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FUNDAÇÃO ESCOLA DE GOVERNO – ENA


CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU ESPECIALIZAÇÃO EM
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA

SAMANTA ARIANE GRAMKOW

ADOÇÃO E USO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA NO ATENDIMENTO


EDUCACIONAL ESPECIALIZADO - AEE

FLORIANÓPOLIS
2022
SAMANTA ARIANE GRAMKOW

ADOÇÃO E USO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA NO ATENDIMENTO


EDUCACIONAL ESPECIALIZADO - AEE

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)


apresentado ao Curso de Pós-Graduação
Lato Sensu Especialização em Educação
Especial na Perspectiva Inclusiva da
Fundação Escola de Governo – ENA, como
requisito parcial para obtenção do título de
Especialista.
Orientador(a): Prof.(a) Ms. Ana Carolina
Rodrigues Savall.

FLORIANÓPOLIS
2022
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

G745a Gramkow, Samanta Ariane.


Adoção e uso da tecnologia assistiva no Atendimento
Educacional Especializado - AEE / Samanta Ariane Gramkow.
-- Florianópolis, 2022.
110 p.

Orientadora: Profª. Ma. Ana Carolina Rodrigues Savall.


Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização) -- Fundação
Escola de Governo – ENA, Curso de Pós-Graduação Lato
Sensu Especialização em Educação Especial na Perspectiva
Inclusiva, Florianópolis, 2022.

1. Educação especial - Santa Catarina. 2. Pessoas com


deficiência - Educação. 3. Deficiência intelectual. 4. Transtorno
do espectro autista. 5. Educação inclusiva. I. Savall, Profª. Ma.
Ana Carolina Rodrigues. II. Fundação Escola de Governo –
ENA. III. Título.

CDD 371.98164

Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Kelly Angélica M. Porto – CRB-14/1377


SAMANTA ARIANE GRAMKOW

ADOÇÃO E USO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA NO ATENDIMENTO


EDUCACIONAL ESPECIALIZADO - AEE

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)


apresentado ao Curso de Pós-Graduação
Lato Sensu Especialização em Educação
Especial na Perspectiva Inclusiva da
Fundação Escola de Governo – ENA, como
requisito parcial para obtenção do título de
Especialista.

BANCA EXAMINADORA

Orientador(a): Prof. Ms. Ana Carolina Rodrigues Savall.


Instituição: Fundação Catarinense de Educação Especial - FCEE

Membro da Banca: Prof. Ms. Priscila Murtinho Deud


Instituição: Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

Membro da Banca: Prof. Ms. Liliam Guimarães de Barcelos


Instituição: Fundação Catarinense de Educação Especial - FCEE

Florianópolis, 28 de novembro de 2022.


RESUMO

Com as novas leis visando garantir a inclusão da pessoa com deficiência na rede
regular de ensino, criou-se as salas de Atendimento Educacional Especializado –
AEE, tanto na rede regular quanto nos Centros de Atendimento Educacional
Especializados – CAESP, com o propósito de auxiliar os educandos e os professores
no processo de inclusão e permanência no ensino regular. A adoção e a utilização de
recursos de Tecnologia Assistiva nestas salas são fundamentais para favorecer a
inclusão de educandos com Deficiência Intelectual – DI e Transtorno do Espectro
Autista – TEA, uma vez que proporcionam ao estudante independência, autonomia e
inclusão escolar e social, ao permitir ou ampliar a funcionalidade nas atividades
escolares. Neste contexto, o método utilizado foi a pesquisa científica e a de campo,
sendo em duas etapas: a primeira retrospectiva, do tipo documental, referente ao
levantamento de dados a partir da análise dos documentos: Planejamento Pedagógico
de Turma e Relatório Pedagógico de Atendimento de Turma, dados a serem
elencados no formulário de planejamento de turma e uso da TA; e a segunda etapa
prospectiva, do tipo exploratória e de pesquisa de campo, relacionada ao
levantamento de informações a partir da aplicação de entrevista junto aos professores.
Ambas as etapas tiveram como objetivo avaliar se a Tecnologia Assistiva – TA estava
presente no planejamento e nos relatórios de atendimento e como era utilizada pelos
professores das turmas de Atendimento Educacional Especializado – AEE do CAESP
da cidade de Rio do Sul/SC. Através dos estudos realizados nos documentos
institucionais e na pesquisa de campo ficou evidente que a TA está presente no
cotidiano das salas de AEE, mas, não são descritas pelos professores em seus
planejamentos e relatórios de turma, permanecendo presente apenas na prática
diária.

Palavras-chave: Tecnologia Assistiva; Planejamento, Relatório, Atendimento


Educacional Especializado – AEE.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Nuvem de palavras referente aos 12 planejamentos analisados.


Figura 2 – Nuvem de palavras referentes aos 06 primeiros Relatórios Pedagógicos de
turma.
Figura 3 - Nuvem de palavras referentes aos 06 últimos Relatórios Pedagógicos de
turma.
4 – 1ª Entrevista: Nuvem de palavras retiradas da transcrição da entrevista gravada
em áudio.
Figura 5 - 2ª Entrevista: Nuvem de palavras retiradas da transcrição da entrevista
gravada em áudio.
Figura 6 - 3ª Entrevista: Nuvem de palavras retiradas da transcrição da entrevista
gravada em áudio.
Figura 7 - 4ª Entrevista: Nuvem de palavras retiradas da transcrição da entrevista
gravada em áudio.
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Contextualização do AEE/CAESP de Rio do Sul/SC


Tabela 2 – Descrição dos Planejamentos Pedagógicos de Turma
Tabela 3 – Análise dos Planejamentos de Turma
Tabela 4 – Identificação do Termo Tecnologia Assistida e similares nos planejamentos
e nos relatórios Pedagógicos de Turma
Tabela 5 – Descrição da análise dos questionários de USO da TA
Tabela 6 – Descrição das categorias analisadas no questionário de USO da TA
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

TA Tecnologia Asisistiva
DI Deficiência Intelectual
DM Deficiência Múltipla
AEE Atendimento Educacional Especializado
CAESP Centro de Atendimento Educacional Especializado
FCEE Fundação Catarinense de Educação Especial
TEA Transtorno do Espectro Autista
SAEDE Serviço de Atendimento Educacional Especializado
CIF Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e
Saúde
LBI Lei Brasileira de Inclusão
LDB Lei Brasileira e Bases da Educação Nacional
APAE Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...............................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.


1.1 PROBLEMA DE PESQUISA ......... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
1.2 OBJETIVOS ............................................ Erro! Indicador não definido.7
1.2.1 Objetivo Geral...........................................................................................17
1.2.2 Objetivos Específicos................................................................................17
2 JUSTIFICATIVA........................................................................................18
3 REVISÃO TEÓRICA.................................................................................22
3.1 Atendimento Educacional Especializado - AEE/CAESP.........................25
3.2 Planejamento Pedagógico de Turma.......................................................28
3.3 Relatório Pedagógico Atendimento de Turma..........................................28
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICO....................................................30
4.1 Instrumentação..........................................................................................32
4.1.1 Questionário..............................................................................................32
4.1.2 Entrevistas..................................................................................................33
5 CRONOGRAMA........................................................................................34
6 RESULTADOS..........................................................................................35
6.1 Estudo Retrospectivo.................................................................................36
6.1.1 Planejamentos Pedagógicos de Turma e a adoção da TA.......................36
6.1.2 Relatórios Pedagógicos de Atendimento de Turma e o USO da TA.........39
6.1.3 Análise dos Relatórios Pedagógicos de Turma referente ao USO da T....41
6.2 Estudo Prospectivo......................................................................................46
6.2.1 Questionário do USO da TA.......................................................................48
6.2.2 Análise das Entrevistas Gravadas em áudio..............................................49
6.3 Categorias Temáticas Identificadas.............................................................52
6.3.1 Sobre a (não) adoção nos Planejamentos e os uso da TA nos Atendimentos
dos AEE......................................................................................................................52
6.3.2 Sobre a necessidade de reconhecer e adotar a TA....................................53
6.3.3 Uso da TA nos atendimentos dos AEE.......................................................54
6.3.4 Confecção dos recursos para os atendimentos do AEE.............................56
6.3.5 Adaptação dos recursos pedagógicos adquiridos/ disponíveis...................56
7 CONCLUSÃO.............................................................................................58
8 REDERÊNCIAS..........................................................................................60
9 APÊNDICE.................................................................................................62
APÊNDICE A - Entrevistas Gravadas em áudio.........................................62
APÊNDICE B - Protocolo adaptado sugerido para facilitar a avaliação dos
alunos do AEE no CAESP..........................................................................................71
APÊNDICE C - Instrumento de Avaliação...............................................73
10 ANEXO......................................................................................................75
ANEXO A - Questionário sobre o USO da TA..........................................75
ANEXO B - Planejamentos Pedagógicos de Turma.................................78
ANEXO C - Relatório Pedagógicos de Turma...........................................88
15

1 INTRODUÇÃO

O processo de ensino e aprendizagem de alunos com deficiência


intelectual e TEA nas salas de AEE - Atendimento Educacional Especializado,
sempre foram postos como facilitadores no processo de aquisição dos
conhecimentos científicos, bem como as alternativas educacionais utilizadas.

Esta pesquisa irá apontar que um dos grandes facilitadores da


aprendizagem dos conteúdos acadêmicos é a adaptação dos conteúdos
curriculares através da Tecnologia Assistiva.

É certo que encontrar soluções na totalidade para tal problemática, é


algo desafiador e nem sempre é possível em curto prazo, contudo, mesmo
que esta pesquisa não venha apontar soluções em sua totalidade, poderá
proporcionar condições de conhecer melhor as adaptações ou reformulações
pedagógicas, favorecendo alternativas pedagógicas e metodológicas
diferenciadas que contemplem as diversidades encontradas em sala de aula
com o auxílio da Tecnologia Assistiva.

Este trabalho de pesquisa documental sobre a Tecnologia Assistiva e


a atuação dos professores das salas de AEE, perante a aprendizagem dos
alunos com diagnósticos de deficiência intelectual e TEA, irá auxiliar no
momento da escolha da Tecnologia Assistiva a serem utilizadas em sala de
aula, observando a necessidade de cada educando.

Trabalhar com as adaptações pedagógicas utilizando a Tecnologia


Assistiva, constitui um grande desafio para o professor, porque a cada passo
conquistado mostram tantos outros a serem percorridos, tal é a abrangência
e a complexidade do tema. Se faz necessário ensinar o professor a utilizar as
tecnologias no seu fazer pedagógico, como uma ferramenta que poderá
auxiliar no processo de transmissão dos conteúdos aos educandos.

Ensinar e aprender são processos abrangentes, complexos, individuais


e que precisam ser estruturados de acordo com a singularidade dos
educandos.

“Cabe à escola o papel de tornar acessível um conhecimento para


que possa ser transmitido. Conduto, isso não lhe confere a
16

característica de instância meramente reprodutora de conhecimento,


devemos recusar a imagem passiva da escola como receptáculo de
subprodutos culturais da sociedade. Ao contrário, devemos resgatar
e salientar o papel da escola como socializadora / produtora de
conhecimento. “Barreto 2002 p.73.

É importante compreender que muitas vezes o êxito no processo de


inclusão educacional de alunos com deficiência intelectual e TEA depende do
envolvimento, dedicação e comprometimento do professor com o aluno, mas
também de todo o sistema de educação, onde o educador deve ser uma
ferramenta facilitadora da aprendizagem.

Através do conhecimento e reconhecimento das dificuldades e


limitações dos alunos, podem-se criar condições para que eles possam
explorar seus conhecimentos, manipularem materiais e tecnologias
alternativas, que possam interagir com os colegas e principalmente resolver
situações problemas, minimizando seus problemas decorrentes da deficiência
intelectual e TEA. “analisar as práticas pedagógicas desenvolvidas em sala
de aula implica considerar as relações entre o arranjo espacial, os padrões de
interlocução e os recursos utilizados no ensino.” (BARRETO 2002 p.65).

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA

Esta pesquisa científica e de campo do tipo exploratória e de cunho


qualitativo e quantitativo visa identificar como a Tecnologia Assistiva está
sendo utilizada em sala de aula pelos professores das turmas de Atendimento
Educacional Especializado - AEE na promoção de minimizar ou mesmo
eliminar as barreiras à acessibilidade, desta forma assegurando condições de
igualdade e a permanência do aluno com deficiência na escola regular. É
importante destacar que as políticas de inclusão escolar têm fortalecido as
condições de acesso, permanência e progressão escolar com sucesso de
alunos com deficiência no ensino regular (CORRÊA, 2016).

Nesse contexto, a partir da análise dos documentos planejamentos


pedagógicos de turma e dos relatórios de atendimento de turma elaborados
17

pelos professores do AEE, buscou-se verificar se estes contemplam a adoção


e a utilização da Tecnologia Assistiva – TA, favorecendo aprendizagem dos
alunos com diagnóstico de Deficiência Intelectual e TEA.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral


Como os professores do Atendimento Educacional Especializado –
AEE do CAESP de Rio do Sul utilizam a Tecnologia Assistiva em seu
planejamento pedagógico e como as registram em seus relatórios de
atendimento.

1.2.2 Objetivos Específicos

- Analisar o documento institucional “Planejamento Pedagógico de


Turma” do CAESP de Rio do Sul e realizar entrevista junto aos professores para
verificar como utilizam a Tecnologia Assistiva como estratégias pedagógicas na
promoção da inclusão dos alunos com deficiência intelectual e TEA.
- Analisar o documento institucional “Relatório Pedagógico de
Atendimento de Turma” do CAESP de Rio do Sul e realizar entrevista para
verificar se utilizam a Tecnologia Assistiva como planejado e quais os
desfechos/benefícios verificados.
18

2 JUSTIFICATIVA

Desde muito tempo o Brasil vem narrando suas políticas de educação


especial, a garantia de direitos das pessoas com deficiência intelectual e TEA,
em especial na área da educação.

Em 2003 foi ofertado em nível nacional o AEE, fazendo parte do


Programa Educação Inclusiva, Direito à Diversidade do Governo Federal.
Esse programa tinha como objetivo tornar as escolas espaços educacionais
inclusivos (BRASIL, 2005), por meio da implantação de Salas de Recursos
Multifuncionais que tinham como objetivo apoiar os sistemas de ensino na
organização do atendimento especializado, assim, fortalecendo o processo
inclusivo educacional em classes comuns de ensino (BRASIL, 2007, p. 01) e
através desse programa, estados e municípios passaram a receber auxílios
técnicos e financeiros.

Em setembro de 2008 através do Decreto n. 6.571, definiu o AEE como


um conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos,
ofertados de forma complementar/suplementar a formação dos alunos no
ensino regular e tem como objetivo, garantir o acesso, permanência e
aprendizagem dos alunos da educação especial na rede comum de ensino
(BRASIL, 2008b).

Em 2006 o estado de Santa Catarina em consonância com a política


nacional de Educação Especial, publicou a Política de Educação Especial do
Estado de Santa Catarina, onde nomeou as salas multifuncionais como
SAEDE - Serviço de Atendimento Educacional Especializado, com o objetivo
de atendimento dos educandos com deficiências, condutas típicas e altas
habilidades matriculados na rede regular de ensino (SANTA CATARINA,
2006, online).

No CAESP – Centro de Atendimento Educacional Especializado de Rio


do Sul, as salas de SAEDE iniciaram em 2006 e prestavam atendimento
educacional para alunos matriculados na rede regular de ensino e
concomitantemente na instituição de educação especial. Esses atendimentos
ocorrem no contraturno da escola comum, com dois atendimentos semanais.
19

Esse Programa SAEDE orientou que as atividades desenvolvidas e os


recursos propostos não deveriam substituir o ensino comum e não tinham a
função de apoio pedagógico, mas sim, procedimentos mediadores do
processo de apropriação e produção de conhecimento. (SANTA CATARINA,
2009b p.13).

Os atendimentos no AEE – Atendimento Educacional Especializado do


CAESP de Rio do Sul são realizados duas vezes por semana, no período
oposto ao ensino regular. As atividades desenvolvidas no AEE não têm
caráter de ensino substitutivo, com intenção de substituir o ensino regular,
nem de reforço pedagógico. mas desenvolve atividades que complementam
ou suplementam a aprendizagem desses estudantes, por meio de métodos,
estratégias e recursos de acessibilidade que eliminem as barreiras de
aprendizagem, e que possam favorecer o acesso ao conhecimento no
ambiente escolar. (FCEE, 2021, p. 19)

Os alunos que estão matriculados e frequentando essas turmas no


CAESP de Rio do Sul, possuem diagnóstico de Deficiência Intelectual
Moderada e ou Múltiplas Deficiências e Transtorno do Espectro Autista Grave,
diferentemente dos AEE das escolas comuns que ofertam esse atendimento
para estudantes com Deficiências, Transtornos do Espectro Autista (TEA),
Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) e Altas
Habilidades/Superdotação (AH/SD). (FCEE, 2021, p. 11).

A Tecnologia Assistiva é um termo recente inserido na educação,


mesmo sendo utilizado a muito tempo na prática dos professores. Através
das TA foi possível proporcionar a muitas pessoas a inclusão escolar e social,
tornando a vida das pessoas mais fáceis.

Quando trazemos para a sala de aula as TA estamos enriquecendo o


nosso trabalho pedagógico, principalmente com os alunos da educação
especial que requerem adequações em vários segmentos, sejam
educacionais, estruturais e nas questões que facilitem suas atividades de vida
diária e prática. E por esses motivos e por muitos outros como locomoção e
acessibilidade, devemos conhecer as necessidades dos alunos e conhecer as
TA e saber como utilizá-las no dia a dia dos educandos.
20

Atualmente, o modelo biopsicossocial de deficiência, adotado pela Lei


Brasileira de Inclusão - LBI (BRASIL, 2015) a partir das contribuições da
Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde – CIF,
caracteriza a deficiência como impedimento na função ou na estrutura do
corpo, que resulta em um desvio significativo ou perda na capacidade de
realização das funções de uma pessoa.

Essas perdas estão ligadas aos componentes de funcionalidade,


incapacidade e fatores contextuais, podendo causar limitações permanentes
no indivíduo. Desta forma o impedimento ou as alterações nas estruturas e
funções da pessoa para a compreensão da deficiência podem ser as barreiras
à acessibilidade na realização das mais variadas atividades e participação nos
mais diversos espaços, serviços e sistemas oferecidos pela sociedade.

Ao considerar que a nossa sociedade é pensada para um público


padrão, onde todos os sujeitos são iguais entre si e não para a diversidade de
sua população como as pessoas com deficiência, a TA pode auxiliar a
minimizar ou mesmo eliminar as barreiras à acessibilidade, promovendo a
funcionalidade das pessoas com deficiência, de modo a assegurar as
condições de igualdade, ainda que equiparada, com as demais pessoas.

Nas salas de Atendimento Educacional Especializado – AEE, a


Tecnologia Assistiva é indicada como alternativa educacional. As adaptações
pedagógicas devem estar presentes em todo o processo de inclusão, desde
o planejamento das atividades, a escolha do recurso de TA e a aplicação do
recurso em sala de aula com o estudante com deficiência e desse modo
constituiu-se como estratégias assistiva por promover a funcionalidade
acadêmica do estudante com deficiência.

Trabalhar com as adaptações curriculares constitui grande desafio para


o professor, pois se faz necessário ensinar o professor a utilizar as tecnologias
no seu fazer pedagógico, como uma ferramenta que poderá auxiliá-lo no
processo de ensino e aprendizagem junto aos alunos. Ensinar e aprender são
processos abrangentes, complexos, individuais e que precisam ser
estruturados de acordo com a singularidade dos educandos:
21

“Cabe à escola o papel de tornar acessível um conhecimento para que


possa ser transmitido. Contudo, isso não lhe confere a característica
de instância meramente reprodutora de conhecimento, devemos
recusar a imagem passiva da escola como receptáculo de subprodutos
culturais da sociedade. Ao contrário, devemos resgatar e salientar o
papel da escola como socializadora/produtora de conhecimento.”
(BARRETO, 2002, p.73).

A partir da identificação das dificuldades e limitações, podem ser


criadas condições para que os alunos com deficiência possam explorar seus
conhecimentos, manipularem materiais e tecnologia alternativa, interagindo
com os colegas e, principalmente, para que possam resolver situações
problemas, minimizando as dificuldades decorrentes da deficiência intelectual
e TEA, diante de um processo que não é, em geral, pensado para os alunos.

Assim, proporcionar aos professores condições de conhecer melhor as


TA, favorecendo alternativas pedagógicas e metodológicas diferenciadas que
contemplem as diversidades encontradas em sala de aula, com o auxílio da
Tecnologia Assistiva na inclusão dos alunos com deficiência no ambiente
escolar.

Nesse contexto, esta pesquisa científica documental, exploratória e de


pesquisa de campo, foi desenvolvida sobre a adoção e no uso da Tecnologia
Assistiva pelos professores do Atendimento Educacional Especializado do
CAESP de Rio do Sul, a partir da análise dos planejamentos pedagógicos de
turma e dos relatórios de atendimento de turma elaborados pelos professores,
buscando verificar se estes contemplam a adoção e a utilização da TA
favorecendo a inclusão.

Desta forma, considerando o impacto da TA para promover a inclusão


escolar, questionou-se: os professores têm pensado e adotado a TA ao
realizar o planejamento de seus atendimentos? Eles a estão utilizando
durante os atendimentos?

Essas questões foram analisadas através dos documentos elaborados


pelos professores em sala de aula, bem como através das entrevistas
realizadas com estes docentes, durante o período de março de 2022 a outubro
de 2022. Os alunos não foram entrevistados, bem como não foram analisados
22

documentos individuais/nominais, somente documentos institucionais


relacionados à turma: planejamento e relatório de atendimento da turma.

3 REVISÃO TEÓRICA

Os educadores devem entender que, embora os objetivos educacionais


possam ser os mesmos para todos os alunos, os objetivos específicos de
aprendizagem podem precisar ser individualizados para serem adequados às
necessidades, às habilidades dos interesses e às competências singulares de
cada aluno (STAINBACK; STAINBACK, 1999).

O objetivo essencial do educador deve ser o de explorar as diferenças,


“deficiências”, dando oportunidade para experimentar e compreender a
diversidade dentro de uma sala de aula inclusiva. Segundo Pacheco (2007,
p.36) “é a consciência do fato de que todo ser humano tem necessidades
especiais que devem ser tratados adequadamente”, mas o professor deve
entender que o objetivo principal da docência é o de ensinar.

O processo de inclusão, vem caminhando em passos lentos. Todas as


crianças têm o direito de serem educadas em escolas regulares,
independentemente de suas deficiências ou de suas necessidades
educacionais especiais, conforme preconiza a Declaração de Salamanca: os
alunos com “necessidades educacionais especiais” devem ter acesso ao
ensino regular, o qual deve acomodá-las em uma pedagogia centrada na
criança capaz de atender às suas necessidades (UNESCO, 1995).

Porém, muitas práticas educativas ainda denotam olhares sobre os


“diferentes” alicerçados em oposições como normalidade/anormalidade,
completude/incompletude. Refletem homogeneização e naturalização das
diferenças mediante representações do que falta nos corpos, nas mentes, nas
linguagens (PACHECO, 2007).

A padronização do ensino regular foi criada para organizar a educação


básica, que vai da educação infantil ao ensino médio, onde foram
estabelecidas faixas etárias para os estudantes. Mas em especial no caso da
educação especial essa faixa etária dificulta o processo de escolarização dos
23

alunos com deficiência, pois muitos necessitam de mais tempo para se


alfabetizarem e acabam sendo excluídos das escolas regulares e
permanecendo apenas nas escolas especiais.

A partir na Lei Brasileira de Inclusão da pessoa com deficiência (LBI),


a sociedade, em especial a escola regular, começou a buscar alternativas
metodológicas, pedagógicas, adaptações físicas e curriculares que
possibilitassem condições de inclusão, participação e permanência do
educando no ensino regular. “É preferível cuidar de todas as necessidades
dentro da sala de aula comum” (Pacheco 2007 p. 40)

Segundo a LDB (1996), no artigo 5, inciso l, evidencia que os sistemas


de ensino assegurarão aos estudantes com deficiência, transtornos globais
do desenvolvimento, altas habilidades ou superdotação: “l – currículos,
métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para
atender às suas necessidades”. Por esse motivo os professores que
trabalham com esses alunos precisam observar e identificar as barreiras que
possam limitar ou impedir os estudantes de participarem do processo escolar
na rede regular, principalmente o processo de ensino e aprendizagem.

Devido a essa dificuldade, a TA veio para preencher esse espaço junto


às pessoas com deficiências, incapacidades e mobilidade reduzida,
promovendo melhor condição de vida.

No Brasil, além da terminologia Tecnologia Assistiva, também são


utilizados os termos: Ajuda Técnica e Tecnologia de Apoio, contudo, o Comitê
de Ajudas Técnicas (CAT) convencionou o uso do termo Tecnologia Assistiva
(BRASIL,2015; BRASIL,2009b), o qual é definido na Lei Brasileira de Inclusão,
como:

[...] uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que


engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e
serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à
atividade e participação de pessoas com deficiências, incapacidades
ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência,
qualidade de vida e inclusão social (BRASIL, 2007, p.03).

A escolha correta dos recursos assistivos, pode reduzir ou eliminar as


limitações de alunos com deficiências no processo de aprendizagem,
24

locomoção, auxiliando na permanência desse aluno na rede regular de


ensino.

Como o termo Tecnologia Assistiva foi inserido recentemente, ainda


abre diversas discussões referente a sua definição. “A TA consiste em uma
ciência e, como área de conhecimento, busca melhorar, otimizar e/ou
simplificar a execução de tarefas específicas por meio do uso de tecnologias
e de conhecimento adquirido, portanto, não se trata apenas de produtos,
embora os englobe, e sua terminologia é utilizada no singular, sendo incorreto
o uso “tecnologias assistivas” (SANTA CATARINA, 2020 p.124).

Considera-se a Tecnologia Assistiva com abrangência interdisciplinar,


porque os conhecimentos são advindos de diferentes áreas que se
complementam: Arquitetura, Engenharia, Design, Terapia Ocupacional,
Fonoaudiologia e outras. Neste contexto, conclui-se que a TA não é restrita a
produtos, mas engloba recursos, metodologias, estratégias, práticas e
serviços (SANTA CATARINA, 2020).

A partir do momento que a tecnologia promove a funcionalidade do


sujeito, ou seja, por meio dela ele consegue executar uma função,
desempenhar atividade de vida diária, ou promove a sua participação na
sociedade, propiciando a independência e a autonomia, pode-se considerá-la
uma Tecnologia Assistiva.

Finalmente, tem-se que a Tecnologia Assistiva é voltada não somente


às pessoas com deficiências, mas também àquelas que apresentam
incapacidade ou mobilidade reduzida, de forma temporária ou definitiva
(BRASIL, 2015; SANTA CATARINA, 2020).

Existem várias formas de classificar a TA. Na legislação brasileira são


encontradas a classificação de acordo com os tipos de ajudas técnicas,
dispostas no Decreto nº 3.298/1999, (Estabelece um conjunto de orientações
normativas que objetivam assegurar o pleno exercício dos direitos individuais
e sociais das pessoas portadoras de deficiência), e a classificação por áreas
macro, prevista na Portaria interministerial MF/MCTI/SDHN nº 604/2013
(BRASIL,1999; BRASIL 2013a). Esta última originou-se das diretrizes da
American With Disabilities Act (ADA) e consiste na classificação adotada pelo
25

Comitê de Ajudas Técnicas, pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação


e Comunicações (MCTC) em nível estadual, pela Fundação Catarinense de
Educação Especial – FCEE (BRASIL, 2013a; SANTA CATARINA, 2020).

Fundação Catarinense de Educação Especial - FCEE, além de adotar


as 12 categorias previstas no MCTC, também prevê a categoria escolar,
incluindo as atividades e os recursos pedagógicos, materiais e equipamentos
escolares que, na perspectiva da educação inclusiva, busca eliminar as
barreiras à acessibilidade, em especial as relacionadas às barreiras
pedagógicas e metodológicas (BRASIL, 2013b). As Áreas Macro são:

1 – Auxílios para a vida diária e vida prática;


2 – Comunicação Aumentativa e/ou Alternativa (CAA);
3 – Recurso de acessibilidade ao computador;
4 – Sistemas de controle de ambiente;
5 – Projetos arquitetônico para a acessibilidade residencial;
6 – Órteses e Próteses;
7 – Adequação Postural;
8 – Auxílios de mobilidade;
9 – Auxílios para qualificação da habilidade visual e recursos que ampliam a
informação a pessoa com baixa visão ou cegas;
10 – Auxílios para ampliação da habilidade auditiva e para autonomia na
comunicação de pessoas com déficit auditivo, surdez e surdocegueira;
11 - Adaptações em veículos e em ambientes de acesso a veículos;
12 – Esporte e lazer;
13 – Recursos Pedagógicos e Escolares.

3.1 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO – AEE/CAESP

Atualmente o CAESP de Rio do Sul, conta com quatro turmas de AEE


e com trinta educandos matriculados e frequentando a instituição. No CAESP
de Rio do Sul, os atendimentos nas salas de SAEDE iniciaram em 2006 e
prestavam atendimento educacional para alunos matriculados na rede regular
26

de ensino e concomitantemente na instituição de educação especial. Esses


atendimentos ocorrem no contraturno da escola comum, com dois
atendimentos semanais.

Esse programa de salas de atendimento educacional especializado,


orientou que as atividades desenvolvidas e os recursos propostos não
deveriam substituir o ensino comum e não tinham a função de apoio
pedagógico, mas sim, procedimentos mediadores do processo de apropriação
e produção de conhecimento. (SANTA CATARINA, 2009B p.13).

Ao analisar o documento das Diretrizes para o Atendimento


Educacional Especializado (AEE) na Rede Regular de Ensino de Santa
Catarina, verifica-se que foi elaborado devido às demandas da educação
especial na rede regular de ensino e foi desenvolvido pela Fundação
Catarinense de Educação Especial (FCEE). Neste sentido, esse atendimento
é ofertado na rede regular de ensino para alunos com deficiências, transtorno
do espectro autista - TEA, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade -
TDAH e altas habilidades/superdotação - AH/SD.

Conforme a Resolução CEE/SC nº. 100/2016, as atividades


desenvolvidas no AEE não têm caráter de ensino substitutivo, com intenção
de substituir o ensino regular, nem de reforço pedagógico. mas desenvolve
atividades que complementam ou suplementam a aprendizagem desses
estudantes, por meio de métodos, estratégias e recursos de acessibilidade
que eliminem as barreiras de aprendizagem, e que possam favorecer o
acesso ao conhecimento no ambiente escolar. (FCEE, 2021, p. 19)

Os alunos que estão matriculados e frequentando essas turmas de


AEE no CAESP de Rio do Sul, possuem idade entre 07 e 16 anos de idade,
com diagnóstico de Deficiência Intelectual moderada, grave e/ou múltiplas e
Transtorno do Espectro Autista Grave, diferentemente dos AEE das escolas
comuns que ofertam esse atendimento para estudantes com deficiência
intelectual, transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno do Déficit de
Atenção/hiperatividade (TDAH) e Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD).
(FCEE, 2021, p. 11).
27

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Rio do Sul, APAE


de Rio do Sul, é uma associação civil, beneficente, sem fins lucrativos, com
atuação nas áreas de Assistência Social, Educação e Saúde. Tem como
objetivo promover a melhoria da qualidade de vida das pessoas com
deficiência intelectual, múltipla, atraso global do desenvolvimento e transtorno
do espectro autista.

A APAE de Rio do Sul foi fundada em 16 de outubro de 1966 e está


sediada na Avenida 7 de setembro, nº 467, Jardim América - Rio do Sul, com
uma área total de aproximadamente 17 mil metros quadrados. Atualmente, o
CAESP/APAE atende 348 alunos com deficiência, dos municípios de Rio do
Sul, Agronômica, Aurora, Laurentino, Lontras, Presidente Nereu e Rio do
Oeste.

Tem como proposta o desenvolvimento físico, psíquico, intelectual e


social dos atendidos, inseridos nas seguintes modalidades: Estimulação
Precoce (E.P.), Serviço Pedagógico Específico (SPE), Atendimento
Educacional Especializado (AEE), Serviço de Convivência, Serviço de
Atendimento Específico/Transtorno do Espectro Autista (SAE/TEA), Serviço
de Atendimento Específico (SAE) e Programa de Atividades Laborais
(PROAL).

A equipe multidisciplinar do CAESP de Rio do Sul é formada por:


equipe administrativa: direção, assessores e secretários; equipe
multidisciplinar: diretora pedagógica, assistentes sociais, psicólogas,
fonoaudiólogas, fisioterapeutas, médicos pediatra e neurologista; corpo
docente: direção e apoio pedagógico, professores e equipe de apoio.

Atualmente, o AEE/CAESP de Rio do Sul/SC atende 30 alunos com


diagnóstico de Deficiência Intelectual - DI e Transtorno do Espectro Autista -
TEA, matriculados em quatro turmas (2 turmas no período matutino e 2 turmas
no período vespertino), que são atendidos na sala 43 com 28 metros
quadrados.

Os atendimentos pedagógicos ocorrem duas vezes por semana no


contraturno da escola regular. Devido ao transporte escolar disponibilizado
28

pela instituição, os alunos permanecem em atendimento em torno de quatro


horas diárias e não apenas o tempo indicado nas diretrizes.

3.2 PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO DE TURMA

O Planejamento Pedagógico de Turma é um documento organizado


pelos professores do AEE no CAESP de Rio do SUL, que se refere à
organização das atividades que serão executadas em sala de aula, sendo um
conjunto de propostas e metodologias educacionais com a finalidade de
proporcionar o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos com
deficiências.

Para o professor, esse planejamento é fundamental, pois facilitará a


ação pedagógica. O professor precisa conhecer seus alunos, suas
características e dificuldades individuais que deverão ser atendidas em seus
planejamentos pedagógicos.

“Planejar a prática significa ter uma ideia clara dos objetivos que
queremos alcançar com ela. Significa ter um conhecimento das
condições em que vamos atuar, dos instrumentos e dos meios de que
dispomos, planejar a prática significa também saber com quem
contamos para executá-la. (PAULO FREIRE, 1982, p.47).

Pode-se concluir que o principal objetivo do planejamento pedagógico


é organizar os processos e as atividades escolares. O planejamento
pedagógico deve conter o conteúdo, os objetivos, metodologia que será
utilizada e avaliação pedagógica.

“O planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a


previsão das atividades didáticas em termos da sua organização e
coordenação em face dos objetivos propostos, quanto a sua revisão
e adequação no decorrer do processo de ensino. O planejamento é
um meio para se programar as ações docentes, mas é também um
momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado à avaliação."
(LIBÂNEO, 2001, p. 221).

Quando o planejamento é bem realizado, facilita a prática dos


professores, sendo um guia, tornando-se uma ótima ferramenta,
principalmente para os alunos que estão no processo de inclusão educacional
29

e social que necessitam de adequações, tanto nos conteúdos, como na


metodologia e recursos pedagógicos utilizados.

3.3 RELATÓRIO PEDAGÓGICO DE ATENDIMENTO DE TURMA

O relatório pedagógico de turma é uma ferramenta que possibilita o


professor avaliar o desempenho do aluno em sala de aula. Através desse
documento, o professor pode acompanhar a aprendizagem de seus alunos,
observando seus progressos e as dificuldades apresentadas. A partir da
análise da aprendizagem, o professor pode reavaliar seu planejamento
pedagógico, realizando adaptações metodológicas quando necessário.

As professoras do AEE do CAESP, avaliam seus planejamentos


pedagógicos de sala, através dos relatórios pedagógicos de atendimentos,
observado e analisando se os objetivos constantes nos planejamentos
pedagógicos quinzenais ou mensais foram alcançados, se houve a
necessidade de adaptações nos recursos apresentados e apontam
alternativas pedagógicas, metodológicas e principalmente adaptações nos
recursos de TA utilizadas na execução no planejamento pedagógico.

Esses relatórios de atendimento de turma também são utilizados como


documento fundamental nas avaliações semestrais dos alunos, já que as
avaliações pedagógicas no CAESP não são através de notas, como no ensino
regular, mas, através de relatórios pedagógicos descritivos. Nestes relatórios
estão presentes o desenvolvimento da aprendizagem, desenvolvimento
motor, socialização, entre outros pontos importantes a serem mencionados.

Através dos relatórios de turmas, os professores podem identificar


falhas em seus planejamentos, sendo necessário reavaliar e readaptá-los
para diferentes grupos em sala de aula.
30

4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Esta pesquisa científica caracterizou-se por ser de cunho


retrospectivo e prospectivo, desta forma, foi realizada em duas etapas, uma
vez que objetivou avaliar a utilização da TA nos planejamentos e relatórios de
turma nas salas de AEE por meio de análise documental e de entrevistas com
os docentes.

A primeira etapa, retrospectiva, foi conduzida por meio de estudo


do tipo documental, onde foram levantados dados referentes à adoção e ao
uso da Tecnologia Assistiva nos atendimentos realizados no AEE do CAESP
de Rio do Sul/SC, a partir da análise dos documentos institucionais
“Planejamento Pedagógico de Turma” e “Relatório Pedagógico de
Atendimento de Turma”, os quais são elaborados quinzenalmente pelos
professores. Esses dados foram elencados em um formulário e nele não
houve a identificação dos participantes, somente os dados levantados
mediante a análise dos referidos documentos.

A segunda etapa, prospectiva, foi conduzida por meio de estudo


do tipo exploratório de pesquisa de campo, onde foram aplicadas entrevistas
quinzenalmente junto aos professores que participaram desta pesquisa
científica, visando verificar se adotavam no planejamento de seus
atendimentos a Tecnologia Assistiva como estratégias pedagógicas na
promoção da inclusão dos alunos com deficiência intelectual e TEA, se a
utilizavam nos atendimentos, como planejado e quais os desfechos/benefícios
identificados com o seu uso.

A caracterização qualiquantitativa advém da utilização conjunta da


pesquisa quantitativa, que objetivou a obtenção dos dados a partir de
questionários aplicados, com aquisições de informações, por meio de
entrevistas gravadas em áudio e analisadas conforme o conteúdo, de modo a
complementarem-se.

A metodologia descritiva foi empregada com a finalidade de


delinear as respostas em relação ao uso da TA na sala de aula do AEE,
31

procurando identificar a presença da Tecnologia Assistiva nos planejamentos


pedagógico de turma e nos relatórios pedagógicos de atendimento de turma,
bem como a comparação entre ambos, no período deste estudo.

Esta pesquisa foi submetida à apreciação pelo Comitê de Ética


em Pesquisas com Seres Humanos – CEPSH, da Universidade do Estado de
Santa Catarina - UDESC, e foi aprovada sob o nº 5.635.836.

A partir da aprovação da pesquisa no CEPSH, foram selecionadas


duas turmas de AEE aleatoriamente, por meio de sorteio, para a análise de
seus documentos e procedeu-se com o convite aos professores que atuavam
nas turmas sorteadas para compor este estudo, participando como
elaboradores dos documentos institucionais e como entrevistados.

Com a seleção das turmas, foram analisados os seguintes


documentos institucionais:

• Planejamento Pedagógico de Turma: neste documento são planejados


os atendimentos pedagógicos junto às turmas de AEE, que serão
executados durante um período de quinze dias ou mensais;
• Relatório Pedagógico de Atendimento de Turma: neste documento os
professores relatam como ocorreu a execução de seus planejamentos e
se os objetivos foram alcançados.

Os dados destes documentos foram levantados e elencados no


Formulário de Adoção e Uso da TA.

Os documentos analisados corresponderam ao período de março


a outubro de 2022. As entrevistas com os professores convidados e que
participaram desta etapa foram gravadas em áudio e ocorreram no período de
setembro e outubro de 2022.

Cabe salientar que o levantamento dos dados a partir dos documentos


institucionais e a aplicação das entrevistas foram condicionadas à assinatura
do Termo de Autorização Institucional pelo diretor administrativo da instituição
e também ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado pelos
profissionais que elaboraram os documentos que foram analisados nesta
pesquisa e também quando interessados em participar da etapa prospectiva
32

deste estudo, referente à entrevista. Considerando que as entrevistas foram


gravadas em áudio e transcritas posteriormente, a participação dos
professores nela também foi condicionada à assinatura do "Termo de
Consentimento para Fotografias, Vídeos e Gravações”.

Não houve a identificação dos participantes ou das turmas na


transcrição das entrevistas ou dos dados elencados no formulário e os dados
de ambas as turmas foram analisados em conjunto. Não houve a participação
de outros profissionais da instituição no desenvolvimento deste estudo.

As informações levantadas foram tratadas qualitativa e


quantitativamente. É importante ressaltar que os professores que elaboraram
os documentos das turmas e aceitarem participar das entrevistas não foram
identificados, seja nas transcrições das entrevistas ou mesmo nos dados
levantados a partir dos documentos institucionais, sendo a sua participação
anônima e confidencial.

Os dados coletados foram analisados, a partir de uma abordagem


quantitativa, por meio de estatística descritiva (frequência, média e desvio
padrão) e as informações obtidas nas entrevistas e gravadas em áudio foram
analisadas a partir de uma abordagem qualitativa, mediante Análise de
Conteúdo, gerando categorias temáticas, conforme Bardin (1985).

4. 1. INSTRUMENTAÇÃO

4.1.1. QUESTIONÁRIO

O questionário utilizado para mediar as perguntas durante as entrevistas


com as professoras de sala do AEE, foi elaborado pela pesquisadora
juntamente com sua orientadora diante da necessidade de padronizar o
instrumento utilizado para que possa ser analisado, referentes às respostas
das professoras participantes desse estudo.

O roteiro de perguntas sobre o “Questionário de Planejamento de Turma


e Uso da TA” de execução do planejamento foi realizado nas entrevistas
33

quinzenais com as professoras que trabalham nas turmas de AEE –


Atendimento Educacional Especializado selecionadas através de sorteio.

1 – Na atividade realizada, você utilizou a TA planejada? Se não utilizou, por


favor justifique?

2 – Você utilizou a TA conforme os objetivos estipulados no planejamento? Caso


não, com qual objetivo você a utilizou?

3 – A turma conseguiu utilizar a TA na Atividade? Caso não, qual foi a dificuldade


apresentada pela turma na utilização da TA?

4 - Qual a aceitação da turma com relação ao uso da TA na atividade?


5 – Quais os benefícios apresentados pela turma com a utilização da TA?

4.1.2. ENTREVISTAS

Os questionamentos foram realizados com as professoras do AEE


selecionadas por sorteio e as entrevistas foram gravadas em áudio e
posteriormente transcritas.

1. Neste planejamento quinzenal, você adotará alguma TA nas suas


atividades?

2. Qual o objetivo de uso da TA nas atividades?

3. A TA está pronta ou você irá confeccioná-la? Como será esse processo


de confecção desta TA: você irá confeccioná-la e entregará ela pronta
para os alunos ou a confecção será junto com eles?

4. O que você espera alcançar com a utilização dessa TA?

5. Caso o recurso já esteja pronto, você precisará adaptá-lo para a sua


realidade?

6. TA, tudo que envolve o ambiente escolar, alimentação, vestimenta,


utilizam alguma TA e se possuem alunos que necessitam de adaptações,
visto que na instituição não existe o profissional de TO?
34

5 CRONOGRAMA

MÊS/ETAPAS Abril Maio Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro


junho
julho
Escolha do tema X
Levantamento de X X X X
referencial teórico
Elaboração do X X X
Projeto
Coleta de X X
informações e
dados.
Análise de X X X
informações e
dados.
Redação do TCC X X X X
Revisão e redação X
final do TCC
Entrega do TCC X
para a banca
Defesa do TCC X
Entrega do relatório X
final para a
Plataforma Brasil
35

6 RESULTADOS

Esta pesquisa científica e de campo objetivou identificar a adoção e o


uso da Tecnologia Assistiva no Atendimento Educacional Especializado e,
para isso, foram realizadas duas etapas: uma com cunho retrospectivo e outra
prospectivo.

O estudo foi realizado no Centro de Atendimento Educacional


Especializado - CAESP da APAE de Rio do Sul/SC, onde foi feita a coleta de
dados.

Participaram dessa pesquisa 02 professoras que lecionam em 02


turmas de AEE que foram selecionadas por sorteio e que aceitaram participar.
As atividades elaboradas pelas professoras através dos Planejamento
Pedagógicos de Turma foram executadas por 15 alunos.

Tabela 1. Contextualização do AEE/CAESP de Rio do Sul/SC

Descrição f (%)

Centro de Atendimento Educacional Especializado


Número de alunos 30 (100%)
Número de alunos nas turmas pesquisadas 15 (50%)
Atendimento Educacional Especializado
Número de turmas 4 (100%)
Número de turmas participantes da pesquisa 2 (50%)
Número de professores 4 (100%)
Número de professores participante da pesquisa 2 (50%)
Número de estudantes 30 (100%)
Número de estudantes das turmas selecionadas 15(50%)

A seguir, serão apresentados os resultados, bem como o estudo em v


cada uma das etapas do estudo científico.
36

6.1 ESTUDO RETROSPECTIVO

Este estudo qualitativo, do tipo documental, buscou analisar


documentos institucionais com o objetivo de identificar a adoção e o uso da
TA como estratégia pedagógica na promoção da inclusão.

Foram selecionadas, aleatoriamente por meio de sorteio, duas entre as


quatro turmas de AEE para compor esta pesquisa.

Em relação às turmas participantes da pesquisa, foram analisados os


seguintes documentos: “Planejamento Pedagógico de Turma”, com o objetivo
de verificar se as professoras do AEE adotam a TA no planejamento de seus
atendimentos e “Relatório Pedagógico de Atendimento de Turma”, com o
intuito de averiguar se as respectivas professoras utilizaram, no atendimento
do AEE, algum produto, recurso ou estratégia assistiva.

6.1.1 Planejamento Pedagógico de Turma e a adoção da TA

Os Planejamentos Pedagógicos das turmas do AEE do CAESP de Rio


do Sul são elaborados pelas professoras de sala com o auxílio e supervisão
da equipe pedagógica. No início do ano letivo é elaborado o Planejamento
Pedagógico Anual, onde as professoras dos serviços organizam os conteúdos
que serão desenvolvidos durante o ano letivo. A escolha do tema que irá
organizar o trabalho docente é escolhido na semana de capacitação, que
acontece no início das aulas, juntamente com a direção pedagógica da
instituição. Cada serviço oferecido pelo CAESP escolhe seu tema de acordo
com as necessidades dos alunos.

As duas professoras do AEE pesquisado escolheram o tema “O Corpo


Humano” para o ano de 2022. Através desse planejamento anual, foram
realizados planos de aulas quinzenais ou mensais, onde foram adicionados
vários temas interligados, que abrangem diversos segmentos do
desenvolvimento global dos alunos. Esses planos de aulas articulam-se entre
si e entre o plano anual, por essa razão, muitos planos de aula são retomados,
37

reformulados e executados várias vezes durante o ano, inclusos em novos


planejamentos, uma sequência de atividades que favorecem o
desenvolvimento global dos alunos.

Esta pesquisa científica foi composta pela análise de 12 Planejamentos


Pedagógicos de Turma, elaborados e executados no período de março a
outubro de 2022, por 02 professoras das turmas selecionadas.

Pode-se observar que o referido planejamento é composto por:


identificação do professor e da turma, tema, tempo de aplicação, conteúdo a
serem desenvolvidos, objetivo geral, objetivos específicos, metodologia e
avaliação, conforme verificado no anexo B. Não há um tópico específico sobre
TA, contudo, ela pode ser descrita na metodologia.

Para não haver a identificação da professora ou da turma na pesquisa,


as informações deste documento institucional foram elencadas em outro
documento, criado pela autora e orientadora desta pesquisa, intitulado
“Formulário de Adoção e Uso da TA”, o qual encontra-se em Apêndice B.

A tabela a seguir dispõe sobre os temas e conteúdos planejados e


desenvolvidos nas salas de AEE, períodos e datas das execuções. Os
Planejamentos Pedagógicos de Turma e, posteriormente, os Relatórios de
Atendimento de Turma analisados foram:

Tabela 02. Descrição dos Planejamentos Pedagógicos de Turma

Nº Temas/Conteúdos desenvolvidos Períodos Relatórios de


Turma

Planejamento Anual 2022

01 Corpo Humano 23 a 29/03 23 a 29/03

02 Páscoa 29/03 a 18/04 29/03 a 13/04

03 Continuação Corpo humano/Tiradentes 19/04 a 29/04 19/04 a 29/04

04 Tamanhos/Grandezas/Dia das Mães 02 a 22/05 02/ a 06/05

05 Sentidos: Visão 23/05 a 03/06 23/05 a 03/06


38

06 Festas Juninas e suas características 06/06 a 01/07 06/06/ a 01/07

07 Estação: Inverno 11 a 15/07 11 a 15/07

08 Jogos Matemáticos/ Dia dos Pais 01 a 21/08 01 a 21/08

09 Personagens Folclóricos/ Jogos 22/08 a 02/09 22/08 a 02/09


Matemáticos

10 Semana da Pátria 05 a 09/09 05 a 09/09

11 Estação: Primavera 12 a 30/09 12 a 30/09

12 Semana das Crianças 03 a 14/10 03 a 14/10

Os Relatórios Pedagógicos de Turma são descritos na maioria dos


documentos analisados de forma diária pelas professoras nos cadernos de
Planejamento Pedagógicos de Turma. Iniciam no primeiro dia de execução e
são concluídos no final do período indicado.

Através dos dados levantados, pode-se perceber que a utilização da


terminologia Tecnologia Assistiva não está presente nos escritos dos
Planejamentos Pedagógicos realizados pelas professoras de sala. Na
metodologia, são descritos os materiais escolares que serão utilizados para a
realização das atividades, por exemplo, lápis de cor, tinta guache, entre
outros, contudo não há menção à Tecnologia Assistiva, produtos ou
estratégias assistivas que seriam utilizadas.

Tabela 03. Análise dos Planejamentos Pedagógicos de Turma

Descrição f (%)

Planejamento Pedagógico de Turma


Quantidade 12 (100%)
Número de conteúdos planejados 12 (100%)
Tópico específico de TA 0 (0%)
Menção aos termos TA, produto, recurso ou estratégias assistivas 0 (0%)
39

Este resultado pode ser verificado por meio da análise das informações
colhidas e disponibilizadas na nuvem de palavras, feitas a partir dos dados
elencados do Planejamento Pedagógico de Turma e no Formulário de Adoção
e Uso da TA.

Pode-se perceber, através da análise das palavras, que as professoras


escrevem seus planejamentos de acordo com as informações básicas que
contemplam um planejamento como; objetivos, conteúdos, metodologias,
mas não descrevem os materiais pedagógicos que serão utilizados, bem
como não mencionam qual TA, recurso ou possíveis adaptações que poderão
ser utilizadas na execução do planejamento com os alunos em sala de aula.

O termo “materiais” é utilizado para descrever os materiais


pedagógicos que serão utilizados como, lápis, lápis de cor, tinta, entre outros.

Figura 01: Nuvem de palavras referente aos 12 planejamentos analisados.

6.1.2 Relatório Pedagógico de Atendimento de Turma e o uso da TA

Os Relatórios de Atendimento Pedagógicos de Turma são realizados


durante e após a execução do atendimento planejado com os alunos, onde
foram analisados se os objetivos foram alcançados, se houve a necessidade
de adaptar as metodologias e recursos utilizados, principalmente, se a TA
utilizada auxiliou na aprendizagem dos alunos.
40

Analisando os Relatórios Pedagógicos de Turma, pode-se perceber


que a terminologia Tecnologia Assistiva também não aparece em seus
documentos, mas foi possível verificar em alguns relatórios o termo
“Recursos”, o qual identifica a utilização de estratégias desenvolvidas pelas
professoras.

Os materiais/recursos que foram confeccionados, criados, adaptados e


readaptados pelas professoras tem como objetivo fazer com que o aluno, com
mais dificuldades intelectuais e ou motoras, pudessem realizar as atividades
propostas, ficando evidente que, embora as professoras não sinalizem ou
mesmo percebam seus recursos como TA, pois ainda não possuem essa
compreensão, e que não os mencionam em seus planejamentos e relatórios,
elas utilizam a Tecnologia Assistiva na execução de seus planejamentos.

Tabela 04. Identificação do Termo Tecnologia Assistiva e similares nos


Planejamentos e nos Relatórios Pedagógicos de Turma:

Descrição f (%)

TA nos Planejamentos Pedagógicos 0 (0%)


TA nos Relatórios Pedagógicos 0 (0%)
Termos similares nos Planejamentos: 0 (0%)
Termos similares nos Relatórios: Recursos Pedagógicos 9 (75%)

Este resultado sugere que, embora a TA seja utilizada nos


atendimentos do AEE, ela não faz parte do planejamento e do relatório de
execução do mesmo, sinalizando para a importância de seu uso, já que esteve
presente em 75% dos relatórios. Contudo, denota o seu desconhecimento
enquanto Tecnologia Assistiva, sugerindo a importância de sua presença em
programas de graduação e formação continuada, principalmente por
favorecer condições de acesso, diante das barreiras sociais, as quais
compõem a deficiência, uma vez que só se entende a deficiência quando
compreendemos que há uma questão pessoal, relacionada à impedimentos
41

sensoriais, físicos e/ou cognitivos, em interação pessoais, que compõem as


barreiras à acessibilidade, à participação plena na sociedade.

Na prática de sala de aula, a TA é utilizada em vários momentos pelas


professoras, na confecção dos recursos, nas adaptações dos materiais
escolares, mas analisando os documentos institucionais escritos pelas
professoras das turmas de AEE, pode-se perceber a necessidade de
capacitação desses profissionais no que diz respeito à utilização e
identificação da TA na elaboração de seus planejamentos pedagógicos, pois
fica claro que faltam informações teóricas sobre o tema. Outra questão que
deve ser mencionada é a falta do profissional de Terapia Ocupacional (TO) na
instituição, pois esse profissional é fundamental no desenvolvimento de
Tecnologia Assistiva e pode auxiliar muito no trabalho pedagógico das
professoras, como elas mesmo relataram na primeira entrevista em áudio.

Elas não percebem a necessidade de descrever a TA nos documentos


institucionais, essa falta de relatos sobre as tecnologias que serão utilizadas
nas práticas pedagógicas deixam os documentos e relatórios incompletos.

É importante descrever nas metodologias os recursos, a Tecnologia


Assistiva que será utilizada, bem como descrever nos relatórios pedagógicos
de turma se a TA utilizada alcançou os objetivos traçados, dessa maneira o
trabalho docente se torna mais eficaz e transparente.

Podemos concluir que, mesmo que a TA esteja presente há muito


tempo à disposição da educação, ela ainda não é mencionada nos
planejamentos ou planos de aula. No CAESP, onde a maioria dos alunos
necessitam de alguma TA, ela não está presente nos documentos, apenas na
prática clínica e educacional.

6.1.3 Análise dos Relatórios Pedagógicos de Turma referente ao uso da TA

Os 12 Relatórios Pedagógicos de Turma escritos pelas professoras do


AEE foram digitados pela pesquisadora, pois estavam manuscritos no
caderno de planejamento. Houve essa necessidade da digitação no word para
42

averiguar a utilização do termo Tecnologia Assistida, através da nuvem de


palavras, que irá apontar se nos relatórios existe menção sobre os termos
pesquisados (TA).

Os documentos analisados são extensos, portanto, foram divididos em


dois grupos. Foram analisados os Relatórios Pedagógicos de Turma
inicialmente dos 06 primeiros documentos, referentes aos períodos de 22 de
março até 1º de julho. Posteriormente, no segundo grupo de documentos,
foram analisados os relatórios referentes aos períodos de 11 de julho até 14
de outubro de 2022. Os documentos estão transcritos na íntegra nos
apêndices.

Figura 02: Nuvem de palavras referente aos 06 primeiros Relatórios


Pedagógicos de Turma:

Figura 03: Nuvem de palavras referente aos últimos 06 Relatórios Pedagógicos


de Turma:
43

Pode-se perceber, através das nuvens, que o termo Tecnologia


Assistida (TA) não aparecem nos Relatórios Pedagógicos de Turma. Na
nuvem 01 aparecem termos similares como: instrumento, confecção,
materiais e adaptado. E na nuvem 02, que analisou os 06 últimos Relatórios
Pedagógicos de Turma também aparecem alguns termos similares como:
materiais e adaptação.

Esses termos similares como, adaptações, confecções e materiais que


aparecem nas nuvens de palavras, reforçam que a TA é utilizada em sala de
aula, mas não está presente na escrita dos relatórios.

Assim, a partir da análise dos Relatórios Pedagógicos de Turma, pode-


se verificar que, embora não componha o planejamento, as professoras fazem
uso da Tecnologia Assistiva, principalmente por meio de produtos e
estratégias assistivas.

Os produtos assistivos são recursos físicos que promovem a


funcionalidade dos estudantes com deficiência, possibilitando que realizem as
atividades pedagógicas sugeridas, ainda que de forma adaptada, como
verifica-se em: “[...] depois os alunos realizaram a atividade de escrever e
identificar as partes do corpo. “M” nos surpreendeu. Realizamos as
atividades por meio do alfabeto móvel. “F” conseguiu oralizar várias letras
e nomear as partes do corpo. [...]” (Relatório referente ao período de 22 a
29/03/2022).

Também verifica-se o uso da Tecnologia Assistiva no seguinte relato:


“[...] Segunda aula realizaram a atividade de alfabetização, onde os alunos
precisaram escrever a inicial de cada palavra e em seguida descobrir a frase
secreta. “G” necessitou de pouca ajuda, “J” tiveram pouca ajuda. “A” utilizou
material concreto. [...]” (Relatório referente ao período de 06/06 a
01/07/2022).

Isso se repete no relato abaixo: “[...] os demais alunos realizaram


sem auxílio. “N” realizou a atividade com o auxílio da prancha. [...]” (Relatório
referente ao período de 06/06 a 01/07/2022).
44

E também no relato a seguir: “[...] as atividades foram realizadas com


bastante mediação. Os alunos “J” e “A” conseguiram realizar sem auxílio. O
restante dos alunos necessitou de auxílio e a aluna “Y” necessitou de
estratégias para a realização, onde foi usado lápis para ela conseguir pegar
os pedaços de tecido com a ponta de lápis molhada na cola. [...]” (Relatório
referente ao período de 06/06 a 01/07/2022).

Por fim, identifica-se a adoção da Tecnologia Assistiva em: “[...] -


Realizaram sem auxílio. O aluno “D” realizou com adaptação, utilizando um
lápis com uma espuma na ponta [...]. (Relatório referente ao período de 12 a
30/09/2022).

Este último relato apresenta relevância pois aqui percebe-se que nem
toda a TA é pensada, elaborada e desenvolvida como TA. Por vezes, uma
tecnologia do nosso dia a dia, é adaptada para favorecer a funcionalidade e
permitir o acesso ao conhecimento e à participação nas atividades escolares
e, naquele momento, essa tecnologia torna-se uma Tecnologia Assistiva, ao
verificar-se possível a realização de uma atividade e/ou a participação social
pelo estudante com deficiência.

Por vezes, a própria atividade pedagógica é adaptada ou é elaborada


de forma a ser acessível e atender às necessidades e especificidades dos
estudantes com deficiência, sendo, portanto, um produto assistivo, como
identifica-se em: “[...] Realizaram jogos dirigidos e em grupo (Torre, bate bate
e números e quantidades). “K” e “K” realizaram jogo de quebra-cabeça com 4
peças, e necessitam de mediação. [...]” (Relatório referente ao período de 12
a 30/09/2022).

Contudo, o que mais se nota nos relatos das professoras, é a adoção


de estratégias assistivas, ou seja, estratégias utilizadas para promover a
realização de uma atividade e/ou a participação no ambiente educacional.
Essas estratégias podem envolver: apoio físico, apoio verbal, apoio visual,
adaptação das regras ou dos materiais das atividades pedagógicas.

Verifica-se isso em: “[...] realizou a atividade com auxílio de material


concreto e com as professoras fazendo o sons das iniciais, onde podemos
45

perceber que o aluno teve mais facilidade[...] (Relatório referente ao período


de 06/06 a 01/07).

Também podemos perceber o uso da TA nas atividades propostas em


sala, como mencionado: “[...] “R” apresenta dificuldade em pegar e segurar o
lápis. Após o lanche, realizamos atividade de estimulação sensorial visual,
com a lâmpada colorida[..]” (Relatório referente ao período de 06/06 a 01/07).

E se repete nas informações: “[...] A atividade consistiu em contornar o


perfil de um corpo com tinta guache. Cada aluno recebeu uma esponjinha
colocada na ponta de um lápis[...]” (Relatório referente ao período de 06/06
a 01/07).

Fica claro o uso de estratégias pedagógicas em: “[...] “A” utilizou


material concreto[...]” (Relatório referente ao período de 06/06 a 01/07).

As explicações das atividades, adaptando a forma de falar, também é


uma estratégia assistiva e podemos perceber nas falas abaixo: “[...] As
professoras explicaram sobre o inverno, onde foi realizado uma roda de
conversa, e instigado os alunos a falarem sobre o que entendem e sabem
sobre a estação [...]” (Relatório referente ao período de 11 a 15/07). ‘[...] Foi
realizada roda de conversa, onde os alunos foram instigados a participar[...]”
(Relatório referente ao período de 03 a 14/10).

Identifica-se através dos registros das entrevistas que é utilizado


estratégias assistivas que facilitam a compreensão e o desenvolvimento das
atividades pelos alunos. Que estas estratégias são desenvolvidas durante a
aplicação da atividade e conforme a necessidade são adaptadas conforme a
necessidade do grupo ou de acordo com a necessidade individual de cada
aluno.

Em várias situações, é evidente a dificuldade em realizar a atividade


proposta, contudo, não fica claro se são utilizados recursos assistivos e, se
adotados, não são especificados quais foram usados.

Pode-se constatar isso em: “[...] Alguns dos alunos necessitam de


auxílio, pois apresentaram dificuldade de coord. motora ampla. [...]” (Relatório
referente ao período de 29/03 a 13/04/2022).
46

Esses relatos também acontecem em: “[...] Os alunos deste dia


necessitam de muita mediação. Necessitando muito do empenho e dedicação
para a permanência de sentar e atividades que desenvolvam concentração.
[...]” (Relatório referente ao período de 19 a 29/04/2022).

E em: “[...] Apresenta dificuldade em pegar o lápis. [...]”. (Relatório


referente ao período de 06/06 a 01/07/2022), demonstrando a necessidade da
adoção e uso de recursos assistivos.

Por fim, também relatam o uso de adaptações, mas não descrevem


qual e como se deu esse uso:“[...] O restante necessitou de auxílio e
adaptação, onde foram mostradas as cores e a imagem de cada elemento.
[...]” (Relatório referente ao período de 05/09 a 09/09/2022).

6.2 Estudo Prospectivo

Este estudo qualitativo, do tipo exploratório, objetivou entrevistar as


professoras do AEE, quinzenalmente, a partir da aprovação desta pesquisa
no Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, que ocorreu em
setembro de 2022.

Nestas entrevistas buscou-se levantar informações sobre a quinzena


de atendimentos executados e o planejamento de atendimento da quinzena
seguinte, contrapondo o que as professoras almejam com aquilo que elas
descrevem no planejamento e no relatório de atendimentos, buscando
identificar se há adoção e como é feito o uso da TA como estratégia
pedagógica na promoção da inclusão, a partir de entrevistas.

As professoras que redigiram os documentos analisados na etapa


retrospectiva deste estudo foram convidadas a participar desta segunda etapa
e ambas aceitaram. A participação foi condicionada, desta vez, à assinatura
do Termo de Consentimento de Gravação, Áudio e Vídeo, uma vez que foi
solicitada autorização para gravar as entrevistas.

Foram realizadas 04 entrevistas, mediadas por instrumento


semiestruturado intitulado “Questionário de Planejamento de Turma e Uso da
47

TA”, gravadas em áudio no aplicativo Gravador do celular da pesquisadora,


baixadas para o computador da pesquisadora e apagadas do celular, que
posteriormente foram transcritas pela pesquisadora em word para a
realização da Análise de Conteúdo.

Assim, considerando que a TA não é mencionada nos Planejamentos


de Atendimento de Turma ou nos Relatórios Pedagógicos de Atendimento de
Turma, objetivou-se averiguar se os respectivos professores utilizaram, nos
atendimentos do AEE, algum produto, recurso ou estratégia assistiva como
Recursos Pedagógicos adaptados ou acessíveis, Comunicação Aumentativa
e/ou Alternativa ou Tecnologia Assistiva que promova a funcionalidade, em
termos de atividade e participação, dos estudantes com deficiência no AEE
de forma a assegurar a independência, a autonomia, a qualidade de vida, a
inclusão e, principalmente, o acesso ao conteúdo acadêmico.

As entrevistas ocorrem nas seguintes datas: 06/09, 20/09, 06/10 e


14/10/22. Nas transcrições das entrevistas gravadas em áudio, pode-se
verificar que aparece o uso da TA em todas as 04 entrevistas.

Nos relatos das professoras fica claro que realizam muitas atividades
que, por serem confeccionadas considerando as especificidades dos
estudantes com deficiência ou serem adaptadas para eles, são TA, mas não
as descrevem em seus planejamentos e relatórios, conforme o relato das
professoras “[...] [naquele primeiro momento de planejamento a gente não
descreve é quais são as ferramentas de TA que a gente vai usar, que nem a
gente falou ontem, porém quando a gente vai descrever as atividades que
foram feitas elas são descritas lá, mas não os materiais, é específico que
serão usados de TA “[...]”.(referente a 1º entrevista em 06/09).

Verificou-se nas entrevistas que a maioria dos materiais


confeccionados em sala são feitos pelas professoras, de acordo com a
necessidade individual de cada aluno. [...]Sim, de acordo com a necessidade,
também da aplicação ali no momento sim. A gente adapta […] (referente a 1º
entrevista em 06/09).
48

6.2.1 Questionário do Uso da TA

A finalidade de analisar as respostas obtidas através dos questionários


sobre o Uso da TA foi categorizar como as professoras avaliam seus
planejamentos, em relação ao planejamento, objetivos, aceitação e benefícios
de se utilizar a TA.

Tabela 05: Descrição da análise dos questionários de Uso da TA.

Questionário 01(13/09):
● Foi planejado de acordo com a TA que seria utilizada, mas não descrevem
no planejamento pedagógico de turma;
● A mesma TA foi utilizada em vários dias para efetivar a sua utilização;
● Aceitação positiva, utilizaram como brincadeiras e de forma lúdica;
● Benefícios, compreensão para a realização das atividades propostas.

Questionário 02 (27/09):
● Foi utilizado a TA, mas não apareceu no planejamento pedagógico de turma;
● A TA favoreceu alguns alunos com baixa funcionalidade ou dificuldade
motora;
● Utilizaram a TA e conseguiram realizar a atividade conforme a necessidade
de cada aluno;
● A aceitação da TA foi satisfatória, foi de forma natural;
● Os benefícios com o uso da TA foram a execução das atividades propostas.

Questionário 03 (18/10):
● Foi utilizado a TA, mas não apareceu no planejamento de pedagógico de
turma;
● Não estava formalizado no planejamento pedagógico, mas utilizado durante
as atividades, conforme a necessidade de cada aluno;
● Os alunos conseguiram utilizar a TA;
● A aceitação da TA foi boa, foram utilizadas de forma lúdica.
● Benefícios em realizar as atividades com entusiasmo.

Em todos os questionários, as respostas referentes às categorias foram


analisadas de maneira quantitativa, os questionários que foram aplicados
junto as professoras e analisados constam no anexo A.
49

Tabela 06: Descrição das categorias analisada no questionário Uso da TA:

Descrição Quantidade f (%)

TA não aparece no planejamento 03 3/3 (100%)

Objetivos alcançados com TA 03 3/3 (100%)

Aceitação da TA pelos alunos 03 3/3 (100%)

Benefícios do USO da TA 03 3/3 (100%)

Neste estudo, foram apresentados os resultados referentes às


categorizações apontadas através dos questionários de Uso da TA. Desta
forma, é concluso que a TA está presente nas práticas pedagógicas, que
favorecem o alcance dos objetivos traçados nos planejamentos, embora não
constam por escrito em seus planejamentos. O processo de aceitação da TA
pelos alunos é nítido, pois através do uso da TA a maioria dos alunos
conseguem realizar as atividades propostas.

Na categoria benefícios da TA, podemos mencionar a compreensão e


a realização das atividades pelos alunos com entusiasmo, conseguindo
compreender e realizar as atividades propostas em sala de aula.

6.2.2 Análise das Entrevistas Gravadas em áudio:

As entrevistas gravadas em áudio foram realizadas com as professoras


que trabalham no AEE. A primeira entrevista foi realizada no dia 06 de
setembro e a última no dia 14 de outubro, foi utilizado um questionário de Uso
da TA, bem como demais perguntas pertinentes aos temas desenvolvidos em
sala de aula.

Na primeira entrevista percebemos que as professoras ainda


apresentam dificuldades em identificar a Tecnologia Assistiva em seus
planejamentos, utilizam a TA nas adaptações pedagógicas, nos
recursos/materiais elaborados e confeccionados para auxiliar os alunos na
realização das atividades, principalmente para alunos que apresentam
50

maiores limitações motoras e que necessitam auxílio constantes nas


atividades pedagógicas e de vida prática. Para as professoras inicialmente a
Tecnologia Assistiva era apenas as adquiridas prontas, ou, adaptações feitas
em materiais concretos utilizados em sala de aula. Após esse primeiro
momento, perceberam que a TA é utilizada em vários momentos e em vários
lugares e não apenas em sala de aula.

Analisando as transcrições dos áudios das quatro entrevistas gravadas,


utilizando o recurso ``wordArt'', foi possível perceber que a “TA” aparece nas
falas das professoras, bem como as palavras “Planejamento”, “Atividade”,
“Recursos”, “Materiais”, porque fazem na execução de seus planejamentos,
mas o termo TA/Tecnologia Assistiva não aparece no documento escrito.
Segundo os relatos das professoras isso ocorreu por não terem a
compreensão da necessidade de mencionar qual TA seria utilizada no
desenvolvimento das atividades, pois fica evidente seu uso nas questões
práticas na sala de aula.

Com o decorrer do processo de pesquisa, podemos perceber que nas


entrevistas gravadas em áudio, em especial na entrevista 04 o entendimento
sobre a TA e a sua utilização em sala de aula fica mais clara e as professoras
as descreveram com mais intensidade, conforme a demonstração através das
nuvens de palavras.

Figura 04: 1º Entrevista: Nuvem de palavras retiradas da transcrição da


entrevista gravada em áudio.
51

Figura 05: 2ª Entrevista: Nuvem de palavras retiradas da transcrição da


entrevista gravada em áudio.

Figura 06: 3ª Entrevista: Nuvem de palavras retiradas da transcrição da


entrevista gravada em áudio.
52

Figura 07: 4ª Entrevista: Nuvem de palavras retiradas da transcrição da


entrevista gravada em áudio.

6.3 Categorias Temáticas Identificadas

6.3.1 Sobre a (não) adoção nos Planejamentos e o uso da TA nos atendimentos


do AEE

Percebe-se que inicialmente as professoras não tinham a


compreensão sobre a uso da TA em seus planejamentos conforme o relato:
“[...] naquele primeiro momento de planejamento a gente não descreve, é,
quais são as ferramentas de TA que a gente vai usar [...], porém quando a
gente vai descrever as atividades que foram feitas, elas são descritas lá, mas
não os materiais, é, específico que serão usados de TA. [...]” (Entrevista 1).

E segue: “[...] E quando a gente faz o planejamento… é uma… alguns


dias antes a gente já fala: “vamos fazer aquela atividade lá, vamos usar aquele
material lá, vamos fazer né, há aquele recurso”, então a gente já coloca entre
a gente, assim, é a prática que às vezes não corresponde com aquilo, né, no
sentido de planejamento, mas nas execuções sim, aparece com certeza. [...]”
(entrevista 1).
53

Ainda relatam que apresentam dificuldade em alcançar todos os


objetivos traçados: “[...] e que total não, não alcança, [...] quando é um
planejamento bem feito, bem elaborado, bem pensado, depois ele é bem
executado. [...]” (Entrevista 1).

E segue com o reconhecimento que a TA estava sempre presente,


mas não estabelecem essas relações entre o planejamento e o fazer
pedagógico: “[...] E é interessante essa correlação, acho que a gente
estabeleceu entre o planejar, a atuação e o relatório. [...] a gente fazia o
planejamento, a gente pensava ele, mas a gente não pensava nas
ferramentas de TA que a gente iria usar, “não, a gente vai fazer, aquela
atividade, dessa forma!”, mas interiorizado só pra nós, e, aí, a gente percebeu
na hora, ela tem que estar presente no planejamento e, i, não que a gente não
fazia, mas era inconsciente. [...]” (Entrevista 4).

6.3.2 Sobre a necessidade de reconhecer e adotar a TA

Conforme as explicações sobre o que são TA e como são utilizadas em


sala de aula para as professoras do AEE do CAESP de Rio do Sul, podemos
perceber as mudanças na percepção e reconhecimento da TA como uma
ferramenta de auxílio, sendo fundamental na realização das atividades pelos
alunos com deficiência, como relato da fala da professora: “[...] participaram,
né, totalmente da atividade, e nesse caso todos eles precisaram de auxílio,
nenhum conseguiu fazer, então a gente viu que precisam da TA. [...]”
(entrevista 4).

Também podemos perceber que através dos relatos a baixo percebe-


se as mudanças sem suas concepções do que faziam e como a partir de agora
reconhecem o uso de metodologias e estratégias assistivas no cotidiano
escola: “[...] só que a gente não está percebendo aonde que está usando,
entendeu, né?! E é muito forte, a gente acaba usando em todos os lugares,
qualquer coisa que tá fazendo, adaptando com a aluno, então é uma TA. Mas
a gente fica focado em sala de aula, o que a gente está fazendo aqui dentro,
o pedagógico. [...]” (entrevista 1).
54

E segue na compreensão que a TA é tudo que favorece o


desenvolvimento e que facilita a aprendizagem dos alunos: “[...] Com certeza,
a gente, na maioria das vezes, é, agimos por impulso, fazíamos mas não
entendamos que aquilo que estávamos usando era uma Tecnologia Assistiva,
[...] então isso aí que ampliou muito nossa olhar, assim, né, a gente explicou,
eu estava em dúvida, isso é uma TA ou não, então percebi que, na maioria
das vezes que a gente trabalha em sala de aula nas atividades propostas, a
gente usa muito, todas as vezes que gente usa a TA, mas, agora, de um modo
que a gente consegue visualizar essa TA, antes a gente fazia, como eu disse,
mais por impulso ou é com menos consciência que a gente tava fazendo. [...]”
(Entrevista 4).

O entendimento que a TA é muito mais do que apenas as TA prontas,


o modo de explicar faz a diferença, como relatado nas falas abaixo. “[...] Até
é uma dúvida que eu tenho, u, (na atividade) no direito das crianças, ali a
gente fez um quebra-cabeça e a gente acabou, é, explicando de forma, de
uma forma bem simples, acho que isso também entra na TA, né?! O tipo de
explicação [...]. A gente explicou de uma forma mais simples, acessível na
linguagem deles, pra que estivessem entendendo o que é proteção, são, né,
na minha, no meu entendimento, isso também é uma TA. [...]” (entrevista 4).

Segue no entendimento do que é a TA: “[...] ampliou essa nossa


compreensão, né, da maneira como a gente utiliza e, com certeza, é,
intensificou muito, né, o nosso trabalho com eles através da, da compreensão,
né, facilitou muito, até nossos relatórios, acho que ajudou e só vai trazer
benefícios para nós e pros alunos [...].” (entrevista 4).

6.3.3 Uso da TA nos atendimentos do AEE

Sobre a utilização da TA nos atendimentos, verifica-se: “[...]. Sim, com


certeza, (recursos de TA) aparecem em todas as nossas atividades. [...]”
(entrevista 1).
55

Sobre o primeiro contato dos alunos com a TA: “[...] é aquela coisa de
brincar, de pensar para brincar: “é o que, como é professora”, a criança não
brinca para se divertir, ela brinca para aprender, mas nesse primeiro momento
eles pegam para brincar. [...]” (entrevista 1).

Através dos relatos das professoras pode-se verificar a utilização da TA


nas adaptações de materiais pedagógicos como: “[...] Tem uma específica,
que foi usado com dois alunos, que é a atividade que a gente planejou, foi de
pintar o dedo e eles fazerem a atividade e, com dois alunos específicos, a
gente usou um lápis, um recurso, com um lápis e, na ponta, com espuma para
que eles pudessem pegar, né, não tem essa mobilidade de membros
superiores, e eles conseguiram com o lápis segurar e completar a atividade,
então esse recurso foi bem viável nessa atividade. [...]” (entrevista 2).

E, verifica-se, que conforme a necessidade dos alunos essas


adaptações são acrescentadas durante a atividade, como relatado em: “[...]
os elementos, a gente foi assim acrescentando, né, porque cada atividade era
diferenciada, né, [...] então o uso das tecnologias assistivas também, porque
os alunos que tem a dificuldade de pegar né, tipo, o pincel, alguma coisa, a
gente usou outro recurso, né [...] a gente usou muita TA [...]” (entrevista 2).

E a utilização da TA nas atividades facilita a execução das atividades


conforme a relata as professoras em: “[...] E as atividades, se tornaram mais
fáceis com o material concreto (TA)? Sim, sempre, sem dúvida! [...]”
(entrevista 2).

O uso da TA é realizado nas atividades pedagógicas, mas também nas


Atividades de Vida Prática, como relatam as professoras nas seguintes falas:
“[...] aquela coisa de tá auxiliando ele, de estar tentando adaptar, é alguma
coisa que faça, que ele se alimente sozinho, a gente já está conseguindo
alguns passos que a gente já deu com ele, então, até na hora da alimentação,
acho que a gente tá usando TA, sim e com todos [...]” (entrevista 1). “[...] até
os calçados, de colocá o próprio calçado, a gente faz muito isso aqui, mas que
eles façam sozinho, a gente usa bastante (TA) sim, fora do ambiente
pedagógico, muitas vezes a gente acaba fazendo essa parte que a gente tem
conhecimento do que fazer, não talvez fazer o correto, mas a gente adapta do
56

jeito que a gente pode pra pegar o público que está precisando dessas coisas
aí. [...]” (entrevista 1).

6.3.4 Confecção da TA para os atendimentos do AEE

Em geral, a TA não é adquirida, mas é confeccionada pelas


professoras, com recursos de baixo custo: “Quase não (são compradas), aqui
na sala todas são confeccionadas. [...], mas a maioria é confeccionada por
nós com material reciclado de tudo que a gente guarda [...]” (entrevista 1).

Os recursos pedagógicos acessíveis são, em geral, confeccionados


juntamente com os alunos: “[...] então eles confeccionaram um binóculo [...]
então eles mesmos, normalmente são eles mesmos que confeccionam. [...]”
(entrevista 1).

6.3.5 Adaptação dos recursos pedagógicos adquiridos/disponíveis

Pode-se perceber que muitos materiais pedagógicos são adaptados


pelas professoras: “[...] Sim, de acordo com a necessidade, também da
aplicação ali no momento, sim! [...]” (entrevista 1). “[...] A gente adapta, o que
quer dizer, (recursos pedagógicos) prontos [...], então a gente tem muito isso,
de aproveitar bem para as atividades. [...] (entrevista 1).

Verifica-se que as atividades recebem graus de dificuldades, conforme


a necessidade observada pelas professoras: “[...] a gente foi levando a
atividade, modificando ela, dando grau de dificuldade um pouquinho maior [...]
e assim a gente foi progredindo [...], mas a gente sempre foi seguir, pra que
eles conseguissem chegar no nível e que muitos alcançaram o nível máximo
[...]” (entrevista 1).
57

6.3.6 Estratégias Assistivas

Em muitos relatos, são identificadas as dificuldades dos estudantes


com deficiência, como em: “[...] a maioria é com auxílio total ou parcial [...]”, o
que evidencia a necessidade do uso da TA, que pode ser por meio de
produtos físicos ou mesmo mediante a adoção de estratégias que promoverão
a participação nas atividades e o acesso ao conhecimento acadêmico, como
verificado em: “ [...] A maioria conseguiu sim, com intervenção, né, com
auxílio, a maioria com auxílio, mas todos conseguiram fazer, todos fizeram.
[...]” (ambos os relatos são da entrevista 2).

Verifica-se que os alunos apresentam muitas dificuldades, pode-se


perceber essas dificuldades nas falas das professoras na entrevista, relatam
a necessidade de mediar e auxiliar os alunos na execução das atividades
propostas: “[...] então, na dobradura a gente teve que mostrar, a gente teve
que auxiliar e a mediar, ali, na maioria dos casos mediar totalmente [...] é
bastante dificuldade para eles. [...]” (entrevista 4).

E segue nos relatos: “[...] a atividade era de uma forma, ela acabou
saindo de outra forma, porque, pra poder o manuseio ter mais facilidade. [...]
Hara, então na dobradura a gente teve que mostrar, a gente teve que auxiliar
e a mediar, ali, na maioria dos casos mediar totalmente [...] é bastante
dificuldade para eles. [...]” (entrevista 4).
58

7. CONCLUSÃO

Esta pesquisa científica e de campo analisou a adoção e o uso da


Tecnologia Assistiva por professores de um AEE, neste caso o CAESP de Rio
do Sul/SC, em duas etapas: a primeira etapa retrospectiva, por meio de
pesquisa documental, e a segunda etapa prospectiva, por meio de pesquisa
exploratória.

Na primeira etapa, elencou-se informações através da análise dos


documentos institucionais, Planejamento Pedagógico de Turma e Relatório
Pedagógico de Atendimento de Turma, elaborados e executados no período
de março a outubro de 2022, pelas respectivas professoras das turmas
selecionadas aleatoriamente por meio de sorteio.

Já a segunda etapa foi realizada por meio de entrevistas e aplicação


do Questionário de Planejamento e Uso da TA com as professoras, que
aceitaram participar dela, e foi composta por quatro encontros transcritos e
avaliados por meio da Análise de Conteúdo de Bardin (1985).

Ficou evidente que no planejamento dos atendimentos ainda não é


utilizado o termo TA para os materiais utilizados, não mencionam o recurso
que será utilizado para a execução da atividade, os materiais que serão
utilizados, bem como as adaptações que poderiam ser realizadas, bem como
não o mencionam no relatório de atendimento, embora utilizem o termo similar
“Recursos”, que designam as confecções e adaptações nos materiais
pedagógicos ou de vida prática. Por sua vez, durante as entrevistas, as
professoras relataram os materiais que utilizaram, a confecção dos recursos,
as adaptações. Mas que realmente essas informações não constavam em
seus planejamentos.

A falta de informações sobre a utilização da TA nos Planejamento


Pedagógicos de Turma, ocorre devido à falta de informações teóricas, pois as
professoras conhecem a TA, confeccionam e adaptam materiais
constantemente em sala de aula, mas não sabem como introduzi-las em seus
planejamentos. A falta de capacitação pedagógica na área da tecnologia e a
59

falta de uma Terapeuta Ocupacional (TO) na instituição dificulta esse


processo de perceber a TA no dia a dia da sala de aula.

Se faz necessário a contratação desse profissional (Terapeuta


Ocupacional) na instituição especializada (CAESP) para orientar os
professores. Que os profissionais da educação recebam cursos de
capacitação pedagógica na área de tecnologias, oficinas de materiais
pedagógicos, cursos sobre planejamentos pedagógicos e sobre currículo
funcional natural.

Foram encontradas várias lacunas em relação à falta de registro nos


planejamentos pedagógicos e nos relatórios de atendimento de turma em
relação a utilização da TA, como a falta de informações sobre seu uso, mas
que são encontradas nas entrevistas com as professoras.

É importante salientar a necessidade criação de um instrumento de


avaliação, que facilite os relatórios pedagógicos. Utilizamos como base um
protocolo desenvolvido pela FCEE e que foi adaptado pelas professoras no
AEE junto com a pesquisadora e orientadora que poderá ser utilizado para
avaliação da execução dos planejamentos e nos relatórios pedagógicos de
turma, mas esse protocolo pode ser adaptado para a realidade do CAESP,
em especial para facilitar a avaliação pedagógica dos alunos do AEE.
(Apêndice C).

A educação especial, em especial a oferecida pelo CAESP de Rio do


Sul, precisa ofertar qualidade de vida para seus alunos, independentemente
da idade. Em relação aos alunos das turmas do AEE, que foram o objeto de
estudo desta pesquisa, é necessário que a tecnologia seja um recurso de
inclusão educacional e social, onde o aluno possa desenvolver suas
habilidades acadêmicas e sociais.
60

8. REFERÊNCIAS

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1985. [Trad. Luís
Antero Reto e Augusto Pinheiro], 2004.

BARRETO, R.G. Formação de professores, tecnologias e linguagens:


mapeando novos e velhos (des)encontros. São Paulo: Loyola, 2002.

BERSCH, R.C.R.; PELOSI, M, B, Portal de Ajudas Técnicas para educação:


equipamentos e material pedagógico para educação, capacidade e recreação
da pessoa com deficiência física: tecnologia assistiva: recursos de
acessibilidade ao computador II. Brasília, DF:ABPEE; MEC; SEESP,2006.
Disponível em: http://mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/ajudas_tec.pdf.Acesso
em: 22fev.2020.

BRASIL. Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Tecnologia Assistiva,


[S./.]:MMFDH, 2009b. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-
2014/2011/|Decreto/D7612.htm. Acesso em: 20fv. 2020.

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental, Parâmetros Curriculares


Nacionais: Adaptações Curriculares / Secretaria de Educação Especial.
Brasília: MEC/SEF/SEESP, 1999; PROGRAMA PEDAGÓGICO, Estado de
Santa Catarina, Secretaria de Estado de Educação, Fundação Catarinense de
Educação Especial. São José. Dezembro, 2007.

CORRÊA, Nesdete Mesquita Rodrigues, Ana Paula Neves. Tecnologia


Assistiva no atendimento Educacional Especializado (AEE) de estudantes com
deficiência. Revista Linhas. Florianópolis, v.17,n.35,p.87 -101, set./dez.2016.
http://dx.doi.org/10.5965/1984723817352016087
FREIRE, P. – A importância do ato de ler em três artigos que se completam.
Editora Autores Associados. Cortez Editora. São Paulo, 1982.

LIBÂNIO, J.C. Didática. São Paulo: Cortez, 2008.


ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Classificação Internacional de
Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. OMS - OPAS e Editora da Universidade
de São Paulo, p. 238, 2003.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Como usar a CIF: Um manual prático


para o uso da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e
Saúde (CIF). Versão preliminar para discussão. Genebra: OMS, outubro de
2013.
PACHECO, José: Caminhos para a inclusão: um guia para o aprimoramento da
equipe escolar. Porto Alegre: Artmed, 2007; SANTA CATARINA, FUNDAÇÃO
CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL (FCEE), Diretrizes dos Centros de
atendimento Educacional Especializado em educação Especial/Fundação
Catarinense de Educação Especial (FCEE), - São José/SC: FCEE,2020.
61

STAINBACK, Susan; STAINBACK, Willian. Inclusão: Um guia para educadores.


Porto Alegre: Artmed, 1999.

https://educadordofuturo.com.br/gestao-escolar/planejamento-pedagogico/
https://tutormundi.com/blog/relatorio-escolar/
Santa Catarina, Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE).
Diretrizes para o atendimento educacional especializado (AEE) na rede regular
de ensino de Santa Catarina [livro eletrônico]/Fundação Catarinense de
Educação Especial (FCEE). - São José/SC:FCEE,2021
62

9. APÊNDICES

APÊNDECE A: ENTREVISTAS GRAVADAS EM ÁUDIO

Entrevista transcrita 01 (06/09/2022):

Entrevistador: No planejamento anual, vocês já pensam em adotar a TA? E


quais serão utilizadas?

Professores: No planejamento sim, mas que nem a gente falou, é esse


planejamento, naquele primeiro momento de planejamento a gente não descreve
é quais são as ferramentas de TA que a gente vai usar, que nem a gente falou
ontem, porém quando a gente vai descrever as atividades que foram feitas elas
são descritas lá, mas não os materiais, é específico que serão usados de TA.
Por exemplo o que a gente usou, é de grandezas, a gente não colocou lá o que
seriam esses materiais de TA de grandezas, só falou que iríamos usar atividades
de grandezas, exato, é, só aquele recurso de grandeza, mas o que é essa TA,
então nesse momento a gente não descreve a parte que iria utilizar. Sim mesmo
sem descrever a TA, sendo assim, considerar a necessidade de cada um
também né, E quando a gente faz o planejamento é uma alguns dias antes a
gente já fala, vamos fazer aquela atividade lá, vamos usar aquele material lá,
vamos fazer né, há aquele recurso, então a gente já coloca entre a gente, assim,
é a prática que às vezes não corresponde com aquilo, né, no sentido de
planejamento, mas nas execuções sim, aparece com certeza.

Entrevistador: Quando vocês escolhem a TA, já tem um objetivo específico?

Professores: Sim, com certeza, aparecem em todas as nossas atividades.

Entrevistador: A TA é confeccionada? Compradas prontas? E quais os


materiais que vocês mais utilizam?

Professores: Quase não, aqui na sala todas são confeccionadas, ou tipo assim,
a coordenação fornece muita coisa, tipo que ela tem lá, as vezes né, isso aqui é
um recurso bom pra vocês usarem né, então, mas a maioria é confeccionada por
63

nós com material reciclado de tudo que a gente guarda, coisas acessíveis que é
de conhecimento prático dos alunos.

Entrevistador: Os alunos ajudam na confecção desses materiais?

Professores: Sim, nós fizemos até, pode citar um exemplo? Nós fizemos um
planejamento sobre visão, então eles confeccionaram um binóculo, com é
rolinhos de papel higiênico, com cores diferentes, então eles mesmos,
normalmente são eles mesmos que confeccionam.

Entrevistador: Qual é a reação dos alunos quando vocês entregam a TA para


eles?

Professores: Eu acho que no início, na maioria das vezes é aquela coisa de


brincar de pensar para brincar e o que como é “professora”, a criança não brinca
para de divertir, ela brinca para aprender, mas nesse primeiro momento eles
pegam para brincar.

Entrevistador: Será que vocês conseguem alcançar todos os objetivos


traçados no planejamento com a TA?

Professores: Não, acho que sempre, “ai eu sou a que mais falo, não mas fala,
eu te ajudo falo demais’ (comentário entre as professoras), eu acho que sim, e
que total não, não alcança, mas por que assim, a importância do planejamento
é essa coisa poder ter um segmento que posso alcançar o que a gente quer,
utilizando a TA ou não, mas na maioria das vezes a gente alcança sim, quando
é um planejamento bem feito, bem elaborado, bem pensado, depois ele é bem
executado.

Entrevistador: Há momentos que vocês precisam adaptar esses recursos que


já estão prontos?

Professores: Sim, de acordo com a necessidade, também da aplicação ali no


momento sim. A gente adapta o que quer dizer prontos no sentido que a
coordenação tem lá e pensa na gente, porque ela sabe que aqui a gente utiliza
64

bastante, pensei no AEE e vou levar lá, porque eu sei (coordenação) que elas
vão usar, então a gente tem muito isso, de aproveitar bem pra as atividades.

Entrevistador: Quanto tempo vocês utilizam a mesma TA?

Professores: É, nesta questão ali das grandezas ali a gente utilizou ela
pensando na tua, atividade que tu pediu para gente, sim a gente pensou naquilo,
mas a gente foi levando a atividade, modificando ela, dando grau de dificuldade
um pouquinho maior, voltando aquela primeira vez que colocou a primeira TA e
fomos tentando, voltando e assim a gente foi progredindo, regredindo, mas a
gente sempre foi seguir, pra que eles conseguissem chegar no nível e que muitos
alcançaram o nível máximo do TA aqui. Então aqui eles começaram, iniciaram,
mas não conseguiram fazer, a gente teve outros que foram e conseguiram.
Interessante que vai remetendo para a realidade, foi ampliando as dificuldades,
saindo da zona de conforto, e chegando na realidade, para eles identificarem na
realidade deles, né, o grande, o pequeno, maior e menor.

Entrevistador: Vocês utilizam alguma TA para auxiliar os alunos nas atividades


de alimentação, vestimenta e higiene?

Professores: É um processo tudo que a gente faz, acho que sim, a gente tipo lá
na hora que tá todo mundo, na refeição, acho que a gente tem esse cuidado e
me veio agora “aluno” aquela coisa de tá auxiliando ele, de estar tentando
adaptar é alguma coisa que faça que ele se alimente sozinho, a gente já está
conseguindo alguns passos que a gente já deu com “ele”, então até na hora da
alimentação, acho que a gente tá usando TA, sim e com todos com a “aluna” tem
aquela dificuldade né comer, é de sujar, em todos os ambientes conseguimos
trabalhar isso, é pegar menos, tipo assim menos, mais. Eu vou fazer uma
colocação agora e que a TA normalmente a gente acha que que nem ela falou é
tudo que engloba, tão focado que a TA é as coisas pedagógicas que às vezes a
gente está fazendo tanta coisa lá fora, no refeitório, no parque com a TA também
que a gente está focado em sala de aula e isso é né, me veio agora assim, que
a gente, a TA vocês usam a TA, se não tivesse essa primeira conversa assim,
não a gente não está usando, só que a gente não está percebendo aonde que
está usando, entendeu né. E é muito forte, a gente acaba usando em todos os
65

lugares qualquer coisa que está fazendo, adaptando com a aluno, então é uma
TA. Mas a gente fica focado em sala de aula, o que a gente está fazendo aqui
dentro o pedagógico.

Entrevistador: Se tivesse uma TO na escola, esse processo seria mais fácil?

Professores: Nossa, muito essa questão até os calçados, de coloca o próprio


calçado, a gente faz muito isso aqui, mas que eles façam sozinho, a gente usa
bastante sim, fora do ambiente pedagógico, muitas vezes a gente acaba fazendo
essa parte que a gente tem conhecimento do que fazer, não talvez fazer o
correto, mas a gente adapta do jeito que a gente pode pra pegar o público que
está precisando dessas coisas ai. E agora a gente vai ficar mais atentas as TA,
na hora do recreio, no parque, na nossa aplicação total, do conjunto inteiro,
escrito no planejamento as TA.

Entrevista transcrita 02 (20/09/2022):

Entrevistador: Esse planejamento foi de 30 dias, com dois temas, os objetivos


traçados foram alcançados?
Professores: Alguns foram, é temos alunos que não conseguiram o objetivo que
a gente colocou pra eles, a gente não teve no primeiro planejamento, porém a
gente teve no segundo planejamento, que foi é uma atividade onde a gente fez
com que pelo menos o “aluno” não fez a primeira atividade sem riscar, no
segundo planejamento que a gente fez é pelo menos o lápis ele já riscou, ele já
pegou as bolinhas que agente tinha para fazer a atividade de coordenação
motora, ele não teve movimento de pinça, mas ele teve, pegar ele rasgou, então
né, no primeiro não, mas no segundo a gente conseguiu com que ele fizesse
isso. A maioria conseguiu sim, com intervenção né, com auxilio, a maioria com
auxílio, mas todos conseguiram fazer, todos fizeram.
Entrevistador: Que materiais dentro da TA, vocês usaram para realizar essas
atividades?
Professores: Tem uma específica, que foi usado com dois alunos, que é a
atividade que a gente planejou, foi de pintar o dedo e eles fazerem a atividade e
com dois alunos específicos a gente usou um lápis, um recurso, com um lápis e
66

na ponta com espuma para que eles pudessem pegar né, não tem essa
mobilidade de membros superiores, e eles conseguiram com o lápis segurar e
completar a atividade, então esse recurso foi bem viável nessa atividade.
Entrevistador: Foi realizado com os alunos uma antecipação das atividades que
seriam realizadas?
Professores: Sim, sim, a gente conversa sobre ná, explica o que vai ser feito,
tem os que absorvem, os que menos né, mas todos têm essa consciência, e
ainda acaba tendo uma roda de conversa né, porque ontem a “professora”
explicou a atividade para eles, eu estava fazendo outra coisa e daí e eles acabam
tendo uma roda de conversas antes, porque daquela explicação, eles já
começam a perguntar e foi bem interessante, assim.
Entrevistador: Foi necessário fazer outras adaptações com os recursos
utilizados?
Professores: É, tipo aqueles que não identificam as cores por exemplo da
Bandeira né, a gente tinha programado um, no caso deles pintarem, ai como eles
não não tem o conhecimento das cores, não observam limites, a gente fez, pintou
um lado de uma bandeira com tinta né, com ajuda e dobrando a folha, se formou
a bandeira, no caso né, a gente assim, então eles conseguiram identificar o
verde, amarelo, azul né, não sei explicar o lugar por exemplo. E participaram
dessa atividade 29 alunos.

Entrevista transcrita 03 (06/10/2022):

Entrevistador: Com relação ao objetivo geral e aos objetivos específicos


referentes ao planejamento da primavera, vocês conseguiram alcançar esses
objetivos com os alunos?

Professoras: sim, conseguimos sim.

Entrevistador: Foi realizada uma conversa inicial com os alunos sobre o tema?
As atividades que seriam realizadas? Recursos? Como foi essa conversa?
Como os alunos executaram essas atividades?

Professoras: É de primeiro momento a gente apresentou que que o tema seroa


primavera, é e agente teve a uma conversa com eles, uma roda de conversas
67

para saber o que eles entendiam sobre primavera, nessa sentido e no decorrer
das atividades a gente ia explicando conforme iam vindo as atividades, né, a
gente não colocou pra eles tudo que seria feito nesse planejamento, mas a gente
colocou e conforme o dia que a gente tava fazendo atividade o que nós faríamos
na naquele dia.

Entrevistador: E que materiais vocês utilizaram?

Professoras: os elementos a gente foi assim acrescentando né, porque cada


atividade era diferenciada né então, a gente usou materiais, que você perguntou,
usamos tinta né, então o uso das tecnologias assistivas também, porque que os
alunos que tem a dificuldade de pegar né, tipo, o pincel, alguma coisa a gente
usou outro recurso né, foi mais com tinta, colagem, também, a gente até
comentou que a gente nesse planejamento até falamos agora, a gente usou
muita TA, porque nós usamos garfo, que para poder fazer algum tipo de atividade
que alguns conseguiam né, então a gente acabou nessa atividade, ela foi
bastante desenvolvida assim, usamos papel né, com recorte, e até fomos na
natureza para buscar folhas sensoriais diferenciadas, cores diferentes, porque
trabalhamos o elemento do dia da árvore, dentro da primavera, o dia da árvore,
foi bem legal, os objetivos foram bem trabalhados.

Entrevistador: Foi necessário utilizar algum reforço?

Professores: acho que na nossa turma todos assim, porque os alunos


conseguem ainda realizar sem nenhuma dificuldade, mas eles se dispersam,
então a gente tinha que estar sempre ali, sempre chamando, “vamos lá” né
sempre reforçando que atividade tava sendo realizada e de forma como estava
sendo e a maioria com auxílio, né, e a maioria é com auxílio total ou parcial.
Acabamos utilizando as atividades no matutino e vespertino, todos eles usaram
a TA, mas no período da manhã seriam 16 alunos que seriam as nossas turmas
de base né, isso, isso.

Entrevistador: Vocês possuem algo de importante para mencionar nesse


planejamento?
68

Professores: Foram as descobertas, e aquele aquela questão que a gente


sempre retoma, tipo assim as cores por exemplo, interessante então. Porque em
tudo que a gente faz e trabalha e tem uma continuidade sabe, eu acho né e
sempre vai acrescentando alguma coisa pra eles, mesmo que é pouquinho, mas
o desenvolvimento você vê, em cada uma das atividades, é muito interessante
ver o desenvolvimento de alguns sabe, até os dois irmãos já vê essa diferença
em relação ao início do ano e, agora de compreensão de entendimento, de
amadurecimento né.

Entrevistador: E as atividades se tornaram mais fáceis com o material


concreto?

Professores: Sim, sempre, sem dúvida.

Entrevistador: Então está bem professoras né, por essas respostas que eu
acredito que em relação ao projeto planejamento de vocês, realmente fecha com
aquilo que vocês escreveram lá e pra gente analisar essas questões de
planejamento que vocês utilizaram né, é como você falou professora é um
aprendizado todo dia um pouquinho a mais com os alunos que aos pouquinhos
a gente vai vendo esse progresso, então obrigada professoras.

Entrevista transcrita 04 (14/10/2022):

Entrevistador: Gostaria de saber se nesse planejamento quinzenal (03 a 14 de


outubro) foi adotado alguma TA?

Professores: Foi, foi adotado sim, hara, nas duas atividades que forma feitas,
uma de dobradura e a outra sobre o Direito das Crianças foram adotadas. Até é
uma dúvida que eu tenho u no direito das crianças ali a gente fez um quebra-
cabeça e a gente acabou é explicando de forma, de uma forma bem simples,
acho que isso também entra na TA né, o tipo de explicação, a criança tem o
direito de é proteção, a o que é proteção? A gente explicou de uma forma mais
simples, acessível na linguagem deles, pra que eles estivessem entendendo o
que é proteção, são né na minha no meu entendimento isso também é uma TA.
Hara, então na dobradura a gente teve que mostrar, a gente teve que auxiliar e
69

a mediar, ali, na maioria dos casos mediar totalmente, porque a coordenação


motora fina ali de movimento pinça é bastante dificuldade para eles.

Entrevistador: Vocês entregaram as dobraduras para os alunos ou eles


participaram desse processo?

Professores: Participaram, né, totalmente da atividade, e nesse caso todos eles


precisaram de auxílio, nenhum conseguiu fazer, então a gente viu que precisam
da TA.

Entrevistador: Foi necessário readaptar essa atividade?

Professores: Sim, tanto que a atividade era de uma forma e ela acabou saindo
de outra forma, porque pra poder o manuseio ter mais facilidade.

Entrevistador: E os objetivos planejados, tema e TA foram alcançados?

Professores: Sim, porque eles tiveram essa compreensão, e colocaram a mão


na massa, que é o mais importante.

Entrevistador: Para vocês qual a importância da TA na sala de aula do AEE


para os alunos?

Professores: A partir desse trabalho que a fez contigo ampliou essa nossa
compreensão né, da maneira como a gente utiliza e com certeza é intensificou
muito né, o nosso trabalho com eles através da da compreensão ne´, facilitou
muito, até nossos relatórios, acho que ajudou e só vai trazer benefícios para nós
e pros alunos.

Entrevistador: Ficou mais claro para vocês o que é a TA em sala de aula?

Professores: Com certeza, a gente na maioria das vezes é agimos por impulso,
fazíamos mas não entendíamos que aquilo que estávamos usando era uma
tecnologia assistiva, a gente é planejava, enfim, mas não propriamente a não
estamos trabalhando a tecnologia assistiva, não então isso aí que ampliou muito
nosso olhar, assim, né, a gente explicou, eu estava em dúvida, isso é uma TA
ou não, então percebi que na maioria das vezes que a gente trabalha em sala
70

de aula nas atividades propostas, a gente usa muito, todas as vezes que gente
usa a TA, mas agora de um modo que a gente consegue visualizar essa TA,
antes a gente fazia como eu disse, mais por impulso ou é com menos
consciência que a gente tava fazendo. E é interessante essa correlação, acho
que a gente estabeleceu entre o planejar, a atuação e o relatório. Exato, porque
agora esclareceu muito, a gente fazia o planejamento, a gente pensava ele, mas
a gente não pensava nas ferramentas de TA que a gente iria usar, não a gente
vai fazer, aquela atividade dessa forma, mas interiorizado só pra nós e aí a gente
percebeu na hora, ela tem que estar presente no planejamento e i não que a
gente não fazia, mas era inconsciente.
71

APÊNDICE B: FORMULÁRIO DE ADOÇÃO E USO DA TECNOLOGIA


ASSISTIVA

Formulário a ser preenchido para elencar informações disponíveis nos


documentos institucionais: Planejamento Pedagógico de Turma e Relatório de
Atendimento de Turma.
DATA:
1 - OBJETIVO QUINZENAL:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
__________________________________________
2 - ROTINA INICIAL DA TURMA (antecipação): ( ) realizou ( ) não
realizou
3 - Atividade 01:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
__________________________________________
4 - Atividade 02:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
__________________________________________
5 - TA escolhidas/Confecção:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
__________________________________________
6 - Objetivo da utilização desta TA no atendimento:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
__________________________________________
7 - Quais as adaptações realizadas na TA e como foi utilizada:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
__________________________________________
8 - Os objetivos foram alcançados: ( ) sim ( ) não
72

9 - Reforço Positivo na turma: ( ) sim ( ) não ( ) não foi necessário


( ) apenas para alguns alunos
10 - Quantos alunos participaram da atividade: ____________
11 - Quantos alunos conseguiram realizar a atividade: ____________
Observações:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
________________________________________________________
73

APÊNDICE C: INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO PEDAGÓGICA

EVOLUÇÃO POR ATENDIMENTO – AEE/CAESP (Sugerida)

ALUNO: ANO: 2022


DATA:
OBJETIVO:
O ALUNO CHEGOU: ( ) com sono ( ) tranquilo ( ) agitado ( ) alegre
ROTINA INICIAL (antecipação): ( ) realizou ( ) não realizou

ATIVIDADE 1: Nível de apoio ( ) RA ( )RI


Descrição ( ) AF ( ) Avis ( ) Aver ( ) TA
Comportamento:
( ) NR ( )RP ( )RC
Objetivo principal alcançado: ( ) sim ( ) não
Objetivos secundários:

ATIVIDADE 2: Nível de apoio ( ) RA ( )RI


Descrição ( ) AF ( ) AV ( ) TA
Comportamento:

( ) NR ( )RP ( )RC

Objetivo alcançado: ( ) sim ( ) não


REFORÇO POSITIVO: ( ) sim ( ) não ( ) não foi necessário

FUNÇÕES COGNITIVAS
ATENÇÃO FOCALIZADA ( ) apropriada ( ) pouco distraído ( ) muito distraído

ATENÇÃO COMPARTILHADA ( ) Sim ( ) Não


( ) apropriada ( ) pouco distraído ( ) muito distraído
ATENÇÃO SELETIVA ( ) Sim ( ) Não
( ) apropriada ( ) pouco distraído ( ) muito distraído
LINGUAGEM EXPRESSIVA

LINGUAGEM RECEPTIVA

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

Observações:
RA: realizou com apoio TA: tecnologia assistiva
RI: realizou de forma independente NR: não realizou
AF: Apoio físico RP: realizou parcialmente
Avis: Apoio visual RC: realizou por completo
Aver: Apoio verbal
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ROTINA:
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

AVALIAÇÃO:
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
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10 ANEXOS

ANEXO A – QUESTIONÁRIOS SOBRE O USO DA TA

Questionário 01
76

Questionário 02
77

Questionário 03
78

ANEXO B: PLANEJAMENTOS PEDAGÓGICOS DE TURMA

Todos os documentos transcritos foram digitados no word conforme os


manuscritos originais, não havendo correções de palavras ou concordâncias).

1- Planejamento Anual: Projeto Corpo Humano - 2022

1 - Justificativa: A escolha de trabalhar o tema do corpo humano com as


crianças é que elas já possuem uma curiosidade natural sobre o tema, ficando
assim mais fácil apresentar as inúmeras possibilidades propiciar a elas uma
exploração significa do próprio corpo e de tudo que a rodeia, vivenciando
situações que contribuirão para a construção do conhecimento de si, do outro
e do mundo, relacionadas a saúde, higiene, identidade e também diferenças
raciais. Ser saudável é também manter bons hábitos e entender que o nosso
corpo merece um carinho especial; assim iremos contribuir para o
desenvolvimento das crianças. Será aplicado de forma lúdica e desenvolvido
diversas atividades, possibilitando a aprendizagem de forma afetiva e
transformadora.

2 - Objetivos Gerais: Temos como objetivo principal conscientizar as crianças


sobre a importância da higiene pessoal e social para uma vida saudável,
colocando como prioridade o conhecimento e a valorização do seu próprio
corpo.

3 - Objetivos específicos:

● Socializar;
● Identificar as partes do corpo e rosto para familiarizar-se com elas
valorizando suas funções;
● Conscientizar sobre os cuidados e higiene do corpo para termos saúde;
● Expressar sua criatividade em atividades de artes ampliando seu
conhecimento de criação;
● Desenvolver a coordenação motora ampla nas atividades promovendo
atitudes de confiança nas próprias capacidades motoras;
● Demonstrar equilíbrio e lateralidade deslocando-se no espaço físico da
escola ao andar, correr, pular, etc;
79

● Desenvolver o gosto pela música, ouvir e cantar canções, desenvolvendo


memória musical, sentimentos e pensamentos;
● Ampliar e enriquecer o vocabulário para interagir com o meio;
● Estimular a concentração e atenção;
● Valorizar seu corpo, sua saúde, sua vida, seu meio social e ambiental;
● Reconhecer e desenvolver os cinco sentidos (tato,visão,olfato, paladar e
audição);
● Nomear as partes do corpo e os órgãos do sentido;
● Desenvolver o hábito de cuidar de si mesmo;
● Realizar atividades diárias de higiene;
● Organizar rotinas de práticas de escovação dos dentes;
● Estimular a prática correta de tomar banho, cortar as unhas e cabelos;
● Visualizar e interpretar imagens;
● Dramatizar histórias.

4 - Tempo Previsto: Durante todo o ano letivo.


5 - Conteúdo a serem desenvolvidos:
● Trabalhar o corpo e higiene;
● Descobrir seu próprio corpo, através de toques e ajuda de um espelho;
● Reconhecer e nomear as partes do corpo;
● Conceituar os órgãos dos sentidos;
● Definir alimentação saudável e de baixo custo para uma boa saúde;
● Reconhecer os objetos de higiene. como sabonete, escova de dente,
cortador de unha, entre outros;
● Reconhecer as principais formas de cuidar do ambiente em que vivemos,
afinal eles são essencial para a nossa higiene e saúde;
● Reconhecer a importância da utilização de hábitos saudáveis em nosso
dia a dia;
● Artes plásticas: pintura, modelagem, recorte e colagem com material
diverso, desenho livre, tudo sobre o assunto estudado, como forma de
complementar o ensino aprendizado;
● Músicas;
● Desenvolver a linguagem oral com textos e figuras;
80

● Desenvolver a dramatização e criatividade, deixar os pequenos livres,


afinal é nessa idade que a imaginação está aguçada;
● Desenvolver a autonomia nas atividades que envolvem a fala espontânea,
as tarefas das crianças para a resolução das situações problemas
corriqueiras do dia a dia;
● Incentivar o respeito e a cooperação nas atividades individuais e coletivas;
● Promover a integração das crianças através de trabalho em grupo.
6 - Avaliação: Avaliar a participação durante a execução das atividades
propostas, através da observação do comportamento das crianças, hábitos e
atitudes, relacionamentos com os amiguinhos, professores e demais
funcionários da escola, cumprimento dos temas a serem desenvolvidos,
atitudes com relação aos registros coletivos e individuais.
7 - Conclusão: Abordar o tema Corpo Humano com as crianças permite uma
possibilidade imensa de atividades e que realmente podem ser tornar parte
de um projeto educacional maior a ser abordado durante o ano letivo, com
extensão nas férias, afinal higiene e conhecimento nunca param.

2- Planos de Aula:
Plano de aula 1(22/03 a 29/03):
Tema: Corpo Humano
Objetivo Geral: Conscientizar as crianças sobre a importância da higiene
pessoal, e social para uma vida saudável, colocando como prioridade o
conhecimento e a valorização do seu próprio corpo.
Objetivos Específicos: Socializar, Identificar as partes do corpo, nomear as
partes do corpo, estimular a oralidade.
Conteúdos e Materiais necessários: corpo humano, lápis de escrever, coloridos,
músicas, jogos da sala, guache, atividades psicomotoras, atividades de
coordenação motora fina.
Metodologia: Durante essa semana, iremos trabalhar atividades referentes ao
plano anual, bem como jogos de raciocínio lógico, em alguns momentos os
alunos farão atividades psicomotoras no colchão também realizaram atividades
com massinha de modelar. momento do parque e atividades ao ar livre, corpo
humano com atividades lúdicas e pedagógicas.
81

A avaliação será realizada através do interesse, participação e interesse dos


alunos.

Plano de aula 2(29/03 a 18/04):


Tema: Páscoa
Objetivo Específicos: Estimular a comemoração da Páscoa, desenvolver a
criatividade e raciocínio lógico, expressão oral e corporal, coordenação motora,
percepção auditiva e visual, propor boas ações.
Objetivo Geral: Conscientizar os alunos sobre a importância do tema.
Conteúdos e materiais necessários: Bandeirinhas, atividades psicomotoras,
música, atividade pedagógica, materiais: guache, massinha de modelar, papéis
coloridos, cola, lápis de cor, balões, canetinhas, cotonetes, balões.
Metodologia: Durante os dias de aplicação citado acima, realizaremos cartões
de Páscoa, atividades de coordenação motora fina com confecção de coelho
coberto de guache e cotonetes, Os alunos farão toques com guache branco para
a confecção. Num outro momento os alunos confeccionaram um cartão com
guache e balão, terão que molhar o balão no guache e irão colocar sobre um
molde vazado.Serão realizadas brincadeiras e dança na sala e na escola.
Avaliação: Será realizada conforme o interesse e registrado no caderno de
planejamento.

Plano de aula 3 (19/04 a 29/04):


Tema: Corpo Humano
Objetivos Específicos: Desenvolver a criatividade, raciocínio lógico, socialização,
coordenação motora fina e ampla, desenvolver habilidades acadêmicas, noções
espaciais, trabalhar datas comemorativas.
Objetivo Geral: Conscientizar os alunos sobre a importância do tema Corpo
humano.
Materiais: Papel A4, massinha de modelar, lápis de cor, bolinhas de isopor,
palha, cola.
Metodologia: Durante estes dias iremos realizar atividades referentes ao tema
do planejamento, bem como atividades relacionadas às datas comemorativas
(dia dos povos indígenas e Tiradentes). Realizaremos jogos de mesa com
82

quebra-cabeça com peças grandes, encaixe com formas geométricas, parque


com brincadeiras dirigidas e livres.
Avaliação: Será realizada de acordo com as necessidades e interesses.

Plano de aula 4 (02 a 06/05):


Tema: Grandezas
Objetivos específicos: Identificar e diferenciar grandezas de acordo com as
atividades propostas, estabelecer relação entre os tamanhos, compreender
idéias de medidas de comprimento, massa.
Objetivo Geral: Compreender os diversos contextos que os números estão
presentes, assim como colaborar para a formulação do pensamento,
compreendendo as diversas formas matemáticas se fazem necessários no dia a
dia.
Metodologia: Os alunos terão orientação e exemplos de grandezas, A
professora irá explicar e mostrar alguns tamanhos (grande e pequeno). Depois
mostrará qual o maior da sala, o maior. Em seguida, os alunos receberão
imagens grandes, pequenas, médias e terão que colocá-las em ordem
crescente. As figuras são com imãs e podem ser colocadas em um quadro. Em
outro momento realizarão a atividade de pintar e colar as imagens de forma
crescente. Receberão uma folha A4. Depois de pintar irão recortar e colar no
caderno.
Avaliação: Será realizada de acordo com o interesse e necessidade do aluno,
registrada no caderno de planejamento.

Plano de aula 5 (23/05 a 03/06):


Tema: Visão

Objetivo Geral: Trabalhar o sentido da visão de maneira divertida e lúdica,


conseguindo fazer com que os alunos interajam mais e consigam compreender
melhor a visão, pois a mesma sempre gera curiosidade e fascínio

Objetivos Específicos: Perceber e distinguir as informações recebidas do


ambiente por meio da visão; aguçar os sentidos e expressões por meio da visão;
compreender a função da visão e o processo de distinção de imagens; descobrir
83

e conhecer as características do órgãos responsável pela visão; identificar o


órgão responsável pela visão; estimular o autoconhecimento; desenvolver e
ampliar o vocabulário.

Conteúdos: Trabalhar e estimular o sentido da visão: 1 Óculos com rolinho de


papel higiênico; 2 Utilizar a lupa para ver pequenos desenhos e seus detalhes;
3- Colorir o olho; 4- Papel celefon, 5- espelhos; 6- Jogos de cores;7 - Jogo
educativo olhos de lince.

Metodologia: Em um primeiro momento iremos explicar os conteúdos e


atividades que serão trabalhadas durante esses quinze dias. Os alunos
confeccionarão um óculos com rolinhos de papel higiênico, onde depois de
prontos irão explorar imagens na sala e fora dela. Serão levados ao parque para
observar e brincar com seus óculos. Num outro momento receberão letras e
números de vários tamanhos e com o auxílio da lupa, farão a seleção e
separação das letras e números. Realizarão jogos de cores, em equipe, bem
como individual. Também será disposto o jogo olhos de lince para que trabalhem
e estimulem a visão e concentração. Para os alunos que necessitam de auxílio
iremos diminuir os estímulos, reduzindo a quantidade de imagens. Será entregue
para os alunos pedaços de papel celefon, onde os mesmos terão que observar
o céu. Irão confeccionar óculos com rolinho de papel higiênico. Os alunos irão
pintar os rolinhos com suas cores preferidas, em seguida com o auxílio das
professoras decorar. Iremos ao parque, onde irão observar as paisagens ao seu
redor. Receberão uma lupa, onde irão para o parque e momentos que estarão
na sala, observar tamanhos de objetos, figuras e imagens.

Avaliação: Será realizada de acordo com a necessidade e interesse dos alunos


e registrados no caderno de planejamento.

Plano de aula 6 (06/06 a 01/07):


Tema: Festas Juninas e suas características.
Objetivo Geral: Contribuir para que o aluno desenvolva uma imagem positiva de
si, estimulando capacidades de ordem física, cognitiva e afetiva. Desenvolver a
socialização em ambientes acolhedor, com a finalidade de ampliar o espaço de
atuação do aluno e sua percepção do mundo através das atividades
84

pedagógicas com orientação e mediação das professoras para que sejam


realizadas as atividades propostas.
Objetivos Específicos: Comemorar as festas do período junino, reconhecer
formas, letras, palavras, números e figuras, Trabalhar números, formas e cores,
Trabalhar a coordenação motora com o movimento pinça, recorte, colagem,
pintura e atividades sensoriais, Desenvolver a atenção visual, tátil e a
concentração, Despertar interesse pela escrita e outras habilidades acadêmicas.
Conteúdos: Festas Juninas - Materiais necessários: Papel, lápis, lápis de cor,
tintas, cola, pipoca, formas geométricas e recipientes com farinha.
Metodologia:
Atividade 1:Pescaria geométrica (recipiente com várias formas geométricas e a
criança precisará depositar cada uma no seu respectivo lugar),
Atividade 2: Quebra-cabeça junino (confecção e montagem),
Atividade 3: Bandeirinha com fogueira com a mão da criança(tinta) e palitos de
picolé,
Atividade 4: Atividade do desafio junino (descobrir a primeira letra da figura e
montar a frase).
Atividades juninas diversas (músicas, dança, roupas, comidas típicas).
Avaliação: A avaliação será realizada através do interesse, participação e aos
que estão em atividade e remota será feita através das devolutivas dos pais ou
responsáveis.

Plano de aula 7 (11/07 a 15/07):


Tema: Inverno
Objetivo Geral: Contribuir para que o aluno desenvolva uma imagem positiva de
si, estimulando capacidades de ordem física, cognitiva e afetiva. Desenvolver a
socialização em ambiente acolhedor, com a finalidade de ampliar o espaço de
atuação do aluno e na sua percepção do mundo através das atividades
pedagógicas com orientação e mediação das professoras para que sejam
realizadas as atividades propostas.
Objetivos Específicos: Identificar práticas, vestimentas e comidas mais
adequadas de acordo com o tempo e com as sensações que ele nos
proporciona.
85

Conteúdos: As vestimentas adequadas para cada clima.


Metodologia: Num primeiro momento faremos uma roda de conversa para
explicar e ouvir dos alunos o que sabem sobre o inverno. Em seguida receberão
a atividade da semana anterior e terão que colocar pedaços de tecidos,
representando a roupa adequada para o inverno. As professoras irão dispor de
pedaços de tecidos. Também receberão olhos articulados, nariz e boca de EVA
e terão que colocar nos lugares corretos, representando assim o rosto do nosso
boneco.
Avaliação: A avaliação será realizada de acordo com o interesse, participação e
registrada no caderno de planejamento.

Plano de aula 8 (01 a 21/08):


Tema: Jogos Matemáticos
Objetivo Geral: Contribuir para que o aluno desenvolva uma imagem positiva de
si, estimulando capacidades de ordem física, cognitiva, estimulando o processo
ensino aprendizagem.
Objetivos específicos: Auxiliar na aquisição de alguns valores e regras que são
essenciais para o processo; despertar o interesse e a curiosidade; Estimular
raciocínio lógico, percepção, concentração.
Conteúdos: Durante esse tempo de aplicação iremos realizar jogos referentes a
feira de matemática.
Metodologia: Serão apresentados os jogos para os alunos onde cada um terá o
jogo, conforme sua necessidade, respeitando sua limitação e interesse.
Avaliação: Será através do interesse, participação do aluno. Registrado no
caderno de planejamento.

Plano de aula 9 (22/08 a 02/09):


Tema: Personagens folclóricos e Continuação dos Jogos Matemáticos
Objetivo Geral: Conhecer personagens folclóricos e a data comemorativa do
folclore, desenvolver habilidades matemáticas e de raciocínio lógico;
proporcionar maior compreensão e interesse com o meio através do
conhecimento de si e dos outros.
86

Objetivos específicos: Trabalhar a coordenação motora fina e ampla;


Compreender regras e segui-las; Ampliar o vocabulário; Reconhecer
personagens folclóricos brasileiros; Aprender e identificar formas, números,
cores, sons, pesos e medidas; Favorecer a concentração e atenção.
Conteúdo: Jogos que serão apresentados na Feira de Matemática Regional em
Rio do Oeste; Atividades para conhecer e aprender o nome dos principais
personagens do nosso folclore.
Metodologia: Apresentação e execução de atividades que serão apresentadas
na Feira de Matemática como: Quebra-cabeças, identificação de imagens com
a cartela de cores correspondentes; Associação e categorização de elementos;
Reconhecimento de sons iguais e também de pesos iguais. Trabalhar com
material concreto noções de frente/atrás, encima/embaixo, etc.
Avaliação: Será através do interesse, participação e atuação do aluno,
registrando no caderno.

Plano de aula 10 (05 a 09/09):


Tema: Semana da Pátria
Objetivo Geral: Valorizar a data comemorativa de 07 de setembro, incentivando
os alunos a conhecer os símbolos nacionais mais importantes.
Objetivos Específicos: Confeccionar a Bandeira Nacional com várias texturas;
Ouvir o Hino Nacional e cantá-lo; Pintar a bandeira de um lado só, dobrar a folha
para completar a bandeira.
Conteúdos e materiais necessários: Hino Nacional, Bandeira nacional, vídeos
sobre a Independência, Tinta, EVA, folhas verdes colhidas na natureza, balão
azul; significado das cores/pintura.
Avaliação: Será realizada através da participação, interesse e interação dos
alunos.

Plano de aula 11 (12 a 30/09):


Tema: Primavera
Objetivo Geral: Valorizar e trabalhar de forma globalizada os aspectos físicos,
emocionais, afetivos, cognitivos e sociais.
87

Objetivos específicos: Trabalhar percepção tátil, coordenação motora fina,


linhas, cores, aromas; Despertar o interesse pela preservação do meio ambiente;
Observar o meio natural, desenvolvendo a curiosidade e a prática da criança.
Conteúdos e materiais necessários: Atividades escritas e orais; jogos de quebra-
cabeça e bingo das flores, músicas, percepção visual, pintura e recordes,
contação de história, técnicas de pintura, massinha de modelar.
Avaliação: Será realizada de acordo com a participação, interesse e registrado
no caderno.

Plano de aula 12 (03 a 14/10):


Tema: Semana das Crianças
Objetivo Geral: O objetivo é promover uma reflexão coletiva sobre a necessidade
de garantir às crianças seus direitos e deveres.
Objetivos específicos: Trabalhar a linguagem oral e escrita, Desenvolver a
capacidade de interpretativa, criatividade e a abstração, Desenvolver atividades
de raciocínio lógico, Estimular a imaginação, através de contação de histórias,
Promover a alegria com aprendizagem, Desenvolver a arte e imaginação.
Conteúdos e materiais necessários: Atividades e letramento, lápis de cor,
guache, canetinhas, papéis coloridos, cola, EVA, músicas, folha A4, notebook,
guarda chuva de histórias.
88

ANEXO C: RELATÓRIOS PEDAGÓGICOS DE TURMA

Todos os Relatórios de Turma foram digitados a partir dos originais, pois


todos os 12 documentos estavam manuscritos no caderno das professoras.

Relatório 01: Aplicação 22 a 29/03

Durante essa semana os alunos realizaram todas as atividades


planejadas. Nas aulas de informática, os alunos realizaram atividades em sites
pedagógicos de alfabetização e letramento. O transporte do seu José estava na
oficina e por este motivo, os alunos, “J”,”E” e “T” não vieram para os atendimentos.
As atividades propostas foram realizadas com êxito e os alunos
realizaram com satisfação. Também foram realizadas atividades psicomotoras no
colchão, onde os alunos realizaram carambotas. Num outro momento os alunos
executaram a atividade com o tapete das vogais, onde todos se divertiram. Uma
das atividades propostas foi a de preencher o quadro com as características de
cada um. A atividade foi realizada de forma individual, onde foi exposto cada
característica, sendo única e sendo explicado que cada ser é único e diferente
um do outro.
Durante essa semana, realizamos as atividades propostas de acordo com
o planejamento. Nas aulas de informática, os alunos assistiram a um vídeo sobre
o Dia das Mulheres. Onde contou como surgiu este dia. Depois os alunos
realizaram jogos em sites e softwares. Na 2ª feira matutino os alunos “J”, “R” e
“T” não vieram. No período vespertino levamos o “J” para dar banho, pois o
mesmo estava bastante confuso. As atividades realizadas foram o cartão para o
Dia das Mulheres, jogos com o dado com os alunos “J” e “J”.
Terça: Elaboramos o planejamento anual e a organização das atividades
e sala. Entramos em contato com os pais dos alunos que ainda não estão vindo.
Quarta: não vieram “P” está doente. Realizamos o cartão e a atividade de
encontrar as partes do corpo e colar na folha A4. Os alunos “Y” e “N” necessitam
de auxílio, Na 3ª aula informática, Na última realizaram atividade de encaixe.
Vesp: 1ª e 2ª aula Ed, Física, onde os alunos foram avaliados para entrar na
89

piscina, 3º aula Artes. Na última aula realizaram a confecção do cartão e atividade


de encaixe.
Quinta: 1ª e 2ª aula, Ed.física, onde foram avaliados para saber se estão
aptos para a piscina. 3ª aula Artes. Na última aula realizamos atividade
psicomotoras e de encaixe.
Sexta: Os alunos tiveram 1ª e 2ª aula de Artes. 3ª aula informática. Os
alunos estavam bastante agitados, “G” estava inquieta e chorou bastante. Na
última aula realizamos atividades de coordenação motora fina com os brinquedos
de sala. “E” foi embora mais cedo com a mãe
. Segunda mat: 1ª aula realizamos atividade livre com os brinquedos de
sala. 2ª aula: Informática. 3ª aula, os alunos realizaram o quebra-cabeça do corpo
humano. Tivemos que auxiliar “D”, pois estava bastante apático, Na última aula
ficaram os alunos “J” e “Y”, onde realizaram atividade com o alfabeto, A brincou
com a boneca que trouxe de casa. Vesp. “J” chegou bastante agitado e com um
corte no dedo feito por outro aluno no transporte. Na 1ª aula os alunos realizaram
atividades com os brinquedos da sala, 2ª aula Informática. Realizaram o software
do coelho sabido. Depois do lanche, os alunos realizaram o quebra-cabeça.
Rio do Sul, 15 de março de 2022. Durante os dias 15 a 22/03, iremos
realizar atividades referente ao projeto anual, seguindo o planejamento anterior,
pois não conseguimos terminar. Nas aulas de informática, os alunos irão realizar
jogos de encaixe com as partes do corpo. Depois os alunos poderão escolher
outros jogos ou vídeos relacionados ao tema.
Segunda: Enquanto aguardamos a chegada de todos, fizemos atividades
livres. No período vespertino “J” teve comportamento inadequado, sendo
necessário levá-lo para casa.
Terça: Realizamos o planejamento e organização das atividades.
Quarta: Os alunos realizaram atividades coord. motora fina com massinha
de modelar. 2ª aula Informática. “P” estava bastante agitado e não ficou sentado.
Depois do lanche, os alunos realizaram atividade do quebra-cabeça e depois
montaram “K” e "K" e vieram para atendimento. “K” está sendo desfraldado, não
fez xixi nas calças nenhuma vez. No período vesp. 1ª aula Ed. Física, os alunos
90

foram fazer atividades psicomotoras na quadra de bocha, 3ª aula: Artes. Na última


aula, os alunos realizaram atividade de coord. motora fina e encaixe,
Quinta-feira: 1ª e 2ª aula ED. física. 3ª aula Artes. Depois os alunos
realizaram a montagem e confecção do quebra-cabeça do corpo humano, Na
última aula fomos ao parque. Vesp. Os alunos realizaram quebra-cabeça, “J”
estava mais tranquilo. Conseguimos realizar jogos individual. Onde podemos
observar que o aluno conseguiu permanecer mais tempo. Depois do lanche,
realizamos atividade de coordenação motora fina com massinha de modelar e
brinquedos da sala. Os alunos mantiveram uma concentração razoável na
atividade.
Sexta: Os alunos montaram os seus quebra-cabeças do corpo humano.
A atividade teve bastante aceitação, “P” estava bastante agitado e não se
manteve sentado. “G” estava com o pé inchado onde foi levado ao PS para fazer
raio X com a professora. No período vespertino, “T” não veio. “E” estava muito
agitado, 1ª e 2ª aula Artes. 3ª aula informática. “G” estava bastante chorosa,
parecendo com sono. Na última aula realizamos atividades de encaixe com o
aluno “E”. Os demais montaram o quebra-cabeça e depois realizaram atividades
de coord. motora fina.
Segunda: Na 1ª aula, os alunos chegaram depois das 8h. 2ª aula
informática, os alunos realizaram o jogo Coelho sabido. Depois do lanche
realizamos a atividade das partes do corpo, onde os alunos precisaram identificar
e escrever o nome conforme o número, “C” realizou a atividade a partir da
soletração, “C” consegue escrever todas as letras conforme o ditado. “J” realizou
a atividade através da soletração. “Y” escreveu as palavras e está em fase de
garatujas, o que nos deixou bastante satisfeitas, pois a alunos não realizava. “D”
pintou o desenho, mas não realizou nenhum rabisco, ou garatuja. No período
vesp.: 2ª aula informática, “J” foi levado para casa, pois se apresentava bastante
sonolento, dizendo que estava desmaiando, vomitou. Tivemos um desfile com os
alunos Síndrome de Down. Depois os alunos realizaram a atividade de escrever
e identificar as partes do corpo. “M” nos surpreendeu. Realizamos as atividades
com apoio do alfabeto móvel. “F” conseguiu oralizar várias letras e nomear as
partes do corpo.
91

Relatório 02: Aplicação 29/03 a 13/04:

Quinta mat.: 1ª e 2ª aula Ed, física. 3ª Artes. 4ª aula Realizamos a atividade


sensorial com a pintura da mão para construir o coelho. Todos os alunos
realizaram a atividade. “T” aceitou a atividade sem nenhuma rejeição. Na última
aula, os alunos realizaram atividade de coordenação motora fina com massinha
de modelar e brinquedos da sala. Vesp.: 1ª aula Os alunos realizaram a contagem
de ovos, onde tiveram que colocar a quantidade e numeral. Após o lanche, os
alunos realizaram quebra-cabeça. “J” realizou a atividade, o que nos deixou
satisfeitas. Permaneceu por mais tempo sentado e realizou todas as atividades
propostas. Na 4ª e 5ª aula foram para a aula de Ed. Física.
Sexta-feira: Os alunos dos dois períodos realizaram a atividade de
coordenação motora fina com a atividade com balões. Os alunos realizaram a
atividade que molhar o balão com guache e depois pintaram as bordas do
desenho, onde aparece o desenho do coelho vazado. Alguns dos alunos
necessitam de auxílio, pois apresentaram dificuldade de coord. motora ampla. Foi
realizado atividade psicomotora no colchão. Em outros momentos foram
realizados atividade de quebra-cabeça. A atividade foi realizada em duplas.
Durante este momento podemos perceber que “E” estava impaciente, e
permaneceu pouco tempo na atividade.
Rio do Sul, 11 de abril de 2022. Segue o planejamento: 2ª feira mat.: 1ª
aula, os alunos realizaram atividade coord. motora fina com massinha de modelar.
2ª aula informática, os alunos realizaram o software coelho sabido e “H” brincar
com jogos de alfabetização. 3ª aula Realizamos a atividade de pintura para o
concurso de Páscoa, realizado pelo CDL da cidade. 4ª aula: Os alunos realizaram
jogos de mesa (quebra-cabeça). “AT apresentou-se bastante agitado e batendo
nos amigos e se batendo. Vesp.:1ª aula: Conforme a chegada dos alunos, foram
realizando atividade com massinha de modelar. 2ª aula: Informática: com os jogos
de coordenação motora fina (encaixe). 3ª aula: Realizaram a pintura do concurso.
Os alunos se empenharam em realizar. Na última aula realizaram atividades de
coordenação motora com alinhavo e encaixe das formas geométricas. “J” estava
tranquilo e sonolento. 1ª e 2ª aula, organizamos o planejamento para a semana
92

seguinte. O restante do dia hora atividade externa. Quinta ponto facultativo e


sexta-feira da Paixão de Cristo.

Relatório 03: Aplicação 19/04 a 29/04:

2ª Feira: As atividades foram: a construção de uma casa com palhas,


pensada e organizada como homenagem ao Dia dos Povos Indígenas. Os alunos
receberam um desenho feito pelas professoras e a partir daí, coloram palha secas
formando a oca. Nas aulas de informática os alunos assistiram pequenos vídeos
sobre os índios. Realizaram jogos de quebra-cabeça, massinha de modelar,
atividades psicomotoras, idas ao parque.
Terça: Organização e planejamento. Hora atividade externa.
Quarta: Os alunos dos dois períodos realizaram atividades da construção
da oca com palhas. Os alunos deste dia necessitam de muita mediação.
Necessitando muito do empenho e dedicação para a permanência de sentar e
atividades que desenvolvam concentração. Neste dia são realizadas atividades
com jogos de encaixe, brincadeiras dirigidas. 5ª Feriado Tiradentes.
6ª feira: Realizamos a atividade de coordenação motora fina, realizando
a atividade do Dia de Tiradentes, Onde os alunos precisaram colar bolinhas de
isopor no desenho de um dente, entregue numa folha de A4. A dificuldade dos
alunos foi devido a cola nos dedos. Alguns utilizaram o lápis para que o isopor
fosse depositado na cola. Nas aulas de informática, os alunos jogaram jogos
pedagógicos e software coelho sabido.

Relatório 04: Aplicação 02 a 06/05:

Rio do Sul, 09/05/22. Durante os dias 04,05 e 06 tivemos uma enchente


na cidade, onde alguns professores ficaram ilhados e dispensados. Foi
convocados para retirada dos materiais e levados para o terceiro andar. Na sexta
foram colocados os materiais na sala. No período vespertino, os alunos tiveram
as 1ª e 2ª aulas de educação física na sala. Depois do lanche realizamos a
atividade do dia das Mães. Os alunos “E” e “T” estavam bastante agitados.
93

Entramos em contato com a mãe de “T” para avisar que o aluno estava bastante
choroso e gritando. “G” saiu às 14h30, veio chorando, mas depois de acalmou.
Depois do recreio os alunos foram para Informática, onde assistiram aos filmes e
jogos pedagógicos de alfabetização. Na última aula os alunos receberam peças
de EVA para montar as formas geométricas “T” e "E" que não realizaram.

Relatório 05: Aplicação 23/05 a 03/06/22:

Rio do Sul, 23 de maio de 2022. Durante os dias 23 a 03/06, iremos


realizar atividades referentes ao plano anual “Corpo Humano”. Nas aulas de
informática, iremos assistir vídeos sobre a Visão, no you tube, valorizando o ato
de enxergar, poder ver. Pela manhã fomos na informática então e todos
assistiram e jogaram. Após o lanche fizemos as atividades propostas para o
trabalho TCC referente ao estágio da diretora “A”. Tais atividades são realizadas
a grandezas e todos os alunos colaboraram e demonstraram evolução na
compreensão e realização das mesmas. A aluna “Y” teve dor de dente e o pai
veio buscá-la, Fomos ao parque com os outros para que observassem e
procurassem formigas e outros insetos com a lupa. À tarde tivemos também
informática e Artes. Faltou o aluno “J” que estava com virose. Após o lanche
realizamos a atividade de exploração do ambiente externo procurando formigas
com a lupa. Na sala cada aluno pintou o par de rolinhos de papel higiênico com o
qual confeccionaremos uma espécie de binóculo com eles. Fizemos jogos e
brincadeiras coletivas, estimulando a interação e respeito.
Terça-feira 24 de maio, fomos conhecer a FCEE para conhecer salas do
AEE e tivemos a apresentação de vários materiais que podem ser usados na
nossa realidade. Foram as professoras “A” e “B” e a diretora pedagógica “A” e a
AS, “J”.
Quarta-feira -25/05. A professora “A” estava de atestado médico e auxílio
durante a manhã a prof.”C”. Até o lanche realizamos a aula de informática e
atividades motoras com os jogos adequados a cada aluno. Após o lanche com os
alunos que tem condições fizemos atividades de desenho e pintura livres,
explorando a atenção, distração de cores e formas. Os outros, todos com auxílio,
94

realizaram atividades de estímulo motor e visual. A tarde forma para a piscina os


alunos com autorização. Neste dia foi somente a aluna “G”. O aluno “E” não
frequentará a piscina por enquanto e os outros alunos desde dia foram
dispensados visto a atestado médico da professora “A”. Após o lanche tivemos
aula de artes.
Quinta-feira - 26/05: Pela manhã tivemos atividades na piscina para os
alunos que frequentam e os outros permaneceram na sala realizando outras
atividades. Foram na piscina “C”, “V” “J” e “R”. Na sala terminamos de colorir os
rolinhos. À tarde também fomos nas atividades da piscina enquanto os que não
frequentam realizaram outras atividades de mesa. Tiveram aula de Artes e fomos
no parque.
Sexta-feira 27 - Parada Pedagógica durante os dois períodos.
Segunda-feira 30/05: Continuando com o projeto proposto, pintamos os
rolinhos de papelão para construirmos o binóculo e cada um escolheu a cor
preferida e pintou o par. Neste dia tivemos Informática Educativa. o aluno “T”
apresentou dores de ouvido e o pai veio buscá-lo. Após o lanche realizamos
atividades de atenção, concentração e coordenação com jogos e quebras-
cabeças. À tarde tivemos também informática e pintamos os rolinhos.o aluno “J”
foi levado para casa após o lanche por comportamento inadequado para com
colegas e professores. Pela manhã foi realizada também a atividade das
grandezas do projeto TCC da diretora “A”.
Terça-feira 31/05: Tivemos reunião com a diretora e a coordenadora
pedagógica do Colégio Ruy Barbosa para conversarmos sobre a aluna “G” que
teve mudanças no comportamento. Foi importante para pontuar a melhor maneira
de lidar com ela e ajudá-la da melhor maneira possível a se desenvolver
adequadamente, em parceria com a família.
Quarta-feira 01/06: Após a chegada de todos, fomos para a aula de
informática e após o lanche realizamos a atividade de confecção do binóculo onde
cada um escolheu a cor e pintou. Como tivemos que auxiliar individualmente a
maioria dos alunos, a atividade tomou bastante tempo. Enquanto isso, os outros
realizaram “construções” com blocos de madeira em várias formas e tamanho, ou
com massinha de modelar. À tarde os alunos tiveram piscina até a hora do lanche.
95

Depois fizemos atividades individualizadas e trabalhamos focando em fazê-los


estar sentados e cumprir a tarefa proposta. Alguns precisaram terminar a pintura
do “binóculo”.
Quinta-feira 02/06: No primeiro horário fomos para a Educação Física
(piscina) com 4 alunos. Os outros realizaram atividades na sala. Após o lanche
tiveram artes com a professora “R”, onde realizaram atividades com cores em
negativo e positivo. Todos realizaram com propriedade e interesse. Alguns
precisam de incentivos contínuos para não tirar o foco. Concluímos a confecção
do binóculo onde cada um colocou adesivos, enfeitando do seu jeito e brincaram,
com o novo instrumento. A tarde o aluno “M” foi para a piscina no primeiro horário
pois vai embora às 4;15. Os outros realizaram atividades na sala com blocos
lógicos. o aluno “J” também foi para a piscina no primeiro horário uma vez que
tinha vaga (nosso horário de Ed. física é as 16;00). Após o lanche tivemos artes
com a professora “R” e “N”.
Sexta-feira 03/06 manhã: até o lanche realizamos atividades com blocos
lógicos ou massinha de modelar, além de alguns terminarem a confecção do
binóculo para que pudessem levar para casa e desfrutar deles para brincarem.
As 10:00 alguns foram na piscina os outros permaneceram na sala com atividades
de quebra-cabeça, montagem (encaixe) de letras e formas e outras atividades
livres e formas e outras atividades livres como desenho e escrita (“D” e“J”). A
tarde no primeiro momentos Artes com a professora “S” que trabalhou ritmos
musicais, Após o lanche informática, alguns tem autonomia e permanecem
sentados e atentos (“G” “E” e “E”), “T” e “E” tem dificuldades em permanecer
sentados e não assistem ao que lhes é proposto.

Relatório 06 Aplicação 06/06 a 06 a 01/07:

Neste período junino as atividades pedagógicas serão voltadas para esse


tema, visando o trabalho previsto com as datas comemorativas. É importante que
os alunos tenham conhecimento e participação ativa nestes momentos, seja na
escola como na sociedade. Propomos para este período, então a confecção de
bandeirinhas, espigas de milho e outros. Na semana de 06 a 10 realizaremos a
96

bandeirinha com a fogueira feita com as mãos dos alunos em tinta guache e com
palitos de churrasco como lenha. Todos os alunos realizaram com gosto e alguns
foram autosuficientes para colarem a lenha da fogueira. Demonstraram bastante
habilidade e autonomia os alunos “J”, “C”, “A”, “J”, “D”,”T” da manhã e “J”, “M”,”N”,
e “G” da tarde. Os outros alunos necessitam de apoio total ou parcial e houve
quem não realizou a atividade. Essas bandeirinhas serão usadas para enfeitar a
sala. A outra atividade da semana foi a pintura de uma espiga de milho que foi
recortada em tiras para formar um quebra-cabeças. Alguns dos alunos tem
habilidades com a tesoura, mas a maioria precisa de ajuda para a realização da
atividade. Além disso alguns também não identificaram as cores adequadas e não
respeita os espaços e limites propostos ainda, pois estão no processo. Na
segunda-feira 6 de junho o aluno”J” chegou na escola e com o relato dos
motoristas de que havia agredido os alunos no ônibu, batido a cabeça
propositalmente nos vidros do ônibus e ter trazido o celular do pai escondido para
provocar e bater nos alunos, foi levado para casa. Esta decisão foi tomada pela
direção da escola, advertindo a mãe (família) de que a partir de agora frequentar
2 vezes por semana por 45 minutos e será trazido pelos pais.
Rio do Sul, 20/06/2022. Iniciamos mais uma semana com alegria e desejo
de fazer o melhor pelos queridos alunos do AEE!.
Nesta segunda faltaram “C” e “V” que estavam gripadas. As atividades
propostas foram a confecção de uma espiga de milho com grãos de pipocas
coladas em um rolinho de papel higiênico. Esta atividade foi desempenhada bem
pelos alunos “J”, que não necessitou de auxílio, além de compreender bem a
execução da mesma, já todos os outros necessitam de auxílio total ou parcial.
Alguns sentem desconforto com a cola que gruda nos dedos! À tarde propomos
a mesma atividade e sem exceção, todos realizaram com autonomia a atividade.
Outra atividade feita seja de manhã como a tarde foi a resolução do enigma de
uma frase junina. A partir da inicial de uma figura, resolveu-se a frase secreta.
Todos desenvolveram bem o desafio proposto e depois pintaram as bandeirinhas
bem coloridas. Depois de um bom tempo, hoje conseguimos desfrutar do
parquinho, pois tivemos sol!
97

Terça-feira 21/06. Nesta manhã tivemos assessoramento com a escola


dos alunos “D” e “R”. Participaram o diretor da escola e a segunda professora de
ambos que é a mesma. Estudam no 7º ano da E.E.B. Walter Probst de Aurora.
“D” no período vespertino e “R” no período matutino. Foi uma conversa com o
propósito de compreender a melhor maneira de trabalhar com estes alunos,
seguindo uma mesma linha de atuação, buscando a melhor maneira de
proporcionar o desenvolvimento destes alunos.
Quarta-feira 22/06. Por motivos gripais faltaram alguns alunos e com os
que vieram realizamos o desafio junino que é o de encontrar a primeira letra das
figuras dispostas nas bandeirinhas e pintar as mesmas, formando a frase
“ARRAIÁ É BOM DEMAIS!”. Todos os alunos que vieram necessitam de auxílio
para compreensão e realização da atividade. Fizemos também com eles, de
maneira individual a pescaria geométrica, em que tinham que encontrar em um
recipiente com bolinhas de isopor as figuras geométricas e colocá-las no copo
correspondente. Foi uma atividade sensorial apreciada por eles. À tarde
executamos as mesmas atividades.
Quinta e Sexta- feira: Os alunos dos períodos matutino e vespertino
tiveram festinha de São João com comidas e danças. Rio do Sul, 27 de junho de
2022.
Segunda-feira: Reunião Pedagógica.
Terça: Organização das atividades, Atividade externa. Durante esta
semana até o dia 01/07, ainda iremos dar continuidade ao planejamento sobre a
data comemorativa de São João.
Quarta: 1ª aula os alunos realizaram atividade de coordenação motora
fina, com massinha de modelar e brinquedos (recortar e colar,...) Segunda aula
realizaram a atividade de alfabetização, onde os alunos precisaram escrever a
inicial de cada palavra e em seguida descobrir a frase secreta. “G” necessitou de
pouca ajuda, “J”, tiveram pouca ajuda. “A” utilizou material concreto, “K” e “K”
apresentam muita dificuldade em reconhecer os objetos e nomear as imagens. 3ª
aula: Fizemos uma sessão de cinema na sala, devido o horário de informática.
Vespertino: Os alunos “E” e “E” realizaram a atividade de alfabetização. “E”
necessitou de auxílio p/ escrever. “E” realizou a atividade de encaixe. Estava
98

bastante agitado e nervoso. Apresentou bastante dificuldade de em sentar-se. Na


2ª aula, iniciamos a sessão de cinema com o filme “Moanna” “E” não teve
interesse em assistir. Apresenta muita resistência para sentar. 3ª aula: Fomos
caminhar no pátio inferior da escola, onde sentamos no sol e cantamos com os
alunos. 4ª aula: Os alunos “E” e “E” realizaram o jogo do desafio das cores.
Quinta: Realizaram, atividades de alfabetização com o desafio junino “J”,
realizou a atividade com auxílio de material concreto e com as professoras
fazendo o sons das iniciais, onde podemos perceber que o aluno teve mais
facilidade. O restante necessitou de auxílio para realizar. “R” não realizou nem
apresentou interesse. Apresenta dificuldade em pegar e segurar o lápis. Após o
lanche, realizamos atividade de estimulação sensorial visual, com a lâmpada
colorida. Usamos música para relaxamento. Em seguida realizamos a atividade
de numeral e quantidade com o tema Junino. “C” e “J” realizaram sem auxílio.
Sexta: 1ª e 2ª aula: Os alunos tiveram Artes. Depois do lanche realizamos
atividades de encaixe com o aluno “E” e conceitos de planejamento e execução.
O aluno apresenta muita resistência a qualquer tipo de atividade. Recusa a pegar
qualquer objeto. Após a atividade fomos passear pelo pátio de baixo, onde
sentamos e cantamos canções que estimulam a oralidade.
Rio do Sul, 04 de julho de 2022. Pela manhã realizamos no primeiro
momento atividades com massinha e outros jogos da sala que favorecem a
interação, percepção, coordenação e criatividade. Todos, com monitoramento
são autônomos e partícipes. O aluno “D” necessita de maior estímulo. Faltou a
aluno “Y” que estava doente. Após o lanche realizamos uma atividade prevista no
planejamento quinzenal que será dentro do projeto anual sobre o Corpo Humano.
A atividade consistiu em contornar o perfil de um corpo com tinta guache. Cada
aluno recebeu uma esponjinha colocada na ponta de um lápis e tingando na tinta
realizou a atividade “J” foi o único que realizou sem auxílio das professoras. A
aluna “C” saiu antes e não realizou a atividade. À tarde tivemos encontro formativo
no IFC sobre a feira da matemática regional da qual participaremos e será na
cidade de Rio d’Oeste no dia 19 de agosto de 2022. Os alunos foram
dispensados.
99

Terça - 7h30 às 9:00 - Organização Atividades Hora Atividade Externa.


Quarta: Demos continuidade no projeto anual com a atividade do corpo humano,
utilizando guache. Os alunos receberam uma folha e o desenho de um corpo,
onde precisaram pintar e contornar o molde, utilizando guache e um lápis
adaptado com um pedaço de espuma na ponta. Os alunos precisaram dar
pequenos batidas para realizar. Os alunos “K”, “K” não vieram, pois o transporte
estava estragado. Os demais alunos realizaram sem auxílio, “N” realizou a
atividade com auxílio da prancha. Depois do lanche, os alunos realizaram o jogo
do desafio das cores e da pirâmide de madeira. Os jogos foram realizados em
pequenos grupos. Vesp.: “E” não veio (transporte). “G” chegou chorando, mas
logo parou “G”, “E” e “E” realizaram a atividade do corpo humano. “E” e “E”
realizaram sem auxílio. “G” necessitou de orientação. A aluna estava bastante
chorosa e a mãe veio buscar logo após o lanche. Depois do lanche os alunos
realizaram o desafio das cores. Última aula parque.
Quinta-feira. Durante o período matutino e vespertino a professora da
Fundação Cultural veio fazer uma oficina com argila. Os alunos demonstraram
muito interesse e se divertiram muito. Todos interagiram e manifestaram seu
entusiasmo. Realizaram peças para assim que secar levem pra casa. A
professora “A”, não veio no período matutino, sendo assim a professora “C” ficou
na sala. Foram realizados jogos psicomotores, quebra-cabeça, memória. Depois
do lanche tiveram Educação Física no pátio inferior. Na última aula realizamos
uma roda de música. Vesp. : 1ª e 2ª aula. Artes. Depois do lanche os alunos
realizaram jogos de alfabetização com o jogo forma palavras que tem como
objetivo reconhecer as palavras através do som de cada uma. “E” estava muito
agitado, com muita resistência para sentar e realizar a atividade com guache. No
final fomos ao parque, onde o aluno brincou na escada, ponte e na casinha do
parque.

Relatório 07 Aplicação 11 a 15/07:

Durante os dias 11 a 15 de julho, iremos realizar atividades referentes à


estação do ano “Inverno”. As atividades serão realizadas para estimular vários
100

tipos de sensações como quente, frio. Nas aulas de informática os alunos irão
assistir e observar imagens que remetem o inverno. Observação dos diferentes
lugares onde acontece a neve e suas variações.
Segunda: 1ª aula. Os alunos realizaram jogos de mesa e massinha de
modelar. 2ª aula. Informática. Os alunos assistiram no primeiro momento
pequenos vídeos sobre o inverno. Também foi mostrado algumas roupas que
usamos. Depois realizaram jogos pedagógicos e assistiram filmes de sua
preferência. 3ª aula: As professoras explicaram sobre o inverno, onde foi
realizado uma roda de conversa, e instigado os alunos a falarem sobre o que
entendem e sabem sobre a estação. Em seguida receberão uma folha com o
contorno de um corpo humano, e realizaram colagem com pedaços de tecidos
para que representassem qual a vestimenta adequada para a estação. Os alunos
deram resposta positiva em relação à vestimenta, compreenderam qual roupa
devemos utilizar. Vesp. 1ª: Atividade e jogos de mesa (alfabetização). 2ª aula:
Informática. 3ª aula: Realizaram a atividade de colar os pedaços de tecido no
corpo. A turma tem bastante compreensão e foi bastante produtiva a aula.
Terça -: Organização das atividades e hora externa. Quarta e Sexta: As
atividades foram realizadas com bastante mediação. Os alunos “J” e “A”
conseguiram realizar sem auxílio. O restante dos alunos necessitou de auxílio e
a aluna “Y” necessitou de estratégias para a realização da atividade, onde foi
usado lápis para ela conseguir pegar os pedaços de tecido com a ponta de lápis
molhada na cola.

Relatório 08 Aplicação 01 a 21/08:

Durante esta semana iremos focar nos jogos da feira da matemática,


trabalhando de forma individual. Nas aulas de informática, os alunos poderão ter
momentos livres, escolhendo jogos, desenhos de suas preferências, monitorados
pelas professoras. O transporte da “C” não estará funcionando durante essa
semana.
2ª feira: vieram “C”, “J”, “R”. 1ª aula: os alunos realizaram atividades de
coord. motora fina com massinha de modelar. “R” já vem apresentando menos
101

resistência para pegar a massinha. 2ª aula Informática. 3ª aula: Realizaram jogos


de encaixe, “J” e “C” sem auxílio. 4ª aula: Realizaram apresamento de cores com
o objetivo de construir exatamente igual a professora fez, “C” e “J” não
apresentaram dificuldades. “R” não adquiriu habilidades para tal atividade. Vesp.:
“J” e “N”. Realizaram os jogos sem dificuldades. 3ª aula: atividade interna e
externa.
4ª feira: “G”, “Y”, “N” e “J” não vieram. 1ª aula. Realizaram ativ. coord.
motora fina com massinha de modelar. “P” estava bastante agitado. Os alunos
realizaram os jogos de tetris, onde apresentaram bastante dificuldade. Após o
lanche, os alunos realizaram uma atividade de numerais e quantidades. Vesp.:
“E”, “E” e “E”, “G”. “G” estava muito agitada. A mãe veio buscar às 15 horas. “E”
estava agitado e muito resistente. O aluno realizou a atividade de encaixe de CDs,
onde já consegue ficar por mais tempo na atividade. Fomos ao parque depois do
lanche.
5ª feira: “C” passou mal ligado para os responsáveis e eles vieram buscá-
la. “J” realizou os jogos das frutas, onde teve que parear, não apresentou
dificuldade. 1ª e 2ª : Ed. Física. 4ª aula Artes. 6ª feira: Os alunos realizaram a
atividade de alfabetização e letramento com o nome dos objetos. Em seguida,
realizaram a atividade de números e quantidade de números e quantidades. “G”,
não precisou nem de explicação realizando sozinho. “A” reconheceu todos os
números, escrevendo-os sem auxílio.
Rio do Sul, 08/08/22.
2ª feira: “D” e “V”. 1ª aula: atividade coord. motora fina com massinha de
modelar e os brinquedos da sala. 2ª aula: Informática. Percebemos que “D”
estava bastante apático. Assistiram desenhos da Marsha e o Urso. Depois do
lanche, os alunos receberam uma atividade de pontilhado, para exercitar a coord.
motora fina. 4ª aula: Os alunos jogaram o jogo tetris, onde foi realizado de forma
individual. “V” conseguiu perceber como se joga. “D” não adquiriu habilidade e
não compreendeu a finalidade do jogo. À tarde veio somente o aluno “N”. Na
segunda aula tivemos informática e percebe-se que o aluno fica distraído e não
se concentra em nenhuma atividade no computador, demonstrando pouco
interesse. Gosta de um jogo específico ao qual tem acesso em casa. Após o
102

lanche fez a atividade proposta onde precisou contar os mesmos. “N” necessita
de contínuo estímulo para se concentrar na atividade. Terminada a atividade,
realizou, jogos conduzidos e livres. Fomos no pátio inferior onde brincou com bola
no sol, interagindo com alunos de outra turma. Na sala fez o jogo TETRIS. Terça-
feira: Realizamos materiais/atividades para a feira da matemática e preparamos
atividades do planejamento para os próximos dias. A partir das 9:00 hora
atividade externa.
Quarta-feira: Pela manhã faltou somente a aluna “N” que faria exames.
Os outros alunos foram para a informática na segunda aula. Cada aluno realizou
no computador jogos ou assistiu a vídeos conforme o interesse e habilidade. Após
o lanche fizemos a lembrancinha para o dia dos pais. Todos necessitaram de
auxílio total ou parcial, os únicos que conseguiram pintar e recordar com
autonomia e bem feito é “G” e “J”. “A” precisou de ajuda para recordar. “P” e “D”
se recusaram a realizar a atividade e demonstraram agitação. “D” recomeçou a
cuspir nos colegas. Quem terminou realizou atividade livres. À tarde faltou “G”.
No primeiro horário tiveram educação física na sala com vários jogos e quebra-
cabeças trazidos pela professora “C”. “E” bastante agitado e só realiza alguma
coisa no colo das professoras. No mais é agitado, quebra, morde as peças dos
jogos. Gosta da bola.
Quinta-feira: Faltaram “T” e “Y” por causa do transporte que continua no
conserto. “R” está gripado e também faltou. No primeiro horário até o lanche os
alunos tiveram educação física com a “C” onde realizaram vários jogos e quebra-
cabeças. “J” demonstra-se sempre mais interessado, participativo e atento aos
colegas que faz questão de ajudar. Após o lanche fizemos com eles a
lembrancinha para o Dia dos Pais, todos são autônomos para colorir o desenho,
mas necessitam de auxílio para recortar. Todos os anos por ocasião do mês da
prevenção e conscientização das deficiências a Rede TOP supermercados
promove o dia do sonho feliz. Consiste em comprar um sonho e parte do valor
arrecadado será convertido para ajudar a APAE da região. Cada aluno recebe um
desenho para colorir que será exposto no supermercado em Lontras. À tarde
tivemos retorno do aluno “D” que por motivo de uma cirurgia no quadril estava de
atestado médico. Ele frequentará as segundas e quintas à tarde. A receptividade
103

dos colegas foi boa, mas “D” esteve agitado e chorou um pouco. Após o lanche
se acalmou. Fizemos as atividades previstas do dia dos pais, onde cada aluno
pintou uma lembrancinha para a pessoa que cuida. São bastante habilidosos no
pintar, só “R” precisa de auxílio porque não observa os limites do desenho e não
consegue ainda recortar. “J” necessitou de contínuo incentivo porque se distrai e
“fica boiando”. Realiza com precisão suas tarefas. “N” faz muito bem, mas se
distrai com facilidade. Com “D” realizamos massagens e estímulos sensoriais.
Após o lanche também tiveram educação física no pátio inferior. Sexta-feira: Pela
manhã faltaram “N” e “Y e os outros, apesar dos momentos mais agitados
realizaram com êxito as atividades propostas. Hoje realizamos a atividade de
reconhecer e pintar as letras que formam a palavra Pai. “C” e “C” precisaram de
auxílio para a realização da mesma. Após o lanche brincaram com massinha e
peças de montar e tiveram Educação Física no pátio inferior. A professora “C”
decidiu que as aulas serão com a turma dividida, visto o número de alunos e a
dificuldade em fazê-los participar adequadamente e com proveito. À tarde faltou
“G”. No primeiro horário até o lanche tiveram educação física com a prof. Artes
com a professora “S” que está trabalhando as cores primárias e secundárias. “E”
realiza com autonomia. “C” necessita de contínua intervenção para que faça as
atividades. Realizou com êxito. “E” ainda está em processo para compreender a
necessidade de sentar e executar uma tarefa. Quando apresentamos alguma
atividade se distrai, se dispersa e tenta destruir o material. No lanche está
começando a comer melhor e sozinho. Fomos para a informática e o professor
“J” acompanhou “D” em algumas atividades. “E” assistiu vídeos de corrida de
carrinho. Na sala pintamos o desenho do sonho feliz e realizamos jogos
educativos até o momento de ir embora.
Segunda-feira - 15/08/2022 - sexta-feira 19/08/2022. Nesta semana
teremos a feira Regional de matemática em Rio d’Oeste da qual participaremos
com o tema “Brincando para aprender”, com vários jogos que estamos
preparando e executando com os alunos na sala de AEE. Segunda - Faltou o
aluno “R” que está gripado e os alunos “T” e “Y” porque não tem transporte. Até
o horário da informática os alunos brincaram livremente com massinha, carrinhos,
peças e outras. Todos com autonomia. Na informática assistiram a vídeos e jogos
104

conduzidos pelo professor “J”. Após o lanche realizamos um caça-palavras sobre


o dia dos pais. Fomos ao parque onde os alunos se divertem no balanço e outros.
A tarde vieram “N” e “D”,”J” faltou. “D” esteve mais tranquilo e no primeiro
momento fomos para a informática até o lanche. Após o lanche atividades
sensoriais com “D” e músicas e “N” realizou as palavras cruzadas do dia dos pais.
Nesta semana, nós professoras estamos empenhadas em finalizar os trabalhos
que serão apresentados na feira da matemática em Rio do Oeste no dia 19/08.
Alguns destes jogos estamos já usando na sala com os alunos.
Terça-feira - Até as 9:00 - Organização do caderno e planejamentos -
hora atividade externa.
Quarta-feira: De manhã faltou a aluna “N”. As atividades foram realizadas
por todos e quem sozinho, quem com auxílio fizeram a atividade sobre o dia dos
PAIS, identificando e pintando as vogais que compõem a palavrinha tiveram
(educação Física com a professora “C”). Informática na segunda aula. Alguns dos
alunos necessitam de auxílio contínuo e intervenção para que mantenham o foco
na atividade proposta e mesmo na informática quando assistem se distraem. Os
outros são autônomos como “A”, “J”, “G” que nos surpreende a cada dia com a
sua precisão não querendo realizar as atividades, mas percebemos que está
despertando interesse. “Y” faz com auxílio e gosta de fazer atividades. A tarde “E”
continua relutante e não disposto a realizar atividades. Gosta de brincar de bola.
Outras coisas tende a destruir. Após o lanche os pais vieram buscá-lo. “E”, “C”,
“E”, fizeram a atividade proposta e outros jogos. Tiveram Educação Física com a
professora “C” até o lanche. “G” também foi embora mais cedo com a mãe. Estava
agitada e não quis ir para o lanche se jogando no chão.
Quinta-feira: Tivemos atendimento pela manhã e vieram “V” e “C”, “M”,
tiveram Educação Física com a professora “C” e na sala mesmo fizeram jogos de
mesa. Estava chovendo. Após o lanche fizemos a atividade de encontrar as letras
do nome Pai, pintando as mesmas. À tarde os alunos ficaram com outras
professoras porque fomos preparar o Stand para a feira da matemática.
Sexta-feira: 19/08. FEIRA DA MATEMÁTICA em Rio d’Oeste com o tema
“Brincando para Aprender”. Os alunos foram dispensados.
105

Relatório 09 Aplicação 22/08 a 02/09:

Segunda-feira 22/08. De manhã “J”, “R”, “C”, e “D” vieram e no segundo


horário informática. Realizaram jogos educativos do coelho sabido. Após o lanche
pintaram um desenho sobre folclore, identificando os personagens associando os
nomes. No final fomos ao parque. A tarde “N”, “j” e “D”. Na informática jogaram
juntos e “D” ouviu o desenho Lelê e Linguiça. Após o lanche, na sala a atividade
sobre o folclore. Pintaram os personagens e associaram os nomes iguais. Foram
autônomos. “N” necessitou de auxílio parcial. Em seguida jogos livres com
bolinhas. “D”, para manter a calma ficou no colchão ouvindo seu desenho favorito.
Terça - 23/08. Hora atividade interna e externa. 1ª aula realizaram
atividade coordenação motora fina com o uso de massinha de modelar. 2ª aula:
Informática “livre”. 3ª aula: Realizaram a atividade de folclore. Onde os alunos
tiveram que pintar o Saci e formar um quebra-cabeça, “K” e “K” necessitam de
auxílio. Apresentam desinteresse e “K” apresenta dificuldade visual. Depois de
pintar recortaram e colaram em folha de tilli-paper e levaram pra casa.
Quinta: Organização para o InteApae. 26/08/22. Rio do Sul, 27/08/22, Dia
da família na escola. Rio do Sul, 29/08/22. Durante esta semana iremos dar
continuidade nas atividades referentes ao Folclore. Nas aulas de informática, os
alunos assistiram desenhos e jogos referentes ao tema. 2ª feira: 1ª aula: Roda de
conversa e contação de histórias na sala. 2ª aula: Informática. Após, os alunos
assistiram ao desenho do Saci e depois escolheram um jogo “coelho sabido” e
Friv. Depois do lanche os alunos realizaram jogos de mesa (memória,
concentração). Após fomos no parque pegar sol e fazer brincadeiras ao ar livre.
Faltou o aluno”J” e “T”. À tarde vieram “N”, “J” e “D”. Antes da informática
realizamos jogos de mesa (memória). Como estamos no tema do folclore, na
informática assistiram as Aventuras de Saci Pererê e depois jogos livres (Friv).
“J” e “N” são autônomos. “D” assistiu ao desenho Lelê e linguiça. Após o lanche
atividade de pintura do Saci Pererê. “N” e “J” se distraem facilmente e necessitam
de contínua intervenção para que mantenham o foco na atividade. Fomos no
parque para tomar sol e atividade ao ar livre. Terça-feira: Organização da sala e
cadernos 9:00 - HA: externa. Quarta-feira: Vieram “P”, “K” e “K”, “Y” “D” “J” até o
106

horário da informática (8:15) brincadeiras livres com massinha e outros


brinquedos. Na informática também assistiram as Aventuras de Saci. “K” e “K”
não mantêm o foco, também “P” não assistiu, trocando continuamente de vídeo.
“J” e “D” são autônomos. Após o lanche fizemos a pintura da Sereia e colocamos
apontaduras de lápis para formar as escamas. Todos necessitam de auxílio. “J”,
com orientação, faz tudo sozinho. Terminada a atividade fomos ao parque onde
brincaram no balanço e outros. À tarde vieram todos; “G”, “E”, “C”, “E” e “E”. Até
o lanche tiveram educação física e foram na cancha fazer atividades. Após o
lanche, na sala realizamos a atividade proposta sobre folclore confeccionando a
Iara. “E” se recusa a fazer atividade e se tem acesso a algum material seu ou dos
colegas, tenta destruir. Está no processo de permanecer sentado. “C” necessita
de intervenção contínua para que faça, “G” foi embora após o lanche. Fomos para
a educação física. No primeiro horário após o lanche “M” e “V” realizaram a
atividade “Iara” pintando e colando apontaduras de lápis. São autônomos, porém
necessitam de supervisão para manterem a concentração e o foco. Fomos ao
parque. À tarde vieram todos e também fizemos a atividade da Sereia, pintando
e colando as raspas de lápis como escamas. Após o lanche brincadeiras livres e
às 16:00hs educação física com a professora “C”.
Sexta-feira: Pela manhã faltou somente a aluna “N”. Como a turma é
bastante complexa para trabalhar uma só atividade, separamos por habilidades
para que a aprendizagem seja mais eficaz. “A”, “J”,”D” e “G” são autônomos e
portanto trabalham sozinhos. Os outros precisam de auxílio total e monitoramento
e realizaram jogos dos quais tem domínio maior. Os 4 primeiros fizeram
atividades educativas mais complexas. Às 10hs foram para a educação física
alguns alunos (4) e ás 10:45 os outros. Enquanto isso, os demais continuaram
seus afazeres.

Relatório 10 Aplicação 05 a 09/09:

Nesta semana da Pátria, nossa proposta foi incentivar os alunos ao


conhecimento dos símbolos da Independência e patriotismo. Nossas atividades
foram sobre a Bandeira Nacional, confeccionadas de diversas formas que
107

proporcionaram o desenvolvimento intelectual e motor dos alunos. Além de pintar


a bandeira com tinta e lápis, foram coladas texturas com as cores
correspondentes. Algumas destas texturas foram recolhidas pelos alunos na
natureza como folhas verdes.
As atividades propostas foram realizadas por quase todos os alunos e
muitos deles necessitam de auxílio total ou parcial. A atividade de sobre o
significado de cada cor da bandeira foi feita oralmente e somente alguns alunos
têm o entendimento da correspondência que elas têm com as matas, com o ouro
e com o céu e os estados brasileiros. O desfile cívico de 7 de setembro tinha sido
programado e a fanfarra estava ensaiada, mas devido a chuva o evento no
município foi cancelado. Os alunos realizaram atividades de alfabetização onde
tiveram que relacionar as cores da bandeira com cada significado. Os alunos, “J”,
“A” e “G” realizaram sem auxílio. O restante necessitou de auxílio e adaptação,
onde foram mostradas as cores e a imagem de cada elemento.

Relatório 11 Aplicação 12 a 30/09:

Pela manhã faltou “R”, “J” e também “V”. No aguardo dos colegas com o
transporte os na sala realizaram atividade de massinha e os brinquedos
associados como facas, panelinhas, pratos e outros objetos de plástico
disponíveis para esta atividade. Fomos para a informática (jogo) antes dos jogos
livres assistiram a um vídeo sobre a primavera. Após o lanche realizamos a
atividade do ramo de flores com tinta, utilizando o dedo para fazer as florzinhas e
folhinhas nos respectivos ramos. Demonstraram bastante habilidades na
realidade desta atividade, necessitando de orientação e pouco auxílio. Com o
tempo chuvoso não pudemos ir no parque e realizamos brincadeiras diversas na
sala de aula (carrinhos, torre, quebra-cabeça, etc). “T”, depois de dois meses
ausente pela ausência do transporte, demonstrou-se tranquilo e realizou bem as
atividades propostas. À tarde vieram “J”, “N” e “D”. Até o horário da informática,
“J” e “N” brincaram e interagiram livremente. Os dois demonstraram afinidade nas
conversas e brincadeiras. Na informática também assistiram a um vídeo sobre o
dia da árvore e primavera e depois jogaram livremente. “D” fez fisioterapia e ouviu
108

suas histórias preferidas no computador. Após o lanche a atividade do ramo de


flores, onde realizaram com gosto e precisão. Em seguida os alunos coloriram a
atividade onde precisavam identificar a quantidade de cada animal.
Terça-feira 13. Hora atividade interna até as 9:00 e depois hora atividade
externa.
Quarta-feira 14. Pela manhã faltou somente a aluna “Y” que se
encontrava gripada. Até a chegada de todos fizeram atividades de mesa com
massinha, pecinhas e outros objetos de desenvolvimento motor fino e
organizacionais. Às 8:15 fomos para a informática onde foram disponibilizados
vídeos sobre a primavera e dia da árvore. Em seguida jogaram livremente e quem
ainda não possui habilidade com o mouse assistiu.
Quinta: 1ª e 2ª aula Ed. física. 3ª aula Artes. 4ª e 5ª, os alunos realizaram
a atividade de coordenação motora fina com pintura na ponta dos dedos e
confeccionaram o ramalhete de flores. Os alunos não tiveram nenhuma
dificuldade, fazendo com entusiasmo. Tarde: 1ª aula Artes. 2ª aula, os alunos
realizaram a atividade mencionada acima. Realizaram sem auxílio. O aluno “D”
realizou com adaptação, utilizando um lápis com uma espuma na ponta. “D”
realizou sem resistência. O que é gratificante.
Sexta. 1ª aula. Os alunos realizaram atividade coordenação motora fina
com massinha. 2ª aula realizaram jogos dirigidos e em grupo (Torre, bate bate e
números e quantidades). “K” e “K” realizaram jogo de quebra-cabeça com 4
peças, e necessitam de mediação. A turma estava agitada e foi necessário intervir
em vários momentos. Depois do recreio realizaram a atividade de pintar o ramo
de flores com a ponta do dedo, onde os alunos realizaram com pouco auxílio,
necessitando apenas de orientações, 4ª e 5ª aula tiveram educação física.
Rio do Sul, 19 de setembro de 2022. Durante esta semana, ainda iremos
dar continuidade nas atividades de Primavera. Nas aulas de informática os alunos
irão assistir desenhos no you tube com o tema “Dia da árvore”, comemorado no
dia 21/09.
2ª feira: 1ª aula realizaram atividades com massinha de modelar com
forminhas de flores. 2ª aula informática. Assistiram desenho sobre o dia da árvore.
Após os alunos puderam escolher jogos e desenhos de suas preferências. 3ª
109

aula. Realizaram a atividade de colagem. Os alunos receberam o desenho de


uma árvore para pintar. Depois receberam pedaços de papel crepom para fazer
bolinhas (estimular coord. motora fina) movimento pinça e colar na árvore, frutas
e folhas de papel crepom. Os alunos realizaram com entusiasmo e pouca
dificuldade. “R” estava bastante ativo e pintou a árvore, o que nos deixou bastante
felizes, pois apresentava resistência para realizar as atividades. Tarde:
Realizaram jogo de alfabetização, onde os alunos precisaram formar palavras
com sílabas simples. 2ª aula: Informática. 3ª aula: realizaram a atividade de
colagem da árvore, “N” estava bastante agitado e “J” apático, necessitando
sempre ser chamado para a atividade. Sua falta de concentração é bastante
significativa. 4ª aula. Os alunos tiveram jogos de mesa. “D” ficou deitado no
colchão.

Relatório 12 Aplicação 03 a 14/10:

Rio do Sul, 03 de outubro 2022. Durante os dias 03 a 14, iremos trabalhar


atividades referentes a Semana da Criança, com atividades diferenciadas e
recreativas. Nas aulas de informática os alunos assistirão ao filme “Sing-Quem
Canta seus males espanta”.
2ª feira: 1ª aula atividades de coordenação motora fina com desenhos
pontilhados. Os alunos receberam pranchas com desenho revestido com papel
contact. “R” e “D”, apresentam dificuldade motora fina. 2ª aula. Informática. 3ª
aula: Os alunos receberam informações sobre o que significa a Semana da
Criança. Foi realizada roda de conversa, onde os alunos foram instigados a
participar. Após a conversa os alunos receberam uma folha com um quebra-
cabeça com os direitos das crianças. Onde eles tiveram que pintar e colar numa
folha de tilly paper colorida e depois recortaram. As peças, fazendo um quebra-
cabeça. Cada direito, foi aplicado de forma simples, utilizando exemplos para
maior compreensão. Vesp.: Foram utilizadas as mesmas formas de trabalho do
período matutino. “D” não aceitou pegar na sua mão.
3ª feira: Organização e hora atividade externa.
110

4ª feira: 1ª e 2ª aula. Educação física. 3ª aula: Os alunos receberam


orientação sobre a atividade. A roda de conversa foi bastante produtiva, pois os
alunos estavam bastante interessados e participativos. Após os alunos realizaram
a pintura do quebra-cabeça. “Y”, “N” utilizaram medicação das professoras. “N”
necessitou da prancha para realizar a atividade. Os alunos tiveram atividades
diferenciadas. Apresentações, brincadeiras, festas a fantasia e guloseimas.
Rio do Sul, 10 de outubro de 2022.
2ª feira: 1ª aula: Atividade com massinha de modelar. 2ª aula Informática
com jogos pedagógicos de alfabetização. Terça: Organização atividades e hora
atividade externa. Feriado Nossa Senhora Aparecida.
Quarta: 1ª e 2ª aula: Educação física. 3ª aula: Artes. 4ª aula: Atividade
motora fina com dobradura. “T” e “J” não vieram. Todos os alunos necessitam de
auxílio total para a confecção da dobradura. Após cada aluno produziu e coloriu
como preferiu. Última aula: Atividade com bola, “M” e “D”. O aluno “M” frequentou
o último dia no AEE, uma vez que foi desligado da escola regular e a partir de
agora frequentará o SPE da APAE.
Sexta -feira de manhã faltaram “Y”, “A”,” J” e “N”. No aguardo dos
colegas, à medida que iam chegando realizaram atividades de mesa com
massinha e outros jogos. Todos realizam individualmente, mas alguns promovem
interação e brincam junto. Em seguida iniciamos a confecção da dobradura que
continuamos após o lanche. Dos presentes, todos apresentavam dificuldades em
compreender o processo da dobradura e só conseguiram fazer com auxílio total.
Também para desenhar o rosto precisaram de ajuda. As 10 horas tiveram
Educação Física e fizeram jogos de mesa na sala mesmo. A tarde vieram todos
e que registramos a ausência de “G” que fará o método ABA todas as tardes e
por um período indeterminado não frequentará mais o AEE da APAE. Até o lanche
tiveram Artes com a professora “S”, “C” e “E” apresentam ainda resistência para
a execução das atividades e “E” faz tudo com supervisão ou auxílio. Realizamos
a dobradura com cada um individualmente
111

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