidade e equidade em um ambiente educacional acolhedor e favorável, isento de
preconceito e discriminação, em um processo permanente de oferta do ensino e da aprendizagem,
assegurando que todas as ações promovam a inclusão, o respeito e a valorização das diferenças.
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10. ANEXOS
Anexo 1
Modelo de Termo de Responsabilidade e Consentimento para Aulas Presenciais

SECRETARIA DE ESTADO DE
EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTES
Diretoria de Ensino
Departamento de Modalidades Especiais
Divisão da Educação Especial

TERMO DE RESPONSABILIDADE E CONSENTIMENTO

Eu, ________________________________________________________, portador do CPF nº


___________________________________________responsável pelo estudante
_______________________________________, matriculado nesta instituição de ensino, na série
_____________, turma _____________, turno _____________, AUTORIZO, por livre escolha, o
atendimento pedagógico individual e presencial na escola por meio de agendamento prévio de data
e horário com o professor regente e/ou profissionais da educação especial para auxiliar meu filho(a)
nas atividades propostas. Declaro ciência de minha responsabilidade trazer e buscar o aluno no dia
e horário agendado e seguir todos os protocolos e orientações de segurança como o uso de máscara,
álcool em gel e distanciamento social durante a permanência no ambiente escolar.

Rio Branco-Ac, _____ de _____________ de 2020.

__________________________________________
Assinatura do Responsável
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Anexo 2 – Modelo sugestivo de ficha de acompanhamento


SECRETARIA DE ESTADO DE
EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTES
Diretoria de Ensino
Departamento de Modalidades Especiais
Divisão da Educação Especial

REGISTRO DE ACOMPANHAMENTO DO ALUNO


ESCOLA:__________________________________________________________________________MUNICÍPIO:_______________________________
ALUNO: ______________________________________________________________________________ ANO/SÉRIE: _______ TURMA:____________
PROFESSOR RESPONSÁVEL:__________________________________________________________________________________________________

DATA DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES COMO A ATIVIDADE REGISTRO COMPLEMENTAR ENTREGA DE ATIVIDADES
(envio e DISPONIBILIZADAS PARA O ALUNO NO FOI ENVIADA (livro (orientações sobre as atividades, (a família/responsável
recebimento) PERÍODO DE PANDEMIA didático, xerox, e-mail, possíveis dúvidas dos alunos, se recebe as atividades, dá
(atividades curriculares e complementares) WhatsApp - áudios ou há necessidade de atendimento devolutivas, mantém contato
vídeos, etc.) presencial, qual atendimento frequente, etc.)
especializado recebe, etc.)

MONITORAMENTO DE NOTAS BIMESTRAIS


BIMESTRE PORT. MAT. CIE. GEO HIS. ED. F. ... ... ... Rio Branco-Ac, _______ de __________________ de 2020.




FINAL

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